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UNIDADE I

Estudos Disciplinares
A Identidade Cultural
na Pós-Modernidade,
de Stuart Hall
Profa. Ma. Letícia Andrade
Quem foi Stuart Hall?

 Vamos começar falando um pouco sobre Stuart Hall, o autor da obra “A Identidade
Cultural na Pós-Modernidade”, que é o nosso objeto de estudo nesse módulo dos
Estudos Disciplinares.
 Hall nasceu em Kingston, capital da Jamaica, em 1932, e faleceu em Londres, em
2014, aos 82 anos.
 Ele foi teórico cultural, sociólogo e um dos pais fundadores da Escola de
Birmingham dos Estudos Culturais, tendo vivido e atuado no Reino Unido
de 1951 até 1997, quando se aposentou como professor.
 Hall também é reconhecido mundialmente no meio
acadêmico por ter expandido o escopo dos estudos
culturais por incluir discussões sobre raça e gênero,
tendo sido casado com a também professora e militante
feminista Catherine Hall.
Quem foi Stuart Hall?

Fonte: https://frieze.com/article/picture-
piece-stuart-hall-sleeping-child
A obra

 No Brasil, a obra “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade” é publicada pela


Editora DP&A desde 1992.
 Nela, Hall discute as identidades culturais na pós-modernidade, apresenta
concepções de indivíduos, introduz conceitos e processos ligados aos vários
aspectos da identidade e de suas interações com outros elementos e avalia
a existência de uma “crise de identidade”.
 Trata-se de um livro curto, dividido em seis capítulos.

Fonte: https://www.enjoei.com.br/p/a-identidade-
cultural-na-pos-modernidade-2781814
A obra

Ao longo da obra, Hall explora as seguintes questões:

Existe uma “crise de identidade”?


Em que consiste essa crise?
Em que direção ela está indo?
O que pretendemos dizer com “crise de identidade”?
Que acontecimentos recentes nas sociedades modernas precipitaram essa crise?
Que formas ela toma?
Quais são suas consequências potenciais?
A obra

Antes de apresentar seus argumentos, Hall localiza as discussões sobre identidade


na teoria social:

 “[...] as velhas identidades, que por tanto tempo


estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazendo
surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo
moderno, até aqui visto como um sujeito unificado.
A assim chamada “crise de identidade” é vista como
parte de um processo mais amplo de mudança, que
está deslocando as estruturas e processos centrais
das sociedades modernas e abalando os quadros de
referência que davam aos indivíduos uma ancoragem
estável no mundo social” (HALL, 2006, p. 7).
A obra

Hall também expõe seu ponto de vista sobre a questão antes de prosseguir:

 “[...] Este livro é escrito a partir de uma posição basicamente simpática à afirmação
de que as identidades modernas estão sendo “descentradas”, isto é, deslocadas
ou fragmentadas. Seu propósito é o de explorar esta afirmação, ver o que ela
implica, qualificá-la e discutir quais podem ser suas prováveis consequências.
Ao desenvolver o argumento, introduzo certas complexidades e examino alguns
aspectos contraditórios que a noção de “descentração", em sua forma mais
simplificada, desconsidera” (HALL, 2006, p. 8).
A obra

Hall também explica que as formulações de sua obra são provisórias


e abertas a contestações:

 “[...] A opinião dentro da comunidade sociológica está ainda profundamente


dividida quanto a esses assuntos. As tendências são demasiadamente recentes e
ambíguas. O próprio conceito com o qual estamos lidando, “identidade”, é
demasiadamente complexo, muito pouco desenvolvido e muito pouco
compreendido na ciência social contemporânea para ser definitivamente
posto à prova” (HALL, 2006, p. 8).
Interatividade

Todas as alternativas a seguir apontam questões exploradas por Stuart Hall


em “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade”, exceto:

a) A existência ou não de uma “crise de identidade” na pós-modernidade.


b) A direção que essa “crise de identidade” está tomando.
c) Como essa “crise de identidade” pode ter sido precipitada.
d) Como acabar com essa “crise de identidade”.
e) As consequências dessa “crise de identidade”.
Resposta

Todas as alternativas a seguir apontam questões exploradas por Stuart Hall


em “A Identidade Cultural na Pós-Modernidade”, exceto:

a) A existência ou não de uma “crise de identidade” na pós-modernidade.


b) A direção que essa “crise de identidade” está tomando.
c) Como essa “crise de identidade” pode ter sido precipitada.
d) Como acabar com essa “crise de identidade”.
e) As consequências dessa “crise de identidade”.
Capítulo 1 – A identidade em questão

No Capítulo 1, Hall trata de três concepções de identidade:


 Sujeito iluminista;
 Sujeito sociológico; e
 Sujeito pós-moderno.

