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INSTRUMENTO DE TRABALHO

– ENF – IT – CGIC – 01
Data:
TROCA DE SONDA DE Versão:1
GASTROSTOMIA NA ATENÇÃO Página 1 de 7
PRIMÁRIA
RESPONSÁVEIS:
Elaborado por: Analisado por: Aprovado por:
Enfermeiros Colegiado de Gestão Integrada do Superintendência de Gestão do
Cuidado Cuidado

1. OBJETIVOS 2. APLICAÇÃO
-Padronizar conduta técnica relacionada à troca de sonda
de gastrostomia;
-Proporcionar o atendimento adequado ao paciente,
atendendo suas necessidades com qualidade e agilidade ENFERMEIROS E MÉDICOS
no serviço prestado;
-Assegurar uma via alternativa para nutrição, manter a
qualidade do perístoma e evitar complicações.

3. DIRETRIZES NORMATIVAS

AÇÃO ATRIBUIÇÃO INFORMAÇÕES



(O quê) (Quem) COMPLEMENTARES
(Como)
Verificar se o paciente está
Evitar o possível extravasando de
em jejum há pelo menos 04 
1 efluentes pelo estoma.
horas.

-Sonda de gastrostomia;
-Gel de Lidocaína a 2%;
-Seringa de 20 Ml;
-Água destilada;
ENFERMEIRO
-Gaze;
Reunir e organizar o OU
2  -Soro fisiológico 0,9% (SF)
material. MÉDICO
Obs: A organização antecipada
do material promove a utilização
eficiente do tempo e fornece
abordagem organizada para o
procedimento.

Ver ENF.APS-IT-09 Higienização


3 Higienizar as mãos. 
Simples das Mãos.
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Apresentar-se ao paciente Proporcionar ao paciente uma
4 e explicar o procedimento a  maior confiabilidade e tranquilidade
ser realizado. em relação ao procedimento.

Facilita a inserção da sonda e


Posicionar o paciente em ajuda a evitar o extravasamento de
5 
decúbito dorsal. conteúdo gástrico durante o
procedimento.

AÇÃO ATRIBUIÇÃO INFORMAÇÕES



(O quê) (Quem) COMPLEMENTARES
(Como)

-Avental/Capote;
Paramentar-se com -Máscara Cirúrgica;
6 equipamentos de proteção 
-Óculos de Proteção;
individual - EPI’s. -Luva de Procedimento.

-Inspecionar se não possuem


avarias por toda extensão da
sonda de gastrostomia a ser
trocada e insuflar o balonete com
água destilada, conforme
quantitativo indicado pelo
Verificar a integridade do fabricante. Aperte levemente o
7 
dispositivo. balão entre os dedos,
ENFERMEIRO
certificando-se de que não
OU
existem perfurações ou outras
MÉDICO
avarias no mesmo;
-Desinsuflar o balão
posteriormente aspirando-o com
uma seringa.

-Rodar o tubo a 360º graus, para


garantir que o tubo possa se
mover facilmente sem
impedimentos;
8 Retirar o dispositivo antigo. 
-Introduzir com firmeza uma
seringa Luer Slip no orifício do
balão e extrair todo o líquido do
balão;
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-Aplicar pressão contrária sobre o
abdômen e retire o tubo mediante
uma tração suave, mas firme.
Higienizar a pele
Este processo protege o estoma
(periestoma) e colocar uma
9  enquanto o dispositivo a ser
gaze úmida com SF 0,9%
inserido é preparado.
sobre o estoma.
Lubrificar a extremidade Utilizar o lubrificante hidrossolúvel
distal do tubo com é importante, pois reduz o atrito,
10 lubrificante hidrossolúvel e  auxilia na prevenção de
introduzir (cerca de 12cm) traumatismos e facilita a inserção
através do estoma. da sonda.

AÇÃO ATRIBUIÇÃO INFORMAÇÕES



(O quê) (Quem) COMPLEMENTARES
(Como)
-Ar e SF não são indicados para
o preenchimento do balão, uma
Insuflar o balão com
vez que o ar pode esvaziar
água destilada,
espontaneamente e o soro pode
utilizando uma seringa
cristalizar e dificultar a deflação
11 Luer Slip com o volume 
do balonete;
indicado pelo fabricante
-Água de torneira também não
(em média de 07 a 10
deve ser utilizada, pois esta possui
ml).
sais minerais que podem deteriorar
o produto, reduzindo sua vida útil.
ENFERMEIRO
OU Essa técnica indica que o
Puxar suavemente o MÉDICO balão fez contato com a
tubo para cima e para parede interna do estômago,
12 
fora do abdômen até, logo, evitando o deslocamento
sentir resistência. do tubo após ajuste do
retentor externo.

