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Ensino de História
Daniel Vasconcellos
QUESTÕES
001. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018)
Tanto quanto a vida humana, a ciência histórica é dinâmica e se renova continuamente. Nessa
pers- pectiva, diferentemente da antiga concepção segundo a qual a história tem no passado
sua exclusiva razão de ser, hoje o modo mais adequado para defini‐la seria o(a)
a) estudo das ações humanas no presente.
b) análise dos fatos voltada para o futuro.
c) ciência que estuda a natureza.
d) ciência que estuda os homens no tempo.
e) exame aprofundado das relações sociais.
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nha das condições necessárias para oferecer aos seus alunos um material didático‐pedagógi- co
diversificado e o apoio de outras áreas do conhecimento. Assim, uma aula de história mais
interessante e educativa poderia envolver o(a)
a) uso de obras literárias e de música.
b) exclusiva utilização de fontes primárias.
c) abandono do livro didático.
d) definitiva exclusão dos mapas.
e) opção por apenas aulas expositivas.
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Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Esco-
la dos Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e
sociais.
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012. O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende, de modo
amplo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o fato histórico, o sujeito histórico e o
tempo histórico. Levando em consideração a concepção progressista de ensino, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Os fatos históricos são aqueles relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às
ações de heróis nacionais.
b)A complexidade dos fatos e as perspectivas subjetivas das vivências pessoais impede que o
estudo do tempo histórico seja dimensionado.
c) Os sujeitos da história são os personagens que, no uso de suas capacidades extraordiná-
rias, desempenham ações individuais heroicas.
d)O tempo histórico diz respeito ao estudo do tempo cronológico (calendário e datas), reper-
cutindo uma compreensão factual da história.
e) O sujeito histórico, como agente de uma ação social individual ou coletiva, cria os sentidos
que resultam na produção dos valores políticos, culturais, éticos e estéticos de uma sociedade.
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influência se estendeu nas décadas seguintes, atingindo várias partes do mundo. Nascia ali
um movimento de renovação historiográfica conhecido como Escola
a) dos Annales (Anais).
b) inglesa.
c) marxista.
d) positivista francesa.
e) dialética alemã.
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Quem confunde uma foto com costumes de uma época pode cometer o engano de pensar
que pessoas fotografadas em estúdios no século XIX se vestiam diariamente com roupas
apertadas, bem passadas e aprumadas ou que as crianças não podiam sorrir e tinham de se
comportar como pequenos adultos. Ao lidar com essa fotografia em sala de aula, o professor
de História deve ter alguns cuidados, conforme alertado pelo texto, bem como observar alguns
princípios metodológicos e adotar certos procedimentos de análise, tais como
a)considerar o registro fotográfico como uma expressão da realidade, dos hábitos e costu- mes
de um povo, uma vez que os retratos, mesmo em estúdio, reproduzem o cotidiano da- quela
época.
b)investigar a técnica utilizada e analisar a foto como uma obra de arte por seu valor estético,
visto que seu caráter subjetivo é um obstáculo para sua utilização como documento histórico.
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c) expor os valores e as formas de sociabilidade vigentes entre os escravos negros, para que
os alunos compreendam o gestual espontâneo captado pela câmera.
d)levar em conta o público a que a foto se destina, pois, em se tratando do público europeu,
culto e exigente, não resta dúvida de que fotógrafo se empenhou em fazer uma obra fidedigna
e correta.
e)motivar os alunos a “lerem a imagem” observando o máximo de detalhes possível, compa-
rando com outras fotos do período, do mesmo autor, e formulando hipóteses interpretativas a
serem checadas por meio de pesquisa mais ampla.
Entre 1933 e 1945, 50 garotos de um orfanato no Rio de Janeiro foram escravizados na fazen-
da Cruzeiro do Sul, no interior de São Paulo. Os meninos nunca receberam salários e, por
vezes, eram submetidos a castigos corporais. Não tinham nomes, eram chamados por
números e viviam sob vigilância constante. O dono da fazenda, então conhecido como
simpatizante do nazismo, marcava com a suástica os tijolos de todas as suas construções, o
lombo do gado e a bandeira da propriedade. As histórias desses meninos apareceram em
vestígios deixados pela documentação da época, como o livro de registros do orfanato, as
fotografias, os tijolos encontrados nos escombros da fazenda e na memória de alguns de seus
sobreviventes, como o senhor Aloísio Silva. Chamado de menino “vinte e três”, hoje com oitenta
e nove anos de ida- de, ele ainda produz suas narrativas sobre aqueles dias terríveis. Alice
Melo. Entre a suástica e a palmatória. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.o
88, jan./2013, p. 16-8 (com adaptações).
