Você está na página 1de 73

PROCEDIMENTO ESTÉTICO

INJETÁVEL PARA MICROVASOS


(PEIM)
Dr. Vinícius Vieira

Biomédico com habilitação em Patologia Clínica pela Universidade Feevale (2010),

Especialista em Patologia Clínica pela mesma instituição (2016), mestrado em Fisiologia

Humana pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2018), Especialista em

Biomedicina Estética pela Universidade Feevale (2019). Professor assistente na

Fasaúde em gestão em saúde. Coordenador e responsável técnico do Serviço de

Diagnósticos da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo. Organizadora e

ministrante de mentorias de capacitação em estética. Realiza atendimentos estéticos em

Porto Alegre.
Dra. Roberta Passos Palazzo

Biomédica com habilitação em Patologia Clínica pela Universidade Feevale (2007),

Mestrado em Medicina: Ciências Médicas pela Universidade Federal do Rio Grande do

Sul (2011), Especialista em Biomedicina Estética pela Associação Brasileira de

Biomedicina (2012) e Doutora em Ciências Biológicas: Farmacologia e Terapêutica pela

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2019). Professora assistente na Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Coordenadora do Curso de Pós-

graduação: Estética e Cosmética: Gestão e negócios (PUCRS). Organizadora e

ministrante de cursos de capacitação em estética desde 2014. Professora visitante em

cursos de pós-graduação em estética. Realiza atendimentos estéticos em Porto Alegre.


LEGISLAÇÃO
• Biomedicina – PEIM
Normativa Nº003/2015.
Telangiectasias e Microvasos = alterações
estéticas não patológicas.
Varizes tipo I - Classificação de Francischelli
Agente esclerosante Glicose 50% ou 75%.

• Farmácia – PEIM
Resolução 645 / 27.07.2017.
Agente esclerosante Glicose 50% ou 75%.
PROCEDIMENTO ESTÉTICO
INJETÁVEL PARA MICROVASOS
(PEIM)
INTRODUÇÃO
EPIDEMIOLOGIA
• As varizes constituem uma das doenças mais antigas de que se tem relato e,
atualmente, estão presentes, em média, em torno de 30 a 40% da população
brasileira.

• Alguns fatores de riscos são considerados, tais como ocupação, gravidez,


dieta, obesidade, hereditariedade e etnia, sendo as mulheres as mais
afetadas, numa razão de 4:1.

• Acredita-se que 70% das mulheres com idade acima de 40 anos apresentem
veias varicosas.
EPIDEMIOLOGIA
• Nos Estados Unidos, cerca de sete milhões de norte americanos
são acometidos pela Insuficiência Venosa Crônica (IVC), o
que corresponde de 70 a 90% de todas as úlceras de membros
inferiores, na população.

• No Brasil, a IVC ocupa a 14ª posição, no que se refere ao


afastamento laboral, podendo levar, até mesmo, à aposentadoria
precoce.
EPIDEMIOLOGIA

• Dados epidemiológicos apontam a prevalência de IVC em


35,5% da população, sendo que 1,5% é afetada pela úlcera
venosa;

• Mundial: em mulheres 1-73% e em homens 2-56%


(Lins EM, et al.,2012).
• Brasil: em mulheres 41,25 – 62,79% e em homens 13,97 –
37,9% (Lins EM, et al.,2012).
EPIDEMIOLOGIA
• Segundo pesquisas e estudos não há uma etiologia exata para o
agravamento das telangiectasias, costumeiramente, diz-se que a má
drenagem capilar da pele favorece o seu surgimento.

• Estima-se que 20% a 25% das mulheres adultas e 10% a 15% dos
homens apresentem veias varicosas.

• Os principais fatores de risco envolvidos em seu aparecimento são:


gênero, história familiar, obesidade, uso de contraceptivos hormonais
combinados, longos períodos de ortostatismo, número de gestações e
atividade profissional.
EPIDEMIOLOGIA
• Neves (2006) aponta que as doenças
venosas são doenças hereditárias que
está associadas a fatores
desencadeantes como gestações,
obesidade, sedentarismo e profissões que
implicam em tempo prolongado em
posição ereta (barbeiros, balconistas,
porteiros) ou que exigem grandes
esforços (estivadores, halterofilistas),
favorecem o surgimento de varizes.
EPIDEMIOLOGIA
• De acordo com Pierdoná (2015) desde a antiguidade encontra-se relatos em relação a
varizes dos membros inferiores documentados conforme papiro de Amenophis (1550
a.C). Na Grécia Antiga existem replicas oferecidas aos Deuses com varizes em
membros inferiores no intuito do alívio dos sintomas.

