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HISTÓRIA DO MARANHÃO NO PASSADO E PRESENTE

PROFESSOR: PABLO DA COSTA FREITAS FIGUEIREDO

1-O MARANHÃO NO CONTEXTO DO SISTEMA DE CAPITANIAS


HEREDITÁRIAS: O Maranhão sempre esteve nas intenções expansionistas do Estado
Português, onde os limites da Capitania foram definidos e os donatários armaram
expedições para ocupar terras maranhenses, porém por mar naufragaram no canal do
boqueirão e por terra se perderam ou foram eliminados pelos indígenas.

2-COMO D.JOÃO DISTRIBUIU AS TERRAS: D. João assim distribuiu a faixa


litorânea do futuro Estado do Maranhão da seguinte forma: os limites interiores
deveriam terminar na abstrata linha de Tordesilhas e a doação de lotes de terras para
os donatários João de Barros, Fernando Andrade e Aires da Cunha, onde suas expedições
naufragaram no canal do boqueirão.

3-O MARANHÃO NO SÉCULO XVI: O Século XVI no Maranhão (Extremo norte vale-
amazônico) permaneceu sem colonização, sem ocupações Europeias efetivas, sem a
grande lavoura de exportação, lembrando que mesmo com o sistema de Capitanias
Hereditárias a colonização não se implantou no Maranhão.

4-RELAÇÃO ENTRE COLONOS E ÍNDIOS NA VISÃO DO PADRE VIEIRA: A carta


escrita pelo padre Antônio Vieira, jesuíta que viveu no Maranhão no século XVII, ao
procurador da Câmara de São Luís, Jorge Sampaio, insere-se no contexto da colonização
enfocando, sobretudo a problemática em torno da escravidão do aborígene. Denuncia
a situação de penúria vivenciada no estado, onde a ausência de escravos negros
africanos possibilitou ao colono a deflagração da escravidão do indígena e a igreja ao se
posicionar de forma contrária provoca o acirramento das relações com os colonos. A
ausência de ouro e prata na região permite ao colono viver da substância agrícola onde
se destacavam o açúcar, a mandioca e o tabaco cuja exploração depende do sangue e
do suor donativo, utilizado como escravo. Exploravam-se também no Maranhão, as
drogas do sertão, onde o braço explorado era também o aborígene. Por último é preciso
ressaltar que o século XVII foi marcado por conflitos envolvendo a igreja e colonos em
torno da exploração do índio.

5-PRINCIPAIS CAUSAS DAS INVASÕES FRANCESAS NO MARANHÃO (1612-


1615): A necessidade Francesa de obter terras no Brasil, lembrando que a França
Equinocial foi à última tentativa de invasão no Brasil, ausência de Colonização no
Extremo-Norte, a busca de uma Colônia integrada aos interesses mercantilistas, vergar
na prática a vertical de Tordesilhas (quebra desta linha), a crise social ocasionada pela
difusão da Reforma Protestante e explorar as potencialidades econômicas.

6-A FIGURA DE DANIEL DE LA TOUCHE: Em 1610, Daniel de La Touche veio ao


Maranhão para confirmar uma série de informações sobre este território, mas somente
em 1611 é que de fato parte a esquadra da França a mando de D. Maria Médici para o
Maranhão. Três navios, e uma tripulação de mais de 500 homens, entre soldados e
colonos. Era está à frota francesa comandada por Daniel de La Touche, onde invadiu o
Maranhão no dia 26 de julho de 1612. Uma das primeiras providências do comandante
foi à construção de um forte que recebeu o nome de São Luís em homenagem ao Rei
Luís XIII. A partir do forte, desenvolveu-se o povoado que deu origem a cidade de São
Luís e no dia 08/09/1612 foi fundada a França Equinocial rezando uma missa sob a
ordem de D. Maria de Médici.

7-FRANÇA EQUINOCIAL: Em relação à França Equinocial, podemos afirmar que a


conquista francesa ao Maranhão, ocorre no período da União Ibérica, após o fracasso
da França Antártica, no Rio de Janeiro, o domínio está inserido no contexto das disputas
mercantilistas, bastante acirradas na Europa no decorrer do século XVII, a França
Equinocial contou com investimentos da coroa francesa e da burguesia calvinista,
objetivava estabelecer uma colônia próxima à linha equinocial e o domínio foi de pouca
duração, sendo que em 1615 uma esquadra luso-espanhola expulsou os franceses do
Maranhão.
8-BATALHA DE GUAXENDUBA: Foi um confronto entre Franceses e Portugueses,
onde Jerônimo de Albuquerque liderou a esquadra portuguesa e expulsou os Franceses
em 1615, onde os índios Tupinambás ajudavam os Portugueses.

9-JORNADA MILAGROSA: Para explicar o inexplicável, a sabedoria popular recorreu


a Nossa Senhora da Vitória, chamando a dita expedição de milagrosa, por ela ter
transformado areia em pólvora para os Portugueses contra os franceses na batalha de
Guaxenduba.

10-O MITO DA FUNDAÇÃO FRANCESA DE SÃO LUÍS: São Luís, capital do


Maranhão, completou 407 anos de fundação. Acerca de sua fundação, o debate
existente na imprensa e na historiografia local versa sobre a tese de que a fundação
francesa de São Luís é fruto de uma construção mítico-ideológica, produzida pela elite
intelectual maranhense do século XIX.

11-A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA NO MARANHÃO: O processo de


colonização do Maranhão foi bastante tardio e cheio de obstáculos. É somente no século
XVII que se inicia a colonização desse Estado. Foram características econômicas
inerentes à sua colonização: a implantação de uma economia agrícola em torno de
alguns produtos como o açúcar, mais que na prática mostrou-se bastante frágil, e a
coleta de drogas do sertão, economia extrativista. Ambas utilizam o indígena como
escravo. O ponto de partida para o avanço do sistema colonial português no norte do
Brasil foi à conquista da ilha de São Luís em 1615.

12-O QUE ACONTECEU EM 1621: Em 1621 a metrópole dividiu a Colônia em dois


Estados independentes entrei si. O Estado do Brasil com sede em Salvador e o Estado
do Maranhão com sede em São Luís, onde a escolha deste último foi devido ao
destacado papel como ponto estratégico para a Colonização Norte e Nordeste.
13-CORRENTES DE POVOAMENTO NO MARANHÃO: A Frente Litorânea tinha
como patrocinadores o Estado Português, Igreja Católica e Iniciativa Privada, tendo a
economia marcada pela grande lavoura de exportação, mão-de-obra escrava, e os rios
Itapecuru, Munin, Pindaré e Mearim. Já a Frente Pastoril tinha como patrocinadores os
vaqueiros, tendo a economia marcada pela pecuária, mão-de-obra livre, e os rios Balsas,
Corda e Manuel Alves Grande, lembrando que a Frente Pastoril aconteceu na parte Sul
do Estado recebendo o nome de Pastos Bons, devido os campos e as pastagens do
Maranhão.

14-ÉPOCA DA FOME OU POBREZA ECONÔMICA (ECONOMIA NO SÉCULO


XVII): Economia de subsistência assentada na pequena lavoura e no braço indígena,
forte criação de animais, valorizando a caça, pesca e a coleta das drogas do sertão,
ausência de moeda metálica, economia mais extrativa que produtiva, economia auto-
suficiente e baixa produtividade e tráfico de índios e pequena exportação de algodão
(lã, linha ou seda).

15-O QUE OCORREU EM 1682 NO MARANHÃO: Tentativa da montagem da


grande lavoura de exportação expressa na criação da Companhia de Comércio
Maranhão e Grão-Pará ou Companhia de Pascoal Jansen ou primeira Companhia.

16-PRINCIPAIS FUNÇÕES DA COMPANHIA DE COMÉRCIO MARANHÃO E


GRÃO-PARÁ OU COMPANHIA PASCOAL JANSEN OU PRIMEIRA
COMPANHIA: Exerceu o regime de monopólio sobre o extremo-norte durante 20
anos, Fornecer escravos africanos, fornecer produtos manufaturados, financiar e escoar
a produção e fornecer 06 navios por ano para a costa maranhense.

17-ABUSOS DA COMPANHIA DE COMÉRCIO MARANHÃO E GRÃO PARÁ


OU COMPANHIA DE PASCOAL JANSEN OU PRIMEIRA COMPANHIA: Essa
Companhia não cumpriu suas funções, fornecendo produtos estragados com preços
altos, estocando produtos em armazéns e fraudando as balanças usadas para comprar
a produção colonial, não fornecendo a quantidade de escravos necessários e mandando
apenas um navio por ano. A Companhia Geral de Comércio do Estado do Maranhão, ao
promover o estanco do comércio local, passou a fornecer precariamente gêneros de
primeiras necessidades, além de uma pequena leva de escravos que entrou
irregularmente no Maranhão na gestão da Companhia. Havia irregularidade nos pesos,
medidas, inclusive certa quantidade e escravos fornecidos pela Companhia, o gestor
Pascoal Pereira Jansen tomou para si, vendendo a preços exorbitantes.

18-PRINCIPAIS CAUSAS DA REVOLTA DE BECKMAN: Os abusos cometidos pela


Companhia de Comércio Maranhão e Grão-Pará e os privilégios dos Jesuítas (isenção de
impostos e controle dos indígenas). Devido os privilégios dos Jesuítas, os colonos os
achavam uma concorrência desleal. É preciso salientar que, além do monopólio sobre
as drogas, os jesuítas também monopolizavam a produção de sal e possuíam rebanhos
de bois e cavalos.

19-PRINCIPAIS LÍDERES DA REVOLTA DE BECKMAN: Esta revolta foi um


movimento elitista, pois um grupo de senhores de engenhos (proprietários rurais), sob
a liderança dos irmãos Manuel Beckman, Tomás Beckman e Jorge Sampaio.

20-ESTOPIM DA REVOLTA DE BECKMAN: Na noite de 24 de fevereiro de 1684,


quando o governador Francisco Sá de Menezes estava ausente de São Luís, o seu
substituto Gregório dos Anjos foi preso e os revoltosos invadiram armazéns da
companhia, atacando residências jesuíticas e expulsando padres do Maranhão. Às
vésperas da Revolta de Beckman, o padre Antônio Vieira denunciava ao rei a situação
política do Estado do Maranhão, que era de total abandono.

21-PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA REVOLTA DE BECKMAN: Os rebeldes


constituíram um governo provisório e Tomás Beckman foi a Portugal expor os
acontecimentos e ficou preso, foi enviado para o Maranhão o governador Gomes Freire
de Andrade e em 1685 aplicou duras penas aos líderes rebeldes, onde Manuel Beckman
e Jorge Sampaio foram enforcados em 1685 em Manuel Beckman proferiu a célebre
frase no dia 2 de novembro de 1685:``pelo povo do Maranhão morro contente``,
extinção da Companhia de Comércio Maranhão e Grão-Pará, Os jesuítas retornaram ao
Maranhão e maior liberdade para escravizar os indígenas.

