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Acordo Constitutivo da OMC
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COMÉRCIO INTERNACIONAL
Acordo Constitutivo da OMC
Thális Andrade
Sumário
Apresentação da Aula.. ..................................................................................................................................................4
Acordo Constitutivo da OMC. . ....................................................................................................................................5
1. Origem da OMC. . .............................................................................................................................................................5
2. Funções da OMC.. ..........................................................................................................................................................7
3. Estrutura da OMC..................................................................................................................................................... 10
4. Conferência Ministerial. . .........................................................................................................................................11
4.1. 1ª Sessão – Conferência Ministerial de Cingapura.............................................................................12
4.2. 2ª Sessão – Conferência Ministerial de Genebra. ...............................................................................13
4.3. 3ª Sessão – Conferência Ministerial de Seattle. .................................................................................13
4.4. 4ª Sessão – Conferência Ministerial de Doha......................................................................................14
4.5. 5ª Sessão – Conferência Ministerial de Cancún. .................................................................................15
4.6. 6ª Sessão – Conferência Ministerial de Hong Kong. .........................................................................16
4.7. 7ª Sessão – Conferência Ministerial de Genebra...............................................................................16
4.8. 8ª Sessão – Conferência Ministerial de Genebra. ...............................................................................17
4.9. 9ª Sessão – Conferência Ministerial de Bali..........................................................................................17
4.10. 10ª Sessão – Conferência Ministerial de Nairóbi.............................................................................18
4.11. 11ª Sessão – Conferência Ministerial de Buenos Aires. .................................................................21
4.12. 12ª Sessão – Conferência Ministerial de Nursultan........................................................................21
5. Conselho Geral........................................................................................................................................................... 24
5.1. Órgão de Revisão de Políticas Comerciais (ORPC).............................................................................25
5.2. Órgão de Solução de Controvérsias (OSC).............................................................................................26
6. Conselhos......................................................................................................................................................................32
7. Comitês...........................................................................................................................................................................32
8. Tomada de Decisões na OMC.............................................................................................................................33
9. Processo de Acessão.. ............................................................................................................................................37
10. Outros Aspectos Importantes da OMC......................................................................................................40
11. Panorama Geral dos Acordos Abrangidos pela OMC.........................................................................42
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Resumo................................................................................................................................................................................57
Questões de Concurso................................................................................................................................................58
Gabarito...............................................................................................................................................................................63
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................64
Referências........................................................................................................................................................................ 73
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Apresentação da Aula
Bem-vindo(a) a segunda etapa de nossa jornada. Na aula de hoje falaremos da Organização
Mundial de Comércio (OMC), bem como o acordo de Marraquexe que estabelece essa organi-
zação. Além disso, será abordada sua estrutura, destacando-se as Conferências Ministeriais,
dentre elas a Rodada de Doha prevista em nosso edital.
Mãos à obra então, porque há muito o que estudar.
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1. Origem da OMC
Quando falamos da reunião de Bretton Woods na última aula, vimos que houve um esfor-
ço entre os países aliados para se reconstruir os Sistema Econômico Multilateral, criando-se
o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e buscava-se uma Organização
Internacional do Comércio (OIC). No entanto, os EUA não concordaram com a aprovação da
organização comercial em 1947, pois vinham de uma grande recessão da década de 30 e
temiam perder espaço para o manejo de sua política comercial. No entanto, 23 Partes Contra-
tantes – inclundo os EUA – concordaram com a assinatura de um acordo provisório, chamado
Acordo Geral de Tarifas e Comércio de 19471.
Esse acordo teve 8 rodadas sucessivas – que veremos na próxima aula – e em cada uma
delas havia desgravação tarifária. Mas com o avanço das barreiras não tarifárias (BNTs), hou-
ve a necessidade de se criarem acordos que regulamentassem a aplicação dessas medidas,
razão pela qual começam a surgir acordos temáticos, como Valoração Aduaneira, Barreiras
Técnicas, etc.
Na última Rodada do Gatt (Rodada Uruguai) que ocorreu entre 1986-1994, os acordos
temáticos passaram a ser obrigatórios para todos os signatários, de modo que, naquela
sessão, assinavam o chamado Acordo de Marraquexe2. Este acordo estabelece finalmente a
OMC, uma organização que seria a instituição que não havia sido aceita no final da década
de 40. Portanto, a OMC não é agência vinculada à ONU, diferente do FMI e Banco Mundial.
Na ocasião de sua criação, os 123 membros (e não mais chamados de Partes Contratan-
tes) que se faziam presente na 8ª Rodada do GATT (Rodada Uruguai), autorizaram a criação
da mais importante organização internacional voltada ao comércio.
1
No inglês, General Agreement on Tariffs and Trade (GATT).
2
O Brasil internalizou os Resultados da Rodada Uruguai por meio do Decreto n. 1.355/1994.
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Segundo o preâmbulo descrito no Acordo Constitutivo da OMC (que é o acordo que institui
a organização, aborda suas funções, estrutura e finalidades), as Partes Contratantes atestam
os objetivos que pretendem alcançar por meio do sistema multilateral do comércio:
• Aumentar os padrões de vida;
• Assegurar o pleno emprego;
• Assegurar um grande e progressivo volume de crescimento de ingressos reais e da de-
manda efetiva; e;
• Expandir a produção do comércio em bens e serviços, enquanto permite o uso ótimo dos
recursos naturais em observância aos objetivos do desenvolvimento sustentável.
Reconhecendo que suas relações na esfera da atividade comercial e econômica devem tender a elevar
os níveis de vida, a alcançar o pleno emprego e um volume considerável e em constante aumento
de ingressos reais e demanda efetiva e a acrescentar a produção e o comércio de bens e serviços,
permitindo ao mesmo tempo a utilização ótima dos recursos mundiais em conformidade com o
objetivo de um desenvolvimento sustentável e procurando proteger e preservar o meio ambiente
e incrementar os meios para fazê-lo, de maneira compatível com suas respectivas necessidades
e interesses segundo os diferentes níveis de desenvolvimento econômico,
Reconhecendo ademais que é necessário realizar esforços positivos para que os países em de-
senvolvimento, e especialmente os menos desenvolvidos, obtenham uma parte do incremento do
comércio internacional que corresponda às necessidades de seu desenvolvimento econômico,
Desejosos em contribuir para o alcance desses objetivos mediante a celebração de acordos des-
tinados a obter, sobre a base da reciprocidade e de mútuas vantagens, a redução substancial das
tarifas aduaneiras e dos demais obstáculos ao comércio, assim como a eliminação do tratamento
discriminatório nas relações comerciais internacionais (…)
3
A categoria dos PMDR foi estabelecida pela Assembleia Geral da ONU em 1971 como um reconhecimento da comunidade
internacional de que medidas especiais de apoio eram necessárias para ajudar os menos desenvolvidos entre os países em
desenvolvimento.
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Esses objetivos da OMC não são completamente diferentes dos contidos no preâmbulo
do GATT/1947. Apesar das semelhantes intenções, muitos desses objetivos se relacionam
com liberalização do comércio e OMC. No entanto, é importante destacar que, por incrível que
pareça, a liberalização do comércio entre as partes contratantes não consta expressamente
como objetivo.
DICA!
a) Expansão da produção e comércio de bens e serviços levando
em consideração a extensão dos temas da OMC;
b) Aparece novas preocupações como a busca pelo desen-
volvimento sustentável, proteção e preservação do ambiente
e incremento dos meios de alcançar essa tarefa; (Importante:
OMC não possui acordo sobre meio ambiente, mas há apenas
alguns dispositivos que expressam essa preocupação como o
artigo XX do GATT).
c) A ideia de “desenvolvimento” como forma a ajudar os países
em desenvolvimento e especialmente os menos desenvolvidos a
participarem do comércio internacional, bem como tirar proveito
desse comércio, progredindo economicamente.
2. Funções da OMC
Seguindo em frente, para o alcance dos objetivos encampados pela OMC, emergem as
funções delineadas para a organização:
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Apesar de não constar do acordo constitutivo, o site da OMC destaca a função de treina-
mento dos países para usufruírem dos acordos que assinaram (building trade capacity). Sobre
a alínea “a”, cabe ainda mencionar que os acordos multilaterais são os de adesão obrigatória
para qualquer membro, enquanto os plurilaterais, somente para os países que quiserem aderir.
Como você pode perceber, a OMC é uma instituição que se traduz num fórum permanente
para negociações comerciais entre seus membros. Essas negociações podem já estar abran-
gidas por algum acordo multilateral ou simplesmente lançar para discussão um novo tema
que futuramente será disciplinado pelos acordos OMC.
