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HISTÓRIA

Ensino de História
Daniel Vasconcellos

QUESTÕES
001. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018)
Tanto quanto a vida humana, a ciência histórica é dinâmica e se renova continuamente. Nessa
pers- pectiva, diferentemente da antiga concepção segundo a qual a história tem no passado
sua exclusiva razão de ser, hoje o modo mais adequado para defini‐la seria o(a)
a) estudo das ações humanas no presente.
b) análise dos fatos voltada para o futuro.
c) ciência que estuda a natureza.
d) ciência que estuda os homens no tempo.
e) exame aprofundado das relações sociais.

2.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2017) África e América foram incorpora-


das à história ocidental a partir do expansionismo comercial e marítimo europeu do início dos
tempos modernos. O processo de exploração colonial desses continentes seguiu a lógica
econômica e política que, na Europa, caracterizava a transição do feudalismo ao capitalismo.
Nas palavras de um ex-diretor geral da Unesco, “hoje, torna-se evidente que a herança africana
marcou, em maior ou menor grau, dependendo do lugar, os modos de sentir, pensar, sonhar e
agir de certas nações do hemisfério ocidental. Do sul dos Estados Unidos ao norte do Brasil,
passando pelo Caribe e pela costa do Pacífico, as contribuições culturais herdadas da África
são visíveis por toda parte; em certos casos, chegam a constituir os fundamentos essenciais
da identidade cultural de alguns segmentos mais importantes da população”.
O avanço da historiografia brasileira nas últimas décadas ainda não consegue chegar aos li-
vros didáticos, o que pode ser explicado pela inexistência de mecanismos de avaliação por
parte do Poder Público, que os adquire para distribuir nas escolas de suas redes.

3.(QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) Inde-


pendentemente das opções teórico‐metodológicas, há consenso em torno de elementos fun-
damentais para que a história ocorra, condição essencial para que o conhecimento histórico
seja produzido. Esses elementos indispensáveis à história são
a) a divindade, o acaso e a intencionalidade.
b) a vontade, a coragem e a consciência.
c) o homem, o tempo e o espaço.
d) o tempo, a natureza e o divino.
e) o espaço geográfico e a reflexão.

004. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018)


Nas condições do mundo contemporâneo, o saber histórico em sala de aula requer que o
professor, além do razoável domínio dos conteúdos a serem ministrados, tenha a
sensibilidade e dispo-
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nha das condições necessárias para oferecer aos seus alunos um material didático‐pedagógi- co
diversificado e o apoio de outras áreas do conhecimento. Assim, uma aula de história mais
interessante e educativa poderia envolver o(a)
a) uso de obras literárias e de música.
b) exclusiva utilização de fontes primárias.
c) abandono do livro didático.
d) definitiva exclusão dos mapas.
e) opção por apenas aulas expositivas.

005. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018)


Ele viveu e testemunhou dois grandes conflitos na história grega antiga: as Guerras Médias e a
Guerra do Peloponeso. Foi o primeiro a produzir uma narrativa histórica em que os deuses não
eram protagonistas. Por isso, Cícero o chamou de “Pai da História”. Trata‐se de
a) Tucídides.
b) Heródoto.
c) Heráclito.
d) Parmênides.
d) Sócrates.

6.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande medievalis-


ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do historiador, inau-
gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma historiografia positivista
que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Eis uma síntese da historiografia contemporânea surgida com os Anais: novos objetos, no-
vos problemas e novas abordagens, reconfigurando a maneira de se produzir o conhecimento
histórico.

7.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande medievalis-


ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do historiador, inau-
gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma historiografia positivista
que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.

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Uma característica marcante da nova história, na esteira das inovações trazidas pela Esco-
la dos Anais, foi o radical afastamento da história em relação às demais ciências humanas e
sociais.

8.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande medievalis-


ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do historiador, inau-
gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma historiografia positivista
que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
O historiador britânico Eric Hobsbawm, que encontrou no materialismo histórico o suporte
teórico‐metodológico para a elaboração de sua obra, notabilizou‐se pela publicação de livros
referenciais para a compreensão da contemporaneidade (séculos XIX e XX).

9.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande medievalis-


ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do historiador, inau-
gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma historiografia positivista
que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
A história oral é uma modalidade de escrita da história utilizada com relativa frequência nos
dias de hoje, notadamente na história política, seguindo técnicas específicas que se agregam
ao método histórico já consagrado.

10.(AOCP/IBC/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL/2013) Sobre o ensino e a


apren- dizagem de História, assinale a alternativa INCORRETA.
a)Envolvem uma distinção básica entre o saber histórico, como um campo de pesquisa e pro-
dução de conhecimento do domínio de especialistas, e o saber histórico escolar, como conhe-
cimento produzido no espaço escolar.
b) Os diferentes conceitos — de fato histórico, sujeito histórico e tempo histórico — indepen-
dem das distintas concepções de História e de como ela é estruturada e constituída.
c)Na sala de aula, os materiais didáticos e as diversas formas de comunicação escolar apre-
sentadas no processo pedagógico constituem o que se denomina saber histórico escolar.
d)O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende, de modo am-
plo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o de fato histórico, de sujeito histórico e de
tempo histórico.

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e) Didaticamente, as relações e as comparações entre o presente e o passado permitem uma


compreensão da realidade numa dimensão histórica, que extrapola as explicações sustenta-
das apenas no passado ou só no presente imediato.

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011. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) O


tra- balho com documentos históricos de variada natureza em sala de aula pode trazer
resultados muito positivos para a formação do aluno, sobretudo porque esse tipo de atividade
a) permite ao aluno sentir‐se muito mais importante que o professor.
b) incentiva a memorização como elemento central do processo de aprendizagem.
c) elimina a natural compulsão de se extrair conclusões pessoais sobre o passado.
d) distancia o presente vivido pelo aluno do passado a que o documento se refere.
e) dá ao aluno a possibilidade de compreender como se produz o conhecimento histórico.

012. O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende, de modo
amplo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o fato histórico, o sujeito histórico e o
tempo histórico. Levando em consideração a concepção progressista de ensino, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Os fatos históricos são aqueles relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às
ações de heróis nacionais.
b)A complexidade dos fatos e as perspectivas subjetivas das vivências pessoais impede que o
estudo do tempo histórico seja dimensionado.
c) Os sujeitos da história são os personagens que, no uso de suas capacidades extraordiná-
rias, desempenham ações individuais heroicas.
d)O tempo histórico diz respeito ao estudo do tempo cronológico (calendário e datas), reper-
cutindo uma compreensão factual da história.
e) O sujeito histórico, como agente de uma ação social individual ou coletiva, cria os sentidos
que resultam na produção dos valores políticos, culturais, éticos e estéticos de uma sociedade.

13.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Quando se fala em renascimento da história política a partir das décadas finais do século
passado, um nome se impõe entre os principais mentores dessa retomada: o do historiador
francês René Rémond.

14. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis-
ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do historiador, inau-
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gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma historiografia positivista


que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
As inovações introduzidas na pesquisa e na forma de se escrever história praticamente fize-
ram desaparecer um gênero historiográfico muito comum no século XIX e na primeira metade
do século XX: as biografias.

15.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
É provável que as circunstâncias que envolvem a civilização contemporânea expliquem o fato
de que, na atualidade, historiadores sejam chamados, crescentemente, a atuar nos mais diver-
sos meios de comunicação social, como rádio, televisão, jornais e revistas.

16.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2017) O desenvolvimento da historiogra-


fia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite novos olhares sobre o passado
protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se estudos que lançam luz sobre a tra-
jetória do País, da colônia aos dias atuais. Da independência, em 1822, passando pela implan-
tação da República, em 1889, ao cenário presente, a história brasileira é marcada por avanços
e recuos, enfrentando percalços e se mostrando ainda inconclusa em relação à construção da
cidadania. Relativamente à história contemporânea, da produção do conhecimento histórico a
alguns dos mais marcantes fatos ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
A renovação historiográfica no mundo contemporâneo distingue-se radicalmente do Positivis-
mo do século XIX por não reconhecer no fato, ou seja, no acontecimento, matéria-prima para a
produção do saber histórico, substituído por teorias totalizantes.

17.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.

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Os anos 1970 e 1980 assinalaram o declínio irreversível da denominada história cultural em


suas diversas manifestações, como o estudo das mentalidades.

18.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Nas décadas que se seguiram imediatamente ao fim da Segunda Guerra Mundial, a história
econômica, fortemente influenciada pelo marxismo, atingiu o máximo de prestígio acadêmico.

19.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018)) O grande


medieva- lista francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
A conhecida expressão “toda história é contemporânea” sepulta a ideia de ser o passado obje-
to de investigação por parte do historiador.

20.(QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) A


de- nominada Nova história, particularmente desenvolvida a partir de meados do século XX,
incor- porou novos objetivos, novos problemas e novas perspectivas ao “ofício do historiador”,
para usar a conhecida expressão de Marc Bloch. Entre os aspectos mais definidores dessa
Nova história, está o permanente diálogo entre a história e as demais ciências sociais. Nesse
senti- do, é correto afirmar que ela estimula
a) o abandono da interpretação.
b) a eliminação de qualquer subjetividade.
c) exclusivamente o estudo do presente.
d) a ênfase na ação dos grandes homens.
e) a desejável interdisciplinaridade.

021. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) A


his- tória surgiu como ciência ao longo do século XIX. Contudo, foi no transcurso do século XX
que ela se aprimorou e incorporou avanços teóricos e metodológicos. Um marco desse
processo de transformação dos estudos históricos foi a criação, em 1929, de uma revista
francesa cuja
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influência se estendeu nas décadas seguintes, atingindo várias partes do mundo. Nascia ali
um movimento de renovação historiográfica conhecido como Escola
a) dos Annales (Anais).
b) inglesa.
c) marxista.
d) positivista francesa.
e) dialética alemã.

022. (IBFC/PREFEITURA DE VINHEDO–SP/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) Para o


histo- riador Marc Bloch o passado não é objeto de ciência. Sobre a concepção de história para
este autor, assinale a alternativa correta.
a) o conceito de história, enquanto ciência, é estático e por isso é diferente do seu objeto de
estudo que varia conforme o tempo
b) o objeto da história é o homem no tempo, ou melhor, os homens no tempo, sendo que o
próprio conceito de história varia no tempo
c)a compreensão das origens, ou seja, a explicação do mais próximo pelo mais distante deve
ser considerada como ponto de partida nos estudos históricos
d) os documentos históricos são rígidos e estáticos e, se bem protegidos, não sofrem altera-
ções por conta da ação do homem no tempo

23.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Ao longo do século XX, a afirmação de novos métodos ligados à história social e à história cul-
tural representou um grande desafio ao padrão tradicional do ensino de história, embasado lar-
gamente na memorização de datas, fatos e ações de grandes personagens do mundo político.

24.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
As múltiplas tensões existentes entre as noções de história e de memória não obstaculizam o
tratamento de temas ligados a tradições orais e às regionalidades nas aulas de história.

25.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
A crítica às atividades pedagógicas ligadas à educação para os direitos humanos sustenta-se
com o argumento de que, para proteger uma sociedade de violações graves à dignidade das
pessoas, são suficientes uma boa escolarização e a disseminação de cultura geral

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26.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Nos diferentes níveis de ensino, o professor de história pode, especialmente em conjunto com
professores das áreas de ciências, biologia e geografia, ajudar a promover a consciência so-
cioambiental dos estudantes

27.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
O preceito de que o professor deve relacionar o conteúdo das aulas de história a aspectos da
experiência cotidiana dos estudantes representa uma dificuldade para a abordagem de temas
religiosos.