22-SOCIEDADE COLONIAL MARANHENSE: No início do Século XVIII, a sociedade


era pouco diferenciada, havendo o predomínio de funcionários e militares nos centros
urbanos, além de uma extensa miscigenação, pois eram raras as mulheres brancas
vindas da metrópole. A transição do trabalho indígena para o africano foi um processo
bastante conflituoso envolvendo disputas entre colonos e jesuítas, até chegar à Lei de
Libertação dos Indígenas e seus descendentes em 1755. Ao final do século XVIII, a
sociedade passava por profundas mudanças, relacionadas com a chegada crescente de
Portugueses e de escravo africanos, ao aumento das fortunas e um maior controle social
sobre a organização familiar.

23-PRINCIPAIS CAUSAS DAS INVASÕES HOLANDESAS NO MARANHÃO:


Ampliar o domínio Holandês sobre o nordeste brasileiro, a busca de mais açúcar e
explorar as drogas do sertão, impor o protestantismo no Maranhão e confiscar
propriedades de colonos e jesuítas.

24-CONTEXTO INTERNACIONAL PARA AS INVASÕES HOLANDESAS NO


MARANHÃO: Sabemos que no período da União Ibérica ou União Peninsular (1580-
1640), o trono Português foi ocupado pela Dinastia dos Felipes da Espanha em que os
Espanhóis decretaram um bloqueio (embargo) para que os holandeses não viessem
financiar, distribuir, refinar e transportar o açúcar brasileiro para o mercado Europeu
surgindo um conflito entre Espanha e Holanda. A invasão Holandesa no Maranhão
insere-se no contexto das disputas mercantilistas, travadas pelas potências europeias
no decorrer do século XVII. É conseqüência imediata das querelas que se arrastavam
desde o início da Idade Moderna, envolvendo Espanha e Holanda, em torno da
independência dos Países Baixos. Desde o século XVI, os holandeses mantinham
negócios com Portugal, em torno do açúcar brasileiro. Assim, quando Portugal passa a
seu dominado pela Espanha (União Ibérica), esta última decreta o embargo espanhol
prejudicando sensivelmente a economia flamenga em torno do açúcar. Em
conseqüência do embargo, os holandeses invadem Pernambuco, depois expandem a
conquista por quase todo o Nordeste, chegando ao Maranhão em 1641, conquistando
os engenhos da região.

25-COMO FOI A INVASÃO HOLANDESA NO MARANHÃO: No dia 22 de


novembro de 1641 inicia-se a invasão Holandesa no Maranhão comandada pelo
almirante Jan Cornelizon e o coronel Koin Anderson, chegando em 18 belomaves com
dois mil homens a bordo, desembarcando no Desterro, levando pânico a cidade com
saques, saqueando igrejas, incendiando fazendas, promovendo assassinatos e
humilhações impostas pelos invasores aos maranhenses. Uma vez dominada São Luís os
batavos dirigiram-se para o interior em direção ao Vale do Itapecuru conquistando essa
região açucareira reduzindo os proprietários a condição de meros feitores, lembrando
que os Holandeses invadiram também Tapuitapera (Alcântara) fazendo prisioneiro o
governador Bento Maciel.

26-EXPULSÃO DOS HOLANDESES DO MARANHÃO: Os Holandeses cometeram


os mesmos erros cometidos na Bahia, promovendo saques e profanações religiosas.
Entretanto formou-se uma estranha aliança entre colonos (medo de perder suas
propriedades e a busca de defesa do seu território) e jesuítas (anti-protestantes), cujo
objetivo era expulsar os holandeses que se efetivou no dia 22 de fevereiro de 1644. O
Outeiro da Cruz foi o marco da expulsão holandesa do Maranhão.

27-ÉPOCA DA PROSPERIDADE OU EUFORIA ECONÔMICA (ECONOMIA NO


SÉCULO XVIII): O ministro de D. José I, o déspota Sebastião José de Carvalho e Melo,
o Marquês de Pombal, transferiu a capital do extremo-norte de São Luís para Belém e o
Estado passou a ser denominado Estado de Grão-Pará e Maranhão em 1753. Ocorreu a
criação da Companhia de Comércio Grão-Pará e Maranhão que foi fundamental para o
desenvolvimento deste território efetivando também a entrada da mão-de-obra
escrava. Pombal articulou a grande lavoura de exportação incentivando a lavoura, a
indústria e o comércio, onde muitas ruas foram calçadas e prédios nobres foram
construídos. Ligou a economia maranhense ao euro-mercado (agricultura de
exportação). Ocorreu a divisão internacional do trabalho (DIT) no Maranhão reflexo da
Revolução Industrial. Pombal aproveitando-se do industrialismo inglês e o crescimento
demográfico estimulou o algodão e o arroz, sendo que paralelamente crescia no sul do
Maranhão a pecuária. Expulsão dos jesuítas e a proibição da escravidão indígena.

28-PERÍODO POMBALINO: Relativo ao período pombalino, a política cuja inserção


dinamizou a economia maranhense do século XVIII, que o período pombalino produziu
largos êxitos no estado Grão-Pará e Maranhão. A instalação da Companhia de Comércio
foi determinante na consolidação da região, o grande impacto causado pela Companhia,
além de uma política de crédito, foi a introdução de 25.465 escravos negros na região,
o que dinamizou a economia na região, o Maranhão, que até 1755 enfrentava
obstáculos em relação à colonização, tornou-se, no ultimo quartel do século XVIII umas
das mais importantes províncias do Brasil e o êxito da cotonicultura, além dos
investimentos da Companhia e da guerra de independência dos Estados Unidos, reside
no fato do algodão constitui-se numa matéria-prima para abastecer a Revolução
Industrial. O Marquês de Pombal justificava a necessidade de expulsão dos jesuítas de
Portugal e de suas colônias, pois estes estavam construindo um Estado dentro do
Estado. A ordem jesuítica era rica e poderosa inclusive o poder da coroa na colônia.

29-RAZÕES QUE LEVARAM O MARANHÃO A NÃO ADERIR A


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL DE IMEDIATO: Desde o século XVII que o Maranhão
mantinha mais ligações com Lisboa do que com os centros do Brasil (Salvador e Rio de
Janeiro). A junta governativa do Maranhão era controlada por comerciantes
portugueses (Bispo Nazaré) que declararam fidelidade a Portugal.

30-O PROCESSO DE ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA DO


BRASIL: A Adesão do Maranhão a Independência foi liderada pela Aristocracia Rural
com o apoio de mercenários ingleses sob o comando do Lord Cochrane e forças pró-
independência que marcharam do Piauí a Caxias até chegar em São Luís, onde no dia 28
de julho de 1823 o Maranhão aderiu o processo emancipatório. A adesão do Maranhão
à independência em 1823 não significou tranqüilidade para a província. Ao contrário, o
Maranhão mergulhou em novas crises políticas protagonizadas pela disputa de poder
local entre brasileiros e portugueses, cujos atores ocupavam altos cargos do poder na
província, expresso nas famílias Bruce, Burgos e Belfort.

31-CONTEXTO POLÍTICO DA BALAIADA: No período regencial a Balaiada


expressou os conflitos que marcaram todas as classes no Brasil. No Maranhão o governo
era exercido pelos cabanos (conservadores) que reforçaram seu poder com a lei dos
prefeitos de 1838 (dava poderes de juiz e delegado aos prefeitos, dava a capacidade ao
poder central de nomear dez prefeitos conservadores), porém os liberais (bem-te-vis)
viram a possibilidade dos cabanos se perpetuarem no poder, gerando insatisfações.

32-CONTEXTO ECONÔMICO DA BALAIADA: Na época da Balaiada, o Maranhão


atravessava uma grave crise econômica, onde a sua principal riqueza, o algodão vinha
perdendo preço e mercados no exterior devido à forte concorrência do algodão
produzido nos Estados Unidos que era mais barato e de melhor qualidade afetando a
população do Maranhão. O principal líder dos Cabanos (Conservadores) foi Rafael
Estevam, enquanto os Bem-te-vis (liberais) foi João Lisboa, sendo que este jornalista
liberal escreveu artigos estimulando discretamente ações das massas sertanejas contra
os Cabanos. Havia no Maranhão um grande volume de camponeses empobrecidos. Na
época da Balaiada a província do Maranhão contava com cerca de 200 mil habitantes,
sendo 90 mil de escravos além de centenas de sertanejos ligados a lavoura de algodão
e pecuária.

33- LÍDERES DA BALAIADA: Raimundo Gomes (Vaqueiro de uma fazenda bem-te-


vi), Manuel Francisco dos Anjos (Fazedor de Balaios-cestos) e Cosme Bento das Chagas
(Chefe de quilombo com cerca de três mil escravos).
34-ESTOPIM DA BALAIADA: Um incidente de estrada deflagra a Balaiada em que
Raimundo Vieira Gomes era vaqueiro de um chefe bem-te-vi e quando tangia o gado
próximo a Vargem Grande teve parte de seus homens presos sob a alegação de
recrutamento militar. O Subprefeito era cabano e isso motivou Gomes a reagir com
violência, invadindo a prisão da Vila da Manga e soltando seus boiadeiros. Logo os
policiais visaram os balaios e assim também todos os perseguidos explorados, negros
fugidos e um deles, o chefe Gomes, intitulou-se de tutor Imperador da liberdade Bem-
te-vi. Os intelectuais preferiram extravasar seus ideais na tinta do papel a pegar nas
armas.

35- EXIGÊNCIAS DOS REVOLTOSOS NA BALAIADA: Depois de prolongado cerco


a cidade de Caxias caíram sob o domínio dos rebeldes em maio em 1839 os
revolucionários fizeram as seguintes exigências: anistia aos rebeldes, pagamentos de
salários aos revoltosos, prisão das autoridades corruptas e distribuição de terras.

36-CARACTERÍSTICAS DA BALAIADA: Foi uma revolta marcada por três


movimentos: conflitos intra elitistas na sua formação, levante de massas sertanejas e
rebeliões de negros quilombolas, onde a Balaiada não foi uma revolta homogênea, não
apresentou unidade ideológica, programática e social, sendo considerado um
movimento disperso, tendo como principais quilombos o de Lagoa Amarela (escola de
ler e escrever) e São Benedito do Céu.

37- FIM DA BALAIADA: Luís Alves de Lima e Silva (futuro duque de Caxias), que
explorando o isolamento e as rivalidades entre os grupos rebeldes e contando com a
ajuda dos Bem-te-vis e Cabanos pacifica a região em 1841, onde o coronel chefiando
uma tropa de cerca de 8000 homens reprimiu o movimento, sendo que morreram mais
de 12.000 sertanejos e escravos.

