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RESUMO
Trata-se de um estudo de caso, cujo objetivo foi relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem frente a
identificação dos diagnósticos de enfermagem e elaboração dos cuidados de uma paciente com insuficiência venosa
crônica e erisipela. Para coleta de dados foi realizada uma consulta de Enfermagem realizada em um Hospital da rede
privada de Cascavel-PR, no dia 25 de setembro de 2019. Após a mesma foram identificados os diagnósticos possíveis
de enfermagem através do NANDA (North American Nursing Diagnosis Association), foi também definido planos para
melhorias no cuidado desta paciente, sendo traçado as intervenções de enfermagem, foi utilizado o NIC (Intervenções
de Enfermagem). Concluiu-se que a insuficiência venosa crônica é um grave problema de saúde pública, pouco
conhecida, na qual é um fator de risco para erisipela, incumbindo à equipe de enfermagem prestar assistência
humanizada de qualidade.
1. INTRODUÇÃO
A insuficiência venosa crônica (IVC) e a erisipela são doenças em que 80% dos casos,
ocorrem nos membros inferiores, as pernas. Entre os fatores de risco da IVC podemos destacar o
aumento da idade, o sexo feminino, a obesidade e o histórico familiar. Com o agravamento da
doença, tem-se complicação da erisipela, condição em que as pessoas com problemas circulatórios
nos membros inferiores e obesos diabéticos são as maiores vítimas, embora pessoas de todas as
idades estejam sujeitas a ela. A prevalência de insuficiência venosa crônica na população aumenta
com a idade. Na Europa, em adultos entre 30 e 70 anos de idade, 5 a 15% apresentam essa doença,
sendo que 1% apresenta úlcera varicosa. Já a erisipela, acomete predominantemente, os membros
inferiores de pacientes da terceira idade, cuja circulação venosa está debilitada. Porém, pode atingir
pessoas de qualquer idade e outras regiões da pele. Em suma, ela está relacionada a um fator
chamado “porta de entrada”, da úlcera venosa crônica, por meio desta porta de entrada, bactérias
penetram na pele, atingindo as camadas cutâneas inferiores e se espalhando facilmente com muita
velocidade. A principal bactéria envolvida é o Estreptococo beta-hemolítico do grupo A, porém,
1
Acadêmica do 4º período de Enfermagem – Centro Universitário Assis Guargacz. E-mail: debynorlok@hotmail.com
2
Acadêmico do 4º período de Enfermagem – Centro Universitário Assis Guargacz. E-mail:
fernandoteixeira1975@hotmail.com
3
Docente do Curso de Enfermagem – Centro Universitário Assis Gurgacz. Mestre em Enfermagem - UFPR E-mail:
andrea_monastier@hotmail.com
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A insuficiência venosa crônica (IVC) define-se por uma condição em que as válvulas não
funcionam corretamente, fazendo com que o sangue fique acumulado e exerça uma pressão nas
paredes das veias. Esse aumento da pressão e o baixo fluxo sanguíneo causam retenção de líquido
nos MMII, sendo assim, um dos principais sintomas é o aparecimento das veias elevadas e dilatadas
(varizes), assim como a dor, o cansaço, o peso nas pernas, sensação de queimaduras ou
formigamento, cãibras, prurido, vermelhidão local, edema. Se o edema for grave e persistente,
forma-se um tecido cicatricial que retém líquido nos tecidos. Por consequência, a panturrilha
aumenta de tamanho de modo permanente e endurece. Nesses casos, há maior probabilidade de que
se desenvolvam úlceras e de que estas cicatrizem menos facilmente. A IVC pode ser diagnosticada
com base em sua aparência e seus sintomas. (SATGER B, 2008)
Pacientes submetidos à insuficiência venosa crônica tem uma predisposição maior para
adquirir erisipela, definida como uma doença infecciosa aguda caracterizada por uma inflamação da
camada superficial da pele. Ela provoca feridas vermelhas, inflamadas e doloridas e se desenvolve
principalmente nas pernas, rosto ou braços. A erisipela é causada por uma bactéria, geralmente os
estreptococos, que entra em contato com a pele por meio de algum ferimento (furúnculo, frieira,
micose ou até picada de mosquito), dissemina-se pelos vasos linfáticos, atinge o tecido subcutâneo e
gorduroso, abrindo espaço para a infecção. Os sintomas da erisipela geralmente aparecem de forma
repentina e podem durar até oito dias. Na região afetada, inicialmente, a pele fica com um leve
edema, quente, vermelha e brilhosa. Com o tempo, passa para um edema local maior, deixando a
região dolorida e, em alguns casos, surgem na pele bolhas ou feridas, sinal da necrose dos tecidos.
(SATGER B, 2008)
3. METODOLOGIA
4. ANÁLISES E DISCUSSÕES
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
BERNARDES CHA; AUGUSTO JCA; LOPES LTC; CARDOSO KT; SANTOS JR; SANTOS
LM. Experiência clínica na avaliação de 284 casos de erisipela. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/abd/v77n5/v77n5a11.pdf. <Acesso em 31/09/2019>.
AYRES, JRCM. Cuidado e humanização das práticas de saúde. In: Deslandes SF, organizador.
Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. Rio de Janeiro: Editora
Fiocruz; 2006. p. 49-83.