Fonte: https://www.flickr.com/photos/hollowjoys/8177589757
Capítulo 1 – A identidade em questão

Hall descreve o sujeito iluminista da seguinte forma:

 “O sujeito do Iluminismo estava baseado numa concepção da pessoa humana


como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de
razão, de consciência e de ação, cujo “centro” consistia num núcleo interior, que
emergia pela primeira vez quando o sujeito nascia e com ele se desenvolvia, ainda
que permanecendo essencialmente o mesmo – contínuo ou ‘idêntico’ a ele – ao
longo da existência do indivíduo” (HALL, 2006, p. 10).
Capítulo 1 – A identidade em questão

 No caso do sujeito iluminista, o centro essencial do eu era a identidade


de uma pessoa.
 Essa era uma concepção muito individualista do sujeito e de sua identidade, um
sujeito que era usualmente descrito como masculino.

Fonte: https://beduka.com/blog/materias/historia/principais-caracteristicas-iluminismo/
Capítulo 1 – A identidade em questão

Hall descreve o sujeito sociológico da seguinte forma:

 “A noção de sujeito sociológico refletia a crescente complexidade do mundo


moderno e a consciência de que este núcleo interior do sujeito não era autônomo e
autossuficiente, mas era formado na relação com ‘outras pessoas importantes para
ele’, que mediavam para o sujeito os valores, sentidos e símbolos – a cultura – dos
mundos que ele/ela habitava. [...] De acordo com essa visão [Mead, Cooley etc.],
que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é
formada na ‘interação’ entre o eu e a sociedade” (HALL, 2006, p. 11).
Capítulo 1 – A identidade em questão

 No caso do sujeito pós-moderno, existe um núcleo ou essência interior que


é o “eu real”, mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os
mundos culturais ‘exteriores’ e as identidades que esses mundos oferecem.
 Nessa concepção, a identidade preenche
o espaço entre o “interior” e o "exterior” –
entre o mundo pessoal e o mundo público.

Fonte: http://www.jobnetjapan.jp/costumes-japoneses-que-irao-te-
surpreender/reverencia-como-cumprimentar-no-exterior/
Capítulo 1 – A identidade em questão

Hall fala ainda da importância da identidade para ligar o sujeito à estrutura:

 “O fato de que projetamos a ‘nós próprios’ nessas identidades culturais, ao mesmo


tempo que internalizamos seus significados e valores, tornando-os ‘parte de nós’,
contribui para alinhar nossos sentimentos subjetivos com os lugares objetivos que
ocupamos no mundo social e cultural. A identidade, então, costura (ou, para usar
uma metáfora médica, ‘sutura’) o sujeito à estrutura. Estabiliza tanto os sujeitos
quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente
mais unificados e predizíveis” (HALL, 2006, p. 11).
Capítulo 1 – A identidade em questão

Fonte:
https://www.aceitosim.com.br/fotos-
de-casamento/fotos-de-casamento-10
Capítulo 1 – A identidade em questão

Fonte: http://atl.clicrbs.com.br/atlgirls/2015/05/07/conheca-
10-diferentes-casamentos-ao-redor-do-mundo/
Interatividade

Segundo Hall, na concepção do sujeito sociológico, qual dos elementos a seguir


é responsável por “costurar” o sujeito à estrutura ou, em outras palavras, por
torná-los – sujeito e estrutura – co-constituídos, sem que um anteceda o outro?
a) Interação.
b) Aprendizado.
c) Cultura.
d) Personalidade.
e) Identidade.
Resposta

Segundo Hall, na concepção do sujeito sociológico, qual dos elementos a seguir


é responsável por “costurar” o sujeito à estrutura ou, em outras palavras, por
torná-los – sujeito e estrutura – co-constituídos, sem que um anteceda o outro?
a) Interação.
b) Aprendizado.
c) Cultura.
d) Personalidade.
e) Identidade.
Capítulo 1 – A identidade em questão

Hall argumenta que as duas primeiras concepções de identidade


sofreram mudanças:

 “O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade


unificada e estável, está se tornando fragmentado;
composto não de uma única, mas de várias identidades,
algumas vezes contraditórias ou não resolvidas.
Correspondentemente, as identidades, que compunham
as paisagens sociais ‘lá fora’ e que asseguravam nossa
conformidade subjetiva com as ‘necessidades’ objetivas
da cultura, estão entrando em colapso, como resultado de
mudanças estruturais e institucionais” (HALL, 2006, p. 12).
Capítulo 1 – A identidade em questão

 Até mesmo o processo de identificação, através do qual nos projetamos em


nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.
 Esse processo produz o sujeito pós-moderno, que não tem uma identidade fixa,
essencial ou permanente.