• Também há muito se escreve sobre o tratamento cirúrgico de varizes. Existem relatos


de que Hipócrates (460-377 a.C.) cauterizava varizes com ferro em brasa. Ele foi o
primeiro a notar a associação entre as veias varicosas e as úlceras na perna.
Hipócrates ainda cita em suas obras, várias vezes, as doenças venosas dos Membros
Inferiores.
EPIDEMIOLOGIA

Papiro de Ebers • ~1550 A.C.


Hipócrates • ~460 A.C.
(Antigo Egito) (Ilha de Cós)
• “dilatações • Pequenas
serpentiformes nos perfurações
membros nos vasos e
inferiores, enfaixamento
enroladas e dos membros
endurecidas, com inferiores.
nódulos como
cheias de ar”. • Cauterização
com ferro em
• Compressas frias brasa para
para minimização cicatrização
de dores. de veias.
EPIDEMIOLOGIA
Charles Gabriel Pravaz (França)

• ~1840.

• Tratamento de aneurisma arterial.

• Inventou a seringa e agulha (prata).

• Injeção de percloreto de ferro.

• Início da escleroterapia.
Referências
BEEBE-DIMMER, J. L., PFEIFER, J. R., ENGLE, J. S., et al. The epidemiology of chronic venous
insufficiency and varicose veins. Ann. Epidemiol., V. 15, P. 175-84, 2005.

SADICK, N. S. Predisposing factors of varicose and telangiectatic leg veins. J. Dermatol. Surg.
Oncol., v.18, p. 883-6, 1992.

CABRAL, A. L. S. Insuficiência venosa crônica de membros inferiores: prevalência, sintomas e


marcadores preditivos. 2000 (Doutorado em Angiologia e Cirurgia Vascular) – Escola Paulista de
Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2000, 140p.

GOLDMAN, M. P. Sclerotherapy treatment of varicose and spider leg veins. In: BERGAN, J.J.,
KISTNER, R.L. Atlas of Venous Surgery. 1.ed. Philadelphia,Pennsylvania, W.B.Saunders Company,
1992.

EVANS, C. J., FOWKES, F. G., RUCKLEY, C. V. , LEE, A. J. Prevalence of varicose veins and
chronic venous insufficiency in men and women in the general population: Edinburgh Vein Study.
J. Epidemiol. Community Health. V. 53, p. 149-53, 1999.
ANATOMIA
SISTEMA CIRCULATÓRIO
• Sistema fechado onde o sangue circula

continuamente;

• Transporte de oxigênio e inúmeros nutrientes;

• Remoção de substâncias;

• Relevante importância evolutiva.


SISTEMA CIRCULATÓRIO
VASOS DA MACROCIRCULAÇÃO X VASOS DA MICROCIRCULAÇÃO

•Coração: órgão bombeador de sangue;


•Artérias: vasos com sangue rico em nutrientes e oxigênio (sentido coração:
órgãos);
•Veias: vasos com sangue pobre em nutrientes e oxigênio (sentido órgãos: coração);
•Capilares: vasos sanguíneos delgados onde ocorre a maior parte das trocas
gasosas *Onde o PEIM atua.
ANATOMIA DO SISTEMA VENOSO
• Sistema Venoso Profundo:
Mais interno e entre tecido muscular; 90% do retorno venoso. Exemplo veias femorais e
poplíteas;

• Sistema Venoso Comunicante:


Comunicação profundo/superficial; Vasos “penetrantes” ou “perfurantes”; Papel relevante no
surgimento dos microvasos e varizes; - Atuação do PEIM

• Sistema Venoso Superficial:


Vasos de menor calibre e aparentes; Envoltos por tecido gorduroso;
Pouco retorno venoso. Exemplo: veia safena.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema Venoso Profundo: Mais interno e entre tecido muscular; 90%
do retorno venoso. Exemplo veias femorais e poplíteas.
SISTEMA CIRCULATÓRIO

