Você está na página 1de 226

SE 230 kV RIO CLARO 2

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE

LT 230 kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE

TERMINAL SE 230 kV RIO CLARO 2

FURNAS SE RIO CLARO 2


FOLHA:
01 REGISTRO Alteração 21 FD RG MS ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE
1/226 LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE
00 REGISTRO APROVADO
FD EM JF
TERMINAL SE 230kV RIO CLARO 2

0B REGISTRO Comentários
Furnas FD EM EM AUTOR/DESENHO

AUTOR/PROJETO
0A REGISTRO P/ APROVAÇÃO
DM FD EM MEZ3-SET-RIC-RIC-EPS-A4-0100_005
VISTO/RESP/CREA

FEITO VISTO POR ÓRGÃO FEITO VISTO APROV.


REV.
LIB. PARA DESCRIÇÃO
FURNAS PROJETISTA
SUMÁRIO

SUMÁRIO ..............................................................................................................................2
LISTA DE FIGURAS ..............................................................................................................6
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................8
HISTÓRICO DE REVISÃO ...................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ......................................................................................11
2 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA ..................................................................................12
2.1 Relés de proteção ..................................................................................................12
2.1.1 Dispositivos de proteção .....................................................................................12
2.1.2 Resumo da descrição das funções aplicadas .....................................................12
2.2 Região em análise..................................................................................................13
2.3 Diagramas unifilares...............................................................................................14
2.4 Linha de transmissão .............................................................................................17
2.4.1 Capacidade operativa .........................................................................................19
2.4.2 Impedância de carga ..........................................................................................19
2.4.3 Distância de isolamento ......................................................................................20
2.5 Transformadores de corrente .................................................................................21
2.5.1 TC de fase 230kV – Terminal Rio Claro 2 ...........................................................21
2.5.2 TC de fase 230kV – Terminal Rio Verde .............................................................22
2.5.3 Determinação da relação de transformação RTC ...............................................23
2.5.4 Avaliação dos transformadores de corrente – IEEE ............................................24
2.5.5 Avaliação dos transformadores de corrente – IED ..............................................35
2.6 Transformadores de potencial ................................................................................38
2.6.1 TP 230 kV – Terminal Rio Claro 2.......................................................................38
2.6.2 TP 230kV – Terminal Rio Verde .........................................................................38
3 CÁLCULO E DEFINIÇÃO DE AJUSTES – REL670......................................................39
3.1 IED Configuration ...................................................................................................40
3.1.1 HW configuration ................................................................................................40
3.1.2 Activate Setting Group – SETGRPS ...................................................................41
3.1.3 Power System – PRIMVAL .................................................................................41
3.1.4 Global Base Values GBASVAL ...........................................................................41
3.1.5 Analog Modules ..................................................................................................41
3.1.6 Monitoring ...........................................................................................................42
3.2 IMPEDANCE PROTECTION ..................................................................................44
3.2.1 Considerações sobre as funções de proteção de distância ................................44
3.2.2 Automatic SOTF (ZCVPSOF) .............................................................................53
3.2.3 High speed distance protection ZMFPDIS (21) ...................................................58

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 2/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.4 Power swing detection (RPSB, 68) .....................................................................76
3.2.5 Proteção contra perda de sincronismo – OUT-OF-STEP (78).............................78
3.3 CURRENT PROTECTION .....................................................................................79
3.3.1 Proteção de sobrecorrente temporizada de fase (OC4PTOC, 51/67) .................79
3.3.2 Proteção de sobrecorrente temporizada de neutro (EF4PTOC, 51N/67N) ..........88
3.3.3 End Fault Protection CVGAPC – EFP............................................................... 108
3.3.4 Breaker Failure Protection CCRBRF – 50BF ....................................................109
3.3.5 Instantaneous phase overcurrent protection (PHPIOC:1, 50) – 50SOTF ..........110
3.4 VOLTAGE PROTECTION ....................................................................................112
3.4.1 Overvoltage protection OV2PTOV 59 ............................................................... 112
3.4.2 Undervoltage protection UV2PTUV 27 ..............................................................120
3.5 SECONDARY SYSTEM SUPERVISION ..............................................................122
3.5.1 Fuse failure supervision FUFSPVC...................................................................122
3.6 CONTROL............................................................................................................129
3.6.1 Autorecloser for 1 phase, 2 phases and/or 3 phase operation (SMBRREC, 79)129
3.6.2 Synchrocheck, energizing check, and synchronizing (SESRSYN, 25) ..............140
3.7 SCHEME COMMUNICATION (TELEPROTEÇÃO) ..............................................151
3.7.1 Current reversal and weak-end infeed logic for residual overcurrent protection
ECRWPSCH(85)..........................................................................................................151
3.7.2 Scheme communication logic for residual overcurrent protection ECPSCH(85) 154
3.7.3 Current reversal and weak-end infeed logic for phase segregated communication
ZPCWPSCH(85) (85) ...................................................................................................157
3.7.4 Phase segregated scheme communication logic for distance protection ZPCPSCH
(85) 161
3.8 MONITORING ......................................................................................................164
3.8.1 Fault Locator.....................................................................................................164
4 CÁLCULO E DEFINIÇÃO DE AJUSTES – C60 ..........................................................167
4.1 System Setup .......................................................................................................168
4.1.1 AC Inputs ..........................................................................................................168
4.1.2 Power System...................................................................................................170
4.1.3 Signal Sources..................................................................................................171
4.2 Grouped Elements ............................................................................................... 172
4.2.1 Breaker Failure .................................................................................................172
4.2.2 End Fault Protection .........................................................................................178
4.3 Control Elements ..................................................................................................183
4.3.1 Synchrocheck ...................................................................................................183
5 REFERÊNCIAS ...........................................................................................................188
5.1 Normas ................................................................................................................188

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 3/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5.2 Livros ...................................................................................................................190
5.3 Manuais ...............................................................................................................191
5.4 Apostilas ..............................................................................................................191
5.5 Artigos ..................................................................................................................191
5.6 Sites .....................................................................................................................191
5.7 Documentos projetos ...........................................................................................192
5.8 Ferramentas Computacionais...............................................................................192
ANEXO A – TABELA DE AJUSTES..................................................................................193
1. Ordem de Ajuste – LT 230 kV – REL670 ...................................................................193
1.1. IED Configuration .................................................................................................193
1.1.1. HW Configuration ..........................................................................................193
1.1.2. Activate setting group – SETGRPS ............................................................... 194
1.1.3. Power system – PRIMVAL ............................................................................194
1.1.4. Global base values GBASVAL ......................................................................194
1.1.5. Analog modules ............................................................................................195
1.1.6. Monitoring .....................................................................................................195
1.2. Impedance protection ...........................................................................................196
1.2.1. Automatic SOTF (ZCVPSOF)........................................................................196
1.2.2. Proteção de distância (ZMFPDIS: 1,21P e 21N) ...........................................197
1.3. Current protection.................................................................................................202
1.3.1. Phase Overcurrent Protection (OC4PTOC1) – 51E/50E 230kV ....................202
1.3.2. Neutral Overcurrent Protection (EF4PTOC1) – 51N/50N - 230kV .................205
1.3.3. Instantaneous phase overcurrent protection (PHPIOC:1, 50) – 50SOTF)......210
1.4. Voltage protection ................................................................................................ 211
1.4.1. Overvoltage protection OV2PTOV 59-1 230 kV.............................................211
1.4.2. Undervoltage protection UV2PTUV 27 ..........................................................213
1.5. Secondary system supervision .............................................................................214
1.5.1. Fuse failure supervision FUFSPVC ............................................................... 214
1.6. Control .................................................................................................................215
1.6.1. Autorecloser for 1, 2 and/or 3 phase operation (SMBRREC, 79) ...................215
1.6.2. Synchrocheck, energizing check, and synchronizing (SESRSYN, 25) ...........217
1.7. Scheme communication (teleproteção) ................................................................ 220
1.7.1. Current reversal and weak-end infeed Residual ECRWPSCH(85) ................220
1.7.2. Scheme communication logic for residual overcurrent protection ECPSCH(85)
220
1.7.3. Current reversal and weak-end infeed phase segregated ZPCWPSCH(85) ..221
1.7.4. Phase segregated scheme communication distance protection ZPCPSCH(85)
221

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 4/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.8. Monitoring ............................................................................................................222
1.8.1. Fault Locator .................................................................................................222
2. Ordem de Ajuste – LT 230 kV – C60 .........................................................................223
2.1. System Setup .......................................................................................................223
2.1.1. AC Inputs ......................................................................................................223
2.1.1.1. Current ......................................................................................................223
2.1.1.2. Voltage ......................................................................................................223
2.1.1.3. Power System ...........................................................................................223
2.1.2. Signal Source ................................................................................................ 224
2.2. Grouped Elements ............................................................................................... 225
2.2.1. Breaker Failure..............................................................................................225
5.8.1 Phase IOC EFP ................................................................................................ 226
2.3. Control Elements ..................................................................................................226
2.3.1. Synchrocheck................................................................................................ 226

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 5/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa do sistema elétrico da rede básica [Sindat] ................................................11


Figura 2 – Diagrama da rede representada no ANAFAS ......................................................13
Figura 3 – Diagrama unifilar Simplificado..............................................................................14
Figura 4 – Diagrama de faseamento.....................................................................................15
Figura 5 – Diagrama unifilar de proteção – Terminal Rio Claro 2..........................................15
Figura 6 – Diagrama unifilar de proteção – Terminal Rio Verde............................................16
Figura 7 – Tabela 1 do Submódulo 2.10 ...............................................................................20
Figura 8 – Placa de identificação do TC – Terminal Rio Claro 2 ...........................................21
Figura 9 – Placa de identificação do TC – Terminal Rio Verde .............................................22
Figura 10 – Modelo adotado IEEE C37.110 ..........................................................................24
Figura 11 – Curva de excitação típica...................................................................................25
Figura 12 – Burden característico .........................................................................................29
Figura 13 – Exemplo de conexão Holmgreen .......................................................................30
Figura 14 – Dados de Entrada planilha IEEE ........................................................................32
Figura 15 – Curva de saturação da planilha IEEE ................................................................32
Figura 16 – TCL1 Enrolamento S2 – S3 (1200-1) .................................................................33
Figura 17 – 3TCL1 Enrolamento S2 - S5 (1200-5)................................................................34
Figura 18 – Placa de identificação do TP 230 kV – Rio Claro 2 ............................................38
Figura 19 – Placa de identificação do TP 230 kV – Rio Verde ..............................................38
Figura 20 – Convenção de direcionalidade ...........................................................................40
Figura 21 – Definição dos tempos de registro .......................................................................42
Figura 22 – Loops de falta fase-fase e fase-terra..................................................................47
Figura 23 – Característica quadrilateral 21 ...........................................................................47
Figura 24 – Característica quadrilateral 21N.........................................................................48
Figura 25 – Cálculo impedância da fonte para uso na determinação do SIR ........................49
Figura 26 - S.I.R ...................................................................................................................50
Figura 27 – Diagrama simplificado baseada na lógica de fechamento sobre falta ................53
Figura 28 – Invasão de carga e característica de partida de subimpedância ........................60
Figura 29 – Configuração operativa – linha paralela desconectada e aterrada .....................64
Figura 30 – Configuração operativa – linha paralela em serviço ...........................................69
Figura 31 – Características de subimpedância para detecção da oscilação de potência ......76
Figura 32 – Deslocamento de impedância no plano R+jX.....................................................78
Figura 33 – Característica de função direcional – RED670 ...................................................80

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 6/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 34 – Características de tempo inverso – RED670 .....................................................80
Figura 35 – Lógica de corrente de magnetização de transformador paralelo ........................89
Figura 36 – Diagrama lógico simplificado para recursos de SOTF e tempo de inatividade ...94
Figura 37 – Localizações típicas do TC em um bay ............................................................108
Figura 38 – Diagrama lógico simplificado - detecção de componentes de sequência .........123
Figura 39 – Diagrama lógico simplificado para a parte de detecção de linha inativa ...........127
Figura 40 – Tentativa de um religamento em uma falta permanente ..................................129
Figura 41 – Distribuição de corrente para uma falha perto do lado B ..................................151
Figura 42 – Distribuição de corrente com o disjuntor em B1 aberto ....................................151
Figura 43 – Condição inicial de extremo com alimentação fraca ........................................152
Figura 44 – Lógica de trip da função ECPSCH, diagrama simplificado ............................... 155
Figura 45 – Distribuição de corrente para uma falha perto do lado B quando todos os
interruptores estão fechados ..............................................................................................157
Figura 46 – Distribuição atual para uma falha com o interruptor B1 aberto .........................157
Figura 47 – Falhas simultâneas em duas linhas paralelas ..................................................162
Figura 48 – Configuração de rede simplificada com dados de rede, necessária para as
configurações da localização e função de medição de falhas .............................................165
Figura 49 - Esquema considerado a localização de faltas ..................................................165
Figura 50 - Sequência da função Falha disjuntor ................................................................ 172
Figura 51 – Localizações típicas do TC em um bay ............................................................178
Figura 52 – Lógica interna da proteção End Fault Protection..............................................179
Figura 53 - Gráfico da função Synchrocheck para escorregamento >0 e <0 (F2-F1) ..........183

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 7/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Informação do histórico de revisão .....................................................................10


Tabela 2 – Relés considerados neste estudo .......................................................................12
Tabela 3 – Resumo das proteções .......................................................................................12
Tabela 4 – Impedâncias da linha de transmissão .................................................................17
Tabela 5 – Parâmetros elétricos da linha de transmissão .....................................................18
Tabela 6 – Impedância mútua de sequência zero total .........................................................18
Tabela 7 – Capacidade operativa sazonal ............................................................................19
Tabela 8 – Impedância e resistência de carga ......................................................................19
Tabela 9 – Dimensões da cadeia de isoladores e distância entre fases ...............................20
Tabela 10 – Curtos-circuitos e cargas ..................................................................................23
Tabela 11 – Resultado da Análise da carga e do curto-circuito ............................................23
Tabela 12 – Relações dos TCs escolhidas ...........................................................................24
Tabela 13 – Correntes de curto-circuito ................................................................................26
Tabela 14 – RTCs analisadas...............................................................................................26
Tabela 15 – Tensão de classe de exatidão do TC (VClasse)................................................26
Tabela 16 – Cabos secundários ...........................................................................................27
Tabela 17 – Cargas conectados ao TC (sem cabo) ..............................................................27
Tabela 18 – Cargas conectados ao TC (sem cabo) ..............................................................27
Tabela 19 – Resistência do secundário dos TCs ..................................................................28
Tabela 20 – Resistência dos cabos secundários dos TCs ....................................................29
Tabela 21 – Resistência das cargas totais – Burden característicos.....................................30
Tabela 22 – Resultado de saturação ....................................................................................31
Tabela 23 – Análise dos TCs baseado nos critérios dos relés REL670 ................................37
Tabela 24 – Dados de entrada para o cálculo do SIR ...........................................................50
Tabela 25 – Resultados do cálculo do SIR – Terminal Rio Verde .........................................50
Tabela 26 – Resultados do cálculo do SIR – Terminal Rio Claro 2 .......................................52
Tabela 27 – Limite inferior para análise da zona 2................................................................69
Tabela 28 – Limite superior para análise da zona 2 ..............................................................69
Tabela 29 – Limites para análise da zona reversa ................................................................73
Tabela 30 – Características de tempo inverso ......................................................................80
Tabela 31 – Análise dos critérios do pick-up da função 51E .................................................84
Tabela 32 – Cálculo do dial de tempo da função 51E ...........................................................85
Tabela 33 – Verificação dos critérios do dial de tempo da função 51E .................................85

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 8/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tabela 34 – Análise dos critérios do pick-up da função 51N .................................................98
Tabela 35 – Cálculo do dial de tempo da função 51NE ........................................................99
Tabela 36 – Análise dos critérios do pick-up da função 67NT.............................................102
Tabela 37 – Cálculo do dial de tempo da função 67NT.......................................................103
Tabela 38 – Avaliação dos critérios do sensor de corrente da função SOTF. .....................111
Tabela 39 – Configurações de "ARMode" ou entradas inteiras para "MODEINT" ...............132
Tabela 40 – Cálculo EFP - Critério da carga.......................................................................180
Tabela 41 – Cálculo EFP - Critério do curto-circuito mínimo ...............................................180
Tabela 42 – Cálculo EFP - Pick-ups escolhidos para a função ...........................................181
Tabela 43 – Ferramentas Computacionais Aplicadas .........................................................192

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 9/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
HISTÓRICO DE REVISÃO

Tabela 1 – Informação do histórico de revisão

Revisão Responsável Alterações em relação à versão anterior Data


0A Diego Marques Emissão inicial 09/02/2022
Conforme comentários de Furnas

0B Fernando Diniz 09/03/2022

00 Fernando Diniz Alterado somente a revisão para R00 19/04/2022


Alteração função 21 para ZMFPDIS
Desabilitada a função ZCVPSOF
01 Fernando Diniz Alterado RTC para a relação 1200 Aprim e ajustes asso- 05/12/2022
ciados.
Reajustado a teleproteção.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 10/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

O estudo de seletividade provê a coordenação da proteção contra faltas e sobrecargas que


venham a ocorrer no equipamento a ser protegido, ou seja, a proteção deverá possuir sensi-
bilidade de atuar sempre que houver faltas internas e isolar o equipamento em defeito.
Quando possível, deverá prover proteção de retaguarda remota aos equipamentos adjacen-
tes.
O objetivo do presente documento é apresentar o memorial de cálculo dos ajustes das prote-
ções da LT 230kV Rio Claro 2 – Rio Verde GO – Terminal Rio Claro 2
O presente estudo não aborda os ajustes referentes as características de comunicação, a
configuração das tags aplicadas às entradas e saídas digitais e as configurações associadas
a lógica de controle dos equipamentos envolvidos.
Todos os cálculos e resultados apresentados são executados com o auxílio do programa
ANAFAS desenvolvido pelo CEPEL e o PTW – Power Tools for Windows – SKM 9.0.1.3 –
Módulo DAPPER.

Figura 1 – Mapa do sistema elétrico da rede básica [Sindat]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 11/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2 CONFIGURAÇÃO DO SISTEMA

2.1 Relés de proteção

2.1.1 Dispositivos de proteção

A Tabela 2 apresenta a identificação dos relés de proteção contemplados pelo estudo.

Tabela 2 – Relés considerados neste estudo


Modelo Versão Fabricante Tag Painel Aplicação
REL670 2.2.5 ABB UPP6L1 4PPL1 Proteção Principal 6L1
REL670 2.2.5 ABB UPA6L1 4PAL1 Proteção Alternada 6L1
C60 8.04 GE UCD1-6L1 4PPL1 Unid. Controle Princ. 6L1
C60 8.04 GE UCD3-6L1 4PAL1 Unid. Controle Alt. 6L1

2.1.2 Resumo da descrição das funções aplicadas

Os IEDs dedicados a proteção implementa as funções apresentadas pela tabela abaixo, as


quais são contempladas pelo presente estudo.

Tabela 3 – Resumo das proteções


Função Descrição
21 Funções de distância de fase
21N Funções de distância de terra
21D Impedância direcional quadrilateral
PHS Função seleção de fase
68 Bloqueio por oscilação de potência
78 Trip por oscilação de potência
SOTF Fechamento sobre falta
67NI Funções de sobrecorrente instantâneo direcional de neutro
67NT Funções de sobrecorrente temporizado direcional de neutro
51E Funções de sobrecorrente temporizado de fase de emergência
51NE Funções de sobrecorrente temporizado de neutro de emergência
50NE Funções de sobrecorrente instantânea de neutro de emergência
59I Função de sobretensão instantâneo
59T Função de sobretensão temporizado
27 Função de subtensão
25 Função de verificação de sincronismo
60 Função de falha fusível
79 Função de religamento automático
85 Função de lógica de comunicação da proteção de distância
RFLO Função de localização de falta
EFP End fault protection
50/62 BF Proteção de falha disjuntor

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 12/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.2 Região em análise

Para os estudos utilizou-se a base de dados de curto-circuito do O.N.S, configuração


BR2612PE (Casos de Referência 22-26_Versão 1 - Publicado em 27-04-2021 15_53).
Os parâmetros elétricos dos equipamentos do empreendimento, tais como as linhas de trans-
missão, transformadores de potência são atualizados conforme dados de placa e estudos de
projeto desses equipamentos.
Pelo processamento através do ANAFAS são obtidos os valores das correntes medidas pelo
relé para as diversas condições de curto-circuito consideradas.
A imagem a seguir retirada a partir do caso de referência supracitado representa a rede em
análise.

Figura 2 – Diagrama da rede representada no ANAFAS

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 13/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.3 Diagramas unifilares

Figura 3 – Diagrama unifilar Simplificado

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 14/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 4 – Diagrama de faseamento

Figura 5 – Diagrama unifilar de proteção – Terminal Rio Claro 2

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 15/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 6 – Diagrama unifilar de proteção – Terminal Rio Verde

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 16/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.4 Linha de transmissão

A seguir é apresentado as características dos cabos condutor utilizados nos trechos do sec-
cionamento da LT 230kV Rio Verde – Rondonópolis, na SE Rio Claro 2, integrante das obras
do Lote 13 do Edital de Leilão n o 002/18 – Aneel.
A LT 230kV Rio Verde – Rondonópolis possui extensão total de 436km é composta de dois
trechos:

1. Rio Verde – Couto Magalhães, de propriedade FURNAS, 257km, circuito simples ho-
rizontal, com 1 cabo ACSR DOVE 556,5 kcmil.
2. Couto Magalhães – Rondonópolis, de propriedade ELETRONORTE, 179km, circuito
simples horizontal, com 1 cabo ACSR GROSBEAK 636 kcmil.

A SE Rio Claro 2 está localizada no trecho de LT correspondente a FURNAS, com secciona-


mento da LT no km 88.
Abaixo apresenta-se as características elétricas da linha de transmissão bem como os dados
de capacidade de carregamento e comprimento da linha.

Tabela 4 – Impedâncias da linha de transmissão

Ampacidade máxima [A] 775 636 Longa Dura- Curta Dura-


ção: ção:
kcmil, 620A 775A
Extensão Total [km] 88.16 26/7 56.1 oC 67.7 oC
Susceptância ca-
Impedância Reatância capacitiva
pacitiva
Extensão [Ω/km] [MΩ.km]
[µS/km]
[km]
R1 X1 R0 X0 B1 B0 XC1 XC0
88.0 0.1010 0.4769 0.4211 1.4320 0.9501 2.4650 1.0525 0.40567
0.16 0.1010 0.4910 0.2760 1.8410 3.4340 2.3900 0.29120 0.41841

Os valores de base são:


𝑈𝐵𝐴𝑆𝐸 2
𝑍𝐵𝐴𝑆𝐸 =
𝑆𝐵𝐴𝑆𝐸

Os valores de base são:

Potência Base [SBase] – 100.0 [MVA]


Tensão Base [Ubase] – 230.0 [kV]
Impedância Base [ZBase] – 529.00 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 17/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Então, a impedância total da linha é:

Ω 𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [Ω]
𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [Ω] = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜[𝑘𝑚] × 𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [ ] 𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [%] = × 100
𝑘𝑚 𝑍𝐵𝐴𝑆𝐸 [Ω]
𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [%]
100 × 𝑍𝐵𝐴𝑆𝐸 [Ω]
𝑍̅𝐿𝐼𝑁𝐻𝐴 [Ω] =
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐿𝑇[𝑘𝑚]

As impedâncias de sequência totais da linha são:

Tabela 5 – Parâmetros elétricos da linha de transmissão

Susceptância Reatância
Z1Linha Z0Linha
Shunt capacitiva
R1[Ω] X1[Ω] R0[Ω] X0[Ω]
B1[µS] B0[µS] XC1[MΩ] XC0[MΩ]
8.903 42.046 37.127 126.247
Abs[Ω] Ang[Deg°] Abs[Ω] Ang[Deg°]
83.7608 217.3144 0.0119 0.0046
42.978 78.045 131.593 73.612
R1[%] X1[%] R0[%] X0[%] B1[%] B0[%] XC1[%] XC0[%]
1.6830 7.9482 7.0184 23.8652 15.83380 41.08023 0.0022569 0.0008699
R1[pu] X1[pu] R0[pu] X0[pu] B1[pu] B0[pu] XC1[pu] XC0[pu]
0.01683 0.07948 0.07018 0.23865 0.15834 0.41080 0.00002257 0.00000870

A impedância mútua de sequência zero é:

Tabela 6 – Impedância mútua de sequência zero total

Impedância Mútua de Seq.0 Total


Circuitos Z0M [Ω] Z0M [%]
R0M[Ω/km] X0M[Ω/km] R0M[%] X0M[%]
LT Rio Claro2 (3501) - Rio Verde (231) 0.181987761 0.362067377
LT CMAG PCH (4513) - PQ. Ema (791) R0M[Ω] X0M[Ω] 3.03290 6.03400
16.044041 31.91986
R0M[Ω/km] X0M[Ω/km] R0M[%] X0M[%]
LT Rio Claro2 (3501) - Rio Verde (231) 0.363963521 0.83238294
LT Rio Claro2 138 (4513) - PQ. Ema (791) R0M[Ω] X0M[Ω] 6.06560 13.87200
32.087024 73.38288

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 18/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.4.1 Capacidade operativa

A tabela abaixo apresenta a capacidade operativa da LT 230kV Rio Claro 2 – Rio Verde con-
forme [13].

Longa Duração Curta Duração


Capacidade Operativa [A] [MW] [A] [MW]
528 210 665 265

Para o circuito duplo de seccionamento, a capacidade é descrita conforme [11] demonstrado


a seguir:
Tabela 7 – Capacidade operativa sazonal

Capacidade Operativa Longa Duração Curta Duração


Condição Sazonal VD VN ID IN VD VN ID IN
Corrente (A) 620 780 638 807 775 882 789 906
Temperatura (oC) 58,1 58,8 59,7 58,6 69,8 70,6 71,8 70,5

2.4.2 Impedância de carga

O valor da impedância de carga Zmín é calculada pela expressão abaixo, e está no modelo
de ohms/fase.
𝑉𝐹𝑎𝑠𝑒−𝐹𝑎𝑠𝑒
𝑍𝑚í𝑛 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = × 𝑘𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜
√3 × 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

Logo, o valor de Rlmín de carga calculado é:


𝑅𝑚í𝑛 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 𝑍𝑚í𝑛 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 × 𝑐𝑜𝑠 𝜑
Portanto:
Tabela 8 – Impedância e resistência de carga

Impedância de carga – capacidade normal da LT


Icarga Nominal[A] ktensão Zmin[Ω] fp ϕ[°] RLmin[Ω]
528.00 0.9 226 0.95 18 215
Impedância de carga – capacidade de emergência da LT
Icarga Máxima[A] ktensão Zmin-flupot[Ω] fp ϕ[°] RLmin-flupot[Ω]
665.00 0.9 180 0.95 18 171
150% da Impedância de carga – Estudo fluxo de potência
1,5x Ifluxo ktensão Zmin-flupot[Ω] fp ϕ[°] RLmin-flupot[Ω]
152 0.9 789 0.95 18 749

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 19/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Considera-se o fator de potência 0.95 como o limite da faixa operativa especificada para nível
de tensão 230kV conforme procedimentos de rede submódulo 2.10, e portanto o pior caso em
termos de impedância de carga.
“No ponto de conexão às instalações de transmissão sob responsabilidade de agente de
transmissão, o acessante deve manter o fator de potência nas faixas especificadas”

Figura 7 – Tabela 1 do Submódulo 2.10

2.4.3 Distância de isolamento

Conforme [12], a distância entre o condutor e a estrutura típica da linha de transmissão é igual
a 2,05m. A distância mínima entre fases é considerada como 5,5m.

