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154-18
DIREITO ADMINISTRATIVO 1
CPF: 860.542.154-18
É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
PACHEGO GONÇALVES | 9999999999 | alesantosf2020@gmail.com | CPF: 860.542.154-18
MENSAGEM DO MEGE
Vamos agora de Direito Administrativo, a melhor disciplina do seu concurso.
Certo?
É comum termos nossa disciplina em segundas fases e prova oral, a depender
da prova que você preste. Dessa forma, não negligencie Direito Administrativo, há
certames que cobram de dez a quatorze questões (PCGO, por exemplo).
Delta, em que pese a matéria ser muito bacana e a mais legal, eu preciso
como Professor abrir um parênteses: temos a frente um desafio para dominá-la, uma
vez que a depender do assunto tem grande variação doutrinária e jurisprudencial.
Ademais, é uma matéria que possui grande carga legislativa, e cada lei possui
uma técnica e proposta diferente. Então não será fácil, e o Mege estará contigo.
Hoje o ponto é leve, pra você se animar e motivar para começarmos.
Bons estudos.
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SUMÁRIO
1. DOUTRINA (RESUMO)................................................................................................... 4
1.1. ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO.................................................................... 4
1.2. CONCEITO E OBJETO DE DIREITO ADMINISTRATIVO................................................. 5
1.3. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO .................................................................... 7
1.4. SISTEMAS DE JURISDIÇÃO ......................................................................................... 9
3. GABARITO COMENTADO – CARREIRAS JURÍDICAS................................................ 13
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1. DOUTRINA (RESUMO)
1.1. ORIGEM DO DIREITO ADMINISTRATIVO
A teoria da tripartição dos poderes, que teve como maior mentor Charles
MONTESQUIEU (Espírito das Leis, de 1748), abriu caminho para o surgimento do
Direito Administrativo, ao estabelecer a necessidade de distribuição do poder estatal
entre diferentes órgãos, separando e delimitando as funções legislativa, executiva e
judiciária. Na França, o art. 13 da Lei nº 16/1790 previu a separação rígida dos Poderes.
Some-se a isso o nascimento do Estado de Direito, o qual, à luz das ideias
iluministas do final do século XVII e início do XVIII, no embalo das Revoluções
Constitucionalistas Norte-Americana (1787) e Francesa (1789), estabeleceu que todos,
inclusive o Estado, estão submetidos ao Direito posto. Compreende-se, então, que a
organização e funcionamento dos órgãos estatais, em suas relações internas e
externas, não escapam à disciplina da lei.
A doutrina aponta como marco inicial do Direito Administrativo a edição, na
França Pós-Revolucionária, da Lei 28 de Pluvioso do Ano VIII (algo em torno de 1800),
diploma normativo da organização da Administração Pública francesa. Acrescenta-se,
ainda, o importante trabalho da jurisprudência do Conselho de Estado francês,
responsável pela construção de importantes institutos administrativistas, a exemplo da
noção de serviço público.
O Conselho de Estado francês foi criado pela Constituição de Brumário de 4
1799, com a dupla função de assessorar o governo na elaboração de atos normativos e
de resolver as controvérsias administrativas. Tal competência contenciosa, contudo,
era ainda incipiente, eis que suas decisões estavam submetidas ao Chefe de Estado, a
quem competia dar a última palavra, naquilo que se chamava “justiça retida”. Somente
a partir de 1872 é que o Conselho de Estado ganha autonomia, com decisões não mais
sujeitas ao controle do Executivo, assumindo verdadeira função jurisdicional,
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decidindo com independência e definitividade. A Administração Pública contenciosa
define-se, então, de forma clara e apartada, iniciando-se a fase da intitulada “justiça
delegada”. A doutrina explica o surgimento do Conselho de Estado na França a partir
da desconfiança da burguesia revolucionária que ascendia ao poder em relação aos
membros do Judiciário, estes que se teriam mostrado comprometidos com o Ancien
Régime.
Aponta-se como marco para autonomia do Direito Administrativo Francês o
famoso Caso Blanco: Agnès Blanco, uma menina de 05 anos, foi atropelada por uma
vagonete de uma companhia estatal e seu pai ingressou com uma ação de
responsabilidade civil contra o Estado, momento em que se instaurou controvérsia
acerca de qual Justiça teria competência para julgar o caso, a Comum, através da Corte
de Cassação, ou a Administrativa, por meio do Conselho de Estado, no qual o Tribunal
de Conflitos estabeleceu que o serviço público seria o critério divisor das Justiças
Comum e Administrativa, conferindo ao Direito Administrativo, por tabela, um
instituto/princípio próprio, o serviço público.
Para além da França, que nos legou os importantes institutos, princípios e
teorias do serviço público, ato administrativo, contrato administrativo,
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Nessa toada, Maria Sylvia Zanella Di Pietro afirma que o Direito Administrativo 7
“tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a
Administração Pública, a atividade não contenciosa que exerce e os bens de que se
utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.
Definido o objeto do Direito Administrativo, podemos conceituá-lo como
ramo do Direito Público que disciplina a função administrativa (serviços públicos,
poder de polícia, regulaçãoCPF:
e fomento estatais e controle administrativo) e a
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organização e funcionamento dos agentes, órgãos e pessoas jurídicas administrativos
que a desempenham.
