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TRABALHO – 1º BIMESTRE
EM GRUPO – ANÁLISE DE CASO REAL COM RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS
Dia 22 de Setembro

AVALIAÇÃO – 1º BIMESTRE
PROVA –
Dia 29 de Setembro

TRABALHO – 2º BIMESTRE
EM GRUPO –
Dia 16 DE NOVEMBRO

AVALIAÇÃO – 2º BIMESTRE
PROVA –
Dia 24 DE NOVEMBRO

2ª Chamada
PROVA –
Dia 04 A 06 DE DEZEMBRO

Exame Final
PROVA –
Dia 11 e 12 DE DEZDMBRO
DIREITO CONTRATUAL

AULA 5

Professor Weverton Gusmão

4
Metodologia de ensino:
Apresentação de conteúdo
Exercícios OAB e Concurso
Exercícios em sala

Professor Weverton Gusmão

5
Bibliografias:

Pablo Stolze
Flávio Tortuce
Maria Helena Diniz
Carlos Roberto Gonçalves

Professor Weverton Gusmão

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FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

VICÍOS
REDIBITÓRIOS
DOS CONTRATOS
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

CONCEITO:

Vícios redibitórios SÃO DEFEITOS OCULTOS em


coisa recebida em virtude de contrato
comutativo, que a tornam imprópria ao uso a
que se destina, ou lhe diminuam o valor.

A coisa defeituosa pode ser enjeitada pelo


adquirente, mediante devolução do preço e, se o
alienante conhecia o defeito, com satisfação de
perdas e danos (CC, arts. 441 e 443).
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

Dispõe, com efeito, o art. 441 do Código Civil:

“A coisa recebida em virtude de contrato


comutativo pode ser enjeitada por vícios ou
defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso
a que é destinada, ou lhe diminuam o valor”.

O adquirente tem, contudo, a opção de ficar com


ela e “reclamar abatimento no preço”, como lhe
faculta o art. 442 do referido diploma
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

APLICAÇÃO:

Essas regras aplicam-se aos contratos bilaterais e


comutativos (são aqueles em que as prestações são
equivalentes e insuscetíveis de variação. As partes
realizam o negócio sabendo, de antemão, o que vão ganhar
e o que vão perder.)

Ex: como a compra e venda, permuta, às empreitadas (CC,


arts. 614 e 615).
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

Podemos exemplificar para melhor entendimento:

Você está à procura de um veículo-automóvel, e, então, seu


vizinho disponibiliza o carro dele para venda, relativamente
novo, com 27.000 km, e aparentemente em boa condição.

Você compra. Dias após ao adquirir o veículo, você


percebe um problema nele. Então resolve levá-lo à
mecânica e, para sua surpresa, descobre que o motor do
veículo está fundido.

Ou seja, você comprou o veículo pensando estar em boas


condições de uso sendo que, na verdade, o motor
necessitava de retífica. E agora, que fazer?

Descobre, assim, que foi vítima de vício redibitório.


FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

EM RESUMO:

VÍCIOS REDIBITÓRIOS são “defeitos ocultos existentes na


coisa alienada, objeto de contrato comutativo, não comuns
às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se
destina ou lhe DIMINUEM SENSIVELMENTE O VALOR, de
tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses
defeitos fossem conhecidos, dando ao adquirente ação
para redibir o contrato ou para obter abatimento no preço”
VICÍOS REDIBITÓRIOS

FUNDAMENTO JURÍDICO/TEORIAS
TEORIA DO ERRO, não fazendo nenhuma distinção entre defeitos ocultos e
erro sobre as qualidades essenciais do objeto. Tudo não passaria de mera
consequência da ignorância em que se achava o adquirente.

A TEORIA DO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL tem por fundamento a


violação do princípio de garantia que onera todo alienante e o faz responsável
pelo perfeito estado da coisa, em condições de uso a que é destinada.

