resultado prometido, independentemente dos meios

utilizados para alcançá-lo.

• O termo responsabilidade tem como significado a Especialidades de obrigação de resultado:

recomposição, a obrigação do agente causador do • Restaurações dentárias

dano em repará-lo. • Prevenção

• Na Odontologia é a obrigação do dentista, através • Prótese dentária

de medidas cabíveis em lei, reparar algum dano • Radiografia odontológicas

moral ou patrimonial causado ao paciente. • Procedimentos estéticos

• Para que seja caracterizada responsabilidade civil na

odontologia é necessário que exista a comprovação
da culpa do dentista. Para isso, deve ficar provado
RESPONSABILIDADE OBJETIVA: refere-se à
que o profissional agiu com imprudência, imperícia
responsabilidade que independe da existência de culpa
e/ou negligência.
ou negligência por parte do responsável. Nesse caso,
basta a comprovação do dano e do nexo causal entre a

conduta e o prejuízo para que a responsabilidade seja

OBRIGAÇÃO DE MEIO: tipo de obrigação em que a atribuída. Em outras palavras, mesmo que a pessoa ou

pessoa se compromete a empregar os meios entidade responsável não tenha agido de forma

necessários e adequados para alcançar um determinado imprudente, descuidada (imperícia) ou negligente, ela

objetivo ou resultado, mas sem garantir o resultado em ainda pode ser responsabilizada pelos danos causados

si. Nessa modalidade, o importante é que o curso do

tratamento seja executado dentro dos critérios RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: está associada à

estabelecido para aquele caso. ideia de culpa ou negligência do responsável pelo dano.
Nesse caso, é necessário comprovar que houve

Especialidades de obrigação de meio: imprudência, imperícias e/ou negligência do

• Cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial profissional. Para estabelecer a responsabilidade

• Ortodontia subjetiva, é preciso demonstrar que houve uma conduta

• Odontopediatria inadequada ou falha na obrigação de cuidado.

• Endodontia Obs: a responsabilidade do cirurgião-dentista é

• Periodontia sempre subjetiva.

OBRIGAÇÃO DE RESULTADO: tipo de obrigação em

que a pessoa se compromete a alcançar um resultado

NEGLIGÊNCIA: agir com descuido, indiferença ou
específico ou um determinado objetivo. Nesse tipo de
desatenção, deixar de tomar uma atitude ou de
obrigação, a pessoa é responsável por entregar o
apresentar a conduta que era esperada par o caso.
IMPRUDÊNCIA: agir precipitadamente e sem cautela,
X
agir de forma contrária da esperada.

IMPERÍCIA: falta de qualificação técnica, teórica ou • A lei n° 8.078/1990 considera que toda pessoa física
prática, inaptidão, ignorância, ausência de ou jurídica que presta algum tipo de serviço é um
conhecimentos elementares e básicos da profissão. fornecedor

• Portanto, o tratamento odontológico é considerado

uma relação de consumo, pois de um lado o dentista

presta o serviço e do outro uma pessoa utiliza o
CONTRATUAL: aquela em que o paciente assina um
serviço.
termo de consentimento para fazer o tratamento
• A art. 14, parágrafo 4 do CDC diz que a
proposto. Assim, ele concorda com o planejamento,
responsabilidade civil dos profissionais liberais que
riscos e benefícios do tratamento.
prestam serviço é subjetiva

• Para o PROCON, os profissionais liberais são aqueles

NÃO CONTRATUAL: acontece quando se faz o
que trabalham na área para a qual se formaram e
atendimento de emergência sem a existência de
possuem um conhecimento especializado. Esses
qualquer contratação prévia. Nessa situação, o paciente
profissionais so podem ser responsabilizados com as
poderá não ter condições de consentir o tratamento.
comprovação de culpa e mais uma vez será
Além disso, o tratamento pode ser feito em local
relacionado à negligência, imprudência e imperícia.
inapropriado e sem equipamentos ideais.