Tabela 9 – Dimensões da cadeia de isoladores e distância entre fases

Distância Fase-Terra [m] 2.0500


Distância entre as fases [m] 5.5000

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 20/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5 Transformadores de corrente

Para os TCs que não contém documentos referentes aos ensaios, como dados de saturação
e impedância do equipamento, foram estimados dados típicos disponíveis de literatura. Os
dados fornecidos em ensaio encontram-se presentes nas seções a seguir.

2.5.1 TC de fase 230kV – Terminal Rio Claro 2

Figura 8 – Placa de identificação do TC – Terminal Rio Claro 2

Para a maior RTC:


Eal = Kssc x Ktd x (Rct + Rb) x Is
Eal = 13.33 x 6.19 x 23.4 x 1
Eal = 1930.79 [V]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 21/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.2 TC de fase 230kV – Terminal Rio Verde

Figura 9 – Placa de identificação do TC – Terminal Rio Verde

Para a maior RTC


Vsat = Vclasse + ( ALF x Rsec x Is )
Vsat = 400 + ( 20 x 1.2 x 5 )
Vsat = 520 [V]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 22/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.3 Determinação da relação de transformação RTC

2.5.3.1 Critério da carga e do curto-circuito

A primeira análise para a escolha das RTCs é baseada nos seguintes critérios:
1. A máxima corrente de curto-circuito não deve ser superior ao fator de sobrecorrente
(FS/ALF) multiplicado pela corrente primária do TC:
Para o critério de curto-circuito é utilizado o máximo valor para um curto-circuito na barra.

𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 1→ 𝐼𝑝𝑇𝐶 ≥
𝐹𝑆

2. A relação do TC deve ser determinada de forma que a corrente nominal do componente


protegido (incluindo uma margem de 50 porcento) não exceda a corrente nominal do TC
(IEEE C37.110-2007). Caso o valor da carga ultrapasse o valor da corrente nominal, deve-
se verificar a corrente máxima devido ao fator térmico do TC.

𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2→ 𝐹𝑡 × 𝐼𝑝𝑇𝐶 > 𝐹𝐶 × 𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎

Onde:
Ft = Fator térmico do transformador de corrente;
Fc = Fator de carga
𝐼𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = Corrente nominal de carga;
FS/ALF = Fator de sobrecorrente ;
𝐼𝑝𝑇𝐶 = Corrente do enrolamento primário do TC;
𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥 =Máxima corrente de curto-circuito o qual o TC é submetido;

Tabela 10 – Curtos-circuitos e cargas


Dados de
Critério Critério
Dados TCs para escolha do enrolamento Icarga max FS curto-circuito
1 2
do sistema
IpCT1 IpCT2
Fc x ICarga Iccmax-3F Iccmax-1F
Bay FT Fc ALF curto máx. carga máx
[A] [A] [A]
[A] [A]
Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S1 - S2 (1000-1) 1.05 1.20 744 20.00 4011.60 3235.50 201 744
Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 1.05 1.20 744 20.00 4011.60 3235.50 201 744

Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S2 - S5 (1000-5) 1.0 1.20 744 20.00 12802.20 10053.10 640 744
Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 1.0 1.20 744 20.00 12802.20 10053.10 640 744

Tabela 11 – Resultado da Análise da carga e do curto-circuito


TCs de proteção Status dos TCs de proteção
IpCT1 [A] IpCT2 [A]
TCprim x Resulta-
Nome do TC RTC curto < > carga
ft dos
máx. máx
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S1 - S2 (1000-1) 1000-1 200.58 < 1050.00 > 744.00 Ok
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 1200-1 200.58 < 1260.00 > 744.00 Ok
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S2 - S5 (1000-5) 1000-5 640.11 < 1000.00 > 744.00 Ok
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 1200-5 640.11 < 1200.00 > 744.00 Ok

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 23/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Adota-se as seguintes relações de transformações:
Tabela 12 – Relações dos TCs escolhidas

Relação dos TCs escolhidas


Bay RTC
TC 230 kV – Terminal Rio Claro 2 1200-1
TC 230 kV – Terminal Rio Verde 1200-5

A partir das definições das relações de transformação são apresentadas as características


dos TCs, importantes para os critérios de verificação de saturação dos equipamentos.

2.5.4 Avaliação dos transformadores de corrente – IEEE

2.5.4.1 Introdução

O TC especificado em determinada classe de exatidão, deve garantir em seus terminais se-


cundários a tensão de classe VB, ilustrado pela Figura 10, quando submetido a uma carga
padrão para 20 vezes a corrente nominal secundária, sem exceder o erro de 10%.

Figura 10 – Modelo adotado IEEE C37.110


A classe de exatidão de TCs aplicados a relés de proteção quando é especificada pelas nor-
mas ANSI/IEEE C57.13-2016 e C37.110 seguem os equacionamentos a seguir.
A partir do modelo, pode-se deduzir que,
𝐼𝑆 = 𝐼𝑆𝑇− 𝐼𝐸
A corrente secundária Is apresenta 10% de erro quando:
𝐼𝐸
= 0,10
𝐼𝑆
Portanto, admite-se o erro citado para 20 vezes a corrente nominal secundária de 1 A.

𝐼𝑆 = 20 𝐴 (20 × 𝐼𝑁_𝑆𝐸𝐶 ) → 𝐼𝐸 = 20 × 0,1 = 2 𝐴


A tensão de excitação VS referente a corrente de excitação IE de 2 Amps, é chamada de
tensão de saturação Vx, a mesma pode ser encontrada na curva de saturação obtida nos
ensaios do TC, com base em Vx e na resistência interna do TC, pode-se calcular a tensão VB
fornecida aos terminais do TC, a qual define a classe de exatidão do mesmo, conforme ilus-
trado pela figura 10.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 24/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Obs.: Quando não for possível obter a tensão de saturação Vx, por meio da curva levantada
em ensaio, ela é estimada com base na classe de exatidão VB, a partir do equacionamento
abaixo. As variáveis podem ser identificadas na figura abaixo.
𝑉𝑥 = 𝑉𝐵 + (𝐼𝑆 × 𝑅𝑆 )

Figura 11 – Curva de excitação típica


O cálculo é efetuado como segue,
𝑉𝐵 = 𝑉𝑆 − (𝐼𝑆 × 𝑅𝑆 )

Nota

Estes cálculos são efetuados para os TC cujos valores da tensão de saturação não são informados

2.5.4.2 Considerações iniciais

As equações para verificação dos transformadores de corrente no presente estudo levam em


conta os seguintes fatores:
• Corrente de curto-circuito máxima passante pelo TC (IccMax);
• Relação de transformação de corrente (Ipn/Isn);
• Tensão de classe de exatidão do TC;
• Seção e comprimento do cabo secundário do TC;
• Burden do canal de entrada de corrente do IED (SIED);
• Corrente nominal do IED de proteção (IIED);

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 25/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.4.3 Corrente de curto-circuito máximo passante pelo TC (IccMax)

Os transformadores de corrente foram avaliados no presente estudo com a corrente de curto-


circuito máxima passante.
O máximo valor de corrente aos quais os TCs instalados serão submetidos é aproximada-
mente:
Tabela 13 – Correntes de curto-circuito

Enrolamento do TC analisado Dados de curto-circuito do sistema


Bay Tensão Icc3ϕmax X/R Icc1ϕ-Tmax X/R
[kV] [Aprim] [3F] [Aprim] [1F]
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 230 4011.6 4.59 3235.50 5.10
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 230 12802.2 4.26 10053.10 5.50

2.5.4.4 Relação de transformação de corrente (Ipn/Isn)

A relação de transformação de corrente de cada TC é obtida com a relação entre as correntes


do primário e secundário.
𝐼𝑝𝑛
𝑅𝑇𝐶 =
𝐼𝑠𝑛
Onde:
𝐼𝑝𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝐼𝑠𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴].
Tabela 14 – RTCs analisadas

Enrolamento do TC analisado RTC Analisada


Bay Tensão Ipn Isn
[kV] [Aprim] [Asec]
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 230 1200 1
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 230 1200 5

2.5.4.5 Tensão de classe de exatidão do TC (VClasse)

Através da classe de exatidão de cada transformador de corrente, obtemos sua respectiva


tensão. É utilizada para o cálculo da tensão de saturação do TC.
Tabela 15 – Tensão de classe de exatidão do TC (VClasse)

Enrolamento do TC analisado

Bay Tensão Vsat

[kV] [V]
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 230 772 Estimado
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 230 520 Estimado

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 26/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.4.6 Seção e comprimento do cabo secundário do TC

A seção e o comprimento dos cabos do circuito secundário do TC são utilizados para o cálculo
da resistência da carga conectada ao circuito secundário do TC.
Tabela 16 – Cabos secundários

Enrolamento do TC analisado Cabos


Tensão S L
Bay
[kV] [mm2] [m]
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enr. S2 - S3 (1200-1) 230 6 Lista de cabos 130.0 Lista de cabos
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enr. S1 - S5 (1200-5) 230 10 Estimado 290.0 Estimado

2.5.4.7 Relés

2.5.4.7.1 Burden e corrente do canal de entrada de corrente do IED (S IED e IIED)


Através dos manuais técnicos de cada IED aos quais os transformadores de corrente serão
conectados na instalação, podemos obter o burden e corrente nominal do canal de entrada
de corrente do IED de proteção que será utilizado.
São apresentados também as cargas adicionais conectadas aos TC, tais como oscilógrafos
e outros relés.

Tabela 17 – Cargas conectados ao TC (sem cabo)


Enrolamento do TC analisado Dados do burden
Tensão Carga 01[VA] Carga 02[VA] Carga 03[VA]
Bay
[kV] IED Burden IED Burden IED Burden
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enr. S2-S3 (1200-1) 230 REx670(P)-1A 0.020 C60 0.020 RA332 0.020
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enr. S1-S5 (1200-5) 230 REx670(P)-5A 0.150 RA332 0.020 -- 0.000

2.5.4.7.2 Resistência do canal de entrada de corrente do IED (RIED)


Fazendo-se uso do burden fornecido pelo canal analógico de entrada de corrente (em VA) e
a corrente que será utilizada, podemos obter a resistência do canal de entrada de corrente do
IED, com a equação mostrada abaixo. Para o caso em que um TC envia sinal a mais de um
IED, foi considerado no cálculo o IED que fornece o maior burden fornecido pelo canal ana-
lógico de entrada de corrente.
𝑆𝐼𝐸𝐷
𝑅𝐼𝐸𝐷 =
(𝐼𝐼𝐸𝐷 )2
Onde:
𝑆𝐼𝐸𝐷 = 𝐵𝑢𝑟𝑑𝑒𝑛 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑛𝑎𝑙ó𝑔𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝐼𝐸𝐷, 𝑒𝑚 [𝑉𝐴];
𝐼𝐼𝐸𝐷 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑛𝑎𝑙ó𝑔𝑖𝑐𝑜, 𝑒𝑚 [𝐴].
Tabela 18 – Cargas conectados ao TC (sem cabo)
Enrolamento do TC analisado Relés + Cargas adicionais
Ten-
IIED 1 2 RIED RIED
Bay são
[kV] [A] x Sburden 3F [VA] x Sburden FT [VA] 3F [Ω] 1F [Ω]
Rio Claro 2-TCL1 Enr. S2-S3 (1200-1) 230 1 0.060 0.120 0.0600 0.1200
Rio Verde-3TCL1 Enr. S1-S5 (1200-5) 230 5 0.170 0.340 0.0068 0.0136

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 27/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.4.8 Memorial de cálculo da saturação

2.5.4.8.1 Legenda de dados da avaliação


As equações para avaliação dos TCs farão uso dos valores comentados no item anterior, para
que sejam obtidos os seguintes dados:
𝑅𝐼𝐸𝐷 = Resistência do canal de entrada de corrente do IED;
𝑅𝑇𝐶 = Resistência do secundário do TC ;
𝑅𝐿 = Resistência do circuito secundário do TC;
𝑉𝑆𝑎𝑡 = Tensão de saturação do TC ;
𝑉𝑅𝑒𝑞𝑃𝑒𝑟𝑚 = Tensão secundária requerida em regime permanente;
𝑉𝑅𝑒𝑞𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠 = Tensão secundária requerida em regime transitório;

2.5.4.8.2 Resistência do secundário do TC (RsecTC)


Os valores do RsecTC que não foram informadas na placa ou folha de dados referenciadas,
podem ter seus valores calculados conforme sugerido por (ZOCHOLL, 2004).
- Para TCs de elevada relação (tais como 3000 - 5A) 𝑍𝑇𝐶 = 0,0025 𝛺/𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
- Para TCs de baixa relação (tais como 300 - 5A) 𝑍𝑇𝐶 = 0,005 𝛺/𝑒𝑠𝑝𝑖𝑟𝑎
Os valores do RsecTC que foram informados somente em uma relação, é Estimado como:
𝑅𝑇𝐶 𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜 × 𝑅𝑠𝑒𝑐𝑇𝐶 𝑖𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜
𝑅𝑠𝑒𝑐𝑇𝐶 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜 =
𝑅𝑇𝐶 𝑖𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑜
Tabela 19 – Resistência do secundário dos TCs

Enrolamento do TC analisado

Bay Tensão RsecTC Relação Alta

[kV] [Ω] ou Baixa


Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 230 5.38 Alta relação Estimado
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 230 1.08 Alta relação Estimado

2.5.4.8.3 Resistência do circuito secundário do TC(RL/Zcabo)


A resistência do circuito secundário do TC leva em conta a distância (em [m]) e a bitola (em
[mm²]) dos cabos que farão a ligação dos TCs no dispositivo de proteção:

𝐿
𝑍𝐶𝐴𝐵𝑂 = 𝜌 × × (1 + 𝛼 × (𝑇𝑚𝑎𝑥 − 20°))
𝑆
Onde:
𝑍𝐶𝐴𝐵𝑂 Impedância dos cabos secundários
𝜌 Resistividade (Cobre)= 0,021Ω.mm²/m
𝐿 Comprimento do cabo secundário do TC
𝑆 Seção do cabo secundário do TC
𝛼 Fator de correção da temperatura = 0.004
𝑇𝑚𝑎𝑥 Temperatura máxima = 75 ºC

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 28/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tabela 20 – Resistência dos cabos secundários dos TCs

Enrolamento do TC analisado Cabos


Ten-
S L 1 2
Bay são
[kV] [mm2] [m] x Rcabo x Rcabo
Rio Claro 2 - TCL1 Enr. S2 - S3 (1200-1) 230 6 Lista de cabos 130.0 Lista de cabos 0.56 1.11
Rio Verde - 3TCL1 Enr. S1 - S5 (1200-5) 230 10 Estimado 290.0 Estimado 0.74 1.49

2.5.4.8.4 Tensão de saturação do TC (VSat)


A tensão de saturação para os TCs que não possuem os dados na placa e(ou) ensaio são
Estimadas através da tensão de classe de exatidão e resistência interna dos TC’s com base
nas normas IEEE Std. C57.13-2008 e IEEE Std. C37.110-2007 como segue abaixo:
𝑉𝑆𝑎𝑡 = 𝑉𝐶𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 + (𝐹𝑆 × 𝐼𝑠𝑛 × 𝑅𝑇𝐶 )
Onde:
𝐼𝑠𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝑅𝑇𝐶 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑉𝐶𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑙𝑎𝑠𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝑉].

2.5.4.8.5 Resistência total


A resistência total dos cabos do circuito secundário será sempre considerada com os valores
correspondentes a ida e volta, sempre que contabilizar-se a medição de um curto monofásico,
bem como serão contabilizados os burdens de dois canais analógicos devido ao loop ilustrado
pela figura abaixo, e quando contabilizar-se a medição de um curto-circuito trifásico equili-
brado será considerado apenas a resistência de ida e o burden de um canal analógico, con-
forme recomendado pela IEEE Std. C37-110.

Figura 12 – Burden característico


Onde:
Z, Impedância total do circuito secundário;
RS, Resistência do enrolamento secundário do TC;
ZR, Impedância do canal analógico do IED.
Considerado que o TC é estrela aterrado no TC. Portanto o Burden do cabo é considerado
ida e volta.
Nesta aplicação, a conexão Holmgreen não é utilizada, ou seja o quarto canal de corrente do
relé não é utilizado para medição da corrente residual.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 29/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 13 – Exemplo de conexão Holmgreen
Tabela 21 – Resistência das cargas totais – Burden característicos

Enrolamento do TC analisado CARGAS


Bay Tensão RL-3F RL-1F
[kV] [Ω] [Ω]
Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) 230 6.00 6.61
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) 230 1.83 2.58

2.5.4.9 Tensão Secundária Requerida

2.5.4.9.1 Tensão secundária requerida em regime permanente (V ReqPerm) – Saturação AC


A tensão secundária requerida em regime permanente leva em consideração a corrente má-
xima de curto-circuito experimentada pelo transformador de corrente e suas respectivas re-
sistências equivalentes. Desconsidera a componente DC presente no regime transitório. A
equação que descreve está tensão tem base na norma IEEE Std. C37.110-2007 e é mostrada
abaixo:
𝐼𝑠𝑛
𝑉𝑅𝑒𝑞𝑃𝑒𝑟𝑚 = 𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥 × × (𝑅𝐼𝐸𝐷 + 𝑅𝑇𝐶 + 𝑅𝐿 )
𝐼𝑝𝑛
Onde:
𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝐼𝑝𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝐼𝑠𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴].
𝑅𝐼𝐸𝐷 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝐼𝐸𝐷, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑅𝑇𝐶 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑅𝐿 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [Ω];

2.5.4.9.2 Tensão secundária requerida em regime transitório (V ReqTrans) – Saturação DC


A tensão secundária requerida em regime transitório leva em consideração a corrente máxima
de curto-circuito experimentada pelo transformador de corrente e suas respectivas resistên-
cias equivalentes. Leva em consideração também a relação X/R para cada uma das correntes
de curto-circuito. É mostrada abaixo a equação utilizada para obtenção desta tensão, base-
ada na norma IEEE Std. C37.110-2007:
𝐼𝑠𝑛 𝑋
𝑉𝑅𝑒𝑞𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠 = 𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥 × × (𝑅𝐼𝐸𝐷 + 𝑅𝑇𝐶 + 𝑅𝐿 ) × (1 + )
𝐼𝑝𝑛 𝑅
Onde:

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 30/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
𝐼𝐶𝐶𝑀𝑎𝑥 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝐼𝑝𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴];
𝐼𝑠𝑛 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [𝐴].
𝑅𝐼𝐸𝐷 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝐼𝐸𝐷, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑅𝑇𝐶 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑅𝐿 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑖𝑡𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝑇𝐶, 𝑒𝑚 [Ω];
𝑅𝐿 = 𝑅𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎.
𝑅𝐿 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎.

2.5.4.9.3 Avaliação
Para a avaliação dos TCs é feita a comparação entre a tensão de saturação [V Sat] e as tensões
requeridas, tanto em regime permanente, como em regime transitório, obtidas pelas equações
descritas na seção anterior.
Logo, as condições para avaliação dos TCs serão as seguintes:
VSat > VReqPerm ou ReqTrans) = TC Não Satura
VSat < VReqPerm ou ReqTrans) = TC Satura
Caso o transformador de corrente seja enquadrado na condição “Satura”, uma segunda ava-
liação é feita, para que seja verificado o tempo para saturação T s do mesmo, com base na
norma IEEE Std.37.110-2007, mostrada abaixo:

𝐾𝑆 − 1 𝑋 𝑉𝑆𝑎𝑡
𝑇𝑆 = −𝑇1 × ln [1 − ] 𝑇1 = 𝐾𝑆 =
𝑋 𝜔𝑅 𝑉𝑅𝑒𝑞𝑃𝑒𝑟𝑚
( )
𝑅
Onde:
𝑋 = 𝑅𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎;
𝑅 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎;
𝜔 = 2𝜋𝑓 = 𝑂𝑛𝑑𝑒 𝑓 é 𝑎 𝑓𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎;
𝑙𝑛 = 𝐹𝑢𝑛çã𝑜 𝑙𝑜𝑔𝑎𝑟í𝑡𝑚𝑖𝑐𝑎;
𝐾𝑆 = 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜
𝑉𝑆𝑎𝑡 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎çã𝑜
𝑉𝑅𝑒𝑞𝑃𝑒𝑟𝑚 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑞𝑢𝑒𝑟𝑖𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒.

Utilizando o tempo para saturação obtido através das equações descritas acima, podemos
efetuar a comparação deste, com o tempo requerido para que as proteções escolhidas para
o sistema atuem de forma segura.
Tabela 22 – Resultado de saturação
Enrolamento do TC anali-
Tensão Cálculos da Avaliação
sado
Avaliação Avaliação
VRe- VRe- VRe- VRe- Saturação Saturação
Bay Tensão Vsat Ts Ts
qPerm qPerm qTrans qTrans

[kV] [V] [3F] [1F] [3F] [1F] [3F] [1F] AC DC

TCL1 (1200-1) 230 772.3 Estimado 69 61 366 395 -- -- Não Satura Não Satura
3TCL1 (1200-5) 230 520.0 Estimado 98 108 514 703 -- 0.017 Não Satura Satura

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 31/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.4.9.4 Análise
Observa-se que não há saturação AC para as RTCs selecionadas.
Para o terminal Rio Verde 230 kV, a saturação DC é observada.
A análise do nível de distorção presente no perfil da forma de onda de corrente entregue ao
dispositivo de proteção, é realizada, pois a correta atuação dos relés de proteção é garantida
pelo fabricante mesmo quando estes estão submetidos a sinais distorcidos por forte saturação
desde que o equipamento tenha tempo de atuar antes da ocorrência de severas saturações.
Aplica-se a ferramenta computacional, CT SAT Calculator, fornecida pelo IEEE/PSRC – Po-
wer System Relaying Committee, a qual fornece o perfil da forma de onda secundária para os
casos em que apresentaram problemas de saturação. A formulação matemática para a re-
presentação da curva gerada não será tratada neste trabalho e pode ser encontrada em [Ar-
tigo 7]:.
Os dados de entrada necessários e a curva de magnetização apresentada na planilha com
alguns pontos importantes na construção do perfil de corrente do secundário são mostrados
na Figura 14 e Figura 15 respectivamente.

DADOS DO TC
Inclinação do trecho saturado = S=
Tensão RMS para Ie =10A(2A) = Vs =
Corrente Nominal Primária = INpri =
Corrente Nominal Secundária = INsec =
Resistência do Enrolamento Sec. = Rw =
Fluxo Remanente (base em Vs) = Vrem =
DADOS DO BURDEN
Resistência de Carga = Rb =
Reatância de Carga = Xb =
DADOS DO SISTEMA
X/R do Sistema = X/R =
Componente DC = DC =
Corrente Primária Simétrica (rms) = Ip =

Figura 14 – Dados de Entrada planilha IEEE Figura 15 – Curva de saturação da planilha


IEEE
O primeiro parâmetro de entrada chamado de slope da curva é representado pela inclinação
da reta da região saturada da curva.
A tensão 𝑉𝑆 é denominada de tensão de saturação, seu valor é obtido para o valor de corrente
de excitação.
O parâmetro 𝑁 é dado pela relação de transformação do TC. Os parâmetros 𝑅𝑤, 𝑅𝑏 e 𝑋𝑏
equivalem respectivamente aos valores de resistência secundária do TC, resistência e rea-
tância da carga conectada ao secundário do equipamento. É também solicitado a relação 𝑋/𝑅
do sistema. O parâmetro 𝑂𝑓𝑓 está relacionado ao grau de deslocamento DC e varia entre 0
≤ 𝑂𝑓𝑓 ≤ 1, sendo que o valor zero significa que não há componente assimétrica na corrente
de falta. O parâmetro 𝜆𝑅𝑒𝑚 refere-se ao fluxo remanescente em p.u na base de 𝑉𝑆 e por fim,
o valor 𝑖𝑝 refere-se a corrente de curto simétrica no primário.
A situação descrita no anteriormente é simulada na planilha IEEE com os dados de entrada
apresentados. A característica da corrente secundária pode ser observa nas figuras a seguir.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 32/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Na curva, a forma de onda na cor azul representa característica ideal da corrente no secun-
dário, já a forma de onda na cor preta é a corrente real no secundário do TC com o efeito da
saturação. As linhas mais finas representam o valor da corrente eficaz obtida.
• Para todas as análises a componente DC é considerada 1, o qual é o pior caso;
• O slope é considerado igual a 22.
• O fluxo remanescente é considerado igual a 0,8 p.u, para TCs classe P e 0,1 para classe
TPY.

– Linhas grossas: Corrente secundária ideal (azul) e real (preta) em amperes versus
tempo em segundos.
– Linhas finas: Corrente secundária ideal (azul) e a corrente secundária (preta) extraindo
o valor fundamental RMS, usando um DFT simples com uma janela de um ciclo.

8 Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) - Falta Monofásica


Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) - Falta Monofásica

2
A SEC.

-2

-4

-6
-0.017 0.000 0.017 0.033 0.050 0.067 0.083 0.100 0.117 0.133 0.150
t [s]

8 Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) - Falta Trifásica


Terminal Rio Claro 2 - TCL1 Enrolamento S2 - S3 (1200-1) - Falta Trifásica

2
A SEC.

-2

-4

-6
-0.017 0.000 0.017 0.033 0.050 0.067 0.083 0.100 0.117 0.133 0.150
t [s]

Figura 16 – TCL1 Enrolamento S2 – S3 (1200-1)

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 33/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
120 Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) - Falta Monofásica
Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) - Falta Monofásica
100
80
60
40
A SEC.

20
0
-20
-40
-60
-80
-0.017 0.000 0.017 0.033 0.050 0.067 0.083 0.100 0.117 0.133 0.150
t [s]

150 Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) - Falta Trifásica


Terminal Rio Verde - 3TCL1 Enrolamento S1 - S5 (1200-5) - Falta Trifásica

100

50
A SEC.

-50

-100
-0.017 0.000 0.017 0.033 0.050 0.067 0.083 0.100 0.117 0.133 0.150
t [s]

Figura 17 – 3TCL1 Enrolamento S2 - S5 (1200-5)

Os relés de digitais que possuem alto nível de processamento de sinais e algoritmos


preparados para atuar quando solicitados. Os fabricantes especificam os requisitos que os
TCs devem atender. Para os relés ABB REL670 os requisitos mínimos para cada função de
proteção ,estão contidos no manual de aplicação [Manual 2]:, capítulo 25.1.6. Essa análise é
efetuada no item 2.5.5.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 34/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.5.5 Avaliação dos transformadores de corrente – IED

As funções de proteção requerem transformadores de corrente devidamente dimensionados.


Esta seção descreve as características necessárias para o dimensionamento do transforma-
dor de corrente. As regras especificadas relativas ao dimensionamento aplicam a definição
de um transformador de corrente de proteção da IEC 61869-2 , bem como da IEC TR 61869-
100.
Os requisitos para transformadores de corrente resultam da observação do curto-circuito in-
terno e externo. O sistema de proteção deve permanecer estável para o curto-circuito externo
e deve desarmar com segurança para o curto-circuito interno devido a correntes de curto-
circuito potencialmente altas.

