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CMCA-0036 - Processos de Conformação Mecânica

Conformação de Chapas

Prof. Sheila Medeiros

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Estampagem

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Conformação de Chapas
Estampagem
Processo de conformação de uma chapa definido pela cavidade formada entre o encontro de um
punção contra sua matriz

Estampagem à Quente:  ductilidade do material (  F conformação,   ,  Dimensional)


Estampagem à Frio:  o encruamento e refina os grãos do material ( F conformação,  ,   ,  Dimensional)

Classificação do Processo de Estampagem

• Estampagem profunda (alta relação profundidade/diâmetro)


• Estampagem simples (menor que metade do  BLANK)
Monitorar a
estricção
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Estampagem
Estampagem profunda
• Copos

Conformados a partir de discos → Formato cilíndrico – Paredes retas ou inclinadas – Fundo plano ou esférico

Estampagem Expansão direta Expansão indireta

Devido à uniformidade geométrica → Tensões no plano vertical passando pelo Eixo de simetria ⇒ São iguais
Possibilidade: Enrugamento na flange, fissura no fundo ⇒ São as mesmas

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Estampagem
Estampagem profunda
• Caixas

Ñ tem uniformidade de Estados de Tensão – Tensões diferentes ao longo dos planos verticais ao centro da peça
→ forma retangular

• Painéis
Se diferenciam das caixas por apresentarem → forma irregular

Expansão → É a estampagem de um produto já estampado

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Máquina-ferramenta → Prensa + Ferramenta (matriz e punção)
Estampagem
Estampagem profunda

Ferramentas de estampagem profunda


Disco ou esboço → sob o sujeitador (prensa-chapas)
→ Embutimento (operação)

• Punção: fixado no porta-punção → conj. fixado na


parte móvel da prensa (superior);

• Matriz: fixada na base (suporte da matriz) → é


fixada na mesa da prensa.

Máquina-ferramenta:
Prensa excêntrica – embutimento raso;
Prensa hidráulica – embutimento profundo.

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Estampagem

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Estampagem
Estampagem profunda
Considerações
Lubrificação → Redução dos esforços e do desgaste da ferramenta

Pressão do sujeitador → Pressão excessiva – Ruptura da peça (Estiramento)


Pouca pressão – Rugas laterais (Compressão)

Folga → Entre punção e matriz – 1,15 a 1,20 da espessura da chapa – Força de estampagem mínima

Espessura da chapa → ↑espessura ↔ ↓enrugamento

Fatores metalúrgicos → Composição química → Microestrutura do material → Op. de conformação + Trat.


térmico ⟹ Influencia as Props. mecânicas da chapa

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Estampagem
Estampagem progressiva
Múltiplos estágios sequenciais de conformação e corte
Ferramental com diferentes geometrias: conformação gradual

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Estampagem
Estampagem progressiva

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Estampagem

Material das Ferramentas

Punções e as matrizes(aços para deformação a frio/ aços resistentes ao choque): aços tipo SAE D-2, D-
6, O-1, S-1 ou outros, que possuem elevado teor de carbono e elementos de liga para garantir a resistência
mecânica e a resistência ao desgaste;
• Efeito do Carbono: é gerar uma grande quantidade de carbonetos complexos muito duros, bem como
aumentar a dureza da própria matriz martensítica, após tratamento térmico.
• O efeito dos elementos de liga: além de possibilitar a formação de carbonetos juntamente com o
carbono, melhorar a temperabilidade do material, de forma que possam ser tratados, adquirindo
elevada dureza, sem grandes deformações.

Tratado termicamente: temperadas e revenidas, atingindo elevadas durezas (55 e 60 HRC)

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Controle do Processo de Estampagem
Fatores de Influência

Natureza Mecânica Natureza Metalúrgica

• Forma e dimensões da chapa • Material (composição química e microestrutura)


• Maquina de conformação (Tipo de prensa) • Temperatura de trabalho
• Geometria do ferramental
• Pressão Anti-rugas (Força no anel fixador)
• Lubrificação
• Força de estampagem
• Velocidade do processo

Estados de tensão / Deformação


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Estampagem
Fatores de Influência

Taxa de Estampagem ()


• É a razão entre o Diâmetro inicial do blank e o diâmetro final
do copo estampado;

𝐷𝑜
 =
𝐷𝑝

Fatores que afetam a estampabilidade


• Raios da matriz (deve ser cerca de 10x a espessura da chapa)
• raio do punção (ângulo muito agudo leva à redução da espessura e ruptura do material
• Folga entre a matriz e o punção (20 a 40 maior que a espessura da chapa)
• Pressão de fixação (Cerca d 2% do limite de escoamento e der resistência do material )
•13 Lubrificação (lateral da matriz)
Estampagem
Fatores de Influência

Estampagem progressiva
• Há a redução da taxa pelo efeito do encruamento;
• A taxa de estampagem pode ser aumentada com a
realização do Trat. Térmico de normalização (50-80%);

𝐷𝑝
máx =2.15 -
(1000−𝑡)

Expansão do copo: operação para transformar uma peça


estampada em outra de diâmetro menor e altura maior
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Estampagem
Fatores de Influência 𝐹𝐵𝐻 = 𝑝 ⋅ 𝐴𝐵𝐻