Tendo o texto e as imagens precedentes como referências iniciais, julgue o seguinte item.
A partir de uma análise historiográfica baseada no texto e nas imagens apresentadas, não se
sustenta a afirmação de que o proprietário da fazenda Cruzeiro do Sul era um “simpatizante
do nazismo”.
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Excerto I
Vale ressaltar o quanto é imprescindível distinguir a matéria-prima do trabalho dos historiado-
res (a fonte primária) do produto acabado ou semiacabado (fonte secundária e fonte terciária).
Neste viés, importa notar a diferença entre a fonte e o documento e o estudo das fontes docu-
mentais: a sua classificação, prioridade e tipologia (escritas, orais, arqueológicas); o seu trata-
mento (reunião, crítica, contraste), e manter o devido respeito a essas fontes, principalmente
com a sua citação fiel. A subjetividade é uma singularidade da ciência histórica.
Excerto II
A Historiografia é o equivalente a qualquer parte da produção historiográfica, ou seja: ao con-
junto dos escritos dos historiadores acerca de um tema ou período histórico específico. Por
exemplo, a frase: “é muito escassa a historiografia sobre a vida cotidiana no Japão na Era
Meiji” quer dizer que existem poucos livros escritos sobre esta questão, uma vez que até ao
momento ela não recebeu atenção por parte dos historiadores, e não porque esse objeto de
estudo seja pouco relevante ou porque haja poucas fontes documentais que proporcionem
documentação histórica para fazê-lo.
Após a leitura dos dois excertos, analise as afirmativas a seguir, assinale a que complementa
estes excertos iniciais com argumentos corretos sobre a reflexão do historiador frente à re-
flexão deste, em detrimento da objetividade, subjetividade e sua inter-relação com o mundo
científico e com a sociedade:
a)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque objetivo conduz à ne-
cessidade de superar a oposição entre a objetividade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e subjetividade (implicada nos interesses, ideolo-
gia e limitações do cientista), com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a
tarefa do historiador, como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do
restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade
como um todo.
b)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque subjetivo conduz à ne-
cessidade de superar a oposição entre a subjetividade (a de uma inexistente ciência “pura”) e
objetividade (implicada nos interesses, ideologia e limitações do cientista), com o conceito de
(trans)subjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador, como o de qualquer cien-
tista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os
demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
c)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque metafísico conduz à
necessidade de superar a oposição entre a materialidade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e imaterialidade (implicada nos interesses, ideologia e
limitações do cientista), com o conceito de interobjetividade, que imputa ao historiador o ofí- cio,
como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura
humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
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foi utilizado para este gênero tendo se optado pela língua coloquial, embora o Latim tem se
mostrado preponderante.
e) A historiografia medieval estagnou-se tendo em vista que esta foi elaborada por hagiógra-
fos, cronistas, membros do clero episcopal próximos ao poder, ou pelos monges. Escrevem-
-se genealogias, áridos anais, listas cronológicas de acontecimentos ocorridos nos reinados
dos seus soberanos (anais reais) ou da sucessão de abades (anais monásticos); “vidas” (bio-
grafias) de carácter edificante, como as dos santos Merovíngios, ou, mais tarde, dos reis da
França, e “histórias” que contam o nascimento de uma nação cristã, exaltam uma dinastia ou,
inversamente, fustigam os ignóbeis de uma perspectiva religiosa.
045. O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.
Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota d’ água, é o
bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre
do que o que o mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo tem sobre ele, o
universo a ignora. (PASCAL, Blaise. Pensamentos, XI).
O texto do matemático e filósofo Pascal diz que o homem é nobre porque sabe que morre.
“Saber que se morre”, do ponto de vista da temporalidade humana, do tempo propriamente
histórico, quer dizer:
a) ser meramente animal, como todos os outros.
b) não ser consciente da morte, como é o universo.
c) ser inteligente é ser imortal.
d) ter consciência da própria finitude.
e) não conseguir dominar o universo.