VÁLVULAS: Estruturas anatômicas que permitem que o sangue vá das pernas para o coração,
mesmo contra a ação da gravidade. Permitem o sangue ir da veia superficial para a profunda
através da veia comunicante.
SISTEMA CIRCULATÓRIO

Sistema Venoso Comunicante:


Comunicação profundo/superficial;
Vasos “penetrantes” ou
“perfurantes”; Papel relevante no
surgimento dos microvasos e
varizes.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema Venoso Superficial: Vasos de menor calibre e aparentes;
Envoltos por tecido gorduroso; Pouco retorno venoso. Exemplo:
veia safena.
Referências

GUYTON, C. A., HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 14 ed. Elsevier, 2021.

AIRES, M.M. - Fisiologia. Ed. Guanabara Koogan. 4ª edição, Rio de Janeiro, 2017. -BARRETT,

BARMAN, BOITANO, BROOKS – Fisiologia Médica de Ganong. 24a ed. 2014.

BERNE e LEVY – Fisiologia - Tradução da 7ª Edição. Editores Bruce M. Koeppen e Bruce A. Stanton.
Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2018.

PORTH C.M., MATFIN G. Fisiopatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.


VARIZES
ETIOLOGIA
Alteração Multifatorial: Genética
• Prédisposição
genética

• Gestação
Varizes e Fatores
Hormonais
Microvasos
• Terapia hormonal

• Permanência na
Fatores mesma posição
Ambientais

• Sobrepeso
ETIOLOGIA
Deficiência nas
Problema nas Dilatação das Microva\sos e
veias
válvulas veias varizes
comunicantes

Estrutura de veias normais e


varizes
Válvula
deformada
Abertura aberta
normal da
válvula Fluxo
sanguíneo
Fluxo reverso
sanguíneo Veia dilatada
normal
Inflamação
Fechamento
normal das paredes finas
válvulas enfraquecidas
da veia
ETIOLOGIA
ETIOLOGIA

• Quando essas válvulas não funcionam bem, acontece uma


inversão no caminho do sangue.
• Passa a ser de cima para baixo: da veia profunda para a
superficial.
• Levar a um aumento de volume dentro da veia superficial.
• Dilatação das veias e aparecimento de varizes.
ETIOLOGIA
•Dor
•Edema
•Prurido
•Pigmentação
•Hipodermoesclerose DOENÇA PROGRESSIVA
•Úlceras
CLASSIFICAÇÃO

Telangiectasias Microvasos (microvarizes) Varizes

Veias dilatadas de fino Veias dilatadas de fino calibre Veias dilatadas e tortuosas de
calibre (de 0,1 a 1mm), (de 1 a 4mm), alteração calibre diverso (acima de
alteração estética. estética. 4mm). Perceptíveis ao toque.
Alteração estética e patológica.
CLASSIFICAÇÃO
Classificação Estética Funcional ou Classificação de Francischelli
• Classificação Amplamente Utilizada.
• Tipo 1 a 4.

Tipo 1 – IVIPE – Insuficiência Venosa de Importância Predominantemente


Estética
Caracterizado pela presença de telangiectasias e microvarizes;
Podemos caracterizar a telangiectasia de acordo com o seu formato:

Telangiectasia Telangiectasia Telangiectasia Telangiectasia


Linear Arborizada Aracniforme Papular
CLASSIFICAÇÃO
• Telangiectasia capilar: O calibre menor, elas são vermelho brilhante
não tendem a protuberância na superfície da pele (que são mais
resistentes ao tratamento).

• Telangiectasia venoso: alto calibre, são de cor azul escuro ou violeta e


tendem a protuberância na pele (respondem melhor ao tratamento).

• Presença de varizes pequenas que são as telangiectasias (vasinhos) e


veias reticulares (microvarizes).
CLASSIFICAÇÃO
• Estas veias estão frequentemente ligadas as telangiectasias.

• É muito frequente a associação de telangiectasias da face lateral da coxa, com


estas veias reticulares que se estendem para a região lateral do joelho e atinge
até a perna.

• Embora não seja um problema de saúde no curto prazo, ainda é uma doença a
longo prazo, porque alguns raros problemas podem acontecer, como
sangramentos.
CLASSIFICAÇÃO
• As telangiectasias (vasinhos) são as pequenas veias da pele, da espessura de um fio de
cabelo, avermelhadas ou um pouco maiores, azuladas, mas que estão na intimidade da
pele.