Fonte:
http://quebrandoparadigmass.blogspot.com/2012/10
/nascimento-e-morte-do-sujeito-moderno.html
Capítulo 1 – A identidade em questão

 Nesse caso, a identidade torna-se uma “celebração móvel”, formada e


transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos
representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam.
 A concepção de identidade aqui é definida historicamente, e não biologicamente.
 O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que
não são unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro de nós há identidades
contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas
identificações estão sendo continuamente deslocadas.
 Assim, se sentimos que temos uma identidade unificada
desde o nascimento até a morte é apenas porque
construímos uma história sobre nós mesmos ou uma
“narrativa do eu”.
Capítulo 1 – A identidade em questão

Fonte: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-137446/
Capítulo 1 – A identidade em questão

 A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente não existe.


 Em seu lugar, na medida em que os sistemas de significação e representação
cultural se multiplicam, somos confrontados por uma multiplicidade
de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos
nos identificar – ao menos temporariamente.

Fonte: http://g1.globo.com/mato-
grosso/noticia/2015/02/forca-
nacional-pode-atuar-em-protesto-de-
indios-em-rodovia-em-mt.html
Capítulo 1 – A identidade em questão

Fonte: https://incrivel.club/inspiracao-mulher/atras-dos-portoes-do-harem-
como-as-mulheres-arabes-realmente-vivem-detras-de-las-puertas-del-haren-
como-viven-en-realidad-las-mujeres-arabes-367810/
Capítulo 1 – A identidade em questão

 Ainda no Capítulo 1, Hall discute também as mudanças na própria modernidade,


não se restringindo às mudanças no sujeito.
 Nas sociedades tradicionais, existia um centro, um princípio articulador
ou organizador único.
 Nas sociedades modernas, a globalização descentralizou essas referências,
criando novas e misturando outras.
 Assim, a globalização, na modernidade, afeta a forma como as identidades
se criam, se modificam, se hibridizam etc.
 Em resumo, as transformações resultantes da
modernidade tardia libertaram o indivíduo de seus apoios
estáveis nas tradições e nas estruturas, de modo que as
identidades também se sujeitam a transformações.
Capítulo 1 – A identidade em questão

Fonte:
http://oenem.com.br/blog/
globalizacao-atualidades/
Capítulo 1 – A identidade em questão

É apenas no final do Capítulo 1 que Hall vai informar o leitor acerca da forma como
dividiu sua obra:

 “Em primeiro lugar, vou examinar, de uma forma um


pouco mais profunda, como o conceito de identidade
mudou: do conceito ligado ao sujeito do Iluminismo para
o conceito sociológico e, depois, para o do sujeito ‘pós-
moderno’. Em seguida, o livro explorará aquele aspecto
da identidade cultural moderna que é formado através do
pertencimento a uma cultura nacional e como os
processos de mudança – uma mudança que efetua um
deslocamento – compreendidos no conceito de
“globalização” estão afetando isso” (HALL, 2006, p. 21).
Interatividade

Qual dos adjetivos a seguir melhor descreve a identidade do sujeito pós-moderno?

a) Fragmentada.
b) Unificada.
c) Permanente.
d) Estável.
e) Coerente.
Resposta

Qual dos adjetivos a seguir melhor descreve a identidade do sujeito pós-moderno?

a) Fragmentada.
b) Unificada.
c) Permanente.
d) Estável.
e) Coerente.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 No Capítulo 2, Hall introduz o conceito de descentração do sujeito, trata da morte


do sujeito cartesiano e indica cinco obras e autores que contribuíram, no período
da modernidade tardia (a segunda metade do século XX), para a descentração do
sujeito cartesiano.
 O primeiro descentramento importante foi possibilitado pelo escritos de Marx.
 Os escritos de Marx pertencem ao século XIX, e não ao século XX, mas a sua
redescoberta e reinterpretação na década 1960 foi à luz da sua afirmação de que
os “homens fazem a história, mas apenas sob as condições que lhes são dadas”.
 Os novos intérpretes da obra de Marx afirmaram que os
indivíduos não poderiam ser os agentes da história, uma
vez que eles podiam agir apenas com base em condições
históricas criadas por outros e sob as quais eles nasciam.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 Assim, o marxismo deslocava qualquer noção


de agência individual.

Fonte:
https://www.infoescola.com
/biografias/karl-marx/
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 O segundo descentramento no pensamento ocidental


do século XX vem da descoberta do inconsciente
por Sigmund Freud.

