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Lubrificação EHD – Espessura de Filme

LUBRIFICAÇÃO EHD
Espessura de filme
Correção da espessura de filme
Alexandre Santiago Sottomayor
1 CARACTERÍSTICAS MAIS RELEVANTES:
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• Cargas elevadas
• Muito pequena área de contacto
• Muito pequena espessura de filme
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Grande gama de Condições de funcionamento


PROBLEMA SIMULTÂNEO
• Pressão
• Tensão de corte
• Temperatura do fluido
• Temperatura das superfícies
• Deformação tangencial das sup.
• Geometria deformada /
espessura de filme

EXIGÊNCIAS:
• Elevada longevidade
• Muito pequenos desgaste
• Grande fiabilidade
• Pequenas perdas energéticas
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38 • Desempenho de um contacto EHD
Num contacto EHD são associadas:
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Avarias => espessura do filme lubrificante


• Eficiência => atrito (tensões de corte do filme lubrificante)

Estes duas “grandezas” fundamentais na avaliação do desempenho de


um contacto são função de:
• condições de funcionamento (velocidade, escorregamento, temperatura, etc)
• características dos materiais envolvidos (Modulo de young, viscosidade, etc)
• geometria (raios de curvatura, rugosidade, etc)

que estão envolvidas na resolução da equação de reynolds


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38 • Equação de Reynolds
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

∂ ρ 3 ∂p  ∂ ρ 3 ∂p 
(
η 1 H + H ) + ( H + H ) =
∂X  ∂Y η 1 
2 2
∂X   ∂Y  PROBLEMA SIMULTÂNEO

• Pressão
• Geometria deformada /

=6 [ρ (U 1 + U 2 )(H 1 + H 2 )] + 6 ∂ [ρ (V1 + V2 )(H 1 + H 2 )] − • Deformação
espessura de filme
tangencial das sup.
∂X ∂Y
• Tensão de corte
• Temperatura do fluido
• Temperatura das superfícies

 ∂H 1 ∂H 1   ∂H 2 ∂H 2  ∂ρ
− 12 ρ U 1 + V1 − W1  + U 2 + V2 − W2  + 12(H 1 + H 2 )
 ∂X ∂Y   ∂X ∂Y  ∂t
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38 • Equilíbrio de forças do sistema
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Fn = ∫ p EHD ( x, y ) dx dy Separação dos problemas


S • Pressão
• Geometria deformada /
espessura de filme
• Deformação tangencial das sup.
• Tensão de corte
• Temperatura do fluido
• Temperatura das superfícies
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38 • Deslocamento elástico das superfícies na direcção
da carga
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

P1 z Superfície
_ 1
uz1(x,y) U1
H1º Separação dos problemas
Hc1
Hºc1 Wc1 • Pressão
O
H º x • Geometria deformada /
Hc2 Wc2
Hc2 espessura de filme
Hº2 • Deformação tangencial das sup.
_ U2 • Tensão de corte
uz2(x,y) Superfície
2 • Temperatura do fluido
P2 • Temperatura das superfícies

1−υ 1
u n = u z1 + u z 2 =
πG ∫ [(ξ − x ) + (η − y )
S
2
]
2 12
p (ξ ,η ) dξ dη
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38 • Deslocamento elástico das superfícies na direcção
das do movimento
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Separação dos problemas


• Pressão
• Geometria deformada /
espessura de filme
• Deformação tangencial
das sup.
• Tensão de corte
• Temperatura do fluido
• Temperatura das superfícies

1  1 1 − 2υ ( x −ξ)
2
( x −ξ ) 
2
u=
4πG s ∫∫τ x (ξ ,η )  ρ + ρ + z − (1 − 2υ ) ρ (ρ + z )2 + ρ 3 ∂ξ ∂η
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38 • Reologia do fluido lubrificante – tensões no filme lub.
Newtoniano
τ
τ γ& = Ree-Eyring
η
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

.
γ

Elástico Separação dos problemas


τ&
.
τ
γ&e =
G G • Pressão
.
• Geometria deformada /
γ
espessura de filme
• Deformação tangencial das sup.
Plástico  τL
τ
L
 τ = G γ ⇐ γ ≤ • Tensão de corte
G
τ  τ
• Temperatura do fluido
τ = τ L ⇐ γ > L
G
• Temperatura das superfícies
.
γ  G
τ τ 
Viscoso γ& = r sh  Ree-Eyring
η τ r 
não linear τ
τ