A TEORIA DOS RISCOS afirma que o alienante responde pelos vícios


redibitórios porque tem a obrigação de suportar os riscos da coisa alienada.
Trata-se na verdade de uma variante da teoria da responsabilidade por
inadimplemento contratual, mencionada no parágrafo anterior.

TEORIA DA EQUIDADE, afirmando a necessidade de se manter justo equilíbrio


entre as prestações dos contratantes, como é de rigor nos contratos
comutativos.
VICÍOS REDIBITÓRIOS

FUNDAMENTO JURÍDICO/TEORIAS
A teoria mais aceita e acertada é a do INADIMPLEMENTO CONTRATUAL, que
aponta o fundamento da responsabilidade pelos vícios redibitórios no
princípio de garantia, segundo o qual todo alienante deve assegurar, ao
adquirente a título oneroso, o uso da coisa por ele adquirida e para os fins a
que é destinada.

O alienante é, de pleno direito, garante dos vícios redibitórios e cumpre-lhe


fazer boa a coisa vendida. Ao transferir ao adquirente coisa de qualquer
espécie, por contrato comutativo, tem o dever de assegurar-lhe a sua posse
útil, equivalente do preço recebido. O inadimplemento contratual decorre,
pois, de infração a dever legal que está ínsito na contratação.

Efetivamente, o adquirente, sujeito a uma contraprestação, tem direito à


utilidade natural da coisa e, como geralmente não tem condições de examiná-
la a fundo para descobrir os seus possíveis defeitos ocultos que a tornam
imprestável ao uso a que se destina, o legislador faz o alienante responsável
por eles, assegurando, assim, o equilíbrio próprio da comuta tividade das
prestações.
VICIOS REDIBITÓRIOS

Requisitos para a caracterização dos vícios


redibitórios
Não é qualquer defeito ou falha existente em bem móvel ou imóvel recebido
em virtude de contrato comutativo que dá ensejo à responsabilização do
alienante por vício redibitório.

Defeitos de somenos importância ou que possam ser removidos são


insuficientes para justificar a invocação da garantia, pois não o tornam
impróprio ao uso a que se destina, nem diminuem o seu valor econômico.

Os requisitos para a verificação dos vícios redibitórios são os seguintes:

a ) Que a coisa tenha sido recebida em virtude de contrato comutativo, ou de


doação onerosa, ou remuneratória — Como já vimos, contratos comutativos
são os de prestações certas e determinadas. As partes podem antever as
vantagens e os sacrifícios, que geralmente se equivalem, decorrentes de sua
celebração, porque não envolvem nenhum risco.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

Requisitos para a caracterização dos vícios


redibitórios
b ) Que os defeitos sejam ocultos — Não se caracterizam os vícios
redibitórios quando os defeitos são facilmente verificáveis com um
rápido exame e diligência normal. Devem eles ser tais que não
permitam a imediata percepção, advinda da diligência normal aplicável
ao mundo dos negócios.

Não pode alegar vício redibitório, por exemplo, o comprador de um


veículo com defeito grave no motor, se a falha pudesse ser facilmente
verificada com um rápido passeio ao volante, ou a subida de uma
rampa, e o adquirente dispensou o test-drive.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

Requisitos para a caracterização dos vícios


redibitórios

c ) Que os defeitos existam no momento da celebração do contrato e que


perdurem até o momento da reclamação —

Não responde o alienante, com efeito, pelos defeitos supervenientes, mas


somente pelos contemporâneos à alienação, ainda que venham a se
manifestar só posteriormente.

Os supervenientes presumem-se resultantes do mau uso da coisa pelo


comprador.

O art. 444 do Código Civil proclama: “A responsabilidade do alienante


subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por
vício oculto, já existente ao tempo da tradição”.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

d ) Que os defeitos sejam desconhecidos do adquirente — Presume-


se, se os conhecia, que renunciou à garantia.