Nota

Os dados utilizados de relé, burden, e TC são os mesmo aplicados no item 2.5.4.

O manual do relé sugere uma análise diferente para cada tipo de função de proteção do relé.
As seguintes equações serão analisadas:

Equação 1 (Proteção de Distância – Faltas Close-in na Direção a Frente ou Reversa)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞1 = 𝐼𝑘𝑚𝑎𝑥 × × 𝑎 × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 2 (Proteção de Distância – Para faltas no limiar da Zona 1)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞2 = 𝐼𝑘𝑧𝑜𝑛𝑒1 × × 𝑘 × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 3 (Proteção de Falha Disjuntor)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞3 = 5 × 𝐼𝑜𝑝 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 4 (Proteção de sobrecorrente de fase e residual – Não-direcional Instantânea e


Tempo Definido)
𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞4 = 1,5 × 𝐼𝑜𝑝 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 5 (Proteção de sobrecorrente de fase e residual Não-direcional Tempo Inverso)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞5 = 20 × 𝐼𝑜𝑝 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 35/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Equação 6 (Proteção de sobrecorrente direcional de fase e residual)
𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞6 = 𝐼𝑘 𝑚𝑎𝑥 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 7 (Proteção diferencial de linha)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞7 = 𝐼𝑘 𝑚𝑎𝑥−87𝐿 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

Equação 8 (Proteção diferencial de linha)


𝐼𝑠𝑛 𝑆𝑅
𝐸𝑎𝑙 ≥ 𝐸𝑎𝑙𝑟𝑒𝑞8 = 2 × 𝐼𝑡 𝑚𝑎𝑥 × × (𝑅𝐶𝑇 × 𝑅𝐿 × 2 )
𝐼𝑝𝑛 𝐼𝑟

𝑎 𝐸𝑠𝑡𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 é 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐷𝐶 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎


𝑎 = 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑝 ≤ 100 𝑚𝑠
𝑎 = 3 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑝 > 100 𝑚𝑠 𝑒 ≤ 400 𝑚𝑠

𝑘 𝐸𝑠𝑡𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟 é 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑜𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝐷𝐶 𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎


𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑎𝑙𝑡𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑛𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑎𝑟 𝑑𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒 𝑑𝑎 𝑧𝑜𝑛𝑎 1,
𝑘 = 4 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑝 ≤ 50 𝑚𝑠
𝑘 = 5 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑝 > 50 𝑚𝑠 𝑒 ≤ 150 𝑚𝑠

As equações que regem as constantes de tempo são:

𝜔=2𝜋𝑓

𝐿𝜔 𝑋 1
𝜏= = ×
𝑅𝜔 𝑅 𝜔

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 36/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tabela 23 – Análise dos TCs baseado nos critérios dos relés REL670
Terminal Rio Terminal Rio
Descrição dos parâmetros Item Unidade
Claro 2 Verde

Máxima corrente de falta close-in na direção para frente ou reversa [3F] 4011.60 12802.20 [Aprim]
Ikmax-3Ø
Relação X/R do sistema no ponto de [3F] 4.59 4.26 -
Máxima corrente de falta close-in na direção para frente ou reversa [FT] 3235.50 10053.10 [Aprim]
Ikmax-1Ø
Relação X/R do sistema no ponto de falta monofásica [FT] 5.10 5.50 -
Máxima corrente de falta no limiar do alcance da zona 1[3F] 987.10 2980.10 [Aprim]
Ângulo da falta no liminar da zona 1 [3F] Ikzona1-3Ø -78.10 -77.90 [°]
Relação X/R do sistema no ponto de falta trifásica no limiar do alcance da zona 1 4.75 4.66 -
Máxima corrente de falta no limiar do alcance da zona 1[FT] 791.20 2089.80 [Aprim]
Ângulo da falta no liminar da zona 1 [FT] Ikzona1-1Ø -78.20 -77.50 [°]
Relação X/R do sistema no ponto de falta monofásica no limiar do alcance da zona 1 4.79 4.51 -
Máxima corrente de falta passante para faltas externas [3F] Itmax-3Ø 634.00 2356.00 [Aprim]
Máxima corrente de falta passante para faltas externas [FT] Itmax-1Ø 575.00 1733.00 [Aprim]
SISTEMA

Valor da corrente de operação primária-50BF [3F] Iop-50BF-3Ø 100.00 100.00 [Aprim]


Valor da corrente de operação primária-50BF [FT] Iop-50BF-1Ø 100.00 100.00 [Aprim]
Valor da corrente de operação primária-50 (Instantâneo ou tempo definido) Iop-50 3200.00 3200.00 [Aprim]
Valor da corrente de operação primária-50N (Instantâneo ou tempo definido) Iop-50N 2200.00 2200.00 [Aprim]
Valor da corrente de operação primária-51 (Curva inversa) Iop-51 670.00 670.00 [Aprim]
Valor da corrente de operação primária-51N (Curva inversa) Iop-51N 100.00 100.00 [Aprim]
Constante de tempo (DC) no ponto de Curto-Circuito Trifásico (p/ fator a ) τ-3Ø(a) 0.012 0.011 [ms]
Constante de tempo (DC) no ponto de Curto-Circuito Trifásico (p/ fator a ) τ-1Ø(a) 0.014 0.015 [ms]
Fator const. de tempo da comp. DC para a corrente de falta 3Ø close-in a-3Ø 1 1 -
Fator const. de tempo da comp. DC para a corrente de falta 1Ø close-in a-1Ø 1 1 -
Constante de tempo (DC) no ponto de Curto-Circuito Trifásico (p/ fator k ) τ-3Ø(k) 0.013 0.012 [ms]
Constante de tempo (DC) no ponto de Curto-Circuito Trifásico (p/ fator k ) τ-1Ø(k) 0.013 0.012 [ms]
Fator const. de tempo da comp. DC para a corrente de falta 3Ø no limiar do alcance
k-3Ø 4 4 -
de Z1 const. de tempo da comp. DC para a corrente de falta 1Ø no limiar do alcance
Fator
k-1Ø 4 4 -
de Z1
Corrente nominal do primário do TC Ipn 1200 1200 [Aprim]
Corrente nominal do secundário do TC Isn 1 5 [Asec]
TC

Fator de Sobrecorrente FS 20 20 -
Impedância do secundário do TC RsecTC 5.38 1.08 [Ω]
Tensão de saturação Vsat 772 520 [V]
Corrente nominal do IED de Proteção IR 1 5 [Asec]
Burden do canal de entrada de corrente do IED [Faltas Trifásicas] 1 x Srelé 0.020 0.150 [VA]
RELÉ

Burden do canal de entrada de corrente do IED [Faltas Monofásicas] 2 x Srelé 0.040 0.000 [VA]
Resistência do Canal Analógico do IED [Faltas Trifásicas] RIED-3F 0.020 0.006 [Ω]
Resistência do Canal Analógico do IED [Faltas Monofásicas] RIED-1F 0.040 0.000 [Ω]
Seção do cabo conectado no secundário do TC S 6.000 10.000 [mm 2]
*Comprimento do cabo secundário do TC L 130.000 290.000 [m]
CABOS

Impedância dos cabos do circuito secundário do TC [Faltas Trifásicas] 1 x Zcabo 0.555 0.743 [Ω]
Impedância dos cabos do circuito secundário do TC [Faltas Monofásicas] 2 x Zcabo 1.110 1.486 [Ω]
Resistência do Circuito Secundário do TC [Faltas Trifásicas] RL-3F 5.955 1.829 [Ω]
Resistência do Circuito Secundário do TC [Faltas Monofásicas] RL-1F 6.530 2.566 [Ω]
Tensão secundária requerida - Equação 1 [Proteção de distância - Faltas Trifásicas] Ealreq_1_3Ø 19.91 97.56 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 1 [Proteção de distância - Faltas
Ealreq_1_1Ø 17.61 107.48 [V]
Monofásicas]
Tensão secundária requerida - Equação 2 [Proteção de distância - Faltas Trifásicas] Ealreq_2_3Ø 19.59 90.84 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 2 [Proteção de distância - Faltas
Ealreq_2_1Ø 17.22 89.37 [V]
Monofásicas]
CÁLCULOS

Tensão secundária requerida - Equação 3 [50BF-Faltas Trifásicas] Ealreq_3_3Ø 2.72 5.67 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 3 [50BF-Faltas Monofásicas] Ealreq_3_1Ø 2.72 5.35 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 4 [50-Faltas Trifásicas] Ealreq_4_3Ø 26.12 54.44 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 4 [50N-Faltas Monofásicas] Ealreq_4_1Ø 17.96 35.28 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 5 [51-Faltas Trifásicas] Ealreq_5_3Ø 72.92 151.98 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 5 [51N-Faltas Monofásicas] Ealreq_5_1Ø 10.88 21.38 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 6 [67-Faltas Trifásicas] Ealreq_6_3Ø 21.83 145.20 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 6 [67N-Faltas Monofásicas] Ealreq_6_1Ø 17.61 107.48 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 7[Proteção diferencial - Faltas Trifásicas] Ealreq_7_3Ø 21.83 145.20 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 7 [Proteção diferencial - Faltas Monofásicas] Ealreq_7_1Ø 17.61 107.48 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 8[Proteção diferencial - Faltas Trifásicas] Ealreq_8_3Ø 6.90 53.44 [V]
Tensão secundária requerida - Equação 8 [Proteção diferencial - Faltas Monofásicas] Ealreq_8_1Ø 6.26 37.06 [V]
Avaliação Adequado Adequado -

Pode-se observar que todos os critérios estabelecidos pelo fabricante são atendidos.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 37/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.6 Transformadores de potencial

2.6.1 TP 230 kV – Terminal Rio Claro 2

Figura 18 – Placa de identificação do TP 230 kV – Rio Claro 2

2.6.2 TP 230kV – Terminal Rio Verde

Figura 19 – Placa de identificação do TP 230 kV – Rio Verde

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 38/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3 CÁLCULO E DEFINIÇÃO DE AJUSTES – REL670

Esta seção apresenta a memória de cálculo das proteções previstas para os dispositivos de
proteção principal e alternada da LT 230 kV – Terminal Rio Claro 2.
Os ajustes serão apresentados a seguir, na sequência em que são encontrados no software
de configuração, o PCM600.
O presente estudo não aborda os ajustes referentes as características de comunicação dos
equipamentos contemplados, a configuração das tags aplicadas às entradas e saídas digitais
e as configurações associadas a lógica de controle dos equipamentos envolvidos.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 39/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.1 IED Configuration

3.1.1 HW configuration

A direção de uma corrente depende da conexão do TC. Os principais TCs eles geralmente se
conectam em estrela e podem se conectar com o ponto de estrela para o objeto ou do objeto.
Esta informação deve ser ajustada no IED.
A convenção de direcionalidade é definida da seguinte maneira:
O valor positivo da corrente ou potência significa que a quantidade tem a direção em direção
ao objeto.
O valor negativo da corrente ou potência significa que a quantidade tem a direção do objeto.
Para funções direcionais, as convenções direcionais são definidas a partir seguinte forma.

Figura 20 – Convenção de direcionalidade

• Forward significa que a direção é para o objeto.


• Reverse significa que a direção é do objeto.

Se as configurações principais do TC estiverem corretas, ou seja, o CTStarPoint é definido


como FromObject ou ToObject de acordo com a condição da planta, então sempre uma quan-
tidade positiva flui para o objeto protegido, e uma direção para frente sempre olhe para o
objeto protegido.
As configurações do IED são feitas em valores primários. As relações dos TCs e TPs repre-
sentam, portanto, dados básicos para o IED. O usuário deve ajustar as correntes e tensões
primárias e secundárias nominais do TC e TP fornecer ao IED suas relações nominais.
Recomenda-se que os ajustes CTstarPoint (fechamento estrela do TC) e CTprim/CTset (rela-
ção de transformação do TC) sejam confirmados na etapa do comissionamento, com o intuito
de se verificar se o fechamento estrela dos TCs estão compatíveis com o projeto elétrico e o
estudo, assim como verificar se a relação de transformação escolhida está correta.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 40/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.1.2 Activate Setting Group – SETGRPS

O relé possui seis grupos de ajustes diferentes para otimizar a operação do IED para diferen-
tes condições do sistema.
Nessa aplicação apenas 1 grupo de ajuste está previsto para a aplicação deste estudo.

3.1.3 Power System – PRIMVAL

A rotação e a frequência da fase do sistema são definidas usando as configurações Phase-


Rotation e Frequency na função PRIMVAL dos valores primários do sistema.
Essa aplicação utiliza a frequência de 60hz e sequência de fase L1L2L3.

3.1.4 Global Base Values GBASVAL

UBase
Valor de tensão fase - fase a ser usada como base para as funções aplicáveis em todo o IED.
Nesta aplicação será adotado a tensão nominal do TP, ou seja, 230 kV

IBase
Valor de corrente de fase a ser usado como base para as funções aplicáveis em todo o IED.
Nesta aplicação será adotado os seguintes valores de base:
• Corrente nominal dos TCs: 1200 A.
• Corrente nominal de Curta duração da LT: 665 A.
• Corrente nominal de Longa duração da LT 528 A.

SBase
Valor de potência aparente padrão a ser usado como um valor base para as funções aplicá-
veis em todo o IED, geralmente SBase = √3 x UBase x IBase.
Essa aplicação não utiliza o Sbase.

3.1.5 Analog Modules

Uma referência PhaseAngleRef pode ser definida para facilitar a leitura dos valores de serviço.
Este ângulo de fase dos canais analógicos será sempre fixado em zero graus e todas as
outras informações de ângulo serão mostradas em relação a esta entrada analógica. Durante
o teste e comissionamento do IED, o canal de referência pode ser alterado para facilitar a
leitura dos valores de teste e serviço.
Para esta aplicação, o canal L1 de tensão é selecionado.

Esta configuração deverá ser confirmada durante o comissionamento.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 41/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.1.6 Monitoring

3.1.6.1 Disturbance Report DRPRDRE

A função de partida para o registrador de perturbação deve ser fornecida pela mudança no
estado de um ou mais dos eventos conectados e / ou por qualquer disparo externo, de modo
que a gravação de eventos durante uma falha ou perturbação do sistema possa ser obtida.
O tempo total de gravação (tRecording) de um distúrbio registrado é o seguinte:
tRecording = PreFaultrecT + tFault + PostFaultrecT ou PreFaultrecT + TimeLimit, dependendo
do critério que interrompe o registro de distúrbios da corrente.

Figura 21 – Definição dos tempos de registro

Operation
A operação da função de relatório de perturbações DRPRDRE deve estar ativada (On)ou
desativada (Off). Se desligado estiver selecionado, observe que nenhum relatório de pertur-
bação está registrado e nenhuma subfunção operará (o único parâmetro geral que influencia
a lista de eventos (EL)).
• Operation = Off:
Os relatórios de perturbações não são armazenados.
A informação do LED (amarelo - partida, vermelho - trip) não é armazenada ou alterada.
• Operation = On:
Os relatórios de perturbações são armazenados, os dados de perturbação podem ser lidos a
partir da IHM local e de um PC usando o PCM600.
Informação do LED (amarelo - partida, vermelho - trip) é armazenada.

PreFaultRecT

O tempo de gravação PreFaultRecT é o tempo de gravação antes do ponto inicial da pertur-


bação. O ajuste deve ser de pelo menos 0,1 s para garantir amostras suficientes para a esti-
mativa de valores pré-falta na função do registrador de valor de disparo (Trip Value Recorder
- TVR).

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 42/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
A configuração é recomendada para ser definida como 0,5 s.

PostFaultRecT

O tempo de gravação pós-falha (PostFaultRecT) é o tempo máximo de gravação após o de-


saparecimento do sinal de trigger (não influencia a função do registrador de trip (TVR)).
Recomenda-se que a configuração seja definida para 2,5 s.

TimeLimit

O limite de tempo de gravação é o tempo máximo de gravação após o disparo. O parâmetro


limita o tempo de gravação se alguma condição de disparo (tempo de falha) for muito longa
ou permanentemente configurada (não influencia a função do registrador de trip (TVR)).
A configuração é recomendada para ser definida como 3.0 s.

PostRetrig

Se for ativado, um novo distúrbio será gravado se um novo sinal de trigger aparecer durante
um registro. Se for desativado, um DR separado não será acionado se um novo sinal de trigger
aparecer durante um registro.
Este parâmetro é recomendado para ser desligado normalmente.

MaxNoStoreRec

Número máximo de distúrbios armazenados.


Esse parâmetro é ajustado no valor máximo.

ZeroAngleRef
O parâmetro define qual sinal analógico será usado como referência de ângulo de fase para
todos os outros sinais de entrada analógica. Este sinal também será usado para medição de
frequência e a frequência medida é usada ao calcular os valores de trip. Sugere-se indicar um
sinal de entrada de tensão amostrado, por exemplo, uma tensão de fase de linha ou barra-
mento.
Canal 01 definido no presente caso, valor esse deve ser confirmado com a configuração do
relé.

OpModeTest
• Se o IED estiver no modo de teste e OpModeTest = Off. A função de relatório de per-
turbações não salva nenhum registro e nenhuma informação de LED é exibida.
• Se o IED estiver no modo de teste e OpModeTest = On. A função de relatório de per-
turbações funciona no modo normal e o status é indicado na gravação salva.
No presente caso ajuste-se OpModeTest em ON.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 43/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2 IMPEDANCE PROTECTION

3.2.1 Considerações sobre as funções de proteção de distância

• As funções de proteção tanto de fase quanto de neutro não devem atuar pela passa-
gem da corrente de energização a vazio do transformador, “Inrush”.
• As proteções unitárias, devem prover operação sem temporização adicional para as
ocorrências de faltas internas a linha de transmissão;
• As zonas de operação temporizadas, que apresentam sobrealcance do terminal re-
moto, devem prover proteção de retaguarda remota aos equipamentos adjacentes a linha a
ser protegida, para tanto, as zonas em sobrealcance devem estar coordenadas com as pro-
teções ajustadas a montante e a jusante.
• As avaliações apresentadas não consideram as particularidades sistêmicas da região
onde as linhas estão sendo conectadas, de forma que os tempos de atuação das proteções
serão avaliados apenas na óptica do mantenimento da integridade do equipamento a ser pro-
tegido, conforme a orientação do O.N.S – Operador Nacional do Sistema, os ajustes das fun-
ções sistêmicas são fornecidos pelo estudo pré-operacional emitido pelo próprio órgão.
• A proteção de distância é uma proteção gradativa com princípio de operação por su-
bimpedância, portanto seu alcance é definido por ajuste, possui grande estabilidade a condi-
ções sistêmicas, no entanto, para a definição de seus ajustes devem ser consideradas algu-
mas particularidades de seus algoritmos e a acomodação de erros conhecidos, os quais serão
citados a seguir.
– Os erros intrínsecos aos equipamentos de medição, TC – Transformador de Corrente
e TPC – Transformador de Potencial Capacitivo devem ser acomodados pelos ajustes com
boa margem de segurança.
– A imprecisão dos dados da impedância de sequência zero da linha devido a variação
da resistividade do solo e seus efeitos sobre o cálculo do K0, fator de compensação de retorno
por terra, deve ser considerado nos cálculos, com margens de segurança adequadas.
– A influência do SIR – Source Impedance Ratio, para cada barramento ao qual a linha
está conectada, deve ser avaliada de forma que a função opere para todas as ocorrências
dentro de seu alcance predefinido.
– O efeito do fluxo de carga transportado entre os terminais insere erros aos cálculos
dos loops fase-terra monitorados, estes erros devem ser acomodados para que seja minimi-
zada a possibilidade de operações indevidas devido à sobre alcance e a não operação devido
a subalcance.
– O cálculo do load encroachment, região de carga, deve considerar o máximo carrega-
mento da linha de transmissão;

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 44/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.1.1 Resistências de arco

Para determinação do alcance resistivo, deve ser considerada a influência da resistência de


arco e de pé de torre. As resistências de faltas a terra (resistência de contato) podem ter
valores diversos e em muitos casos são maiores que a resistência de arco em isoladores
(flash overs). Essas resistências podem ser causadas por arvores, queda de condutores, fogo
sob a linha, dentre outras causas.
Segundo Warrington [Livro 11]:, a resistência de arco pode ser estimada pela seguinte fórmula
empírica
28707 × 𝑙
𝑅𝐴𝑟𝑐𝑜_𝑠𝑒𝑚_𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜 = [Ω]
𝐼𝐴𝑟𝑐𝑜 1,4
Onde:
𝑙 = Espaçamento (m) do isolador ou entre condutores
𝐼𝐴𝑟𝑐𝑜 = Corrente de arco em Amperes
A resistência de pé de torre, geralmente estimada entre 15 e 20 ohms em cada pé de torre
(valor conservador) só deve ser considerada diretamente como resistência de falta para linhas
sem cabo guarda aterrado em todas as torres.
Resistência de arco para faltas entre fases
28707 x lDistFF
RarcoFF =
IArco1.4
Onde:

lDistFF = Distância entre as fases (m) lDistFF = 5.5 [m]



IArco1.4
= Valor de curto-circuito fase-fase mínima IArco 1.4
= 549.00 [A]
Portanto:
28707 x 5.5
RarcoFF = 549^1.4 → RarcoFF = 23.06 [Ω]

Resistência de arco para faltas entre fase-terra


28707 x lIsolador
RarcoFT =
IArco1.4
Onde:

lIsolador = Comprimento do isolador (m) lDistFF = 2.05 [m]



IArco1.4 = Valor de curto-circuito fase-terra mínima IArco1.4 = 575.00 [A]

Portanto:
28707 x 2.05
RarcoFT = → RarcoFT = 8.06 [Ω]
575^1.4

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 45/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Nota 1: As equações originais são apresentadas no sistema de medida Inglês. As equações
acima são resultantes da conversão para o sistema métrico.

Nota 2: A resistência de pé de torre, geralmente estimada entre 15 e 20 ohms em cada pé de


torre (valor conservador) só deve ser considerada diretamente como resistência de falta para
linhas sem cabo guarda aterrado em todas as torres.

Rterra = RarcoFT + RTorre → Rterra = 8 + 20 → Rterra = 28 [Ω]

3.2.1.2 Recomendação do manual para alcances resistivos

Conforme recomendação do manual do IED, os ajustes dos alcances resistivos para as zonas
de operação devem seguir as seguintes condições:

𝑅𝐹𝑃𝑃 ≤ 3 × 𝑋1𝑧𝑜𝑛𝑎
𝑅𝐹𝑃𝐸 ≤ 6 × 𝑋1𝑧𝑜𝑛𝑎

Os ajustes dos alcances resistivos para zonas reversas devem ser maiores que os alcances
resistivos da maior zona a frente (considerar que já há o valor de R1 da Linha) considerado
pelo Phase Selector.

𝑅𝐹𝑃𝑃𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 > 𝑅𝐹𝑃𝑃𝐹𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑃𝐻𝑆

𝑅𝐹𝑃𝐸𝑟𝑒𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜 > 𝑅𝐹𝑃𝐸𝐹𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑧𝑜𝑛𝑎 𝑃𝐻𝑆

Para a proteção de distância de fase ANSI 21, será ajustada para duas zonas quadrilaterais
direcionadas a frente Z1 e Z2 e uma zona quadrilateral reversa Z4, de forma semelhante, para
a proteção de distância de neutro ANSI 21N, serão também ajustadas duas zonas quadrilate-
rais direcionadas a frente Z1N e Z2N e uma zona quadrilateral reversa Z4N.
As figuras abaixo ilustram as impedâncias envolvidas nos loops de falta calculados pelo relé
e as características quadrilaterais no diagrama R-X, pode-se observar a nomenclatura utili-
zada pelo fabricante, a qual será empregada ao longo do estudo.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 46/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 22 – Loops de falta fase-fase e fase-terra

Figura 23 – Característica quadrilateral 21

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 47/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 24 – Característica quadrilateral 21N

3.2.1.3 Cálculo do S.I.R para determinar o comprimento da linha

Uma linha curta é um desafio para a proteção da linha, pois dificulta que o relé diferencie entre
uma falta na zona e uma falta fora da zona. Para um elemento de distância, quanto maior o
SIR (menor a linha), menor a tensão de restrição no relé para uma falta fora da zona. Uma
tensão muito baixa pode ser mais suscetível a erros de medição e transientes, o que pode
resultar em sobrealcance indesejado de um elemento de subalcance. O SIR é uma maneira
de quantificar o circuito do divisor de tensão
Conforme descrito em [Norma 12]:, uma linha é designada como curta se o SIR da linha for
grande. Linhas de transmissão que possuem SIRs maiores que 4 são classificadas como li-
nhas curtas. As linhas que possuem SIRs de 0,5 a 4 são classificadas como linhas médias.
Finalmente, as linhas que possuem SIR menor que 0,5 são classificadas como linhas longas.
Um método sugerido para calcular a impedância da fonte com a finalidade de classificar o
comprimento da linha é colocar um curto-circuito no barramento remoto (limite da zona da
linha) e calcular a impedância da fonte como a queda de tensão da fonte para a localização
do relé dividida por a corrente de falha.
Para ilustrar o cálculo, a Figura 25 mostra um sistema de transmissão que foi reduzido a seu
equivalente de duas fontes com as ramificações de impedância de linha e transferência. O
ramo de impedância de transferência que representa a complexa rede do sistema de trans-
missão que circunda a linha de interesse pode ter um efeito significativo na tensão no relé
para uma falha no limite da zona.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 48/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 25 – Cálculo impedância da fonte para uso na determinação do SIR

As equações a seguir fornecem as impedâncias da fonte para os loops de falta de fase e de


falta à terra, respectivamente.
𝑉𝐷𝑅𝑂𝑃_𝑆𝑅𝐶 𝑉𝐵𝐴𝑆𝐸_𝐿𝑁 − 𝑉𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌
𝑍𝑆3𝑃𝐻 = =
𝐼𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 𝐼𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌
𝑉𝐷𝑅𝑂𝑃_𝑆𝑅𝐶 𝑉𝐵𝐴𝑆𝐸_𝐿𝑁 − 𝑉𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌
𝑍𝑆𝑆𝐿𝐺 = =
𝐼𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 𝐼𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 + (3𝐼𝑂𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 × 𝑘0)
Onde:
É a tensão de base do sistema, fase-neutro, que define a tensão no barra-
𝑉𝐵𝐴𝑆𝐸_𝐿𝑁 =
mento infinito atrás da impedância da fonte em unidades primárias;
𝑉𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 = É a tensão fase-terra no relé para uma falha no barramento remoto
𝐼𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 = É a corrente de fase no relé para uma falha no barramento remoto
3𝐼𝑂𝑅𝐸𝐿𝐴𝑌 = É a corrente de sequência zero no relé para uma falha no barramento remoto
É o fator de compensação de sequência zero para a linha, conforme definido
𝑘0 =
pela equação a seguir:
𝑍0𝐿 − 𝑍1𝐿
𝑘0 =
3 × 𝑍1𝐿
Onde:
𝑍1𝐿 = É a impedância da linha de sequência positiva
𝑍0𝐿 = É a impedância da linha de sequência zero

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 49/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
As impedâncias da fonte obtidas são usadas para obter-se o SIR. Z1LINE é usado no denomi-
nador da equação para determinar o SIR, que define o limite da zona que não deve ser exce-
dido. A impedância de sequência positiva (Z1) é usada para faltas trifásicas e fase-terra, por-
que o fato k0 é usado para definir ZSSLG.
Muitas vezes é desejável determinar o SIR sob condições N-1, bem como determinar se a
linha pode ficar curta quando a fonte mais forte atrás do terminal local está fora de serviço.