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046. Muitos estudiosos de textos míticos e religiosos, como o romeno Mircea Eliade, assina-
lam que há uma diferença crucial entre o modo como a tradição clássica, greco-romana, e a
tradição judaico-cristã veem o tempo humano. Essa diferença consiste no fato de que, na cul-
tura clássica e na cultura judaico-cristã, prevalecerem, respectivamente, as concepções:
a) do tempo reencarnado e do eterno retorno.
b) do desenvolvimento linear e da eternidade cíclica.
c) do eterno retorno e do tempo cíclico.
d) do desenvolvimento linear e do eterno retorno.
e) do eterno retorno e do desenvolvimento linear.
047. Quando Napoleão Bonaparte estava no Egito, no fim da década de 1790, durante as guer-
ras revolucionárias, ele disse aos seus soldados, apontando com o braço às Pirâmides do Vale
de Gizé: “Vejam, homens, 40 séculos vos observam”. Considerando que há um antigo provér-
bio egípcio que diz “Os homens temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”, é correto
dizer que:
a) a frase de Napoleão faz referência à engenhosidade dos engenheiros egípcios.
b)a frase de Napoleão faz referência não à resistência da materialidade física das Pirâmides,
mas às várias gerações humanas que elas representam.
c) a frase de Napoleão ressalta o medo que os franceses tinham do Vale de Gizé.
d) a frase de Napoleão faz referência ao observatório astronômico da Pirâmide de Quéops.
e) a frase de Napoleão não tem sentido histórico algum.
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d)à concepção de tempo na Idade Média, na qual os sacerdotes esperavam pelo Juízo Final,
pelo fim dos tempos e pela reintegração do Homem com a Eternidade.
e) à concepção de tempo cíclico, herdada da cultura indiana pelos intelectuais europeus do
século XIX.
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GABARITO
1. d 37. b
2. E 38. e
3. c 39. e
4. a 40. e
5. b 41. E
6. C 42. a
7. E 43. c
8. C 44. c
9. C 45. d
10. b 46. e
11. e 47. b
12. e 48. c
13. C 49. c
14. E 50. a
15. C 51. c
16. E 52. a
17. E
18. C
19. E
20. e
21. a
22. b
23. C
24. C
25. E
26. C
27. E
28. E
29. b
30. c
31. e
32. a
33. d
34. a
35. c
36. a
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GABARITO COMENTADO
011. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) O
tra- balho com documentos históricos de variada natureza em sala de aula pode trazer
resultados muito positivos para a formação do aluno, sobretudo porque esse tipo de atividade
a) permite ao aluno sentir‐se muito mais importante que o professor.
b) incentiva a memorização como elemento central do processo de aprendizagem.
c) elimina a natural compulsão de se extrair conclusões pessoais sobre o passado.
d) distancia o presente vivido pelo aluno do passado a que o documento se refere.
e) dá ao aluno a possibilidade de compreender como se produz o conhecimento histórico.
O trabalho com análise de fontes históricas, das mais variadas origens, possibilita o protago-
nismo do aluno na construção do conhecimento histórico, na prática de aplicação de metodo-
logias da ciência histórica.
Letra e.
012. O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende, de modo
amplo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o fato histórico, o sujeito histórico e o
tempo histórico. Levando em consideração a concepção progressista de ensino, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Os fatos históricos são aqueles relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às
ações de heróis nacionais.
b)A complexidade dos fatos e as perspectivas subjetivas das vivências pessoais impede que o
estudo do tempo histórico seja dimensionado.
c) Os sujeitos da história são os personagens que, no uso de suas capacidades extraordiná-
rias, desempenham ações individuais heroicas.
d)O tempo histórico diz respeito ao estudo do tempo cronológico (calendário e datas), reper-
cutindo uma compreensão factual da história.
e) O sujeito histórico, como agente de uma ação social individual ou coletiva, cria os sentidos
que resultam na produção dos valores políticos, culturais, éticos e estéticos de uma sociedade.