28.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Meios técnicos como a rede mundial de computadores, os serviços de compartilhamento e
difusão de conteúdos e os smartphones, contribuem para tornar dispensáveis as atividades ca-
racterísticas das aulas presenciais de história, uma vez que facilitam o acesso dos estudantes a
informações no espaço da sala de aula.

29.(VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


documen- to foi definido tradicionalmente como um texto escrito à disposição do historiador.
Fustel de Coulanges afirmava que “a habilidade do historiador consiste em retirar dos
documentos o que contém e nada acrescentar… A leitura dos documentos de nada serviria se
fosse feita com ideias preconcebidas”. A partir deste pressuposto, dois procedimentos básicos
deveriam ser adotados, denominados, convencionalmente, de crítica externa e crítica interna.
(Pedro Paulo Funari. A Antiguidade Clássica, p. 15. Adaptado)
Acerca dos dois procedimentos básicos a que se refere o autor, é correto afirmar que a crítica
externa analisa
a)o contexto histórico a que o documento se refere e o seu significado para o período, enquan-
to a crítica interna procura identificar os sujeitos sociais envolvidos.
b) a materialidade do documento, a sua composição física, enquanto a crítica interna procura
observar se as informações do documento são verossímeis.
c)o sítio arqueológico ou o arquivo em que foi encontrado o documento, enquanto a crítica
interna procura situar o documento no tempo e no espaço.
d) a autoria do documento e, se possível, a biografia do autor, enquanto a crítica interna procura
observar a coerência e a coesão do texto do documento.

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e) o contexto socioeconômico de produção do documento, enquanto a crítica interna procura


observar quais são os conflitos sociais que o documento apresenta.

030. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


problema que eu gostaria de discutir aqui é aquele de se fazer uma narrativa densa o bastante,
para lidar não apenas com a sequência dos acontecimentos, mas também com as estruturas –
institui- ções, modos de pensar, etc. – e se elas atuam como um freio ou um acelerador para os
aconte- cimentos. (Peter Burke. A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa.
In: Peter Burke (Org.). A escrita da história, p. 339)
Para o autor, a necessidade de uma “narrativa densa” se justifica
a) pelo empobrecimento da escrita da história, hoje vinculada apenas às grandes estruturas.
b) pelo esforço de evitar a contaminação das narrativas pela história das estruturas.
c) pela tentativa de enriquecer e aprofundar a narrativa a partir da contribuição das estruturas.
d) pelo risco de que a história centrada na narrativa se limite a estabelecer verdades históricas.
e) pela possibilidade de provar a pouca utilidade das estruturas na reflexão histórica.

031. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Há pelo


me- nos duas histórias: a da memória coletiva e a dos historiadores. A primeira é
essencialmente mítica, deformada, anacrônica, mas constitui o vivido desta relação nunca
acabada entre o presente e o passado. É desejável que a informação histórica, fornecida
pelos historiadores de ofício, vulgarizada pela escola (ou pelo menos deveria sê-lo) e os
massmedia, corrija esta história tradicional falseada. A história deve esclarecer a memória e
ajudá-la a retificar os seus erros. (Jacques Le Goff. História e Memória, p. 29. Adaptado)
Entre as características da memória coletiva, é possível identificar
a)a ausência de mitos de origem e de grandes personagens heroicos, pois a sua marca é a
produção coletiva da memória, o que leva ao reconhecimento das pequenas ações cotidianas
dos sujeitos anônimos na história.
b)o esforço da busca pela verdade histórica, de forma a se afastar do senso comum e conferir
maior legitimidade às narrativas históricas gestadas em meio às lutas sociais e influenciadas
pelos interesses dos agentes privados.
c)a pequena importância da tradição oral e a predominância dos documentos escritos entre os
seus fundamentos, que permitem a essa memória sobreviver sem sofrer grandes transfor-
mações ao longo do tempo.
d)o cuidado extremo com a localização dos acontecimentos no tempo e no espaço, de forma a
conferir verossimilhança às narrativas, e a atenção aos métodos de pesquisa e investigação
histórica.
e)o apego a acontecimentos fundadores no contexto de um determinado grupo ou comuni-
dade e a simplificação da noção de tempo, fazendo apenas grandes diferenciações entre o
passado e o presente.

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032. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Em


certas de suas características fundamentais, nossa paisagem rural, já o sabemos, data de
épocas extremamente remotas. Mas, para interpretar os raros documentos que nos permitem
penetrar nessa brumosa gênese, para formular corretamente os problemas, para até mesmo
fazer uma ideia deles, uma primeira condição teve que ser cumprida: observar, analisar a
paisagem de hoje. (Marc Bloch. Apologia da história ou o ofício de historiador, p. 67)
O trecho aborda uma questão central da pesquisa histórica. Trata-se
a)do reconhecimento das implicações do tempo presente na investigação do passado, a co-
meçar pelas influências na formulação da problemática da pesquisa.
b)da observação da cisão inevitável que existe entre o passado e o presente, de tal forma que
se torna impossível aproximar o estudo dos mortos ao dos vivos.
c)da dificuldade que os historiadores em geral têm de não serem anacrônicos e de não proje-
tarem os seus valores e princípios nas sociedades humanas do passado.
d) do esforço constante que deve fazer o historiador para elaborar os seus projetos de pesqui-
sa sem se deixar contaminar pelas questões suscitadas pelo presente.
e)da necessidade que tem o historiador de se colocar fora do tempo, desvinculando-se do
presente, para poder se debruçar sobre o passado.

033. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Há uma


per- gunta central na História que não pode ser evitada, no mínimo porque todos nós queremos
saber a resposta: como a humanidade passou do homem das cavernas para o astronauta, de
um tempo em que éramos assustados por tigres de dentes de sabre para um tempo em que
somos assustados por explosões nucleares – isto é, não assustados pelos perigos da nature-
za mas por aqueles que nós mesmos criamos? O que faz desta uma pergunta essencialmente
histórica é que os seres humanos, embora recentemente bem mais altos e pesados que nunca,
são biologicamente quase os mesmos que no início do registro histórico. (Eric Hobsbawm.
Sobre História, p. 42. Adaptado)
A “pergunta central” a que se refere o trecho está relacionada a um aspecto fundamental do
ofício do historiador. Trata-se da
a)procura por regras, modelos e padrões de comportamento, de maneira a reconhecer afinida-
des históricas e projetar o destino humano.
b)busca pela permanência, por aquilo que os diversos tipos de sociedades humanas têm em
comum, desconsiderando-se as mudanças.
c)escrita da evolução histórica da humanidade, de forma a antever o que acontecerá no futuro e
a preparar a humanidade para o porvir.
d) investigação dos padrões e mecanismos da mudança histórica e das transformações das
sociedades humanas.

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e) elaboração de um modelo pré-determinado de desenvolvimento histórico que seja capaz de


explicar as diferentes sociedades humanas em diferentes contextos.

034. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) História


é uma das disciplinas mais afeitas a atividades com cinema. O chamado “filme histórico” é um
dos gêneros mais consagrados do cinema mundial. Geralmente, o filme histórico revela muito
mais sobre a sociedade contemporânea que o produziu do que sobre o passado nele encena-
do e representado. (...) Este é um aspecto fundamental que o professor deve levar em conta
e remete a duas armadilhas no uso do cinema em sala de aula: o anacronismo e o efeito da
super-representação fílmica. (Marcos Napolitano. Como usar o cinema na sala de aula, p. 38)
As armadilhas citadas referem-se
a)às interpretações do passado que podem ser distorcidas pelos valores do presente e a quan-
do a narrativa de um filme histórico é vista como a própria verdade histórica.
b) à condição geral da produção cinematográfica, voltada ao lazer, o que não permite o seu uso
didático, e à recorrência de obras com assuntos de pouco interesse escolar.
c)à limitação temática dos filmes históricos incapazes de dialogar com as tensões do presen- te
e à linguagem complexa do cinema para os estudantes da escola básica.
d)à oferta quase exclusiva de filmes comerciais, que não trazem elementos para o debate es-
colar, e aos conceitos históricos recriados de forma estereotipada.
e) às análises históricas que desconsideram as lideranças políticas e aos roteiros cinemato-
gráficos que não são fiéis à verdade histórica oficialmente estabelecida.

035. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) A organi-


zação das disciplinas é uma das evidências que permitem refletir sobre as relações entre o
conhecimento acadêmico e o escolar. Modificar o currículo do ensino fundamental e médio,
como quer as recentes propostas de ensino temático, implica mudanças no currículo de nível
superior. (Circe Maria Fernandes Bittencourt. Ensino de História: fundamentos e métodos, p.
48-49. Adaptado)
Acerca do saber histórico escolar, é correto afirmar que
a)as práticas de ensino nas escolas e nas universidades são similares, pois em ambas o pro-
fessor pretende apenas transmitir o saber produzido nas pesquisas.
b)tem os mesmos objetivos que as disciplinas acadêmicas, que visam formar um cidadão
comum não especializado, interessado apenas em situar-se no tempo.
c) tem um perfil próprio e características específicas, havendo uma articulação complexa entre
as disciplinas escolares e as disciplinas acadêmicas.
d)se trata de uma reprodução do conhecimento histórico produzido nas universidades, de for-
ma a adaptar o saber acadêmico para crianças e adolescentes.
e) tem total autonomia em relação ao ensino superior, pois são contextos radicalmente dife-
rentes que têm pouco contato entre si. conhecimentos específicos.
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036. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


desenvol- vimento do capitalismo provoca transformações. Ao se expandir, o capitalismo
encontra espa- ços com peculiaridades sociais, políticas e culturais diante das quais precisa
adaptar-se para lograr sua implantação. Flexível, o capitalismo assume, por conseguinte,
colorações diversas sobre a superfície do planeta, conservando e/ou dando novos significados
a certos aspectos das diferentes culturas. (Marcos Lobato Martins. In: Carla Bassanezi Pinsky
(Org.). Novos te- mas nas aulas de História, p. 138)
O trecho apresentado ressalta a renovada importância da História
a) regional.
b) política.
c) institucional.
d) ambiental.
e) demográfica.

037. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Como


nin- guém é uma enciclopédia, a primeira coisa a fazer ao montarmos um curso é selecionar
conte- údos. O professor não deve ter dó de abandonar assuntos quando não conseguir uma
resposta satisfatória à questão do porquê: às vezes, mostra-se muito mais interessante “pular”
algumas páginas do livro didático ou da História (seja lá o que isso quer dizer…) e dedicar o
tempo (infe- lizmente cada vez mais curto) das aulas a temas como “a situação do índio no
Brasil colonial” (ao invés de capitanias hereditárias e “governadores-gerais”), “os movimentos
sociais que aju- daram a derrubar a ditadura militar no Brasil” (ao invés de lista de presidentes
da República e suas realizações), “os efeitos deletérios do nazismo” (ao invés de um histórico
detalhado das batalhas da Segunda Guerra Mundial). (Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky.
Por uma His- tória prazerosa e consequente. In: Leandro Karnal (Org.). História na sala de aula:
conceitos, práticas e propostas, p. 29)
De acordo com o artigo do historiador Leandro Karnal, a prática de selecionar conteúdos
a) deve se remeter necessariamente a uma razão pragmática e utilitária, relacionada às fun-
ções do estudo do passado.
b)relaciona-se com o fato de que é impossível trabalhar com toda a história, exigindo do pro-
fessor o estabelecimento de alguns recortes.
c) requer dos professores que ressaltem os assuntos mais significativos, em geral ligados à
história política e institucional.
d)é perniciosa e prejudicial aos alunos, pois retira deles a possibilidade de conhecerem a to-
talidade da História.
e)não pode prescindir da organização cronológica e sequencial dos acontecimentos, que per-
mite aos alunos se situarem no tempo.