3.2.1.4 Resultados do cálculo do S.I.R

Impedâncias de sequência positiva e zero da linha.

Tabela 24 – Dados de entrada para o cálculo do SIR

Comprimento da LT 88.2 km Z1linha = 8.903+42.046i Ωprim


Z1 Linha Z0 Linha Z0linha = 37.127+126.247i Ωprim
R1[Ω/km] X1[Ω/km] R0[Ω/km] X0[Ω/km] Z0L-Z1L 28.224+84.201i
= = 0.69
0.101 0.477 0.421 1.432 3xZ1L 26.709+126.138i

R1[Ω] X1[Ω] R0[Ω] X0[Ω]


8.90 42.05 37.13 126.25
Abs[Ω] Ang[Deg°] Abs[Ω] Ang[Deg°]
42.98 78.04 131.59 73.61
R1[%] X1[%] R0[Ω] X0[%]
1.683 7.948 7.018 23.865

Figura 26 - S.I.R

Tabela 25 – Resultados do cálculo do SIR – Terminal Rio Verde


Terminal Rio Verde

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 50/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Parâmetro 3F FT Unidade
Tensão 230 kV
Comprimento da Linha 88.160 km
Z1linha 42.978 Ωprim
Valores de faltas trifásicas e fase terra para determinar o SIR do Terminal Rio Verde
Tensão no relé para faltas 3F/FT no barramento remoto sem contingência 101.3 105.8 kV
Corrente de fase no relé para faltas 3F/FT no barramento remoto sem contingência 2356 1733.8 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto sem contingência -- 1402.4 A
ZS_N-0 13.366 5.828 Ωprim
SIR_N-0 0.3 0.1 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 101.4 105.5 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 2358.8 1731 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 N-1 RVER TR -- 1393.8 A
ZS_N-1 13.308 5.919 Ωprim
SIR_N-1 0.3 0.1 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 99.1 104.2 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 N-1 LT 230kV 2306.2 1707.3 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RVERD - -- 1382.2 A
ZS_N-1 C.DOUR 14.609 6.265 Ωprim
SIR_N-1 0.3 0.1 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 98.1 103.5 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 N-1 LT 230kV 2282.2 1695.1 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RVERD - -- 1374.1 A
ZS_N-1 ITUMBI C1 15.200 6.460 Ωprim
SIR_N-1 0.4 0.2 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 92.7 100.4 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 N-1 LT 230kV 2156.8 1638.7 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RVERD - -- 1342.6 A
ZS_N-1 ITUMBI C2 18.588 7.340 Ωprim
SIR_N-1 0.4 0.2 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 99.9 102.3 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 N-1 LT 230kV 2323.7 1686.4 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RVERD - -- 1343.1 A
ZS_N-1 B.PEIX C1 14.154 6.834 Ωprim
SIR_N-1 0.3 0.2 --
Status da linha Linha longa Linha longa --
Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 97.3 100.8 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 N-1 LT 230kV 2263.7 1656.6 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RVERD - -- 1330 A
ZS_N-1 B.PEIX C2 15.678 7.263 Ωprim
SIR_N-1 0.4 0.2 --
Status da linha Linha longa Linha longa --

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 51/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tabela 26 – Resultados do cálculo do SIR – Terminal Rio Claro 2

Terminal Rio Claro 2


Parâmetro 3F FT Unidade
Tensão 230 kV
Comprimento da Linha 88.160 km
Z1linha 42.978 Ωprim

Valores de faltas trifásicas e fase terra para determinar o SIR do Terminal Rio Claro 2
Tensão no relé para faltas 3F/FT no barramento remoto sem contingência 27.2 44.2 kV
Corrente de fase no relé para faltas 3F/FT no barramento remoto sem contingência 634 575.4 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto sem contingência -- 725.2 A
ZS_N-0 166.547 42.717 Ωprim

SIR_N-0 3.9 1.0 --

Status da linha Linha média Linha média --

Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 26 41.4 kV


Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 605.8 544.9 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 N-1 RCL2 T1 -- 679.8 A

ZS_N-1 176.280 46.877 Ωprim

SIR_N-1 4.1 1.1 --

Status da linha Linha curta Linha média --

Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 26.0 41.4 kV
Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 605.8 544.9 A
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 N-1 RCL2 T2 -- 679.8 A

ZS_N-1 176.280 46.877 Ωprim

SIR_N-1 4.1 1.1 --

Status da linha Linha curta Linha média --

Tensão no relé para faltas 3F no barramento remoto e sob N-1 14.2 35.6 kV

Corrente de fase para falha 3F no barramento remoto e sob N-1 330.9 383.5 A
N-1 LT 230kV
Corrente 3I0 para falha FT no barramento remoto e sob N-1 RCL2 - RON- -- 624.4 A
DON
ZS_N-1 358.388 58.070 Ωprim

SIR_N-1 8.3 1.4 --

Status da linha Linha curta Linha média --

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 52/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.2 Automatic SOTF (ZCVPSOF)

A função baseada na corrente e na tensão da lógica automática de fechamento sobre falta


ZCVPSOF é uma função complementar para as funções de medição de impedância, embora
possa usar informações das referidas funções.
Com o SOTF, um trip rápido é atingido para uma falha em toda a linha, quando a linha está
sendo energizada. Os disparos do SOTF geralmente não são direcionais para garantir um trip
em situações de falha nos casos em que a informação direcional não pode ser estabelecida,
por exemplo, devido à falta de tensão de polarização quando um transformador de potencial
de linha é usado.
A ativação automática baseada na detecção de linha morta só pode ser usada quando o
transformador de tensão está localizado no lado da linha de um disjuntor.
O uso de zonas de distância não direcional também permite a rápida eliminação de falhas
quando um barramento está sendo energizado a partir da linha com um curto-circuito no bar-
ramento.
Outras funções de proteção, como a função de sobrecorrente de sequência zero a fase com
atraso de tempo, podem ser conectadas a função do SOTF para aumentar a confiabilidade
do esquema.
Se os transformadores de tensão estiverem localizados na lateral da barra, a detecção de
fechamento automático na falha com base na detecção de linha morta não pode ser execu-
tada. Nesses casos, a detecção de linha morta se omite usando o estado de fechamento do
disjuntor e a lógica de fechamento da falha é ativada. ZCVPSOF pode ser ativado externa-
mente com a entrada do disjuntor fechada ou internamente (automaticamente) com detecção
de linha morta usando lógica com base no nível de UI.

Figura 27 – Diagrama simplificado baseada na lógica de fechamento sobre falta

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 53/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.2.1 Diretrizes para ajustes

A zona de proteção de distância usada para trip instantâneo pela função SOTF deve ser ajus-
tada de forma a cobrir toda a linha protegida com uma margem de segurança de pelo menos
20%.

GlobalBaseSel

Seleciona o grupo de valores básicos gerais usados pela função para definir (Ibase), (Ubase)
e (Sbase).
Ibase:. Este parâmetro é definido para 1200 A no presente caso.
Ubase: Este parâmetro é ajustado para 230 kV no presente caso.
GlobalBaseSel = 1

Operation
A operação de ZCVPSOF é, por padrão, configurada como On. O parâmetro deve ser definido
como Off se o ZCVPSOF não for usado.
Conforme informação do comissionamento, a função SOTF será executada única e exclusi-
vamente pela função PHPIOC:1, não sendo necessária a implementação do bloco ZCVPSOF.
Portanto essa função é desabilitada.
Operation = Off

AutoInitMode

A ativação automática da função ZCVPSOF é, por padrão, configurada para DLD disabled, o
que significa que a detecção lógica de linha morta está desabilitada. Se for necessária uma
ativação automática da detecção da linha morta, o parâmetro AutoInitMode deve ser ajustado
como Voltage (Tensão), Current (Corrente) ou Current & Voltage (Corrente e tensão).
Se o ajuste AutoInitMode estiver desabilitado DLD disabled, ZCVPSOF será ativado por uma
entrada binária externa BC (entrada de disjuntor fechado).
Para esta aplicação o ajuste é DLD disabled, para permitir que a função seja ativada somente
quando a entrada BC (comando de fechamento e (ou) religamento do disjuntor) no bloco ló-
gico é ativada.
AutoInitMode = DLD disabled

Mode

A operação do ZCVPSOF possui três modos para definir os critérios de disparo. O ajuste
Mode é, por padrão, UILevel.
Para obter o sinal TRIP, um dos diferentes modos de operação abaixo deve ser selecionado
com o parâmetro Mode:
Mode = UILvl&Imp

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 54/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
UILevel significa que o critério de trip é baseado na configuração de Iph< e Uph<. A escolha
do UILevel fornece uma operação mais rápida e mais sensível da função, o que é importante
para reduzir o estresse que pode ocorrer ao energizar uma linha sobre falta. No entanto, a
recuperação de tensão pode ser lenta em alguns sistemas ao energizar a linha. Portanto, se
o tempo tDuration for definido muito curto, o ZCVPSOF pode interpretar isso como uma falha
e liberar um trip.
Mode = Impedance
Quando o modo está definido como Impedance, o critério de operação é baseado na entrada
BC (fechamento do disjuntor), que pode ser a partida da zona de sobrealcance a partir da
medição da zona de impedância ou de um atraso de tempo tOperate START_DLY. Um sinal
de saída não direcional deve ser usado a partir de uma zona de sobrealcance. A seleção do
modo Impedance aumenta segurança.
Mode = UILevel
Quando Mode está definido como UILvl & Imp, a condição para trip é uma OR entre UILevel
& Impedance.
Para essa aplicação a opção escolhida é Impedance, pois a nessa aplicação há um sensor
de corrente sensibilizado através da função PHPIOC:1 conforme descrito no item 5.4.6.
Mode = Impedance
Para essa aplicação a opção escolhida é Impedance.

Iph<
Iph< é usado para ajustar o nível de corrente para a detecção de linha morta. Iph< é, por
padrão, configurado para 20% do Ibase. Deve ser ajustado com uma margem suficiente (15
a 20%) abaixo da corrente de carga mínima esperada. Em muitos casos, a corrente de carga
mínima de uma linha é próxima de zero e pode até ser zero. O valor de operação deve exceder
a corrente capacitiva máxima (Icharge) da linha quando apenas uma fase é desconectada
(acoplamento mútuo nas outras fases).
Este ajuste define o valor do pick-up da unidade de sobrecorrente a qual opera somente du-
rante a energização da linha.
Os seguintes critérios são analisados:
1 – Deverá ser superior ao “Line Charging” da linha, devido as capacitâncias
A corrente de charge de sequência positiva da linha é calculada de acordo com a equação
abaixo:

(230x10³) x 1.10 x 84 x 10^-6


Icharge > → Icharge > 12 [Aprim]
√3
2 – Deve ser menor que a carga mínima da LT de forma que detecte que a linha está morta.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 55/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
(IPH<) ≤ 20% x Icarga
(IPH<) ≤ 20% x 528.00
(IPH<) ≤ 105.6 [A]
Portanto o pick-up escolhido é:
Ipick-up SOTF = 100 [A] → 100 [mAsec]
Em termos da corrente de base:
Ibase = 1200 [A]

Ipick-up 100
(IPH<) = x 100 → (IPH<) = x 100 → (IPH<) = 8,3%
IBase 1200

O passo de ajuste desse parâmetro é de 1 em 1, logo ajusta-se em 9%Ibase.

Uph<
Uph< é usado para ajustar o nível de tensão para a detecção de linha morta. Uph< é, por
padrão, definido como 70% do Ubase. Essa é uma configuração adequada na maioria dos
casos, mas é recomendável verificar a adequação na aplicação real.
(UPH<) ≤ 70% x Ubase
(UPH<) ≤ 70% x 230.00
(UPH<) ≤ 161 [kV]

tDuration
O ajuste do temporizador para a liberação do UILevel é, por padrão, de 0,02 s, o que provou
ser adequado na maioria dos casos a partir da experiência de campo. Se um tempo de atraso
mais curto for ajustado, é necessário considerar o tempo de recomposição de tensão durante
a energização da linha.
tDuration = 0,020 s

tSOTF

O atraso de queda (drop delay) de ZCVPSOF é, por padrão, definido para 1 s, o que é ade-
quado para a maioria das aplicações.
Para essa aplicação o tempo ajustado é 0.500 s.

tSOTF = 0.500 s

tDLD
O tempo de atraso para ativar o ZCVPSOF pela detecção interna de linha morta é, por padrão,
definido como 0,2 segundo. Este valor é adequado na maioria das aplicações. O atraso não
deve ser ajustado muito curto para evitar ativações indesejadas durante transientes no sis-
tema.
Este parâmetro é relevante somente se AutoInitMode não for ajustado em DLD disabled.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 56/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tDLD = 0,200 s

tOperate

O tempo de atraso da entrada START_DLYD para ativar o TRIP quando Mode está definido
como Impedance ou UILvl & Imp é, por padrão, definido como 0,03 segundos.
Este parâmetro só é relevante se o parâmetro Mode é ajustado em Impedance ou UILv&Imp.
tOperate = 0,03 s

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 57/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3 High speed distance protection ZMFPDIS (21)

A proteção de distância de alta velocidade (ZMFPDIS) fornece atuação em até meio ciclo,
tempo de operação para falhas básicas dentro de 60% do comprimento da linha e até cerca
de SIR 5. A função ZMFPDIS é uma proteção de esquema completo de sete zonas com três
loops de falta para faltas fase-fase e três loops de falta para faltas fase-terra para cada uma
das zonas independentes, o que torna a função adequada para aplicações com religamento
automático monofásico.
Em cada zona de medição, a função ZMFPDIS é projetada com a flexibilidade de operar em
modo característico quadrilateral ou mho para loops fase-terra ou fase-fase separados.
Um algoritmo de compensação de carga adaptável integrado evita o sobrealcance das zonas
de distância no terminal que exporta carga durante faltas fase-terra em linhas de energia al-
tamente carregadas. Também reduz o subalcance no terminal importador.
O próprio bloco de função ZMFPDIS incorpora um elemento de seleção de fase e um elemento
direcional, ao contrário dos designs anteriores da série 600, onde esses elementos eram re-
presentados com blocos de função separados.
A operação do elemento de seleção de fase é baseada principalmente em critérios de mu-
dança de corrente (ou seja, quantidades delta), com confiabilidade significativamente aumen-
tada. Existe também um critério de seleção de fase operando em paralelo que baseia sua
operação apenas nos fasores de tensão e corrente.
O elemento direcional utiliza um conjunto de grandezas bem estabelecidas para fornecer uma
decisão direcional rápida e correta durante várias condições de operação do sistema de po-
tência, incluindo faltas trifásicas próximas, faltas simultâneas e faltas apenas com alimentação
de sequência zero.
A função ZMFPDIS também é equipada com o recurso de compensação de acoplamento
mútuo de linha paralela com base na corrente residual de linha paralela.

3.2.3.1 ZMFPDIS:1 – General

GlobalBaseSel

Seleciona o grupo de valores básicos gerais usados pela função para definir (Ibase), (Ubase)
e (Sbase).
Ibase:. Este parâmetro é definido para 1200 A no presente caso.
Ubase: Este parâmetro é ajustado para 230 kV no presente caso.
Essa função utiliza os valores do Ibase e Ubase.
GlobalBaseSel = 1

tTauDC

Constante de tempo CC máxima esperada em corrente de falha primária.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 58/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Pode ser usado para ajustar a característica do filtro fasorial para o componente DC exponen-
cialmente decaindo em correntes de falta, com o objetivo de melhorar o tempo de operação
(da ordem de alguns milissegundos).
Se o tempo adicional for gasto para fazer isso, deve ser feito preferencialmente em conexão
com testes extensivos baseados em simulações do sistema de energia, a fim de ver o efeito
geral.
Se tal teste não for viável, é melhor deixar o parâmetro permanecer em seu valor padrão de
999,999 s. Isso fornecerá o tempo de operação e o desempenho apresentados nos dados
técnicos.
Como a constante de tempo real pode variar dependendo de onde a falha ocorre, é melhor
focar nas falhas próximas ao limite de alcance de uma das zonas, onde terá o maior efeito.
Isso normalmente seria Zona 2, quando usado em um esquema de Transfer Trip. Use sempre
o valor máximo entre as constantes de tempo consideradas.
Como não ocorrerá testes em tempo real, esse parâmetro será ajustado no valor default de
999.999 s, conforme recomendação do manual do relé.

3.2.3.2 ZMFPDIS:1 – Setting Group

Operation
Habilitado ou desabilitado todo o conjunto da proteção de distâncias.
Operation = On

RLdFw
Resistência determinando a área de impedância de carga - para frente
Durante a condição operativa de máximo fluxo exportado, ou seja, mínima resistência de
carga a frente, o blinder resistivo que percorre o 1° e 4° quadrantes será obtido conforme a
formulação a seguir:
RLdFw = 0.80 x KLdRFw x RLmin
RLdFw = 0.80 x 0.85 x 215
RLdFw = 146.22 [Ω]

RLdFwMax

Resistência máxima usada determinando a área de impedância de carga, se RLdFw for maior
que RLdFwMax então RLdFw é definido como RLdFwMax.
Será mantido o ajuste do valor RLdFw.

RLdFwMin
Resistência mínima usada determinando a área de impedância de carga, se RLdFw for menor
que RLdFwMin então RLdFw é definido como RLdFwMin.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 59/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Será mantido o ajuste do valor RLdFw.

RLdRvFactor

Fator de resistência determinando a área de impedância de carga – reverso.


Ajustado em 100%, ou seja, o mesmo valor de RLdFw.
Under-impedance-based
Em alguns casos, a impedância de carga medida pode entrar na característica de zona
definida sem nenhuma falha na linha protegida. Esse fenômeno é chamado de invasão de
carga e pode ocorrer quando uma falta externa é eliminada e uma alta carga de emergência
é transferida para a linha protegida. O efeito da invasão de carga é ilustrado à esquerda na
Figura 28.
Os ajustes RStart e XStart são comuns para os loops de medição Ph-Ph (fase-fase) e Ph-Gnd
(fase-terra). Para garantir a operação adequada das zonas de distância, o elemento de partida
baseado em subimpedância deve ser definido de forma a sempre cobrir (ou seja, ser maior
que) todas as zonas de distância usadas para os loops Ph-Ph e Ph-Gnd. Consequentemente,
as seguintes configurações para RStart e XStart são recomendadas:

Figura 28 – Invasão de carga e característica de partida de subimpedância

RStart

Limita o alcance resistivo da seleção de fase fora do setor ArgLd.


Recomenda-se que a configuração RStart não exceda a impedância de carga, que normal-
mente é definida como UBase/√3/IBase em ohms primários. Recomenda-se reduzir o valor
definido de RStart para no máximo 80% do valor de impedância de carga definido acima. No
entanto, as configurações de RLdRvFactor e RLdFw podem ser utilizadas para obter um setor
adicional de não operação para carga de emergência, como para quando uma linha paralela
é aberta, conforme mostrado na Figura 28.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 60/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
No item 2.4.2, foi analisado a impedância de carga em três abordagens diferentes: Carga em
relação a capacidade normal, de emergência e relativa ao estudo de fluxo de barramentos. A
Tabela 8 apresenta os valores de cargas mínimas e o menor valor calculado refere-se à ca-
pacidade de emergência de LT, cujo valor é 171 Ω primários.
Logo:
Rstart = 80% x RLmín → Rstart = 80% x 171.00 → Rstart = 137 Ω

XStart
O parâmetro XStart deve ser ajustado com um valor pelo menos 20% maior que o valor obtido
pela fórmula (2*X1FwPEZx + X0FwPEZx)/3 aplicada para a zona de maior alcance.
A maior zona a frente é a Zona 2. Portanto os valores de X1FwPEZx e X1FwPEZx são relati-
vos a essa zona.

2 x X1FwPEZx + X0FwPEZx 2 x 58.86 + 176.75


XStart = → XStart = → XStart = 98 Ω
3 3
120% x Xstart → 120% x 98 → 118 Ω

ArgLd
Ângulo que determina a área de impedância de carga.
O ângulo de carga ArgLd é o mesmo na direção “Forward” e “Reverse”. O ângulo de abertura
da característica de bloqueio deverá ser maior que 20°.
ArgLd = 30.00

ArgLdMax
Ângulo máximo usado determinando a área de impedância de carga, se ArgLd for maior que
ArgLdMax, então ArgLd é definido como ArgLdMax.
Será mantido o ajuste do valor ArgLd.

ArgLdMin
Ângulo mínimo usado determinando a área de impedância de carga, se ArgLd for menor que
ArgLdMin, então ArgLd é definido como ArgLdMin.
Será mantido o ajuste do valor ArgLd.

ZoneLinkStart

Seleção da fonte de partida para todos os temporizadores de trip.


Será utilizado o Phase Selection. Porém esse parâmetro não terá relevância umas vez que
os ajustes TimerLinksZx de cada zona está ajustado para LoopLink (tPP-tPE).

CVTType
Seleção do tipo do TPC determinando filtragem da função.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 61/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Se possível, o tipo de transformador de tensão capacitivo (CVT) usado para medição deve
ser identificado. As alternativas estão fortemente relacionadas ao tipo de circuito de supressão
de ferro-ressonância incluído no CVT. Existem duas escolhas principais:
• Passive type
o Para TPCs que usam um componente não linear, como um indutor saturável,
para limitar as sobretensões (causadas por ferro-ressonância). Este compo-
nente fica praticamente ocioso durante condições normais de carga e falha, daí
o nome "passivo". Os TPCs que têm uma alta carga resistiva para mitigar a
ferrorressonância também se enquadram nessa categoria.
• Any
o Esta opção está relacionada principalmente ao chamado TPC do tipo ativo, que
utiliza um conjunto de componentes reativos para formar um circuito de filtro
que essencialmente atenua frequências diferentes da nominal para restringir a
ferrorressonância. O nome "ativo" refere-se a este circuito estar sempre envol-
vido durante condições transitórias, independentemente do nível de tensão.
Esta opção também deve ser usada para os tipos que não se enquadram nas
outras duas categorias, por exemplo, TPCs com dispositivos de amortecimento
eletrônico de potência, ou se o tipo não puder ser identificado.
• None (Magnetic)
o Esta opção deve ser selecionada se o transformador de tensão for totalmente
magnético.
Através da placa do TPC é possível notar que há somente componente reativo, portanto este
parâmetros é ajustado em Any.

INReleasePE
É a corrente residual mínima necessária para possibilitar a operação do loop de falta fase-
terra.
Esta configuração abre uma oportunidade para habilitar a medição fase-terra para faltas fase-
fase-terra. Determina o nível de corrente residual (3I0) acima do qual a medição fase-terra é
ativada (e a medição fase-fase é bloqueada). As relações são definidas com a equação.

Onde:
INReleasePE = o ajuste para a corrente residual mínima necessária para permitir a operação
nos loops de falta fase-terra em %.
Iphmax = a corrente de fase máxima em qualquer uma das três fases.
Por padrão, esta configuração é definida excessivamente alta para sempre habilitar a medição
fase-fase para faltas fase-fase-terra. Este valor de configuração padrão deve ser mantido, a
menos que haja razões muito específicas para habilitar a medição fase-terra. Mesmo com o
valor de ajuste padrão, a medição fase-terra é ativada sempre que apropriado, como no caso

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 62/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
de faltas simultâneas: duas faltas à terra ao mesmo tempo, uma em cada um dos dois circuitos
de uma linha dupla.
Uma situação específica em que o ajuste INReleasePE deve ser alterado é para faltas cross-
country em redes aterradas de alta impedância, para garantir que a operação seja fase-terra.
Isso é particularmente importante ao usar a lógica de preferência de fase, pois ela funciona
apenas por fase, não para medição fase-fase. O limite deve ser definido de forma que seja
excedido durante uma falta cross-country.
Como essa aplicação é para sistemas solidamente aterrado, será mantido o valor default do
relé de 400%Max IPh.

ArgDir
Ângulo de delimitação no quarto quadrante da direção para frente.
ArgDir = 15Deg

ArgNegRes
Ângulo de delimitador no segundo quadrante da direção para frente.
ArgNegRes = 115Deg

EnPar
Ativar compensação de linha paralela
Não será utilizado pois esse é uma aplicação de seccionamento de LT, não havendo circuito
paralelo.

INPRatio
Limite alto NP/IN para compensação de linha paralela.
Recurso não utilizado, portanto esse parâmetro é mantido no valor default.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 63/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3.3 Proteção de distância (ZMFPDIS:1,21P e 21N) – Zona 1

As unidades de medida de zona 1 não são utilizadas nos esquemas de teleproteção do tipo
de comparação direcional, mas sim como unidades de desligamento direto.
Essas unidades não podem sobrealcançar em nenhuma hipótese o barramento remoto devido
aos erros dos equipamentos de medidas (TP e TC), influência de acoplamento mútuo de se-
quência zero entre linhas paralelas e imprecisões nos parâmetros das linhas.
Os ajustes das Zonas de Medição de Distância, característica quadrilateral são feitas em va-
lores primários.
Os vários erros mencionados no item 3.2.1 geralmente requerem uma limitação da zona de
subalcance (geralmente zona 1) para 75% - 90% da linha protegida.
Linha paralela fora de serviço e aterrada

Figura 29 – Configuração operativa – linha paralela desconectada e aterrada

A indutância mútua entre as linhas insere erros ao cálculo da impedância existente entre o
terminal da linha de transmissão onde são realizadas as medições de tensão e corrente e o
ponto de falta. A indutância mútua é representada como uma impedância mútua, Z1M, Z2M
e Z0M, em termos de suas componentes simétricas. Apenas a impedância mútua de sequên-
cia zero deve ser considerada, pois apresenta valores representativos.

Critérios estabelecidos:
1. A zona 1 não deve atuar para curtos-circuitos no barramento remoto.
2. A zona 1 deve cobrir valores superiores a faltas a 50% do terminal local.
3. Quando aplicável deve-se analisar o efeito da impedância mútua de sequência zero
no alcance.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 64/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Faltas na linha

Faltas a partir do termina Rio Claro 2.


