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Estudos Disciplinares
A Identidade Cultural
na Pós-Modernidade,
de Stuart Hall
Profa. Ma. Letícia Andrade
Quem foi Stuart Hall?
Vamos começar falando um pouco sobre Stuart Hall, o autor da obra “A Identidade
Cultural na Pós-Modernidade”, que é o nosso objeto de estudo nesse módulo dos
Estudos Disciplinares.
Hall nasceu em Kingston, capital da Jamaica, em 1932, e faleceu em Londres, em
2014, aos 82 anos.
Ele foi teórico cultural, sociólogo e um dos pais fundadores da Escola de
Birmingham dos Estudos Culturais, tendo vivido e atuado no Reino Unido
de 1951 até 1997, quando se aposentou como professor.
Hall também é reconhecido mundialmente no meio
acadêmico por ter expandido o escopo dos estudos
culturais por incluir discussões sobre raça e gênero,
tendo sido casado com a também professora e militante
feminista Catherine Hall.
Quem foi Stuart Hall?
Fonte: https://frieze.com/article/picture-
piece-stuart-hall-sleeping-child
A obra
Fonte: https://www.enjoei.com.br/p/a-identidade-
cultural-na-pos-modernidade-2781814
A obra
Hall também expõe seu ponto de vista sobre a questão antes de prosseguir:
“[...] Este livro é escrito a partir de uma posição basicamente simpática à afirmação
de que as identidades modernas estão sendo “descentradas”, isto é, deslocadas
ou fragmentadas. Seu propósito é o de explorar esta afirmação, ver o que ela
implica, qualificá-la e discutir quais podem ser suas prováveis consequências.
Ao desenvolver o argumento, introduzo certas complexidades e examino alguns
aspectos contraditórios que a noção de “descentração", em sua forma mais
simplificada, desconsidera” (HALL, 2006, p. 8).
A obra
Fonte: https://www.flickr.com/photos/hollowjoys/8177589757
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: https://beduka.com/blog/materias/historia/principais-caracteristicas-iluminismo/
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: http://www.jobnetjapan.jp/costumes-japoneses-que-irao-te-
surpreender/reverencia-como-cumprimentar-no-exterior/
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte:
https://www.aceitosim.com.br/fotos-
de-casamento/fotos-de-casamento-10
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: http://atl.clicrbs.com.br/atlgirls/2015/05/07/conheca-
10-diferentes-casamentos-ao-redor-do-mundo/
Interatividade
Fonte:
http://quebrandoparadigmass.blogspot.com/2012/10
/nascimento-e-morte-do-sujeito-moderno.html
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-137446/
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: http://g1.globo.com/mato-
grosso/noticia/2015/02/forca-
nacional-pode-atuar-em-protesto-de-
indios-em-rodovia-em-mt.html
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte: https://incrivel.club/inspiracao-mulher/atras-dos-portoes-do-harem-
como-as-mulheres-arabes-realmente-vivem-detras-de-las-puertas-del-haren-
como-viven-en-realidad-las-mujeres-arabes-367810/
Capítulo 1 – A identidade em questão
Fonte:
http://oenem.com.br/blog/
globalizacao-atualidades/
Capítulo 1 – A identidade em questão
É apenas no final do Capítulo 1 que Hall vai informar o leitor acerca da forma como
dividiu sua obra:
a) Fragmentada.
b) Unificada.
c) Permanente.
d) Estável.
e) Coerente.
Resposta
a) Fragmentada.
b) Unificada.
c) Permanente.
d) Estável.
e) Coerente.
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno
Fonte:
https://www.infoescola.com
/biografias/karl-marx/
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno
Fonte:
https://pt.wikisource.org/wiki/Autor:Sigmund_Freud
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/
Ren%C3%A9_Descartes
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno
Fonte:
https://onsizzle.com/i/pens
o-posto-no-face-faco-um-
selfie-logo-existo-
vers%C3%A3o-726172
Capítulo 2 – Nascimento e morte do sujeito pós-moderno
Qual dos autores abaixo não é apontado por Hall como responsável por contribuir
com a descentração do sujeito cartesiano na modernidade tardia?
a) Karl Marx.
b) Sigmund Freud.
c) René Descartes.
d) Michel Foucault.
e) Ferdinand de Saussurre.