1.3.1. LEI
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Por força do princípio da legalidade (art. 5º, II, da CF/88), inclusive enquanto
princípio fundamental da Administração Pública (art. 37, caput, da CF/88), a lei é fonte
formal e primária do Direito Administrativo, somente ela pode criar direitos e
obrigações, inovando a ordem jurídica.
Por lei, deve-se entender a Constituição e todas as demais espécies
normativas primárias (com fundamento direto na Lei Maior), como as leis
complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas, os decretos-lei e as medidas
provisórias.
Incluem-se, ademais, todos os atos normativos (infralegais) editados pela
própria Administração Pública, que são de observância obrigatória por ela mesma,
desautorizadas, contudo, a inovar a ordem jurídica, cabendo-lhes atuar apenas nos
termos e limites legais.
Anote-se a ausência de codificação do Direito Administrativo, na medida em
que as normas administrativas se encontram esparsas pelos diversos diplomas
normativos, o que sobreleva a importância da doutrina e jurisprudência na
estruturação de seus institutos e preenchimento das lacunas comumente existentes,
conferindo-lhe uma noção orgânica.
De mais a mais, a competência para legislar sobre Direito Administrativo é,
em regra, concorrente, cabendo a todos os entes federativos legislar na matéria
consoante o princípio da predominância do interesse. Em determinadas hipóteses,
contudo, a Constituição estabelece ser determinado assunto da competência privativa
da União, a exemplo da desapropriação, das jazidas, minas e outros minerais e das 8
normas gerais de licitação e contratação pela Administração.
Registre-se, por fim, que o princípio da legalidade não se confunde com o da
reserva legal, porquanto o primeiro estabelece a submissão e o respeito à lei, ou a
atuação dentro da esfera estabelecida pelo legislador; ao passo que o segundo
prescreve que determinadas matérias devem ser necessariamente disciplinadas por lei
formal.
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No Direito Administrativo, via de regra, fala-se em princípio da legalidade
[administrativa, que possui peculiaridade, conforme ainda será estudado], porquanto,
como visto, não há, grosso modo, qualquer embargo à disciplina das diversas matérias
administrativas por atos normativos infralegais, sempre se respeitando, é claro, os
limites da lei [também consoante aprenderemos, existe reserva legal no Direito
Administrativo, como ocorre com o serviço público].
1.3.2. COSTUMES
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1.3.3. JURISPRUDÊNCIA
1.3.4. DOUTRINA
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2. QUESTÕES – CARREIRAS JURÍDICAS
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dimensão e conteúdo.
b) as decisões proferidas por órgãos públicos de natureza superior não podem ser
revistas pelo Poder Judiciário
c) o processo administrativo somente pode ser instaurado mediante provocação do
interessado, por representação escrita endereçada ao agente competente para a
solução da controvérsia.
d) o regime jurídico juspublicista, no todo ou em parte, somente pode ser aplicado às
pessoas jurídicas de direito público.
e) tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram
a Administração Pública, a atividade não contenciosa que exerce e os bens de que se
utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
1. RESPOSTA: “ERRADO”
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O critério finalístico, como visto, entende o Direito Administrativo como o conjunto de
princípios e regras jurídicas que disciplinam a atividade do Estado para a consecução
dos seus fins, não se confundindo com o negativista, que atribui ao Direito
Administrativo um objeto por exclusão, enquanto todas as questões não relativas às
funções legislativa e judiciária ou a outro ramo do Direito.
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4. RESPOSTA: ERRADO
Função de governo não é sinônimo de função administrativa. O enunciado traz a
definição de função administrativa, que consiste na defesa concreta dos interesses
públicos, sempre dentro dos limites da lei, enquanto que a função de governo ou
política abrange as decisões e atos de governo, de gestão superior da vida estatal,
dotados de discricionariedade política, sendo exercida unicamente pelos Poderes
Executivo e Legislativo. 14
5. RESPOSTA: LETRA “E”
A – ERRADA. O Brasil adota o sistema de jurisdição única, no qual a coisa julgada
administrativa não é dotada de definitividade, ou seja, ainda que esgotadas todas as
instâncias administrativas, a questão ainda poderá ser apreciada pelo Judiciário. A
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coisa julgada judicial é a qualidade decisão judicial que torna a questão imutável e
indiscutível;
B – ERRADA. No sistema de jurisdição única, adotado pelo Brasil, toda matéria poderá
ser apreciada pelo Judiciário, conforme o princípio da inafastabilidade de jurisdição,
consagrado no art. 5º, incido XXXV, da Constituição Federal;
C – ERRADA. A Lei Federal nº 9.784/99, que regula o processo administrativo federal,
estabelece, em seu art. 5º, que o processo administrativo poderá ser iniciado de ofício
ou a pedido do interessado;
D – ERRADA. O regime jurídico juspublicista aplica-se às relações jurídicas integradas
pelo Estado e pessoas jurídicas de direito público ou particulares;
E – CORRETA. O enunciado traz a definição de Direito Administrativo da Profa. Maria
Sylvia Zanella Di Pietro, segundo a qual o Direito Administrativo é “o ramo do direito
público que tem por objeto órgãos agentes e pessoas jurídicas administrativas que
integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os
bens de que se utiliza para a consecução de seus fins de natureza pública”.
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