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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
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Para tanto, é fundamental que se estabeleça estratégias e uma cultura que
contemple a chamada Comunicação Não-Violenta, conceito que tem sido amplamente
divulgado em muitas empresas em aulas, capacitações e treinamentos diversos,
constituindo um ingrediente para que atritos, às vezes inevitáveis, não alcancem
proporções em que o trabalho intervencionista do administrador, seja tardio em sua
eficácia.
A motivação, palavra que na sua etimologia possui relação com o termo motor ou
movimento, é um dos elementos imprescindíveis para a existência humana. Tudo o que
se faz, é feito por causa de um fato de estimulação, que por sua vez mantém o quadro
iniciado por meio de esforços, persistências, pensando sempre em um resultado ou o que
se entende por recompensa. Mesmo que haja fatores externos à motivação, concebe-se
que ela é, antes de tudo, um estado de espírito, que está conectado a uma decisão
humana em empreender tal feito. Como pontuou Chiavenato (2005, p.242):
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dos elementos importantes para a continuidade das empresas, como lucratividade e
expansão de público-consumidor, um lugar de prioridade dentro das muitas preocupações
dos líderes de equipes, pois para que as organizações funcionem, é vital que a força
humana que a instiga, ou seja, os colaboradores estejam se sentindo valorizados e felizes
no ambiente em que trabalham, acrescenta o autor a seguir, o conhecimento da
disposição das pessoas a fazerem conforme se sentem motivadas, atravessou um campo
específico de estudos e alcançou outros, no caso a área gerencial:
● Efetivo insuficiente;
O último ponto apresenta uma particularidade e deve ser analisada, pois confirma a
percepção de que as repartições públicas, de modo igual às corporações privadas, não
podem prescindir dos elementos de humanização do ambiente, carecendo de políticas
administrativas que reconheçam os servidores como seres emocionais, afetivos e
reativos, e que a desmotivação pode sobrevir independentemente de serem ou não bem
remunerados, pois há pontos constituintes no processo de motivação que vão além da
própria questão do salário ou de quaisquer gratificações. Voltando a analisar a motivação
em um panorama geral, é interessante verificar que ela pode se relacionar com os
impactos do trabalho sobre a vida pessoal. Em outras palavras, a forma como o trabalho
supre positivamente o senso de importância existencial, coopera fundamentalmente para
o empenho das atividades, como bem pontuou Bergamini (1998), ao afirmar as duas
dimensões da realização humana, quando as pessoas podem se sentir motivadas desde
que realizem tarefas e concentrem seus esforços realizando algo que irá satisfazê-las
tanto pessoalmente como dentro do ambiente em que vive.
Considerando a importância e a qualidade dos relacionamentos como elemento
motivador para o trabalho, é possível associá-lo à teoria criada por Frederick Herzberg
(1999), intitulada de Teoria de dois fatores, a saber: fatores extrínsecos ou higiênicos e
fatores intrínsecos ou motivacionais. Esses dois fatores, segundo estudiosos como
Vergara (2000), buscam identificar quais os acontecimentos no ambiente de trabalho, em
uma escala de tempo, foram propícios para deixarem os funcionários de uma empresa
felizes e esse conceito, o de felicidade, cumpre uma importância indissociável de todas as
outras variáveis que constituem os elementos impulsionadores do sucesso do
empreendimento. Ainda dentro do que o estudioso citado afirma, podemos localizar nos
chamados ‘’Fatores Higiênicos’’ algo que alude ao lugar elementar que ocupa a existência
e qualidade dos relacionamentos interpessoais, além dos quesitos como remuneração
justa e adequada à realização pessoal, subsídios e gratificações, está o clima de relações
entre a empresa e as pessoas que nela trabalham. É uma questão de verticalidade -
qualidade das relações do empregado com seu superior, se há respeito e não medo ou
constrangimento, se o superior é compreendido como alguém que estará pronto para
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auxiliar e, sobretudo, oferecer conhecimentos e instrumentalizações para o
aperfeiçoamento do trabalho e de horizontalidade - o relacionamento dos funcionários,