Resposta
Qual dos autores abaixo não é apontado por Hall como responsável por contribuir
com a descentração do sujeito cartesiano na modernidade tardia?
a) Karl Marx.
b) Sigmund Freud.
c) René Descartes.
d) Michel Foucault.
e) Ferdinand de Saussurre.
ATÉ A PRÓXIMA!
UNIDADE II
Estudos Disciplinares
A Identidade Cultural
na Pós-Modernidade,
de Stuart Hall
Profa. Ma. Letícia Andrade
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
As identidades nacionais não são coisas com as quais nascemos, são formadas e
transformadas no interior da representação. Nós só sabemos o que significa ser
“brasileiro” devido ao modo como a “brasilidade” veio a ser representada – como
um conjunto de significados – pela cultura nacional brasileira.
Fonte:
https://aventurasnahistor
ia.uol.com.br/noticias/re
portagem/capoeira-a-
arte-renegada.phtml
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Fonte:
https://br.pinterest.com/pi
n/711357703614791161/
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Em primeiro lugar,
“[...] há a narrativa da nação, tal como é contada e recontada nas histórias e nas
literaturas nacionais, na mídia e na cultura popular. Essas fornecem uma série de
estórias, imagens, panoramas, cenários, eventos históricos, símbolos e rituais
nacionais que simbolizam ou representam as experiências partilhadas, as perdas, os
triunfos e os desastres que dão sentido à nação. Como membros de tal ‘comunidade
imaginada’, nos vemos, no olho de nossa mente, como compartilhando dessa
narrativa. Ela dá significado e importância à nossa monótona existência [...].”
(HALL, 2006, p. 52)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Em segundo lugar,
Em terceiro lugar,
“Uma terceira estratégia discursiva é constituída por aquilo que Hobsbawm e Ranger
chamam de invenção da tradição: ‘Tradições que parecem ou alegam ser antigas
são muitas vezes de origem bastante recente e algumas vezes inventadas [...].
Tradição inventada significa um conjunto de práticas [...], de natureza ritual ou
simbólica, que buscam inculcar certos valores e normas de comportamentos através
da repetição, a qual, automaticamente, implica continuidade com um passado
histórico adequado’.”
(HALL, 2006, p. 54)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Em quarto lugar,
Em quinto lugar,
Fonte: https://www.survivalbrasil.org/ultimas-noticias/7104
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Fonte:
https://www.oarquivo.com.br
/temas-polemicos/verdades-
inconvenientes/4446-
genoc%C3%ADdio-
ind%C3%ADgena-nos-
estados-unidos.html
Interatividade
Para mostrar que as identidades culturais não são unificadas, Hall apresenta três
argumentos:
A maioria das nações consiste de culturas separadas que só foram unificadas por
um longo processo de conquista violenta, ou seja, pela supressão forçada da
diferença cultural;
As nações são sempre compostas de diferentes classes socais e diferentes grupos
étnicos e de gênero;
Em terceiro lugar, as nações ocidentais modernas foram
também os centros de impérios ou de esferas
neoimperiais de influência, exercendo uma hegemonia
cultural sobre as culturas dos colonizados.
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Em resumo:
“Este breve exame solapa a ideia da nação como uma identidade cultural unificada.
As identidades nacionais não subordinam todas as outras formas de diferença e não
estão livres do jogo de poder, de divisões e contradições internas, de lealdades e de
diferenças sobrepostas. Assim, quando vamos discutir se as identidades nacionais
estão sendo deslocadas, devemos ter em mente a forma pela qual as culturas
nacionais contribuem para ‘costurar’ as diferenças numa única identidade.”
(HALL, 2006, p. 65)
Capítulo 4 – Globalização
Fonte: http://www.tribunadainternet.com.br/politica-antiglobalizacao-
de-trump-pode-beneficiar-os-produtos-brasileiros/
Capítulo 4 – Globalização
Hall aponta, então, três possíveis impactos do caráter dual da globalização sobre as
identidades culturais:
Fonte: https://www.motor24.pt/dinheiro-vivo/os-20-melhores-telemoveis-do-mundo/
Capítulo 4 – Globalização
Em resumo:
“Alguns teóricos argumentam que o efeito geral desses processos globais tem sido o
de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam
que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura
nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, ‘acima’ e ‘abaixo’
do nível do estado-nação. Colocadas acima do nível da cultura nacional, as
identificações ‘globais’ começam a deslocar e, algumas vezes, a apagar, as
identidades nacionais.”