ZONA 1
Tipo Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Local da falta, contingência de ABS ANG Alcance Alcance
R[Ω] X[Ω]
falta [Ω] [Deg] R[pu] X[pu]
FT 23.06 77.50 4.991 22.51 0.56 0.54
50% da LT Caso Base
3F 21.49 78.00 4.468 21.02 0.50 0.50
FT 21.71 77.90 4.551 21.23 0.51 0.50
50% da LT - Deslig. Circ. 249: 791
3F 21.49 78.00 4.468 21.02 0.50 0.50
FT 21.93 77.70 4.672 21.43 0.52 0.51
50% da LT - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 21.49 78.00 4.468 21.02 0.50 0.50
FT 27.52 77.60 5.910 26.88 0.66 0.64
60% da LT Caso Base
3F 25.79 78.00 5.362 25.23 0.60 0.60
FT 25.84 77.90 5.417 25.27 0.61 0.60
60% da LT - Deslig. Circ. 249: 791
3F 25.78 78.00 5.360 25.22 0.60 0.60
FT 26.24 77.70 5.590 25.64 0.63 0.61
60% da LT - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 25.79 78.00 5.362 25.23 0.60 0.60
FT 31.85 77.70 6.785 31.12 0.76 0.74
70% da LT Caso Base
3F 30.09 78.00 6.256 29.43 0.70 0.70
FT 29.80 78.00 6.196 29.15 0.70 0.69
70% da LT - Deslig. Circ. 249: 791
3F 30.09 78.00 6.256 29.43 0.70 0.70
FT 30.50 77.80 6.445 29.81 0.72 0.71
70% da LT - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 30.09 78.00 6.256 29.43 0.70 0.70
FT 35.92 78.00 7.468 35.14 0.84 0.84
80% da LT Caso Base
3F 34.39 78.00 7.150 33.64 0.80 0.80
FT 33.43 78.20 6.836 32.72 0.77 0.78
80% da LT - Deslig. Circ. 249: 791
3F 34.39 78.00 7.150 33.64 0.80 0.80
FT 34.64 77.90 7.261 33.87 0.82 0.81
80% da LT - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 34.39 78.00 7.150 33.64 0.80 0.80
FT 39.43 78.50 7.861 38.64 0.88 0.92
90% da LT Caso Base
3F 38.68 78.00 8.042 37.83 0.90 0.90
FT 36.31 78.60 7.177 35.59 0.81 0.85
90% da LT - Deslig. Circ. 249: 791
3F 38.68 78.00 8.042 37.83 0.90 0.90
FT 38.51 78.20 7.875 37.70 0.88 0.90
90% da LT - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 38.68 78.00 8.042 37.83 0.90 0.90
FT 41.13 79.90 7.213 40.49 0.81 0.96
Barra 3501 - Caso Base
3F 42.98 78.00 8.936 42.04 1.00 1.00
FT 42.76 78.20 8.744 41.86 0.98 1.00
Barra 3501 - Deslig. Circ. 249: 791
3F 42.98 78.00 8.936 42.04 1.00 1.00
FT 42.98 78.40 8.642 42.10 0.97 1.00
Barra 3501 - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 42.98 78.00 8.936 42.04 1.00 1.00
FT 44.00 79.80 7.792 43.30 0.88 1.03
Barra 3501 - Deslig. Circ. 3501 : 4512
3F 42.98 78.00 8.936 42.04 1.00 1.00
Portanto o alcance máximo para a zona 1 deve ser menor ou igual a 90% do menor valor de
reatância observado nos casos com contingências para faltas no terminal remoto e maior que
50% da reatância de sequência positiva da linha.
Logo:
50% x X1LT ≤ AlcanceZ1 ≤ 90% x Zmin-contingência
50% x 42.05 ≤ AlcanceZ1 ≤ 90% x 40.49
21.02 ≤ AlcanceZ1 ≤ 36.44 [Ω]
Portanto o alcance escolhido é:
AlcanceZ1 = 31.53 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 65/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Verificando-se a inequação:
21.02 ≤ 31.53 ≤ 36.44 [Ω] → Status Inequação Ok

Em termos da impedância da linha:

AlcanceZ1 31.53
AlcanceZ1[pu] = → AlcanceZ1[pu] = → AlcanceZ1[pu] = 0.75 [pu]
X1LT 42.05
A zona 1 será ajustada para atuação à frente “Forward”, tendo em vista as incertezas intrín-
secas a medição das grandezas primárias, tensão e corrente, e a exatidão do relé, o alcance
adotado será de 60%, em termos de componentes simétricas do trecho de linha protegido.

R1zona1 = 0.75 x R1LT R0zona1 = 0.75 x R0LT


R1zona1 = 0.75 x 8.90 R0zona1 = 0.75 x 37.13
R1zona1 = 6.68 [Ω] R0zona1 = 27.85 [Ω]

X1zona1 = 0.75 x X1LT X0zona1 = 0.75 x X0LT


X1zona1 = 0.75 x 42.05 X0zona1 = 0.75 x 126.25
X1zona1 = 31.53 [Ω] X0zona1 = 94.69 [Ω]

Z1zona1 = 32.23 @ 78 º Z0zona1 = 98.69 @ 74 º

A zona 1 é ajustada para atuação sem tempo adicional, portanto adota-se os seguintes ajus-
tes:
tPPzona1 = 0.00 [s]
tPEzona1 = 0.00 [s]

3.2.3.3.1 Alcance resistivo para os loops F-F, “RFPP” – Zona 1


O alcance resistivo “RFPP” será definido de forma a acomodar a resistência de arco e as
resistências adicionais devido ao contato com objetos. O ajuste será definido de forma a res-
peitar a inequação, RFPP≤ 3 × X1Z1 e cobrir a resistência de arco conforme calculado no
item 3.2.1.1.
A seguinte inequação deve ser satisfeita:
RarcoFF ≤ RFPPZ1 ≤ 3.0 x X1zona1
23 ≤ RFPPZ1 ≤ 3.0 x 31.53
23 ≤ RFPPZ1 ≤ 94.60
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPPZ1 = 94.60 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 66/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3.3.2 Alcance resistivo para os loops F-T “RFPE” – Zona 1
O alcance resistivo “RFPE” será definido de forma a acomodar a resistência de arco, a resis-
tência e pé de torre e as resistências adicionais devido ao contato com objetos. O ajuste será
definido de forma a respeitar a inequação, RFPE ≤ 4,5 × X1PE.
A seguinte inequação deve ser satisfeita:
Rterra ≤ RFPEZ1 ≤ 4.5 x X1zona1
28 ≤ RFPEZ1 ≤ 4.5 x 31.53
28 ≤ RFPEZ1 ≤ 141.90
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPEZ1 = 141.90 [Ω]

3.2.3.3.3 Sensibilidade de corrente de operação “IMinOpPP/PE” – Zona 1


IMinOpPP → é a corrente mínima de operação para o loop fase – fase.
IMinOpPP = 10% x Ibase
IMinOpPP = 10% x 1200
IMinOpPP = 120 [A]
IMinOpPE → é a corrente de fase mínima de operação para o loop fase – terra.
IMinOpPE = 10% x Ibase
IMinOpPE = 10% x 1200
IMinOpPE = 120 [A]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 67/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3.4 Proteção de distância (ZMFPDIS:1,21P e 21N) – Zona 2

Essas unidades são usadas nos esquemas de teleproteção do tipo comparação direcional
permissivo de sobrealcance e subalcance. Nos esquemas de comparação direcional permis-
sivo de sobrealcance a unidade de zona 2 é usada na lógica de teleproteção como unidades
de sobrealcance, dependendo da recepção do sinal permissivo para realizar o disparo do sinal
de teleproteção para os disjuntores locais. Para os esquemas de comparação direcional per-
missivo de subalcance, a unidade de zona 2 faz parte da lógica de teleproteção; que após
receber o sinal permissivo das unidades de subalcance do terminal remoto, ela executa o
comando de disparo dos disjuntores locais. Para garantir proteção para faltas em 100% da
linha, a unidade de medida de zona 2 deve sobrealcançar o barramento remoto.
De acordo com submódulo 2.6 do Procedimento de Rede, as unidades de zona 2, além de
integrarem os esquemas de teleproteção das linhas, têm também a função adicional de prover
proteção de retaguarda remota para falhas de barramentos, tendo em vista que esses com-
ponentes são os únicos do sistema compostos de apenas uma proteção. Para cumprir essa
função, as unidades de zona 2 necessitam de temporização que geralmente é da ordem de
400 a 600 ms, sendo que, para algumas aplicações, necessitam de coordenação, principal-
mente com as funções de falha de disjuntor.
As unidades de zona 2 devem ser ajustadas pelo menos 120% da impedância aparente (Zap)
medida pelo relé para uma falha no barramento remoto, garantindo, então, que opere para
todas as faltas que aconteçam na linha de transmissão e no barramento remoto. A impedância
aparente deve ser obtida através de estudo de curto-circuito, onde são representadas as im-
pedâncias mútuas de sequência zero entre os circuitos paralelos. Em função das configura-
ções das linhas, deve ser verificado se, para o alcance sugerido, existirá acomodação das
resistências de arco para falhas entre fases. Para evitar problemas de coordenação entre as
zonas 2, é desejável que o alcance de zona 2 não ultrapasse o alcance das unidades de
medida de zona 1 das linhas que partem do barramento remoto. Não sendo possível atender
a este requisito, as unidades de zona 2 devem ser coordenadas em função do tempo de atu-
ação. Dependendo da aplicação, a função de Load Encroachment poderá ser usada nos ca-
sos em que pode provocar atuação indevida dessas unidades devido ao carregamento má-
ximo da linha em condições de emergência do sistema, em situações que necessite que o
alcance de zona 2 seja superior ao alcance das unidades de medida de zona 1 das linhas que
partem do barramento remoto.

Linha paralela fora de serviço e aterrada


A influência da indutância mútua entre as linhas no cálculo da impedância, citada para o ajuste
de zona 1, também deve ser considerada no ajuste de zona 2, mas com foco no possível
subalcance de zona 2 ao terminal remoto.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 68/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 30 – Configuração operativa – linha paralela em serviço

Limite inferior

Tabela 27 – Limite inferior para análise da zona 2

ZONA 2
BARRA REMOTA
Tipo Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Local da falta, contingência de ABS ANG Alcance Alcance
falta R[Ω] X[Ω]
[Ω] [Deg] R[pu] X[pu]
FT 41.13 79.90 7.21 40.49 0.81 0.96
Barra 3501 - Caso Base
3F 42.98 78.00 8.94 42.04 1.00 1.00
FT 42.76 78.20 8.74 41.86 0.98 1.00
Barra 3501 - Deslig. Circ. 249: 791
3F 42.98 78.00 8.94 42.04 1.00 1.00
FT 42.98 78.40 8.64 42.10 0.97 1.00
Barra 3501 - Deslig. Circ. 791 : 4513
3F 42.98 78.00 8.94 42.04 1.00 1.00
FT 44.00 79.80 7.79 43.30 0.88 1.03
Barra 3501 - Deslig. Circ. 3501 : 4512
3F 42.98 78.00 8.94 42.04 1.00 1.00

Limite superior

Tabela 28 – Limite superior para análise da zona 2

50% LTs ADJANCENTES A FRENTE


Tipo Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Local da falta, contingência de ABS ANG Alcance Alcance
falta R[Ω] X[Ω]
[Ω] [Deg] R[pu] X[pu]
50% LT 231 : 749 FT 711.55 74.00 196.13 683.99 22.03 16.27
Caso Base 3F 840.17 79.80 148.78 826.89 16.71 19.67
50% LT 231 : 225 C1 FT 539.04 65.50 223.54 490.51 25.11 11.67
Caso Base 3F 389.04 64.00 170.54 349.67 19.16 8.32
50% LT 231 : 225 C2 FT 664.12 66.15 268.53 607.41 30.16 14.45
Caso Base 3F 1,265.73 79.50 230.66 1,244.54 25.91 29.60
50% LT 231 : 4502 C1 FT 632.31 68.40 232.77 587.91 26.15 13.98
Caso Base 3F 1,176.88 80.10 202.34 1,159.36 22.73 27.57
50% LT 231 : 4502 C2 FT 722.72 78.60 142.85 708.46 16.05 16.85
Caso Base 3F 830.12 88.40 23.18 829.80 2.60 19.74

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 69/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BARRAS REMOTAS A FRENTE DO MESMO NÍVEL DE TENSÃO

Tipo Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2


Local da falta, contingência de ABS ANG Alcance Alcance
falta R[Ω] X[Ω]
[Ω] [Deg] R[pu] X[pu]
Barra C.DOUR-GO230 : 749 FT 846.67 75.30 214.85 818.96 24.13 19.48
Caso Base 3F 742.35 76.50 173.30 721.84 19.47 17.17
Barra ITUMBI-MG230 : 225 FT 272.10 72.80 80.46 259.93 9.04 6.18
Caso Base 3F 198.72 72.90 58.43 189.94 6.56 4.52
Barra B.PEIX-MT230: 4502 FT 340.27 80.20 57.92 335.30 6.51 7.97
Caso Base 3F 792.41 71.20 255.37 750.13 28.68 17.84

BARRAS A FRENTE COM OUTRO NÍVEL DE TENSÃO


Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Tipo
Local da falta, contingência de Al-
ABS ANG Alcance
falta R[Ω] X[Ω] cance
[Ω] [Deg] R[pu]
X[pu]
Barra R.VERD-GO138 : 238 FT 228.71 102.90 -51.06 222.94 -5.74 5.30
Caso Base 3F 700.30 179.80 -700.30 2.44 -78.66 0.06
Barra RVERT1-GO013 : 241 FT -- -- -- -- -- --
Caso Base 3F 6,586.48 -155.80 -6,007.66 -2,699.95 -674.80 -64.21
Barra RVERT2-GO013 : 3961 FT -- -- -- -- -- --
Caso Base 3F 7,134.91 -167.30 -6,960.35 -1,568.58 -781.81 -37.31
Barra RVERT3-GO013 : 3973 FT -- -- -- -- -- --
Caso Base 3F 7,106.55 -167.80 -6,946.05 -1,501.79 -780.20 -35.72

Critérios estabelecidos
1 – A zona 2 deve cobrir 100% da linha protegida, inclusive considerando-se o efeito da mútua
de sequência zero. Portanto deve ser maior que o maior valor para faltas em 100% da LT.
2 – Não deve ser superior a menor impedância aparente vista para curto-circuito à 50% das
linhas conectadas na barra do terminal remoto.
3 – Quando há linhas paralelas conectadas na barra remota, deve-se analisar a impedância
aparente vista, para faltas na outra extremidade desses circuitos, quando os dois circuitos
estão em operação.
4 – A zona 2 não deve cobrir mais do que toda a linha a ser protegida somada a 80% da
impedância do transformador com menor impedância vista pelo terminal, instalado na barra
adjacente, ou seja, não pode alcançar outro nível de tensão.
Analisando-se os critérios:
Zona2(1) > Maior XLT100% →Zona2(1) > 42.04 Ω
Zona2(2) < Menor XLT adj 50% →Zona2(2) < 349.67 Ω
Zona2(3) < Menor XLT Remoto → Zona2(3) < 189.94 Ω
Zona2(4) < Menor XTRs → Zona2(4) < 222.94 Ω
O alcance escolhido que atende os critérios é:
Xzona2 = 58.86 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 70/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Em termos da reatância da linha obtém-se:
Xzona2 58.86
Xzona2[pu] = → Xzona2[pu] = → Xzona2[pu] = 1.40 [pu]
X1LT 42.05
Portanto, adota-se os seguintes ajustes:
R1zona2 = 1.40 x R1LT R0zona2 = 1.40 x R0LT
R1zona2 = 1.40 x 8.90 R0zona2 = 1.40 x 37.13
R1zona2 = 12.46 [Ω] R0zona2 = 51.98 [Ω]

X1zona2 = 1.40 x X1LT X0zona2 = 1.40 x X0LT


X1zona2 = 1.40 x 42.05 X0zona2 = 1.40 x 126.25
X1zona2 = 58.86 [Ω] X0zona2 = 176.75 [Ω]

Z1zona2 = 60.17 @ 78 º Z0zona2 = 184.23 @ 74 º

A zona 2 é ajustada para atuação com tempo intencional, portanto adota-se os seguintes
ajustes:

tPPzona2 = 0.500 [s]


tPEzona2 = 0.500 [s]

3.2.3.4.1 Alcance resistivo para os loops F-F, “RFPP” – Zona 2


O alcance resistivo “RFPE” será definido de forma a acomodar a resistência de arco, a resis-
tência e pé de torre e as resistências adicionais devido ao contato com objetos. O ajuste será
definido de forma a respeitar a inequação, RFPE ≤ 4,5 × X1PE.
A seguinte inequação deve ser satisfeita:

RarcoFF ≤ RFPPZ2 ≤ 3.0 x X1zona2


23 ≤ RFPPZ2 ≤ 3.0 x 58.86
23 ≤ RFPPZ2 ≤ 176.59
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPPZ2 = 176.59 [Ω]

3.2.3.4.2 Alcance resistivo para os loops F-T “RFPE” – Zona 2


Rterra ≤ RFPEZ2 ≤ 4.5 x X1zona2
28 ≤ RFPEZ2 ≤ 4.5 x 58.86
28 ≤ RFPEZ2 ≤ 264.89
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPEZ2 = 264.89 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 71/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3.4.3 Sensibilidade de corrente de operação “IminOpPP/PE” – Zona 2
IMinOpPP → é a corrente mínima de operação para o loop fase – fase.
IMinOpPP = 10% x Ibase
IMinOpPP = 10% x 1200
IMinOpPP = 120 [A]
IMinOpPE → é a corrente de fase mínima de operação para o loop fase – terra.
IMinOpPE = 10% x Ibase
IMinOpPE = 10% x 1200
IMinOpPE = 120 [A]

3.2.3.5 Proteção de distância (ZMFPDIS:1,21P e 21N) – Zona 3, 4, 5 e BU

Esse estágios não serão utilizados.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 72/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.3.6 Proteção de distância (ZMFPDIS:1,21P e 21N) – Zona RV

As unidades de medida de zona reversa são usadas como unidades reversas para bloqueio
das lógicas de Weak Infeed e Echo nos esquemas de teleproteção permissivos de sobreal-
cance. O alcance dessas unidades deve ser suficiente para operar para todas as faltas vistas
pelas unidades de medida de zona 2 do terminal remoto. É possível usar a unidade reversa
para prover retaguarda local para falhas nos barramentos com temporização semelhante à
utilizada para a zona 2, considerando as mesmas observações que se referem à limitação de
seu alcance em relação a Zona 1 para linhas que partem do barramento e não imponham
restrições ao carregamento máximo da linha.

Faltas para análise dos critérios


Tabela 29 – Limites para análise da zona reversa

ZONA REVERSA
Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Tipo
Local da falta, contingência de Al- Al-
ABS ANG
R[Ω] X[Ω] cance cance
falta[Ω] [Deg]
R[pu] X[pu]
50% LTS ADJANCENTES DIREÇÃO REVERSA
50% LT 231 : 4512 FT 68.08 -102.50 -14.74 -66.47 -1.66 -1.58
Caso Base 3F 57.91 -101.50 -11.55 -56.75 -1.30 -1.35

BARRAS REMOTAS DE MESMA TENSÃO NA DIREÇÃO REVERSA


Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Tipo
Local da falta, contingência de Al- Al-
ABS ANG
R[Ω] X[Ω] cance cance
falta [Ω] [Deg]
R[pu] X[pu]
Barra 4512 FT 126.89 -100.00 -22.03 -124.96 -2.47 -2.97
Caso Base 3F 115.46 -101.10 -22.23 -113.30 -2.50 -2.69

BARRAS NA DIREÇÃO REVERSA COM OUTRO NÍVEL DE TENSÃO


Zmedido Relé (ZAB-ZAN) - Terminal Rio Claro 2
Tipo
Local da falta, contingência de Al- Al-
ABS ANG
R[Ω] X[Ω] cance cance
falta [Ω] [Deg]
R[pu] X[pu]
Barra 3502 FT 23.27 -90.30 -0.12 -23.27 -0.01 -0.55
Caso Base 3F 39.56 -91.40 -0.97 -39.55 -0.11 -0.94
Barra 43654 FT -- -- -- -- -- --
Caso Base 3F 1,115.84 -886.00 -1,082.69 -269.95 -121.61 -6.42
Barra 43655 FT -- -- -- -- -- --
Caso Base 3F 1,115.84 -86.00 77.84 -1,113.12 8.74 -26.47
Barra 3502 FT 19.42 -90.80 -0.27 -19.42 -0.03 -0.46
Deslig Circ 3501 : 4512 3F 30.44 -91.30 -0.69 -30.43 -0.08 -0.72
Barra 3502 FT 19.43 -90.80 -0.27 -19.43 -0.03 -0.46
Deslig Circ 249 : 3502 C1 3F 30.44 -91.30 -0.69 -30.43 -0.08 -0.72
Barra 3502 FT 19.43 -90.80 -0.27 -19.43 -0.03 -0.46
Deslig Circ 249 : 3502 C2 3F 30.44 -91.30 -0.69 -30.43 -0.08 -0.72

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 73/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Critérios estabelecidos

Nota

Conforme filosofia de Furnas, a zona 4 não deve efetuar o trip. Essa zona deve ser utilizada somente
efetuando a partida, para coordenação com a lógica de ECO.

1 – Deve ser maior que o alcance da zona 2 do terminal remoto, quando a aplicação de es-
quemas de teleproteção.
2 – O alcance da zona reversa deve estar limitado a menor impedância medida para curtos a
50% das linhas conectadas no sentido reverso (quando possível).
3 – Não deve sobrealcançar o terminal remoto da linha adjacente mais curta (quando possí-
vel).
4 – Não deve alcançar outro nível de tensão na direção reversa.
5 – Deve prover proteção de retaguarda remota para a proteção de barras (quando aplicável).
Analisando-se os critérios:
A zona 2 do terminal remoto está ajustada em 1.2 p.u.

zona rev(1)[pu] ≥ 1.20 x ( Xzona2remoto[pu] - 1 )


zona rev(1)[pu] ≥ 1.20 x ( 1.20 - 1 )
zona rev(1)[pu] ≥ 0.24 [pu]
Portanto:
Zona rev(1)Ω ≥ zona rev(1)pu x X1LT→ → Zona rev(1)Ω ≥10.09Ω
Zona rev(2) < Menor XLT 50%rev → Zona rev(2) < 56.75 Ω
Zona rev(3) < Menor XLT paralela → Zona rev(3) < 113.3 Ω
Zona rev(4) < Menor XTRs rev. →Zona rev(4) < 19.43 Ω
O alcance escolhido que atende os critérios é:

Xzonarev = 10.09 [Ω]


Em termos da reatância da linha obtém-se:

Xzona rev 10.09


Xzona rev[pu] = → Xzona rev[pu] = → Xzona rev[pu] = 0.24 [pu]
X1LT 42.05
Portanto o alcance de zona reversa em termos das componentes simétricas da linha a ser
protegida está apresentado abaixo:

R1zona-reversa = 0.24 x R1LT R0zona-reversa = 0.24 x R0LT


R1zona-reversa = 0.24 x 8.90 R0zona-reversa = 0.24 x 37.13
R1zona-reversa = 2.14 [Ω] R0zona-reversa = 8.91 [Ω]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 74/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
X1zona-reversa = 0.24 x X1LT X0zona-reversa = 0.24 x X0LT
X1zona-reversa = 0.24 x 42.05 X0zona-reversa = 0.24 x 126.25
X1zona-reversa = 10.09 [Ω] X0zona-reversa = 30.30 [Ω]

Z1zona-reversa = 10.31 @ 78 º Z0zona-revesa = 31.58 @ 74 º


Este ajuste define a temporização da zona 4 de terra. Será configurado o tempo máximo, uma
vez que esta zona será utilizada somente para o bloqueio de devolução de Echo.
tPPzona-reversa = 60.00 [s]
tPEzona-reversa = 60.00 [s]

3.2.3.6.1 Alcance resistivo para os loops F-F, “RFPP” – Zona reversa


RarcoFF ≤ RFPPZreversa ≥ 1.1 x RFPPZ2-remota
23 ≤ RFPPZreversa ≥ 1.1 x 151.37
23 ≤ RFPPZreversa ≥ 166.50
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPPZreversa = 166.50 [Ω]

3.2.3.6.2 Alcance resistivo para os loops F-T “RFPE” – Zona reversa


Rterra ≤ RFPEZreversa ≥ 1.1 x RFPEZ2-remota
28 ≤ RFPEZreversa ≥ 1.1 x 227.05
28 ≤ RFPEZreversa ≥ 249.75
Portanto adota-se o seguinte ajuste:
RFPEZreversa = 249.75 [Ω]

3.2.3.6.3 Sensibilidade de corrente de operação “IminOpPP/PE” – Zona reversa

IMinOpPP → é a corrente mínima de operação para o loop fase – fase.


IMinOpPP = 10% x Ibase
IMinOpPP = 10% x 1200
IMinOpPP = 120 [A]

IMinOpPE → é a corrente de fase mínima de operação para o loop fase – terra.


IMinOpPE = 10% x Ibase
IMinOpPE = 10% x 1200
IMinOpPE = 120 [A]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 75/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.4 Power swing detection (RPSB, 68)

A função de bloqueio contra oscilação de potência é aplicada com o propósito de prevenir


atuações indevidas das proteções baseadas na impedância calculada pelo relé. Em sistemas
interconectados a entrada e saída de grandes grupos de carga, ou a ocorrência de faltas
severas nas proximidades podem ocasionar oscilações. A unidade de detecção destas osci-
lações, por critério de sub impedância, está ilustrada pela Figura 31.

Figura 31 – Características de subimpedância para detecção da oscilação de potência

Deve-se garantir que a característica PSD envolva completamente todas as zonas previa-
mente ajustadas para função 21 sem, no entanto, ocupar uma região “demasiadamente
grande” no plano R-X, de acordo com as seguintes diretrizes:

Ajustar o alcance dos blinders resistivos exteriores abaixo do menor valor resistivo de carga
visto pelo relé;

Ajustar o alcance dos blinders resistivos interiores acima do maior alcance resistivo existente
nas zonas da função 21P/N;

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 76/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Ajustar o alcance dos blinders reativos interiores próximos ao maior alcance existente nas
zonas da função 21P.
Seguindo as diretrizes anteriores pretende-se obter uma característica PSD com o seguinte
comportamento:
Curtos-circuitos devem invadir, simultaneamente, os retângulos (formados pelos blinders) in-
terno e externo em um intervalo de tempo inferior ao ajustado;
Oscilações instáveis devem invadir o retângulo externo, permanecer entre o retângulo externo
e interno durante um intervalo de tempo superior ao ajustado antes de invadir o retângulo
interno;
Oscilações estáveis devem invadir o retângulo externo sem nunca invadir o retângulo interno.

Nota

Esta é uma função sistêmica cujos ajustes são baseados nos estudos pré-operacionais de transitó-
rios eletromecânicos, sendo que sua necessidade e seus ajustes devem ser definidos pelo O.N.S –
Operador Nacional do Sistema, ou pelo Agente. Na ausência de informações complementares, esta
função permanecerá desabilitada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 77/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.2.5 Proteção contra perda de sincronismo – OUT-OF-STEP (78)

Alguns eventos no sistema elétrico como mudanças de cargas, ocorrências de faltas ou elimi-
nação de faltas podem causar oscilações. Essas oscilações ocorrem quando a geração é
mais rápida ou lenta que o sistema, causando um descolamento na impedância do sistema
conhecido como escorregamento de polo.