τ  τ 
critico

γ& = − L ln 1 −  Bair & Winer


.
γ
critico
.
γ η  τL 
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38 • Equilíbrio energético do contacto – Temperatura das
superfícies e lubrificante
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Ti

z
Ts2 (x,y) U1
Separação dos problemas
q 2(x,y)
Tc (x,y) • Pressão
h Ti (z) x • Geometria deformada /
q1 (x,y) espessura de filme
• Deformação tangencial das sup.
U2
Ts1 (x,y) • Tensão de corte
• Temperatura do fluido
Ti • Temperatura das
superfícies

 ∂E ∂E ∂E   ∂p ∂p ∂p   ∂ 2 T ∂ 2T ∂ 2T 
ρ C p U

+V

+W
∂  − νT U ∂x + V ∂y + W ∂z  = K  ∂x 2 + ∂y 2 + ∂z 2  + φ (x, y, z )
 x y z     
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38 • A resolução do problema EHD passa pela resolução
simultânea de várias equações “complexas”
∂ ρ
(H 1 + H 2 )3 ∂p  + ∂  ρ (H 1 + H 2 )3 ∂p  =
Lubrificação EHD – Espessura de Filme


∂X  η ∂X  ∂Y  η ∂Y 

=6 [ρ (U 1 + U 2 )(H 1 + H 2 )] + 6 ∂ [ρ (V1 + V2 )(H 1 + H 2 )] −
∂X ∂Y
• Pressão
 ∂H 1 ∂H 1   ∂H 2 ∂H 2  ∂ρ
− 12 ρ U 1 + V1 − W1  + U 2 + V2 − W2  + 12(H 1 + H 2 )
 ∂X ∂Y   ∂X ∂Y  ∂t

Fn = ∫ p EHD ( x, y ) dx dy
S

• Geometria deformada / 1 −υ 1
espessura de filme
u n = u z1 + u z 2 =
πG ∫ [(ξ − x ) + (η − y )
S
2 2 12
]
p(ξ ,η ) dξ dη

1 1 1 − 2υ (x − ξ ) + (x − ξ ) 2 2

•Deformação tangencial das sup. u=
4πG s ∫∫τ x (ξ ,η ) 
ρ
+
ρ+z
− (1 − 2υ )
ρ ( ρ + z )2 ρ3
 ∂ξ ∂η

•Tensão de corte
L
τ
.
τ τ τ τ
G critico
η
G

. . . . .
γ γ γ γ critico γ

• Temperatura do fluido  ∂E ∂E ∂E   ∂p ∂p ∂p   ∂ 2 T ∂ 2 T ∂ 2T 
ρ C p U +V +W − νT U
 ∂x + V + W =
= K  2 + 2 + 2  + φ ( x, y , z )
 ∂x ∂y ∂z   ∂y ∂z   ∂x ∂y ∂z 
• Temperatura das superfícies
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RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
TERMOELASTOHIDRODINÂMICO COMPLETO
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Eq. de Reynolds v.s. Eq. da Energia Elasticidade


Elasticidade (Reologia do (tangencial)
(normal) filme EHD)

CAMPO DE
PRESSÕES
Componente mais
complexa do
problema GEOMETRIA
DEFORMADA
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38 • Analogia com o contacto seco de Hertz
EHD CAMPO DE
Hertz PRESSÕES
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

EHD
Hertz

GEOMETRIA
DEFORMADA
12
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Lubrificação EHD – Espessura de Filme

+
=
• Modelo de Grubin


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38 • Solução para o campo de pressões e
geometria deformada – Teoria de Hertz
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Solução para a espessura de filme - Dowson
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Impor uma separação das superfícies


por uma espessura de filme constante

• Contacto pontual / elíptico


0.670 0.530 −0.067
H 0 = 1.345 ⋅ R x ⋅ C 0 ⋅ U ⋅G ⋅W

• Contacto linear / retangular


0.727 0.727 −0.091
H 0 = 0.975 ⋅ R x ⋅ U ⋅G ⋅W
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38 • Solução para a espessura de filme
Contacto pontual / elíptico - Dowson
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

