Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GEOGRAFIA AGRÁRIA
Geografia Agrária é a ciência que estuda a terra e as suas formas de exploração e cultivo, ou
seja, o desenvolvimento da agricultura. O nascimento dessa atividade se deu na Pré-História,
quando o homem entendeu que criar plantas e domesticar animais eram meios fundamentais de
sobrevivência.
Sistemas Agrícolas
A geografia agrária usa duas classificações bem distintas para definir os tipos de produção
agrícola.
Modelo Intensivo: sistema de produção em larga escala, tecnologia de ponta com mão de obra
especializada, uso de substâncias químicas no controle de pragas e integração com a indústria.
Modelo Extensivo: uso de técnicas rudimentares que visam o mínimo de danos ao solo, produção
voltada para agricultura familiar ou mercado interno, e dispensa do uso de agrotóxicos.
Plantation
Método usado pelas metrópoles europeias nas colônias de exploração, especialmente a América
do século XVI. É configurado pelo cultivo de matérias-primas em grandes latifúndios (extensões de
terra) e uso de mão de obra escrava, principalmente negra.
Outro aspecto é a produção voltada para o comércio externo, fortalecendo assim a dependência
econômica das terras colonizadas.
Agricultura de Subsistência (Familiar)
Esse tipo de agricultura é baseada no cultivo de várias plantas no mesmo terreno (policultura), na
tentativa de preservar o solo. A produção é para o consumo familiar, sendo uma pequena parte
destinada para o comércio.
A qualidade dos produtos é superior aos demais da indústria. Sem auxílio de grandes máquinas, o
plantio geralmente é feito em pequenos hectares de terra.
Por não explorar o uso de máquinas e substâncias químicas, os produtos acabam sendo mais
caros que os industrializados, dificultando a compra das populações de baixa renda.
Agricultura Comercial
Também conhecida como agricultura moderna, nesse tipo de plantio pratica-se o cultivo de
somente um alimento (monocultura) e uso intenso das tecnologias de ponta.
Dentro da geografia agrária, é o modelo de fabricação agrícola que também apoia-se no uso de
maquinário, entretanto, o seu foco está na biotecnologia e criação de sementes transgênicas
(código genético modificado), visando à expansão dos investimentos financeiros.
Com o passar dos anos, a agricultura no Brasil passou por diversas fases e modificações, indo
desde a economia pautada na produção de cana-de-açúcar, no período colonial, até a expansão
do plantio de soja e café.
A partir do século XX, as políticas econômicas contribuíram para o controle da inflação e das taxas
de câmbio, proporcionando o desenvolvimento do setor agrícola brasileiro, que passou a ser a
principal base de equilíbrio da balança comercial do país.
Já o agronegócio favorece grande parte do Produto Interno Bruto (PIB) do país. É uma atividade
intensiva que exige o uso de máquinas, tecnologias de ponta e variedades na mão de obra, além
de insumos com alta qualidade.
3- A geografia agrária usa duas classificações bem distintas para definir os tipos de produção agrícola.
Cite quais são e explique cada uma.
4- Levando-se em conta as diferenças entre o modelo intensivo e extensivo. Cite alguns tipos de
agricultura dentro da Geografia Agrária.
5- Escreva com suas palavras como se deu o desenvolvimento da Agricultura e Agronegócio no Brasil.
O QUE É ESPAÇO URBANO?
O espaço urbano é recorrente da formação de práticas espaciais constitutivas das grandes e médias
cidades.
O Espaço Urbano pode ser definido como o espaço das cidades, o conjunto de atividades que ocorrem em
uma mesma integração local, com a justaposição de casas e edifícios, atividades e práticas econômicas,
sociais e culturais. O espaço da cidade é, dessa forma, uma paisagem representativa do espaço geográfico,
um território das práticas políticas e um lugar das visões de mundo e mediações culturais.