38-ECONOMIA NO SÉCULO XIX: A Economia Maranhense no Século XIX foi


marcada pela grande lavoura de exportação, onde se desenvolveu os seguintes
produtos o algodão que ficou em crise permanente determinada sobre tudo pela
economia Norte-Americana, pois este país estava vivendo a Guerra de Secessão e o
açúcar desenvolveu-se ligado ao crescimento demográfico europeu, onde tornou-se o
grande produto da época. O apogeu da agro exportação maranhense durou até a década
de 70 do século XIX, quando a produção do arroz, do açúcar e do algodão entrou em
decadência. O colapso da economia algodoeira pode ser explicado a partir de uma série
de circunstancias. Após a guerra da secessão os Estados Unidos recuperaram seu
sistema produtivo, voltando a hegemonizar a exportação dessa matéria prima: o alto
preço do algodão no mercado internacional, a existência de competidores internos, cuja
produção era mais vigorosa, a concorrência externa, pois o Maranhão concorria em
condições desfavoráveis com os produtores internacionais, as condições arcaicas da
produção, a falta de investimentos do governo central, a ausência de capitais privados
e sobre tudo o fim do tráfego negreiro acompanhado das leis de emancipação além do
trafego interprovincial debilitaram a economia maranhense, que definhou levando a
ruina os senhores da agro exportação, além de concorrer para a própria decadência
agrícola da província.

39- SOCIEDADE DO MARANHÃO NO IMPÉRIO: Sobre a sociedade maranhense


no período imperial, percebemos que começou a ressentir-se de um processo de
empobrecimento, fenômeno este coincidente com a fase depressiva da economia
brasileira e, em especial, da lavoura algodoeira, além de mamelucos, cafuzos e mulatos,
colocados numa mesma categoria, exerciam as numerosas ocupações sociais e
desprezadas pela elite maranhense.

40- RAZÕES QUE LEVARAM A QUEBRA DA GRANDE LAVOURA DE


EXPORTAÇÃO: Ao final do século XIX a grande lavoura de exportação quebrou em
virtude do baixo nível tecnológico, o problema da mão de obra (abolição da escravidão)
e os autos custos do transporte. A crise da grande lavoura de exportação deu origem à
vertigem das fábricas, a loucura industrial, a desinteria fabriqueira em que os
proprietários rurais investiram na formação de um parque fabril, lembrando que a elite
local maranhense visava transformar o Maranhão agrícola em um Estado Industrial nas
duas décadas finais do século XIX.
41-SÃO LUÍS: “ATENAS BRASILEIRA”: São Luís recebeu o título de Atenas
Brasileira, devido os filhos ilustres que aqui nasceram, além de ser um berço de
intelectuais, onde podemos destacar Gonçalves Dias, João Lisboa, Henriques Leal,
Sotero dos Reis, Artur Azevedo, Aluísio Azevedo, Raimundo Corrêa, Coelho Neto e Graça
Aranha. Outro ponto a se abordar é que os filhos da aristocracia Maranhense iam
estudar na Europa, notadamente em Portugal (Coimbra), França (Paris) e Inglaterra
(Londres) e voltando para São Luís ou se instalando no Rio de Janeiro, destacavam-se
nas ciências, na política, no direito, no jornalismo e na literatura elevando a cultura local.
A historiografia tradicional atribuiu a cidade de São Luís, o título de “Atenas Brasileira”
no século XIX. Este movimento terá se caracterizado por ser o “século de ouro ‘’ das
letras e ciência no Maranhão. A província seria terra de intelectuais, onde se
destacavam, dentre outros: Gonçalves Dias, Sousândrade, João Francisco Lisboa e
Aluízio de Azevedo. A Atenas Brasileira reflete uma época de apogeu da economia
agroexportadora do algodão, do açúcar, da escravaria, e do comercio monopolizados
por uma elite escravista, cujos filhos podiam estudar grandes centros como Lisboa e
Paris. Reflete também a existência de centros econômicos urbanos com São Luís e Caxias
Este título é incorporado por uma visão etilista de sociedade.

42-VIDA CULTURAL NO MARANHÃO IMPERIAL: A respeito da vida cultural do


Maranhão do século XIX podemos afirmar que a repressão à cultura constituiu-se num
elemento característico das práticas e discursos da elite que pretenderam “silenciar os
tambores” e “calar as matracas”. A ideia de cultura vigente entre a elite imperial
maranhense era baseado nos valores europeus de erudição e no desprezo pelas
manifestações populares, embora delas precisasse para ostentar uma ideia de riqueza.

43-PARQUE FABRIL: Montado ao final do século XIX com capitais provenientes da


crise da grande lavoura de exportação, onde este parque nasceu frágil, mas arrastou-se
até os anos 50 do século XX, formando principalmente indústrias de bens de consumo,
especialmente a têxtil (prego, chumbo e fósforo).
44-PARQUE INDUSTRIAL MARANHENSE: A existência de um parque industrial
maranhense no final do século XIX foi resultado de diversos fatores conjugados, dos
quais destacarei em primeiro plano e a existência de recursos oriundos do capital
comercial através do comercio, banco e ramos industriais que dinamizam a economia.
Outro aspecto diz respeito ao capital cumulado em função da crise da escravidão e da
decadência da agro exportação e que foram investidos no setor industrial,
principalmente o têxtil. “Loucura industrial”, “desinteria fabriqueira” são dois epítetos
usados para significar as ações da elite de local visando “transformar o Maranhão
agrícola num Estado industrial, nas duas décadas finais do século XIX”. Sobre esse
processo é correto dizer que ligou-se profundamente a crise que afligia a grande lavoura,
agravada pela abolição da escravidão negra.

45-INDÚSTRIA DO BABAÇU: Após a primeira guerra mundial o babaçu maranhense


despontou no cenário internacional, sendo que ao lado do arroz a extração do babaçu
possibilitou a ocupação de terras e a formação do campesinato maranhense. É a partir
da eclosão da primeira guerra mundial que o extrativismo do babaçu, surge no
Maranhão como uma economia voltada para o mercado internacional. No período
imperial o óleo do babaçu já era utilizado no sistema de iluminação, no entanto, esta
economia era totalmente ofuscada pela agro-exportação e indústria. O Ascenso do
babaçu na primeira. Republica foi favorecido pela incipiência da agro exportação e
principalmente pela eclosão da primeira grande guerra, já que as nações em conflitos
passaram a importar a amêndoa para fins industriais, buscavam uma solução energética.
Assim o óleo e o coquilho são comercializados no mercado externo, suprindo a escassez
europeia, além de promover o reequilíbrio da balança comercial do Estado. O interesse
do mercado interno pelo babaçu propiciou a instalação no Maranhão, de uma
multinacional, a Overseas Company.

46-INDÚSTRIA DAS MADEREIRAS: A Indústria das Madeireiras teve a penetração


do grande capital nacional privado do sul do Maranhão com graves impactos
ambientais.
47-CVRD: A Companhia Vale do Rio Doce teve a penetração do grande capital estatal
do Maranhão, sendo acusada de promover um crescimento desordenado de São Luís. A
implantação do Projeto Grande Carajás nas regiões norte-nordeste do Brasil possibilitou
a exploração econômica de uma região até então pouco explorada, onde se sobressai a
Serra de Carajás, rica em Minério de ferro, Bauxita, Manganês, Níquel, Caulim, ouro, etc.
A Companhia Vale do Rio Doce é a empresa que explora essas riquezas, gerando divisas
para o país, que teve suas exportações ampliadas, pois pelo Porto da Ponta da Madeira,
saem milhares de toneladas de riquezas. O Projeto Grande Carajás gerou impactos
socioambientais. Ao se instalar na ilha de São Luís, despejou centenas de famílias de
suas terras o que promoveu o deslocamento dessas famílias para bairros periféricos
acentuando a favelização urbana. Destaco também a agressão ao meio ambiente em
consequência de instalação do PGC. As empresas em torno do projeto trabalham com
elementos poluentes e rejeitos sólidos danosos ao meio ambiente, além do que o
grande fluxo de navios no litoral de São Luís, preocupa os ambientalistas devido à
possibilidade de um desastre ambiental, pois os mesmos recebem cargas altamente
poluentes.

48-ALUMAR: A Alumar teve a penetração do grande capital internacional privado com


fortes impactos ambientais e sociais, ocorrendo a desarticulação de comunidades de
camponeses e pescadores. É uma empresa transnacional que produz alumina e
alumínio, sendo um consórcio formado por alcoa e billiton, tendo como principal
matéria a bauxita que é extraída no vale de Trombetas no Pará.

49-PGC: O Programa Grande Carajás tinha como localização geográfica a Amazônia


Oriental atingindo o Pará, Tocantins e Maranhão, tendo como principal projeto a
Companhia Vale do Rio Doce, onde a reserva mineral era a Serra dos Carajás, a ferrovia
era a estrada de ferro Carajás, o porto era o da ponta da madeira no Maranhão e a
hidrelétrica era a de Tucuruí no Pará com o rio Tocantins, lembrando que as principais
consequências era a desapropriação de terras, êxodo rural, periferização das grandes
cidades, urbanização desordenada, devastação das florestas e problemas ambientais.
Os municípios de São Luís, Açailândia, Santa Inês e Imperatriz tem algo em comum, pois
são cortados pela Estrada de Ferro Carajás. O Projeto Grande Carajás atraiu a instalação
de empresas siderúrgicas que passaram a se implantar principalmente nos municípios
de Bacabeira e Açailândia. Essas empresas passaram a explorar ferro liga e ferro gusa
para produção de placas de aço para exportação. No âmbito social, além da grande
concentração de terras, as guseiras empregam mão de obra barata, mal remunerada,
trabalhando precariamente. Há inclusive denuncia de utilização do trabalho escravo nas
guseiras, além da exploração da exploração de mão de obra infantil nas carvoarias. Em
relação a ecologia, as empresas produtoras de ferro gusa e ferro liga, estão no topo da
relação dos empreendimentos que poluem o meio ambiente, devido de material
químico que é despejado na atmosfera, além do que o uso indiscriminado de carvão
vegetal, agride o meio ambiente. As árvores nativas da Pré-Amazônia estão sendo
destruídas: cuja madeira extraída serve para alimentar os fornos das guseiras, causando
inclusive um grande aquecimento na área desmatada, liberando fumaça toxica que
atinge a população. Exemplo disso é a cidade de Açailândia, uma das cidades mais
poluídas do Maranhão.