uns com os outros, sem animosidades, atitudes desonestas ou que visem o seu mal-
estar. Vale considerar que, de acordo com as pesquisas de Frederick Herzberg, quando
esses fatores higiênicos, incluída a área dos relacionamentos, se encontram em níveis
satisfatórios, eles evitam os surgimentos de problemas como absenteísmo, faltas no
trabalho e falta de envolvimento. É venturoso ao trabalhador passar horas do seu dia ao
lado de outros profissionais que buscam, por meio de atitudes gentis, alegres e humanas,
condicionar o ambiente a uma leveza emocional, contribuindo para o atenuar de conflitos
em momentos comuns de desafios por metas ou diante de problemas que comprometam
a rentabilidade da organização. Porém, quando esses fatores higiênicos estão em níveis
muito baixos ou precários, eles provocam a insatisfação dos empregados, ocasionando
toda sorte de atitudes ou expressões que trazem danos e pesos ao fluxo dos trabalhos
(VERGARA, 2000) e nisto, essas tensões oferecem um cenário preparado para a
manifestação de atritos, inimizades e rompimento de afetividades. Podemos depreender,
pelos estudos, que o tipo de relação existente entre o gestor e colaborador e bem como, o
colaborador com seus colegas, pode influenciar a produtividade no ambiente de trabalho,
desmotivando-o da mesma forma que quando há a ausência ou a negação de benefícios
e gratificações. Considerando que o termo Relacionamentos Interpessoais ocupa um
lugar nos estudos sobre motivação na ambiência laboral, podemos atentar para a seu
lugar na engrenagem que envolve o sistema de crescimento organizacional. Segundo
Chiavenato (2010), não existe atuação profissional que prescinde dos relacionamentos,
algo que se dá mediante interações, para que os objetivos corporativos sejam
alcançados. Portanto, o fator vínculo é algo que não pode ser encarado com
mediocridade, onde há respeito às diferenças e convivências saudáveis, há, certamente,
motivação dos integrantes para valorizar o pertencimento no setor e assumirem os alvos
da organização com total propriedade. Podemos ver que a saúde tanto emocional,
psíquica como a física, possui entrelaçamentos com a vida relacional, como aponta
Gomes, 2017 apud Czajkowiskp (2020, p.43), onde destaca que “saber relacionar-se bem
com as pessoas é essencial para ter uma vida de qualidade”. Quando um ambiente é
marcado por rivalidades, indiferenças ou superficialidades, haverá um decréscimo na
satisfação laboral, como menciona Minicucci (1992, p.219) em que diz que “todo homem é
normalmente social, deseja o convívio, forma amizades, torna-se infeliz quando isolado
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por muito tempo.” Não podemos desconsiderar a existência de casos isolados de
insatisfação, onde o colaborador apresenta um quadro de desmotivação, por conseguinte,
improdutividade. Geralmente, entende-se que a causa tem sua raiz na incapacidade dos
gestores em promover ambiente favorável para as relações profissionais ou em casos
mais específicos, quando os funcionários encontram dificuldades para separar os conflitos
pessoais das necessidades profissionais, impactando a sua atuação profissional.
A comunicação ocupa uma posição chave no estabelecimento de uma cultura
harmônica entre todos os coordenadores e funcionários, sendo distinguida por Kunsch
(2016), como um dos fatores mais determinantes e influenciadores do relacionamento
interpessoal. Para que houvesse um padrão humano e respeitoso para as diversas
mensagens, respostas, admoestações e troca de informações no círculo organizacional,
Rosemberg (2006), em seu livro Comunicação Não-Violenta, discorre sobre o termo
homônimo que é central no estabelecimento e na manutenção da pacificação das
empresas e, obviamente, na resolução dos conflitos. Esta forma de se comunicar, baseia-
se em estudos de habilidades de linguagem e comunicação que, conforme foram
observados em diferentes contextos, fortaleceram a capacidade humana nas interações,
mesmo em condições adversas. Para que haja sua implantação, como parte da cultura
organizacional, existem capacitações que oferecem técnicas em que são desenvolvidas
expressões de conciliação através das palavras proferidas, ações efetivadas com
honestidade e clareza, onde ambas as partes sejam alcançadas com compreensibilidade,
ao mesmo tempo que a doação ao interlocutor seja marcada por uma atenção respeitosa
e empática.