A expressão “VENDE-SE NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA”,


comum em anúncios de venda de veículos usados, tem a finalidade de
alertar os interessados de que não se acham eles em perfeito estado,
não cabendo, por isso, nenhuma reclamação posterior.

e ) Que os defeitos sejam graves — Apenas os defeitos revestidos de


gravidade a ponto de prejudicar o uso da coisa ou diminuir-lhe o valor
podem ser arguidos nas ações redibitória e quanti minoris, não os de
somenos importância.

Não ocorre tal circunstância, se a coisa for unicamente menos


excelente, menos bela, menos agradável ou se se trata de ausência de
alguma qualidade, o defeito de um quadro só porque não é ele obra do
autor cujo nome traz, pois neste e em outros casos semelhantes trata-
se de erro.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

Nos repertórios de jurisprudência encontram-se alguns


exemplos de defeitos considerados graves:

a esterilidade de touro adquirido como reprodutor, o


excessivo aquecimento do motor de veículo nos aclives,
as frequentes inundações em virtude de chuvas de terreno
destinado a construção de residência, etc.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

EFEITOS. AÇÕES CABÍVEIS


Se o bem objeto do negócio jurídico contém defeitos ocultos, não
descobertos em um simples e rápido exame exterior, o adquirente,
destinatário da garantia, pode enjeitá-lo ou pedir abatimento no preço
(CC, arts. 441 e 442).

Se o alienante não conhecia o vício, ou o defeito, isto é, se agiu de


boa-fé, “tão somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do
contrato”.

Mas se agiu de má-fé, porque conhecia o defeito, além de restituir o


que recebeu, responderá também por “perdas e danos” (CC, art. 443).

Ainda que o adquirente não possa restituir a coisa portadora de


defeito, por ter ocorrido o seu perecimento (morte do animal adquirido,
p. ex.), a “responsabilidade do alienante subsiste”, se o fato decorrer
de “vício oculto, já existente ao tempo da tradição” (CC, art. 444).
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

ESPÉCIES DE AÇÕES

O art. 442 do Código Civil deixa duas alternativas ao


adquirente:

a) REJEITAR a coisa, rescindindo o contrato e pleiteando a


devolução do preço pago, mediante a AÇÃO REDIBITÓRIA;
ou

b) CONSERVÁ-LA, apesar do defeito, reclamando, porém,


abatimento no preço, pela ação QUANTI MINORIS OU
ESTIMATÓRIA.

As referidas ações recebem a denominação de EDILÍCIAS.


FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

PRAZOS DECADENCIAIS (perda efetiva de um direito)

Os prazos para o ajuizamento das ações edilícias —


redibitória e quanti minoris — são decadenciais:

TRINTA DIAS, se relativas a bem móvel, e

UM ANO, se relativas a imóvel, contados, nos dois casos,


da tradição.

Se o adquirente já estava na posse do bem, “o prazo


conta-se da alienação, reduzido à metade” (CC, art. 445).
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

PRAZOS DECADENCIAIS - JURISPRUDÊNCIA

A jurisprudência vem aplicando duas exceções à regra de


que os referidos prazos contam-se da tradição:

1ª - quando se trata de máquinas sujeitas a


experimentação: sujeita a ajustes técnicos, o prazo
decadencial conta-se do seu perfeito funcionamento e
efetiva utilização

2ª - nas vendas de animais: conta-se da manifestação dos


sintomas da doença de que é portador, até o prazo máximo
de cento e oitenta dias.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

PRAZOS DECADENCIAIS - JURISPRUDÊNCIA

o § 1º do art. 445 do CC: em se tratando de vício que “só


puder ser conhecido mais tarde”, a contagem se inicia no
momento em que o adquirente “dele tiver ciência”, com
“prazo máximo de cento e oitenta dias em se tratando de
bens móveis, e de um ano, para os imóveis”.

Já no caso de venda de animais (§ 2º), “os prazos serão os


estabelecidos por lei especial”, mas, enquanto esta não
houver, reger-se-ão “pelos usos locais”; e, se estes não
existirem, pelo disposto no § 1º.