50-FORMAÇÃO DO PODER OLIGÁRQUICO NO MARANHÃO: A formação do


poder oligárquico no Maranhão acontece ainda no Império. Às vésperas da República, o
poder gritava em torno de “maistas” e “ castristas”. As dissenções internas e as novas
nuances políticas na Primeira Republica, projetavam novas oligarquias no Estado,
corporificadas em Benedito Leite e Urbano Santos bacharéis que passaram a exercer o
poder de mando no Maranhão, e entre o final do século XIX e o início da terceira década
da Republica. Nesse período ergueram-se oligarquias em todo o Brasil. No Estado o
exercício do poder oligárquico assumiu certas particularidades: estava atrelado ao
poder central através da política dos governadores, controlava o poder público através
do acumulo de cargos, uso de verbas públicas, favorecimento de correligionários,
nepotismo e manipulação eleitoral. As oligarquias perseguiam e alijavam politicamente
a oposição do jogo político. O golpe de Estado deflagrado em 1922 no Maranhão,
embora se vinculasse no cenário nacional com movimento da ‘Reação Republicana”,
assumiu certas especificidades no Estado. O poder político, na época, era exercido pelo
oligarca Urbano Santos que alijava de todas as formas, qualquer tentativa de ascensão
da tênue oposição capitaneada pelo grupo” parguista”, tendo a frente, Herculano Parga
e Traquino Lopes. O golpe de 1922 é consequência imediata da conjuntura política local,
do pleito de 1921, quando pela fraude, Urbano Santos evitou a eleição do ex governador
Herculano Parga. Assim a oposição articulou um golpe, tomando de assalto Palácio dos
Leões e derrubando por algumas horas o governador, nomeado por Urbano Santos, Raul
Machado, apesar de contar com o apoio do comando do exército, na figura do coronel
Nogueira, o ato golpista acabou não alcançando o seu objetivo desejado. Retornando
aque o poder Machado perseguiu os participantes do movimento, que, porém, foram
absorvidos pela justiça.

51-INTERVENTOR FEDERAL (PAULO RAMOS): Dentre os representantes de


Getúlio Vargas que governaram o Maranhão destaca-se Paulo Ramos. Foi governador
de forma indireta e interventor. Ao ser nomeado interventor federal no Maranhão,
enviou um relatório ao presidente Getúlio Vargas afirmando que no Maranhão, tudo
está por fazer, tendo como principais propostas dirigir os interesses da política getulista
no Estado, controlar as instabilidades vivenciadas nos governos anteriores, realizou
empréstimos na esperança de sanear as finanças públicas, onde as realizações foram a
fundação da maternidade Benedito Leite, a colônia Nina Rodriguez, fundou o banco do
Estado, crescimento da produção de carnaúba, babaçu, algodão e o arroz. Paulo Ramos
foi o Interventor que mais tempo governou o Maranhão: de 1937 a 1945. Encontrou o
Estado em precárias condições políticas geradas por crises sucessivas. Exerce o mandato
centralizador, porem realiza um ambicioso plano pautado principalmente no equilíbrio
financeiro e em investimentos em obras públicas. Em São Luís realizou a construção de
hospitais como o Pronto Socorro, a Maternidade Benedito Leite, o Hospital Infantil E o
Sanatório Getúlio Vargas. Também iniciou a execução de um Plano Rodoviário, com a
inauguração do Departamento de Estradas e Rodagens (DER). Nessa época o arroz e o
babaçu eram as principais economias do Estado. Paulo Martins de Souza Ramos era
maranhense, advogado, alto funcionário do Ministério da Fazenda no Rio de Janeiro, foi
escolhido de Getúlio Vargas para o comando do governo do Maranhão. Foi eleito pela
Assembleia Legislativa, candidato único em cumprimento ao acorde entre Vargas e os
chefes políticos do estado.
52-“SÃO LUÍS: ILHA REBELDE OU ILHA INDOMÁVEL”: Victorino Freire,
Pernambucano, senador, apareceu na política maranhense em 1933, fazia parte do PSD,
chamado de raposa, sendo que a oligarquia vitorinista foi forte entre 1956-1966, tendo
boa relação com o governo central, onde o Maranhão passava por um período de crise
na agro-exportação e Victorino buscava recursos no governo central usando a sua
influência em que a as elites rurais apoiaram a raposa, pois tinha uma forte influência
na política maranhense usando uma política clientelista, sendo que nesse período
percebemos a força da máquina vitorinista na universidade da fraude com a articulação
do mão-de-ferro. As disputas políticas ocorreram entre Eugênio de Barros (PST), ligado
a Victorino Freire contra as oposições coligadas capitaneada por Saturnino Bello. A greve
de 1951 foi um movimento contra a fraude, sendo articulado pelas oposições contra a
posse do governador Eugênio de Barros ligado a Victorino Freire e continuador daquela
oligarquia. Na praça da liberdade (João Lisboa), quatro mil pessoas participaram desta
greve, onde o São Luís recebeu o nome de ilha rebelde ou ilha indomável, pois foi uma
manifestação violenta da população de São Luís contra os excessos da corrupção
eleitoral, então ostensivamente praticada no Estado. Em 1966, assume o governo do
Estado do Maranhão, José Sarney ao derrotar o “vitorinismo’. O cenário da época
contemplava autoritarismo militar de um lado, e o discurso modernizador de outro.
Assim, o discurso corporificado no ‘Maranhão Novo” esteve presente inclusive como
música de campanha. a sua construção articula-se com o cenário da época constituindo-
se então como uma potente arma para a execração do ‘ vitorinismo” , “Maranhão
Novo”, assumia a significação da superação do atraso, um Maranhão progressista
contrastando com o velho poder das fraudes da truculência, do atraso e da politicagem.
Expressava a ideia do novo, do moderno, uma espécie de salvacionismo, a libertação do
Maranhão do jugo ‘ vitorinista”. É preciso perceber porem que não pratica este discurso
não promoveu uma ruptura e sim o continuísmo político no Estado.

53-GREVE DE 1951: A Greve de 1951 foi o mais formidável movimento urbano da


História do Maranhão. A “Balaiada de São Luís” como foi notabilizada, envolve parte da
população da cidade contra “universidade da fraude”, os escândalos eleitorais
praticados pelo oligarca Vitorino Freire que ao preterir Saturnino Belo ao Governo,
apoiou Eugenio de Barros. Belo passou a ser candidato das “Oposições Coligadas”,
ganhou, mas não levou, pois além das fraudes, muitos de seus votos em São Luís foram
anulados. A revolta foi total, contra a posse do candidato de Vitorino. O povo encheu as
praças, os políticos discursavam exigindo intervenção federal que não veio, pois, os
órgãos, tanto estaduais como federais faziam o jogo de Vitorino. Depois de muita
violência Eugenio Barros foi confirmado como governador do Estado.

54-ASSIS CHATEAUBRIAND E JK: Assis Chateaubriand era proprietário dos Diários


Associados, importante rede de comunicações do Brasil, em meados do século XX.
Homem Influente, Chateaubriand estava comprometido com a eleição de Juscelino a
Presidência da República. Acontece que o senador não se reelegeu pelo Estado da
Paraíba o que despertou preocupação nos meios políticos conservadores. A saída foi
articular uma “eleição” pelo Maranhão, o que não seria difícil devido ao poder caciquista
de Vitorino Freire. A manobra foi realizada: O governador Eugenio Barros apoiou a
candidatura e o então senador Antônio Bayma foi “ convencido” a renunciar o mandado.
Assim, Assis Chateaubriand era Senador pelo Maranhão sem conhecer o Estado.

55-GOVERNO DE JOSÉ SARNEY (1966-1970): A fim de embalar o discurso


modernizador do Maranhão de progresso, criou a superintendência de
desenvolvimento do Maranhão, instituiu na TVE (Televisão Educativa) no âmbito da
educação, ampliou a malha rodoviária, construiu a hidrelétrica de Boa Esperança, ponte
do São Francisco, construiu da barragem sobre o rio bacanga e o porto de Itaqui, sendo
um governo atrelado à ditadura militar e utilizou a máquina administrativa e o uso dos
recursos públicos em prol de interesses particulares em que a oligarquia Sarneysta
durou 40 anos. A implantação dos Grandes projetos de Estado do Maranhão em
consequências dos investimentos de capitais nacional e estrangeiro como parte do
discurso modernizador do Estado Brasileiro, a partir da década de 1950, promoveu
sensíveis transformações, sobretudo econômico-sociais no interior do Estado, atingindo
principalmente as regiões sudoeste e sul do estado. Essa região tornou-se estratégica a
partir da existência de um eixo rodoviário onde sobressaíram-se a Belém-Brasília e a
Transamazônica. Nesse cenário as terras próximas das rodovias se valorizaram e
empresas e particularidades geralmente de outros Estados, passaram a adquirir grandes
extensões de terras, o que foi facilitado pela lei “Lei de Terras”, o que possibilitou a
grilagem, o confisco de terras gerando graves conflitos entre grileiros e posseiros. A “Lei
de Terras” foi criada no governo de Sarney, que provocou a reestruturação do mercado
informal das terras do Estado propiciando a aquisição de grandes glebas transformadas
em latifúndio. Assim do dia para a noite milhares de hectares de terras foram
registradas em cartórios, geralmente de forma ilegal, a partir de títulos falsificados, cuja
consequência foi o acirramento da luta no campo, o aumento do êxodo rural, a
desarticulação da economia de subsistência do camponês, que ao resistir era despejado
pela “ indústria de liminares “, era preso ou assassinado, com a conivência do poder
público. Esses conflitos se arrastam até hoje no interior do Estado, embora entre as
décadas de 1960 e 1980 tenham alcançado o seu apogeu.

56- INFLUÊNCIA DE JOSÉ SARNEY: Entre a década de 1970 até o ano de 2006, a
única exceção de político não indicado por Sarney, foi Oswaldo da Costa Nunes Freire,
que era produto de um vitorinismo já decadente. Os demais estavam sob a ogiva de
poder do Sarneysismo. O Maranhão tem um político que foi Ex-Presidente da República
que apoiou todos os Presidentes que governaram o país após o seu mandato, tais como
Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula
da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, sendo a verdadeira planície dos nossos dias,
lembrando que a planície (Centro) na Revolução Francesa apoiava quem estava no
poder, seja Girondino (Direita) ou Jacobino (Esquerda).

57-MARANHÃO E O GOLPE MILITAR DE 1964: Com relação ao Maranhão, o


Golpe Militar de 1964 proporcionou a recontagem dos últimos títulos eleitorais,
eliminando quase 200 mil eleitores fantasmas, dividiu o PSD entre Victorino Freire e
Newton Bello enfraquecendo os dois líderes políticos, cassou os direitos políticos das
principais lideranças oposicionistas no Estado, a exemplo de Neiva Moreira e o Marechal
Castelo Branco viabilizando as condições políticas para a vitória do deputado José
Sarney.
58-RECICLAGEM DA OLIGARQUIA SARNEY: Nos anos 90 temos a reciclagem da
Oligarquia Sarney através do Governo de Roseana, tendo como slogan ``Novo Tempo``
com a atração das oposições, problemas sociais, diversidade racial e cultural, forte
modernização (estradas, elevados e incentivo à cultura). Mesmos diante das críticas que
se fazem a família Sarney no Maranhão, mas temos que reconhecer que as maiores
obras modernizadoras da cidade de São Luís foram realizadas por essa família, tais como
pontes e elevados.