2.1 IDENTIFICANDO OS PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO NO
AMBIENTE CORPORATIVO
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inspiração no trabalho e no pior dos casos, assumindo um nível que, para terminá-lo,
exigirá do líder uma atitude retificadora nada agradável para ambas as partes. Portanto,
de maneira profilática, faz todo o sentido o investimento não apenas no que diz respeito à
formação técnica, mas de igual modo nas chamadas competências comportamentais.
Para tanto, será necessário ao responsável pela gerência de setores ou de uma
organização, o conhecimento das competências comportamentais, conhecidas como soft
skills, no sentido de identificar possíveis áreas de atritos e apresentar, por meio de ações
práticas e interessantes, recursos para que os colaboradores se relacionem com mais
empatia e harmonia. É importante ressaltar que ao verificarmos estudos sobre essas
competências, encontramos o fator relacionamento nas primeiras colocações ou
listagens, importando no bom desempenho dos profissionais, como relaciona Lippman et
al (2015 apud BES, 2021):
1)Habilidades sociais;
2)Comunicação;
4)Autoconceito positivo;
5) Autocontrole.
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funcionário se sentirá ouvido e permitirá ao gestor compreender suas necessidades e
obviamente as do grupo inteiro. A partir do conjunto de informações que o gestor possui
em mãos, ele poderá desenvolver ações que ofereçam um suporte relacional à sua
equipe. Antes disso, ele precisa verificar possíveis pontos de animosidade ou ausência de
empatia entre os de sua equipe. Certos detalhes não podem passar despercebidos: todos
se cumprimentam? Há algum rompimento dialogal? Existe respeito às diferenças
pessoais? Há grupos fechados ou ensimesmados? Caso constate alguma desordem
relacional, poderá ele, de maneira descontraída, promover encontros em dias e horários
específicos da semana, para terem um momento de conversação e diálogo, com
temáticas livres ou orientadas. Obviamente, as ações pró-relacionais exigirão do gestor
uma flexibilização das rotinas laborais, ao inserir momentos de pausa nas atividades para
que os colegas de trabalho busquem um encontro com a vida humana que está no outro.
Nessas reuniões, poderão se trabalhar leituras de textos humanizantes ou que
despertem o olhar para uma espiritualidade que se foque na generosidade, no altruísmo e
no amor ao semelhante, como princípios urgentes em um mundo completamente veloz,
permitindo que, calmamente, cada um se conecte ao outro. Outra forma de contribuição
enriquecedora do aspecto empático dos colaboradores se dá ao desenvolverem o hábito
de se alimentarem juntos. Segundo relato do Ministério da Saúde (2021), comer em
conjunto facilita o entrosamento de grupos, aumenta o senso de pertencimento e contribui
para o bom desempenho de tarefas do trabalho. O momento em que o gestor se senta
para tomar um café, ao lado dos subordinados, é extremamente propício para suavizar as
cargas emocionais que o trabalho, às vezes dispendioso, ocasiona em suas rotinas de
trabalho. É preciso investir nos relacionamentos, como mesmo afirmou Moscovici (1997),
que aponta o caminho para tornar o local de trabalho um espaço de acolhimento e
cultivador de relacionamentos saudáveis, como nos leva a compreender a seguir: O
relacionamento entre as pessoas pode ser sim, de forma saudável, sem conflitos,
trabalhando de forma íntegra, em conjunto, nos relacionando e transmitindo boas
energias onde passamos a maior parte do nosso tempo para que se tenha uma crescente
e desempenho grupal de todas as partes. (MOSCOVICI, 1997, p.35)
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2.2.1 Como trabalhar a resolução de conflitos para a
manutenção das motivações dos colaboradores
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Assim, é necessário ao líder se pautar pelo bom senso e de imparcialidade
quando houver o contato entre as partes que se conflitaram. Se um conflito for bem
trabalhado e solucionado, sua influência pode desencadear em um potente fator
motivador de grandes mudanças na forma como os demais colegas se relacionam e
terá um efeito altamente positivo para que outras tensões não sejam alimentadas.