Figura 32 – Deslocamento de impedância no plano R+jX

Nota

A função de disparo por perda de sincronismo está incluída nas proteções de linhas de transmissão,
sendo que ela é aplicada apenas em determinadas linhas de interligação, cujas necessidades são
definidas através de estudos específicos. Essa função é sistêmica e na ausência de informações
complementares definidas através de estudos pré-operacionais de transitórios eletromecânicos, esta
função permanecerá desabilitada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 78/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3 CURRENT PROTECTION

3.3.1 Proteção de sobrecorrente temporizada de fase (OC4PTOC, 51/67)

A proteção contra sobrecorrente de uma linha de transmissão pode ser considerada como
proteção básica e é praticamente empregada para todos os níveis de tensão, desde que as-
sociada a outros tipos de proteção unitária, como proteção de distância, proteção direcional e
proteção diferencial.
As linhas de transmissão são principalmente expostas a curtos-circuitos entre fases ou de
fase para terra. Esta é também a principal fonte de danos a todos os outros equipamentos
elétricos. O alcance da possível corrente de falta, o efeito da carga, a questão da direcionali-
dade e o impacto da configuração do sistema fazem parte do problema de proteção da linha
de transmissão.
Este esquema é baseado na intuição de que, falhas tipicamente curtos-circuitos, levam a cor-
rentes muito acima da corrente de carga. O relé de sobrecorrente usa o princípio de que
quando a corrente excede um valor predeterminado, indica a presença de uma falta (curto-
circuito).
Ajuste de pick-up
O primeiro passo na aplicação de relés de sobrecorrente de tempo inverso é escolher o ajuste
de pick-up do relé para que ele opere em todos os curtos-circuitos na seção de linha para a
qual ele deve fornecer proteção. Esta é a sua função fundamental e deve ser configurada para
que sempre funcione para falhas nessa zona de proteção. Isso exigirá margens acima das
correntes operacionais normais e abaixo das correntes mínimas de falha.
Se possível, essa configuração também deve fornecer backup para uma seção de linha adja-
cente ou equipamento adjacente, como um transformador de terminação de linha. Deve ser
enfatizado, no entanto, que a função de backup é uma consideração secundária. A principal
função de proteger sua própria seção de linha não deve ser comprometida para fornecer esse
recurso de backup.
Tempo de atraso
O objetivo da configuração de atraso de tempo é permitir que os relés coordenem uns com os
outros. Uma família de curvas deve ser fornecida de modo que dois ou mais relés, vendo a
mesma falha definida pelos múltiplos de pick-up, possam operar em tempos diferentes.
O limite de sobrecorrente de fase deve ser ajustado para garantir a detecção de todas as
faltas de fase, mas acima de qualquer corrente de fase contínua sob operação normal do
sistema. A temporização deve ser coordenada com a proteção de sobrecorrente de fase da
rede a jusante.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 79/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 33 – Característica de função direcional – RED670

Figura 34 – Características de tempo inverso – RED670

Tabela 30 – Características de tempo inverso

Nome da curva
ANSI Extremamente inversa
ANSI Muito inversa
ANSI Normal Inversa
ANSI Moderadamente inversa
ANSI/IEEE Tempo definido
ANSI Extremamente inversa de tempo largo
ANSI Muito inversa de tempo largo
ANSI Inversa de tempo largo
IEC Normal inversa
IEC Muito inversa
IEC Inversa
IEC Extremamente inversa
IEC Inversa de tempo curto
IEC Inversa de tempo largo
IEC Tempo definido
Programável pelo usuário
ASEA RI
RXIDG (logarítmica)

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 80/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.1.1 OC4PTOC – General

GlobalBaseSel

Seleciona o grupo de valores básicos gerais usados pela função para definir (Ibase), (Ubase)
e (Sbase).
• Ibase: Defina a corrente base para a função na qual os níveis de corrente são basea-
dos. Este parâmetro é definido para 1200 A no presente caso, que é a corrente no-
minal do TC
• Ubase: Configuração do nível de tensão da base na qual a tensão de polarização
direcional é baseada. Este parâmetro é ajustado para 230 kV no presente caso, que
é a tensão nominal do TP.
Observe que essa função só usará o valor do Ibase.
𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙 = 1

MeasType
Seleção de sinais discretos de filtro de Fourier (DFT) ou de filtro RMS verdadeiro (RMS). O
RMS é usado quando o conteúdo harmônico deve ser levado em conta, por exemplo, em
aplicações com capacitores em derivação.
• Se a opção DFT estiver selecionada, somente o valor RMS do componente de fre-
quência fundamental de cada corrente de fase é derivado. A influência do componente
de corrente contínua e dos componentes de corrente harmônica mais alta é quase
totalmente suprimida.
• Se a opção RMS estiver selecionada, o valor true RMS será usado. O valor RMS real
inclui a contribuição da corrente da componente DC, bem como da harmônica de cor-
rente mais alta, além do componente de frequência fundamental.
Em um comparador, os valores de DFT ou RMS são comparados ao valor de corrente de
operação definida da função (I1>, I2>, I3> ou I4>) para cada corrente de fase.
𝑀𝑒𝑎𝑠𝑇𝑦𝑝𝑒 = 𝐷𝐹𝑇

3.3.1.2 OC4PTOC – Setting group

Operation
A proteção pode ser definida como desligada (Off) ou ligada (On).

AngleRCA
Ângulo característico de proteção, expresso em graus. Se o ângulo da corrente do circuito de
falta tiver o ângulo RCA, a direção da falta é para frente. Este parâmetro é recomendado para
ser ajustado em 55 ° (valor padrão).
Ajuste relevante apenas para proteção de sobrecorrente direcional. Mantido no valor default.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 81/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
AngleROA

Valor do ângulo, expresso em graus, que define o setor do ângulo da função direcional; veja
a Figura 33. Este parâmetro é recomendado para ser ajustado em 80 ° (valor padrão).
Ajuste relevante apenas para proteção de sobrecorrente direcional. Mantido no valor default.

IminOpPhSel
Corrente mínima para seleção de fase ajustada em% do Ibase. Esse ajuste deve ser menor
que o ajuste do estágio mais baixo. O valor padrão é 7%.
Ajuste relevante apenas para proteção de sobrecorrente direcional. Mantido no valor default.

StartPhSel
Número de fases com alta corrente necessária para operação. As possibilidades de ajuste
são: Não utilizado, 1 de 3, 2 de 3 e 3 de 3. O valor padrão é 1 de 3.
A proteção de sobrecorrente de fase é frequentemente usada como proteção para curtos-
circuitos de duas e três fases. Em alguns casos, não se deseja detectar faltas à terra mono-
fásicas pela proteção de sobrecorrente de fase. Este tipo de falha é detectado e limpo após a
operação da proteção de falta à terra. Portanto, é possível fazer uma escolha de quantas
fases, no mínimo, precisam ter corrente acima do nível de pick-up, para habilitar a operação.
• Se definido 1 de 3 (1 out of 3), é suficiente ter alta corrente em apenas uma fase.
• Se 2 de 3 (2 out of 3) ou 3 de 3 (3 out of 3) faltas à terra monofásicas não são detec-
tadas.
Esse parâmetro é recomendado para ser definido como 1 de 3 (1 out of 3), para que cada
fase seja analisada individualmente no que concerne ao pick-up da função.
𝑆𝑡𝑎𝑟𝑡𝑃ℎ𝑆𝑒𝑙 = 1 𝑜𝑢𝑡 𝑜𝑓 3

2ndHarmStab

Nível de operação da restrição de corrente de segundo harmônico, ajustado em% da corrente


fundamental. O intervalo de ajuste é de 5 a 100% em passos de 1%.
Se a relação do componente do 2º harmônico em relação ao componente de frequência fun-
damental em uma corrente de fase exceder o nível definido pelo parâmetro 2ndHarmStab,
qualquer um dos quatro estágios de sobrecorrente pode ser bloqueado seletivamente pelo
parâmetro HarmBlockx.
Esse parâmetro é recomendado para ser definido como 20%.
2𝑛𝑑𝐻𝑎𝑟𝑚𝑆𝑡𝑎𝑏 = 20 %𝐼𝐵

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 82/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.1.3 OC4PTOC – Step 1 – Sobrecorrente Temporizada de Fase de Emergência 51E

DirMode1

O modo direcional do step 1. As configurações possíveis são Off, Non-directional, Forward e


Reverse.
Essa função de sobrecorrente é não direcional existente em algumas proteções que são ati-
vadas pelas lógicas de detecção de perda de alimentação de tensão para os relés de distân-
cia.
Tendo em vista que as proteções de linha são duplicadas e que nestes níveis de tensão temos
enrolamentos dos TP diferentes para cada proteção, recomenda-se que estas funções só
sejam ativadas quando ocorrer perda de potencial para as duas proteções.
A perda de potencial para os relés de distância deve ser alarmada e os relés que dependem
de tensão devem ser bloqueados.
Este parâmetro está definido como “Não direcional (Non-directional)”
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒1 = 𝑁𝑜𝑛 − 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙

Characterist1
Seleção da característica de tempo para o estágio 1. O atraso de tempo definido e diferentes
tipos de características de tempo inverso estão disponíveis, de acordo com a Tabela 30.
Este parâmetro é definido como “IEC Normal Inverse” no presente caso.
𝐶ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡1 = 𝐼𝐸𝐶 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑒

I1>
Corrente de pick-up do step 1 em% de Ibase. A função deve atender aos seguintes critérios:
1 – Maior que a corrente de carga máxima para permitir que o máximo fluxo de potência
trafegue através da LT.
Optou-se por limitar o esse critério na capacidade da linha.
Ipick-up51(1) > k51(1) x ICARGA MÁXIMA
Ipick-up51(1) > 100% x 665
Ipick-up51(1) > 665 [A]

2 – Menor ou igual a ampacidade máxima do condutor.


Ipick-up51(2) ≤ k51(2) x Ampacidade
Ipick-up51(2) ≤ 100% x 665
Ipick-up51(2) ≤ 665 [A]

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 83/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3 – Menor ou igual a corrente nominal do TC multiplicada pelo fator térmico, de modo que não
haja possibilidade de danificar os TCs.
Ipick-up51(3) ≤ TCprim x ft
Ipick-up51(3) ≤ 1200 x 1.0
Ipick-up51(3) ≤ 1200 [A]
O valor de corrente de pick-up que atende todos os critérios é 670 [A] → 3.35 Asec.
Tabela 31 – Análise dos critérios do pick-up da função 51E

Verificação dos critérios Status


Ipick-up51 > Ipick-up51(1) → 665 > 665 → Critério 2 ok
Ipick-up51 ≤ Ipick-up51(2) → 665 ≤ 665 → Critério 2 ok
Ipick-up51 ≤ Ipick-up51(3) → 665 ≤ 1200 → Critério 3 ok

Em relação a corrente de base em p.u e percentual:

I51 665
(I>1) = → (I>1) = → (I>1) = 0.55 [pu] → 55% IB
IBase 1200

t1

Atraso de tempo definido para o step 1. O tempo definido t1 é adicionado ao tempo inverso
quando a característica de tempo inverso é selecionada. Observe que o valor definido é o
tempo entre a ativação das saídas de partida (start) e de trip.
Quando a característica de sobrecorrente de tempo inverso é selecionada, o tempo de ope-
ração do estágio será a soma do atraso de tempo inverso e o atraso de tempo definido. Assim,
se apenas o atraso de tempo inverso for necessário, é importante definir o tempo de atraso
definido para esse estágio como zero.
Para não adicionar esse tempo ao valor calculado pela curva, ele é definido como zero.
𝑡1 = 0,00 𝑠

k1
Multiplicador de tempo para atraso de tempo inverso para o step 1.
O critério de seleção do dial de tempo é:
1 – Para a corrente máxima de curto-circuito que passa pela linha (sentido direto ou reverso),
a proteção deve atuar com um tempo igual ou maior que tzona2 + tmargem
Portanto:
Tempo de operação top = 500 + 300 ms = 600 ms.
Através da equação da curva IEC Normal Inverse, o dial de tempo é calculado, para o nível
máximo de curto-circuito.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 84/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
t
𝐷𝑖𝑎𝑙 =
0,14
(( )0,02 )
𝑀 −1

Tabela 32 – Cálculo do dial de tempo da função 51E

Curvas IEC A P Ajustes Falta Ajustes


Parâmetros
[1] Normal Inverse 0.14 0.02 51(frente) Close-in 51(reverso)
[2] Very Inverse 13.5 1 Ipick-up 51 665.00
[3] Inverse 0.14 0.02 Icontribuição-max 634.00 1802.00 2356.00
[4] Extremely Inverse 80 2 M=(Ipick-up 51/Icontribuição-max) 1.0 2.7 3.5
[5] Short time Inverse 0.05 0.04 k (dial de tempo) 0.15
[6] Long Time Inverse 120 1 Tempo de atuação [s] Não atua 1.043 0.820
Tipo de curva [1] Normal Inverse
constante A 0.14
constante P 0.02

Verificando-se os critérios:
Tabela 33 – Verificação dos critérios do dial de tempo da função 51E

Verificação dos critérios do dial Status


top-calculado ≥ top-critério 01 → 0.820 ≥ 0.800 → Critério 1 ok

O dial calculado 0,15 atende os critérios estabelecidos.


𝑘1 = 0,15

IMin1
Corrente de operação mínima em% de Ibase para todas as características de tempo inverso,
abaixo das quais nenhuma operação ocorre (consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Este parâmetro é ajustado igual a I1>.
𝐼𝑀𝑖𝑛1 = (𝐼1 >) = 55%𝐼𝐵

t1Min
Tempo mínimo de operação para todas as características do tempo inverso. Em altas corren-
tes, a característica do tempo inverso pode dar um tempo de operação muito curto. Ao definir
este parâmetro, o tempo de operação do step nunca pode ser menor do que a configuração
(Consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Este parâmetro é configurado para 0,00 s no presente caso.
𝑡1𝑀𝑖𝑛 = 0,00 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 85/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
I1Mult
Multiplicador para escalonamento do valor do ajuste de corrente. Se um sinal de entrada bi-
nária ENMULT1(ativar o multiplicador) for ativado, o nível de operação da corrente é aumen-
tado por essa constante de ajuste.
Como este parâmetro não é aplicável no presente caso, a configuração é deixada com o valor
padrão de 1.
𝐼1𝑀𝑢𝑙𝑡 = 1,0

ResetTypeCrv1
Selecione o tipo de curva de reset para o atraso inverso.
Este parâmetro é recomendado para ajustar instantâneo “Instantaneous”.
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡𝑇𝑦𝑝𝑒𝐶𝑟𝑣1 = 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑒𝑜𝑢𝑠

tReset1

Define o tempo de reset para a função de atraso definido.


Este parâmetro não é aplicável se ResetTypeCrv1 estiver definido como “Instantaneous”.

tPCrv1, tACrv1, tBCrv1, tCCrv1

Estes parâmetros são usados para criar a curva característica de tempo inverso.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

tPRCrv1, tTRCrv1, tCRCrv1


Esses parâmetros são usados para criar a curva inversa da característica de tempo de reset.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characteris1 estiver configurado como Program-
mable.

HarmRestrain1
Ativa o bloqueio do step 1 a partir da função de restrição harmônica (2ª harmônica). Esta
função deve ser usada quando existe o risco de um trip indesejado causado por correntes de
energização do transformador de potência.
Este parâmetro é mantido On tornando a proteção estável durante as condições de energiza-
ção.
𝐻𝑎𝑟𝑚𝑅𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑖𝑛1 = 𝑂𝑛

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 86/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.1.4 OC4PTOC – Step 2 – Sobrecorrente Instantânea de Fase de Emergência 50E

DirMode2

As configurações possíveis para o step 2 são Off, Non-directional, Forward e Reverse.


Essa função de sobrecorrente é não direcional existente em algumas proteções que são ati-
vadas pelas lógicas de detecção de perda de alimentação de tensão para os relés de distân-
cia.
Tendo em vista que as proteções de linha são duplicadas e que nestes níveis de tensão temos
enrolamentos dos TP diferentes para cada proteção, recomenda-se que estas funções só
sejam ativadas quando ocorrer perda de potencial para as duas proteções.
A perda de potencial para os relés de distância deve ser alarmada e os relés que dependem
de tensão devem ser bloqueados.
Conforme Filosofia de Furnas a proteção 50N deve permanecer desabilitada.
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒2 = 𝑂𝑓𝑓

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 87/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2 Proteção de sobrecorrente temporizada de neutro (EF4PTOC, 51N/67N)

Os relés de sobrecorrente de terra (neutro) são para faltas envolvendo grandezas de sequên-
cia zero, principalmente falhas monofásicas para a terra e, às vezes, faltas bifásicas para a
terra. Com algumas diferenças significativas, as regras gerais de aplicação para relés de fase
também podem ser aplicadas a relés de terra.
Os tipos de sobrecorrente direcional ou não direcional são usados amplamente na maioria
dos níveis de tensão. Além de ter completa independência de carga, o sistema de potência
fornece uma atenuação mais rápida da corrente com a distância e a independência relativa-
mente maior das mudanças do sistema. Isso torna sua aplicação e configuração mais fácil do
que para relés de fase.
Geralmente, os relés de terra podem ser definidos e coordenados independentemente dos
relés de fase, mesmo que a corrente de fase em falta flua através de um ou mais relés de fase
para uma falta monofásica para a terra. Como, sob condições balanceadas normais, 3I0 está
em ou se aproxima de 0, uma corrente de pick-up muito baixa é usada.
O limite de sobrecarga de terra deve ser definido para garantir a detecção de todas as faltas
à terra, mas acima de qualquer corrente residual contínua sob operação normal do sistema.
Princípio de funcionamento
A função sempre usa corrente residual (3I0) para sua quantidade de operação. A corrente
residual pode ser:
• Calculado a partir da entrada de corrente trifásica dentro do relé (quando a quarta
entrada analógica do bloco de pré-processamento, conectado à entrada analógica I3P
da função EF4PTOC, não estiver conectada a uma entrada de TC dedicada do IED no
PCM600). Nesse caso, o bloco de pré-processamento calculará 3I0 das três primeiras
entradas no bloco de pré-processamento usando a seguinte equação (tomará 3I0 de
SMAI AI3P e será conectada às entradas I3PDIR e I3P.
Se a corrente de sequência-zero for selecionada,
Iop = 3I0 = IL1+ IL2 + IL3
Onde:
IL1, IL2 e IL3 são fasores de frequência fundamental de três correntes de fase individuais.
A corrente residual é pré-processada por um filtro discreto de Fourier. Assim, o fasor do com-
ponente de frequência fundamental da corrente residual é derivado. A magnitude do fasor é
usada dentro da proteção do EF4PTOC para compará-lo com o valor da corrente de operação
definida dos quatro steps (IN1>, IN2>, IN3> ou IN4>).
Os parâmetros de ajustes relevantes para o elemento de supervisão direcional são:
• O elemento direcional será habilitado internamente para operar assim que o Iop for
maior que 40% de IN> Dir e a condição direcional for cumprida na direção definida.
• O ângulo de característica do relé AngleRCA, que define a posição das áreas a frente
e reverso na característica de operação.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 88/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Lógica de corrente de magnetização de transformador paralelo
No caso de transformadores paralelos, há um risco de corrente de energização simpathetic.
Se um dos transformadores estiver em operação e o transformador paralelo for ligado, a cor-
rente de energização assimétrica do transformador conectado causará saturação parcial do
transformador já em serviço. Isso é chamado de saturação transferida. A segunda harmônica
das correntes de inrush dos dois transformadores estará em oposição de fase. A soma das
duas correntes dará uma pequena corrente harmônica. A corrente fundamental residual, no
entanto, será significativa. A corrente de inrush do transformador em serviço antes da energi-
zação do transformador paralelo, será um pouco atrasada em comparação com o primeiro
transformador. Portanto, teremos alta corrente de 2º harmônico inicialmente. Após um curto
período, esta corrente será pequena e o bloqueio normal do 2º harmônico será resetado.

Figura 35 – Lógica de corrente de magnetização de transformador paralelo

Se a função BlkParTransf estiver ativada, o sinal de restrição do 2º harmônico será travado


enquanto a corrente residual medida pelo relé for maior que um nível de corrente do step
selecionado. Suponha que o step 4 seja escolhido como o step mais sensível da função de
proteção de sobrecorrente residual. O bloqueio de restrição harmônica está habilitado para
esta etapa. Além disso, o mesmo ajuste de corrente como este step é escolhido para o blo-
queio na energização do transformador paralelo.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 89/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2.1 EF4PTOC – General

GlobalBaseSel

Seleciona o grupo de valores básicos gerais usados pela função para definir (Ibase), (Ubase)
e (Sbase).
Ibase: Defina a corrente base para a função na qual os níveis de corrente são baseados. Este
parâmetro é definido para 1200 A no presente caso, que é a corrente nominal do TC.
Ubase: Configuração do nível de tensão da base na qual a tensão de polarização direcional
é baseada. Este parâmetro é ajustado para 230 kV no presente caso, que é a tensão nominal
do sistema.
𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙 = 1

SeqTypeUPol
Este é usado para selecionar o tipo de quantidade de polarização de tensão, ou seja, sequên-
cia zero (Zero sequence) ou sequência negativa (Negative seq) para detecção de direção.
Ajuste relevante apenas elementos direcionais. Ajuste-se a opção para sequência negativa
NegSeq, conforme filosofia de Furnas.
𝑆𝑒𝑞𝑇𝑦𝑝𝑒𝑈𝑃𝑜𝑙 = 𝑁𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑞

SeqTypeIPol
Este é usado para selecionar o tipo de quantidade de polarização de corrente, ou seja, se-
quência zero (Zero sequence) ou sequência negativa (Negative seq) para detecção de dire-
ção.
Ajuste relevante apenas elementos direcionais. Ajuste-se a opção para sequência negativa
NegSeq, conforme filosofia de Furnas.
𝑆𝑒𝑞𝑇𝑦𝑝𝑒𝐼𝑃𝑜𝑙 = 𝑁𝑒𝑔 𝑆𝑒𝑞

SeqTypeIDir

Usado para selecionar o tipo de quantidade de corrente de operação, ou seja, sequência zero
(Zero sequence) ou sequência negativa (Negative seq) para detecção de direção.
Ajuste relevante apenas elementos direcionais. Ajuste-se a opção Zero seq.
𝑆𝑒𝑞𝑇𝑦𝑝𝑒𝐼𝐷𝑖𝑟 = 𝑍𝑒𝑟𝑜 𝑠𝑒𝑞

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 90/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2.2 EF4PTOC – Setting Group

EnDir

Ativa o cálculo direcional.


Ajuste relevante apenas para elementos direcionais.
𝐸𝑛𝐷𝑖𝑟 = 𝐸𝑛𝑎𝑏𝑙𝑒

AngleRCA

Define o ângulo característico do relé, ou seja, o ângulo entre a tensão e a corrente do ponto
neutro. Numa rede de transmissão normal, um valor normal de RCA é de cerca de 65 °.
Ajuste relevante apenas para elementos direcionais. Recomenda-se que este parâmetro seja
definido para 65 °.
𝐴𝑛𝑔𝑙𝑒𝑅𝐶𝐴 = 65 𝐷𝑒𝑔

polMethod
A proteção possui um recurso direcional integrado. Como a corrente de quantidade de opera-
ção Iop é sempre usada, o método de polarização é determinado pelo ajuste de parâmetro
polMethod. A quantidade de polarização será selecionada pela função de uma das três ma-
neiras a seguir:
1) Quando polMethod = Voltage, Upol será usado como quantidade polarizada.
2) Quando polMethod = Current, Ipol será usado como quantidade polarizada.
3) Quando polMethod = Dual, Upol + Ipol · ZNPol será usado como quantidade polari-
zada.
Voltage (3U0 ou U2);
Current (3I0 x Znpol ou 3I2 x ZNPol, onde Znpol é Rnpol + jXNpol)
Dual – dupla polarização (3U0 + 3I0 x Znpol) ou (U2 + I2 x Znpol)
As grandezas de operação e polarização são então usadas dentro do elemento direcional,
para determinar a direção da falta à terra.
Ajuste relevante apenas para elementos direcionais. Em geral, o viés de tensão da soma re-
sidual calculada internamente ou um triângulo externo aberto é usado.
𝑝𝑜𝑙𝑀𝑒𝑡ℎ𝑜𝑑 = 𝑉𝑜𝑙𝑡𝑎𝑔𝑒

UpolMin

Tensão de polarização mínima (referência) para a função direcional, dada em% de Ubase /
√3.
Ajuste relevante apenas para elementos direcionais. Geralmente, esse parâmetro é recomen-
dado para definir 1% da tensão de base.
𝑈𝑃𝑜𝑙𝑀𝑖𝑛 = 1 %𝑈𝐵

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 91/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
IpolMin

É a corrente mínima de falta à terra aceita para avaliação direcional. Para correntes menores
que este valor, a operação será bloqueada.
Uma configuração típica é de 5-10% do IB.
𝐼𝑃𝑜𝑙𝑀𝑖𝑛 = 5 %𝑈𝐵

RNPol, XNPol
A fonte de sequência-zero é definida em ohms primários como base para a polarização da
corrente. A tensão de polarização é então obtida como 3I0 * Znpol. O Znpol pode ser definido
como (ZS1-ZS0) / 3, que é a impedância de retorno à terra da fonte por trás da proteção. A
corrente máxima de falha à terra na fonte local pode ser usada para calcular o valor de ZN
como U / (√3*3I0). Normalmente, a ZNPol mínima (3 * fonte de sequência zero de) é definida.
A configuração está em ohms primários.
Configuração relevante apenas para elementos direcionais. Estes parâmetros não são apli-
cáveis se polMethod estiver ajustado para “Voltage”. Para essa aplicação esses parâmetros
são mantidos no valor default (RNPol=5,00 Ohm e XNPol=40,00 Ohm).