No entanto, é preciso estabelecer uma distinção entre o urbano e as cidades. Existem cidades, por exemplo,
que não são consideradas urbanas, por possuírem uma pequena quantidade de habitantes e uma baixa
dinâmica econômica. Para o IBGE, cidades com menos de 20 mil habitantes são consideradas como espaço
rural. Além disso, no meio agrário, evidenciam-se algumas práticas e características do espaço urbano, o
que nos leva a crer que o urbano transcende (vai além) do espaço das cidades.
Nesse ínterim, podemos dizer que o espaço urbano é economicamente produzido, mas socialmente
vivenciado, ou seja, apropriado e transformado com base em ações racionais e também afetivas.
Dessa forma, com o desenvolvimento das relações industriais, o processo de urbanização – crescimento do
espaço urbano em relação ao espaço rural – passou a ser a principal representação da modernidade.
Assim, temos a evidência de como a industrialização interfere e acentua o processo de urbanização.
Antes da Primeira Revolução Industrial, cerca de 90% da população das diferentes sociedades era rural.
Atualmente, com a Terceira Revolução Industrial em curso, a humanidade atingiu pela primeira vez a
maioria urbana, segundo dados de 2010 da Organização das Nações Unidas.
Na era moderna, podemos dizer que o processo de crescimento do espaço urbano ocorre por dois
argumentos de elementos principais, os fatores atrativos e os fatores repulsivos.
Por fatores atrativos entende-se o crescimento das cidades a partir dos supostos benefícios que elas
oferecem, principalmente aqueles relativos ao crescimento industrial, em que boa parte da população do
campo é atraída pela oferta de mão de obra, e às possibilidades de crescimento e emancipação sociais.
Esses elementos foram predominantes em países hoje considerados desenvolvidos, que passaram pelo
processo de industrialização clássica. Entre as cidades, podemos citar os casos de Londres, Nova York,
Paris e outras.
Por fatores repulsivos entende-se o crescimento das cidades em função da saída dos trabalhadores do
campo, em face da mecanização da produção agrícola ou da concentração fundiária. A urbanização
causada por fatores repulsivos costuma ser mais acelerada e revela uma maior quantidade de problemas
sociais, sendo característica dos países subdesenvolvidos. Entre as cidades, podemos citar os casos de
São Paulo, Rio de Janeiro, Cidade do México, entre outras.
Assim, através dos fatores atrativos e repulsivos, podemos perceber que o espaço urbano cresce,
principalmente, com a migração do tipo campo-cidade que, quando ocorre em massa, é chamada de êxodo
rural. Quando esse processo proporciona um crescimento desordenado das cidades, ou seja, quando esse
crescimento foge do controle do Estado e dos governos, observa-se a emergência de graves problemas
sociais urbanos, dos quais destacam-se: a favelização, ocupações irregulares, índices de miséria, violência
e muitos outros.
Além de problemas sociais, a urbanização acelerada pode evidenciar a emergência de problemas
ambientais urbanos, dentre eles, merecem destaque as ilhas de calor, as chuvas ácidas e a inversão
térmica.
Portanto, mesmo sendo a expressão dos avanços da modernidade, o espaço urbano também pode ser a
principal evidência de suas contradições.
Para concretizar seus conhecimentos acerca do tema Espaço Geográfico Urbano, acesse o link:
https://www.youtube.com/watch?v=7f8CXiFp6fk.
QUESTÕES
1- Explique com suas palavras o que entendeu sobre Espaço Geográfico Urbano, e como se deu o
crescimento desse espaço.
4- No século XIX, o preço mais alto dos terrenos situados no centro das cidades é causa da
especialização dos bairros e de sua diferenciação social. Muitas pessoas, que não têm meios
de pagar os altos aluguéis dos bairros elegantes, são progressivamente rejeitadas para a
periferia, como os subúrbios e os bairros mais afastados.
RÉMOND, R. O século XIX. São Paulo: Cultrix, 1989 (adaptado).