(HALL, 2006, p. 73)
Interatividade
Qual dos elementos tem sido utilizado para unificar as culturas nacionais?
a) Religião.
b) Etnia.
c) Raça.
d) Língua.
e) Nacionalidade.
Resposta
Qual dos elementos tem sido utilizado para unificar as culturas nacionais?
a) Religião.
b) Etnia.
c) Raça.
d) Língua.
e) Nacionalidade.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia
Mas esse quadro seria muito simplista, exagerado e unilateral; existindo para ele três
contratendências principais:
Não é possível saber o que é mais afetado pela homogeneização cultural, uma vez
que a direção do fluxo é desequilibrada e que continuam a existir relações
desiguais de poder cultural entre o Ocidente e “o Resto”; pode parecer que a
globalização – embora seja, por definição, algo que afeta o globo inteiro – seja
essencialmente um fenômeno ocidental.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia
Ainda no capítulo 5, Hall inicia um instigante debate sobre o novo interesse pelo
local e a nova articulação entre o global e o local.
Hall defende que a globalização tem um efeito deslocador das identidades
centradas e fechadas de uma cultura nacional. Esse efeito altera as identidades
fixas, tornando-as menos fixas, plurais, mais políticas e diversas.
Esse movimento pode produzir dois efeitos:
A tradição, que tenta recuperar a pureza anterior e recobrir as unidades e as
certezas que são sentidas como tendo sido perdidas;
A tradução, que aceita que as identidades estão sujeitas
ao plano da história, da política, da representação e da
diferença e não podem ser unitárias ou puras.
Capítulo 5 – O global, o local e o retorno da etnia
Naquilo que diz respeito às identidades, existe uma oscilação entre tradição
e tradução.
Em toda parte, estão emergindo identidades culturais que não são fixas, mas que
estão suspensas, em transição, entre diferentes posições; que retiram seus
recursos, ao mesmo tempo, de diferentes tradições culturais; e que são o produto
desses complicados cruzamentos e misturas culturais que são cada vez mais
comuns em um mundo globalizado.
Pode ser tentador pensar na identidade, na era da
globalização, como estando destinada a acabar em um
lugar ou noutro: ou retornando às suas raízes ou
desaparecendo pela assimilação e pela homogeneização.
Mas esse pode ser um falso dilema.
Capítulo 4 – Globalização
“[...] são o produto das novas diásporas criadas pelas migrações pós-coloniais. Eles
devem aprender a habitar, no mínimo, duas identidades, a falar duas linguagens
culturais, a traduzir e a negociar entre elas. As culturas híbridas constituem um dos
diversos tipos de identidade distintivamente novos produzidos na era da
modernidade tardia. Há muitos outros exemplos a serem descobertos.”
(HALL, 2006, p. 89)
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Fonte: https://www.adus.org.br/primeiro-encontro-de-culinaria-do-adus-traz-
quitutes-preparados-por-familia-da-siria/
Capítulo 3 – As culturas nacionais como comunidades imaginadas
Fonte: https://www.anapaulalobato.com.br/casamento-arabe-no-brasil/
Interatividade
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Viktor_Orb%C3%A1n
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo
É curioso notar que, ao citar o nacionalismo na Europa Oriental, Hall afirma que
ele existe em uma era em que a integração regional nos campos econômicos e
políticos, e a dissolução da soberania nacional estão andando muito rapidamente
na Europa Ocidental.
Fonte: https://emluta.net/2018/08/24/uniao-europeia-reforca-fronteiras-contra-imigracao/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo
Mas, antes de publicar sua obra, Hall não chegou a ver o nacionalismo aflorar
também na Europa Ocidental e no resto do Ocidente.
Fonte:
https://gauchazh.clicrbs.co
m.br/opiniao/noticia/2017/
08/iotti-extremismo-
9871344.html
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo
Fonte:
https://fineartamerica.com/featured/tr
umpmake-america-hate-again-robert-
gumpertz.html?product=greeting-card
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo
Fonte:
http://diariodoengenho.com.br/fund
amentalismo-religioso-e-politica/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo
Fonte: http://espiritualidadeinclusiva.blogspot.com/2012/07/
Capítulo 6 – Fundamentalismo, diáspora e hibridismo