IN>Dir
Nível de desbloqueio da corrente de operação residual em% do Ibase para o esquema de
comparação direcional. O ajuste é expresso em% do Ibase e deve ser ajustado abaixo do
ajuste Inx> mais baixo ajustado para a medição direcional. Os sinais de saída, STFW e STRV
podem ser usados em um esquema de teleproteção. O sinal apropriado deve ser configurado
para o bloco do esquema de comunicação.
O menor ajuste dentre todos os steps é ajustado em 8% x Ibase, portanto este parâmetro é
ajustado em 5% x Ibase.
𝐼𝑁 > 𝐷𝑖𝑟 = 5 %𝐼𝐵

2ndHarmStab

Configuração do conteúdo harmônico no nível de bloqueio da corrente IN. Isso é para bloquear
a proteção de falta à terra durante condições de inrush. Se um transformador de potência
estiver energizado, existe o risco de que o núcleo do transformador de corrente sature durante
parte do período, resultando em uma corrente de energização do transformador. Isso resultará
em uma corrente residual decrescente na rede, já que a corrente de inrush está se desviando
entre as fases. Existe o risco de que a função de sobrecorrente residual proporcione um trip
indevido. A corrente de inrush tem uma relação relativamente grande de componente de 2ª
harmônica. Este componente pode ser usado para criar um sinal de restrição para evitar essa
função indesejada.
Na saturação do transformador de corrente, uma corrente residual falsa pode ser medida pela
proteção. Aqui, a restrição de segunda harmônica também pode impedir operações indeseja-
das. A configuração é dada em% da corrente residual da frequência fundamental.
Este parâmetro é normalmente recomendado para ser ajustado para 15%.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 92/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2𝑛𝑑𝐻𝑎𝑟𝑚𝑆𝑡𝑎𝑏 = 15 %

BlkParTransf

Ajuste o selo e bloqueio devido ao conteúdo harmônico nos transformadores em paralelo, se


houver problemas devido ao inrush sympathetic “interação simpática” entre transformadores.
Se a corrente residual for maior durante o chaveamento de um transformador conectado em
paralelo com outro transformador e se a corrente do 2º harmônico for menor que o valor ajus-
tado do 2ºHarmStab, a proteção de falta à terra pode operar devido à alta corrente residual.
A corrente de pico nos TCs de linha pode ser maior no início e depois pode ser reduzida.
Se “BlkParTransf” estiver ligado, a proteção será bloqueada até que a corrente residual seja
menor que o valor selecionado do “UseStartValue” selecionado.
Na barra da Subestação Rio Claro 2 há mais de um transformador operando simultanea-
mente, ou seja, há possibilidades de interação simpática entre transformadores, portanto esse
recurso é utilizado para evitar atuações da proteção na energização de transformadores.
𝐵𝑙𝑘𝑃𝑎𝑟𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓 = 𝑂𝑛

UseStartValue
Estabelece qual nível de corrente deve ser usado para a ativação do sinal de bloqueio. Isso é
dado como uma das configurações dos steps: step 1 / 2 / 3 /4. Normalmente, o step com o
menor nível de corrente de operação deve ser definido.
Este parâmetro não é aplicável se o BlkParTransf estiver definido como OFF.
Para essa aplicação o menor pick-up é o estabelecido é para a função 51N e 67NT, portanto
o Step1 é utilizado nessa aplicação, o qual é a função 51N.
𝑈𝑠𝑒𝑆𝑡𝑎𝑟𝑡𝑉𝑎𝑙𝑢𝑒 = 𝐼𝑁1
Lógica de fechamento sobre falta
No caso de energizar um objeto defeituoso, há um risco de ter um longo tempo de eliminação
de falhas, se a corrente de falta for muito pequena para dar uma operação rápida da prote-
ção. O fechamento sobre falta pode ser ativado a partir de sinais auxiliares do disjuntor, seja
o comando de fechamento ou a posição de abertura / fechamento (mudança de posição).
Essa lógica pode ser usada para emitir um trip rápido se um polo do disjuntor não fechar
corretamente em um fechamento manual ou automático.
SOTF e under time (tempo de inatividade) são funções semelhantes para obter um trip rápido
no fechamento assimétrico com base nos requisitos de diferentes concessionárias.
A função é dividida em duas partes. A função SOTF dará a operação através do step 2 ou 3
durante um tempo definido após a mudança na posição do disjuntor. A função SOTF tem um
atraso de tempo definido. A função de tempo de inatividade, que possui o bloqueio de restrição
de 2ª harmônica, dará operação a partir da step 4. A restrição de 2ª harmônica impedirá a
fatuação indesejada em caso de corrente de energização do transformador. A função under
time tem um atraso de tempo definido.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 93/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 36 – Diagrama lógico simplificado para recursos de SOTF e tempo de inatividade

SOTF

Este parâmetro define o modo de operação da função SOTF. Se “SOTF” estiver ativado, con-
forme a lógica fornecida, o trip do SOTF exige a partida do step 2 ou do step 3, juntamente
com a ativação do comando de fechamento do disjuntor.
Integrado na proteção de sobrecorrente residual está o fechamento sobre falta (SOTF) e a
lógica de tempo de inatividade (under-time logic). O parâmetro de configuração SOTF está
definido para ativar o SOTF, a lógica de tempo de inatividade ou ambos. Quando o disjuntor
está fechando, existe o risco de fechá-lo em uma falha permanente, por exemplo, durante
uma sequência de religamento automático. A lógica do SOTF permitirá a eliminação rápida
de falhas durante tais situações.
Este parâmetro pode ser definido como: Off / SOTF / Tempo sem atividade (Under time) /
SOTF + Tempo sem atividade (SOTF&Under Time).
𝑆𝑂𝑇𝐹 = 𝑂𝑛

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 94/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
ActivationSOTF
Esta configuração seleciona o sinal para ativar a função SOTF; Posição aberta do CB / posi-
ção fechada do CB / ordem de fechamento do CB.
Ajuste funcional somente quando o parâmetro SOTF é utilizado. Selecionado o comando de
fechamento.
𝐴𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑆𝑂𝑇𝐹 = 𝐶𝑙𝑜𝑠𝑒𝐶𝑜𝑚𝑚𝑎𝑛𝑑

StepForSOTF

Se este parâmetro estiver configurado para Step 2, o sinal de partida do estágio 2 é usado
como o nível de corrente ajustado. Se definido como Step 3, o sinal de partida do estágio 3 é
usado como o nível de corrente ajustado.
Ajuste funcional somente quando o parâmetro SOTF é utilizado. O Step escolhido é o que
representa o ajusta da unção de sobrecorrente não direcional de neutro.
𝑆𝑡𝑒𝑝𝐹𝑜𝑟𝑆𝑂𝑇𝐹 = 𝑆𝑡𝑒𝑝 2

HarmBlkSOTF
Este parâmetro usado para restrição de harmônicos On / Off durante condições de SOTF.
Este recurso é funcional somente se a parâmetro SOTF estiver ajustado para UnderTime ou
SOTF&UnderTime. Este recurso é habilitado para evitar atuação indevida na energização de
transformadores.
𝐻𝑎𝑟𝑚𝐵𝑙𝑘𝑆𝑂𝑇𝐹 = 𝑂𝑛

tSOTF

Atraso para o funcionamento da função SOTF. A margem de ajuste é de 0,000-60,000 s em


passos de 0,001 s.
Ajuste funcional somente quando o parâmetro SOTF é utilizado. A configuração padrão é de
0,100 s.
𝑡𝑆𝑂𝑇𝐹 = 0,100 𝑠

t4U

É o intervalo de tempo quando a função SOTF está ativa após o disjuntor ser fechado. A
margem de ajuste é de 0,000-60,000 s no estágio 0,001 s.
Ajuste funcional somente quando o parâmetro SOTF é utilizado. A configuração padrão é de
1.000 s.
𝑡4𝑈 = 1 𝑠

ActUnderTime

Descreve o modo de ativação da função de tempo de inatividade. A função pode ser ativada
pela posição (mudança) do disjuntor ou uma ordem para o disjuntor.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 95/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Recurso relevante apenas se os ajustes UnderTime ou SOTF&UnderTime forem aplicados.
𝐴𝑐𝑡𝑈𝑛𝑑𝑒𝑟𝑇𝑖𝑚𝑒 = 𝐶𝐵 𝑐𝑜𝑚𝑚𝑎𝑛𝑑

tUnderTime
Atraso para o funcionamento da função UnderTime. A margem de ajuste é de 0,000-60,000 s
em passos de 0,001 s. No caso de uma partida do step 4, esta lógica dará um trip após um
atraso de tempo definido por tUnderTime.
A configuração padrão é 0,300 s.
𝑡𝑈𝑛𝑑𝑒𝑟𝑇𝑖𝑚𝑒 = 0,300𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 96/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2.3 EF4PTOC STEP 1 – Sobrecorrente não Direcional de Neutro Temporizado 51N

Essa função de sobrecorrente é não direcional existente em algumas proteções que são ati-
vadas pelas lógicas de detecção de perda de alimentação de tensão para os relés de distân-
cia.
Tendo em vista que as proteções de linha são duplicadas e que nestes níveis de tensão temos
enrolamentos dos TP diferentes para cada proteção, recomenda-se que estas funções só
sejam ativadas quando ocorrer perda de potencial para as duas proteções.
A perda de potencial para os relés de distância deve ser alarmada e os relés que dependem
de tensão devem ser bloqueados.

DirMode1
Ajuste do modo direcional do step 1. As configurações possíveis são Off, Non-directional,
Forward e Reverse.
Este parâmetro está definido como “Non-directional”, ou seja, não haverá verificação de dire-
cionalidade no caso de ocorrências de faltas fase-terra.
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒1 = 𝑁𝑜𝑛 − 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙

Characterist1

Seleção da característica de tempo para o estágio 1. O atraso de tempo definido e diferentes


tipos de características de tempo inverso estão disponíveis, de acordo com a Tabela 30.
Este parâmetro é definido como “IEC Normal Inverse” no presente caso.
𝐶ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡1 = 𝐼𝐸𝐶 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑒

IN1>

Corrente de pick-up do step 1 em% de Ibase. A função deve atender aos seguintes critérios:
1 – O ajuste depende da prática de cada agente, sendo normalmente utilizados valores na
faixa de 10% a 20% da corrente nominal do TC, a fim de obter a maior sensibilidade possível,
considerando o erro máximo permitido pelo TC.
Ipick-up51N(1) ≥ k51N(1) x Inominal-TC prim LT
Ipick-up51N(1) ≥ 5% x 1200
Ipick-up51N(1) ≥ 60 [A]
2 – Deve ser sensível à corrente mínima de curto-circuito na direção direta (quando possível);
Ipick-up51N(2) < k51N(2) x Icc mínimo frente
Ipick-up51N(2) < 70% x 725
Ipick-up51N(2) < 508 [A]
3 – Deve ser sensível à corrente mínima de curto-circuito na direção reversa (quando possí-
vel);

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 97/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Ipick-up51N(3) < k51N(3) x Icc mínimo reverso
Ipick-up51N(3) < 70% x 1402
Ipick-up51N(3) < 981 [A]
Resumo dos critérios:
Ipick-up51N(1) ≥ 60 [A]
Ipick-up51N(2) < 508 [A]
Ipick-up51N(3) < 981 [A]
O valor de corrente de pick-up que atende todos os critérios é 100 [A].→1Asec.
Tabela 34 – Análise dos critérios do pick-up da função 51N

Verificação dos critérios Status


Ipick-up51N ≥ Ipick-up51N(1) → 100 ≥ 60 → Critério 1 ok
Ipick-up51N < Ipick-up51N(3) → 100 < 508 → Critério 2 ok
Ipick-up51N < Ipick-up51N(3) → 100 < 981 → Critério 3 ok

Em relação a corrente de base em p.u e percentual:


I51N 100
(IN1>) = → (IN1>) = → (IN1>) = 0.08 [pu] → 8% IB
IBase 1200

t1
Atraso de tempo definido para o step 1. O tempo definido t3 é adicionado ao tempo inverso
quando a característica de tempo inverso é selecionada. Observe que o valor definido é o
tempo entre a ativação das saídas de partida (start) e de trip.
Quando a característica de sobrecorrente de tempo inverso é selecionada, o tempo de ope-
ração do estágio será a soma do atraso de tempo inverso e o atraso de tempo definido. Assim,
se apenas o atraso de tempo inverso for necessário, é importante definir o tempo de atraso
definido para esse estágio como zero.
Para não adicionar esse tempo ao valor calculado pela curva, ele é definido como zero.
𝑡1 = 0,00 𝑠

k1

Multiplicador de tempo para atraso de tempo inverso para o step 1.


O critério de seleção do dial de tempo é:
1 – Conforme o critério de Furnas, para a corrente máxima de curto-circuito que passante pela
linha para uma falta na barra remota, a proteção deve atuar com um tempo igual ou maior que
Tempo de operação top = 800 ms.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 98/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Através da equação da curva IEC Normal Inverse, o dial de tempo é calculado, para o nível
máximo de curto-circuito.
t
𝐷𝑖𝑎𝑙 =
0,14
(( )0,02 )
𝑀 −1
Tabela 35 – Cálculo do dial de tempo da função 51NE

Ajustes Falta Ajustes


Parâmetros
51N(frente) Close-in 51N(reverso)
Ipick-up51N 100.00
Icontribuição-max (3I0) 725.20 1790 1402.00
M=(Ipick-up51N/Icontribuição-max) 7.3 17.9 14.0
k (dial de tempo) 0.24
Tempo de atuação [s] 0.831 0.566 0.620
Tipo de curva [1] Normal Inverse
constante A 0.14
constante P 0.02

O dial calculado 0,24 atende os critérios estabelecidos.


𝑘1 = 0,24

IMin1
Corrente de operação mínima em% de IBase para todas as características de tempo inverso,
abaixo das quais nenhuma operação ocorre.
Este parâmetro é ajustado igual a “IN1>”.
IMin1 = (IN1>) → IMin1 = 8% IB

t1Min
Tempo mínimo de operação para todas as características do tempo inverso. Em altas corren-
tes, a característica do tempo inverso pode dar um tempo de operação muito curto. Ao definir
este parâmetro, o tempo de operação do step nunca pode ser menor do que a configuração.
Este parâmetro é configurado para 0,00 s no presente caso.
𝑡1𝑀𝑖𝑛 = 0,00 𝑠

IN1Mult

Multiplicador para escalonamento do valor do ajuste de corrente. Se um sinal de entrada bi-


nária ENMULT1 (ativar o multiplicador) for ativado, o nível de operação da corrente é aumen-
tado por essa constante de ajuste.
Como este parâmetro não é aplicável no presente caso, a configuração é deixada com o valor
padrão de 1.
𝐼𝑁1𝑀𝑢𝑙𝑡 = 1,0

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 99/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
ResetTypeCrv1

Selecione o tipo de curva de reset para o atraso inverso.


Este parâmetro é recomendado para ajustar instantâneo “Instantaneous”.
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡𝑇𝑦𝑝𝑒𝐶𝑟𝑣1 = 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑒𝑜𝑢𝑠

tReset1
Define o tempo de reset para a função de atraso definido.
Este parâmetro não é aplicável se ResetTypeCrv1 estiver definido como “Instantaneous”.

HarmRestrain1
Ativa o bloqueio do step 1 a partir da função de restrição harmônica (2ª harmônica). Esta
função deve ser usada quando existe o risco de um trip indevido causado por correntes de
energização do transformador de potência.
Este parâmetro é mantido On, tornando a proteção estável durante as condições de energi-
zações.
𝐻𝑎𝑟𝑚𝑅𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑖𝑛1 = 𝑂𝑛

tPCrv1, tACrv1, tBCrv1, tCCrv1

Estes parâmetros são usados para criar a curva característica de tempo inverso.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

tPRCrv1, tTRCrv1, tCRCrv1


Esses parâmetros são usados para criar a curva inversa da característica de tempo de reset.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como
Programmable.

3.3.2.4 EF4PTOC STEP 2 – Sobrecorrente não Direcional de Neutro Instantâneo 50N


(Subalcance)

DirMode2

Ajuste do modo direcional do step 2. As configurações possíveis são Off, Non-directional,


Forward e Reverse.
Conforme Filosofia de Furnas a proteção 50N deve permanecer desabilitada.
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒2 = 𝑂𝑓𝑓

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 100/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2.5 EF4PTOC STEP 3 – Sobrecorrente Direcional de Neutro Temporizado 67NT (So-
brealcance)

Essas unidades utilizam a corrente residual da linha como grandeza de operação, e a sua
direcionalidade é definida pela tensão de sequência zero oriunda do TP da linha ou calculada
pelo próprio relé.
As unidades de sobrecorrente direcionais são utilizadas nos esquemas de teleproteção com
direcionalidade direta para atuação em faltas de alta impedância e devem ser bastante sen-
síveis.
O ajuste depende da prática de cada agente, sendo normalmente utilizados valores na faixa
de 10% a 20% da corrente nominal do TC.
Essas unidades quando utilizadas independentemente dos esquemas de teleproteção, são
aplicadas como retaguarda para faltas internas à linha e como retaguarda para faltas mono-
fásicas nos barramentos remotos. Devem ser coordenadas com as proteções das linhas e
equipamentos que partem do barramento remoto e utilizar características de tempo inverso.
O step 3 é ajustado com a direcionalidade “Forward”, o mesmo deverá ser sensibilizado para
faltas fase-terra sobre alta impedância ao longo da linha e somente na direção da linha prote-
gida.
Os mesmos ajustes de pick-up e dial de tempo da função 51NE são adotados para essa fun-
ção, conforme item 3.3.2.3.

DirMode3
Ajuste do modo direcional do step 3. As configurações possíveis são Off, Non-directional,
Forward e Reverse.
Este parâmetro está definido como “Forward”, ou seja, haverá verificação de direcionalidade
no caso de ocorrências de faltas fase-terra, na direção da linha protegida.
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒3 = 𝐹𝑜𝑟𝑤𝑎𝑟𝑑

Characterist3

Seleção da característica de tempo para o estágio 3.


Este parâmetro é definido como “IEC Normal Inverse” no presente caso.
𝐶ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡3 = 𝐼𝐸𝐶 𝑁𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑒

IN3>
Corrente de pick-up do step 3 em% de Ibase. A função deve atender aos seguintes critérios:

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 101/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1 – O ajuste depende da prática de cada agente, sendo normalmente utilizados valores na
faixa de 10% a 20% da corrente nominal do TC, a fim de obter a maior sensibilidade possível,
considerando o erro máximo permitido pelo TC.
Ipick-up67NT(1) ≥ k67NT(1) x Inominal-TC prim LT
Ipick-up67NT(1) ≥ 5% x 1200
Ipick-up67NT(1) ≥ 60 [A]
2 – Deve ser sensível à corrente mínima de curto-circuito na direção direta (quando possível);
Ipick-up67NT(2) < k67NT(2) x Icc mínimo frente
Ipick-up67NT(2) < 70% x 725
Ipick-up67NT(2) < 508 [A]
3 – Deve ser sensível à corrente mínima de curto-circuito na direção reversa (quando possí-
vel);
Ipick-up67NT(3) < k67NT(3) x Icc mínimo reverso
Ipick-up67NT(3) < 70% x 1402
Ipick-up67NT(3) < 981 [A]
Resumo dos critérios:
Ipick-up67NT(1) ≥ 60 [A]
Ipick-up67NT(2) < 508 [A]
Ipick-up67NT(3) < 981 [A]
O valor de corrente de pick-up que atende todos os critérios é 100 [A].→1Asec.
Tabela 36 – Análise dos critérios do pick-up da função 67NT

Verificação dos critérios Status


Ipick-up67NT ≥ Ipick-up67NT(1) → 100 ≥ 50 → Critério 1 ok
Ipick-up67NT < Ipick-up67NT(3) → 100 < 508 → Critério 2 ok
Ipick-up67NT < Ipick-up67NT(3) → 100 < 981 → Critério 3 ok

Em relação a corrente de base em p.u e percentual:


I67NT 100
(IN3>) = → (IN1>) = → (IN1>) = 0.08 [pu] → 8% IB
IBase 1200

t3
Atraso de tempo definido para o step 3. O tempo definido t3 é adicionado ao tempo inverso
quando a característica de tempo inverso é selecionada. Observe que o valor definido é o
tempo entre a ativação das saídas de partida (start) e de trip.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 102/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Quando a característica de sobrecorrente de tempo inverso é selecionada, o tempo de ope-
ração do estágio será a soma do atraso de tempo inverso e o atraso de tempo definido. Assim,
se apenas o atraso de tempo inverso for necessário, é importante definir o tempo de atraso
definido para esse estágio como zero.
Para não adicionar esse tempo ao valor calculado pela curva, ele é definido como zero.
t3 = 0,00 s

k3

Multiplicador de tempo para atraso de tempo inverso para o step 3.


Os critérios analisados para a seleção do dial de tempo são:
1 – Para a corrente máxima de curto-circuito passante (em termos de 3I0) através linha, no
sentido direto, a proteção deve atuar com um tempo igual ou maior:
top-critério 01 = 0.800 [s]
Através da equação da curva IEC Normal Inverse, o dial de tempo é calculado, para o nível
máximo de curto-circuito.
t
𝐷𝑖𝑎𝑙 =
0,14
(( )0,02 )
𝑀 −1
Tabela 37 – Cálculo do dial de tempo da função 67NT

Ajustes Falta
Parâmetros
67NT(frente) Close-in
Ipick-up 67NT 100
Icontribuição-max (3I0) 725.20 1790
M=(Ipick-up 67NT/Icontribuição-max) 7.3 17.9
k (dial de tempo) 0.24
Tempo de atuação [s] 0.831 0.566
Tipo de curva [1] Normal Inverse
constante A 0.14
constante P 0.02

O dial calculado de 0.24 atende os critérios estabelecidos.


k3 = 0.24

IMin3
Corrente de operação mínima em% de Ibase para todas as características de tempo inverso,
abaixo das quais nenhuma operação ocorre (consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Este parâmetro é ajustado igual a IN3>.
𝐼𝑀𝑖𝑛3 = (𝐼𝑁3 >) = 8%𝐼𝐵

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 103/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
t3Min
Tempo mínimo de operação para todas as características do tempo inverso. Em altas corren-
tes, a característica do tempo inverso pode dar um tempo de operação muito curto. Ao definir
este parâmetro, o tempo de operação do step nunca pode ser menor do que a configuração
(Consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Este parâmetro é configurado para 0,00 s no presente caso.
𝑡3𝑀𝑖𝑛 = 0,00 𝑠

IN3Mult
Multiplicador para escalonamento do valor do ajuste de corrente. Se um sinal de entrada bi-
nária ENMULT3 (ativar o multiplicador) for ativado, o nível de operação da corrente é aumen-
tado por essa constante de ajuste.
Como este parâmetro não é aplicável no presente caso, a configuração é deixada com o valor
padrão de 1.
𝐼𝑁3𝑀𝑢𝑙𝑡 = 1,0

ResetTypeCrv3
Selecione o tipo de curva de reset para o atraso inverso.
Este parâmetro é recomendado para ajustar instantâneo “Instantaneous”.
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡𝑇𝑦𝑝𝑒𝐶𝑟𝑣3 = 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑒𝑜𝑢𝑠

tReset3
Define o tempo de reset para a função de atraso definido.
Este parâmetro não é aplicável se ResetTypeCrv3 estiver definido como “Instantaneous”.

HarmRestrain3
Ativa o bloqueio do step 3 a partir da função de restrição harmônica (3ª harmônica). Esta
função deve ser usada quando existe o risco de um trip indevido causado por correntes de
energização do transformador de potência.
Este parâmetro é mantido ON, tornando a proteção estável durante as condições de energi-
zações dos transformadores.
𝐻𝑎𝑟𝑚𝑅𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑖𝑛3 = 𝑂𝑛

tPCrv3, tACrv3, tBCrv3, tCCrv3, tPRCrv3 tTRCrv3, tCRCrv3

Estes parâmetros são usados para criar a curva característica de tempo inverso.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist3 estiver configurado como Pro-
grammable.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 104/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.2.6 EF4PTOC STEP 4 – Sobrecorrente Direcional de Neutro Instantâneo 67NI (Su-
balcance)

O ajuste de unidades instantâneas (quando possível) é realizado levando-se pelo menos


125% da corrente (rms) para o nível máximo de falta na barra remota. O procedimento deve
começar a partir da subestação mais distante e, em seguida, continuar movendo-se de volta
para a fonte.
Quando as características de dois relés se cruzam em um nível de falha específico do sistema,
dificultando a coordenação correta, é necessário definir a unidade instantânea do relé na su-
bestação que está mais distante da fonte para um valor tal que o relé opera para um nível de
corrente ligeiramente inferior, evitando assim a perda de coordenação. A margem de 25%
evita a sobreposição da unidade instantânea a jusante se houver um componente DC consi-
derável. Em sistemas de alta tensão operando a 220 kV ou acima, um valor mais alto deve
ser usado, já que a relação X/R fica maior, assim como o componente DC.

DirMode4

Ajuste do modo direcional do step 4. As configurações possíveis são Off, Non-directional,


Forward e Reverse.
Este parâmetro está definido como “Forward“, ou seja, haverá verificação de direcionalidade
para frente no caso de ocorrências de faltas fase-terra.
𝐷𝑖𝑟𝑀𝑜𝑑𝑒4 = 𝐹𝑜𝑟𝑤𝑎𝑟𝑑

Characterist4

Seleção da característica de tempo para o estágio 4.


Este parâmetro é definido como IEC Definite Time.
𝐶ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡4 = 𝐼𝐸𝐶 𝐷𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑒 𝑇𝑖𝑚𝑒

IN4>
Corrente de pick-up do step 4 em% de IBase. A função deve atender aos seguintes critérios:

1 - Não deve atuar para a maior corrente de curto-circuito (3I0) para faltas no terminal remoto.

Ponto do Icc simétrico ângulo Icc assim. Icc assim.


X/R
curto-circuito máx [A] [◦] RMS [A] Pico [A]

Barra R.VERD-GO230 : 231 725.20 -77.00 4.33 878.92 1522.16


Logo:
I67NI(1) > k50N(1) X Icc máx direto
I67NI(1) > 125% X 725
I67NI(1) > 906 [A]
O valor de corrente de pick-up que atende ao critério é 1180 [A] → 1.180 Asec.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 105/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
O limite desse pick-up corresponde a uma atuação em 50% da linha.

Em relação a corrente de base em p.u e percentual:

I67NI 1180
(I>>) = → (I>>) = → (I>>) = 0,98 [pu] → 98% IB
IBase 1200

t4
Atraso de tempo definido para o step 4. O tempo definido t4 é adicionado ao tempo inverso
quando a característica de tempo inverso é selecionada. Observe que o valor definido é o
tempo entre a ativação das saídas de partida (start) e de trip.
Quando a característica de sobrecorrente de tempo inverso é selecionada, o tempo de ope-
ração do estágio será a soma do atraso de tempo inverso e o atraso de tempo definido. Assim,
se apenas o atraso de tempo inverso for necessário, é importante definir o tempo de atraso
definido para esse estágio como zero.
Essa temporização é ajustada em 50ms para maior estabilidade da função.
𝑡4 = 0,050 𝑠

k4

Multiplicador de tempo para atraso de tempo inverso para o step 4.


Parâmetro irrelevante, uma vez que a Characterist1 está ajustada como IEC Definite Time,
portanto será mantido no valor default.
𝑘4 = 0.05

IMin4
Corrente de operação mínima em% de Ibase para todas as características de tempo inverso,
abaixo das quais nenhuma operação ocorre (consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Parâmetro ajustado com o mesmo valor do ajuste IN4>.
IMin4 = IN4> = 98%IB

t4Min
Tempo mínimo de operação para todas as características do tempo inverso. Em altas corren-
tes, a característica do tempo inverso pode dar um tempo de operação muito curto. Ao definir
este parâmetro, o tempo de operação do step nunca pode ser menor do que a configuração
(Consulte a Figura 34 para referência gráfica).
Parâmetro ajustado com o mesmo valor do ajuste t4.
t4Min =t4 = 0,050 s

IN4Mult

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 106/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Multiplicador para escalonamento do valor do ajuste de corrente. Se um sinal de entrada bi-
nária ENMULT4 (ativar o multiplicador) for ativado, o nível de operação da corrente é aumen-
tado por essa constante de ajuste.
Como este parâmetro não é aplicável no presente caso, a configuração é deixada com o valor
padrão de 1.
𝐼𝑁4𝑀𝑢𝑙𝑡 = 1,0

ResetTypeCrv4
Selecione o tipo de curva de reset para o atraso inverso.
Uma vez que o parâmetro DirMode4 está ajustado para Off, esse parâmetro é irrelevante e é
mantido com ajuste default.
Este parâmetro é recomendado para ajustar instantâneo “Instantaneous”.
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡𝑇𝑦𝑝𝑒𝐶𝑟𝑣4 = 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑒𝑜𝑢𝑠

tReset4
Define o tempo de reset para a função de atraso definido.
Este parâmetro não é aplicável se ResetTypeCrv4 estiver definido como “Instantaneous”.

HarmRestrain4
Ativa o bloqueio do step 4 a partir da função de restrição harmônica (2ª harmônica). Esta
função deve ser usada quando existe o risco de um trip indevido causado por correntes de
energização do transformador de potência.
Este parâmetro é mantido ON, tornando a proteção estável durante as condições de
energizações dos transformadores.
𝐻𝑎𝑟𝑚𝑅𝑒𝑠𝑡𝑟𝑎𝑖𝑛4 = 𝑂𝑛

tPCrv4, tACrv4, tBCrv4, tCCrv4


Estes parâmetros são usados para criar a curva característica de tempo inverso.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist4 estiver configurado como
Programmable.

tPRCrv4, tTRCrv4, tCRCrv4


Esses parâmetros são usados para criar a curva inversa da característica de tempo de reset.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist4 estiver configurado como
Programmable.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 107/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.3 End Fault Protection CVGAPC – EFP

Esta seção contempla os ajustes da proteção de Zona Morta (Dead Zone/End Fault Pro-tec-
tion).
Em um alimentador, se as seccionadoras e(ou) o disjuntor está aberto uma zona morta (ou
End Zone) é considerada entre o TC e a seccionadora e(ou) disjuntor aberto.
A função EFP destina-se a detecção de faltas que ocorram na região entre os TCs e o disjun-
tor do Bay, pois mesmo, após a atuação da proteção de barras, a falta ainda é alimentada,
portanto a função envia a sinal de trip para o terminal remoto do bay de forma a isolar o ponto
de falta. A função é condicionada o status de disjuntor aberto ou a lógicas envolvendo as
seccionadoras. A função será temporizada para que a mesma só atue após a extinção de
arco do disjuntor.
Pode-se ajustar esta proteção com um elemento de sobrecorrente temporizado que só ativa
quando uma zona morta é identificada na topologia local.