Fonte:
https://pt.wikisource.org/wiki/Autor:Sigmund_Freud
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 A teoria freudiana de que nossas identidades,


nossa sexualidade e a estrutura de nossos desejos
são formadas com base em processos psíquicos e
simbólicos do inconsciente, que funciona de acordo
com uma “lógica” muito diferente da lógica racional,
arrasa com o conceito do sujeito racional provido
de uma identidade fixa e unificada – o “penso, logo
existo”, do sujeito de Descartes.

Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Ren%C3%A9_Descartes
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

Fonte:
https://onsizzle.com/i/pens
o-posto-no-face-faco-um-
selfie-logo-existo-
vers%C3%A3o-726172
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 O terceiro descentramento foi possibilitado pelo trabalho do linguista estrutural,


Ferdinand de Saussure.
 Saussure argumentava que nós não somos os autores das afirmações que
fazemos ou dos significados que expressamos na língua. Nós podemos utilizar a
língua para produzir significados apenas nos posicionando no interior das regras
da língua e dos sistemas de significado de nossa cultura. A língua é um sistema
social e não um sistema individual. Ela nos precede. Assim, falar uma língua
significa apenas expressar nossos pensamentos mais interiores e originais e ativar
a imensa gama de significados que já estão embutidos nela.
 Outro linguista moderno, Jacques Derrida, vai dizer que
existem sempre significados suplementares sobre os
quais não temos controle, que surgirão e subverterão
nossas tentativas de criar mundos fixos e estáveis.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 O quarto descentramento principal da identidade do sujeito ocorre no trabalho do


filósofo e historiador francês Michel Foucault.
 Foucault produziu uma espécie de “genealogia do sujeito moderno” e destacou um
novo tipo de poder – “poder disciplinar” –, que se desdobra ao longo do século
XIX, chegando ao seu desenvolvimento máximo no início do presente século.
 O poder disciplinar está preocupado, em primeiro lugar, com a regulação, a
vigilância e o governo da espécie humana ou de populações inteiras e, em
segundo lugar, do indivíduo e do corpo.
 Seus locais são aquelas novas instituições que se
desenvolveram ao longo do século XIX e que “policiam”
e disciplinam as populações modernas – oficinas,
quartéis, escolas, prisões, hospitais, clinicas e assim
por diante.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 O quinto descentramento consiste no feminismo, tanto como uma crítica teórica


quanto como um movimento social.
 O feminismo faz parte daquele grupo de “novos movimentos sociais” que surgiram
durante os anos 1960 (o grande marco da modernidade tardia), juntamente com as
revoltas estudantis, os movimentos juvenis, as lutas pelos direitos civis, os
movimentos revolucionários do “Terceiro Mundo”, os movimentos pela paz,
entre outros.
 O feminismo descentrou o sujeito cartesiano e sociológico
ao enfatizar a forma como somos formados e produzidos
como sujeitos generificados, ao incluir a formação das
identidades sexuais e de gênero e ao questionar a noção
de que os homens e as mulheres eram parte
da mesma identidade.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno

 Assim, ao apresentar as reflexões desses autores, Hall mapeou as mudanças


conceituais através das quais o sujeito iluminista, visto como tendo uma identidade
fixa e estável, foi descentrado, resultando nas identidades abertas, contraditórias,
inacabadas, fragmentadas, do sujeito pós-moderno.

Hall enfatiza o seguinte:

 “[...] muitas pessoas não aceitam as implicações


conceituais e intelectuais desses desenvolvimentos do
pensamento moderno. Entretanto, poucas negariam agora
seus efeitos profundamente desestabilizadores sobre as
ideias da modernidade tardia [...]” (HALL, 2006, p. 46).
Interatividade

Qual dos autores abaixo não é apontado por Hall como responsável por contribuir
com a descentração do sujeito cartesiano na modernidade tardia?

a) Karl Marx.
b) Sigmund Freud.
c) René Descartes.
d) Michel Foucault.
e) Ferdinand de Saussurre.
Resposta

Qual dos autores abaixo não é apontado por Hall como responsável por contribuir
com a descentração do sujeito cartesiano na modernidade tardia?

a) Karl Marx.
b) Sigmund Freud.
c) René Descartes.
d) Michel Foucault.
e) Ferdinand de Saussurre.
ATÉ A PRÓXIMA!
UNIDADE II
Estudos Disciplinares
A Identidade Cultural
na Pós-Modernidade,
de Stuart Hall
Profa. Ma. Letícia Andrade
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 No capítulo 3, Hall discute o que está acontecendo à identidade cultural na


modernidade tardia, mais, especificamente, como as identidades culturais
nacionais estão sendo afetadas pelo processo de globalização.
 Hall explica que a identidade cultural a que se refere é a identidade nacional.
 No mundo moderno, as culturas nacionais em que nascemos se constituem em
uma das principais fontes de identidade cultural. Ao nos definirmos, algumas vezes
dizemos que somos brasileiros, ingleses ou indianos. Obviamente, ao fazer isso,
estamos falando de forma metafórica.
 Essas identidades nacionais com as quais nos
correspondemos não estão literalmente impressas em
nossos genes, mas pensamos nelas como se fossem
parte de nossa natureza essencial.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 As identidades nacionais não são coisas com as quais nascemos, são formadas e
transformadas no interior da representação. Nós só sabemos o que significa ser
“brasileiro” devido ao modo como a “brasilidade” veio a ser representada – como
um conjunto de significados – pela cultura nacional brasileira.