Por exemplo, diplomatas e representantes da Autoridade de Defesa Comercial da Secex
vão à Genebra participar das reuniões no Comitê de Regras em Defesa Comercial. Isso por-
que existe um mandato negociador para que se tente avançar nesses temas, obrigando os
membros a negociarem periodicamente (ainda que não obtenham êxito).
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A OMC vai também ter comitês para administrar a implementação dos acordos por ela
negociados, recebendo questionamentos, apresentando soluções, enfim, auxiliando os mem-
bros a tirarem melhor proveito daquilo que fazem parte.
Além do mais, a OMC passa a ser um foro para solução de controvérsias entre seus
membros sobre qualquer aspecto dos acordos encampados pela OMC que esteja sendo des-
respeitado. Quando os seus membros não alcançarem uma solução mutuamente aceitável,
uma controvérsia pode ter início. No entanto, ela não fica ao livre arbítrio das partes, mas sim,
observa um rito procedimental previsto no Entendimento de Solução de Controvérsias (ESC),
Anexo 2 do Acordo OMC. Aliás, vocês devem lembrar das manchetes do ano de 2010 sobre
o caso dos subsídios ao algodão americano. O Brasil ganhou a questão e estava em fase im-
plementação da decisão, levando-a até o fim para fazer valer o direito conquistado pelo país4.
Além de dirimir as controvérsias entre os membros da OMC, o caráter permanente da
instituição também permite que a organização alcance transparência dos membros que a
integram na medida em que ela fiscaliza periodicamente as políticas comerciais mediante
argüição pelos seus parceiros comerciais, garantindo transparência nas restrições ao comér-
cio aplicadas.
Esse expediente foi acordado pelas partes contratantes por volta da metade da Rodada
Uruguai, numa mini-ministerial realizada em Montreal no ano de 1988 (Mid-Term Review), que
pretendia esboçar alguns acertos realizados até então em assuntos em que já existia claro
consenso. Esses acordos, então, poderiam, desde cedo colherem os resultados iniciais obti-
dos (Early Harvest), ainda que fosse sob uma base provisória.
Sobre o procedimento dessa monitoração ela ocorre por meio do envio de questionários
para cada um dos membros periodicamente, em que todos questionam determinados pro-
gramas e políticas adotados pelo membro que esta sendo sabatinado pelos seus pares. É o
famoso TPR (Trade Policy Review).
Ao final, a OMC divulga um relatório, compilando as informações apresentadas. Via de
regra, os países com maior peso no comércio internacional (“the Quad” – EUA, Japão, UE,
China) são questionados de 2 em 2 anos; os próximos 16 países em termos de participação
no comércio mundial (dentre os quais inclui o Brasil) são questionados de 4 em 4 anos; os
demais são questionados com periodicidade de 6 em 6 anos, podendo os países de menor
desenvolvimento relativo terem prazo ainda maior. Trata-se da implementação da ideia de
transparência que a OMC faz valer.
Por fim, cabe reiterar o princípio da coerência da OMC com outras organizações interna-
cionais como o FMI e Banco Mundial. Essa coerência é essencial na medida em que os mem-
bros da OMC observam, quando das suas negociações, o desenho de padrões regulatórios
em conjunto com as políticas econômicas. Isso não significa que a OMC fornecerá recursos
para os seus membros, a exemplo do que FMI e Banco Mundial fazem.
4
PROMIDIA, OMC autoriza Brasil a retaliar os EUA. 31.08.2009, Disponível em: https://youtu.be/g2krgptJfqU.
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Primeiro item está errado. OMC não tem vínculo com a ONU.
Segundo item está correto, pois ela administra acordos plurilaterais e multilaterais, este último,
obrigatório para todos os membros.
Terceiro item correto. É exatamente um dos dizeres do preâmbulo do Acordo de Marraquexe.
Letra d.
3. Estrutura da OMC
Estudados os seus objetivos e funções, fica fácil visualizar a estrutura da OMC arquiteta-
da para atender a esses propósitos. Os membros da OMC estabeleceram uma estrutura de
trabalho de modo a monitorar a implementação dos acordos abarcados pela organização.
Para nossa prova, essa estrutura pode ser assim resumida:
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Conferência Ministerial
Conselho Geral (exerce funções de OSC5 e ORPC6)
Conselho de Bens (GATT), Serviços (GATS), Propriedade Intelectual (TRIPS)
Comitês
Órgãos Subsidiários
No entanto, para os curiosos (rsrs), retirei este organograma do site oficial da OMC, no qual
temos o detalhamento da estrutura, desde os comitês específicos até os grupos de trabalho!
Vejamos então, por ordem de relevância, os órgãos da OMC que podem cair na sua prova!
4. Conferência Ministerial
A Conferência Ministerial é o órgão de máxima autoridade na tomada de decisão na OMC.
Ela é composta pelas representações de todos os membros da OMC e deve se reunir, pelo
menos, a cada 2 (dois) anos, resultando numa declaração final.
5
Órgão de Solução de Controvérsias
6
Órgão de Revisão de Políticas Comerciais
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Ela tem poderes para tomar decisões sob quaisquer temas atinentes aos acordos multila-
terais de comércio, em conformidade com os procedimentos de tomada de decisão contidos
no Acordo OMC.
Até o momento, ocorreram 12 (doze) Conferências Ministeriais. No entanto, além das 8
Rodadas da era GATT, na era OMC somente tivemos uma Rodada (Rodada de Doha, lançada
na 4ª ministerial). Assim, o que temos hoje em termos de conferência ministerial são desdo-
bramentos daquela agenda, buscando-se um desfecho para os temas lançados!
Portanto, não confunda: Conferência Ministerial ≠ Rodada
Vejamos as 10 sessões ministeriais que tivemos até hoje...
Também foi adotado um compreensivo e integrado plano de ação da OMC para os Países
de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR) ou do inglês, “Least Developed Countries” (LDCs).
Esse plano se tornou o alicerce para um esforço coordenado em facilitar a integração desses
países menos desenvolvidos junto à economia mundial.
Para levar adiante esse plano, no ano de 1997 a OMC teve colaboração de algumas enti-
dades como a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento),
Centro Internacional de Comércio, Banco Mundial, Programa das Nações Unidas para Desen-
volvimento (PNUD) e assistência do Fundo Monetário Internacional, culminando no estabe-
lecimento de programa integrado de assistência ao desenvolvimento.
É importante também destacar a existência da Declaração Ministerial plurilateral para
um Acordo em Tecnologia da Informação (ATI), como forma de expandir o comércio na área
de Tecnologia da Informação, criando um acordo plurilateral que reduz a 0% a tarifa de im-
portação sobre determinados produtos de tecnologia, para queles países em aderiram. Essa
adesão é facultativa, de modo que o Brasil não faz parte dele.
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O consentimento e apoio do próprio presidente Bill Clinton à presença das ONG´s, com a
nítida finalidade promocional de campanha, acabou tendo efeito contrário. Pode se dizer que,
nessa conferência, “atores” das Relações Internacionais influenciaram em grande medida
para que o evento fracassasse.
7
Se você é cinéfilo, confira o trailer do filme a “Batalha de Seattle“, que tem como pano de fundo o insucesso da 3ª Conferên-
cia Ministerial da OMC. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=AoZ7BxbLhtU.
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Item correto. Brasil foi um dos grandes patrocinadores desta causa em 2001, quando da 4ª mi-
nisterial da OMC, apesar de não ter tido grande participação na 12ª ministerial na flexibilização
de patentes para fabricação de vacinas contra Covid-19.
Certo.
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no Conselho Geral da organização foi marcada para tratar do sistema multilateral de comércio
e o atual contexto econômico global (crise financeira mundial)8.
O ponto crucial que levou ao agendamento de reunião do órgão máximo da organização
foi deixar claro que o encontro não fosse confundido com uma reunião negociadora no marco
da Rodada Doha. Além do mais, de antemão, os membros da organização não emitiriam uma
declaração final da reunião ministerial, desde que uma forma alternativa registrasse o que
aconteceu durante o evento.
8
Mais uma dica do prof... O filme “a grande aposta” retrata como começou a crise dos “subprimes” nos EUA. https://www.
youtube.com/watch?v=SLDImPR03BI.
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Fonte: www.livemint.com. Um dos armazéns públicos para estocagem da comida para indianos.
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Foram estendidos alguns prazos para aplicação de alguns artigos do TRIPS para PMDR em
certas obrigações relativas a produtos farmacêuticos, bem como foi concedido um “waiver”
(derrogação) de outros 2 dispositivos do TRIPS para os PMDR.
