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Ministério da Educação - Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Departamento Acadêmico de Química e Biologia


PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
PRÁTICA No 07 – Curvas de pH
Assuntos envolvidos: Equilíbrio Químico

MATERIAIS E REAGENTES
- suporte de ferro com garra - Potenciômetro ou pH-metro
- 1 copo de Béquer de 50mL - frasco lavador
- pipeta volumétrica de 20mL - solução de NaOH padronizada
- bureta de 25mL - amostras de HCl ou HBr ou HNO3 de concentração
- funil desconhecida.

INTRODUÇÃO

A titulação potenciométrica consiste em acompanhar os vários estágios e determinar o ponto


final de um processo de titulação por intermédio da medida do pH. Neste método, o ponto de
equivalência será revelado por uma abrupta modificação do pH. Para a medida do pH, é necessário um
potenciômetro que fornece diretamente os valores variáveis do pH à medida que a titulação avança.

A detecção do ponto final da titulação pode ser feita com maior facilidade pelo exame da curva
de titulação (gráfico da variação do pH em função do volume de titulante adicionado), que em geral é
uma curva segnóide. O segmento central da curva é onde se localiza o ponto final; na realidade o
ponto final está no ponto de inflexão da curva. Pode-se obter um valor aproximado do ponto final
localizando-se o meio caminho do segmento ascendente da curva, quando a mesma, tiver muito
evidente este segmento. Em geral, é necessário adotar um tratamento geométrico para fixar, com
exatidão, o ponto final. Para isto, pode ser adotado o método das tangentes paralelas.

A exatidão dos resultados deste método dependerá da habilidade com que o gráfico da curva de
titulação for desenhada a partir das observações experimentais. Por isso é usualmente preferível
empregar métodos analíticos para localizar o ponto final. Nestes métodos se grafica a curva da
primeira derivada ( pH/V vs V ) ou da segunda derivada ( 2pH/V2 vs V). A curva da primeira
derivada tem um máximo no ponto de inflexão da curva de titulação, isto é, no ponto final. A curva da
segunda derivada ( 2pH/V2) é nula no ponto em que a curva de pH/V for máxima.
PARTE EXPERIMENTAL

Procedimento - 1
a) Carregar corretamente a bureta com a solução de NaOH.
b) Pipetar 20ml da amostra de ácido em um copo de béquer de 50ml.
c) Com cuidado introduzir o eletrodo do pHmetro já calibrado e determinar o valor do pH.
d) Montar uma tabela de pH versus volume de NaOH adicionado.
e) Com a bureta, adicionar 2ml de NaOH na solução de ácido e verificar o pH desta solução.
Anotar na tabela.
f) Repetir a operação do item "e" de 2ml em 2ml de NaOH até mais ou menos 6ml além da
variação brusca do pH que indica que houve a neutralização.

Procedimento - 2
a) Lavar o copo de béquer e o eletrodo do pHmetro.
b) Carregar novamente a bureta com a solução de NaOH..
c) Pipetar 20ml da amostra do ácido no copo de béquer de 50ml.
d) Adicionar o NaOH e fazer a "medição" do pH, mas agora de 0,2ml em 0,2ml, a partir de um
volume próximo ao volume da mudança brusca de pH, observada no item "f" do procedimento
anterior até a mudança brusca do pH, que indica que houve a neutralização.

Relatório
01. Construir os gráficos do:
a) pH vs volume de NaOH adicionado (V),
b) da primeira derivada (pH/V vs Vmédio)
c) e da segunda derivada (2pH/V2 vs Vmédio).

02. Analisar as curvas do item “01” e indicar:


a) o volume preciso de NaOH gasto na neutralização,
b) o pH de neutralização
c) e a concentração em mol/L da solução de ácido analisada

03. Consultar a tabela de indicadores ácido-base e indicar 2 ou 3 indicadores que poderiam ser
utilizados na titulação deste experimento.
INDICADORES ÁCIDO-BÁSICOS

COLORAÇÃO
INDICADORES ZONA DE TRANSIÇÃO
Solução Ácida Solução Básica
Azul de Timol (A) vermelho Amarelo 1,2 - 2,8
Tropeolina OO (B) vermelho Amarelo 1,3 - 3,2
2,4-Dinitrofenol (A) incolor Amarelo 2,4 - 4,0
Amarelo de metila (B) vermelho Amarelo 2,9 - 4,0
Alaranjado de metila (B) vermelho Amarelo 3,1 - 4,4
Azul de bromofenol (A) amarelo azul-violeta 3,0 - 4,6
Alizarinossulfonato de sódio amarelo Violeta 3,7 - 5,2
Vermelho de  -naftila (B) vermelho Amarelo 3,7 - 5,0
-Etoxicrisoldina (B) vermelho Amarelo 3,5 - 5,5
Verde de bromocresol (A) amarelo Azul 4,0 - 5,6
Vermelho de metila (A) vermelho Amarelo 4,0 - 6,2
Púrpura de bromocresol (A) amarelo Púrpura 5,2 - 6,8
Vermelho de clorofenol (A) amarelo Vermelho 5,4 - 6,8
Azul de bromotimol (A) amarelo Azul 6,0 - 7,6
-Nitrofenol (A) incolor Amarelo 5,0 - 7,0
Azolitmina vermelho Azul 5,0 - 8,0
Vermelho de fenol (A) amarelo Vermelho 6,4 - 8,0
Vermelho neutro (B) vermelho Amarelo 6,8 - 8,0
Ácido rosólico (A) amarelo Vermelho 6,8 - 8,0
Vermelho de cresol (A) amarelo Vermelho 7,2 - 8,8
-naftolftaleína (A) róseo Verde 7,3 - 8,7
Tropeolina OOO (B) amarelo róseo-vermelho 7,6 - 8,9
Azul de Timol (A) amarelo Azul 8,0 - 9,6
Fenolftaleína (A) incolor Vermelho 8,0 - 10,0
-Naftolbenzeína (A) amarelo Azul 9,0 - 11,0
Timolftaleína (A) incolor Azul 9,4 - 10,6
Azul do Nilo azul Vermelho 10,1 - 11,1
Amarelo de Alizarina (A) amarelo Lilás 10,0 - 12,0
Amarelo de Salicil (A) amarelo Alaranjado-marrom 10,0 - 12,0
Diazovioleta amarelo Violeta 10,1 - 12,0
Tropeolina O (B) amarelo Alaranjado-marrom 11,0 - 13,0
Nitramina (B) incolor Alaranjado-marron 11,0 - 13,0
Azul de Porier azul Violeta-vermelho 11,0 - 13,0
Ácido Trinitrobenzóico incolor Alaranj.-vermelho 12,0 - 13,4

A: indicador ácido e B: indicador básico

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