Fonte:
https://aventurasnahistor
ia.uol.com.br/noticias/re
portagem/capoeira-a-
arte-renegada.phtml
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Assim, a nação não é apenas uma


entidade política, mas algo que produz
sentidos, ou seja, um sistema de
representação cultural; e as pessoas
não são apenas cidadãs legais de
uma nação, mas participam da ideia
da nação tal como representada em
sua cultura nacional.

Fonte:
https://br.pinterest.com/pi
n/711357703614791161/
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 As culturas nacionais, ao produzir sentidos sobre a nação, sentidos com os quais


podemos nos identificar, constroem identidades. Esses sentidos estão contidos
nas histórias que são contadas sobre a nação, memórias que conectam seu
presente com seu passado e imagens que dela são construídas.
 Hall compartilha da ideia de que a identidade nacional é uma
“comunidade imaginada”.
 Assim, as diferenças entre as nações residem nas diferentes formas como elas
são imaginadas.
 Ainda nesse capítulo, Hall apresenta cinco estratégias
que auxiliam na tarefa de se imaginar uma nação
moderna, ou seja, de se contar a narrativa de uma
cultura nacional.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Em primeiro lugar,

“[...] há a narrativa da nação, tal como é contada e recontada nas histórias e nas
literaturas nacionais, na mídia e na cultura popular. Essas fornecem uma série de
estórias, imagens, panoramas, cenários, eventos históricos, símbolos e rituais
nacionais que simbolizam ou representam as experiências partilhadas, as perdas, os
triunfos e os desastres que dão sentido à nação. Como membros de tal ‘comunidade
imaginada’, nos vemos, no olho de nossa mente, como compartilhando dessa
narrativa. Ela dá significado e importância à nossa monótona existência [...].”
(HALL, 2006, p. 52)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Em segundo lugar,

“[...] há a ênfase nas origens, na continuidade, na tradição e na intemporalidade. A


identidade nacional é representada como primordial – ‘está lá, na verdadeira natureza
das coisas’, algumas vezes adormecida, mas sempre pronta para ser ‘acordada’ de
sua ‘longa, persistente e misteriosa sonolência’, para reassumir sua inquebrantável
existência (GELLNER, 1983, p. 48). Os elementos essenciais do caráter nacional
permanecem imutáveis, apesar de todas as vicissitudes da história. Está lá desde o
nascimento, unificado e contínuo, ‘imutável’ ao longo de todas as mudanças, eterno.”
(HALL, 2006, p. 53)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Em terceiro lugar,

“Uma terceira estratégia discursiva é constituída por aquilo que Hobsbawm e Ranger
chamam de invenção da tradição: ‘Tradições que parecem ou alegam ser antigas
são muitas vezes de origem bastante recente e algumas vezes inventadas [...].
Tradição inventada significa um conjunto de práticas [...], de natureza ritual ou
simbólica, que buscam inculcar certos valores e normas de comportamentos através
da repetição, a qual, automaticamente, implica continuidade com um passado
histórico adequado’.”
(HALL, 2006, p. 54)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Em quarto lugar,

“[...] exemplo de narrativa da cultura nacional é a do mito fundacional: uma estória


que localiza a origem da nação, do povo e de seu caráter nacional num passado tão
distante que eles se perdem nas brumas do tempo, não do tempo ‘real’, mas de um
tempo ‘mítico’. Tradições inventadas tornam as confusões e os desastres da história
inteligíveis, transformando a desordem em ‘comunidade’. Mitos de origem também
ajudam povos desprivilegiados a ‘conceberem e expressarem seu ressentimento e
sua satisfação em termos inteligíveis’.”
(HALL, 2006, p. 54)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Em quinto lugar,

“A identidade nacional é também muitas vezes simbolicamente baseada na ideia de


um povo puro, original. Mas, nas realidades do desenvolvimento nacional, é
raramente esse povo primordial que persiste ou que exercita o poder.”
(HALL, 2006, p. 55)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Fonte: https://www.survivalbrasil.org/ultimas-noticias/7104
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Fonte:
https://www.oarquivo.com.br
/temas-polemicos/verdades-
inconvenientes/4446-
genoc%C3%ADdio-
ind%C3%ADgena-nos-
estados-unidos.html
Interatividade