Sobre a Agenda de Desenvolvimento de Doha foi bem recebido o progresso que houve
nos seguintes temas:
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• AGRICULTURA
• ALGODÃO
Sendo uma demanda especialmente formulada por Benin, Burkina Faso, Chade e Mali
(“Cotton Four”), destaca-se o progresso feito voluntariamente dos países desenvolvidos em
conceder tarifa zero e quota zero (Duty-Free/Quota-Free) para algodão e produtos obtidos a
partir de algodão quando produzidos e exportados por PMDR. Destaca-se também a elimi-
nação imediata de subsídios à exportação de algodão por países desenvolvidos e, até 1º de
Janeiro de 2017, por países em desenvolvimento.
Ressaltam-se ainda os mecanismos e assistências fornecidas para os produtos de algo-
dão dos PMDR.
“Regras de Origem Preferenciais para PMDR”: elenca critérios que podem ser considera-
dos como transformação suficiente ou substancial para conferir origem de um produto aos
PMDR. Como exemplo, as Regras de Origem Preferenciais negociadas podem permitir que,
para serem produtos originários de PMDR, as mercadorias tenham até 75% de materiais não
originários dos PMDR. Ademais, para comprovação por salto tarifário é possível que seja tanto
em nível de posição como em nível de subposição no SH (5 a 6 dígitos).
Quanto à Implementação de Tratamento Preferencial em favor dos serviços e seus fornece-
dores de PMDR e aumento da participação dos PMDR no Comércio de Serviços foi estendido
até 2030 a derrogação da regra da Nação Mais Favorecida no setor, permitindo preferências
para os PMDR, dentre outras medidas.
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Sobre esta última, os membros declararam que pretendem ter um sistema funcionando
por completo em 2024.
Sobre subsídios à pesca, tivemos de fato a negociação de mais um acordo internacional.
Este assunto foi lançado em Doha (2001), com o fim de esclarecer e aprofundar as regras
sobre o tema. Em 2021 foi submetido o rascunho e, depois de mais de 20 anos de negocia-
ção (isso mesmo, 20 anos!), o texto foi assinado na Conferência Ministerial de 2022. O tema
ainda é item da Meta de Desenvolvimento Sustentável n. 14.6 da ONU. Trata-se, portanto, do
segundo acordo multilateral de comércio após a Rodada Uruguai.
Sobre segurança alimentar, cuja proposta de uma regra permanente para subsídios ilimita-
dos destinados a estoques públicos de alimentos era capitaneada por Índia e Indonésia, pouco
se avançou, pois Brasil, EUA, e o Grupo Cairns (17 exportadores agrícolas) fizeram oposição.
Houve apenas uma declaração de intenções. Nela constou, por exemplo, a importância de
não se impor restrições às exportações de alimentos. Foi afirmado ainda que os estoques de
alimentos podem contribuir para a concretização dos objetivos estatais de segurança alimen-
tar, encorajando membros que tenham excedentes a disponibilizar os mesmos no mercado
internacional, de forma consistente com as regras da OMC. Foi também mantida a proibição
de subsídios às exportações agrícolas conquistada na ministerial de Nairóbi (2015). Ao que
parece, o não retrocesso do tema foi visto como uma vitória para o Brasil.
Vale ainda destacar que foi veiculada Decisão Ministerial para não se aplicar nas compras
de alimentos do Programa Mundial de Alimentos (PAM) qualquer proibição ou restrição às
exportações de alimentos. A PAM é a maior agência humanitária do mundo, subsidiária da
ONU, sediada em Roma, fundada em 1961.
Sobre resposta da OMC à Covid-19, esse era um tema que desde 2020 Índia e África do
Sul pressionavam a OMC para obter suspensão provisória de patentes relacionadas às vacinas
contra a Covid-19, pois, como é de se imaginar, países mais pobres têm mais dificuldade de
acesso às vacinas. Ainda em 2020, foi apresentada proposta no Comitê de TRIPS da OMC,
tendo os EUA apoiado a quebra de patentes das vacinas conta a Covid-19, demonstrando uma
postura mais alinhada ao direito à saúde e não somente defendendo o interesse financeiro da
indústria farmacêutica, que depende da manutenção do monopólio autorizado pelas patentes
para garantirem retorno aos investimentos em pesquisa. O Brasil, por outro lado, não havia
se alinhado explicitamente com essa bandeira de quebra de patente das vacinas para países
em desenvolvimento, mas fez parte do consenso no final.
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Diante desse cenário, na 12ª ministerial foi possível chegar a uma conclusão contendo
autorização para que os países possam sem a autorização do detentor da patente, limitar
direitos de exploração sobre a produção e fornecimento de vacinas. Mecanismo semelhan-
te, no entanto, não existe para remédios contra a Covid-19. A ideia dos membros da OMC
foi justamente defender a transferência de tecnologia por meio da quebra das patentes das
vacinas e a diversificação dos locais de produção delas, para acelerar a imunização global
contra a Covid-19.
Para as futuras pandemias, houve apenas uma declaração de intenções, no sentido de
reafirmar as regras do TRIPs e a Declaração do Acordo TRIPs e Saúde Pública firmado em
2001 em Doha.
Houve ainda a renovação da moratória para não se cobrar direitos aduaneiros sobre
transmissões eletrônicas (comércio eletrônico) até 31 de dezembro de 2023, ou até a próxima
Conferência Ministerial, podendo a moratória se estender até 31 de março de 2024.
Segundo a Diretora-Geral da organização, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala:
o pacote de acordos que vocês alcançaram fará a diferença na vida das pessoas ao redor do
mundo. Os resultados demonstram que a OMC é, de fato, capaz de responder às emergências de
nosso tempo. Eles mostram ao mundo que os membros da OMC podem se unir, através das linhas
geopolíticas, para resolver os problemas dos bens comuns globais e para reforçar e revigorar esta
instituição. Eles nos dão motivos para esperar que a competição estratégica possa existir ao lado
do crescimento estratégico cooperação.
O resultado, portanto, foi visto como uma vitória para a Diretora-Geral que expressou a
sua convicção de que
o comércio é parte da solução para as crises do nosso tempo e observou que a OMC “pode e
deve
fazer mais para ajudar o mundo a responder à pandemia, enfrentar os desafios ambientais e pro-
mover uma maior inclusão econômica”.
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Como se bem sabe, o Brasil teve uma postura desleixada na pandemia, o que implicou a demora
na obtenção de vacinas. Portanto, a única alternativa equivocada é a letra B
Letra b.
5. Conselho Geral
O Conselho Geral é o segundo órgão na hierarquia de tomada de decisão na OMC. Dife-
rente da Conferência Ministerial que se reúne ocasionalmente (representação temporária),
geralmente a cada 2 anos, o Conselho Geral é uma representação permanente dos membros
junto à OMC.
A composição é, em regra, formada por representantes de todos os membros da OMC, na
pessoa dos embaixadores ou representações em Genebra. O órgão também adota decisões
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em nome da Conferência Ministerial quando essa não está reunida. Como tem caráter per-
manente, o Conselho Geral acumula outras funções em que é demandado freqüentemente
para atingir aqueles objetivos propostos pela OMC. É portanto, um orgao com função híbrida,
que conduz ao mesmo tempo:
• Órgão de Revisão de Políticas Comerciais (ORPC), com um diferente presidente, realiza
exames de política comercial conforme o determinado pela decisão em mecanismo de
revisão de políticas comerciais; e,
• Órgão de Solução de Controvérsias (OSC), com um diferente presidente, administra as
regras do Entendimento em Regras e Procedimentos que Governam a Solução de Contro-
vérsias (ESC). Da mesma forma que o ORPC, o OSC é a representação de todos os mem-
bros da organização. Assim, tem autoridade para estabelecer painéis, adotar relatórios
dos painéis e do Órgão de Apelação, supervisionar a implementação dos regulamentos
e recomendações, e autorizar a suspensão de concessões e outras obrigações sob o
acordo para o qual as disputas possam ser dirimidas no ESC.
9
WTO, Trade Policy Review: Brazil, disponível em: https://www.wto.org/english/tratop_e/tpr_e/tp532_e.htm.
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10
Na época do GATT, o consenso para implementação de um relatório deveria ser positivo, ou seja, todos deveriam se manifes-
tar pela sua adoção, inclusive a parte perdedora. É claro que este foi um dos problemas que tornava frágil este mecanismo
na época do GATT. Agora, com a OMC o Entendimento de Solução de Controvérsias, deve haver “consenso negativo” para a
não implementação de um relatório, devendo o membro ganhador também concordar com a não adoção do relatório.
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em disputas relativas à aplicação de medidas de defesa comercial (salvaguardas, antidumping e
antissubsídios).
Para os americanos, o Órgão de Apelação não era suficientemente deferente às decisões emiti-
das por suas agências especializadas. Os EUA também consideram que os acordos da OMC têm
natureza contratual e, portanto, cabe aos jogadores – e não ao juiz – interpretar as regras do jogo.