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René Rémond foi um historiador francês, especialista em economia política. Publicou diversas
obras de história, em especial sobre a História Contemporânea. Foi secretário-geral da Juven-
tude Estudantil Católica francesa, em 1943. Desde 1981, é presidente da Fundação Nacional
das Ciências Políticas.
Certo.
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Veja o exemplo do historiador Marco Antônio Villa, que trabalhou em rádios e, pelo menos até
a data de publicação desta aula, é comentarista da TV Cultura.
Certo.
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diferença, entre tantas que poderiam ser aqui listadas, é no trato do fato histórico: enquanto a
história positivista (Leopold Von Ranke) se limita a sistematizar os fatos de forma linear, na
contemporaneidade os historiadores buscam a reflexão, ultrapassando o fato em si.
Errado.
Ao contrário, a história cultural ganha maior expressividade a partir dos anos de 1980.
Errado.
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que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
A conhecida expressão “toda história é contemporânea” sepulta a ideia de ser o passado obje-
to de investigação por parte do historiador.
Na verdade, não sepulta essa ideia, e sim, traz uma mudança na forma de olhar o passado,
como objeto de investigação histórica, tomando a contemporaneidade como ponto de partida
para a análise do passado ou, ao contrário, tomando o passado para explicar o presente. Ou,
ainda, utilizando do tempo síncrono para comparar a contemporaneidade com outros períodos
da história.
Errado.
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A Escola dos Annales tem como marco a criação da “Revue des Annales” em 1929.
Letra a.
O fato histórico continua sendo objeto de estudo primeiro da história. Contudo, tem-se em
conta que o fato histórico é produzido por sujeitos históricos, segundo Marc Bloch, e deve-se
entender que a história estuda o homem no tempo, ou, como destacado na alternativa, os ho-
mens no tempo.
Letra b.
Aqui, a banca destaca a crítica que a história tradicional, positivista, recebe a partir do advento
dos Annales.
Certo.
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Lembre-se de que existem vários métodos historiográficos e sua seleção não impede o trata-
mento de regionalidades ou da história oral.
Certo.
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O preceito de que o professor deve relacionar o conteúdo das aulas de história a aspectos da
experiência cotidiana dos estudantes representa uma dificuldade para a abordagem de temas
religiosos.
As aulas presenciais são importantes, inclusive, para que o professor aja como facilitador,
provocador, de modo que o aluno consiga fazer leituras racionais das informações que recebe
diariamente através da internet.
Errado.
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A crítica externa diz respeito à materialidade do documento (papel, fotografia, pintura, escultu-
ra…) enquanto a crítica interna verifica as informações contidas ou expressas nesse documento.
Letra b.
Burke não descarta a história escrita pela narrativa das estruturas, mas entende que é neces-
sário aprofundar a investigação, visando enriquecer o conhecimento produzido nesta análise.
Letra c.
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b)o esforço da busca pela verdade histórica, de forma a se afastar do senso comum e conferir
maior legitimidade às narrativas históricas gestadas em meio às lutas sociais e influenciadas
pelos interesses dos agentes privados.
c)a pequena importância da tradição oral e a predominância dos documentos escritos entre os
seus fundamentos, que permitem a essa memória sobreviver sem sofrer grandes transfor-
mações ao longo do tempo.
d)o cuidado extremo com a localização dos acontecimentos no tempo e no espaço, de forma a
conferir verossimilhança às narrativas, e a atenção aos métodos de pesquisa e investigação
histórica.
e)o apego a acontecimentos fundadores no contexto de um determinado grupo ou comuni-
dade e a simplificação da noção de tempo, fazendo apenas grandes diferenciações entre o
passado e o presente.
De acordo com Le Goff, a memória coletiva não é dotada da racionalidade científica da história
e, portanto, carece do conhecimento histórico para sua elucidação.
Letra e.
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Se o homem é filho de seu tempo, isso implica em que ele seja influenciado pelas estruturas de
sua época. Nesse sentido, é por influência das necessidades do presente que é realizada a es-
colha metodológica e as questões que deverão ser abordadas no ofício da escrita da história.
Letra a.
Essa questão é de interpretação. O trecho “como a humanidade passou do homem das ca-
vernas para o astronauta” revela a pergunta a que se refere o autor. O que se deve buscar é a
compreensão das mudanças e rupturas.
Letra d.