Obs: a ausência do contrato ou termo de

consentimento esclarecido só é justificável nas

• Quando o paciente se sente lesado, fisicamente ou
situações de urgência e emergência.
financeiramente ele pode entrar na justiça contra o

seu dentista. Para que o profissional seja considerado

culpado é necessário a comprovação de atos de

negligência, imperícia ou imprudência.

• A única maneira de excluir o dentista da culpa é

• Para os pacientes é importante a regulamentação
quando há provas que mostrem que o motivo da
caso seja comprovado imprudência, negligencia ou
falha do tratamento foi por causa do paciente.
imperícia. Assim, os danos causados podem ser
• Se o paciente descumprir as determinações do
reparados e o paciente resguardado e indenizado.
dentista, ele se torna responsável por suas ações e
• Para o profissional ela é necessária para assegurar o
pelo resultado do tratamento, portanto, não existirá
padrão de qualidade, respeito a classe e as técnicas
necessidade do pagamento da indenização.
preconizadas na odontologia.
• Caso o dentista seja considerado inocente o

profissional pode processar o paciente se julgar que

foi ofendido ou caluniado.


• É a situação em que alguém descumpre os bens
jurídicos fundamentais da sociedade. São eles: a vida,
• O cirurgião dentista pode ser indiciado por
responsabilidade penal em algumas situações:
EXERCÍCIO ILÍCITO DA ODONTOLOGIA:
VIOLAÇÃO DE SEGREDO PROFISSIONAL:
ESTELIONATO: quando um dentista negocia um
tratamento e executa outro de qualidade inferior.
LESÕES CORPORAIS:
• A prática odontológica pode resultar em leões
produzidas no paciente que são transitórias e/ou
inerentes ao tratamento. Um exemplo é inchaço após
cirurgia, edemas e dor. Por isso é preciso que o
profissional esclareça todas as etapas e possíveis
lesões.
• A lesão pode ser considerada leve, grave ou
gravíssima.
• É grave quando gera incapacidade para ocupações
habituais por mais de 30 dias, perigo de vida,
debilidade permanente de membro, sentido ou
função, aceleração de parto.
• É gravíssima quando resulta em incapacidade
permanente para o trabalho, enfermidade incurável,
perda ou inutilização do membro, sentido ou função,
deformidade permanente, aborto.
• A perda de até 4 dentes é considerada uma lesão
corporal leve.
OMISSÃO DE SOCORRO: o dentista deve estar
preparado para prestar socorro em seu consultório em
Documentos Odontológicos
• A ficha clínica é um documento que, além de conter
informações pessoais do paciente, faz um registro
cronológico de todos os procedimentos realizados,
incluindo suas evoluções, exames realizados,
retornos, etc.
• Também é um mecanismo de acompanhamento do
tratamento do paciente, muito útil para consultas
futuras.
a integridade física e mental, a honra, os costumes, o
patrimônio, a liberdade e a paz pública
• Quando alguém viola alguns desses princípios é
configurado crime.
casos de urgência e emergência, providenciar socorro
de autoridade pública compatível com a situação e
adotar cuidado profilático e protetores até a chegada da
equipe.
1. Petição inicial: o autor representado pelo
advogado irá expor os problemas e precisa
provar que o dano causado foi culpa do dentista
2. Com a posse do documento, o juiz intimará o
réu (dentista), designando a audiência de
conciliação. caso a conciliação seja obtida o
caso encerra aqui.
3. Se não houver conciliação, o advogado do réu
apresentará um documento acompanhando de
uma resposta escrita ou oral, defendendo o
acusado.
4. Na continuidade do processo e se houver a
necessidade de perícia, o juiz indicará um perito
para realizá-la. Essa perícia resultará no laudo
técnico.
5. Além dos perito, as partes (paciente e dentista)
poderão nomear seus assistentes técnicos, que
acompanharão na realização da perícia e
apresentarão seus laudos, acrescentando-os ao
processo.
6. Depois de examinar as provas, o juiz dará sua