Assim, sempre que o Órgão de Apelação adotava interpretações divergentes de cláusulas delibe-
radamente ambíguas, os americanos pediam falta e reclamavam de usurpação indevida de sua
soberania.
Apesar dessas dificuldades, nas duas primeiras décadas da OMC os americanos entenderam que
a barganha ainda lhes era favorável. O relativo desconforto em matéria de defesa comercial era
compensado pelos ganhos obtidos em outros temas, como direitos de propriedade intelectual e
comércio de serviços.
O fator que mudou este cálculo para os americanos foi a ascensão econômica e comercial da
China desde sua acessão à OMC, em 2001. Donald Trump foi eleito com um claro mandato para
combater o modelo de “economia socialista de mercado” chinês e assim reverter o processo de
desindustralização em setores pouco eficientes de sua economia.
Para esses grupos, o Órgão de Apelação era um empecilho à habilidade americana de combater
práticas desleais de comércio chinesas, e a barganha originalmente negociada em 1995 não valia
mais a pena. Foi o princípio do fim.
Não estou entre aqueles que consideram que o fim do Órgão de Apelação prenuncia um total es-
vaziamento do sistema multilateral de comércio, ou mesmo do mecanismo de solução de contro-
vérsias da OMC. A organização continua ativa como foro negociador em temas importantes como
subsídios à pesca, comércio digital e ambiente, e seu membros continuam utilizando o mecanismo
de solução de controvérsias.
No entanto, sem o Órgão de Apelação, a função de resolução de conflitos da OMC se torna menos
previsível e mais assimétrica. As grandes economias terão a alavancagem necessária para resolver
suas disputas comerciais dentro do sistema, ao passo que as economias menores ficarão a ver
navios. Quem pode mais chorará menos11.
Obs.: Os membros da OMC podem recorrer ao uso do MPIA nos termos do Artigo 25 do
Entendimento de Solução de Controvérsias da OMC, como um mecanismo alternativo
para solução de controvérsias. O MPIA incorpora as regras de revisão de apelação da
11
BENTES, Pablo. Morre hoje, aos 24 anos, o Órgão de Apelação da OMC, Folha de São de Paulo, 10.12.2019. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/morre-hoje-aos-24-anos-o-orgao-de-apelacao-da-omc.shtml.
12
No inglês, Multi-Party Interim Appeal Arbitration Arrangement (MPIA).
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Em segundo lugar, aqueles que não fazem parte do MPIA e saem perdedores em painéis,
passaram a “apelar no vazio” (appeal into de void), para um tribunal sem juízes, impedindo a
implementação das decisões dentro das regras do jogo. Como resposta a isso, o Brasil editou
a Lei da Retaliação Unilateral para estes casos (Lei n. 14.535, de 26 de maio de 2022). Assim,
mesmo num caso de apelação pendente de análise (e consequentemente sem autorização
da OMC para retaliar), o Brasil poderá de forma unilateral usar da retaliação (suspensão de
concessões da OMC) como instrumento de pressão.
A Lei, portanto, dispõe sobre procedimentos de suspensão de concessões ou de outras
obrigações na hipótese de descumprimento de obrigações multilaterais por membro da OMC.
A Lei aborda a competência da Camex para suspender concessões numa disputa normal,
isto é, com painel ou apelação circulados e adotados entre os membros (com autorização do
Órgão de Solução de Controvérsias pelo não cumprimento da decisão). Além disso, traz para
a Camex a competência para dispor sobre suspensão de concessões (retaliação) quando
houver apelação pela parte perdedora, que não possa ser analisada (no vazio), e depois de
esgotado prazo de 60 dias da notificação de intenção de suspensão de concessões:
13
GENEVA TRADE PLATFORM. Multi-Party Interim Appeal Arbitration Arrangement (MPIA). Disponível em: https://wtoplurilate-
rals.info/plural_initiative/the-mpia/.
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a) exista apelação pelo membro da OMC, na condição de parte demandada, nos termos do disposto
no Artigo 17 do Entendimento Relativo às Normas e Procedimentos sobre Solução de Controvérsias,
constante do Anexo 2 à Ata Final que Incorpora os Resultados da Rodada Uruguai de Negociações
Comerciais Multilaterais do GATT, promulgada pelo Decreto n. 1.355, de 30 de dezembro de 1994;
b) a apelação não possa ser apreciada pelo Órgão de Apelação ou o relatório deste último não
possa ser aprovado pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC; e
c) tenha decorrido o prazo de sessenta dias após notificação da República Federativa do Brasil ao
membro da OMC demandado sobre a intenção de suspensão de concessões ou de outras obrigações.
Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso II do caput, a suspensão de concessões ou de outras
obrigações não será superior à anulação ou aos prejuízos causados aos benefícios comerciais do
País pelo referido Membro da OMC.
Art. 3º No que se refere a medidas de suspensão de concessão ou de outras obrigações relativas a
direitos de propriedade intelectual, será observado o disposto na Lei n. 12.270, de 2010. [grifou-se]
Ademais, a Lei altera a Lei n. 12.270, de 24 de junho de 2010, marco legal da retaliação
instituído em 2010 por força do contencioso do algodão entre o Brasil e os EUA, autorizando
suspensão de concessões de forma unilateral pelo Brasil, inclusive na forma de retaliação em
outros acordos como de propriedade intelectual (TRIPS), em casos de “apelação no vazio”.
Portanto, para a retaliação unilateral pelo Brasil, são necessárias 3 (três) condições:
• que haja apelação pela parte perdedora;
• que este recurso não possa ser analisado pelo Órgão de Apelação (“Apelação no Vazio”); e,
• que se esgote o prazo de 60 dias da notificação de intenção de suspensão de concessões.
Na prática, a Lei permite ao país retaliar nos casos contra Indonésia (disputa do frango)
e Índia (disputa do açúcar), servindo como elemento de pressão contra esses países para se
colocarem em conformidade à decisão da OMC de primeira instância (painel), em que pese
a retaliação não tenha sido legitimada por autorização do OSC.
Por fim, cumpre destacar que, tal como prescreve as normas de retaliação da OMC, essa
suspensão das concessões como forma de retaliação não pode ultrapassar o montante dos
prejuízos causados ou benefícios comerciais obtidos pelo país que aplicou a medida repro-
vada pela OMC.
Perceba que demos bastante detalhes aqui sobre esse tema, pois ele pode ser um “pra-
to cheio” para sua prova discursiva. Portanto, você não vai errar uma questão que cobre o
acordo constitutivo da OMC e a paralisação de parte da sua estrutura dedicada à solução de
controvérsias...
Vamos então resolver algumas questões sobre nossa matéria...
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A) Errada. Sempre é incentivada a solução do conflito, por qualquer forma pacífica. Por isso,
bons ofícios, mediação e conciliação podem resolver a disputa em qualquer tempo.
B) Certa. Qualquer relatório – seja do painel ou do órgão de apelação – é uma manifestação do
Conselho Geral da OMC, que nada mais é do que a voz de todos os membros da organização.
Portanto, ele é uma manifestação do consenso da OMC, que só pode deixar de se aplicado se
houver consenso em sentido contrário, pela sua não aplicação, inclusive do ganhador da disputa.
Isso pode ser usado quando todos os membros da OMC, inclusive o ganhador da disputa, não
queira que determinado relatório forme jurisprudência.
C) Errada. É claro que o que foi negociado não pode ser aumentado ou diminuído em um con-
tencioso. Há proibição expressa no Entendimento de Solução de Controvérsias para o chamado
“ativismo judicial”. Aliás, essa é uma das críticas dos EUA ao OSC.
D) Errada. As terceiras partes não possuem direito de recurso, não podendo também implementar
ou fazer parte de qualquer retaliação se não estiverem na disputa na condição de Reclamante
ou Reclamado.
Letra B
Item falso. A OMC já abriu em algumas disputas a possibilidade de entidades privadas submete-
rem seu ponto de vista a respeito de determinado contencioso, mesmo sem o OSC ter solicitado
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essas opiniões. Cita-se, por exemplo, a disputa envolvendo os EUA e as medidas relacionadas
à pesca do camarão, que implicam mortalidade de tartarugas marinhas.
Errado.
6. Conselhos
Há ainda outros três conselhos que, cada qual lidando com uma área diferente do comér-
cio, reportam-se diretamente ao Conselho Geral. Como seus próprios nomes indicam, esses
conselhos fragmentam-se nos temas cobertos pelas três subdivisões do anexo 1. Assim, são
responsáveis, respectivamente, pelo Comércio de Mercadorias (Anexo 1A); Serviços (Anexo
1B); e, Propriedade Intelectual (anexo 1C).