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038. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Leia o


tex- to a seguir.
Talvez o maior desafio na escola seja retomar o sentido mais amplo do conceito de política.
Em oposição a essa noção da atividade como constituinte da vida em sociedade, há o predo-
mínio da ideia de política como atividade estritamente institucional. Essa perspectiva esvazia
os sentidos coletivos da experiência social, associando de forma negativa, política e estado.
Para evitar a visão de política como algo apenas institucional, conforme sugere o texto, e abor-
dar o tema sem prescindir do conteúdo de História, o professor pode
a) focar algum grande personagem político do passado que o grupo admire, seja de esquerda
ou de direita, como Che Guevara ou Hitler, e pesquisar sua vida, seus princípios e suas ações.
b)promover um debate na escola, com candidatos a vereador da região, para que os alunos
entendam as diferentes formas de política.
c) motivar os alunos a fazerem entrevistas com ex-administradores públicos honestos e bem-
-sucedidos para que construam uma imagem positiva do Estado.
d)estimular a autocrítica e a reflexão individual de sua importância como sujeitos históricos a
partir do tema: “o que fariam e como agiriam se fossem políticos ou grandes dirigentes?”.
e) discutir com os alunos o conceito de participação política em uma perspectiva histórica, ex-
plorando, por exemplo, as nuances do conceito de democracia, na Grécia Antiga e na atualidade.

039. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Na obra


En- sino de História (Cengage Learning), o uso da literatura pelo professor de História, em suas
aulas, é admitido com ressalvas,
a)visto que os alunos atualmente, mal alfabetizados, não se encontram preparados para lidar
com obras literárias.
b) desaconselhado, uma vez que esse tipo de linguagem deve ser tratado, adequadamente,
pelos professores de Língua Portuguesa.
c)recomendado, pois parte-se do princípio que a História, por admitir muitas versões, não
passa de ficção.
d) estimulado à medida que a obra selecionada seja um épico ou tenha, como protagonistas
principais, personagens históricos.
e) considerado um recurso válido, uma vez que o professor, juntamente com os alunos, pode
identificar as especificidades históricas presentes na ficção.

040. (FCC/PREF. SÃO PAULO–SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E


MÉDIO– HISTÓRIA/2012) Considere a fotografia e o texto abaixo.

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Quem confunde uma foto com costumes de uma época pode cometer o engano de pensar
que pessoas fotografadas em estúdios no século XIX se vestiam diariamente com roupas
apertadas, bem passadas e aprumadas ou que as crianças não podiam sorrir e tinham de se
comportar como pequenos adultos. Ao lidar com essa fotografia em sala de aula, o professor
de História deve ter alguns cuidados, conforme alertado pelo texto, bem como observar alguns
princípios metodológicos e adotar certos procedimentos de análise, tais como
a)considerar o registro fotográfico como uma expressão da realidade, dos hábitos e costu- mes
de um povo, uma vez que os retratos, mesmo em estúdio, reproduzem o cotidiano da- quela
época.
b)investigar a técnica utilizada e analisar a foto como uma obra de arte por seu valor estético,
visto que seu caráter subjetivo é um obstáculo para sua utilização como documento histórico.

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c) expor os valores e as formas de sociabilidade vigentes entre os escravos negros, para que
os alunos compreendam o gestual espontâneo captado pela câmera.
d)levar em conta o público a que a foto se destina, pois, em se tratando do público europeu,
culto e exigente, não resta dúvida de que fotógrafo se empenhou em fazer uma obra fidedigna
e correta.
e)motivar os alunos a “lerem a imagem” observando o máximo de detalhes possível, compa-
rando com outras fotos do período, do mesmo autor, e formulando hipóteses interpretativas a
serem checadas por meio de pesquisa mais ampla.

041. (UNB/VESTIBULAR/1º DIA/2019)

Entre 1933 e 1945, 50 garotos de um orfanato no Rio de Janeiro foram escravizados na fazen-
da Cruzeiro do Sul, no interior de São Paulo. Os meninos nunca receberam salários e, por
vezes, eram submetidos a castigos corporais. Não tinham nomes, eram chamados por
números e viviam sob vigilância constante. O dono da fazenda, então conhecido como
simpatizante do nazismo, marcava com a suástica os tijolos de todas as suas construções, o
lombo do gado e a bandeira da propriedade. As histórias desses meninos apareceram em
vestígios deixados pela documentação da época, como o livro de registros do orfanato, as
fotografias, os tijolos encontrados nos escombros da fazenda e na memória de alguns de seus
sobreviventes, como o senhor Aloísio Silva. Chamado de menino “vinte e três”, hoje com oitenta
e nove anos de ida- de, ele ainda produz suas narrativas sobre aqueles dias terríveis. Alice
Melo. Entre a suástica e a palmatória. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.o
88, jan./2013, p. 16-8 (com adaptações).
Tendo o texto e as imagens precedentes como referências iniciais, julgue o seguinte item.
A partir de uma análise historiográfica baseada no texto e nas imagens apresentadas, não se
sustenta a afirmação de que o proprietário da fazenda Cruzeiro do Sul era um “simpatizante
do nazismo”.

042. (IF–TO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2019) Leia as reflexões a seguir sobre a His-


toriografia:

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Excerto I
Vale ressaltar o quanto é imprescindível distinguir a matéria-prima do trabalho dos historiado-
res (a fonte primária) do produto acabado ou semiacabado (fonte secundária e fonte terciária).
Neste viés, importa notar a diferença entre a fonte e o documento e o estudo das fontes docu-
mentais: a sua classificação, prioridade e tipologia (escritas, orais, arqueológicas); o seu trata-
mento (reunião, crítica, contraste), e manter o devido respeito a essas fontes, principalmente
com a sua citação fiel. A subjetividade é uma singularidade da ciência histórica.
Excerto II
A Historiografia é o equivalente a qualquer parte da produção historiográfica, ou seja: ao con-
junto dos escritos dos historiadores acerca de um tema ou período histórico específico. Por
exemplo, a frase: “é muito escassa a historiografia sobre a vida cotidiana no Japão na Era
Meiji” quer dizer que existem poucos livros escritos sobre esta questão, uma vez que até ao
momento ela não recebeu atenção por parte dos historiadores, e não porque esse objeto de
estudo seja pouco relevante ou porque haja poucas fontes documentais que proporcionem
documentação histórica para fazê-lo.
Após a leitura dos dois excertos, analise as afirmativas a seguir, assinale a que complementa
estes excertos iniciais com argumentos corretos sobre a reflexão do historiador frente à re-
flexão deste, em detrimento da objetividade, subjetividade e sua inter-relação com o mundo
científico e com a sociedade:
a)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque objetivo conduz à ne-
cessidade de superar a oposição entre a objetividade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e subjetividade (implicada nos interesses, ideolo-
gia e limitações do cientista), com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a
tarefa do historiador, como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do
restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade
como um todo.
b)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque subjetivo conduz à ne-
cessidade de superar a oposição entre a subjetividade (a de uma inexistente ciência “pura”) e
objetividade (implicada nos interesses, ideologia e limitações do cientista), com o conceito de
(trans)subjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador, como o de qualquer cien-
tista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os
demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
c)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque metafísico conduz à
necessidade de superar a oposição entre a materialidade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e imaterialidade (implicada nos interesses, ideologia e
limitações do cientista), com o conceito de interobjetividade, que imputa ao historiador o ofí- cio,
como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura
humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade como um todo.

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d)As digressões sobre as possibilidades ou impossibilidades de diversos enfoques objetivos


conduzem à necessidade de harmonizar a aparente oposição entre a objetividade e a subjeti-
vidade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador,
como sendo superior a qualquer outro cientista uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com
toda sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas.
e)As digressões sobre as possibilidades inerentes a diversos enfoques objetivos conduzem à
necessidade de compreender que há uma aparente oposição entre a objetividade e a subjetivi-
dade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa dos historiadores,
como sendo equânimes a qualquer outro cientista, uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda
sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas materiais e imateriais.

043. (IF–TO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2019) Sobre a História da História assinale a alter-


nativa correta:
a)Os primeiros Gregos, que se interessaram sobretudo sobre os mitos de criação (os logógra-
fos), já praticavam a recitação dos eventos. A sua narração podia apoiar-se em escritos, como
foi o caso de Hecateu de Mileto. Heródoto de Halicarnaso diferenciou-se deles pela sua vonta-
de de distinguir o verdadeiro do falso; por isso, realizou a sua “investigação” (etimologicamente
“História”). Uma geração mais tarde, com Tucídides, esta preocupação tornou-se crítica, com
base na confrontação de diferentes fontes orais e escritas. A sua “História da Guerra de Tróia”
pode ser vista como a primeira obra verdadeiramente historiográfica.
b)As civilizações asiáticas não alcançaram a escrita e a história. Em seu próprio ritmo, pela
compilação das suas fontes orais e sob a forma hereditária, passaram a construção coletiva de
memórias similares aos livros sagrados registrando assim os seus próprios anais e finalmente a
sua própria historiografia. Destaque para a China, que tem o seu Heródoto em Sima Qian e alcan-
çou uma definição clássica de história tipificada, oficial, que estabeleceu um padrão repetido su-
cessivamente pelos historiadores dos períodos seguintes, de vinte e cinco “histórias tipificadas”.
c)O surgimento da História é equivalente ao da escrita, mas a consciência de estudar o pas-
sado ou de deixar para o futuro um registro da memória é uma elaboração mais complexa do
que as anotações dos templos da Suméria. As estelas e relevos comemorativos de batalhas
na Mesopotâmia e no Egito já são algo mais aproximado.
d)O contato de Roma com o mundo Mediterrâneo, primeiro com Cartago, mas sobretudo com
a Grécia, o Egito e o Oriente, foi fundamental para ampliar a visão e utilidade do seu gênero
histórico. Os historiadores (quer romanos quer gregos) acompanharam os exércitos nas cam-
panhas militares, com o objetivo declarado de preservar a sua memória para a posteridade, de
recolher informações úteis e de justificar as suas ações. A língua culta, o idioma grego, não

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foi utilizado para este gênero tendo se optado pela língua coloquial, embora o Latim tem se
mostrado preponderante.
e) A historiografia medieval estagnou-se tendo em vista que esta foi elaborada por hagiógra-
fos, cronistas, membros do clero episcopal próximos ao poder, ou pelos monges. Escrevem-
-se genealogias, áridos anais, listas cronológicas de acontecimentos ocorridos nos reinados
dos seus soberanos (anais reais) ou da sucessão de abades (anais monásticos); “vidas” (bio-
grafias) de carácter edificante, como as dos santos Merovíngios, ou, mais tarde, dos reis da
França, e “histórias” que contam o nascimento de uma nação cristã, exaltam uma dinastia ou,
inversamente, fustigam os ignóbeis de uma perspectiva religiosa.

044. (UEL/2015) Leia o texto a seguir.


Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memória; portanto receio, inexatamente): “Em
todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve
antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época.
A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca. (Adaptado de: BLOCH,
M. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. p.56.)
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a escola historiográfica
que se posiciona sobre esse tema e a tese correspondente.
a) Escola Metódica – compreende a origem como o princípio dos estudos históricos.
b) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica.
c) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens.
d) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo.
e) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas.

045. O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.
Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota d’ água, é o
bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre
do que o que o mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo tem sobre ele, o
universo a ignora. (PASCAL, Blaise. Pensamentos, XI).
O texto do matemático e filósofo Pascal diz que o homem é nobre porque sabe que morre.
“Saber que se morre”, do ponto de vista da temporalidade humana, do tempo propriamente
histórico, quer dizer:
a) ser meramente animal, como todos os outros.
b) não ser consciente da morte, como é o universo.
c) ser inteligente é ser imortal.
d) ter consciência da própria finitude.
e) não conseguir dominar o universo.

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046. Muitos estudiosos de textos míticos e religiosos, como o romeno Mircea Eliade, assina-
lam que há uma diferença crucial entre o modo como a tradição clássica, greco-romana, e a
tradição judaico-cristã veem o tempo humano. Essa diferença consiste no fato de que, na cul-
tura clássica e na cultura judaico-cristã, prevalecerem, respectivamente, as concepções:
a) do tempo reencarnado e do eterno retorno.
b) do desenvolvimento linear e da eternidade cíclica.
c) do eterno retorno e do tempo cíclico.
d) do desenvolvimento linear e do eterno retorno.
e) do eterno retorno e do desenvolvimento linear.

047. Quando Napoleão Bonaparte estava no Egito, no fim da década de 1790, durante as guer-
ras revolucionárias, ele disse aos seus soldados, apontando com o braço às Pirâmides do Vale
de Gizé: “Vejam, homens, 40 séculos vos observam”. Considerando que há um antigo provér-
bio egípcio que diz “Os homens temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”, é correto
dizer que:
a) a frase de Napoleão faz referência à engenhosidade dos engenheiros egípcios.
b)a frase de Napoleão faz referência não à resistência da materialidade física das Pirâmides,
mas às várias gerações humanas que elas representam.
c) a frase de Napoleão ressalta o medo que os franceses tinham do Vale de Gizé.
d) a frase de Napoleão faz referência ao observatório astronômico da Pirâmide de Quéops.
e) a frase de Napoleão não tem sentido histórico algum.

048. Leia o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta:


No século XIX não é mais o poder despótico dos reis que tem que ser derrubado, é essa nova
instância onipotente, a força da necessidade histórica, que se levanta para determinar o curso
dos acontecimentos. Contrariando a ideia humanista da Iluminação que postulava o poder
glorioso da razão humana, o que anuncia a filosofia de Hegel é um novo Absoluto: do Bon
Plaisir do rei ao Ukase inelutável da lei histórica – um processo imanente e irrevogável que os
novos profetas procuraram interpretar e predizer como autênticos sacerdotes do mistério
divino. (PENNA, José Oswaldo de Meira. O Espírito das Revoluções: da Revolução Gloriosa à
Revolução Liberal. Campinas, SP: Vide Editorial, 2016. p. 161).
Levando-se em consideração os principais acontecimentos que caracterizam o século XIX, é
possível dizer que Meira Penna em “derrubar a força da necessidade histórica” faz referência:
a) à concepção de tempo dos reis absolutistas, que pregavam a demolição dos privilégios
aristocráticos e clericais.
b)à concepção de tempo clássica, que vigorava nas antigas civilizações grega e romana e que
teve seu retorno no século XIX.
c)à concepção de tempo revolucionário, nascida com a Revolução Francesa e que se dissemi-
nou no século XIX.
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d)à concepção de tempo na Idade Média, na qual os sacerdotes esperavam pelo Juízo Final,
pelo fim dos tempos e pela reintegração do Homem com a Eternidade.
e) à concepção de tempo cíclico, herdada da cultura indiana pelos intelectuais europeus do
século XIX.

049. (FUNDATEC/PREFEITURA DE CANDELÁRIA–RS/PROFESSOR ANOS FINAIS–


HISTÓ- RIA/2021) A historiografia evidencia a configuração histórica periodicamente,
codificando os acontecimentos conforme a produção cultural, a relação do homem com o seu
meio. Sendo assim, ao surgirem os primeiros habitantes terrestres, existiu uma produção
cultural em que o homem fabricou instrumentos rústicos, com predomínio da elaboração de
utensílios; foi essa capacidade produtiva que diferenciou o homem dos demais animais, o que
só foi interrompido quando se deu início a chamada “revolução agrícola”. É correto afirmar que
esse recorte histó- rico se refere ao período:
a) Idade média.
b) Idade dos metais.
c) Paleolítico ou idade da pedra lascada.
d) Neolítico, nova idade da pedra.
e) Mesolítico ou pedra lascada.

050. (AEVSF/FACAPE/PREFEITURA DE PETROLINA–PE/PROFESSOR SUBSTITUTO


ENSI- NO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS–HISTÓRIA/2021) Quando pensamos em
conhecimento histórico, sempre esperamos nos deparar com formas diversas de pensar, de
questionar o pas- sado e o presente, de construir, de desvendar, de interpretar em um contínuo
movimento. Sobre as Competências específicas de História para o Ensino Fundamental é
INCORRETO dizer que:
a)É preciso compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e
processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais, sem se preocupar em problematizar os significados das lógicas de organização
cronológica.
b)É necessário identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e
povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
c)Precisa-se analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no
espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as
diferentes populações.
d) Tem-se que compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da
produção historiográfica.
e)Busca-se produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de
modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos
ou estratos sociais.
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051. (UFMT/HISTORIADOR/2021) A História Oral é amplamente utilizada pelas Ciências Hu-


manas, sendo caracterizada pela coleta de depoimentos com pessoas que testemunharam
conjunturas, processos, acontecimentos, modos de ser e de estar dentro de uma sociedade ou
instituição. Ela está dividida em três gêneros distintos. Quais são esses gêneros?
a) A história oral documental, a história oral positivista e a história oral do tempo presente.
b) A história oral demográfica, a história oral macroeconômica e a história oral técnico-social.
c) A tradição oral, a história de vida e a história temática.
d) A história oral historicista, a história oral ligada aos métodos multidisciplinares e a história
oral teleológica.

052. (UFMT/HISTORIADOR/2021) A pesquisa histórica, especialmente ao longo do século


XX, incorporou novas tipologias de fontes na construção do conhecimento histórico. Dentre tais
novidades documentais destacam-se aquelas compreendidas pela cultura material. Assi- nale a
alternativa que NÃO apresenta contribuição dos vestígios arqueológicos na investiga- ção
histórica.
a) Limitar as alternativas analíticas dos historiadores.
b) Permitir o acesso a segmentos sociais pouco visíveis nas fontes escritas.
c) Possibilitar esclarecer elementos presentes nas fontes narrativas.
d) Revelar diferentes aspectos das sociedades ágrafas.

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GABARITO
1. d 37. b
2. E 38. e
3. c 39. e
4. a 40. e
5. b 41. E
6. C 42. a
7. E 43. c
8. C 44. c
9. C 45. d
10. b 46. e
11. e 47. b
12. e 48. c
13. C 49. c
14. E 50. a
15. C 51. c
16. E 52. a
17. E
18. C
19. E
20. e
21. a
22. b
23. C
24. C
25. E
26. C
27. E
28. E
29. b
30. c
31. e
32. a
33. d
34. a
35. c
36. a
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GABARITO COMENTADO
011. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) O
tra- balho com documentos históricos de variada natureza em sala de aula pode trazer
resultados muito positivos para a formação do aluno, sobretudo porque esse tipo de atividade
a) permite ao aluno sentir‐se muito mais importante que o professor.
b) incentiva a memorização como elemento central do processo de aprendizagem.
c) elimina a natural compulsão de se extrair conclusões pessoais sobre o passado.
d) distancia o presente vivido pelo aluno do passado a que o documento se refere.
e) dá ao aluno a possibilidade de compreender como se produz o conhecimento histórico.

O trabalho com análise de fontes históricas, das mais variadas origens, possibilita o protago-
nismo do aluno na construção do conhecimento histórico, na prática de aplicação de metodo-
logias da ciência histórica.
Letra e.

012. O saber histórico escolar, na sua relação com o saber histórico, compreende, de modo
amplo, a delimitação de três conceitos fundamentais: o fato histórico, o sujeito histórico e o
tempo histórico. Levando em consideração a concepção progressista de ensino, assinale a
alternativa CORRETA:
a) Os fatos históricos são aqueles relacionados aos eventos políticos, às festas cívicas e às
ações de heróis nacionais.
b)A complexidade dos fatos e as perspectivas subjetivas das vivências pessoais impede que o
estudo do tempo histórico seja dimensionado.
c) Os sujeitos da história são os personagens que, no uso de suas capacidades extraordiná-
rias, desempenham ações individuais heroicas.
d)O tempo histórico diz respeito ao estudo do tempo cronológico (calendário e datas), reper-
cutindo uma compreensão factual da história.
e) O sujeito histórico, como agente de uma ação social individual ou coletiva, cria os sentidos
que resultam na produção dos valores políticos, culturais, éticos e estéticos de uma sociedade.

a) Errada. A concepção progressista da história é contrária ao positivismo. Portanto, os fatos


históricos não se limitam à descrição da alternativa.
b)Errada. A subjetividade das vivências permite, inclusive, a seleção de um recorte tempo-
ral síncrono.
c)Errada. Para a história progressista, a partir dos Annales, todo sujeito histórico é passível de
estudo e abordagem da historiografia.

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d) Errada. O tempo histórico, na concepção progressista da história, depende da seleção, do


recorte proposto e da temática selecionada, indo além do fato em si.
e)Correta. Todos são sujeitos históricos que, em suas ações cotidianas, nas relações com os
outros, nas escolhas diárias, implicam a construção de visões de mundo que, em grande medi-
da, é compartilhada pelos sujeitos históricos de seu tempo.
Letra e.

13.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Quando se fala em renascimento da história política a partir das décadas finais do século
passado, um nome se impõe entre os principais mentores dessa retomada: o do historiador
francês René Rémond.

René Rémond foi um historiador francês, especialista em economia política. Publicou diversas
obras de história, em especial sobre a História Contemporânea. Foi secretário-geral da Juven-
tude Estudantil Católica francesa, em 1943. Desde 1981, é presidente da Fundação Nacional
das Ciências Políticas.
Certo.

14.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
As inovações introduzidas na pesquisa e na forma de se escrever história praticamente fize-
ram desaparecer um gênero historiográfico muito comum no século XIX e na primeira metade
do século XX: as biografias.

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Dependendo do método selecionado, a narrativa é tomada como meio de construção do saber


histórico. Existem biografias históricas famosas como a de D. Pedro II, por exemplo, escrita por
Lilia Moritz Schwarcz.
Errado.

15.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
É provável que as circunstâncias que envolvem a civilização contemporânea expliquem o fato
de que, na atualidade, historiadores sejam chamados, crescentemente, a atuar nos mais diver-
sos meios de comunicação social, como rádio, televisão, jornais e revistas.

Veja o exemplo do historiador Marco Antônio Villa, que trabalhou em rádios e, pelo menos até
a data de publicação desta aula, é comentarista da TV Cultura.
Certo.