59-FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO MARANHÃO: Nos anos 2000, temos o Governo


de José Reinaldo Tavares com o discurso: ``tempo de novas conquistas``, rompendo com
a oligarquia Sarney, nascendo a Frente de Libertação do Maranhão que elegeu de forma
histórica Jackson Lago derrotando a Oligarquia Sarney, mas não o Sarneysismo, porém
o então Governador foi cassado pelo tribunal superior eleitoral acusado de abuso
econômico e político, lembrando que para muitos analistas a perda do mandato de Lago
não foi jurídica, mas política. Em 2006, a vitória de Jackson Lago sobre Roseana derrotou
o Sarney, mas não pôs fim ao Sarneysismo e a maior constatação disso foi a perda do
mandato do então governador pela Justiça Brasileira instrumentalizada politicamente.

60-GOVERNO FLÁVIO DINO (2014-2021): O Ex-Governador Jackson Lago


representou a Revolução Menchevique aqui no Maranhão, pois derrotou a família
Sarney, mas não trouxe mudanças significativas sociais e econômicas para o nosso
Estado, sendo que a Revolução de Fevereiro de 1917 na Rússia foi considerada uma
Pseudo-Revolução. Já o Governador Flávio Dino representa a Revolução Bolchevique,
devido o caráter de suas ações com diretrizes audaciosas não só no campo econômico
e social, mas no político também, sendo que a Revolução de Outubro de 1917 na Rússia
desafiou a ordem burguesa capitalista vigente e colocou Lenin no poder, sendo
considerada uma verdadeira Revolução à luz da história, lembrando que o principal
baluarte do governo Dino tem relação com a educação no qual o seu secretário Felipe
Camarão tem sido incansável a frente dessa secretaria com ações concretas, tais como
elevando a qualidade de ensino na educação do Maranhão com o aumento dos
indicadores educacionais desenvolvendo o maior programa educacional da história, que
é o Escola Digna, tendo destaque no Brasil, lembrando que o Governo do Estado
compreende que a gestão da educação deve ser feita com base em metas claras focadas
na aprendizagem e isso tem sido o lema de trabalho do atual secretário de Educação do
Estado.

61-TRABALHO ESCRAVO NO MARANHÃO: Segundo dados do IBGE, o Maranhão


está entre os principais estados da federação que além de exportar mão-de-obra
escrava, ainda pratica a escravidão. A maior incidência de trabalho escravo no estado,
ocorre na região sudoeste, em Imperatriz, Itinga e Açailândia. O trabalho escravo no final
do século XX e início do século XXI, caracteriza-se pela exploração de seres humanos que
desempregados aceitam trabalhar em fazendas e outras empresas que vivem na
ilegalidade. A esse trabalhador serão negados os direitos trabalhistas e viverá em
condições sub-humanas residindo debaixo de lonas, bebendo agua não potável, não
recebendo salário e trabalhando mais de dez horas por dia. O Maranhão é o maior
exportador de mão de obra escrava entre os Estados do Brasil e o terceiro estado onde
há mais registros de trabalho escravo. Além da exploração do trabalho do homem adulto
em carvoarias, existe uma parcela de mão de obra infantil sendo explorada geralmente
nas carvoarias: são cortadores, enchedores, carbonizadores, barreadores, forneiros e
enchedores de gaiolas que trabalham em alta temperatura e sem equipamentos.
Embora órgãos como o Ministério Público e a Delegacia Regional do Trabalho combatam
o trabalho escravo, ainda está longe a extinção desse holocausto.

62-POPULAÇÃO INDÍGENA NO MARANHÃO: A população indígena do Estado do


Maranhão enfrenta sérios problemas na atualidade, que vão desde a falta de acesso as
políticas públicas, até ocupação e a falta de demarcação de suas terras. O Estado tem
sido omisso em relação às reinvindicações dos povos indígenas. As poucas políticas
adotadas pela FUNAI e FUNASA, não tem atendido as comunidades indígenas, sendo o
caso mais patente a ausência do serviço de saúde nas aldeias. Por outro, lado o governo
ainda não demarcou todas as terras indígenas do estado, o que possibilita a invasão de
terras pelos madeireiros e inclusive pelos trens da Companhia Vale do Rio Doce, o que
agrava a situação de conflito entre brancos e índios. Esses últimos em defesa dos seus
interesses têm ocupado rodovias, ameaçam derrubar inclusive torres de transmissão de
energia, para chamar atenção das autoridades em relação aos seus direitos, já
garantidos pela Constituição.

63-RIQUEZA ARQUITETÔNICA DE SÃO LUÍS: São Luís possui um vasto patrimônio


histórico e arquitetônico compostos por prédios construídos entre os séculos XVII e XIX.
A cidade foi conquistada por franceses e holandeses e colonizada por portugueses,
possuindo assim uma rica história. São Luís possui uma grande riqueza arquitetônica que
inclui fachadas de igrejas e demais prédios históricos, azulejos, pedras de cantaria e
ladeiras. A riqueza cultural da cidade abrange outros aspectos como festas religiosas,
ritmos como tambor de crioula- Patrimônio Imaterial da Humanidade -, festa do Divino,
tambor de mina e Bumba meu Boi. Portanto a elevação de São Luís a Cidade Patrimônio
Cultural da Humanidade em 1997, merecida e vem favorecer o turismo no Estado.

64-QUEBRADEIRAS DE COCO: Até a década de 1970, o óleo de babaçu era


industrializado e exportado por empresas instaladas no Maranhão. Nessa época não
havia um movimento organizado no campo e as quebradeiras eram exploradas por essas
empresas. A partir da década de 1980, surgiu no Maranhão o movimento das
quebradeiras de coco Babaçu (MQCB). Trata-se de uma organização politizada, com
assistência jurídica e técnica, que tem nas cooperativas o seu grande apoio. O
movimento passou a atuar diretamente na atividade econômica do babaçu, através da
extração da amêndoa, industrialização e exportação de vários produtos, dentre eles óleo
e sabonete de babaçu. As quebradeiras de coco babaçu organizadas passaram a
reivindicar melhorias para a categoria; valorização do trabalho babaçu livre e o fim da
utilização do coco nas carvoarias destinadas a abastecer os fornos das guseiras. O
movimento de quebradeiras tem promovido, inclusive a exportação de produtos
derivados de coco babaçu para os países da Europa, Estados Unidos e Japão.
65-MUSEU DA BALAIADA: O museu da Balaiada está localizado na cidade de
Caxias e contém diversos artefatos e peças da época do movimento. O objetivo
desse museu é conservar todo material referente a Balaiada e a seus principais
personagens, em especial seus três grandes líderes: Cosme Bento das Chagas (O
líder negro), Raimundo Gomes Vieira (O cara preta) e Manuel Francisco dos
Anjos Ferreira (O Balaio).

66-FONTE DO RIBEIRÃO: A Fonte do Ribeirão está situada num pequeno largo


entre as ruas do Ribeirão, das Barrocas e dos Afogados, no Centro Histórico de
São Luís e é considerada um dos pontos turísticos mais importantes da cidade.
Sua construção foi feita em 1796, durante o mandato do governador do
Maranhão, Fernando Antônio Soares de Noronha. Em 1950, a área da fonte foi
tombada pelo SPHAN, do Governo Federal, devido às características coloniais
das fachadas das construções que caracterizam uma área do século XVIII. A fonte
também recebia alguns espetáculos culturais de dança e apresentações musicais,
sendo um importante ponto de encontro da cidade.

67-PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS DO MARANHÃO NO SÉCULO


XX: O Projeto Grande Carajás (inserção da CVRD no Maranhão), Metalurgia com a
Alumar (produção de alumínio no Maranhão), Siderurgia (pólos guseiros e aço), Centro
de Lançamento de Mísseis em Alcântara (Alcântara para o espaço), A produção de soja
(exportação e destruição do cerrado), O grupo Industrial João Santos (Fábricas e
Grilagem), Babaçu (ao invés das quebradeiras), Estração de madeira (a destruição da
natureza), Jaborandi (folhas que valem ouro), Fava d’anta (da exploração à
farmacologia), Carvão Vegetal (guseiras em ação), Juçara ou açaí (exótico fruto do norte)
e a pesca (maré está para peixe).

68-REGIÃO AMAZÔNICA E O PROJETO GRANDE CARAJÁS: A década de 1980


marca ao mesmo tempo a decadência do regime militar no Brasil e a ascensão da
globalização e do neoliberalismo a nível mundial. Nesse momento, a influência das
transacionais é notória junto aos governos, sequiosos por acordos com essas empresas.
Assim, a economia periférica será internacionalizada, sequiosos por acordos com essas
empresas. Assim, a economia periférica será internacionalizada, seguindo os ditames do
capital externo, privilegiando a exportação de matéria-prima barata, além de atrelar-se
a uma forte dependência externa. A região amazônica então se torna estratégica para a
implantação de grandes projetos: pela riqueza mineral que possui e infraestrutura como
energia elétrica e portos. Surge essa forma nessa década o Programa Grande Carajás,
representado pela Companhia Vale do Rio Doce, explorando minério de ferro, níquel,
manganês, ouro. Sua área de abrangência é cerca de 11% do território brasileiro.

69-ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MARANHÃO: É a partir do


final da década de 1950, com construção da rodovia Belém-Brasília, cortando o
Maranhão, e nas décadas seguintes com a implantação dos grandes projetos, que o
Estado sentirá alterações na estrutura fundiária. Outro aspecto que alterou a estrutura
fundiária no Maranhão, foi à implantação do agronegócio a soja. No centro-sul do
Maranhão surgiram grandes áreas de cultivo da soja para o mercado externo, o que
desagregou o pequeno produtor que abandonando a terra a praticar a cata de raiz.

70-PRINCIPAIS NOMES DA CIDADE DE SÃO LUÍS: Atenas Brasileira, Ilha Rebelde,


Ilha Indomável, Cidade dos Azulejos, Ilha do Amor, Ilha Bela, Jamaica Brasileira, Sonífera
Ilha e Patrimônio Cultural da Humanidade, Ilha de Upaon-Açu (Ilha Grande), Capital da
França Equinocial.

71-IGREJA DO DESTERRO: A igreja do Desterro é a mais antiga igreja construída


no Maranhão pelos portugueses. Localizada no Largo do Desterro, próximo ao
Aterro do Bacanga, em São Luís. Após a derrota dos holandeses, os frades
mercedários, obtiveram, em 1654, autorização para construir a igreja. Em 1943,
passou por reformas, devido à falta de condições para celebrar missas. Em 1954,
teve vários serviços básicos restaurados pela DPHAN. Em março de 1975,
durante o governo de Pedro Neiva de Santana, passou por nova restauração.