No caso dos animais, justifica-se a exceção, visto que o


período de incubação do agente nocivo é, às vezes,
superior ao prazo legal, contado da tradição.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
VICÍOS REDIBITÓRIOS

TREINANDO: FCC - 2022 - Prefeitura de Teresina - PI - Procurador do Município


Pedro Paulo adquire um Fiat Uno usado, ano 2015, com 60 mil quilômetros rodados,
fundindo o motor 120 dias depois da tradição do bem, sem que houvesse qualquer
indício prévio de que isso iria acontecer. O alienante, João Dirceu, conhecia o mau
estado do motor, o que omitiu por ocasião da venda. Nessas circunstâncias, prevê o
Código Civil:

A- Pode-se pedir ou a redibição do contrato ou perdas e danos, pois não ocorreu a


decadência, mas a cumulação dos pedidos é incompatível juridicamente.

B- É possível pedir a redibição ou o abatimento no preço do veículo, correspondente


ao valor do conserto do motor, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, pela
omissão dolosa, pois, por sua natureza, o vício só poderia ter sido conhecido mais
tarde e, nessa hipótese, o prazo de decadência é de 180 dias para percebimento do
vício, mais 30 dias para ajuizamento da ação a partir da verificação.

C- Não é possível qualquer pedido, redibitório, indenizatório ou de abatimento de


preço por se tratar de bem usado, em relação ao qual o prazo máximo de garantia é o
de noventa dias da tradição, já transcorrido.

D- Não é possível pedir seja a redibição, seja o abatimento do preço, pois o prazo
decadencial é o de 30 dias para bens móveis, contado da entrega efetiva do veículo, já
transcorrido de há muito.
VICÍOS REDIBITÓRIOS

TREINANDO: FCC - 2022 - Prefeitura de Teresina - PI - Procurador do Município


Pedro Paulo adquire um Fiat Uno usado, ano 2015, com 60 mil quilômetros rodados,
fundindo o motor 120 dias depois da tradição do bem, sem que houvesse qualquer
indício prévio de que isso iria acontecer. O alienante, João Dirceu, conhecia o mau
estado do motor, o que omitiu por ocasião da venda. Nessas circunstâncias, prevê o
Código Civil:

B- É possível pedir a redibição ou o abatimento no preço do veículo, correspondente


ao valor do conserto do motor, sem prejuízo de eventuais perdas e danos, pela
omissão dolosa, pois, por sua natureza, o vício só poderia ter sido conhecido mais
tarde e, nessa hipótese, o prazo de decadência é de 180 dias para percebimento do
vício, mais 30 dias para ajuizamento da ação a partir da verificação.

GABARITO Art. 445.


§ 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo
contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e
oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para
os imóveis. (GABARITO)
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

HIPÓTESES DE DESCABIMENTO DAS AÇÕES EDILÍCIAS

- COISAS VENDIDAS CONJUNTAMENTE

Não cabem as ações edilícias nas hipóteses de coisas VENDIDAS


CONJUNTAMENTE. Dispõe, com efeito, o art. 503 do Código Civil:

“Nas coisas vendidas conjuntamente, o defeito oculto de uma não


autoriza a rejeição de todas”.

Só a coisa defeituosa pode ser restituída e o seu valor deduzido do


preço, salvo se formarem um todo inseparável (uma coleção de livros
raros ou um par de sapatos, p. ex.).

Se o defeito de uma comprometer a universalidade ou conjunto das


coisas que formem um todo inseparável, pela interdependência entre
elas, o alienante responderá integralmente pelo vício.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

HIPÓTESES DE DESCABIMENTO DAS AÇÕES EDILÍCIAS

- INADIMPLEMENTO CONTRATUAL

A entrega de coisa diversa da contratada não


configura vício redibitório, mas inadimplemento
contratual, respondendo o devedor por perdas e
danos (CC, art. 389).