• Apresentam vários formatos, desde pequenos riscos, até grandes arborizações. Podem
estar presentes em todos os locais dos membros, atingindo, a coxa, a perna, o glúteo e
em alguns casos até a região das costas.

• As veias reticulares ( microvarizes), são maiores, e se apresentam como trajetos longos,


azulados, e estão sob a pele, mas a ela intimamente relacionadas.
CLASSIFICAÇÃO

Tipo 2 – IVIFE – Insuficiência Venosa Funcional e Estética com


Presença de Veias de Médio e Grande Calibre

• Já é uma doença que envolve alguns riscos e problemas para


o paciente, e por isso deve ser tratada por um médico vascular.

• É importante reconhecer estas duas condições: a


doença (funcional) e a aparência ( a estética). Ambas podem
ser tratadas.
CLASSIFICAÇÃO
Tipo 3 – IVFA – Insuficiência Venosa Funcional Assintomática

• Neste caso a doença está presente, mas sem sintomas acentuados.

• Em alguns casos, as varizes podem atingir grandes dimensões antes de


apresentar complicações.

Tipo 4 – IVFS – Insuficiência Venosa Funcional Sintomática

• Todas as situações onde se apresentem varizes com a presença de complicações


(tromboflebites, úlceras de perna, hiperpigmentação, eczema venoso, hemorragias, fibrose,
dermatite, infecções, dor e embolia pulmonar)Geralmente em pacientes onde o problema está
presente há longo tempo sem tratamento e que apresentam complicações.
CLASSIFICAÇÃO
Clinical manifestations, Etiologic factors, Anatomic distribution of disease, Pathophysiologic
findings (CEAP)

• Sistema definido por um comitê internacional no Fórum Venoso Americano em 1994


• C0 a C6
CLASSIFICAÇÃO
PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS
• Que aparecem influenciadas pela • Que aparecem por doenças adquiridas no
tendência hereditária; decorrer da vida e são de tratamento mais
• Responsáveis pelas antiestéticas linhas difícil;
vermelhas e azuis de diversos tamanhos • Dor, cansaço, peso nas pernas quando o
e pelas varizes de maior calibre; paciente fica em pé, edema venoso;
• Ardor plantar e incômodo ao ficar muito • Causa de sérios problemas, como:
tempo em pé; sangramentos, úlceras, infecções,
• Sintomas desaparecem quando o vermelhidão, manchas e espessamento da
paciente deita ou caminha. pele.
Referências
MERLO, I., OLIVEIRA, J. C. P., KIKUCHI, R. Varizes e telangiectasias III – flebologia estética na prática clínica. 1 ed.
Di Livros Editora, 2020.

ALDINGTON, S.; PRITCHARD, A.; PERRIN, K.; JAMES, K.; WIJESINGHE, M.; BEASLEY, R. Prolonged seated
immobility at work is a commom risk factor for venous thromboembolism leading to hospital admission. Internal
Medicine Journal, v.38, n.2, p.133-135, 2008.

ALLAERT, F. A.; CAZAUBON, M.; CAUSSE, C.; LECOMTE, Y.; URBINELLI, R. Venous disease and ergonomics of
female employment. International Angiology, v.24, n.3, p.265-271, 2005.

AMSLER, F.; BLATTLER, W. Compression therapy for occupational leg symptoms and chronic venous disorders -
a meta-analysis of randomised controlled trials. European Journal of Vascular and Endovascular Surgery, v.35, n.3,
p.366-372, 2008.

SILVERTHORN, DEE U. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 7ª edição. Ed.Artmed, 2017.

BEEBE, H. G., BERGAN, J. J., BERGGVIST, D., et al. Classification and grading of chronic venous disease in the
lower limbs. Aconsensus statement. Eur. J. Vasc. Endovasc. Surg. V. 12, p. 491-2, 1996.

KISTNER, R. L., EKLOF, B., MASUDA, E. M. Diagnosis of chronic venous disease of the lower extremities: the
“CEAP” classification. Mayo Clin Proc., v. 71, p. 338-45, 1996.
PROCEDIMENTO
ESTÉTICO
TRATAMENTO
O tratamento é dependente do quadro clínico:

Procedimentos Cirúrgicos - Médico!