72-SÃO LUÍS: PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE: A riqueza cultural


de São Luís, reconhecida mundialmente, fez com que o ano de 1997 a Unesco
concedesse à cidade o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Esta instituição
reconheceu a beleza e importância de um dos maiores conjuntos arquitetônicos de
origem europeia no mundo.
73-LENÇÓIS MARANHENSES (O MUNDO VISITA ESSE PARAÍSO): Os Lençóis
Maranhenses são hoje um dos grandes polos turísticos do Maranhão. As dunas
paradisíacas atarem turistas do mundo inteiro, sendo considerado o quarto melhor lugar
do mundo para se visitar. Em meio a um deserto de areia e lagoas límpidas, chama a
atenção de quem conhece essa grande maravilha localizada no Estado do Maranhão, É
local de referência para a prática do turismo ecológico nos municípios de Barreirinhas,
Paulino Neves, Primeira Cruz e Tutóia.

74-TEATRO ARTHUR AZEVEDO: O teatro Arthur Azevedo de São Luís é


considerado o segundo mais antigo teatro do Brasil. A ideia da criação do teatro
surgiu em 1815, por iniciativa de dois comerciantes portugueses e em 1817 foi
inaugurado. No século XX foi descaracterizado e chegou a ser cinema. Em 1989,
quando apenas a fachada original ainda resistia, foi demolido e reconstruído de
acordo com o projeto original, tendo sido realizada pesquisa histórica para
reconstruir os detalhes originais. Atualmente encontra-se restaurado e em pleno
funcionamento.

75-CENTRO HISTÓRICO: O Centro Histórico de São Luís é patrimônio mundial


da humanidade tombada pela Unesco desde 1997. A cidade é considerada um
museu a céu aberto. Já foram identificados mais de 312 tipos diferentes de
ladrilhos e azulejos oriundos principalmente de Portugal, França e Holanda. No
total são em torno de 430 casarões e prédios possuem a fachada azulejada, além
disso se destaca pela uniformidade e pela beleza simples e regular dos seus
imóveis, formando um dos maiores conjuntos arquitetônicos de essência francesa
ainda preservados da América Latina.

76-CRIAÇÃO DO MARANHÃO DO SUL: Devido ao tamanho territorial do


Maranhão surge a partir de interesses políticos, a proposta para a criação do Maranhão
do Sul, tendo uma grande simpatia da população do sul do Estado. Se porventura for
criado esse Estado, as consequências mais imediatas serão a divisão dos grupos políticos
que passarão a atuar nos dois Estados, a divisão territorial e político-administrativa,
além das riquezas divididas, onde a provável capital do Sul do Maranhão seria
Imperatriz, onde congregaria 49 munícipios com um grande potencial de crescimento
econômico devido à expansão dos negócios, sobretudo a soja. O grande problema
envolvendo a criação do Maranhão do Sul é que ele e o Maranhão serão, a princípio, os
mais pobres da federação. O projeto de criação do novo Estado dependeria da
aprovação do Senado e Câmara de Deputados, tendo uma grande chance de não ser
aprovado caso seja ventilada essa ideia.

77-REVOLUÇÃO NA EDUCACÃO DO ESTADO DO MARANHÃO: Um dos


maiores problemas do Estado do Maranhão ao longo do tempo tem relação com a
Educação enfrentando obstáculos como analfabetismo e evasão escolar, com índices
altíssimos. Cerca de 35,2% dos maranhenses com mais de 10 anos eram analfabetos.
Além do que, o Estado possuía o menor número de usuários da Internet (2,1%), sendo
campeão em exclusão digital dentre as unidades da federação. Entretanto, as coisas
começaram a mudar quando o então Governador Flávio Dino assumiu o Executivo.
Como professor resolveu colocar como uma de suas prioridades de governo investir em
uma Educação de qualidade. Para isso acontecer, resolveu formar uma equipe
qualificada para gerir a pasta no Estado e escolheu o jovem Felipe Camarão para
Secretário de Educação que trouxe um novo conceito para o sistema educacional das
escolas públicas no Estado devido a sua experiência como professor há 22 anos e o que
mais tempo se encontra na pasta nas últimas décadas no Estado do Maranhão. Uma das
tônicas da sua gestão tem relação com a aprendizagem dos alunos. Segundo o atual
secretário da pasta, não adianta fazer um bom projeto ou realizar inúmeras palestras no
ambiente escolar, se forem distanciadas da função principal da escola, que é fazer com
que os estudantes aprendam, sobretudo nos dias atuais, de rápidas mudanças
tecnológicas e de produção de conteúdo à palma da mão. A sensibilidade humana do
Secretário Felipe Camarão em saber coordenar a sua equipe também tem sido um
grande diferencial, pois o desafio maior não é tão somente gerir a pasta, mas
principalmente as pessoas. O Maranhão foi um dos Estados do Brasil que mais evoluiu
na qualidade de ensino devido à política de governo do chefe do Executivo Estadual com
a sua equipe de trabalho

78-FUNDAÇÃO DA MEMÓRIA REPUBLICANA (FMRB): A fundação da memória


Republicana foi criada no dia 21 de outubro de 2011 pela Lei Nº 9479 com personalidade
jurídica de direito público e duração limitada com sede e foro na cidade de São Luís e
jurisdição em todo o Estado do Maranhão, sem finalidade lucrativa, dotada de
autonomia administrativa e financeira, de patrimônio próprio, vinculada a Secretária de
Estado da Cultura, sendo uma instituição pública que incentiva à cultura e educação,
sediada no coração do bairro do Desterro, na Rua da Palma, tendo como presidente
desde 2016, o Secretário de Educação do Governo Flávio Dino, Felipe Camarão. O Museu
da Memória Republicana tem como missão a promoção dos ideais republicanos do
Brasil, além da pesquisa e o registro de fatos da História deste país e, particularmente,
do Maranhão. Em especial, o museu visa inspirar o estudo e o debate dos problemas
brasileiros e, de forma mais específica, dos maranhenses. Com isso, acredita-se que a
defesa, a preservação e a divulgação do patrimônio histórico e cultural, material e
imaterial, do povo brasileiro e das culturas íbero-americanas e lusófonas serão postos
em prática. Diante disto, a escolha do jovem intelectual Felipe Camarão à frente dessa
fundação a torna muito mais dinâmica e moderna no objetivo a ser alcançado devido a
sua visão científica, literária, artística e filosófica.

79-PALÁCIO DOS LEÕES: O Palácio do Leões nem sempre teve esse nome, antes
era chamado de Palácio do Governo. Por volta da primeira metade do século XX,
na época das intervenções de Getúlio Vargas, grupos oposicionistas usaram
azulejos com gravuras de leões como ironia para atacar o governador da época.
Ao invés deles ficarem irritados com o protesto, acabaram mandando fazer essas
esculturas de bronze. A partir daí, o Palácio do Governo, passa a ser chamado de
Palácio dos Leões.

80-GOVERNO JACKSON LAGO (DERROTAMOS O SARNEY, MAS NÃO


VENCEMOS O SARNEYSISMO): Jackson Képler Lago nasceu na cidade de Pedreiras
em 1934, médico, político, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), sendo
governador do Estado do Maranhão de 2007 a 2009, prefeito de São Luís três vezes
(1989-1992; 1997-2000; 2001-2002). A sua eleição para o governo do Maranhão em
2006 foi histórica, tendo o apoio de um grupo político denominado de Frente de
Libertação do Maranhão, onde venceu Roseana Sarney rompendo uma hegemonia de
40 anos da influência da oligarquia Sarney na esfera estadual, porém formou uma
equipe de governo muito frágil, levando a imprensa Sarneysista a fazer duras críticas ao
seu governo, sendo cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sobre forte pressão
política, acusado de abuso de poder econômico e político com reflexos nas eleições de
2010 no qual levou mais uma vez a família Sarney ao poder do executivo Maranhense.
Após um ano, especialmente em 2011, morreu na cidade de São Paulo em decorrência
de problemas respiratórios e depois de um longo tratamento contra o câncer de
próstata, lembrando que em boa parte de sua trajetória política na cidade de São Luís
foi um político muito respeitado.

81-A EDUCAÇÃO NO MARANHÃO E A PANDEMIA DO COVID-19: Um dos


momentos de maior complexidade da história da humanidade foi à pandemia do Covid-
19 que levou a óbito milhares de pessoas ao redor do mundo deixando boa parte da
população do planeta em pânico. Diante do avanço do Covid-19, uma das medidas de
proteção foi à suspensão das aulas que afetou diretamente milhares de estudantes que
tiveram que se adequar a uma nova realidade de aprendizado. No Maranhão, tivemos
uma grande iniciativa do Governador Flávio Dino através da Secretaria de Educação na
pessoa do Secretário da pasta Felipe Camarão que por meio de parceria com a
Assembleia Legislativa do Maranhão, a Seduc começou a transmitir via TV Assembleia,
aulas para estudantes das redes estadual e municipais de ensino, com conteúdos
voltados para os Ensinos Fundamental e Médio, com todas as aulas também sendo
disponibilizadas no canal do YouTube da Seduc. Além disso, a maioria das escolas
também buscou diferentes plataformas para garantir o ensino remoto e reduzir o
prejuízo com os estudantes fora das salas de aula. As medidas adotadas pelo Estado do
Maranhão no âmbito da Educação para aprendizagem dos estudantes, em casa, durante
o isolamento social de prevenção ao Covid-19 foi grande destaque nacional como
referência no momento do ápice da pandemia, sendo citado em artigo da Folha de São
Paulo e site da Uol, além do Jornal Nacional, sendo fruto do trabalho dos profissionais
da educação do Estado do Maranhão na liderança do governador Flávio Dino e do
Secretário de Educação Felipe Camarão que não mediram esforços para tornar a
Educação do Maranhão no momento de crise uma inspiração para outros Estados do
Brasil e países do mundo.

82-GREVE DA MEIA PASSAGEM: Uma das grandes mobilizações da classe


estudantil no Estado do Maranhão foi à greve da meia passagem. A luta pela conquista
desse benefício social ocorreu no início do governo de João Castelo que adotou o lema:
‘’Maranhão para Todos’’. A greve da meia passagem se inicia no mês de julho de 1979 e
o seu ápice acontece em setembro do mesmo ano, quando se acirram os ânimos e os
estudantes grevistas enfrentam o governo e a polícia. Ônibus foram queimados,
comércio fechado, pessoas presas e feridas causando uma grande instabilidade social e
política. Os estudantes de forma radical exigiam a meia passagem geral e irrestrita, pois
na época, São Luís era uma das poucas capitais da federação, onde a classe de
estudantes não desfrutava desse direito tão importante para a classe estudantil,
especialmente os mais necessitados. Convém ressaltar, que os estudantes da UFMA,
escolas superiores e estudantes secundaristas deram um grande apoio para este
movimento com muitas reuniões e passeatas na época. Até a igreja progressista uniu-se
ao clamor da classe de estudantes. O resultado das pressões da classe estudantil teve
êxito, pois no dia 23 de setembro de 1979 foi sancionada a Lei da Meia Passagem,
garantindo assim os direitos da classe estudantil.