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do e representado. (...) Este é um aspecto fundamental que o professor deve levar em conta
e remete a duas armadilhas no uso do cinema em sala de aula: o anacronismo e o efeito da
super-representação fílmica. (Marcos Napolitano. Como usar o cinema na sala de aula, p. 38)
As armadilhas citadas referem-se
a)às interpretações do passado que podem ser distorcidas pelos valores do presente e a quan-
do a narrativa de um filme histórico é vista como a própria verdade histórica.
b) à condição geral da produção cinematográfica, voltada ao lazer, o que não permite o seu uso
didático, e à recorrência de obras com assuntos de pouco interesse escolar.
c)à limitação temática dos filmes históricos incapazes de dialogar com as tensões do presen- te
e à linguagem complexa do cinema para os estudantes da escola básica.
d)à oferta quase exclusiva de filmes comerciais, que não trazem elementos para o debate es-
colar, e aos conceitos históricos recriados de forma estereotipada.
e) às análises históricas que desconsideram as lideranças políticas e aos roteiros cinemato-
gráficos que não são fiéis à verdade histórica oficialmente estabelecida.
O historiador deve ter o cuidado de entender que a obra fílmica pode estar distorcida a partir de
interpretações de seus produtores.
Letra a.
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Como vimos, o saber histórico escolar possui dinâmica própria. É o saber que se desenvolve
na escola envolvendo os materiais (livro didático, mapas…) e os sujeitos participantes do pro-
cesso de ensino/aprendizagem. O saber histórico produzido nas universidades influencia o
saber histórico escolar e vice-versa.
Letra c.
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A alternativa que indica a possibilidade de trabalho com a história temática, com a sincronia em
história.
Letra e.
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Quem confunde uma foto com costumes de uma época pode cometer o engano de pensar
que pessoas fotografadas em estúdios no século XIX se vestiam diariamente com roupas
apertadas, bem passadas e aprumadas ou que as crianças não podiam sorrir e tinham de se
comportar como pequenos adultos. Ao lidar com essa fotografia em sala de aula, o professor
de História deve ter alguns cuidados, conforme alertado pelo texto, bem como observar alguns
princípios metodológicos e adotar certos procedimentos de análise, tais como
a)considerar o registro fotográfico como uma expressão da realidade, dos hábitos e costu- mes
de um povo, uma vez que os retratos, mesmo em estúdio, reproduzem o cotidiano da- quela
época.
b)investigar a técnica utilizada e analisar a foto como uma obra de arte por seu valor estético,
visto que seu caráter subjetivo é um obstáculo para sua utilização como documento histórico.
c) expor os valores e as formas de sociabilidade vigentes entre os escravos negros, para que
os alunos compreendam o gestual espontâneo captado pela câmera.
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d)levar em conta o público a que a foto se destina, pois, em se tratando do público europeu,
culto e exigente, não resta dúvida de que fotógrafo se empenhou em fazer uma obra fidedigna
e correta.
e)motivar os alunos a “lerem a imagem” observando o máximo de detalhes possível, compa-
rando com outras fotos do período, do mesmo autor, e formulando hipóteses interpretativas a
serem checadas por meio de pesquisa mais ampla.
Há de se ter cuidado no trato de fontes como a fotografia, pois os sujeitos retratados podem ter
usado roupas diferentes das que usam diariamente, por exemplo. Daí a necessidade de “ler a
imagem” e confrontá-la com outras informações.
Letra e.
Entre 1933 e 1945, 50 garotos de um orfanato no Rio de Janeiro foram escravizados na fazenda
Cruzeiro do Sul, no interior de São Paulo. Os meninos nunca receberam salários e, por vezes, eram
submetidos a castigos corporais. Não tinham nomes, eram chamados por números e viviam sob
vigilância constante. O dono da fazenda, então conhecido como simpatizante do nazismo, mar-
cava com a suástica os tijolos de todas as suas construções, o lombo do gado e a bandeira da
propriedade. As histórias desses meninos apareceram em vestígios deixados pela documenta-
ção da época, como o livro de registros do orfanato, as fotografias, os tijolos encontrados nos es-
combros da fazenda e na memória de alguns de seus sobreviventes, como o senhor Aloísio Silva.