• a) O Conselho para o Comércio de Mercadorias (ou Conselho de Bens) supervisiona não
só os temas do GATT, mas sim, todos os temas relacionados a cada um dos acordos
relativos ao comércio de mercadorias. Assim, o Conselho de Mercadorias se subdivide
em 11 comitês de trabalho em assuntos específicos (e.g. agricultura, acesso a mercados,
subsídios e medidas antidumping). Esses comitês são compostos por todos os mem-
bros. Atualmente esta estrutura será composta por mais um Comitê, totalizando 12 para
o comércio de bens14.
• b) O Conselho para o Comércio de Serviços supervisiona os assuntos relativos ao Acordo
GATS. Seu Conselho tem órgãos que lidam com serviços financeiros, regulamentações
domésticas, regras do GATS e compromissos específicos15.
• c) O Conselho para os Aspectos do Comércio Relacionados à Propriedade Intelectual
(Conselho TRIPS) supervisiona temas relacionados ao Acordo TRIPS.
Da mesma forma que o Conselho Geral, esses Conselhos são órgãos de caráter perma-
nente, compostos por todos os membros da OMC, podendo ainda se subdividir.
7. Comitês
O Comitê de Negociações Comerciais foi criado pela Declaração Ministerial de Doha com
o propósito de acompanhar a nova rodada de negociações, possuindo, inclusive, poderes para
14
Há ainda 5 outros comitês e 1 Subcomitê que são ligados diretamente ao Conselho Geral, cuidando não da implementa-
ção de acordos específicos, mas sim, de temas que permeiam a OMC: Comitê de Acordos Regionais; Comitê de Comércio
e Desenvolvimento contendo o Subcomitê de Países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR); Comitê de restrições à
Balanço de Pagamentos; e, Comitê de Orçamento, Finanças e Adminstração. Há ainda ligado ao Conselho Geral o Comitê
de Negociações Comerciais.
15
Conta com Comitê de Comércio de Serviços Financeiros.
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criar órgãos subsidiários, capazes de lidar individualmente com temas em pauta da Agenda
Doha. Atuam, ainda, sob a autoridade do Conselho Geral.
Seis outros órgãos se reportam ao Conselho Geral. Se sua abrangência temática for redu-
zida, tratam-se então de comitês. Mesmo assim, esses órgãos são representações de todos
os membros da OMC.
São exemplos de comitês temáticos, vinculados ao Conselho Geral:
• Comércio e Desenvolvimento;
• Comércio e Meio Ambiente;
• Acordos Regionais de Comércio;
• Restrições a Balanço de Pagamentos
• Orçamento, Finanças e Administração.
Os três primeiros foram desativados em razão das diferenças de opiniões que suas te-
máticas envolviam. Já o comitê de facilitação do Comércio continuou ativo e obteve maior
relevância a partir da negociação do Acordo de Facilitação do Comércio.
Além desses, dois órgãos subsidiários lidam com os acordos plurilaterais, ou seja, aqueles
acordos que não fazem parte do “compromisso único” (single undertaking) e, portanto, não
são obrigatoriamente assinados por todos os membros da OMC. Dentre eles, podemos citar:
• Comitê de Compras Governamentais
• Comitê sobre o Acordo de tecnologia da Informação
• Comitê sobre o Comércio de Aeronaves Civis
Brasil não aderiu a nenhum destes três acordos plurialterais, ou seja, não participa como
membro efetivo destes respectivos comitês que cuidam da sua implementação. Analisada a
estrutura da OMC, passemos então ao seu processo de tomada de decisões.
Ora Professor, quer dizer que a OMC, apesar de possuir personalidade jurídica própria, tem
como base de sustentação os membros que a integram?
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Exato.
É assim com todas as organizações internacionais, por conta da sua personalidade jurí-
dica derivada da vontade dos Estados. Nesse contexto, o processo decisório não poderia ser
diferente senão baseado em consenso16 de seus membros: Essa é a regra!
Uma decisão por consenso, sobre um assunto submetido a sua consideração, ocorrerá
quando nenhum dos membros presentes à reunião se manifestar formalmente contrário à
decisão a ser tomada.
16
Diferente da unanimidade, em que todos votam no mesmo sentido, o consenso é quando não houve objeção sobre deter-
minado ponto de votação, ainda que não tenha tido manifestação de todos.
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Quanto às decisões sobre a acessão de novos membros (e.g., Irã, Síria, ainda não fazem
parte da OMC), essas deverão ser tomadas pela Conferência Ministerial, por maioria de 2/3
dos seus membros (Artigo XII).
As regras sobre as finanças e o orçamento anual estimado, por sua vez, são aprovadas
por maioria de 2/3 dos membros da OMC no Conselho Geral, desde que presente mais da
metade dos membros da OMC.
Então você não pode esquecer:
QUÓRUM SITUAÇÃO
Como muitas vezes, o consenso numa organização que possui, atualmente, 164 mem-
bros e diversos temas abordados é bem difícil, as reuniões informais, realizadas em grupos
menores, são vitais para que se alcance resultados concretos, bem como as Conferências
Ministeriais não ocorram em vão.
No entanto, devem ser realizadas com cautela uma vez que deve restar assegurada sua
transparência, bem como oportunidade de manifestação de quaisquer membros interessa-
dos em contribuir, garantindo o caráter “inclusivo” desses encontros. Essas reuniões são
informalmente conhecidas como “green room”, por conta das cores da sala de conferência
do Diretor-Geral.
Ou você acha que os países chegam sem costurar nada nos bastidores? Ora, é no “cafe-
zinho” onde tudo acontece, não é mesmo? rsrs
Vejamos algumas questões sobre o assunto:
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c) o consenso é a regra básica e quando não alcançado adota-se a votação por maioria simples,
de modo a conferir agilidade à Organização.
d) apenas as decisões relativas a modificações no Acordo constitutivo da própria Organização
e ao processo decisório são tomadas por consenso.
e) o consenso é regra básica para as decisões tomadas na Conferência Ministerial e no Con-
selho Geral, por serem as instâncias superiores de decisão na OMC, sendo a maioria de 3/4
necessária para a tomada de decisões nos demais Conselhos, Comitês e no Órgão de Solução
de Controvérsias.
a) Errada. Nem todas as decisões são por consenso. A regra é que haja consenso, mas alguns
assuntos específicos podem adotar o quórum de 2/3 ou ¾ dos membros.
b) Certa. De fato, 3/4 é o quórum para pedidos de derrogação temporária e casos de interpre-
tação; já o de 2/3 é para casos de modificação dos acordos e a acessão de novos membros.
c Errada. Não há previsão de votação por maioria simples.
d Errada. A maioria dos assuntos são por consenso. No entanto, modificação dos acordos é
possível pelo voto de 2/3.
e Errada. Consenso é a regra para qualquer instância da OMC, não havendo distinção de quóruns
por órgão da estrutura da OMC.
Letra b.
a) Certa. O assunto da letra “A” será tratado na aula de integração e já vimos algo na última aula,
mas podemos afirmar de antemão é que sim no art. XXIV que se encontra um dos fundamentos
para acordos regionais na OMC. Certo o item.
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b) Certa. A “B” está correta, pois na Rodada Tóquio é que entra definitivamente a Claúsula de
Habilitação, que será outra permissão para criação de acordos regionais, agora com enfoque
nos países em desenvolvimento.
c) Certa. A “C” está perfeita, pois a regra de votação se baseia no consenso, e cada membro tem
o peso de um voto, não importando sua capacidade econômica ou participação no comércio
internacional.
d) Certa. A letra “D” está correta porque a Conferência Ministerial é a autoridade máxima da OMC.
e) Errada. A letra “E” é o gabarito da questão, pois está errada. Os países não precisam denun-
ciar os acordos regionais que tenham assumido antes de entrarem na OMC. Pelo contrário,
todos os membros da OMC fazem parte de pelo menos um acordo regional! São duas formas
de liberalização comercial que coexistem.
Letra e.
9. Processo de Acessão
Ao final da Rodada Uruguai e a consequente criação da OMC, 123 membros à época
acordaram em fazer parte dessa organização, aderindo a um equilibrado pacote de direitos
e obrigações. Esse pacote é o conhecido compromisso único (single undertaking), em que
todos os membros da organização, bem como os membros que pleiteiam a adesão a ela,
devem obrigatoriamente aderir, incluindo-se os Anexos 1A, 1B, 1C, 2, 3.
Assim, todos os membros da OMC possuem o mesmo arcabouço jurídico, ou seja, a Vene-
zuela tem a mesma legislação de defesa comercial que os EUA, que tem a mesma legislação
de TRIPS que a Taiwan, e assim por diante.
Boa pergunta!
Segundo o Acordo da OMC, “todo Estado ou território aduaneiro que desfrute da plena
autonomia na aplicação de suas políticas comerciais” pode aderir à OMC.