83-GOVERNO DE JOSÉ REINALDO TAVARES (ROMPEU COM A FAMÍLIA


SARNEY): Diante da força da família Sarney na política maranhense ao longo de 40
anos, José Reinaldo Tavares, homem de confiança do grupo Sarney, que tinha sido
secretário e Ministro dos Transportes, pela influência de Sarney, sendo um filho político
de Sarney devendo muito favores. No entanto, conflitos domésticos dentro da
oligarquia envolvendo disputas de poder e o controle da máquina pública,
determinando um rompimento do governador com a Família Sarney com a forte pressão
da então primeira dama da época Alexandra Tavares. Seu mandato foi muito tenso no
aspecto político e combatido pela mídia da família Sarney (Rádio, TV e Jornal). Chegou
mesmo a ser preso após o exercício do mandato, acusado de não ser transparente com
recursos públicos, porém o seu posicionamento político ao criar a frente de libertação
do Maranhão foi decisivo na eleição do governador Jackson Lago, em 2006, derrotando
Roseana Sarney rompendo o ciclo de 40 anos da família Sarney no Maranhão.

84-SÃO LUÍS NA ATUALIDADE: Na atualidade, São Luís está tendo um crescimento


populacional exacerbado, sendo que este fato é causado principalmente pela deficiente
estrutura fundiária do Estado do Maranhão provocando um grande êxodo rural e a
implantação de programas industriais. As principais consequências desse processo
foram o aumento da periferização, agravamento dos problemas sociais, deficiência nos
setores básicos, diminuição de áreas verdes ao redor do núcleo urbano, salários mais
baixos, aumento do desemprego e subemprego, urbanização anômala, má
concentração de renda, aumento de violência urbana, onde o governo municipal e
estadual tem se esforçado para tentar diminuir essa problemática tão desafiadora para
as autoridades públicas, tendo grandes avanços sociais e econômicos.

85-ESCOLA DIGNA NO GOVERNO FLÁVIO DINO: O Secretário de Educação do


Maranhão, Felipe Camarão, destaca que o Programa Escola Digna é fruto de um
compromisso do governador Flávio Dino com o povo do Maranhão, firmado ainda em
sua primeira campanha eleitoral, ao perceber que o caminho para mudança e melhoria
da vida dos maranhenses só seria possível com a oferta de uma educação pública com
todas as condições necessárias para a aprendizagem. Naquele momento, há seis anos,
o que se via no estado eram escolas funcionando em barracões, casebres de taipa, palha
e outras estruturas inadequadas. Ele explicou que, com a eliminação desses espaços, a
gestão Flávio Dino decidiu ampliar o programa e transformá-lo em política de Estado,
com diferentes eixos que vão desde a requalificação das escolas, regime de colaboração
com os municípios, gestão democrática, educação em tempo integral e ao fomento ao
protagonismo juvenil, ações que perpassam por todas as etapas, modalidades e
diversidades educacionais. O resultado disso está demonstrado pelo IDEB (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica). O Maranhão saiu da vergonhosa posição entre
os estados com os piores indicadores, com nota 2,8, para 3,4, na última aferição,
saltando da 21ª para 13ª posição do país. Foi a maior média do estado em toda a série
histórica.

86-ALCÂNTARA: A cidade de Alcântara foi escolhida para abrigar uma base


aeroespacial por sua posição geográfica próxima a linha do Equador, seu clima
definido e pela pouca variação de temperatura, lembrando que aloca a maior
base aeroespacial da América Latina. Além disso, essa cidade é uma volta ao
século XVI e suas construções foram tombadas pelo patrimônio histórico em
1948, sendo que abriga o único pelourinho original ainda existente no Brasil,
lembrando que já foi uma das cidades mais ricas do Maranhão entre os séculos
XVIII e XIX, mas muito do patrimônio histórico se perdeu ao longo do tempo.
87-CIDADES DO MARANHÃO COM NOME DE SANTO: As Cidades do
Maranhão que tem nome de Santo são trinta e três, tais como: Santa Filomena do
Maranhão, Santa Helena, Santa Inês, Santa Luzia, Santa Luzia do Paruá, Santa
Quitéria, Santa Rita, Santo Amaro, Santo Antônio dos Lopes, São Benedito do Rio
Preto, São Bento, São Bernardo, São Domingos do Azeitão, São Domingos do
Maranhão, São Félix de Balsas, São Francisco do Brejão, São Francisco do
Maranhão, São João Batista, São João do Caru, São João do Paraíso, São João do
Soter, São João dos Patos, São José de Ribamar, São José dos Basílios, São Luís,
São Luís do Gonzaga do Maranhão, São Mateus do Maranhão, São Pedro da
Água Branca, São Pedro dos Crentes, São Raimundo das Mangabeiras, São
Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto e São Vicente de Ferrer.

88-CIDADES DO MARANHÃO COM NOME DE EX-GOVERNADORES: Nove


cidades do Maranhão receberam nomes em homenagem a ex-governadores do
Estado, tais como: Governador Nunes Freire, Governador Magalhães de
Almeida, Governador Eugênio Barros, Godofredo Viana, Governador Archer,
Governador Newton Bello, Governador Luís Rocha e Ribamar Fiquene.

89-CIDADES DO MARANHÃO COM NOME DE EX-SENADORES: Quatro


cidades do Maranhão receberam nomes em homenagem a ex-senadores, tais
como: Senador La Roque, Senador Alexandre Costa, Vitorino Freire e Cândido
Mendes.

90-CIDADES DO MARANHÃO COM NOME DE EX-PRESIDENTES DA


REPÚBLICA: Cinco cidades do Maranhão receberam nomes em homenagem a
ex-presidentes do Brasil, tais como: Presidente Dutra, Presidente Sarney,
Presidente Juscelino, Presidente Vargas e Presidente Médici.

91-CIDADES DO MARANHÃO COM NOME DE POETAS: Sete cidades do


Maranhão receberam nomes em homenagem a poetas, tais como: Coelho Neto,
Humberto de Campos, João Lisboa, Gonçalves Dias, Mata Roma, Afonso Cunha
e Graça Aranha.

92-TEATRO ARTHUR AZEVEDO: O teatro Arthur Azevedo de São Luís é


considerado o segundo mais antigo teatro do Brasil. A ideia da criação do teatro
surgiu em 1815, por iniciativa de dois comerciantes portugueses e em 1817 foi
inaugurado. No século XX foi descaracterizado e chegou a ser cinema. Em 1989,
quando apenas a fachada original ainda resistia, foi demolido e reconstruído de
acordo com o projeto original, tendo sido realizada pesquisa histórica para
reconstruir os detalhes originais. Atualmente encontra-se restaurado e em pleno
funcionamento.
93-ANA JANSEN: Ana Jansen nasceu em 1793 e foi uma mulher à frente de seu
tempo. Saiu de casa cedo, casou com homens ricos duas vezes e acumulou muita
grana. Fez de tudo para subir na vida: entrou na política, abriu jornal e foi
apelidada de Rainha do Maranhão, porém foi uma das mulheres mais cruéis da
História do Maranhão.

94-CENTRO HISTÓRICO: O Centro Histórico de São Luís é patrimônio mundial


da humanidade tombada pela Unesco desde 1997. A cidade é considerada um
museu a céu aberto. Já foram identificados mais de 312 tipos diferentes de
ladrilhos e azulejos oriundos principalmente de Portugal, França e Holanda. No
total são em torno de 430 casarões e prédios possuem a fachada azulejada, além
disso se destaca pela uniformidade e pela beleza simples e regular dos seus
imóveis, formando um dos maiores conjuntos arquitetônicos de essência francesa
ainda preservados da América Latina.

95-ALCÂNTARA: A cidade de Alcântara foi escolhida para abrigar uma base


aeroespacial por sua posição geográfica próxima a linha do Equador, seu clima
definido e pela pouca variação de temperatura, lembrando que aloca a maior
base aeroespacial da América Latina. Além disso, essa cidade é uma volta ao
século XVI e suas construções foram tombadas pelo patrimônio histórico em
1948, sendo que abriga o único pelourinho original ainda existente no Brasil,
lembrando que já foi uma das cidades mais ricas do Maranhão entre os séculos
XVIII e XIX, mas muito do patrimônio histórico se perdeu ao longo do tempo.

96-PALÁCIO DE LA RAVARDIÉRE: O palácio de La Ravardiére é a atual sede da


prefeitura de São Luís. Em frente à Prefeitura, há um busto do fundador da
cidade, Daniel de La Touche, guarnecido por dois ordenanças, lembrando que
foi uma construção do final do século XVII, que por várias vezes foi restaurada.

97-PALÁCIO DOS LEÕES: O palácio dos leões (sede do governo do Maranhão)


tem a sua origem vinculada a fundação da França Equinocial. Localiza-se no
Centro Histórico de São Luís, na área designada Patrimônio Mundial pela
UNESCO. Com uma história que começa no início do século XVII, o Palácio dos
Leões é um dos maiores símbolos da cultura maranhense.

98-OSWALDO DA COSTA NUNES FREIRE: Entre a década de 1970 até o ano de


2006, a única exceção de político não indicado por José Sarney, foi Oswaldo da
Costa Nunes Freire, que era produto de um Vitorinismo já decadente, lembrando
que Jackson Lago foi eleito governador do Maranhão no ano citado sem o apoio
da família Sarney.

99-JÂNIO QUADROS EM SÃO LUÍS: O sucessor do presidente Juscelino


Kubitscheck, Jânio Quadros, esteve em São Luís nos dias 27 e 28 de julho de 1961.
Antes de renunciar ao mandato, ele participou de reuniões produtivas com os
governadores do Maranhão e do Piauí. Newton Belo, o governador, apresenta-
lhe o primeiro plano de Governo do Maranhão, com a previsão de obras e de
recursos federais para executá-las.

100-FORMA DE GOVERNO NO MARANHÃO ATUAL: A forma de governo


maranhense está ancorada nos Três Poderes. Dessa maneira, há o Poder
Executivo, centrado na figura do governador e sua equipe de gestão, o Poder
Judiciário, representado pelas unidades de justiça estadual, e também o Poder
Legislativo, composto por deputados e senadores. O Estado do Maranhão possui
18 deputados federais, 3 senadores e 42 deputados estaduais.

SIMULADO DO PROFESSOR PABLO FIGUEIREDO

1-EM 1997, A CIDADE DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO FOI


RECONHECIDA PELA UNESCO COMO:

A) ATENAS BRASILEIRA.