Aplicação de Produtos Esclerosantes


• O esclerosante é toda substância química que, introduzida
em concentrações adequadas na luz vascular, deve ser capaz de
desencadear um processo que leva à obstrução da veia.

• Ação limitada regionalmente e controlada; Quimicamente estável; Fácil


uso; Fluido; Ativo eficaz; Atóxico; Hipoalergênico.
TRATAMENTO
MECANISMOS DOS AGENTES ESCLEROSANTES:

• Detergentes = polidocanol, oleato de etanolamina;


• Químicos = glicerina cromada;
• Osmóticos = glicose hipertônica (Kauch, Alemanha 1917).
TRATAMENTO
GLICOSE HIPERTÔINICA

Princípio do Procedimento:

Consiste na aplicação da glicose hipertônica diretamente dentro do microvaso. A


solução injetada desencadeará a fribrose do vaso pela irritação do endotélio devido
a desidratação, obstrução do fluxo sanguíneo (colabamento do microvaso),
reorganização e desaparecimento do microvaso. Com o fechamento desse vaso, o
sangue será conduzido por outro vaso mais saudável e melhorará o aspecto estético
do membro inferior.
TRATAMENTO
• Ação lenta e gradual (30 minutos a 5 dias).

• O sangue não entrará mais neste microvaso – evitando a formação de


talengectasia no mesmo vaso.

• Pode haver necessidade de reaplicação – de uma a seis vezes – para o


desaparecimento de cerca de 80 a 90% das lesões.

• Considerada mais suave e menos capaz de produzir grandes descamações


quando comparada aos agentes detergentes.

• Poucos efeitos alérgicos.


TRATAMENTO
• As terminações nervosas da parede adventicial e músculos subjacentes, se
estimulados pela injeção e atuação do líquido, desencadeiam dor, ardência local
e cãibras que normalmente são minimizados depois de 5 minutos.

• São mais lentas na destruição e consideradas mais leves e menos capazes de


produzir grandes descamações endoteliais e inflamações, quando comparadas
aos agentes detergentes.

• Eficácia de 54%.

• Tendem a depositar menos hemácias no endotélio, reduzindo a incidência da


pigmentação tecidual.
TRATAMENTO
MATERIAL NECESSÁRIO

• Algodão;
• Álcool 70% ou Clorexidina 0,2%;
• Máscara;
• Luva;
• Micropore (opcional);
• Descarpack;
• Agulha 30G e 18G;
• Seringa de 1, 3, 5 ou 10 ml;
• Glicose hipertônica de 50% ou 75%;
• Soro fiosiológico (opcional).
TRATAMENTO
ANAMNESE

• Quando surgiram as primeiras varizes?


• Qual é a sua profissão?
• Você fica muito tempo sentado ou em pé?
• Sente dor ou cansaço nas pernas?
• Sente muito frio nas mãos ou nos pés?
• Questionar sobre a realização de exames de sangue após o procedimento.
TRATAMENTO
ANAMNESE
• Reposição Hormonal / Anticoncepcionais;
• Gravidez;
• Antibióticos (risco de hiperpigmentação);
Minociclina - Degradação da hemossiderina;
Distúrbios no metabolismo de Ferro - Degradação da hemossiderina;
• Distúrbios de coagulação;
• Vasculite – inflamação nas paredes dos vasos;
• Diabetes;
• Exames prévios (ecodoppler).
TRATAMENTO
CONTRAINDICAÇÕES
• Longo período acamado.
• Trombose ou antecedentes de trombose venosa profunda.
• Insuficiência cardíaca e/ou renal descompensadas.
• Gestantes e lactantes.
• Estados infecciosos.
• Patologia oncológica ativa.
• DIABETES (estudos demonstram elevação significativa da glicemia pós escleroterapia).
TRATAMENTO
PEIM

• O produto deve ser injetado na luz do vaso sem que


haja a formação de pápulas.

• Bisel voltado para cima.

• Plano de aplicação de 20° a 30°.

• Leves sangramentos após a aplicação são normais.


TRATAMENTO
PEIM

• Local de realização: Consultório.