16.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2017) O desenvolvimento da historiogra-


fia mundial, fenômeno que o século XX consagrou, permite novos olhares sobre o passado
protagonizado pelas sociedades. No Brasil, multiplicam-se estudos que lançam luz sobre a tra-
jetória do País, da colônia aos dias atuais. Da independência, em 1822, passando pela implan-
tação da República, em 1889, ao cenário presente, a história brasileira é marcada por avanços
e recuos, enfrentando percalços e se mostrando ainda inconclusa em relação à construção da
cidadania. Relativamente à história contemporânea, da produção do conhecimento histórico a
alguns dos mais marcantes fatos ocorridos no Brasil e no mundo, julgue o item.
A renovação historiográfica no mundo contemporâneo distingue-se radicalmente do Positivis-
mo do século XIX por não reconhecer no fato, ou seja, no acontecimento, matéria-prima para a
produção do saber histórico, substituído por teorias totalizantes.

Querido(a), de fato, a renovação histórica contemporânea se distingue radicalmente do po-


sitivismo. Contudo, os representantes da Escola dos Annales ou do marxismo, por exemplo,
reconhecem, sim, que o fato histórico é matéria-prima para a produção do saber histórico. A

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diferença, entre tantas que poderiam ser aqui listadas, é no trato do fato histórico: enquanto a
história positivista (Leopold Von Ranke) se limita a sistematizar os fatos de forma linear, na
contemporaneidade os historiadores buscam a reflexão, ultrapassando o fato em si.
Errado.

17.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Os anos 1970 e 1980 assinalaram o declínio irreversível da denominada história cultural em
suas diversas manifestações, como o estudo das mentalidades.

Ao contrário, a história cultural ganha maior expressividade a partir dos anos de 1980.
Errado.

18.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018) O grande


medievalis- ta francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com
Lucien Febvre, ele foi um dos criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos
Anais (Annales). Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita
do conhecimento histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
Nas décadas que se seguiram imediatamente ao fim da Segunda Guerra Mundial, a história
econômica, fortemente influenciada pelo marxismo, atingiu o máximo de prestígio acadêmico.

Lembre-se de que a escola inglesa, de orientação marxista, começou a se destacar durante a


Segunda Guerra Mundial com o Grupo de Historiadores do Partido Comunista da Grã-Breta-
nha. Através da publicação da “Past & Present”, a partir de 1952, a história econômica alcança
enorme prestígio.
Certo.

19.(QUADRIX/SEDF/PROFESSOR SUBSTITUTO DE HISTÓRIA/2018)) O grande


medieva- lista francês Marc Bloch, autor do clássico Apologia da História ou o ofício do
historiador, inau- gurou a concepção de “história como problema”, em oposição a uma
historiografia positivista
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que se apoiava em fatos, datas, grandes nomes e heróis. Com Lucien Febvre, ele foi um dos
criadores da moderna historiografia conhecida como Escola dos Anais (Annales).
Relativamente às transformações pelas quais passou a produção e a escrita do conhecimento
histórico a partir das primeiras décadas do século XX, julgue o item seguinte.
A conhecida expressão “toda história é contemporânea” sepulta a ideia de ser o passado obje-
to de investigação por parte do historiador.

Na verdade, não sepulta essa ideia, e sim, traz uma mudança na forma de olhar o passado,
como objeto de investigação histórica, tomando a contemporaneidade como ponto de partida
para a análise do passado ou, ao contrário, tomando o passado para explicar o presente. Ou,
ainda, utilizando do tempo síncrono para comparar a contemporaneidade com outros períodos
da história.
Errado.

020. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) A


de- nominada Nova história, particularmente desenvolvida a partir de meados do século XX,
incor- porou novos objetivos, novos problemas e novas perspectivas ao “ofício do historiador”,
para usar a conhecida expressão de Marc Bloch. Entre os aspectos mais definidores dessa
Nova história, está o permanente diálogo entre a história e as demais ciências sociais. Nesse
senti- do, é correto afirmar que ela estimula
a) o abandono da interpretação.
b) a eliminação de qualquer subjetividade.
c) exclusivamente o estudo do presente.
d) a ênfase na ação dos grandes homens.
e) a desejável interdisciplinaridade.

Como vimos, a característica mais marcante da nova história é justamente a interdisci-


plinaridade.
Letra e.

021. (QUADRIX/PREFEITURA DE CRISTALINA-GO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) A


his- tória surgiu como ciência ao longo do século XIX. Contudo, foi no transcurso do século XX
que ela se aprimorou e incorporou avanços teóricos e metodológicos. Um marco desse
processo de transformação dos estudos históricos foi a criação, em 1929, de uma revista
francesa cuja influência se estendeu nas décadas seguintes, atingindo várias partes do mundo.
Nascia ali um movimento de renovação historiográfica conhecido como Escola

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a) dos Annales (Anais).


b) inglesa.
c) marxista.
d) positivista francesa.
e) dialética alemã.

A Escola dos Annales tem como marco a criação da “Revue des Annales” em 1929.
Letra a.

022. (IBFC/PREFEITURA DE VINHEDO–SP/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2018) Para o


histo- riador Marc Bloch o passado não é objeto de ciência. Sobre a concepção de história para
este autor, assinale a alternativa correta.
a) o conceito de história, enquanto ciência, é estático e por isso é diferente do seu objeto de
estudo que varia conforme o tempo
b) o objeto da história é o homem no tempo, ou melhor, os homens no tempo, sendo que o
próprio conceito de história varia no tempo
c)a compreensão das origens, ou seja, a explicação do mais próximo pelo mais distante deve
ser considerada como ponto de partida nos estudos históricos
d) os documentos históricos são rígidos e estáticos e, se bem protegidos, não sofrem altera-
ções por conta da ação do homem no tempo

O fato histórico continua sendo objeto de estudo primeiro da história. Contudo, tem-se em
conta que o fato histórico é produzido por sujeitos históricos, segundo Marc Bloch, e deve-se
entender que a história estuda o homem no tempo, ou, como destacado na alternativa, os ho-
mens no tempo.
Letra b.

023. (CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Ao longo do século XX, a afirmação de novos métodos ligados à história social e à história cul-
tural representou um grande desafio ao padrão tradicional do ensino de história, embasado lar-
gamente na memorização de datas, fatos e ações de grandes personagens do mundo político.

Aqui, a banca destaca a crítica que a história tradicional, positivista, recebe a partir do advento
dos Annales.
Certo.
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24.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
As múltiplas tensões existentes entre as noções de história e de memória não obstaculizam o
tratamento de temas ligados a tradições orais e às regionalidades nas aulas de história.

Lembre-se de que existem vários métodos historiográficos e sua seleção não impede o trata-
mento de regionalidades ou da história oral.
Certo.

25.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
A crítica às atividades pedagógicas ligadas à educação para os direitos humanos sustenta-se
com o argumento de que, para proteger uma sociedade de violações graves à dignidade das
pessoas, são suficientes uma boa escolarização e a disseminação de cultura geral

De fato, a educação e a disseminação cultural contribuem para “proteger uma sociedade de


violações graves à dignidade das pessoas”. Mas a educação não pode ser tomada como única
responsável por essa tarefa.
Errado.

26.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Nos diferentes níveis de ensino, o professor de história pode, especialmente em conjunto com
professores das áreas de ciências, biologia e geografia, ajudar a promover a consciência so-
cioambiental dos estudantes

A interdisciplinaridade é defendida pelos historiadores a partir da Nova História e está contem-


plada na BNCC.
Certo.

27.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.

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O preceito de que o professor deve relacionar o conteúdo das aulas de história a aspectos da
experiência cotidiana dos estudantes representa uma dificuldade para a abordagem de temas
religiosos.

Ao contrário, ela permite a reflexão acerca da condição do educando.


Errado.

28.(CESPE/CEBRASPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO–SE/PROFESSOR DE


EDUCA- ÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2019) Com relação à dinâmica historiográfica e a sua
influência no ensino da história, julgue os itens que se seguem.
Meios técnicos como a rede mundial de computadores, os serviços de compartilhamento e
difusão de conteúdos e os smartphones, contribuem para tornar dispensáveis as atividades ca-
racterísticas das aulas presenciais de história, uma vez que facilitam o acesso dos estudantes a
informações no espaço da sala de aula.

As aulas presenciais são importantes, inclusive, para que o professor aja como facilitador,
provocador, de modo que o aluno consiga fazer leituras racionais das informações que recebe
diariamente através da internet.
Errado.

29.(VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


documen- to foi definido tradicionalmente como um texto escrito à disposição do historiador.
Fustel de Coulanges afirmava que “a habilidade do historiador consiste em retirar dos
documentos o que contém e nada acrescentar… A leitura dos documentos de nada serviria se
fosse feita com ideias preconcebidas”. A partir deste pressuposto, dois procedimentos básicos
deveriam ser adotados, denominados, convencionalmente, de crítica externa e crítica interna.
(Pedro Paulo Funari. A Antiguidade Clássica, p. 15. Adaptado)
Acerca dos dois procedimentos básicos a que se refere o autor, é correto afirmar que a crítica
externa analisa
a)o contexto histórico a que o documento se refere e o seu significado para o período, enquan-
to a crítica interna procura identificar os sujeitos sociais envolvidos.
b) a materialidade do documento, a sua composição física, enquanto a crítica interna procura
observar se as informações do documento são verossímeis.
c)o sítio arqueológico ou o arquivo em que foi encontrado o documento, enquanto a crítica
interna procura situar o documento no tempo e no espaço.
d) a autoria do documento e, se possível, a biografia do autor, enquanto a crítica interna procura
observar a coerência e a coesão do texto do documento.

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e) o contexto socioeconômico de produção do documento, enquanto a crítica interna procura


observar quais são os conflitos sociais que o documento apresenta.

A crítica externa diz respeito à materialidade do documento (papel, fotografia, pintura, escultu-
ra…) enquanto a crítica interna verifica as informações contidas ou expressas nesse documento.
Letra b.

030. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


problema que eu gostaria de discutir aqui é aquele de se fazer uma narrativa densa o bastante,
para lidar não apenas com a sequência dos acontecimentos, mas também com as estruturas –
institui- ções, modos de pensar, etc. – e se elas atuam como um freio ou um acelerador para os
aconte- cimentos. (Peter Burke. A história dos acontecimentos e o renascimento da narrativa.
In: Peter Burke (Org.). A escrita da história, p. 339)
Para o autor, a necessidade de uma “narrativa densa” se justifica
a) pelo empobrecimento da escrita da história, hoje vinculada apenas às grandes estruturas.
b) pelo esforço de evitar a contaminação das narrativas pela história das estruturas.
c) pela tentativa de enriquecer e aprofundar a narrativa a partir da contribuição das estruturas.
d) pelo risco de que a história centrada na narrativa se limite a estabelecer verdades históricas.
e) pela possibilidade de provar a pouca utilidade das estruturas na reflexão histórica.

Burke não descarta a história escrita pela narrativa das estruturas, mas entende que é neces-
sário aprofundar a investigação, visando enriquecer o conhecimento produzido nesta análise.
Letra c.

031. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Há pelo


me- nos duas histórias: a da memória coletiva e a dos historiadores. A primeira é
essencialmente mítica, deformada, anacrônica, mas constitui o vivido desta relação nunca
acabada entre o presente e o passado. É desejável que a informação histórica, fornecida
pelos historiadores de ofício, vulgarizada pela escola (ou pelo menos deveria sê-lo) e os
massmedia, corrija esta história tradicional falseada. A história deve esclarecer a memória e
ajudá-la a retificar os seus erros. (Jacques Le Goff. História e Memória, p. 29. Adaptado)
Entre as características da memória coletiva, é possível identificar
a) a ausência de mitos de origem e de grandes personagens heroicos, pois a sua marca é a
produção coletiva da memória, o que leva ao reconhecimento das pequenas ações cotidianas
dos sujeitos anônimos na história.