Sobre a forma como as comunidades são imaginadas, assinale a


alternativa incorreta:

a) As pessoas não nascem com sentimento de pertencimento a determinada nação,


isso lhes é inculcado.
b) As narrativas acerca da nação servem para concretizar a forma como aquela
nação é imaginada.
c) As tradições de uma nação podem ser inventadas.
d) Os “povos puros” que se baseiam nas identidades
nacionais são valorizados pela posteridade em muitos
aspectos.
e) Os elementos essenciais da identidade nacional
permanecem imutáveis, apesar de todas as vicissitudes.
da história.
Resposta

Sobre a forma como as comunidades são imaginadas, assinale a


alternativa incorreta:

a) As pessoas não nascem com sentimento de pertencimento a determinada nação,


isso lhes é inculcado.
b) As narrativas acerca da nação servem para concretizar a forma como aquela
nação é imaginada.
c) As tradições de uma nação podem ser inventadas.
d) Os “povos puros” que se baseiam nas identidades
nacionais são valorizados pela posteridade em muitos
aspectos.
e) Os elementos essenciais da identidade nacional
permanecem imutáveis, apesar de todas as vicissitudes.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Antes de concluir o capítulo 3, Hall discute se as culturas nacionais e as


identidades nacionais que elas constroem são realmente unificadas.
 Para Hall, três elementos formam a base da unidade de uma nação – as memórias
do passado, o desejo de viver em conjunto e a perpetuação da herança.
 Não importa quão diferentes sejam os membros de uma nação em termos de
classe, gênero ou raça; uma cultura nacional sempre buscará unificá-los em uma
identidade cultural, para representá-los todos como pertencendo a mesma e
grande família nacional.
 Mas essa tentativa, por si só, não torna uma identidade
nacional unificada, pois uma cultura nacional não é um
simples ponto de lealdade, união e identificação simbólica;
mas também uma estrutura de poder cultural.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Para mostrar que as identidades culturais não são unificadas, Hall apresenta três
argumentos:

 A maioria das nações consiste de culturas separadas que só foram unificadas por
um longo processo de conquista violenta, ou seja, pela supressão forçada da
diferença cultural;
 As nações são sempre compostas de diferentes classes socais e diferentes grupos
étnicos e de gênero;
 Em terceiro lugar, as nações ocidentais modernas foram
também os centros de impérios ou de esferas
neoimperiais de influência, exercendo uma hegemonia
cultural sobre as culturas dos colonizados.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Assim, ao invés de pensar as culturas nacionais como unificadas, deveríamos


pensá-las como atravessadas por profundas divisões e diferenças internas que
são unificadas apenas pelo exercício de diferentes formas de poder cultural.
 Uma forma de unificar as culturas nacionais tem sido a de representá-las como a
expressão da cultura de “um único povo”.
 A etnia é o termo que utilizamos para nos referirmos às características culturais
(língua, religião, costume, tradições etc.) que são partilhadas por um povo.
 Mas a ideia da etnia é um mito.
 É difícil encontrar qualquer nação que seja composta por
um “único povo”, uma “única cultura” ou uma “única etnia”.
 As nações modernas são, todas, híbridos culturais.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

 Em resumo:

“Este breve exame solapa a ideia da nação como uma identidade cultural unificada.
As identidades nacionais não subordinam todas as outras formas de diferença e não
estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de
diferenças sobrepostas. Assim, quando vamos discutir se as identidades nacionais
estão sendo deslocadas, devemos ter em mente a forma pela qual as culturas
nacionais contribuem para ‘costurar’ as diferenças numa única identidade.”
(HALL, 2006, p. 65)
Capítulo 4 – Globalização

 No capítulo 4, Hall explica que a globalização está


deslocando as identidades culturais nacionais.

 É importante mencionar que existem duas


tendências contraditórias presentes no interior
da globalização – por um lado, a tendência à
autonomia nacional; por outro lado, a tendência
à globalização.

Fonte: http://www.tribunadainternet.com.br/politica-antiglobalizacao-
de-trump-pode-beneficiar-os-produtos-brasileiros/
Capítulo 4 – Globalização

Hall aponta, então, três possíveis impactos do caráter dual da globalização sobre as
identidades culturais:

 As identidades nacionais estão se desintegrando por causa do crescimento da


homogeneização cultural;

 As identidades nacionais e outras identidades locais ou particularistas estão sendo


reforçadas pela resistência à globalização;

 As identidades nacionais estão em declínio, mas novas


identidades híbridas estão tomando seu lugar.
Capítulo 4 – Globalização

 A partir daí, Hall se concentra no último impacto.