-Conectar uma seringa Luer Slip


Comprovar posição do à sonda contendo 10 ml de água;
13 
tubo. -Realizar a aspiração do
conteúdo gástrico. Se houver
presença do suco gástrico, a
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posição da sonda está correta;
-Injetar todo o conteúdo presente
na seringa novamente;
-Verificar se há sinais de
umidade em volta do estoma.
Reduz a umidade local, pois a
Limpar o fluido residual mesma pode promover o
e/ou lubrificante do tubo crescimento de bactérias e/ou

14 e do estoma e ajustar o fungos. O ajuste do retentor
retentor externo. mantém o dispositivo no local
adequado.
Acondicionar corretamente os
Descartar EPI’s e outros
resíduos de saúde é considerado
insumos utilizados no
15  precaução padrão para evitar
procedimento em lixo
exposição indevida a materiais
contaminado.
biológicos.

AÇÃO ATRIBUIÇÃO INFORMAÇÕES



(O quê) (Quem) COMPLEMENTARES
(Como)
Ver ENF.APS-IT-09
16 Higienizar das mãos.  Higienização Simples das

ENFERMEIRO Mãos.

OU Registrar data, hora da


Registrar o
MÉDICO realização do procedimento,
17 procedimento no sistema FIM
digital vigente. bem como intercorrências (se
houver).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

1. Caso o dispositivo gástrico apresente resistência para sua remoção, realize a lubrificação do
tubo e do estoma com um lubrificante solúvel em água, em seguida empurre e rode o tubo
simultaneamente. Manipule-o suavemente até removê-lo completamente. Se o tubo não sair,
encha novamente o balão com a quantidade de água prescrita e encaminhe o paciente para
atendimento hospitalar. Não se deve em hipótese alguma aplicar força excessiva para extração
do tubo.
2. Nos casos em que o dispositivo de troca for a sonda tipo foley, o balonete deverá ser preenchido
com água destilada com um volume mínimo de 05 ml, não devendo exceder 10 ml, ou até haver
resistência à tração.
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exteriorização total da sonda de gastrostomia é caracterizada como uma situação de urgência,
sendo ocasionado por tração acidental ou relaxamento do estoma. Caso isso aconteça, é
necessário que haja um atendimento o mais rápido possível para a reintrodução de uma nova
sonda ou a mesma (quando esta estiver em condições de uso). Se no estabelecimento/domicílio
não houver uma sonda adequada, poderá ser utilizado de maneira transitória uma sonda tipo
foley, evitando assim a obstrução ou a perda do estoma.
4. Se ocorrer deslocamento de uma sonda recentemente colocada (geralmente menos de 06 a 08
semanas), a reinserção deverá ser feita por profissional médico em ambiente hospitalar.
5. A solicitação e dispensação do dispositivo de gastrostomia ocorrerão conforme descrito no
fluxograma de solicitação e dispensação de dispositivos de gastrostomia (disponível em;
http://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/artigos/gerencia-de-gestao-de-casos-complexos/).
6. A elegibilidade da sonda de gastrostomia é definida por:
6.1 Pacientes gastrostomizados adultos e idosos que não possuem funcionalidade cognitiva,
sendo assim totalmente acamados;
6.2. Pacientes gastrostomizados que possuem pouco ou nenhum risco de extração do
dispositivo gástrico.
7. A SESAU disponibilizará 01 (uma) sonda de gastrostomia a cada 06 (seis) meses, devido à sua
durabilidade ser estipulada por este período. Caso seja necessária a substituição do dispositivo
por um tempo inferior a 06 (seis) meses, decorrente de ruptura, deterioração ou oclusão da

sonda, o mesmo deverá ser solicitado através de formulário próprio (disponível em:
http://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/artigos/gerencia-de-gestao-de-casos-complexos/),
informando o motivo da troca.

