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Ex: Contrato de compra e venda de uma geladeira que possui um defeito no motor que não faz
com que ela resfrie devidamente os alimentos, não servindo para seu uso próprio.
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe
diminuam o valor.
Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o
adquirente reclamar abatimento no preço.
A proteção do equilíbrio das prestações, nos contratos comutativos, e da boa fé objetiva dos
contratantes em todos os negócios jurídicos, impuseram àquele que entrega determinado
objeto a obrigação de responder pelos defeitos e vícios, não só do direito transferido, como
também da própria coisa.
Teoria da Equidade: para essa teoria reconhecesse o vicio redibitório, haja vista a necessidade
de se manter o justo equilíbrio entre as prestações dos contratantes como é de rigor nos
contratos comutativos. Sendo tais contratos caracterizados com a possibilidade de se antever
as prestações e contraprestações, não poderia o direito ficar indiferente a uma prestação
desvantajosa para uma das partes, ainda que partisse de um vicio oculto. (Corrente
Minoritária).
1° Hipótese: Se quem realizou a venda tinha conhecimento do vicio ou defeito da coisa, estará
obrigado a devolver o que recebeu mais perdas e danos, ou seja, indenização por danos morais
e materiais se houver. Deve indenizar pois o alienante nessa hipótese esta por ferir o artigo
422 do código civil, principio da boa fé objetiva no seu dever anexo de proteção da lealdade e
informação e por isso seu ato é ilícito, logo deve ser indenizado.
Ex: Imagine que TICIO ao vender um carro para MÉVIO sabia que o carro possuía um defeito
oculto no motor, o que de fato inutilizaria o veiculo, que se MÉVIO viesse a ter conhecimento
jamais teria celebrado o negócio jurídico. Desta forma, TICIO terá que devolver o dinheiro que
recebeu pelo carro, pegar o carro de volta, pagar por despesas com o contrato ou qualquer
outra despesa de ordem material, e terá que verificar se houve dano moral, e caso haja
ocorrido o dano moral, fica também TICIO obrigado a indenizar moralmente na medida da
extensão do dano.
OBS: Geralmente em casos como explicitado no exemplo acima o juiz acaba por conceder o
dano moral, em seu caráter pedagógico, no sentido de buscar a ensinar e educar a aquele que
teve uma conduta contra aos preceitos jurídicos não mais assim agir.