A História auxilia na compreensão da mudança e no processo através do qual a nossa
sociedade se transformou no que é hoje (Stearns, 2008). Rusen (2001, p. 12) refere que a História como ciência é uma modalidade específica de conhecimento e que emerge das carências que os seres humanos sentem em “orientar-se em função das mudanças que experimentam no seu mundo e em si mesmos”. A ciência humana denominada História é o estudo do passado para entender o presente, mas de um passado vivo, que está presente em nós. Vejamos, por exemplo, a conferência contra o racismo que se realiza em Durban, na África do Sul. Ela nos remete aos séculos do colonialismo, da escravidão e do tráfico de escravos. Duas visões estão em conflito: a dos países ricos e a dos pobres. As origens do conflito estão ligadas ao processo de afirmação e de expansão do capitalismo desde o século 15. Estudar a história não consiste apenas em memorizar fatos, datas de eventos históricos ou o nome do cara que disse aquela frase de impacto durante a revolução. Também envolve a análise do impacto geral dos acontecimentos históricos, tendências, etc. Por exemplo, como as várias guerras civis moldaram os governos dos países envolvidos e os tornaram o que são agora. permitir imaginar um futuro diferente com base nas experiências que já vivemos. É compreender as tendências e os ciclos dos acontecimentos para obter novas perspectivas ou apontar soluções diferentes. A História nos permite viajar para diferentes períodos da vida humana e conhecer o passado. Temos acesso à diferentes civilizações e costumes a partir do contato com o trabalho de historiadores. Estudar História contribui para construção da memória das nossas sociedades. Ao mesmo tempo, construímos elos de aprendizado com o passado e eles resultam em mudanças no presente. A importância da História no currículo escolar pode justificar-se no contributo dado ao aluno para desenvolver a consciência e a responsabilidade cívica, bem como o sentido de tempo e organização no espaço. Por conta disso, o trabalho desenvolvido por historiadores é fundamental no nosso cotidiano. Um dos caminhos para atuar na área é preciso cursar a graduação em História. A Estácio oferece essa formação com excelência. Maria do Céu Roldão (2000) refere que o papel da aprendizagem em História na formação dos alunos pode passar por três fases a partir: - de fatos ocorridos no passado que levam à socialização, à aquisição da sua identidade pessoal e do sentimento de pertença, sendo estes, a base da sistematização de valores de cada indivíduo; - do conhecimento vivido por pessoas de outras épocas, este desenvolvendo a sua capacidade de apreciação e valorização. Ao longo deste processo também, se desenvolvem outras capacidades, tais como: capacidades e técnicas de pesquisa, hábitos de leitura e estudo, o gosto pela descoberta e pelo saber. - da incorporação dos aspetos mencionados anteriormente, conduzindo a uma atitude reflexiva e crítica, bem como, à aquisição de hábitos de rigor e análise, à interiorização de valores pessoais, ao enriquecimento da compreensão dos fenómenos sociais, e, ao domínio de competências necessárias à tomada de decisões, à resolução de problemas e à prática mais consciente da cidadania. Para Fonseca (2003), a História deve ser pensada como uma disciplina fundamentalmente educativa, formativa, emancipadora e libertadora. A História tem como papel central a formação da consciência histórica dos homens, possibilitando a construção de identidades, a elucidação do vivido, a intervenção social e praxes individual e coletiva. Para Rusen (2001) a consciência histórica não é fruto da escolha humana, ela é algo universalmente humano.
Responda a questão abaixo:
Qual é a relação entre passado, presente e futuro na História?