B) ILHA REBELDE OU ILHA INDOMÁVEL.

C) CIDADE DOS AZULEJOS.

D) JAMAICA BRASILEIRA.

E) PATRIMÔNIO CULTURAL MUNDIAL DA HUMANIDADE.

2-JORNADA QUE MARCOU A EXPULSÃO DOS FRANCESES DO


MARANHÃO NA BATALHA DE GUAXENDUBA:

A) JORNADA DOS LOGRADOS.

B) JORNADA DOS VASSALOS.

C) JORNADA MILAGROSA.

D) JORNADA DOS VASSALOS.

E) JORNADA DOS TOLOS.

3-O NOME DA CIDADE DE SÃO LUÍS FOI DADO EM HOMENAGEM


AO REI FRANCÊS:

A) LUÍS XIII.

B) LUÍS XIV.

C) LUÍS XI.
D) LUÍS XVI.

E) LUÍS XVIII.

4-O TERMO OFICIAL DE ADESÃO DO MARANHÃO À


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL FOI ASSINADO NA CIDADE DE:

A) IMPERATRIZ.

B) CAXIAS.

C) ROSÁRIO.

D) SANTA INÊS.

E) CAXIAS.

5-ÍCONE DA HISTÓRIA DO MARANHÃO QUE AFIRMOU A CÉLEBRE


FRASE: “PELO POVO DO MARANHÃO, MORRO CONTENTE”:

A) THOMAS BECKMAN.

B) JORGE SAMPAIO.

C) COSME BENTO DAS CHAGAS (“O PRETO COSME”).

D) MANUEL BECKMAN.

E) RAIMUNDO VIEIRA GOMES (“O CARA PRETA”).

6-EXPULSOU OS JESUÍTAS DO MARANHÃO NO SÉCULO XVIII:

A) PASCOAL JANSEN.

B) MANUEL BECKMAN.

C) PAULO RAMOS.

D) MANUEL FRANCISCO DOS ANJOS.

E) MARQUÊS DE POMBAL.

7-UMA DAS MAIORES DISCUSSÕES NA HISTORIOGRAFIA


MARANHENSE TEM RELAÇÃO COM O:

A) MITO DA FUNDAÇÃO FRANCESA DE SÃO LUÍS.

B) MITO DA FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE SÃO LUÍS.

C) MITO DA FUNDAÇÃO HOLANDESA DE SÃO LUÍS.

D) MITO DA FUNDAÇÃO ESPANHOLA DE SÃO LUÍS.


E) MITO DA FUNDAÇÃO INGLESA DE SÃO LUÍS.

8-SÃO LUÍS RECEBEU O TÍTULO DE ATENAS BRASILEIRA DEVIDO


SER BERÇO DE INTELECTUAIS E DOS SEUS FILHOS ILUSTRES.
ISSO TEM RELAÇÃO COM A ESCOLA LITERÁRIA DO:

A) BARROCO.

B) ARCADISMO.

C) MODERNISMO.

D) SIMBOLISMO.

E) REALISMO.

9-FOI CONSIDERADO O GOVERNADOR MAIS CARISMÁTICO DA


HISTÓRIA DO MARANHÃO:

A) JOÃO ALBERTO.

B) JOÃO CASTELO.

C) EPITÁCIO CAFETEIRA.

D) JACKSON LAGO.

E) FLÁVIO DINO.

10-PRESIDENTE POPULISTA QUE JÁ ESTEVE NA CIDADE DE SÃO


LUÍS DO MARANHÃO:

A) GETÚLIO VARGAS.

B) JUSCELINO KUBITSCHEK.

C) JOÃO GOULART.

D) JÂNIO QUADROS.

E) EURICO GASPAR DUTRA.

11-NOMEADO POR GETÚLIO VARGAS COMO INTERVENTOR


FEDERAL PARA GOVERNAR O MARANHÃO:

A) URBANO SANTOS.

B) BENEDITO LEITE.

C) PAULO RAMOS.

D) VITORINO FREIRE.
E) JOSÉ SARNEY.

12-A GREVE DE 1951 (“BALAIADA DE SÃO LUÍS”) DEU O TÍTULO


PARA SÃO LUÍS DO MARANHÃO DE:

A) ATENAS BRASILEIRA.

B) ILHA REBELDE OU ILHA INDOMÁVEL.

C) CIDADE DOS AZULEJOS.

D) JAMAICA BRASILEIRA.

E) PATRIMÔNIO CULTURAL MUNDIAL DA HUMANIDADE.

13-GOVERNADOR DO MARANHÃO QUE FOI AFASTADO PELO


TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) ACUSADO DE ABUSO DE
PODER POLÍTICO E ECONÔMICO:

A) JOSÉ REINALDO TAVARES.

B) FLÁVIO DINO.

C) JOÃO CASTELO.

D) JOSÉ SARNEY.

E) JACKSON LAGO.

14-CIDADE CONHECIDA COMO O “PARAÍSO PERDIDO DOS


LENÇÓIS MARANHENSES”:

A) SANTO AMARO.

B) TUTÓIA.

C) BARREIRINHAS.

D) PRIMEIRA CRUZ.

E) PAULINO NEVES.

15-CONSIDERADO A PORTA DE ENTRADA DO PARQUE DOS


LENÇÓIS MARANHENSES:

A) LAGOA DO CASSÓ EM PRIMEIRA CRUZ.

B) PRAIA DO ARPOADOR EM TUTÓIA.

C) CHAPADA DAS MESAS EM CAROLINA.

D) ATINS EM BARREIRINHAS.
E) PRAIA DO BARRO VERMELHO EM PAULINO NEVES.

16-GOVERNADOR QUE IDEALIZOU A FRENTE DE LIBERTAÇÃO DO


MARANHÃO:

A) FLÁVIO DINO.

B) JACKSON LAGO.

C) EDISON LOBÃO.

D) JOSÉ REINALDO TAVARES.

E) EDIVALDO HOLANDA JR.

17-SEDE OFICIAL DO GOVERNO DO MARANHÃO:

A) PALÁCIO DOS LEÕES.

B) PALÁCIO DE LA RAVARDIÉRE.

C) PALÁCIO MANUEL BECKMAN.

D) PALÁCIO JOSUÉ MONTELO.

E) PALÁCIO ODORICO MENDES.

18-SEDE OFICIAL DA PREFEITURA DE SÃO LUÍS:

A) PALÁCIO DOS LEÕES.

B) PALÁCIO DE LA RAVARDIÉRE.

C) PALÁCIO MANUEL BECKMAN.

D) PALÁCIO JOSUÉ MONTELO.

E) PALÁCIO ODORICO MENDES.

19-PRINCIPAL CATEDRAL DE SÃO LUÍS:

A) IGREJA DOS REMÉDIOS.

B) IGREJA SANTO ANTÔNIO.

C) IGREJA DO DESTERRO.

D) IGREJA NOSSA SENHORA DA VITÓRIA.

E) IGREJA DA SÉ.

20-A ALUMAR FOI IMPLANTADA NO MARANHÃO SOB


PROTESTOS DURANTE O GOVERNO DE:
A) EDISON LOBÃO.

B) ROSEANA SARNEY.

C) EPITÁCIO CAFETEIRA.

D) JOÃO CASTELO,

E) ARNALDO MELO.

21-SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DO GOVERNO FLÁVIO DINO QUE


EXPANDIU O PROGRAMA ESCOLA DIGNA PARA TODO ESTADO
DO MARANHÃO:

A) ANDERSON LINDOSO.

B) CARLOS LULA.

C) FELIPE CAMARÃO.

D) MARCELO TAVARES.

E) DIEGO GALDINO.

22-CIDADE DO MARANHÃO ESCOLHIDA PARA ABRIGAR UMA


BASE AEROESPACIAL:

A) PINHEIRO.

B) ALCÂNTARA.

C) SÃO LUÍS.

D) SÃO JOSÉ DE RIBAMAR.

E) MORROS.

23-CIDADE DO MARANHÃO CAMPEÃ EM TRABALHO ANÁLOGO À


ESCRAVIDÃO:

A) COROATÁ.

B) IMPERATRIZ.

C) CODÓ.

D) CAXIAS.

E) BALSAS.

24-O MUSEU DA BALAIADA ESTÁ LOCALIZADO NO MUNICÍPIO


DE:
A) BARRA DO CORDA.

B) SÃO JOÃO DOS PATOS.

C) NINA RODRIGUES.

D) HUMBERTO DE CAMPOS.

E) CAXIAS.

25-SE FOSSE CRIADO O MARANHÃO DO SUL, A CAPITAL DESSA


REGIÃO SERIA NO MUNICÍPIO DE:

A) IMPERATRIZ.

B) TASSO FRAGOSO.

C) BALSAS.

D) CAROLINA.

E) PORTO FRANCO.

26-A PRIMEIRA MULHER ELEITA PREFEITA DO BRASIL ERA


MARANHENSE. A SENHORA JOANA DA ROCHA SANTOS ERA DO
MUNICÍPIO DE:

A) SÃO JOÃO BATISTA.

B) SÃO PEDRO DOS CRENTES.

C) SANTA RITA.

D) SÃO JOÃO DOS PATOS.

E) SANTA FILOMENA.

27-ESCOLA MAIS ANTIGA DO ESTADO DO MARANHÃO:

A) CEGEL.

B) BARJONAS LOBÃO.

C) LICEU.

D) CINTRA.

E) MÔNICA VALE.

28-POETA QUE FALECEU EM UMA EMBARCAÇÃO NAS ÁGUAS


MARANHENSES:

A) JOÃO LISBOA.
B) ARTHUR AZEVEDO.

C) GRAÇA ARANHA.

D) ALUÍSIO DE AZEVEDO.

E) GONÇALVES DIAS.

29-AS CIDADES MAIS ANTIGAS DO ESTADO DO MARANHÃO SÃO:

A) SÃO LUÍS E BACABAL.

B) SÃO LUÍS E ICATU.

C) SÃO LUÍS E IMPERATRIZ.

D) SÃO LUÍS E ROSÁRIO.

E) SÃO LUÍS E SÃO MATEUS.

30-O MAIOR DELTA A CÉU ABERTO DO MUNDO FICA NO


MARANHÃO, ESPECIALMENTE NOS MUNICÍPIOS DE:

A) TUTÓIA E ARAIOSES.

B) BARREIRINHAS E SANTO AMARO.

C) PAULINO NEVES E PRIMEIRA CRUZ.

D) ÁGUA DOCE E SÃO LUÍS.

E) MORROS E AXIXÁ.

GABARITO

1-E

2-C

3-A

4-B

5-D

6-E

7-A

8-C

9-A

10-D
11-C

12-B

13-E

14-A

15-D

16-D

17-A

18-B

19-E

20-D

21-C

22-A

23-C

24-E

25-A

26-D

27-C

28-E

29-B

30-A

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