Em outras palavras, a resolução das queixas e conflitos poderão favorecer o
amadurecimento da organização, claro, se o administrador ou líder, buscar a
resolução visando a pacificação das partes. Interessante que, para Knapik (2012, p.
82), há um papel dos gestores na administração de conflitos, o que os coloca como
responsáveis caso alguém reporte a situação e mesmo assim não receba a devida
intervenção. O gestor, ao tomar ciência de um conflito entre seus subordinados,
deverá se empenhar para erradicá-lo, tendo em vista transformá-lo em
oportunidades de aprendizagem organizacional e de instigação para novas
metodologias de trabalho, bem como em minimizar a probabilidade do aparecimento
de novas ocorrências.
O gestor precisa se posicionar como um mediador, buscando o nascimento
de um diálogo entre os que estão em rivalidade. Adiar o encontro de resolução
poderá contribuir para um aguçamento das tensões e ocasionará, entre os demais, o
surgimento de uma sensação de alheamento da administração no tocante a vida
harmônica da empresa. Tal postura de omissão afeta grandemente as motivações
dos colaboradores. O caminho mais apropriado reside na conversa que o gestor terá
com os colaboradores em desavença, chamando-os para apresentarem suas razões
e justificativas. Em muitos casos, devido a intensidade com que foram apresentadas,
o gestor deverá acompanhar o andamento do processo de pacificação, caso a
reunião tenha atingido seu propósito. Essa observação não poderá ser superficial ou
ocasional, mas constante e cada conflito solucionado pelo diálogo deverá dar ao
gestor novas ferramentas para o estabelecimento de uma cultura humana no local
de trabalho. Mesmo sabendo que a ação pacificadora pode ser eficaz e
consolidadora das motivações dos funcionários, Robbins (2009), acredita que não
há uma forma de gestão de conflito perfeita, cabendo ao gestor escolher qual a mais
adequada em cada caso.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O presente trabalho teve como objetivo analisar como os relacionamentos
interpessoais são importantes, ao lado de outros fatores, para o crescimento institucional
e corporativo. A questão da motivação, força que impele e que instiga o colaborador a
fazer suas atribuições com engajamento e comprometimento possui sua relação com a
cultura relacional do ambiente, portanto, o gestor não pode prescindir de cultivar a
harmonia, a empatia e os valores de humanização entre sua equipe. O colaborador que
passa parte de seu tempo em seu trabalho se sentirá satisfeito não apenas pela
remuneração justa, pelas condições materiais oferecidas, mas também, pelo clima de
solidariedade e empatia que exista entre seus colegas. Caso contrário, quando ocorrer
indiferença, preconceitos e quaisquer formas de desumanização a ele ou a um
determinado colaborador, sua produtividade será afetada e o espírito de equipe será
prejudicado, ocasionando desconfianças, maledicências e outras manifestações
comportamentais que em nada ajudam os setores a se tornarem melhores e agradáveis.
Os relacionamentos em uma corporação precisam ser saudáveis, respeitosos e inclusivos
e compete aos gestores implantar maneiras de colaboração mútua.
3 REFERÊNCIAS
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SILVA, Elaine Alves. GONÇALVES, Patricia Aparecida. Silva, Marinete
Miranda da. Santos Zenilde. Silva, Eliane Aparecida Rocha. GONÇALVES , Sueli
Silva da Mota. SILVA, Elias do Nascimento Silva GESTÃO DE PESSOAS:
MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO. Revista Científica Semana
Acadêmica. Fortaleza, ano MMXVI, Nº. 000092, 29/11/2016.
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