Enfª Vivian O afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório.
Resultará na suspensão da troca ideal de
oxigênio e gás carbônico pelo organismo. No Brasil: Estimativa
- 7.180 óbitos por afogamento por ano
- 60% dos casos em adultos envolvem
ingestão alcóolica. O principal local do evento é o mar. Uso de drogas. Epilepsia. Traumatismos. Acidentes de mergulho. Outros, como: Crianças com até 8 anos por falta de supervisão dos responsáveis, falta de colete em locais recreativos, ingestão excessiva de alimentos. O ponto em comum de todo afogamento é a hipoxemia. 90% das vítimas de afogamento aspiram líquido nos pulmões. Alteração funcional respiratória da relação ventilação/perfusão. Alvéolos colabados ou repletos de líquidos, não permitem as trocas gasosas Até 2 anos: Ambiente doméstico, como por exemplo em banheiras;
Acidentes envolvendo vasos sanitários, baldes de
limpeza, piscinas e até mesmo caixas de esgoto; Acima de 2 anos: Rios, lagoas, represas, praias e também locais privados, como academias, clubes e piscinas particulares. O limite superior para recuperação sem sequelas é de cerca de 5 minutos. Se mais de 10 minutos, quase sempre leva à morte. Ocorrendo a hipotermia, as chances de sobrevivência são maiores. 1. Angústia e pânico 2. Luta para manter-se na superfície 3. Submersão 4. Apnéia voluntária 5. Aspiração inicial de líquido durante a submersão 6. Entrada de água em vias aéreas, inundando o pulmão Submersão prolongada Ausência ou demora em iniciar SBV, Assistolia ao chegar no hospital Pupilas midriáticas e não-reativas Necessidade de manobras de ressuscitação por mais de 20 minutos Submersão em água quente. Respiração espontânea; Água fria <15°C; Suportes básico e avançado de vida Submersão menor que 3 minutos Estabilidade hemodinâmica (presença de pulso e pressão arterial) Paciente consciente Se você for o socorrista:
Decida o local por onde irá atingir ou ficar mais próximo
da vítima Tente realizar o socorro sem entrar na água Se você decidiu entrar na água para socorrer: 1. Avise alguém que você tentará salvar e que chame por socorro profissional; 2. Leve consigo algum material de flutuação; - A cabeça e o tronco devem ficar na mesma linha horizontal.
- A água que foi aspirada durante o
afogamento não deve ser retirada, pois esta tentativa prejudica e retarda o início da ventilação e oxigenação do paciente, alem de facilitar a ocorrência de vômitos. - Cheque a resposta da vítima perguntando, "Você está me ouvindo?" Se houver resposta da vítima, a coloque em posição lateral de segurança e aplique o tratamento apropriado para o grau de afogamento. Avalie então se há necessidade de chamar o resgate e aguarde o socorro chegar.
Se não houver resposta da vítima
(inconsciente) – Chame o resgate e fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , sempre atente para a possibilidade de trauma cervical.
Em vítimas com PCR, efetuar a RCP.
- Remover a vítima da água o mais rapidamente possível; - Fique sempre atento a sua segurança pessoal durante o resgate; - Não tentar resgates aquáticos se não for treinado e estiver em boas condições físicas; - Solicitar auxílio e manter o paciente na horizontal; - Não tentar retirar a água dos pulmões ou do estomago. - A utilização da Manobra de Heimlich para esvaziar o estômago distendido só aumenta o risco de aspiração pulmonar. - A manobra só deve ser utilizada se houver suspeita de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos; Caso o paciente inconsciente apresenta vômitos coloque-o em posição lateral de segurança; - A segurança de quem faz o salvamento é o principal cuidado inicial Não tentar a ressuscitação dentro d' água Jogar algum objeto para a vítima se apoiar: bóia, colete salva-vidas, tábuas Rebocar: providenciar cabo para rebocá-la no objeto flutuante. Remar: use um barco a motor ou a remo, certificando-se de sua segurança Nadar: somente quando não forem possíveis os passos anteriores Remover roupas molhadas Proteção contra a perda de calor para o ambiente (ar, vento) Aquecer a vítima Posição horizontal, DLD Evitar movimentos bruscos e atividades em excesso Monitorizar respiração, ritmo cardíaco – pulso; e temperatura corpórea O engasgo é uma manifestação do organismo para expelir o alimento ou objeto que toma um caminho errado. Na parte superior da laringe localiza-se a epiglote, que funciona como uma porta que permanece aberta para permitir a chegada do ar aos pulmões e se fecha quando engolimos algo, a fim de bloquear a passagem do alimento para os pulmões e encaminhá-lo ao estômago. O engasgo pode ser bastante perigoso se a vítima não for rapidamente socorrida, pois a falta de ar pode causar a morte. Por esse fato é importante que a pessoa engasgada tussa para expelir o alimento que bloqueia a epiglote. Caso a pessoa não consiga, pode-se aplicar a Manobra de Heimlich que é o melhor método para desobstruir as vias aéreas. A manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas superiores por um corpo estranho.
Esta manobra foi descrita pela primeira vez
pelo médico Henry Heimlich em 1974 que induz uma tosse artificial, que vai expelir o objeto da traqueia da vítima. As pessoas que realmente estão se asfixiando, muitas vezes, colocam suas mãos em torno da garganta e têm um olhar de desespero ou pânico em seus rostos.
As causas do engasgo incluem obstrução da
traqueia por um pedaço de alimento, trauma causado por lesões ou inchaço após uma grave reação alérgica. Incapacidade de respirar, ou fazê-lo com grande dificuldade (observe se há qualquer depressão na pele entre as costelas e acima das clavículas) Incapacidade ou dificuldade de falar Respiração ruidosa Incapacidade de tossir de forma eficaz Lábios e unhas de coloração roxa ou cinza, rosto de cor acinzentada, devido à falta de oxigênio As duas mãos em volta da garganta (sinal universal de engasgo) Inconsciência Não tente bater nas costas de uma vítima de engasgo, se ela estiver tossindo!
Uma vítima que é capaz de tossir indica estar
com um bloqueio parcial das vias aéreas, e um tapa nas costas pode fazer com que a obstrução se aloje mais profundamente, causando, assim, um bloqueio total de ar.
Espere até que a vítima cuspa o objeto ou
mostre sinais de obstrução total antes de você intervir. Segurar a vítima engasgada por trás (em pé); Fechar uma das mãos, com o punho bem fechado e o polegar de fora; Colocar a outra mão aberta sobre o punho fechado; Empurrar o punho com firmeza e força para dentro e para cima 5 vezes; Avaliar se o alimento ou objeto já saiu e se a vítima respira; Se a vítima continuar não respirando, fazer a manobra de Heimlich quantas vezes forem necessárias.