ASPECTOS JURÍDICOS

1. No tocante à equipe de enfermagem, a troca de dispositivo de gastrostomia é ato privativo do


enfermeiro.
2. O enfermeiro deverá realizar a troca do dispositivo supracitado, desde que se sinta
devidamente capacitado para tal.
3. A troca de sonda de gastrostomia pode ser realizada em domicílio e na atenção primária, por
um enfermeiro com competência técnica e científica.
4. Os dispositivos de gastrostomia em posição jejunal (jejunostomia) deverão ser substituídas
somente por enfermeiro especializado em estomaterapia ou médico em ambiente hospitalar.
5. A prescrição do tamanho da sonda a ser utilizada na troca é de responsabilidade do médico,
bem como a indicação de substituição do dispositivo por botton de gastrostomia, no entanto,
enfermeiros estomaterapeutas também podem desempenhar essa função.
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REFERÊNCIAS

BOWDEN, V. R.; GREEMBERG, C. S. Procedimentos de enfermagem pediátrica. Capítulo 32, 3ª ed.,


editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2013.

BRASIL. Conselho Federal de Enfermagem. Parecer Nº 06/2013/COFEN/CTAS sobre o exercício legal


e competência do profissional enfermeiro referente a troca da sonda de gastrostomia e
jejunostomia. Disponível em: <http://www.cofen.gov.br/parecer-no-062013cofenctas-2_28109.html>.
Acesso em 01 fev 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Orientações para o cuidado com o
paciente no Ambiente Domiciliar. Brasília – DF. Ministério da Saúde. 2018. 96p. Disponível em:
<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/maio/11/Orientacoes-para-o-cuidado-com-o-
paciente-no-ambiente-familiar.pdf>. Acesso em 12 de ago 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Segurança do paciente no domicílio.


Brasília – DF. Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência. Ministério da Saúde. 2016. 40p.
Disponível em <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_domicilio.pdf>. Acesso
em 12 de ago 2018.

CAMPINAS. Secretaria Municipal de Saúde. Prefeitura Municipal de Campinas. Manual de


Procedimentos Operacionais Padrão (POP) de Enfermagem. Campinas: Secretaria Municipal de
Saúde, 2014. Disponível em:
<http://www.saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/Manual_Procedimentos_Operacionais_Padrao_(PO
P)_Enfermagem_versao_01_10_2014.pdf>. Acesso em: 01 fev 2018.

DISTRITO FEDERAL. Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal. Parecer Nº 003/2013.


Troca de Sonda de Gastrostomia, utilização da Sonda de Foley para este procedimento. Disponível
em: < http://www.coren-df.gov.br/site/wp-content/uploads/2013/10/parecercorendf_2013-03.pdf>. Acesso
em 12 ago 2018.

MATO GROSSO DO SUL. Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul. Parecer Nº
42/2014. Atribuições dos profissionais de enfermagem: Enfermeiro, Técnico de enfermagem e
Auxiliar de enfermagem quanto à avaliação e mensuração na primeira troca de Sonda de
Gastrostomia por Botton e trocas posteriores do Botton, assim como indicação da numeração em
ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar. Disponível em:
<http://ms.corens.portalcofen.gov.br/parecer-no-0422014-consulta-sobre-atribuicoes-do-profissional-de-
enfermagem_7917.html>. Acesso em: 18 jun 2018.

MATO GROSSO DO SUL. Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul. Parecer Nº
018/2017. Troca de dispositivos de Jejunostomia pelo Enfermeiro Estomaterapeuta e de
Gastrostomia na Atenção Primária e em Domicílio. 2017.

MEDEIROS, M. Tecnologia educativa em saúde para o cuidado domiciliar em pacientes em uso de


gastrostomia. Dissertação (Mestrado Profissional) – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC,
Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós Graduação em Enfermagem. Florianópolis, SC. 186p.
2017. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/188757/PGCF0089-
D.pdf?sequence=-1&isAllowed=y>. Acesso em 11 de ago 2018.

POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2013.

SÃO PAULO. Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo. SP. Parecer Técnico nº 045/2012.
Emenda: Troca de sonda de Gastrostomia, Jejunostomia. Respaldo legal e competência do
Enfermeiro. Disponível em: <http://portal.coren-sp.gov.br/sites/default/files/Parecer%20045-2012.pdf>.
Acesso em 12 de ago 2018.
INSTRUMENTO DE TRABALHO
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Data:
TROCA DE SONDA DE Versão:1 SÃO
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PAULO. Hospital São Paulo. Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina. Hospital
Universitário da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Procedimento Operacional Padrão:
Cuidados com a pele ao redor da gastrostomia. Disponível em:
<http://www.hospitalsaopaulo.org.br/sites/manuais/arquivos/2015/POP_gastrostomia_1.pdf>. Acesso em
01 fev 2018.

OBSERVAÇÃO:

Sugestões enviar: col.gcuidado@gmail.com

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