Assim, Taipé Chinês (Taiwan) não tem sua soberania política reconhecida e autônoma
em relação à China, não sendo um sujeito de Direito Internacional clássico. No entanto, isso
não impede Taiwan de aderir como um membro distinto da China na OMC, pois, apesar de
não ser sujeito de Direito Internacional, é um território aduaneiro que possui autonomia na
aplicação de suas políticas comerciais e, ao manifestar essa vontade junto à OMC, aderiu
como membro da organização.
Vejamos a ilustração a seguir:
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Perceba que Hong Kong, que é importante centro financeiro da China, também aderiu
como membro da OMC, uma vez que também preenche essas condições! O mesmo ocorre
com Macau!
Então temos 4 membros – ou 4 origens distintas – com políticas comerciais autônomas
na OMC e, enquanto territórios aduaneiros separados, puderam aderir à OMC isoladamente.
Todavia, são pertencentes a uma só soberania política: a China!
Não me vá errar essa questão, hein?
Repito: a leitura do acordo verifica-se que não somente os Estados (países) podem aderir
à OMC, mas também territórios aduaneiros com autonomia comercial, distintos de Estados
soberanos.
Para não esquecer...
DICA!
Não só Estados, mas também territórios aduaneiros possuem
personalidade jurídica no âmbito do Direito da OMC. Por sua
vez, a OMC possui personalidade jurídica no âmbito do Direito
Internacional.
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ser subordinada ao atendimento dos seguintes requisitos: ser membro da ONU, adequar a
legislação interna aos acordos existentes no âmbito da OMC, fazer concessões nas tarifas
aduaneiras e ser aceita por todos os países membros da OMC.
Questão boa, mas que possui uma série de erros. Em primeiro lugar, a OMC não tem vinculação
com a ONU. Para um país ser membro da OMC ele não precisa ser membro da ONU, mas sim
ser um Estado ou território aduaneiro com política comercial autônoma.
Daí eu pergunto para vocês: Palestina é um Estado?
Resposta: Depende...
Para o Brasil é. Para os EUA não é. Ela também não é membro da ONU por resistência deste último.
Mas isso a impede de entrar na OMC?
Não. A Palestina, enquanto território aduaneiro autônomo, pode sim aderir à OMC, ainda que
não seja um Estado reconhecido por todos.
O último erro da questão é que não precisa da aceitação de todos os membros (consenso), mas
sim, basta que 2/3 a aceitem na OMC.
Errado.
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Superado o estudo da sua estrutura, seguimos para outros pontos importantes desta
organização...
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“Bora” exercitar...
O erro do enunciado é que a OMC pode sim concluir acordos que visam dispor sobre sua pró-
pria sede. Em geral, toda organização internacional com personalidade jurídica pode celebrar
tal acordo.
Errado.
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010. (INÉDITA/2022) Sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), é correto afirmar que:
a) ela é uma organização internacional de Bretton Woods, não vinculada ao sistema das Na-
ções Unidas.
b) Não faz parte do sistema das Nações Unidas e, por essa razão, não deve guardar coerência
com FMI e Banco Mundial.
c) Não permite que empresas façam parte do sistema, mas somente Estados soberanos.
d) tem personalidade jurídica de direito internacional conferida pelo Acordo GATT/1994.
e) qualquer de seus membros poderá dela se retirar, após seis meses da notificação dessa
intenção ao diretor-geral da OMC.
a) Errada. A OMC não é vinculada à ONU, bem como não foi criada em Bretton Woods.
b) Errada. Apesar da OMC não ser das nações unidas, ela deve sim guardar coerência com FMI
e Banco Mundial.
c) Errada. Territórios aduaneiros com política autônoma também podem aderir. Lembram dos
casos de Taiwan, Hong Kong e Macau? Pois é. Estes exemplos caem nessa regra.
d) Errada. A personalidade foi conferida pelo Acordo Constitutivo da OMC e não pelo GATT.
e) Certa. A retirada é possível, gerando efeitos 6 meses após a notificação ao Diretor-Geral.
Letra e.
Belezura?
Se não houver dúvidas, seguimos o “baile” de hoje, rsrs! Depois de detalhada as origens da
OMC, sua estrutura, seu funcionamento, vamos falar um pouco dos acordos que ela contempla.
“Simbora” então...
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DICA!
MULTILATERAL X PLURILATERAL
Acordos Multilaterais: vinculam obrigatoriamente todos aqueles
que querem aderir à OMC. Chamamos isso da regra do compromis-
so único (single undertaking). São exemplos, acordos dos anexos
1A (comércio de bens), 1B (serviços), 1C (Propriedade intelectual),
2 (solução de disputas) e 3 (revisão de políticas comerciais).
Acordos Plurilaterais: vinculam apenas as partes que a eles
quiserem aderir ao acordo, não sendo necessária a assinatura
de todos os membros da OMC. São exemplos os Acordos do
Anexo 4 (ex: Compras Governamentais), Acordo de Tecnologia
de Informação.
Essa distinção decorre do fato de que um grupo de temas/
acordos foi consenso na OMC, exigindo participação de todos
os membros na negociação (MULTILATERAL). Outro grupo
de assuntos não houve consenso e seguiram apenas para se-
rem assinados entre as partes que chegaram ao consenso.
(PLURILATERAL)
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Cabe destacar que os três Anexos refletem a atuação dos três conselhos criados na OMC
que vimos no início desta aula, lembram?
O Conselho de Bens, Serviços e de Propriedade Intelectual, todos vinculados ao Conselho
Geral, que é composto por todos os membros da organização.
No anexo 1ª (comércio de bens), podemos ainda destacar 14 acordos específicos assina-
dos na Rodada Uruguai, 1 obtido na Conferência Ministerial de Bali em 2013 e 1 na Ministerial
de Nursultan em 2022:
• GATT/1994
− Deve ser lido com o GATT/1947
− Entendimento sobre outros direitos e encargos
− Comércio entre empresas estatais
− Entendimento sobre balanço de pagamentos
− Entendimento sobre Acordos regionais (art. XXIV, GATT)
− Entendimento sobre derrogações de obrigações
− Retirada de concessões
− Protocolo de Marraquexe ao GATT/1994
• Acordo de Agricultura (AA)
• Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS)
• Acordo sobre Têxteis e Vestuários (expirou em 2005)
• Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT)
• Acordo sobre Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio (TRIMS)
• Acordo Antidumping (ADA)
• Acordo de Valoração Aduaneira (AVA)
• Acordo de Inspeção Pré-Embarque
• Acordo sobre Regras de Origem (ARO)
• Acordo sobre Licenciamento de Importação (ALI)
• Acordo sobre Subsídios e Medidas Compensatórias (ASMC)
• Acordo de Salvaguardas
• Acordo sobre Facilitação do Comércio (2013)
• Acordo de Subsídios à Pesca (2022)
Vale reiterar que o Acordo de Facilitação do Comércio é o primeiro acordo alcançado após
a criação da OMC:
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EXEMPLO
OMC fecha pacto histórico que ampliará comércio em até 1 trilhão de dólares (Deutsche Welle
07/12/13)
Primeiro acordo para liberalização do comércio global em quase 20 anos de existência da orga-
nização, “Pacote de Bali” envolve, além do tópico agricultura, uma série de medidas de ajuda a
países em desenvolvimento. Organização Mundial do Comércio (OMC) anunciou neste sábado
(07/12) um acordo classificado como histórico em cúpula realizada na ilha de Bali, na Indonésia.
O pacto, obtido após quatro dias de intensas negociações, vai permitir avanços na liberalização
do comércio internacional.
“Desta vez houve consenso entre todos os membros”, anunciou o diretor-geral da OMC, o bra-
sileiro Roberto Azevêdo. Especialistas calculam que o acordo poderá representar um aumento
de até um trilhão de dólares no comércio global e gerar até 21 milhões de novos postos de
trabalho. Entretanto, grupos antiglobalização afirmam que ele beneficiará principalmente as
grandes corporações. O chamado “Pacote de Bali”, um acordo de facilitação do comércio global
por meio da redução de barreiras comerciais − porém menos ambicioso do que o previsto na
Rodada Doha − envolve, além de questões envolvendo agricultura, um pacote de ajudas a países
em desenvolvimento.
Vale destacar que este acordo entrou em vigor em 2017.
Primeiro da história da OMC.
Esse acordo global é o primeiro na história da OMC, que nasceu após a conclusão da Rodada
do Uruguai, em 1994 em Marraquexe, no Marrocos. O encontro abriu caminho para a criação
da organização, um ano depois.
O Programa de Doha para o Desenvolvimento – também conhecido como Rodada Doha – surgiu
na capital do Catar em 2001 com o objetivo de liberalizar o comércio entre os países-membros
da OMC e está estagnado desde 2008.