sentença.
• Reúne informações gerais sobre ele, como exemplo,
a situação atual de sua saúde no momento que
procurou a clínica, as medicações que ele faz uso, os
tratamentos médicos que esteja realizando, além de
peculiaridades médicas do paciente, como alergias e
outras situações que demandem uma atenção
especial do dentista durante cada procedimento
• O TCLE é um termo que o paciente assina antes de
realizar os procedimentos médicos. A assinatura
deste documento significa que o paciente está
 concordando com tudo que foi discutido e
apresentado a ele acerca do tratamento a ser
realizado. Claro que antes de assinar qualquer
documento, o paciente deve estar ciente de todas as
informações, para evitar dúvidas ou mal-entendidos.
• A Lei 5.081, de 24/8/1966, que regula o exercício da
Odontologia, determina no art. 6, item II: “Compete
ao Cirurgião-Dentista prescrever e aplicar
especialidades farmacêuticas de uso interno e
externo, indicadas em Odontologia”. É baseado
nessa lei que o direito dos cirurgiões-dentistas
quanto à prescrição médica está garantido, DESDE
QUE PARA USO ODONTOLÓGICO.
• É utilizada para prescrever/dispensar medicamentos
paliativos (anódinos), medicamentos isentos de
prescrição médica (mips ou OTC) e aqueles de tarja
vermelha que devem ser indicados por um
profissional da saúde.
• O receituário simples é emitido em apenas uma via,
pois não exige sua retenção na farmácia ou
drogaria.
• É aquela utilizada para receitar antibióticos. Ela
consiste no dentista preencher 2 receitas brancas
simples iguais, para que uma delas fique retida com
a farmácia no momento da compra.
• As especificações para o preenchimento dessa
receita são as mesmas utilizadas para preencher as
receitas simples, se diferenciando apenas no número
de vias emitidas.
• Outro ponto a destacar, é que ao comprar o
medicamento, o comprador deverá fornecer seus
dados pessoais, e o farmacêutico vendedor se
identificar na receita, a fim do controle da venda
desses medicamentos.
• A lei que assegura aos dentistas esse direito é a
Portaria SvS/MS nº. 344/98 (artigos 38 e 55, § 1º)
prescrições pelo dentista essa limitação não constitui
problema, já que as prescrições são feitas para
períodos curtos de uso.
• O talonário azul é numerado e sujeito a controle. Ao
utilizá-lo, o profissional deverá preencher um
canhoto com os dados do paciente (nome e
endereço completo), nome da droga prescrita, forma
de apresentação, posologia e instruções sobre o uso.
Assim, a prescrição odontológica deve:
• Ser clara, legível e em linguagem compreensível;
• Escrita sem rasura, em letra de forma, por extenso e
legível;
• Não apresentar abreviaturas, códigos ou símbolos;
• Informar nome, forma farmacêutica e concentração
do medicamento prescrito;
• Conter quantidade total de medicamento (número
de comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), de
acordo com a dose e a duração do tratamento;
• Conter via de administração, o intervalo entre as
doses, a dose máxima por dia e a duração do
tratamento;
• Conter nome, endereço e telefone do cirurgião-
dentista de forma a possibilitar contato em caso de
dúvidas ou ocorrência de problemas relacionados ao
uso de medicamentos prescritos;
• Conter data da prescrição, assinatura e carimbo do
prescritor;
• Conter manifestação expressa se não desejar
permitir a intercambialidade do medicamento de
marca prescrito pelo genérico ou similar, conforme
disposto na lei nº 9.787/99

• São medicamentos sujeitos a controle dos Serviços

de Vigilância Sanitária e devem ser prescritos em
receituário especial, o talonário azul. Para isso, o
dentista deve procurar as autoridades sanitárias para
ser autorizada a emissão de receituário especial de
cor azul.
• Há limite para estas prescrições. Em geral, pode ser
atendida a quantidade de medicação suficiente para
60 (sessenta) dias de tratamento. No caso de