Chamado de menino “vinte e três”, hoje com oitenta e nove anos de idade, ele ainda produz suas
narrativas sobre aqueles dias terríveis. Alice Melo. Entre a suástica e a palmatória. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.o 88, jan./2013, p. 16-8 (com adaptações).
Tendo o texto e as imagens precedentes como referências iniciais, julgue o seguinte item.
A partir de uma análise historiográfica baseada no texto e nas imagens apresentadas, não se
sustenta a afirmação de que o proprietário da fazenda Cruzeiro do Sul era um “simpatizante do
nazismo”.
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Essa é pra gabaritar. Ora, se existem suásticas moldadas nos tijolos, obviamente, havia a “sim-
patia” do dono da fazenda pelo nazismo.
Errado.
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tista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os
demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
c)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque metafísico conduz à
necessidade de superar a oposição entre a materialidade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e imaterialidade (implicada nos interesses, ideologia e
limitações do cientista), com o conceito de interobjetividade, que imputa ao historiador o ofí- cio,
como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura
humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
d)As digressões sobre as possibilidades ou impossibilidades de diversos enfoques objetivos
conduzem à necessidade de harmonizar a aparente oposição entre a objetividade e a subjeti-
vidade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador,
como sendo superior a qualquer outro cientista uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com
toda sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas.
e)As digressões sobre as possibilidades inerentes a diversos enfoques objetivos conduzem à
necessidade de compreender que há uma aparente oposição entre a objetividade e a subjetivi-
dade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa dos historiadores,
como sendo equânimes a qualquer outro cientista, uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda
sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas materiais e imateriais.
Filho de seu tempo, o historiador escreve a história de acordo com a subjetividade que in-
ternalizou.
Letra a.
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Qian e alcançou uma definição clássica de história tipificada, oficial, que estabeleceu um pa-
drão repetido sucessivamente pelos historiadores dos períodos seguintes, de vinte e cinco
“histórias tipificadas”.
c)O surgimento da História é equivalente ao da escrita, mas a consciência de estudar o pas-
sado ou de deixar para o futuro um registro da memória é uma elaboração mais complexa do
que as anotações dos templos da Suméria. As estelas e relevos comemorativos de batalhas
na Mesopotâmia e no Egito já são algo mais aproximado.
d)O contato de Roma com o mundo Mediterrâneo, primeiro com Cartago, mas sobretudo com
a Grécia, o Egito e o Oriente, foi fundamental para ampliar a visão e utilidade do seu gênero
histórico. Os historiadores (quer romanos quer gregos) acompanharam os exércitos nas cam-
panhas militares, com o objetivo declarado de preservar a sua memória para a posteridade, de
recolher informações úteis e de justificar as suas ações. A língua culta, o idioma grego, não foi
utilizado para este gênero tendo se optado pela língua coloquial, embora o Latim tem se
mostrado preponderante.
e)A historiografia medieval estagnou-se tendo em vista que esta foi elaborada por hagiógra- fos,
cronistas, membros do clero episcopal próximos ao poder, ou pelos monges. Escrevem-
-se genealogias, áridos anais, listas cronológicas de acontecimentos ocorridos nos reinados
dos seus soberanos (anais reais) ou da sucessão de abades (anais monásticos); “vidas” (bio-
grafias) de carácter edificante, como as dos santos Merovíngios, ou, mais tarde, dos reis da
França, e “histórias” que contam o nascimento de uma nação cristã, exaltam uma dinastia ou,
inversamente, fustigam os ignóbeis de uma perspectiva religiosa.
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A posição de Bloch, um dos autores fundadores da Escola dos Annales, implica em reconhecer
que, para o objeto da história buscar as suas formas ou formulações iniciais, estabelece uma
série de mitologias que tendem a obscurecer o processo histórico.
Letra c.
045. O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.
Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota d’ água, é o
bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre
do que o que o mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo tem sobre ele, o
universo a ignora. (PASCAL, Blaise. Pensamentos, XI).
O texto do matemático e filósofo Pascal diz que o homem é nobre porque sabe que morre.
“Saber que se morre”, do ponto de vista da temporalidade humana, do tempo propriamente
histórico, quer dizer:
a) ser meramente animal, como todos os outros.
b) não ser consciente da morte, como é o universo.
c) ser inteligente é ser imortal.
d) ter consciência da própria finitude.
e) não conseguir dominar o universo.