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Podemos ainda citar como textos legais relevantes na OMC o entendimento em Compro-
missos de Serviços Financeiros e o próprio GATT/1947 que foi incorporado pelo GATT/1994.
Como resultados pós a Rodada Uruguai, podemos citar no comércio de bens o “Acordo
de Tecnologia da Informação” e no comércio de serviços os protocolos em:
• 2 protocolos em Serviços Financeiros
• Movimento de Pessoas Naturais
• Telecomunicações básicas
Além disso, os Protocolos de Acessão também são textos importantes para os países
que entraram na OMC depois da Rodada Uruguai. Nele, os membros que entram na OMC
negociam com os “membros veteranos” da organização os termos da entrada e as listas de
compromissos.
Vejamos como estão estruturados estes acordos.
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Questão moleza que cobra o acordo principal da OMC: o GATT/1994. Gabarito letra “E”.
Letra e.
O gabarito é a letra “B”. O uso abusivo do antidumping e os subsídios é que hoje são reclamados
como novas formas de proteção.
Letra b.
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A criação do Acordo GATS (para serviços) e TRIPS (para propriedade intelectual) são as grandes
novidades temáticas no arcabouço jurídico da OMC. Correto, letra “E”.
Letra e.
Errado o item. Bela pegadinha do CESPE. Apesar de todos esses assuntos estarem regulados
por acordos que devem ser subscritos por todos os países membros da OMC, as regras do GATT
somente se aplicam ao comércio de mercadorias, parte do Anexo 1A. Por sua vez, o tema servi-
ços é coberto pelo GATS, acordo do Anexo 1B. Por fim, Propriedade Intelectual é tema regulado
pelo Anexo 1C. Portanto, está errado em se falar que o GATT se aplicaria para os segmentos
se serviços e PI também.
Errado.
Apesar da pequena impropriedade em se falar sucessora, pois a OMC encampou o GATT dentro
de si, ela tem funções importantes como negociar, resolver disputas, dar transparência. Correto,
portanto, o item!
Certo.
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017. (CESPE/RIO BRANCO/2009) São desafios centrais para a conclusão da Rodada de Doha
a definição de modalidades de liberalização e redução de subvenções para produtos agrícolas,
bem como o fechamento de acordo sobre o acesso a mercados para produtos não-agrícolas.
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Apesar de ser uma questão jornalística, ela cuida da eleição do Diretor Geral da OMC, o brasileiro
soteropolitano, Roberto Azevedo. Desde de março de 2021, o cargo de Diretor-Geral é exercido
por uma mulher africana, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.
Letra d.
021. (ESAF/AFRF/2002-1) Nas últimas décadas, por meio de sucessivas rodadas de nego-
ciação conduzidas no âmbito do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, em especial a partir das
duas últimas – a Rodada Tóquio e a Rodada Uruguai -, as barreiras tarifárias foram gradual-
mente reduzidas. Nesse período, produziram-se normas, regras e acordos específicos que hoje
conformam o sistema multilateral de comércio. Sobre o alcance das disciplinas comerciais
ora vigentes no âmbito da OMC é correto afirmar que:
a) estão contempladas apenas questões tarifárias, o tratamento das barreiras não-tarifárias e
as práticas desleais de comércio.
b) além da liberalização do comércio de bens e de serviços, os compromissos firmados no
âmbito da OMC, incorporam temas relativos aos vínculos entre comércio, investimentos e pro-
priedade intelectual.
c) restringem-se, tais disciplinas, às práticas desleais de comércio e à resolução de disputas
comerciais.
d) a normativa multilateral não se aplica ao comércio de produtos agrícolas.
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e) estão contemplados, além dos temas comerciais, compromissos estritos sobre desenvolvi-
mento sustentável.
a/c/d) Erradas. Cuidado com o termo “apenas”. A OMC é rica de temas que são regulados por
seus acordos, desde serviços, agricultura, propriedade intelectual, valoração aduaneira, etc.
Portanto, erradas letras “A”, “C” e “D”.
b) Certa. A letra “B”, por sua vez, está perfeita, pois menciona de forma abrangente os temas
contemplados na OMC, falando de investimentos da única forma que podemos considerar dentro
da OMC: acordo que cuida de “vínculos” entre comércio e investimentos.
e) Errada. A letra “E”, por fim, está errada, pois não há compromissos de desenvolvimento
sustentável.
Letra b.
A questão está errada pelo fato de, na verdade, as cotas terem sido convertidas em tarifas
(processo de tarificação). Além disso, os subsídios reduzem os preços internacionais, mas de
forma distorcida, com ajuda do governo.
Errado.
O item está correto. A OMC engloba os acordos GATT, GATS, TRIPS, entre outros.
Certo.
024. (CESPE/CADE/2014) A Organização Mundial do Comércio (OMC) foi criada para a libe-
ralização do comércio, de modo a possibilitar um fórum em que os governos possam negociar
acordos comerciais e resolver disputas. Tal procedimento de solução de controvérsias da
OMC contribui para a estabilidade da economia global.
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A questão está correta, pois essas são algumas das funções da OMC. O fato de ter um meca-
nismo de disputa, de fato, faz com que prevaleça o direito no comércio internacional, dando
uma certa estabilidade nas relações entre os membros da OMC.
Certo.
Este item também está correto, pois a OMC acaba por dar estabilidade para seus membros,
liberalizando o comércio, facilitando as trocas, garantindo maior previsibilidade nas relações.
Certo.
a) Errada. O erro da letra “A” é que não há compromisso em matéria de investimentos, conforme
será visto na explicação sobre o acordo TRIMS. O que existe é um acordo de medidas relacio-
nadas ao comércio de bens, que afetam investimentos. Aliás, a regulação de investimentos é
um tema sensível e extremamente controvertido na OMC, e nunca teve um consenso sobre sua
disciplina em nível multilateral. Assim, os países celebram acordos bilaterais para cuidar deste
assunto. Por essa razão, este “Tema de Cingapura” foi esvaziado.
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b) Certa. A letra “B” está perfeita, pois os acordos abrangem comércio de bens (Anexo 1A),
serviços (Anexo 1B) e Propriedade Intelectual (Anexo 1C).
c/d) Erradas. O erro da “C” é que acordos plurilaterais não envolvem todos os membros, mas
somente aqueles que quiseram aderir ao acordo. O que obriga a todos os membros são os
acordos multilaterais. Por essas razões a letra “D” também está errada, pois a imensa maioria
dos acordos da OMC são do tipo multilateral.
e) Errada. Por fim, letra “E” está errada também porque acordos dos Anexos 1A, 1B e 1C, envol-
vendo, respectivamente, bens, serviços e PI, são acordos multilaterais.
Letra b.
a) Errada. A OMC é composta por 164 membros, não havendo restrição a um grupo fechado.
b) Certa. De fato, o órgão de solução de disputas é o que garante essa estabilidade das normas
e seu cumprimento.
c) Errada. A OMC não tem vinculação com a ONU.
d) Errada. Não há nenhum lítigio na OMC entre estes dois países. A China, por ainda, ainda preza
pela filosofia de não litigar contra países em desenvolvimento.
e) Errada. A OMC não fomenta blocos regionais, mas também não proíbe.
Letra b.
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De fato, a OMC tem a função de gerenciar (administrar) os acordos que compõem o sistema
(item I). Isso equivale a dizer que há supervisão da adoção e implementação destes acordos
(item III). Além disso, acaba sendo um foro para promover novas negociações (item II). Portanto,
os 3 itens estão corretos.
Letra e.
Perfeito o item. Apesar de a OMC ter sido criada décadas depois das instituições de Bretton
Woods (FMI e BIRD), ela deve ainda guardar coerência com estas instituições.
Certo.
a) Errada. A OMC não extinguiu o GATT. Este passou a fazer parte de um dos anexos da Organização.
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b) Certa. De fato, são funções da OMC: administrar acordos; solucionar disputas, revisar políticas
comerciais. Podemos ainda acrescentar que ela serve como fórum de negociações.
c) Errada. O pilar da OMC ainda é o GATT e com ela a ideia de não discriminação. Portanto, as
preferências comerciais nascem como exceção à não discriminação. Veremos mais detalhes
quando chegarmos na aula sobre integração regional.
d) Errada. Está errada pelo mesmo motivo da letra “C”, pois promover acordos regionais não é
o foco da OMC. A ideia é liberalizar o comércio por meio da não discriminação.
e) Errada. A OMC não auxilia nenhum governo a ser mais protecionista. Isso iria ao contrário dos
seus princípios não é mesmo? Portanto, o auxílio que a OMC presta é no sentido de capacitar
governos para lidar com as regras do Comércio Internacional.
Letra b.