𝐷𝑝 𝑢
Pressão anti-rugas p=[(-1)2 + ]
(200.t) 400

ABH = (Do2-de2) 4

De=Dp+2W+2rM

P: Carga total no punção


Dp: diâmetro do punção
D0: diâmetro inicial do blank
h: espessura do blank
σ0: escoamento médio do blank
B: forca para dobrar e endireitar
blank

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Estampagem
Fatores de Influência

Microestrutura do material
Anisotropia planar: formação de orelhas nas bordas da chapa

∆R> 0, as orelhas estão a 90º e 0º de DL


∆R< 0, as orelhas estão a 45º de DL;

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Estampagem
Fatores de Influência

Controlo de textura cristalográfica:

Anisotropia normal

Circunferencial

Anisotropia plana

17 Radial
Estampagem
Fatores de Influência Atrito no raio da matriz

Forca de Estampagem
P: Carga total no punção
Dp: diâmetro do punção
D0: diâmetro inicial do blank
h: espessura de parede
σ0: escoamento médio do blank
H: forca no anel fixador
μ: coeficiente de atrito
B: forca para dobrar e endireitar
blank

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Estampagem
Mecanismo do Processo ( blank circular)

1. Punção: parte dinâmica do ferramental


2. Matriz: Parte estacionaria do ferramental
3.Sujeitador: promove o atrito que garante o estado
trativo no flange do blank

↓Ø Disco ↔ Mov. material para cavidade

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Estampagem

Mecanismo do Processo ( blank circular)

1. Flange
❑ Compressão circunferencial
– Tendência a rugas
– Pressão de sujeição: permitir
movimento (↓) sem aparecimento de rugas (↑)
❑ Tração: estiramento radial
❑ Atrito entre blank e ferramental
- Nível de tensão do sujeitador
- Condição da superfície do material - Baixa para permitir movimento;
Pressão de sujeição – suficiente:
- Alta para evitar ruga.
- Tipo de lubrificante empregado
é maior para chapas finas
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Estampagem
Mecanismo do Processo ( blank circular)

2. Região de Dobramento
❑ Estado de tração na região externa ao
dobramento
❑ Estado de compressão na região interna
ao dobramento
❑ Atrito entre blank e ferramental

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Estampagem
Mecanismo do Processo ( blank circular)

3. Lateral
❑ Tração ao longo da lateral (estiramento)
❑ Compressão perpendicular a superfície (afinamento)
❑ Atrito entre blank e ferramental

Depende da folga

Folga> Espessura da chapa


• não afinamento
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• não atrito
Estampagem

Mecanismo do Processo ( blank circular)

4. Fundo do Copo:
❑ Compressão exercida pela extremidade do punção
❑ Transmitido ao copo por tração na direção radial
❑ Atrito entre blank e ferramental

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Estampagem

Mecanismo do Processo ( blank circular)

Atrito;
Press. sujeitador.

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Estampagem

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Tipos de Falhas

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Tipos de Falhas

Minimizar a estricção: reduzir a


força no sujeitador

1. Rugas

27 2. Estricção 3. Springback
Tipos de Falhas

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Tipos de Falhas
INSTABILIDADE DO ESCOAMENTO

Sendo F a carga aplicada ao corpo, a condição de instabilidade e


definida pela condição:
dF = 0

F=.A e dF = .dA + A.d

Pela relação entre comprimento (L) e secção transversal do corpo


estabelecida pela constância de volume
dL/L = - dA/A

d = dL/L

.dA + A.d = 0 , - dA/A = d/dE (condição de instabilidade)

d/dE = 

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em Dieter(1961),
Tipos de Falhas

Springback (Efeito Mola)

Retorno elástico da chapa apos liberação da forca de conformação

Ocorrências: Estampagem e Dobramento

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Controle da formação de texturas de deformação
Formação de orelhas: decorrem da anisotropia de propriedade mecânica (particularmente de
ductilidade) no plano da chapa. Para atenuar esse efeito anisotrópico, a chapa metálica deve
ser produzida com uma sequencia de passes de laminação com pequena intensidade de
deformação e com recozimentos de recristalização intermediários. Dessa forma, pode-se obter
uma chapa praticamente isotrópica.

Aproveitamento de propriedades de resistência mecanica maior numa direção: em alguns


elementos de maquinas ou equipamentos e conveniente ter uma resistência maior numa
direção do que noutra, como no caso de hélice de motor marítimo feito em liga de magnésio .
Procura-se orientar a deformação do material no sentido da pá do hélice, por ser a direção
onde ocorre a máxima resistência e a máxima tensão de tração solicitante.

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Controle da formação de texturas de deformação
Redução das perdas elétricas e magnéticas em chapas de transformadores e maquinas
elétricas: os aços com silício apresentam propriedades elétricas e magnéticas anisotrópicas em
função dos tratamentos mecânicos e térmicos aplicados, devido á textura. Em decorrência
da anisotropia, deve-se cortar as chapas, para a fabricação dos núcleos eletromagnéticos -, no
sentido de fazer coincidir a direção de menor perda magnética com a direção do campo
magnético - a direção de perda mínima de energia coincide com a direção de laminação.

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