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QUÍMICA A 10 / GUIÕES DE EXPLORAÇÃO DAS ATIVIDADES LABORATORIAIS

ATIVIDADE LABORATORIAL 1.2.

Teste de chama ( páginas 66 a 68)

OBJETIVO GERAL
Identificar elementos químicos em amostras de sais usando testes de chama.

METAS ESPECÍFICAS
1. Identificar a presença de um dado elemento químico através da coloração de uma chama quando
nela se coloca uma amostra de sal.
2. Indicar limitações do ensaio de chama relacionadas com a temperatura da chama e com a natureza
dos elementos químicos na amostra.
3. Interpretar informação de segurança presente no rótulo de reagentes e adotar medidas de proteção
com base nessa informação e em instruções recebidas.
4. Interpretar os resultados obtidos em testes de chama.

FUNDAMENTO TEÓRICO

Se forem usadas ansas de Cr/Ni, deve limpar-se previamente a ansa de inoculação, inserindo-a na zona
mais quente da chama, a fim de eliminar impurezas e para que esta não apresente qualquer coloração
quando colocada na chama. A mesma ansa deve ser utilizada sempre na mesma amostra, o que evita o
recurso a ácido clorídrico concentrado para limpeza das ansas. Se não for possível, é necessário introduzir
a ansa na solução de ácido sempre que se mude de solução e, em seguida, levar à chama.
Note-se que o sódio, que é um componente ou contaminante comum em muitos sais, produz uma cor
amarela intensa no teste de chama que tende a mascarar as outras cores produzidas por outros
elementos. Por isso, a cor da chama, geralmente, é observada através de um vidro azul de cobalto para
filtrar o amarelo produzido pelo sódio e permitir a visualização de cores produzidas pelos outros
elementos metálicos.
É conveniente que os sais a analisar sejam cloretos, pelo facto de serem mais voláteis.
A sala obscurecida facilitará a observação de toda a atividade, principalmente quando se observa a chama
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da amostra com um espetroscópio de bolso.

EXPLORAÇÃO DA ATIVIDADE LABORATORIAL

1. Para garantir que a cor da chama resulta apenas do catião em estudo, isto é, que não
existe sobreposição da cor conferida à chama pelo catião com cores que resultem de
impurezas presentes na amostra.

2. O bico de Bunsen atinge temperaturas mais altas, o que permite excitar os átomos de
modo a que os seus eletrões fiquem em níveis energéticos superiores. Por outro lado,
temperaturas mais altas permitem aumentar a fração de átomos excitados.
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3. a) C. 3.b) A, C, D.

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REGISTO E TRATAMENTO DE RESULTADOS

Exemplos de resultados obtidos na realização da atividade.

Tabela I – Registo da cor da chama produzida pelos sais ensaiados e das riscas do
espetro de emissão observado com o auxílio de um espetroscópio de bolso
Cor da chama (visão Cor da chama (vidro de
Sólido Cor das riscas de emissão
direta) cobalto)
LiCℓ Vermelho Vermelho Riscas na zona do vermelho
Riscas na zona vermelho,
KCℓ Violeta Violeta
amarelo, verde e azul
Riscas na zona do amarelo,
NaCℓ Amarelo Amarelo
verde e azul
CuCℓ Verde-azulado Verde-azulado Riscas violeta e laranja
Riscas violeta, verde,
CaCℓ2 Vermelho alaranjado Vermelho alaranjado
amarelo, vermelho
Riscas azul e várias riscas
BaCℓ2 Verde-amarelado Verde-amarelado
verdes
Riscas laranja, verde,
CuCℓ2 Verde-azulado Verde-azulado
vermelho e violeta
SrCℓ2 Vermelho-carmesim Vermelho-carmesim Riscas na zona do vermelho
Desconhecido

1. a) Deve-se à luz emitida quando ocorrem desexcitações nos átomos presentes na amostra em estudo.
b) Porque são diferentes os níveis de energia em átomos de diferentes elementos, sendo também
diferentes as transições eletrónicas entre esses níveis.
c) Para proceder à excitação dos átomos e porque as temperaturas mais altas permitem aumentar a
fração de átomos excitados e, assim, obter emissões mais intensas (cores mais nítidas e mais
estáveis).
2. Não. A cor do sal não está relacionada com a cor da chama.
3. C.
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4. A cor do fogo de artifício deve-se à emissão de luz como resultado da excitação e desexcitação de
átomos de diversos elementos químicos, tal como sucede nos ensaios de chama.
FIM

APRENDER +

1. Analisando o rótulo de uma embalagem de cloreto de litío, indique quais são os riscos
decorrentes da sua utilização e as regras de segurança que se devem cumprir durante a sua
utilização.
Reagentes irritantes e/ou nocivos: identifica os produtos químicos que não são venenosos, mas
podem causar irritações nos olhos, vias respiratórias e pele. Não permitir o contacto com a pele
ou a roupa. Usar máscara protetora.

2. Qual é o fundamento teórico do teste a realizar?


Quando uma certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico,
alguns eletrões de valência absorvem esta energia passando para um estado excitado.
Quando um desses eletrões excitados retorna ao estado fundamental, emite uma quantidade
de energia radiante, igual àquela absorvida, cujo comprimento de onda é característico do
elemento e da mudança do nível eletrónico de energia. Assim, a cor emitida é utilizada para
identificar o referido elemento.

3. Por que razão é necessário proceder a um aquecimento do composto numa chama?


O aquecimento permite que uma certa quantidade de energia térmica seja fornecida a um
determinado elemento químico e provoque a excitação de alguns eletrões do elemento em
estudo.

4. Qual a utilidade deste tipo de testes?


Estes testes permitem identificar os elementos presentes na amostra, atendendo à coloração
da chama a que dão origem.

5. Qual a relação entre a cor da chama após a adição do sal e os espetros atómicos dos
respetivos elementos?
A cor da chama coincide com a risca ou com o somatório das riscas observadas no espetro de
emissão do elemento respetivo.

6. O que se pode concluir através dos ensaios realizados?


Cada metal emite uma cor diferente porque tem um espectro constituído por um conjunto de
riscas coradas bem individualizadas e não se obtêm espectros iguais de substâncias
diferentes, logo cada elemento apresenta um determinado espectro que lhe é característico.
Portanto o espectro de emissão de cada metal é uma espécie de “impressão digital” podendo
ser utilizado para identificar os respetivos elementos em amostras.

7. Tendo em conta o resultado obtido para o sal desconhecido, indique o catião que fará parte da
sua constituição.
Através da observação da cor produzida na chama do bico de Bunsen, durante o aquecimento
da amostra desconhecida e comparando-a com as cores da chama produzidas durante o
aquecimento de substâncias conhecidas é possível uma identificação da amostra
desconhecida pois existe uma correspondência entre a cor da chama e os componentes do sal
que a originaram.

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8. Quais as limitações do uso do teste de chama para o fim em vista?


As principais limitações do uso do teste de chama que, por vezes, dificultam a correta
identificação do composto em estudo, são: o facto de o olho humano ser falível, o que pode
conduzir a que se interprete mal a cor apresentada; a coloração de cada uma das substâncias
extingue-se rapidamente e pode encontrar-se mascarada por outras; a chama pode não se
encontrar à temperatura adequada; a desexcitação dos eletrões nas amostras analisadas deve
situar-se na zona do visível, pelo que apenas um número reduzido de elementos pode ser
analisado.

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