GLOBALIZAÇÃO ECONOMICA
A globalização econômica é um fenômeno que foi aprofundado após a Queda do Muro de Berlim,
em 1989. A partir deste momento, deixou de existir a divisão que vigorava no mundo entre países
capitalistas e socialistas.
Com isso houve um aumento de fluxo de mercadorias e transações financeiras. Dentro desse
contexto, várias associações entre países surgiram como o Mercosul, APEC, Nafta, etc.
Associando-se em blocos econômicos, os países conseguem mais força nas relações comerciais.
Globalização e Economia
Os países dominam as grandes empresas ou as grandes empresas dominam os países?
As empresas transacionais que comercializam no mundo todo são os principais agentes da
globalização econômica.
É certo que ainda falamos de governo e nação, no entanto, estes deixaram de representar o
interesse da população. Agora, os Estados defendem, sobretudo, as empresas e bancos.
Na maior parte das vezes são as empresas americanas, europeias e grandes conglomerados
asiáticos que dominam este processo.
Globalização e Neoliberalismo
A globalização econômica só foi possível com o neoliberalismo adotado nos anos 80 pela Grã-
Bretanha governada por Margaret Thatcher (1925-2013) e os Estados Unidos, de Ronald Reagan
(1911-2004).
O neoliberalismo defende que o Estado deve ser apenas um regulador e não um impulsor da
economia. Igualmente aponta a flexibilidade das leis trabalhistas como uma das medidas que é
preciso tomar a fim de fortalecer a economia de um país.
Isto gera uma economia extremamente desigual onde somente os gigantes comerciais tem mais
adaptação neste mercado. Assim, muita gente fica para trás neste processo.
Globalização e Exclusão
Uma das faces mais perversas da globalização econômica é a exclusão. Isto porque a globalização
é um fenômeno assimétrico e nem todos os países ganharam da mesma forma.
Um dos grandes problemas atuais é a exclusão digital. Aqueles que não têm acesso às novas
tecnologias (smartphones, computadores) estão condenados a ficarem cada vez mais isolados.
QUESTÕES
5-Com base na resposta da questão 2, escolha uma empresa, crie logotipo e logomarca, faça de
conta que é uma Multinacional, e tente fazer acordos entre seus colegas. (Faça em dupla).
Somente no final do século XVII e início do século XVIII, o crescimento populacional no mundo se
intensificou, visto que antes desse período a expectativa de vida era muito baixa, fato que elevava
as taxas de mortalidade. Em 1930, a Terra era habitadas por cerca de 2 bilhões de pessoas e, em
1960, esse número atingiu a marca de 3 bilhões, com média de crescimento populacional de 2% ao
ano. Durante a década de 1980, a população mundial ultrapassou a marca de 5 bilhões de
pessoas.
Atualmente, a taxa de crescimento populacional mundial, inferior a 1,2% ao ano, está em constante
declínio. Porém, a expectativa de vida está em ascensão em virtude dos avanços na
medicina, saneamento ambiental, maiores preocupações com a saúde, entre outros fatores. Sendo
assim, o número de habitantes no mundo continua aumentando.
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Fundo de População das Nações Unidas (Fnuap),
a população mundial é de 6,908 bilhões de habitantes. Segundo estimativas da Organização das
Nações Unidas (ONU), o contingente populacional do planeta atingirá a marca de 9 bilhões de
habitantes em 2050, ou seja, um acréscimo de aproximadamente 2,1 milhões de habitantes, sendo
a taxa de crescimento de 0,33% ao ano.
É importante ressaltar que o aumento populacional ocorre de forma distinta conforme cada
continente do planeta. A África, por exemplo, registra crescimento populacional de 2,3% ao ano. A
Europa, por sua vez, apresenta taxa de 0,1% ao ano. América e Ásia possuem taxa de 1,1% ao
ano e a Oceania, 1,3% ao ano.
QUESTÕES
1- Explique crescimento vegetativo.