Saber-se mortal, segundo Pascal, é ser mais nobre que todo o universo. Assim, Pascal reafirma
a compreensão mais profunda que se pode ter daquilo que vem a ser o tempo histórico. Ser um
ente histórico é saber ter consciência da própria finitude, da própria morte. Por isso, o homem
produz cultura. Ao contrário dos outros animais (que não sabem que morrem), o homem preci-
sou e ainda precisa desenvolver sistemas simbólicos que deem sentido à sua existência finita.
Letra d.
046. Muitos estudiosos de textos míticos e religiosos, como o romeno Mircea Eliade, assina-
lam que há uma diferença crucial entre o modo como a tradição clássica, greco-romana, e a
tradição judaico-cristã veem o tempo humano. Essa diferença consiste no fato de que, na cul-
tura clássica e na cultura judaico-cristã, prevalecerem, respectivamente, as concepções:
a) do tempo reencarnado e do eterno retorno.
b) do desenvolvimento linear e da eternidade cíclica.
c) do eterno retorno e do tempo cíclico.
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A concepção greco-romana de tempo é a do eterno retorno, ou cíclica, isto é, o tempo não era
encarado como algo progressivo, que pudesse culminar em um fim último, que seria a reali-
zação integral do destino humano na Terra. Os homens, portanto, estavam presos, em vida e
depois da morte, a uma forma de tempo que retorna incessantemente sob novas formas. Para
a tradição judaico-cristã, ao contrário, o tempo é um desenvolvimento linear, que tem um co-
meço (Gênesis) e terá um fim último (o Juízo, O Reino da Glória). O tempo, então, seria
apenas uma forma de passagem terrena da alma imortal em direção ao contato com o Eterno.
Letra e.
047. Quando Napoleão Bonaparte estava no Egito, no fim da década de 1790, durante as guer-
ras revolucionárias, ele disse aos seus soldados, apontando com o braço às Pirâmides do Vale
de Gizé: “Vejam, homens, 40 séculos vos observam”. Considerando que há um antigo provér-
bio egípcio que diz “Os homens temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”, é correto
dizer que:
a) a frase de Napoleão faz referência à engenhosidade dos engenheiros egípcios.
b)a frase de Napoleão faz referência não à resistência da materialidade física das Pirâmides,
mas às várias gerações humanas que elas representam.
c) a frase de Napoleão ressalta o medo que os franceses tinham do Vale de Gizé.
d) a frase de Napoleão faz referência ao observatório astronômico da Pirâmide de Quéops.
e) a frase de Napoleão não tem sentido histórico algum.
Napoleão não faz referência aos “40 séculos” apenas para ressaltar meramente o tempo cro-
nológico natural, mas, sim, para dizer aos seus soldados que, ao lutarem naquela região, 40
séculos de tradição humana, representada pelas resistentes pirâmides, estariam observando
e testemunhado os feitos históricos que eles próprios, os franceses, estavam realizando no
Egito, no início do século XIX.
Letra b.
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O texto faz referência à concepção de tempo histórico nascida com a Revolução Francesa, so-
bretudo com os jacobinos, como Robespierre, que pregava a “aceleração do tempo histórico”
por meio da revolução. Essa é uma concepção de que a história pode ser moldada, de que o
futuro pode ser construído. Essa visão do tempo histórico, positivista, dominou as ideologias
políticas do século XIX e a primeira metade do século XX.
Letra c.
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Essa também é pra gabaritar. No Paleolítico, os homens eram nômades, caçadores e coleto-
res. Com a descoberta da agricultura, o homem abandona o nomadismo e se torna sedentário,
produtor de seu alimento.
Letra c.
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A Tradição Oral caracteriza-se pelo testemunho transmitido oralmente de uma geração para
outra. Já a História Oral não pode ser confundida com História de Vida. Esta última é um relato
autobiográfico, em que a escrita está ausente, e, portanto, não pode ser chamada de autobio-
grafia. História Oral Temática, em geral, é feita com um grupo de indivíduos em torno de um
determinado evento ou movimento vivido por todos.
Letra c.
Ora, se abre o leque de fontes para análise, também se abre um leque de possibilidades de
alternativas analíticas.
Letra a.
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