• Repouso: Não há.
• Tempo para procedimento: 10 a 30 minutos.
• Retorno para atividades domesticas: Imediato.
• Retorno para atividades profissionais: Imediato.
• Compressão: 12 horas.
• Sol: 15 dias.
• Retorno para atividade física: 24 horas.
• Hiperpigmentação: Ácido Tioglicólico, Ácido Glicólico, Hidroquinona.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
ORIENTAÇÕES PRÉ-PROCEDIMENTO

• Evitar ingerir bebidas alcoólicas antes do procedimento.

• Evitar realizar qualquer tipo de depilação até 4 dias antes do procedimento.

• Evitar banhos demasiadamente quentes imediatamente antes do procedimento.

• Trazer a meia de compressão.


TRATAMENTO
ORIENTAÇÕES PÓS-PROCEDIMENTO
• Retorno à Atividades Normais – Imediato.

• Retorno à Atividades Físicas – 48 horas.

• Cuidado Com o Sol – 30 dias.

• Em caso de hematoma: Hirudoid, trombofob, venalot.

• Meia de Compressão – uso de, no mínimo, 3 dias após procedimento.

• Evitar realizar procedimentos depilatórios por 7 dias após o procedimento.


TRATAMENTO
COMPLICAÇÕES

• Hipercromias (~45%).

• Recidivas.

• Não desaparecimento.

• Flebite.

• Trombose venosa profunda.


TRATAMENTO
HIPERPIGMENTAÇÃO

Sugestão 1 – Uso Tópico Sugestão 2 – Uso Oral O uso de acido tioglicólico para
• hiperpigmentação decorrente de
Ácido Retinoico 0,025%. • Bioblanc 80mg.
• Ácido Kójico 2%. oxidação da hemossiderina é
• Ácido Tranexâmico 50mg. excelente! (homecare 5%,
• TGP2 peptídeo 2%.
consultório 10%).
• Alpha Arbutin 1%. • 1 cápsula por dia (30 dias).
Associação com tranexâmico.
• Creme Hidratante – 20g.
TRATAMENTO
HIPERPIGMENTAÇÃO

Sugestão 3 – Peeling Químico Sugestão 4 – Peeling Químico


Fitzpatrick I, II e III Fitzpatrick IV, V e VI

• Sabonete Ácido Glicólico 10%. • Sabonete Ácido Mandélico 10%.


• Peeling Ácido Glicólico 50%. • Peeling Ácido Mandélico 50%.
+ Ácido Fítico 10%. + Ácido Fítico 10%.
TRATAMENTO

COMPLICAÇÕES (POR ERRO NA APLICAÇÃO)

• Injeção de volume excessivo do esclerosante.

• Injeção fora do microvaso (pápulas).

• Pressão exagerada na punção (inflamação perivascular extensa).


TRATAMENTO
PREVENÇÃO
• Meias de compressão elástica.

• Evitar excesso de peso.

• Fazer exercícios.

• Evitar anticoncepcionais hormonais.

• Evitar ficar muito tempo em pé ou sentado.


Referências
UNGHETUM, U. L. G. Escleroterapia de varizes de membros inferiores por retropunção usando
oleato de ethanolamina diluída em glicose hipertônica - análise de 12.560 casos. Anais do XII
Congresso Internacional de Medicina Estética; 2003.

PINTO-RIBEIRO, A. Varizes dos membros inferiores - 38 E. Escleroterapia de varizes. In: Maffei FH.
Doenças vasculares periféricas. Rio de Janeiro: MEDSI; 1987.

BEALE, R. J., GOUGH, M. J. Treatment options for primary varicose veins--a review. Eur. J. Vasc.
Endovasc. Surg., v. 30, p. 83-95, 2005.

RABE, E., PANNIER-FISCHER, F., GERLACH, H., et al. Guidelines for sclerotherapy of varicose
veins (ICD 10: I83.0, I83.1, I83.2, and I83,9). Dermatol. Surg., V. 30, P. 687-93, 2004.

CORREIA, M. E., OLIVEIRA, A. P. Complicações em escleroterapia. In: Pitta GBB, Castro AA, Burihan
E, editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ ECMAL; 2003. Disponível
em: http://www.lava.med.br/livro.

CAVALCANTI, J. S., OLIVEIRA, R. R., et al. Terapia alternativa para microvarizes e telangiectasias
com uso de agulha. J. Vasc. Bras., v. 6, p. 17-24, 2007.

Você também pode gostar