O inadimplemento contratual, diferentemente, não


resulta de imperfeição da coisa adquirida, mas de
entrega de uma coisa por outra.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

HIPÓTESES DE DESCABIMENTO DAS AÇÕES EDILÍCIAS

- ERRO QUANTO ÀS QUALIDADES ESSENCIAIS DO OBJETO

Não configura vício redibitório e não autoriza a utilização das ações edilícias o
erro quanto às qualidades essenciais do objeto, QUE É DE NATUREZA
SUBJETIVA, pois reside na manifestação da vontade (CC, art. 139, I).

O vício redibitório é erro objetivo sobre a coisa, que contém um defeito oculto.

Se alguém, por exemplo, adquire um relógio que funciona perfeitamente, mas


não é de ouro, como o adquirente imaginava (e somente por essa
circunstância o comprou), trata-se de erro quanto à qualidade essencial do
objeto. Se, no entanto, o relógio é mesmo de ouro, mas não funciona por
causa do defeito de uma peça interna, a hipótese é de vício redibitório.

Nos casos de erro, o comprador não quer comprar a coisa que afinal adquiriu;
NOS DE VÍCIOS REDIBITÓRIOS, ELE DESEJA ADQUIRIR EXATAMENTE A
COISA COMPRADA, mas não imagina que ela apresenta uma imperfeição não
comum entre suas congêneres e não perceptível em um simples e rápido
exame exterior.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

DISCIPLINA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Quando uma pessoa adquire um veículo, com defeitos, um


comerciante estabelecido nesse ramo, pauta-se pelo Código de Defesa
do Consumidor.

Este diploma considera vícios redibitórios tanto os defeitos ocultos


como também os aparentes ou de fácil constatação.

O estatuto consumerista mostra-se mais rigoroso na defesa do


hipossuficiente.

OS PRAZOS SÃO DECADENCIAIS.

Para os vícios aparentes em produto não durável (mercadoria


alimentícia, p. ex.), o prazo para reclamação em juízo é de 30 dias;

90 dias, em produto durável, contados a partir da entrega efetiva do


produto ou do término da execução dos serviços.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

DISCIPLINA NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Em se tratando de VÍCIOS OCULTOS, os prazos


são os mesmos, mas a sua contagem somente se
inicia no momento em que ficarem evidenciados
(CDC, art. 26 e parágrafos).

Os fornecedores, quando efetuada a reclamação


direta, têm o prazo máximo de trinta dias para
sanar o vício.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

TREINANDO
Cosme comprou uma geladeira usada de sua vizinha, Daniela.
Entretanto, três semanas depois, o eletrodoméstico parou de gelar e o
técnico demandado indicou que o defeito decorreu de um pequeno
vazamento da mangueira, que deveria estar lá há uns dois meses, pois
quase todo o gás já tinha saído. Daniela não sabia do vazamento.
Sobre o caso, entre os direitos que tem Cosme em face de Daniela,
inclui-se:

A- a devolução de parte do que foi pago, a título de abatimento no


preço;

B- a compensação pelo que perdeu e deixou de ganhar em virtude do


defeito;

C- a condenação a ela realizar o reparo, sob pena de multa diária;

D- o ressarcimento das despesas que teve com o conserto da


geladeira;
E- a substituição por uma geladeira com as mesmas características.
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

GABARITO
a) Resposta correta com fundamento no Art. 442cc. Em vez de rejeitar a coisa,
redibindo o contrato (art. 441), pode o adquirente reclamar abatimento no
preço.

b) ERRADA: isso é possível quando for relação de consumo. O que não é no


caso da questão.

Artigo 18, § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem
prejuízo de eventuais perdas e danos;

c) errada. tanto no código civil como no CDC não tem a previsão de multa
diária.

d) errada. No código civil existem duas opções: 1- Rejeitar o bem; 2- Receber


abatimento no preço;
Não determinação para conserto.

e) errada. essa previsão ocorre quando for relação de consumo, o que não é
no presente caso. Art. 19. III do CPC
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