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b)o esforço da busca pela verdade histórica, de forma a se afastar do senso comum e conferir
maior legitimidade às narrativas históricas gestadas em meio às lutas sociais e influenciadas
pelos interesses dos agentes privados.
c)a pequena importância da tradição oral e a predominância dos documentos escritos entre os
seus fundamentos, que permitem a essa memória sobreviver sem sofrer grandes transfor-
mações ao longo do tempo.
d)o cuidado extremo com a localização dos acontecimentos no tempo e no espaço, de forma a
conferir verossimilhança às narrativas, e a atenção aos métodos de pesquisa e investigação
histórica.
e)o apego a acontecimentos fundadores no contexto de um determinado grupo ou comuni-
dade e a simplificação da noção de tempo, fazendo apenas grandes diferenciações entre o
passado e o presente.

De acordo com Le Goff, a memória coletiva não é dotada da racionalidade científica da história
e, portanto, carece do conhecimento histórico para sua elucidação.
Letra e.

032. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Em


certas de suas características fundamentais, nossa paisagem rural, já o sabemos, data de
épocas extremamente remotas. Mas, para interpretar os raros documentos que nos permitem
penetrar nessa brumosa gênese, para formular corretamente os problemas, para até mesmo
fazer uma ideia deles, uma primeira condição teve que ser cumprida: observar, analisar a
paisagem de hoje. (Marc Bloch. Apologia da história ou o ofício de historiador, p. 67)
O trecho aborda uma questão central da pesquisa histórica. Trata-se
a)do reconhecimento das implicações do tempo presente na investigação do passado, a co-
meçar pelas influências na formulação da problemática da pesquisa.
b)da observação da cisão inevitável que existe entre o passado e o presente, de tal forma que
se torna impossível aproximar o estudo dos mortos ao dos vivos.
c)da dificuldade que os historiadores em geral têm de não serem anacrônicos e de não proje-
tarem os seus valores e princípios nas sociedades humanas do passado.
d) do esforço constante que deve fazer o historiador para elaborar os seus projetos de pesqui-
sa sem se deixar contaminar pelas questões suscitadas pelo presente.
e)da necessidade que tem o historiador de se colocar fora do tempo, desvinculando-se do
presente, para poder se debruçar sobre o passado.

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Se o homem é filho de seu tempo, isso implica em que ele seja influenciado pelas estruturas de
sua época. Nesse sentido, é por influência das necessidades do presente que é realizada a es-
colha metodológica e as questões que deverão ser abordadas no ofício da escrita da história.
Letra a.

033. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Há uma


per- gunta central na História que não pode ser evitada, no mínimo porque todos nós queremos
saber a resposta: como a humanidade passou do homem das cavernas para o astronauta, de
um tempo em que éramos assustados por tigres de dentes de sabre para um tempo em que
somos assustados por explosões nucleares – isto é, não assustados pelos perigos da nature-
za mas por aqueles que nós mesmos criamos? O que faz desta uma pergunta essencialmente
histórica é que os seres humanos, embora recentemente bem mais altos e pesados que nunca,
são biologicamente quase os mesmos que no início do registro histórico. (Eric Hobsbawm.
Sobre História, p. 42. Adaptado)
A “pergunta central” a que se refere o trecho está relacionada a um aspecto fundamental do
ofício do historiador. Trata-se da
a)procura por regras, modelos e padrões de comportamento, de maneira a reconhecer afinida-
des históricas e projetar o destino humano.
b)busca pela permanência, por aquilo que os diversos tipos de sociedades humanas têm em
comum, desconsiderando-se as mudanças.
c)escrita da evolução histórica da humanidade, de forma a antever o que acontecerá no futuro e
a preparar a humanidade para o porvir.
d) investigação dos padrões e mecanismos da mudança histórica e das transformações das
sociedades humanas.
e) elaboração de um modelo pré-determinado de desenvolvimento histórico que seja capaz de
explicar as diferentes sociedades humanas em diferentes contextos.

Essa questão é de interpretação. O trecho “como a humanidade passou do homem das ca-
vernas para o astronauta” revela a pergunta a que se refere o autor. O que se deve buscar é a
compreensão das mudanças e rupturas.
Letra d.

034. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) História


é uma das disciplinas mais afeitas a atividades com cinema. O chamado “filme histórico” é um
dos gêneros mais consagrados do cinema mundial. Geralmente, o filme histórico revela muito
mais sobre a sociedade contemporânea que o produziu do que sobre o passado nele encena-

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do e representado. (...) Este é um aspecto fundamental que o professor deve levar em conta
e remete a duas armadilhas no uso do cinema em sala de aula: o anacronismo e o efeito da
super-representação fílmica. (Marcos Napolitano. Como usar o cinema na sala de aula, p. 38)
As armadilhas citadas referem-se
a)às interpretações do passado que podem ser distorcidas pelos valores do presente e a quan-
do a narrativa de um filme histórico é vista como a própria verdade histórica.
b) à condição geral da produção cinematográfica, voltada ao lazer, o que não permite o seu uso
didático, e à recorrência de obras com assuntos de pouco interesse escolar.
c)à limitação temática dos filmes históricos incapazes de dialogar com as tensões do presen- te
e à linguagem complexa do cinema para os estudantes da escola básica.
d)à oferta quase exclusiva de filmes comerciais, que não trazem elementos para o debate es-
colar, e aos conceitos históricos recriados de forma estereotipada.
e) às análises históricas que desconsideram as lideranças políticas e aos roteiros cinemato-
gráficos que não são fiéis à verdade histórica oficialmente estabelecida.

O historiador deve ter o cuidado de entender que a obra fílmica pode estar distorcida a partir de
interpretações de seus produtores.
Letra a.

035. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) A


organização das disciplinas é uma das evidências que permitem refletir sobre as relações entre o
conheci- mento acadêmico e o escolar. Modificar o currículo do ensino fundamental e médio,
como quer as recentes propostas de ensino temático, implica mudanças no currículo de nível
superior. (Cir- ce Maria Fernandes Bittencourt. Ensino de História: fundamentos e métodos, p. 48-
49. Adaptado)
Acerca do saber histórico escolar, é correto afirmar que
a)as práticas de ensino nas escolas e nas universidades são similares, pois em ambas o pro-
fessor pretende apenas transmitir o saber produzido nas pesquisas.
b)tem os mesmos objetivos que as disciplinas acadêmicas, que visam formar um cidadão
comum não especializado, interessado apenas em situar-se no tempo.
c) tem um perfil próprio e características específicas, havendo uma articulação complexa entre
as disciplinas escolares e as disciplinas acadêmicas.
d)se trata de uma reprodução do conhecimento histórico produzido nas universidades, de for-
ma a adaptar o saber acadêmico para crianças e adolescentes.
e) tem total autonomia em relação ao ensino superior, pois são contextos radicalmente dife-
rentes que têm pouco contato entre si. conhecimentos específicos.

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Como vimos, o saber histórico escolar possui dinâmica própria. É o saber que se desenvolve
na escola envolvendo os materiais (livro didático, mapas…) e os sujeitos participantes do pro-
cesso de ensino/aprendizagem. O saber histórico produzido nas universidades influencia o
saber histórico escolar e vice-versa.
Letra c.

036. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) O


desenvol- vimento do capitalismo provoca transformações. Ao se expandir, o capitalismo
encontra espa- ços com peculiaridades sociais, políticas e culturais diante das quais precisa
adaptar-se para lograr sua implantação. Flexível, o capitalismo assume, por conseguinte,
colorações diversas sobre a superfície do planeta, conservando e/ou dando novos significados
a certos aspectos das diferentes culturas. (Marcos Lobato Martins. In: Carla Bassanezi Pinsky
(Org.). Novos te- mas nas aulas de História, p. 138)
O trecho apresentado ressalta a renovada importância da História
a) regional.
b) política.
c) institucional.
d) ambiental.
e) demográfica.

Questão interpretativa. O trecho “colorações diversas sobre a superfície do planeta” é a chave


para gabaritar a questão.
Letra a.

037. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Como


nin- guém é uma enciclopédia, a primeira coisa a fazer ao montarmos um curso é selecionar
conte- údos. O professor não deve ter dó de abandonar assuntos quando não conseguir uma
resposta satisfatória à questão do porquê: às vezes, mostra-se muito mais interessante “pular”
algumas páginas do livro didático ou da História (seja lá o que isso quer dizer…) e dedicar o
tempo (infe- lizmente cada vez mais curto) das aulas a temas como “a situação do índio no
Brasil colonial” (ao invés de capitanias hereditárias e “governadores-gerais”), “os movimentos
sociais que aju- daram a derrubar a ditadura militar no Brasil” (ao invés de lista de presidentes
da República e suas realizações), “os efeitos deletérios do nazismo” (ao invés de um histórico
detalhado das batalhas da Segunda Guerra Mundial). (Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky.
Por uma His- tória prazerosa e consequente. In: Leandro Karnal (Org.). História na sala de aula:
conceitos, práticas e propostas, p. 29)

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De acordo com o artigo do historiador Leandro Karnal, a prática de selecionar conteúdos


a) deve se remeter necessariamente a uma razão pragmática e utilitária, relacionada às fun-
ções do estudo do passado.
b)relaciona-se com o fato de que é impossível trabalhar com toda a história, exigindo do pro-
fessor o estabelecimento de alguns recortes.
c) requer dos professores que ressaltem os assuntos mais significativos, em geral ligados à
história política e institucional.
d)é perniciosa e prejudicial aos alunos, pois retira deles a possibilidade de conhecerem a to-
talidade da História.
e)não pode prescindir da organização cronológica e sequencial dos acontecimentos, que per-
mite aos alunos se situarem no tempo.

Mais uma questão de interpretação. O início do texto já indica a necessidade de recortes:


“Como ninguém é uma enciclopédia, a primeira coisa a fazer ao montarmos um curso é sele-
cionar conteúdos.”
Letra b.

038. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Leia o


tex- to a seguir.
Talvez o maior desafio na escola seja retomar o sentido mais amplo do conceito de política.
Em oposição a essa noção da atividade como constituinte da vida em sociedade, há o predo-
mínio da ideia de política como atividade estritamente institucional. Essa perspectiva esvazia
os sentidos coletivos da experiência social, associando de forma negativa, política e estado.
Para evitar a visão de política como algo apenas institucional, conforme sugere o texto, e abor-
dar o tema sem prescindir do conteúdo de História, o professor pode
a) focar algum grande personagem político do passado que o grupo admire, seja de esquerda
ou de direita, como Che Guevara ou Hitler, e pesquisar sua vida, seus princípios e suas ações.
b)promover um debate na escola, com candidatos a vereador da região, para que os alunos
entendam as diferentes formas de política.
c) motivar os alunos a fazerem entrevistas com ex-administradores públicos honestos e bem-
-sucedidos para que construam uma imagem positiva do Estado.
d)estimular a autocrítica e a reflexão individual de sua importância como sujeitos históricos a
partir do tema: “o que fariam e como agiriam se fossem políticos ou grandes dirigentes?”.
e) discutir com os alunos o conceito de participação política em uma perspectiva histórica, ex-
plorando, por exemplo, as nuances do conceito de democracia, na Grécia Antiga e na atualidade.