0.670 0.530 −0.067


H 0 = 1.345 ⋅ R x ⋅ C 0 ⋅ U ⋅G ⋅W
PARÂMETRO DESIG. EXPRESSÃO UNIDADES

Parâmetro velocidade U /

Parâmetro material G /

Parâmetro carga W /

Influência da elipticidade C0 /
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38 • Solução para a espessura de filme
Contacto linear / retangular - Dowson
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

0.727 0.727 −0.091


H 0 = 0.975 ⋅ R x ⋅ U ⋅G ⋅W
PARÂMETRO DESIG. EXPRESSÃO UNIDADES

Parâmetro velocidade U /

Parâmetro material G /

Parâmetro carga W /
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38 • Análise da influência das condições de contacto
A influência das condições de um contacto é essencial para saber
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

qual alteração a fazer para obter um determinado resultado, estas


condições podem ser
• Velocidade de rolamento
• Taxa de escorregamento
• Carga
• Características dos materiais das superfícies
• Geometria das superfícies
• Características do lubrificante
• Temperatura

Estas condições estão integrados nas equações de cálculo da


espessura de filme, nomeadamente nos parâmetros adimensionais
definidos para a determinar
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38 • Influência dos Parâmetros na espessura de filme
Contactos lineares – Parâmetro VELOCIDADE
H 0 = 0.975 ⋅ R x ⋅ U 0.727 ⋅ G 0.727 ⋅ W −0.091
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Influência dos Parâmetros na espessura de filme
Contactos lineares – Parâmetro MATERIAL
H 0 = 0.975 ⋅ R x ⋅ U 0.727 ⋅ G 0.727 ⋅ W −0.091
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Influência dos Parâmetros na espessura de filme
Contactos lineares – Parâmetro CARGA
H 0 = 0.975 ⋅ R x ⋅ U 0.727 ⋅ G 0.727 ⋅ W −0.091
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Influência da temperatura no coeficiente de atrito
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Temperatura do lubrificante e das superfícies. Taxa de


escorregamento 1,4 m/s, carga 67 N. [Winer 1983]
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38 • Influência da temperatura no coeficiente de atrito
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Temperatura do lubrificante
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38 • Influência da temperatura no coeficiente de atrito
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

• Efeito do aumento de temperatura no coeficiente de


atrito [Hsiao and Hamrock 1992]
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38 • Solução para a espessura de filme
Contactos elípticos – Condições ideais
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Correcção da espessura de filme - condições reais
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Correcção da Espessura de Filme - φT
AQUECIMENTO NO CONVERGENTE
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

H 0T = φ T ⋅ H 0
φT = {1 + 0.1[(1 + 14.8 ⋅ Ve0.83 ) ⋅ L0.64 ]}
−1

U1 − U 2
Ve =
U1 + U 2

δ ⋅ (U 1 + U 2 )2 ⋅ η
L=
Kf
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38 • Correcção da espessura de filme - φA
CONDIÇÕES ALIMENTAÇÃ0 CONVERGENTE
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Correcção da espessura de filme - φA
CONDIÇÕES ALIMENTAÇÃ0 CONVERGENTE
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Contacto pontual Contacto linear


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38 • Correcção da espessura de filme - φR
RUGOSIDADE NO CONVERGENTE
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38 • Esp. Específica de Filme - Factor determinante
T
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

T
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38 • Regimes de lubrificação
Espessura Específica de Filme
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

T
32
38 • Regimes de lubrificação
Espessura Específica de Filme
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

T
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38 • Regimes de lubrificação
Espessura Específica de Filme
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Regimes de lubrificação
Coeficiente de atrito
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Regimes de lubrificação
Desgaste
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Regimes de lubrificação
Taxa de escorregamento - rugoso
Lubrificação EHD – Espessura de Filme
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38 • Espessura específica de Filme
Probabilidade de avaria
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Influência da
velocidade tangencial
da engrenagem no
primitivo (vt) e da
espessura específica
do filme lubrificante
(Λ) sobre a
probabilidade de
avaria de
engrenagens [6].
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38 • Espessura específica de Filme
Probabilidade de avaria
Lubrificação EHD – Espessura de Filme

Espessura específica crítica do filme lubrificante (ΛC) em função


da velocidade tangencial da engrenagem no primitivo (vt) para
uma probabilidade de avaria inferior a 5% em engrenagens
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Obrigado
pela atenção

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