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Pelo contrário. O impasse da Rodada Doha fez com que o mecanismo de solução de disputas
tivesse ainda mais utilização. Errado o item.
Errado.
Ufa, após essa bateria de questões, nada melhor que uma revisão e outra bateria de
questões...
Vamos lá então. Não deixe essa “peteca cair”
Qualquer dúvida, te encontro no fórum de dúvidas.
Forte abraço!
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RESUMO
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QUESTÕES DE CONCURSO
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016. (CESPE/SEDUC-AL/2021) A OMC tem proporcionado avanços notórios para uma econo-
mia mais inclusiva, porque dispõe de autoridade sobre os acordos internacionais para garantir
sua magnanimidade para com o mercado internacional.
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d) Desde o início de suas atividades, a OMC é qualificada como agência especializada da Orga-
nização das Nações Unidas, atuando como instância secundária na administração do sistema
multilateral de comércio.
e) Os Estados-membros da OMC podem participar do órgão de apelação e dos grupos especiais
de solução de diferenças da organização.
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GABARITO
1. E 8. C 15. d
2. E 9. E 16. E
3. c 10. E 17. C
4. b 11. C 18. E
5. E 12. c 19. c
6. C 13. d 20. C
7. C 14. b 21. b
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GABARITO COMENTADO
Conforme vimos neste tópico sobre a estrutura da OMC, não existe órgão algum com nome de
Conselho do Grupo Comum. A banca tentou misturar algumas palavras relativas aos orgãos do
MERCOSUL para confundir o candidato. Na OMC, basicamente, temos, por ordem de importân-
cia: Conferência Ministerial, Conselho Geral, Conselho de Bens, Serviços e PI, além de Comitês!
Errado.
O item está errado. Esse tipo de questão sobre peculiaridades do Sistema de Solução de Con-
trovérsias é assunto de alta complexidade, cobrado em certames bem específicos. Na questão
em tela, o “consenso invertido” solicitado pelo CESPE é aquele consenso necessário para se
derrubar uma recomendação do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC. Assim, não se
faz necessário aprovar as decisões por unanimidade para que elas tenham eficácia. Portanto,
na era da OMC, o consenso seria necessário para se derrubar uma decisão proferida. Por outro
lado, na era do GATT, era necessário o consenso para se aprovar a decisão.
Errado.
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Como falamos, a regra de votação é o consenso. No entanto, lembre-se que ele não é obrigatório
para todos os assuntos. Correto o item “C”.
Letra c.
a) Errada. Falamos exaustivamente que a OMC não nasceu em Bretton Woods, 1944, mas sim,
na Rodada Uruguai, em Abril de 1994.
b) Certa. Conferência Ministerial é autoridade máxima e a regra básica é o consenso.
c) Errada. O Acordo TBT que detalharemos na próxima aula cuida de normas técnicas. Acordo
antidumping é para combater a prática desleal de dumping e também não tem nada a ver com
subsídios. Os Subsídios, são combatidos pelas medidas compensatórias. Também teremos
aulas específicas sobre estes acordos.
d) Errada. O TRIMs não regulamenta extensivamente a proteção ao investimento estrangeiro.
Esse tema é espinhoso e não houve consenso para que tivesse um acordo na OMC. Lembre
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que a relação entre Comércio e Investimentos foi um “Tema de Cingapura” que, no entanto, hoje,
está fora da agenda de negociações.
e) Errada. Investidores não tem acesso à OMC. Somente os Membros da Organização é que
podem dele se utilizar, com exceção de acesso a atores privados apresentarem, excepcional-
mente, submissões.
Letra b.
Item errado. O Brasil, até a entrada da China na OMC em 2001, era o país em desenvolvimento
mais ativo no OSC.
Errado.
Item correto. Foi só em 2015, na Ministerial de Nairóbi que houve compromisso com o fim dos
subsídios à exportação de produtos agrícolas
Certo.
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Item correto. O tema “Investimentos” não foi consenso na Rodada Uruguai, de modo que entrou
na 1ª ministerial de Cingapura, como um tema a ser discutido. Atualmente, o tema não está
mais na agenda, tendo o Comitê sido desativado.
Certo.
Em Bali, 2013, houve a negociação do primeiro acordo multilateral após a Rodada Uruguai,
entregando-se uma pequena parte do mandato de Doha. A Facilitação do Comércio foi uma
dessas entregas, contando com o apoio do Brasil.
Certo.
Item errado. Diferente do Tribunal do Mercosul (veremos na aula sobre Mercosul), o Órgão de
Apelação da OMC não possui função consultiva.
Errado.
Item errado. A OMC não possui acordos ou regras sobre meio ambiente. Apenas há menção
sobre desenvolvimento sustentável no preâmbulo do Acordo de Marraquexe, e a exceção do
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Acordo Constitutivo da OMC
Thális Andrade
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Questão curta e direta ao ponto. Não houve consenso para criação de uma organização voltada
ao comércio durante o encontro de Bretton Woods. Dessa reunião, restou apenas o acordo do
GATT e duas instituições vinculadas à ONU: o FMI e o Banco Mundial (BIRD).
Letra d.
016. (CESPE/SEDUC-AL/2021) A OMC tem proporcionado avanços notórios para uma econo-
mia mais inclusiva, porque dispõe de autoridade sobre os acordos internacionais para garantir
sua magnanimidade para com o mercado internacional.
Item errado. A OMC não é entidade supranacional, mas sim organização conduzida pelos pró-
prios membros (member-driven).
Errado.
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A OMC, de fato, possui diversos acordos com Tratamento Especial e Diferenciado para Países
em Desenvolvimento (PD) ou Países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDR). No entanto,
a influência destes países ainda é muito pequena, dependendo sempre de grupos de coalização
e algum player em desenvolvimento importante.
Errado.
A OMC conta com uma infinidade de atribuições. Portanto, apesar de o conteúdo das letras A
e B estarem correto, o termo “somente” invalida as assertivas. Por sua vez, o erro da letra D é
que há sim procedimentos específicos de apuração de violação às regras comerciais, por meio
do Entendimento de Solução de Controvérsias.
Portanto, só a letra C pode ser a resposta.
Letra c.
Questão fácil. Veja que o termo “arbitrar” não está errado, pois pode ser entendido como flexão
do termo arbitragem, que justamente é o modo de solução de conflitos no OSC da OMC. Portan-
to, não possui o sentido de arbitrariedade (ilegal/irrazoável), mas sim, de arbitragem (método
de solução de conflitos).
Certo.
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a) Errada. São os próprios membros que elaboram as normas por meio de negociações comer-
ciais. Lembre-se que é uma organização conduzida pelos membros (member-driven)
b) Certa. Apesar das 12 Conferências Ministeriais que já ocorreram, somente uma delas pode
ser considerada Rodada de Negociações, que foi a 4ª Ministerial em Doha, no ano de 2001. Até
hoje, as ministeriais buscam destravar os itens daquela agenda, tendo obtido êxito em alguns
pontos, como Acordo de Facilitação de Comércio, Acordo de Subsídios à Pesca, extinção de
subsídios na exportação de bens agrícolas.
c) Errada. O Conselho Geral é o 2º órgão mais importante. O primeiro é a Conferência Ministerial,
que ocorre a cada 2 anos.
d) Errada. OMC não é agência especializada da ONU.
e) Errada. O Órgão de Apelação é composto apenas por pessoas, ou seja, juízes indicados pelos
próprios Membros da OMC.
Letra b.
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REFERÊNCIAS
BENTES, Pablo. Morre hoje, aos 24 anos, o Órgão de Apelação da OMC, Folha de São de Paulo,
10.12.2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/12/morre-hoje-aos-
-24-anos-o-orgao-de-apelacao-da-omc.shtml.
GENEVA TRADE PLATFORM. Multi-Party Interim Appeal Arbitration Arrangement (MPIA). Dispo-
nível em: https://wtoplurilaterals.info/plural_initiative/the-mpia/.
PROMIDIA, OMC autoriza Brasil a retaliar os EUA. 31.08.2009, Disponível em: https://youtu.be/
g2krgptJfqU.
Thális Andrade
Advogado inscrito na OAB/SC, mestre em Direito Internacional e Econômico pela Universidade de Berna
(2014), mestre em Direito Internacional pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009), especialista
em Comércio Internacional pela Universidade de Buenos Aires (2007), especialista em Comércio Exterior
e Direito Aduaneiro pela UNIVALI (2008). Desde 2008 é servidor público federal integrante da carreira
de Analista de Comércio Exterior (ACE) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Professor de Comércio Internacional e Legislação Aduaneira em cursos de pós-graduação pelo Brasil e
em cursos preparatórios para as carreiras da RFB. Autor de livros e artigos sobre comércio internacional e
legislação aduaneira.
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