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A alternativa que indica a possibilidade de trabalho com a história temática, com a sincronia em
história.
Letra e.

039. (VUNESP/PREF. RIBEIRÃO PRETO–SP/PROFESSOR III–HISTÓRIA/2013) Na obra


En- sino de História (Cengage Learning), o uso da literatura pelo professor de História, em suas
aulas, é admitido com ressalvas,
a)visto que os alunos atualmente, mal alfabetizados, não se encontram preparados para lidar
com obras literárias.
b) desaconselhado, uma vez que esse tipo de linguagem deve ser tratado, adequadamente,
pelos professores de Língua Portuguesa.
c)recomendado, pois parte-se do princípio que a História, por admitir muitas versões, não
passa de ficção.
d) estimulado à medida que a obra selecionada seja um épico ou tenha, como protagonistas
principais, personagens históricos.
e) considerado um recurso válido, uma vez que o professor, juntamente com os alunos, pode
identificar as especificidades históricas presentes na ficção.

Ainda que os alunos tenham dificuldades de alfabetização, a utilização de obras literárias é


considerada válida, pois o professor pode e deve agir como facilitador, auxiliando o aluno na
construção do conhecimento e interpretação da obra.
Letra e.

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040. (FCC/PREF. SÃO PAULO–SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E


MÉDIO– HISTÓRIA/2012) Considere a fotografia e o texto abaixo.

Quem confunde uma foto com costumes de uma época pode cometer o engano de pensar
que pessoas fotografadas em estúdios no século XIX se vestiam diariamente com roupas
apertadas, bem passadas e aprumadas ou que as crianças não podiam sorrir e tinham de se
comportar como pequenos adultos. Ao lidar com essa fotografia em sala de aula, o professor
de História deve ter alguns cuidados, conforme alertado pelo texto, bem como observar alguns
princípios metodológicos e adotar certos procedimentos de análise, tais como
a)considerar o registro fotográfico como uma expressão da realidade, dos hábitos e costu- mes
de um povo, uma vez que os retratos, mesmo em estúdio, reproduzem o cotidiano da- quela
época.
b)investigar a técnica utilizada e analisar a foto como uma obra de arte por seu valor estético,
visto que seu caráter subjetivo é um obstáculo para sua utilização como documento histórico.
c) expor os valores e as formas de sociabilidade vigentes entre os escravos negros, para que
os alunos compreendam o gestual espontâneo captado pela câmera.
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d)levar em conta o público a que a foto se destina, pois, em se tratando do público europeu,
culto e exigente, não resta dúvida de que fotógrafo se empenhou em fazer uma obra fidedigna
e correta.
e)motivar os alunos a “lerem a imagem” observando o máximo de detalhes possível, compa-
rando com outras fotos do período, do mesmo autor, e formulando hipóteses interpretativas a
serem checadas por meio de pesquisa mais ampla.

Há de se ter cuidado no trato de fontes como a fotografia, pois os sujeitos retratados podem ter
usado roupas diferentes das que usam diariamente, por exemplo. Daí a necessidade de “ler a
imagem” e confrontá-la com outras informações.
Letra e.

041. (UNB/VESTIBULAR/1º DIA/2019)

Entre 1933 e 1945, 50 garotos de um orfanato no Rio de Janeiro foram escravizados na fazenda
Cruzeiro do Sul, no interior de São Paulo. Os meninos nunca receberam salários e, por vezes, eram
submetidos a castigos corporais. Não tinham nomes, eram chamados por números e viviam sob
vigilância constante. O dono da fazenda, então conhecido como simpatizante do nazismo, mar-
cava com a suástica os tijolos de todas as suas construções, o lombo do gado e a bandeira da
propriedade. As histórias desses meninos apareceram em vestígios deixados pela documenta-
ção da época, como o livro de registros do orfanato, as fotografias, os tijolos encontrados nos es-
combros da fazenda e na memória de alguns de seus sobreviventes, como o senhor Aloísio Silva.
Chamado de menino “vinte e três”, hoje com oitenta e nove anos de idade, ele ainda produz suas
narrativas sobre aqueles dias terríveis. Alice Melo. Entre a suástica e a palmatória. In: Revista de
História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.o 88, jan./2013, p. 16-8 (com adaptações).
Tendo o texto e as imagens precedentes como referências iniciais, julgue o seguinte item.
A partir de uma análise historiográfica baseada no texto e nas imagens apresentadas, não se
sustenta a afirmação de que o proprietário da fazenda Cruzeiro do Sul era um “simpatizante do
nazismo”.

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Essa é pra gabaritar. Ora, se existem suásticas moldadas nos tijolos, obviamente, havia a “sim-
patia” do dono da fazenda pelo nazismo.
Errado.

042. (IF–TO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2019) Leia as reflexões a seguir sobre a His-


toriografia:
Excerto I
Vale ressaltar o quanto é imprescindível distinguir a matéria-prima do trabalho dos historiado-
res (a fonte primária) do produto acabado ou semiacabado (fonte secundária e fonte terciária).
Neste viés, importa notar a diferença entre a fonte e o documento e o estudo das fontes docu-
mentais: a sua classificação, prioridade e tipologia (escritas, orais, arqueológicas); o seu trata-
mento (reunião, crítica, contraste), e manter o devido respeito a essas fontes, principalmente
com a sua citação fiel. A subjetividade é uma singularidade da ciência histórica.
Excerto II
A Historiografia é o equivalente a qualquer parte da produção historiográfica, ou seja: ao con-
junto dos escritos dos historiadores acerca de um tema ou período histórico específico. Por
exemplo, a frase: “é muito escassa a historiografia sobre a vida cotidiana no Japão na Era
Meiji” quer dizer que existem poucos livros escritos sobre esta questão, uma vez que até ao
momento ela não recebeu atenção por parte dos historiadores, e não porque esse objeto de
estudo seja pouco relevante ou porque haja poucas fontes documentais que proporcionem
documentação histórica para fazê-lo.
Após a leitura dos dois excertos, analise as afirmativas a seguir, assinale a que complementa
estes excertos iniciais com argumentos corretos sobre a reflexão do historiador frente à re-
flexão deste, em detrimento da objetividade, subjetividade e sua inter-relação com o mundo
científico e com a sociedade:
a)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque objetivo conduz à neces-
sidade de superar a oposição entre a objetividade (a de uma inexistente ciência “pura”, que não
seja contaminada pelo cientista) e subjetividade (implicada nos interesses, ideologia e limita-
ções do cientista), com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa do
historiador, como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do restante da
cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
b)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque subjetivo conduz à ne-
cessidade de superar a oposição entre a subjetividade (a de uma inexistente ciência “pura”) e
objetividade (implicada nos interesses, ideologia e limitações do cientista), com o conceito de
(trans)subjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador, como o de qualquer cien-

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tista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os
demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
c)A reflexão sobre a possibilidade ou impossibilidade de um enfoque metafísico conduz à
necessidade de superar a oposição entre a materialidade (a de uma inexistente ciência “pura”,
que não seja contaminada pelo cientista) e imaterialidade (implicada nos interesses, ideologia e
limitações do cientista), com o conceito de interobjetividade, que imputa ao historiador o ofí- cio,
como o de qualquer cientista, como um produtor social, inseparável do restante da cultura
humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda sociedade como um todo.
d)As digressões sobre as possibilidades ou impossibilidades de diversos enfoques objetivos
conduzem à necessidade de harmonizar a aparente oposição entre a objetividade e a subjeti-
vidade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa do historiador,
como sendo superior a qualquer outro cientista uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com
toda sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas.
e)As digressões sobre as possibilidades inerentes a diversos enfoques objetivos conduzem à
necessidade de compreender que há uma aparente oposição entre a objetividade e a subjetivi-
dade, com o conceito de intersubjetividade, que obriga a considerar a tarefa dos historiadores,
como sendo equânimes a qualquer outro cientista, uma vez que este como um produtor social,
inseparável do restante da cultura humana, em diálogo com os demais historiadores e com toda
sociedade como um todo, produz ciência a partir de fontes históricas materiais e imateriais.

Filho de seu tempo, o historiador escreve a história de acordo com a subjetividade que in-
ternalizou.
Letra a.

043. (IF–TO/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2019) Sobre a História da História assinale a alter-


nativa correta:
a)Os primeiros Gregos, que se interessaram sobretudo sobre os mitos de criação (os logógra-
fos), já praticavam a recitação dos eventos. A sua narração podia apoiar-se em escritos, como
foi o caso de Hecateu de Mileto. Heródoto de Halicarnaso diferenciou-se deles pela sua vonta-
de de distinguir o verdadeiro do falso; por isso, realizou a sua “investigação” (etimologicamente
“História”). Uma geração mais tarde, com Tucídides, esta preocupação tornou-se crítica, com
base na confrontação de diferentes fontes orais e escritas. A sua “História da Guerra de Tróia”
pode ser vista como a primeira obra verdadeiramente historiográfica.
b)As civilizações asiáticas não alcançaram a escrita e a história. Em seu próprio ritmo, pela
compilação das suas fontes orais e sob a forma hereditária, passaram a construção coletiva de
memórias similares aos livros sagrados registrando assim os seus próprios anais e final- mente
a sua própria historiografia. Destaque para a China, que tem o seu Heródoto em Sima

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Qian e alcançou uma definição clássica de história tipificada, oficial, que estabeleceu um pa-
drão repetido sucessivamente pelos historiadores dos períodos seguintes, de vinte e cinco
“histórias tipificadas”.
c)O surgimento da História é equivalente ao da escrita, mas a consciência de estudar o pas-
sado ou de deixar para o futuro um registro da memória é uma elaboração mais complexa do
que as anotações dos templos da Suméria. As estelas e relevos comemorativos de batalhas
na Mesopotâmia e no Egito já são algo mais aproximado.
d)O contato de Roma com o mundo Mediterrâneo, primeiro com Cartago, mas sobretudo com
a Grécia, o Egito e o Oriente, foi fundamental para ampliar a visão e utilidade do seu gênero
histórico. Os historiadores (quer romanos quer gregos) acompanharam os exércitos nas cam-
panhas militares, com o objetivo declarado de preservar a sua memória para a posteridade, de
recolher informações úteis e de justificar as suas ações. A língua culta, o idioma grego, não foi
utilizado para este gênero tendo se optado pela língua coloquial, embora o Latim tem se
mostrado preponderante.
e)A historiografia medieval estagnou-se tendo em vista que esta foi elaborada por hagiógra- fos,
cronistas, membros do clero episcopal próximos ao poder, ou pelos monges. Escrevem-
-se genealogias, áridos anais, listas cronológicas de acontecimentos ocorridos nos reinados
dos seus soberanos (anais reais) ou da sucessão de abades (anais monásticos); “vidas” (bio-
grafias) de carácter edificante, como as dos santos Merovíngios, ou, mais tarde, dos reis da
França, e “histórias” que contam o nascimento de uma nação cristã, exaltam uma dinastia ou,
inversamente, fustigam os ignóbeis de uma perspectiva religiosa.

Os registros na suméria apontados no texto se limitavam ao apontamento de temas religiosos,


que eram tomados como significativos por essa civilização. Contudo, os registros objetivando
legar uma história para as gerações futuras ocorre no Egito e na Mesopotâmia. Já a história
escrita de maneira sistematizada, só viria a surgir com Heródoto.
Letra c.

044. (UEL/2015) Leia o texto a seguir.