 Uma das características principais da hibridização é a “compressão espaço-
tempo”, a aceleração dos processos globais, de forma que se sente que o mundo
é menor e as distâncias mais curtas, que os eventos em um determinado lugar têm
um impacto imediato sobre pessoas e lugares situados a uma grande distância.
 Os lugares permanecem fixos, mas o espaço pode ser cruzado em um piscar de
olhos, por avião a jato, por celular, por satélite.

Fonte: https://www.motor24.pt/dinheiro-vivo/os-20-melhores-telemoveis-do-mundo/
Capítulo 4 – Globalização

 Em resumo:

“Alguns teóricos argumentam que o efeito geral desses processos globais tem sido o
de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam
que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura
nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, ‘acima’ e ‘abaixo’
do nível do estado-nação. Colocadas acima do nível da cultura nacional, as
identificações ‘globais’ começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar, as
identidades nacionais.”
(HALL, 2006, p. 73)
Interatividade

Qual dos elementos tem sido utilizado para unificar as culturas nacionais?

a) Religião.
b) Etnia.
c) Raça.
d) Língua.
e) Nacionalidade.
Resposta

Qual dos elementos tem sido utilizado para unificar as culturas nacionais?

a) Religião.
b) Etnia.
c) Raça.
d) Língua.
e) Nacionalidade.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia

 No capítulo 5, Hall questiona se as identidades nacionais estão sendo


“homogeneizadas”.
 Para Hall, a homogeneização cultural é o protesto daqueles que estão
convencidos de que a globalização ameaça solapar as identidades e a “unidade”
das culturas nacionais.

Mas esse quadro seria muito simplista, exagerado e unilateral; existindo para ele três
contratendências principais:

 Ao lado da tendência em direção à homogeneização


global, há também uma fascinação com a diferença e com
a mercantilização da etnia e da “alteridade”;
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia

 A globalização é desigualmente distribuída ao redor do globo, entre regiões e entre


diferentes estratos da população dentro das regiões;

 Não é possível saber o que é mais afetado pela homogeneização cultural, uma vez
que a direção do fluxo é desequilibrada e que continuam a existir relações
desiguais de poder cultural entre o Ocidente e “o Resto”; pode parecer que a
globalização – embora seja, por definição, algo que afeta o globo inteiro – seja
essencialmente um fenômeno ocidental.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia

 Ainda no capítulo 5, Hall inicia um instigante debate sobre o novo interesse pelo
local e a nova articulação entre o global e o local.
 Hall defende que a globalização tem um efeito deslocador das identidades
centradas e fechadas de uma cultura nacional. Esse efeito altera as identidades
fixas, tornando-as menos fixas, plurais, mais políticas e diversas.
Esse movimento pode produzir dois efeitos:
 A tradição, que tenta recuperar a pureza anterior e recobrir as unidades e as
certezas que são sentidas como tendo sido perdidas;
 A tradução, que aceita que as identidades estão sujeitas
ao plano da história, da política, da representação e da
diferença e não podem ser unitárias ou puras.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia

 Naquilo que diz respeito às identidades, existe uma oscilação entre tradição
e tradução.
 Em toda parte, estão emergindo identidades culturais que não são fixas, mas que
estão suspensas, em transição, entre diferentes posições; que retiram seus
recursos, ao mesmo tempo, de diferentes tradições culturais; e que são o produto
desses complicados cruzamentos e misturas culturais que são cada vez mais
comuns em um mundo globalizado.
 Pode ser tentador pensar na identidade, na era da
globalização, como estando destinada a acabar em um
lugar ou noutro: ou retornando às suas raízes ou
desaparecendo pela assimilação e pela homogeneização.
 Mas esse pode ser um falso dilema.
Capítulo 4 – Globalização

A possibilidade da tradução é real:

“Este conceito descreve aquelas formações de identidade que atravessam e


intersectam as fronteiras naturais, compostas por pessoas que foram dispersadas
para sempre de sua terra natal. Essas pessoas retêm fortes vínculos com seus
lugares de origem e suas tradições, mas sem a ilusão de um retorno ao passado.
Elas são obrigadas a negociar com as novas culturas em que vivem, sem
simplesmente serem assimiladas por elas e sem perder completamente
suas identidades.”
(HALL, 2006, p. 88)
Capítulo 4 – Globalização

Ainda sobre a tradução, os indivíduos envolvidos nela:

“[...] são o produto das novas diásporas criadas pelas migrações pós-coloniais. Eles
devem aprender a habitar, no mínimo, duas identidades, a falar duas linguagens
culturais, a traduzir e a negociar entre elas. As culturas híbridas constituem um dos
diversos tipos de identidade distintivamente novos produzidos na era da
modernidade tardia. Há muitos outros exemplos a serem descobertos.”
(HALL, 2006, p. 89)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Fonte: https://www.adus.org.br/primeiro-encontro-de-culinaria-do-adus-traz-
quitutes-preparados-por-familia-da-siria/
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas

Fonte: https://www.anapaulalobato.com.br/casamento-arabe-no-brasil/
Interatividade

Sobre a homogeneização cultural, assinale a alternativa correta:

a) Hall concorda com os teóricos que defendem a homogeneização cultural.


b) Hall considera a teoria da homogeneização cultural complexa e razoável.
c) Hall apresenta contratendências ao fenômeno da homogeneização cultural.
d) Hall afirma que a tradução ocorre no contexto da homogeneização cultural.
e) Hall argumenta que a homogeneização cultural é possível porque a globalização
é igualmente distribuída ao redor do globo.
Resposta

Sobre a homogeneização cultural, assinale a alternativa correta:

a) Hall concorda com os teóricos que defendem a homogeneização cultural.


b) Hall considera a teoria da homogeneização cultural complexa e razoável.
c) Hall apresenta contratendências ao fenômeno da homogeneização cultural.
d) Hall afirma que a tradução ocorre no contexto da homogeneização cultural.
e) Hall argumenta que a homogeneização cultural é possível porque a globalização
é igualmente distribuída ao redor do globo.
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 No capítulo 6, o último, Hall afirma que existem, na atualidade, fortes tentativas


para se reconstruir as identidades purificadas, para se restaurar a coesão, o
“fechamento” e a tradição; frente ao hibridismo e à diversidade.

 Dois exemplos dessas tentativas são o ressurgimento


do nacionalismo na Europa Oriental e o crescimento
do fundamentalismo.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Viktor_Orb%C3%A1n
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 É curioso notar que, ao citar o nacionalismo na Europa Oriental, Hall afirma que
ele existe em uma era em que a integração regional nos campos econômicos e
políticos, e a dissolução da soberania nacional estão andando muito rapidamente
na Europa Ocidental.

Fonte: https://emluta.net/2018/08/24/uniao-europeia-reforca-fronteiras-contra-imigracao/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 Mas, antes de publicar sua obra, Hall não chegou a ver o nacionalismo aflorar
também na Europa Ocidental e no resto do Ocidente.

Fonte:
https://gauchazh.clicrbs.co
m.br/opiniao/noticia/2017/
08/iotti-extremismo-
9871344.html
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

Fonte:
https://fineartamerica.com/featured/tr
umpmake-america-hate-again-robert-
gumpertz.html?product=greeting-card
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 Quanto ao fundamentalismo, refere-se à crença na interpretação literal dos


livros sagrados.
 Os fundamentalistas são encontrados entre religiosos diversos e pregam que os
dogmas de seus livros sagrados sejam seguidos à risca.
 O fundamentalismo não é exclusividade de uma religião em especial, mas de
todas quando existe um rigor em relação às escrituras.

Fonte:
http://diariodoengenho.com.br/fund
amentalismo-religioso-e-politica/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 O fundamentalismo é, geralmente, ilustrado com exemplos do contexto islâmico


por causa da Revolução Iraniana, de 1979.

 Mas hoje é possível falar em


fundamentalismo evangélico,
fundamentalismo católico etc.

Fonte: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com/2012/07/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo

 Hall argumenta que o ressurgimento do nacionalismo e de outras formas de


particularismo no final do século XX, ao lado da globalização e a ela intimamente
ligado, constitui uma reversão notável, uma virada bastante inesperada
dos acontecimentos.
 A globalização não parece estar produzindo nem o triunfo do “global” nem a
persistência do “local”. Os deslocamentos ou os desvios da globalização se
mostram, afinal, mais variados e mais contraditórios do que sugerem seus
protagonistas ou seus oponentes.
 Embora alimentada, sob muitos aspectos, pelo Ocidente,
a globalização pode acabar sendo parte de um lento e
desigual, mas contínuo, descentramento do Ocidente.
Interatividade

Sobre o nacionalismo, assinale a alternativa correta:

a) É um fenômeno exclusivo da Europa Oriental.


b) É um fenômeno exclusivo da Europa Ocidental.
c) É uma tentativa de se construir identidades híbridas.
d) É o contrário do fundamentalismo.
e) É uma reação ao hibridismo e à diversidade.
Resposta

Sobre o nacionalismo, assinale a alternativa correta:

a) É um fenômeno exclusivo da Europa Oriental.


b) É um fenômeno exclusivo da Europa Ocidental.
c) É uma tentativa de se construir identidades híbridas.
d) É o contrário do fundamentalismo.
e) É uma reação ao hibridismo e à diversidade.
ATÉ A PRÓXIMA!

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