Foi Renan, acho, quem escreveu um dia (cito de memória; portanto receio, inexatamente): “Em
todas as coisas humanas, as origens em primeiro lugar são dignas de estudo”. E Saint-Beuve
antes dele: “Espio e observo com curiosidade aquilo que começa”. A ideia é bem de sua época.
A palavra origens também. Mas a palavra é preocupante, pois equívoca. (Adaptado de: BLOCH,
M. Apologia da História ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. p.56.)
Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a escola historiográfica
que se posiciona sobre esse tema e a tese correspondente.
a) Escola Metódica – compreende a origem como o princípio dos estudos históricos.
b) Escola Marxista – considera os estudos culturais como fundamento da crítica.

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c) Escola dos Annales – considera mitologia a busca pelas origens.


d) Escola Idealista – concebe a história como a realização humana no tempo.
e) Escola de Frankfurt – formula a ideia da invenção das tradições históricas.

A posição de Bloch, um dos autores fundadores da Escola dos Annales, implica em reconhecer
que, para o objeto da história buscar as suas formas ou formulações iniciais, estabelece uma
série de mitologias que tendem a obscurecer o processo histórico.
Letra c.

045. O homem não passa de um caniço, o mais fraco da natureza, mas é um caniço pensante.
Não é preciso que o universo inteiro se arme para esmagá-lo. Um vapor, uma gota d’ água, é o
bastante para matá-lo. Mas, quando o universo o esmagasse, o homem seria ainda mais nobre
do que o que o mata, porque sabe que morre; e a vantagem que o universo tem sobre ele, o
universo a ignora. (PASCAL, Blaise. Pensamentos, XI).
O texto do matemático e filósofo Pascal diz que o homem é nobre porque sabe que morre.
“Saber que se morre”, do ponto de vista da temporalidade humana, do tempo propriamente
histórico, quer dizer:
a) ser meramente animal, como todos os outros.
b) não ser consciente da morte, como é o universo.
c) ser inteligente é ser imortal.
d) ter consciência da própria finitude.
e) não conseguir dominar o universo.

Saber-se mortal, segundo Pascal, é ser mais nobre que todo o universo. Assim, Pascal reafirma
a compreensão mais profunda que se pode ter daquilo que vem a ser o tempo histórico. Ser um
ente histórico é saber ter consciência da própria finitude, da própria morte. Por isso, o homem
produz cultura. Ao contrário dos outros animais (que não sabem que morrem), o homem preci-
sou e ainda precisa desenvolver sistemas simbólicos que deem sentido à sua existência finita.
Letra d.

046. Muitos estudiosos de textos míticos e religiosos, como o romeno Mircea Eliade, assina-
lam que há uma diferença crucial entre o modo como a tradição clássica, greco-romana, e a
tradição judaico-cristã veem o tempo humano. Essa diferença consiste no fato de que, na cul-
tura clássica e na cultura judaico-cristã, prevalecerem, respectivamente, as concepções:
a) do tempo reencarnado e do eterno retorno.
b) do desenvolvimento linear e da eternidade cíclica.
c) do eterno retorno e do tempo cíclico.

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d) do desenvolvimento linear e do eterno retorno.


e) do eterno retorno e do desenvolvimento linear.

A concepção greco-romana de tempo é a do eterno retorno, ou cíclica, isto é, o tempo não era
encarado como algo progressivo, que pudesse culminar em um fim último, que seria a reali-
zação integral do destino humano na Terra. Os homens, portanto, estavam presos, em vida e
depois da morte, a uma forma de tempo que retorna incessantemente sob novas formas. Para
a tradição judaico-cristã, ao contrário, o tempo é um desenvolvimento linear, que tem um co-
meço (Gênesis) e terá um fim último (o Juízo, O Reino da Glória). O tempo, então, seria
apenas uma forma de passagem terrena da alma imortal em direção ao contato com o Eterno.
Letra e.

047. Quando Napoleão Bonaparte estava no Egito, no fim da década de 1790, durante as guer-
ras revolucionárias, ele disse aos seus soldados, apontando com o braço às Pirâmides do Vale
de Gizé: “Vejam, homens, 40 séculos vos observam”. Considerando que há um antigo provér-
bio egípcio que diz “Os homens temem o tempo, mas o tempo teme as pirâmides”, é correto
dizer que:
a) a frase de Napoleão faz referência à engenhosidade dos engenheiros egípcios.
b)a frase de Napoleão faz referência não à resistência da materialidade física das Pirâmides,
mas às várias gerações humanas que elas representam.
c) a frase de Napoleão ressalta o medo que os franceses tinham do Vale de Gizé.
d) a frase de Napoleão faz referência ao observatório astronômico da Pirâmide de Quéops.
e) a frase de Napoleão não tem sentido histórico algum.

Napoleão não faz referência aos “40 séculos” apenas para ressaltar meramente o tempo cro-
nológico natural, mas, sim, para dizer aos seus soldados que, ao lutarem naquela região, 40
séculos de tradição humana, representada pelas resistentes pirâmides, estariam observando
e testemunhado os feitos históricos que eles próprios, os franceses, estavam realizando no
Egito, no início do século XIX.
Letra b.

048. Leia o texto e, a seguir, assinale a alternativa correta:


No século XIX não é mais o poder despótico dos reis que tem que ser derrubado, é essa nova
instância onipotente, a força da necessidade histórica, que se levanta para determinar o curso
dos acontecimentos. Contrariando a ideia humanista da Iluminação que postulava o poder
glorioso da razão humana, o que anuncia a filosofia de Hegel é um novo Absoluto: do Bon
Plaisir do rei ao Ukase inelutável da lei histórica – um processo imanente e irrevogável que

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os novos profetas procuraram interpretar e predizer como autênticos sacerdotes do mistério


divino. (PENNA, José Oswaldo de Meira. O Espírito das Revoluções: da Revolução Gloriosa à
Revolução Liberal. Campinas, SP: Vide Editorial, 2016. p. 161).
Levando-se em consideração os principais acontecimentos que caracterizam o século XIX, é
possível dizer que Meira Penna em “derrubar a força da necessidade histórica” faz referência:
a) à concepção de tempo dos reis absolutistas, que pregavam a demolição dos privilégios
aristocráticos e clericais.
b)à concepção de tempo clássica, que vigorava nas antigas civilizações grega e romana e que
teve seu retorno no século XIX.
c)à concepção de tempo revolucionário, nascida com a Revolução Francesa e que se dissemi-
nou no século XIX.
d)à concepção de tempo na Idade Média, na qual os sacerdotes esperavam pelo Juízo Final,
pelo fim dos tempos e pela reintegração do Homem com a Eternidade.
e) à concepção de tempo cíclico, herdada da cultura indiana pelos intelectuais europeus do
século XIX.

O texto faz referência à concepção de tempo histórico nascida com a Revolução Francesa, so-
bretudo com os jacobinos, como Robespierre, que pregava a “aceleração do tempo histórico”
por meio da revolução. Essa é uma concepção de que a história pode ser moldada, de que o
futuro pode ser construído. Essa visão do tempo histórico, positivista, dominou as ideologias
políticas do século XIX e a primeira metade do século XX.
Letra c.

049. (FUNDATEC/PREFEITURA DE CANDELÁRIA–RS/PROFESSOR ANOS FINAIS–


HISTÓ- RIA/2021) A historiografia evidencia a configuração histórica periodicamente,
codificando os acontecimentos conforme a produção cultural, a relação do homem com o seu
meio. Sendo assim, ao surgirem os primeiros habitantes terrestres, existiu uma produção
cultural em que o homem fabricou instrumentos rústicos, com predomínio da elaboração de
utensílios; foi essa capacidade produtiva que diferenciou o homem dos demais animais, o que
só foi interrompido quando se deu início a chamada “revolução agrícola”. É correto afirmar que
esse recorte histó- rico se refere ao período:
a) Idade média.
b) Idade dos metais.
c) Paleolítico ou idade da pedra lascada.
d) Neolítico, nova idade da pedra.
e) Mesolítico ou pedra lascada.

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Essa também é pra gabaritar. No Paleolítico, os homens eram nômades, caçadores e coleto-
res. Com a descoberta da agricultura, o homem abandona o nomadismo e se torna sedentário,
produtor de seu alimento.
Letra c.

050. (AEVSF/FACAPE/PREFEITURA DE PETROLINA–PE/PROFESSOR SUBSTITUTO


ENSI- NO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS–HISTÓRIA/2021) Quando pensamos em
conhecimento histórico, sempre esperamos nos deparar com formas diversas de pensar, de
questionar o pas- sado e o presente, de construir, de desvendar, de interpretar em um contínuo
movimento. Sobre as Competências específicas de História para o Ensino Fundamental é
INCORRETO dizer que:
a)É preciso compreender a historicidade no tempo e no espaço, relacionando acontecimentos e
processos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e
culturais, sem se preocupar em problematizar os significados das lógicas de organização
cronológica.
b)É necessário identificar interpretações que expressem visões de diferentes sujeitos, culturas e
povos com relação a um mesmo contexto histórico, e posicionar-se criticamente com base em
princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
c)Precisa-se analisar e compreender o movimento de populações e mercadorias no tempo e no
espaço e seus significados históricos, levando em conta o respeito e a solidariedade com as
diferentes populações.
d) Tem-se que compreender e problematizar os conceitos e procedimentos norteadores da
produção historiográfica.
e)Busca-se produzir, avaliar e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de
modo crítico, ético e responsável, compreendendo seus significados para os diferentes grupos
ou estratos sociais.

O que invalida a alternativa é o trecho “sem se preocupar em problematizar os significados das


lógicas de organização cronológica.”
Letra a.

051. (UFMT/HISTORIADOR/2021) A História Oral é amplamente utilizada pelas Ciências Hu-


manas, sendo caracterizada pela coleta de depoimentos com pessoas que testemunharam
conjunturas, processos, acontecimentos, modos de ser e de estar dentro de uma sociedade ou
instituição. Ela está dividida em três gêneros distintos. Quais são esses gêneros?
a) A história oral documental, a história oral positivista e a história oral do tempo presente.
b) A história oral demográfica, a história oral macroeconômica e a história oral técnico-social.
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c) A tradição oral, a história de vida e a história temática.


d) A história oral historicista, a história oral ligada aos métodos multidisciplinares e a história
oral teleológica.

A Tradição Oral caracteriza-se pelo testemunho transmitido oralmente de uma geração para
outra. Já a História Oral não pode ser confundida com História de Vida. Esta última é um relato
autobiográfico, em que a escrita está ausente, e, portanto, não pode ser chamada de autobio-
grafia. História Oral Temática, em geral, é feita com um grupo de indivíduos em torno de um
determinado evento ou movimento vivido por todos.
Letra c.

052. (UFMT/HISTORIADOR/2021) A pesquisa histórica, especialmente ao longo do século


XX, incorporou novas tipologias de fontes na construção do conhecimento histórico. Dentre tais
novidades documentais destacam-se aquelas compreendidas pela cultura material. Assi- nale a
alternativa que NÃO apresenta contribuição dos vestígios arqueológicos na investiga- ção
histórica.
a) Limitar as alternativas analíticas dos historiadores.
b) Permitir o acesso a segmentos sociais pouco visíveis nas fontes escritas.
c) Possibilitar esclarecer elementos presentes nas fontes narrativas.
d) Revelar diferentes aspectos das sociedades ágrafas.

Ora, se abre o leque de fontes para análise, também se abre um leque de possibilidades de
alternativas analíticas.
Letra a.

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