Figura 37 – Localizações típicas do TC em um bay

Onde:
A = Dois TCs disponíveis um em cada lado do disjuntor do alimentador;
B = Um TC disponível no lado da linha do disjuntor do alimentador;
C = Um TC disponível no lado da barra do disjuntor do alimentador;
1 = Região da Zona Morta (End Fault);

Nota

Esta função é realizada pelo IED UCD1-6L1- Modelo C60

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 108/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.4 Breaker Failure Protection CCRBRF – 50BF

No projeto do sistema de eliminação de falhas, o critério N-1 é normalmente utilizado. Isso


significa que a falha deve ser eliminada mesmo se um componente do sistema de eliminação
de falhas estiver com defeito. O disjuntor é um componente necessário do sistema de elimi-
nação de falhas. Por razões de natureza prática e econômica, não é viável duplicar o disjuntor
para o componente protegido. Em vez disso, uma proteção de falha de disjuntor é usada.
A proteção de falha disjuntor, ativação e saídas trifásicas emite um comando de disparo de
backup para os disjuntores adjacentes se o disjuntor "normal" do componente protegido não
abrir. A detecção da interrupção da corrente através do disjuntor é obtida medindo a corrente
ou como a detecção do sinal de disparo mantida (incondicional).
A falha disjuntor também pode emitir um sinal de retrip. Isso significa que um segundo sinal
de trip é enviado para ao disjuntor. A função de retrip pode ser usada para aumentar as pro-
babilidades de operação do disjuntor, ou para evitar o back-up trip de múltiplos disjuntores em
caso de erros durante a manutenção e o teste de relés.

Nota

Esta função é realizada pelo IED UCD1-6L1- Modelo C60

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 109/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.3.5 Instantaneous phase overcurrent protection (PHPIOC:1, 50) – 50SOTF

Essa proteção é utilizada como sensor de corrente da função 50SOTF.

GlobalBaseSel

É usado para selecionar a função GBASVAL para referência dos valores base.
Ibase: Defina a corrente base para a função na qual os níveis de corrente são baseados. Este
parâmetro é definido para 1200 A no presente caso, que é a corrente nominal do TC

GlobalBaseSel = 1

Operation

Ajuste a proteção para On / Off.


Essa função é habilitada.

OpMode

Este parâmetro pode ser definido como 2 de 3 ou 1 de 3. A configuração controla o número


mínimo de correntes de fase que devem ser maiores que o IP>> de corrente de operação
definido para operação. Normalmente, este parâmetro é definido como 1 de 3 e, assim, de-
tectará todos os tipos de falhas. Se a proteção for usada principalmente para falhas multifá-
sicas, 2 de 3 devem ser escolhidos.
Ajustado para detectar falta em qualquer uma das fases individualmente.

OpMode = 1 out of 3

IP>>
Este ajuste define o valor do pick-up da unidade de sobrecorrente a qual opera somente du-
rante a energização da linha.
Os seguintes critérios são analisados:
1 – Deverá ser superior ao “Line Charging” da linha, devido as capacitâncias.

I50 SOTF > 37 [Aprim]

2 – Deve ser menor que 60% do valor da contribuição para um curto-circuito franco na barra
remota, considerando o terminal remoto aberto (energização sob falta, no terminal remoto).

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 110/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
I50 SOTF(2) < kSOTF x Icc franco
I50 SOTF(2) < 60% x 1138.5
I50 SOTF(2) < 683.1

O pick-up escolhido é:
I50 SOTF = 600 [A]
Verificando-se os critérios:
Tabela 38 – Avaliação dos critérios do sensor de corrente da função SOTF.

Verificação dos critérios Status


I50 SOTF > Icharge → 600 > 37 → Critério 1 ok
I50 SOTF < Icc franco → 600 < 683 → Critério 2 ok

Em termos da corrente de base:


Ibase = 1200 [A]
I50 SOTF 600
(IP>>)[%] = x 100 → (IP>>)[%] = x 100 → (IP>>)[%] = 50%
IBase 1200

IP>>MaxEd2Set e IP>>MinEd2Set

Só deve ser alterado se o ajuste remoto do nível de pick-up IP>>, for utilizado. Os limites
são usados para diminuir o intervalo usado da configuração IP >>. Se IP >> estiver definido
fora de IP >> Max e IP >> Min, o limite mais próximo de IP >> será usado pela função. Se IP
>> Max for menor que IP >> Min, os limites serão trocados.
Essa funcionalidade não é utilizada, portanto os parâmetros são ajustados nos valores default.

StValMult
A corrente de operação definida pode ser alterada ativando a entrada binária ENMULT no
fator definido StValMult.

Essa aplicação não é utilizada e é mantido com valor igual a 1.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 111/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4 VOLTAGE PROTECTION

3.4.1 Overvoltage protection OV2PTOV 59

Os sistemas de potência estão sujeitos a níveis de sobretensão elevados, normalmente re-


sultantes do rompimento do equilíbrio energético entre a quantidade de energia que está
sendo gerada e injetada na barra de geração e a quantidade de energia que está sendo con-
sumida nas barras de consumo. O motivo desse desequilíbrio energético é a abertura de um
disjuntor, que retira de operação uma grande quantidade de carga, proporcionando um ex-
cesso de energia disponível no sistema responsável pelo surgimento de sobretensões, muitas
vezes acompanhadas de fenômenos de sobrefrequências.
Essas ocorrências, que são frequentes nos sistemas de potência, principalmente aqueles
constituídos de linhas de transmissão de grandes extensões, são denominadas rejeição de
carga e são monitoradas e controladas pelo Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC).
O ERAC constitui uma lógica de corte de carga sequencial visando assegurar a estabilidade
do sistema de potência, de forma a manter o equilíbrio entre a geração e o consumo na fre-
quência mais próxima do valor nominal.
Assim, a abertura de uma linha de transmissão pelo disjuntor da barra de carga deixa a barra
energizada pelo lado da geração, acentuando de forma danosa o seu efeito capacitivo por
estar operando a vazio. Isso resulta no surgimento de sobretensões elevadas, afetando de
diferentes formas os seguintes elementos:
• Para-raios: podem ser solicitados a operar numa condição de corrente de descarga na
frequência próxima à fundamental.
• Transformadores e geradores: podem ser solicitados a operar com elevados gradien-
tes de potencial e excessivo aquecimento no ferro, o que pode ser minimizado se a sobreten-
são for acompanhada de sobrefrequência.
• Linhas de transmissão: surgimento de descargas elétricas de contorno.
A proteção das linhas de transmissão submetidas a essas condições devem ser realizadas
por relés de sobretensão instantâneos e temporizados, função 59, sensíveis apenas às so-
bretensões na frequência industrial.
Os Procedimentos de Rede, em seu submódulo 2.11, estabelece que as linhas de transmis-
são de alta e extra-alta tensão devem possuir proteção trifásica para sobretensões com uni-
dades instantâneas e temporizadas.
As unidades instantâneas devem operar para sobretensões que ocorram simultaneamente
nas 3 fases, e as unidades temporizadas devem atuar para sobretensões sustentadas em
qualquer uma das fases. Como se trata de proteção de caráter sistêmico, seus ajustes e ne-
cessidades de esquemas associados à teleproteção devem ser definidos pelo O.N.S.

Nota

Essa é uma função sistêmica. Na ausência de informações complementares definidas através de


estudos realizados pelo ON.S ou Agente de Transmissão responsável, normalmente contidas nos
estudos pré-operacionais, sugerimos os pré-ajustes descritos abaixo.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 112/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4.1.1 OV2PTOV – General

GlobalBaseSel

Seleção de um dos grupos de valor base global.


Ubase: Base de tensão fase a fase em kV primário do TP da Linha.
UBase = 230 kV → GlobalBaseSel = 1

ConnType
Define se a medição será um valor fundamental fase-terra, valor fundamental fase-a-fase,
valor RMS fase-terra ou valor RMS fase-a-fase.
A função funcionará se a tensão ficar abaixo da porcentagem definida de Ubase.
Quando o ConnType é definido como PhN DFT ou PhN RMS, o IED divide automaticamente
o valor definido para Ubase por √3. O Ubase é usado quando o ConnType é definido como
PhPh DFT ou PhPh RMS. Portanto, defina sempre o Ubase como a tensão primária fase a
fase nominal do objeto protegido.
• PhN – medição de fase neutro;
• PhPh – medição entre fases;
• DFT – medição apenas do componente fundamental;
• RMS – medida do componente fundamental mais seus respectivos harmônicos;
Operação para tensão fase-terra:
𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒
𝑈 < (%) ×
√3
Quando a medição de tensão fase-terra é selecionada, a função introduz automaticamente a
divisão do valor base pela raiz quadrada de três.
• Operação para tensão fase-fase sob:
𝑈 < (%) × 𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒(𝑘𝑉)
Neste caso, este parâmetro é definido como PhN DFT.
ConnType = PhN DFT

3.4.1.2 OV2PTOV – Setting Group

Operation

O modo de operação pode ser definido como ativado (On) ou (Off) desativado. A configuração
Off desativa a função inteira.
Operation = On

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 113/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4.1.3 OV2PTOV – Step 1 (Elemento temporizado)

Characteristic1

Este parâmetro fornece o tipo de atraso de tempo a ser usado. A configuração pode ser
Tempo definido, Curva inversa A, Curva inversa B, Prog. Inv. Curve. A seleção depende da
aplicação da proteção.
No caso preestabelecido, este parâmetro é configurado para Definite time.
Characteristic1 = Definite time

OpMode1

Este parâmetro descreve quantas das três tensões medidas devem estar acima do nível de-
finido para operar. O ajuste pode ser 1 de 3 (1 out of 3), 2 de 3, 3 de 3. Na maioria das
aplicações, é suficiente que a tensão de uma fase seja alta para operar. Se a função deve ser
insensível a faltas monofásicas à terra, 1 de 3 pode ser selecionado porque normalmente a
tensão aumenta em fases sem falhas durante as faltas à terra monofásicas.
Para essa aplicação a opção escolhida é 1 out of 3 para que seja possível a atuação da
proteção quando houver sobretensão em pelo menos uma fase.
OpMode1 = 1 out of 3

U1>
Define o valor de operação de sobretensão de operação para o step 1, dado como% do
Ubase.
O pré-ajuste do pick-up baseia-se nos níveis sobretensões dinâmicas e sustentadas admissí-
veis para o nível de tensão de 230 kV conforme [Norma 1]: que corresponde a 1.15 pu (115%).

t1
Atraso de tempo do step 1, dado em segundos. Em muitas aplicações, a função de proteção
é usada para evitar danos ao objeto protegido. A velocidade pode ser importante, por exem-
plo, no caso de proteção do transformador que pode ser superexcitado. O atraso de tempo
deve ser coordenado com outras ações automatizadas no sistema.
Este parâmetro é ajustado em 4 segundos.
t1 = 4,0 s

tReset1
Tempo de reset para o step 1 se o atraso de tempo definido for usado, dado em segundos.
O valor padrão é 25 ms.
tReset1 = 0,025 s

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 114/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
t1Min
Tempo mínimo de operação para característica de tempo inverso para o step 1, dado em
segundos.
Para tensões muito altas, a função de sobretensão, usando a característica de tempo inverso,
pode ter um tempo de operação muito curto. Isso pode levar a um trip não seletivo. Ao definir
t1Min mais longo que o tempo de operação para outras proteções, esse disparo não seletivo
pode ser evitado.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante.
t1Min = 4,000 s

ResetTypeCrv1
Este parâmetro para característica de tempo inverso pode ser definido para Instantâneo,
Tempo congelado, Diminuído linearmente (Instantaneous, Frozen time, Linearly decreased).
O ajuste padrão é Instantânea (Instantaneous).
ResetTypeCrv1 = Instantaneous

tIReset1

Redefina o tempo para o step 1 se o atraso de tempo inverso for usado, dado em segundos.
O valor padrão é 25 ms.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante. Portanto o valor default é mantido.
tIReset1 = 0,025 s

k1

Multiplicador de tempo para característica de tempo inverso. Este parâmetro é utilizado para
coordenação entre diferentes proteções de sobretensão com atraso de tempo inverso.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante é mantido o valor default.
k1 = 0,05

Acrv1, BCrv1, CCrv1, DCrv1, PCrv1


Parâmetros a serem definidos para criar uma característica de tempo inverso de sobretensão
programável. A descrição de como se fazer a curva e dos parâmetros podem ser encontradas
no manual de referência técnica.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 115/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
CrvSat1
Quando o denominador na expressão da curva programável é igual a zero, o atraso de tempo
será infinito. Haverá uma descontinuidade indesejada.
Portanto, um parâmetro de ajuste CrvSat1 é definido para compensar esse fenômeno. No
intervalo de tensão U1 >até U1 >· (1.0 – CrvSat1 / 100) a tensão usada será: U1 >· (1.0 –
CrvSat1 / 100).
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

HystAbs1

Histerese absoluta definida em% de Ubase. A configuração desse parâmetro é altamente de-
pendente da aplicação. Se a função for usada como controle para chaveamento automático
de dispositivos de compensação reativa, a histerese deve ser ajustada menor que a variação
de tensão após a comutação do dispositivo de compensação.
A histerese é para funções de sobretensão muito importantes para evitar que uma tensão
transitória acima do nível de ajuste não seja “selada” devido a uma alta histerese. Valores
típicos devem ser ≤ 0,5%.
No caso presente, esse parâmetro é deixado com o valor padrão de 0,5% do Ubase.
HystAbs1 = 0,5 %UB

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 116/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4.1.4 OV2PTOV – Step 2 (Elemento instantâneo)

Characteristic2

Este parâmetro fornece o tipo de atraso de tempo a ser usado. A configuração pode ser
Tempo definido, Curva inversa A, Curva inversa B, Prog. Inv. Curve. A seleção depende da
aplicação da proteção.
No caso preestabelecido, este parâmetro é configurado para Definite time.
𝐶ℎ𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐2 = 𝐷𝑒𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑒 𝑡𝑖𝑚𝑒

OpMode2

Este parâmetro descreve quantas das três tensões medidas devem estar acima do nível de-
finido para operar. O ajuste pode ser 1 de 3 (1 out of 3), 2 de 3, 3 de 3. Na maioria das
aplicações, é suficiente que a tensão de uma fase seja alta para operar. Se a função deve ser
insensível a faltas monofásicas à terra, 1 de 3 pode ser selecionado porque normalmente a
tensão aumenta em fases sem falhas durante as faltas à terra monofásicas.
Para essa aplicação a opção escolhida é 3 out of 3 para que seja possível a atuação da
proteção quando houver sobretensão somente nas 3 fases simultaneamente
𝑂𝑝𝑀𝑜𝑑𝑒2 = 3 𝑜𝑢𝑡 𝑜𝑓 3

U2>
Define o valor de operação de sobretensão de operação para o step 2, dado como% do
Ubase.
O pré-ajuste do pick-up baseia-se nos níveis aceitáveis para oscilações de tensão em regime
dinâmico para o nível de tensão de 230 kV conforme [Norma 1]:, que corresponde a 1.25 pu:

t2
Atraso de tempo do step 2, dado em segundos. Em muitas aplicações, a função de proteção
é usada para evitar danos ao objeto protegido. A velocidade pode ser importante, por exem-
plo, no caso de proteção do transformador que pode ser superexcitado. O atraso de tempo
deve ser coordenado com outras ações automatizadas no sistema.
Este parâmetro é ajustado em 0.050 segundos.
𝑡2 = 0,050 s

tReset2

Tempo de reset para o step 2 se o atraso de tempo definido for usado, dado em segundos.
O valor padrão é 25 ms.
𝑡𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡2 = 0,025 s

t2Min

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 117/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tempo mínimo de operação para característica de tempo inverso para o step 2, dado em
segundos.
Para tensões muito altas, a função de sobretensão, usando a característica de tempo inverso,
pode ter um tempo de operação muito curto. Isso pode levar a um trip não seletivo. Ao definir
t1Min mais longo que o tempo de operação para outras proteções, esse disparo não seletivo
pode ser evitado.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante.
𝑡2𝑀𝑖𝑛 = 0,050 𝑠

ResetTypeCrv2
Este parâmetro para característica de tempo inverso pode ser definido para Instantâneo,
Tempo congelado, Diminuído linearmente (Instantaneous, Frozen time, Linearly decreased).
O ajuste padrão é Instantânea (Instantaneous).
𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡𝑇𝑦𝑝𝑒𝐶𝑟𝑣2 = 𝐼𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑎𝑛𝑒𝑜𝑢𝑠

tIReset2
Redefina o tempo para o step 2 se o atraso de tempo inverso for usado, dado em segundos.
O valor padrão é 25 ms.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante. Portanto o valor default é mantido.
𝑡𝐼𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡2 = 0,025 𝑠

k2
Multiplicador de tempo para característica de tempo inverso. Este parâmetro é utilizado para
coordenação entre diferentes proteções de sobretensão com atraso de tempo inverso.
Este parâmetro é necessário somente quando a característica é IDMT (curvas inversas). Por-
tanto, esse parâmetro é irrelevante é mantido o valor default.
𝑘2 = 0,05

Acrv2, BCrv2, CCrv2, DCrv2, PCrv2


Parâmetros a serem definidos para criar uma característica de tempo inverso de sobretensão
programável. A descrição de como se fazer a curva e dos parâmetros podem ser encontradas
no manual de referência técnica.
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

CrvSat2
Quando o denominador na expressão da curva programável é igual a zero, o atraso de tempo
será infinito. Haverá uma descontinuidade indesejada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 118/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Portanto, um parâmetro de ajuste CrvSat2é definido para compensar esse fenômeno. No in-
tervalo de tensão U2 >até U2 >· (1.0 – CrvSat2 / 100) a tensão usada será: U2 >· (1.0 –
CrvSat2 / 100).
Estes parâmetros são aplicáveis somente se Characterist1 estiver configurado como Pro-
grammable.

HystAbs2

Histerese absoluta definida em% de Ubase. A configuração desse parâmetro é altamente de-
pendente da aplicação. Se a função for usada como controle para chaveamento automático
de dispositivos de compensação reativa, a histerese deve ser ajustada menor que a variação
de tensão após a comutação do dispositivo de compensação.
A histerese é para funções de sobretensão muito importantes para evitar que uma tensão
transitória acima do nível de ajuste não seja “selada” devido a uma alta histerese. Valores
típicos devem ser ≤ 0,5%.
No caso presente, esse parâmetro é deixado com o valor padrão de 0,5% do Ubase.
𝐻𝑦𝑠𝑡𝐴𝑏𝑠2 = 0,5 %𝑈𝐵

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 119/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4.2 Undervoltage protection UV2PTUV 27

Subtensões podem ocorrer no sistema de potência durante falhas ou condições anormais. É


aplicável em todas as situações, onde a detecção confiável de baixas tensões de fase é ne-
cessária. Ele também é usado como uma função de supervisão e detecção de falhas para
outras funções de proteção, para aumentar a segurança de um sistema de proteção completo.
A proteção de subtensão é aplicada aos elementos do sistema de potência, como geradores,
transformadores, motores e linhas de energia, a fim de detectar condições de baixa tensão.
As condições de baixa tensão são causadas por operação anormal ou falha no sistema de
energia. A proteção de subtensão é usada em combinação com proteções de sobrecorrente,
como restrição ou em “portas” lógicas dos sinais de disparo emitidos pelas duas funções.
Outras aplicações são a detecção de condição “sem tensão”, por exemplo, antes da energi-
zação de uma linha HV ou para disparo automático do disjuntor no caso de um blecaute. Ele
também é usado para iniciar medidas de correção de tensão, como a inserção de bancos de
capacitores em derivação para compensar a carga reativa e, assim, aumentar a tensão. A
função possui alta precisão de medição e ajuste de histerese para permitir que as aplicações
controlem a carga reativa.
A proteção de subtensão é usada para desconectar equipamentos, como motores elétricos,
que serão danificados quando sujeitos a serviço sob condições de baixa tensão. A proteção
de subtensão trata das condições de baixa tensão na frequência do sistema de potência, o
que pode ser causado pelos seguintes motivos:
1. Mau funcionamento de um regulador de tensão ou configurações erradas sob controle
manual (a tensão simétrica diminui).
2. Sobrecarga (tensão simétrica diminui).
3. Curto-circuito, muitas vezes como faltas fase-terra (queda de tensão assimétrica).
A proteção de subtensão impede que o equipamento sensível funcione sob condições que
possam causar seu superaquecimento e, assim, encurtar sua expectativa de vida útil. Em
muitos casos, é uma função útil em circuitos para processos de automação locais ou remotos
no sistema de energia.

Nota

Essa é uma função sistêmica. Na ausência de informações complementares definidas através de


estudos realizados pelo ON.S ou Agente de Transmissão responsável, normalmente contidas nos
estudos pré-operacionais, sugerimos que a função permaneça desabilitada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 120/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.4.2.1 UV2PTUV – General

GlobalBaseSel

Seleção de um dos grupos de valor base global.


Ubase: Base de tensão fase a fase em kV primário do TP da Linha.
UBase = 230 kV → GlobalBaseSel = 1

ConnType
Define se a medição será um valor fundamental fase-terra, valor fundamental fase-a-fase,
valor RMS fase-terra ou valor RMS fase-a-fase.
A função funcionará se a tensão ficar abaixo da porcentagem definida de Ubase.
Quando o ConnType é definido como PhN DFT ou PhN RMS, o IED divide automaticamente
o valor definido para Ubase por √3. O Ubase é usado quando o ConnType é definido como
PhPh DFT ou PhPh RMS. Portanto, defina sempre o Ubase como a tensão primária fase a
fase nominal do objeto protegido.
• PhN – medição de fase neutro;
• PhPh – medição entre fases;
• DFT – medição apenas do componente fundamental;
• RMS – medida do componente fundamental mais seus respectivos harmônicos;
Operação para tensão fase-terra:
𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒
𝑈 < (%) ×
√3
Quando a medição de tensão fase-terra é selecionada, a função introduz automaticamente a
divisão do valor base pela raiz quadrada de três.
• Operação para tensão fase-fase sob:
Neste caso, este parâmetro é definido como PhN DFT.
ConnType = PhN DFT

3.4.2.2 UV2PTUV – Setting Group

Operation
O modo de operação pode ser definido como ativado (On) ou (Off) desativado. A configuração
Off desativa a função inteira.
Essa função permanece desabilitada.
Operation = Off

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 121/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.5 SECONDARY SYSTEM SUPERVISION

3.5.1 Fuse failure supervision FUFSPVC

O objetivo da função de supervisão de falha de fusível é bloquear as funções de medição de


tensão contra falhas nos circuitos secundários entre o transformador de tensão e o IED, a fim
de evitar operações indevidas que poderiam ocorrer. Pode acontecer.
A função de monitoramento de falha de fusível possui basicamente três métodos de detecção
diferentes: detecção baseada em sequência negativa e sequência zero, detecção adicional
de mudança de tensão e mudança de corrente.
O algoritmo de detecção de sequência negativa é recomendado para os IEDs que são usados
em redes de neutro isolado ou aterramento de alta impedância. É baseado na medição de
grandezas de sequência negativa.
A detecção de sequência zero é recomendada para IEDs usados em redes de solidamente
aterrados ou de baixa impedância. É baseado na medição de grandezas de sequência zero.
A seleção de diferentes modos de operação é possível por meio de um parâmetro de ajuste,
a fim de levar em consideração a conexão de terra específica da rede.
Um critério baseado em medições de mudanças de corrente e mudanças de tensão pode ser
adicionado à função de monitoramento de falha de fusível para detectar uma falha de fusível
trifásica, que, em termos práticos, está mais associada à comutação do transformador de
tensão durante manobras na subestação.
As tensões e correntes de sequência zero e de sequência negativa existem sempre devido a
diferentes assimetrias no sistema primário e a diferenças nos transformadores de medição de
corrente e tensão. O valor mínimo para a operação dos elementos de medição de corrente e
tensão deve sempre ser ajustado com uma margem de segurança de 10 a 20%, dependendo
das condições de operação do sistema.
A função sequência zero e a sequência negativa medem continuamente as correntes e ten-
sões nas três fases e calcula as seguintes grandezas (veja a Figura 38):
• A tensão de sequência zero 3U0;
• A corrente de sequência zero 3I0;
• A corrente de sequência negativa 3I2;
• A tensão de sequência negativa 3U2;
Os sinais medidos são comparados com os respectivos valores ajustados 3U0> e 3I0<, 3U2>
e 3I2<.
A função ativa o sinal interno FuseFailDetZeroSeq se a tensão de sequência zero medida for
maior que o valor de ajuste 3U0> e a corrente de sequência zero medida estiver abaixo do
valor ajustado 3I0<.
A função ativa o sinal interno FuseFailDetNegSeq se a tensão de sequência negativa medida
for maior que o valor de ajuste 3U2> e a corrente de sequência negativa medida estiver abaixo
do valor de ajuste 3I2<.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 122/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Um atraso de queda, ou seja, o drop-out de 100ms para a corrente medida de sequência zero
e sequência negativa evita uma detecção falsa da falha do fusível no caso de uma abertura
desigual do disjuntor em ambas as extremidades da linha.

Figura 38 – Diagrama lógico simplificado - detecção de componentes de sequência

3.5.1.1 Ajustes gerais

GlobalBaseSel
É usado para selecionar uma função GBASVAL como referência de valores básicos.
A corrente nominal do TC e a tensão nominal da linha são utilizadas como valores de base.
𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙1 = 1

Operation

Parâmetro que habilita essa função de proteção.


𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝑂𝑛

OpMode

Parâmetro que define o modo de detecção de uma condição de falha dos sinais de tensão
secundária.
• Off – A função de sequência negativa e sequência zero são desativadas.
• UnsINs – A sequência negativa é selecionada.
• UzsIZs – A sequência zero é selecionada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 123/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
• UzsIZs OR UnsINs – A sequência negativa e a sequência zero são ativadas e operam
em paralelo (condição OR para a operação).
• UzsIZs AND UnsINs – A sequência negativa e a sequência zero são ativadas e ope-
ram em série (condição AND para a operação).
• OptimZsNs – Nível ótimo da corrente de sequência negativa e sequência zero (a fun-
ção com a magnitude mais alta da corrente da sequência positiva e a sequência ne-
gativa medida é ativada).
Todos os transformadores são solidamente conectados à terra no lado de alta tensão da su-
bestação e das subestações adjacentes, então a melhor maneira de detectar uma possível
falha de fusível é medindo os componentes de corrente e tensão de sequência zero. A opção
“UzsIZs” é escolhida.
𝑂𝑝𝑀𝑜𝑑𝑒 = 𝑈𝑍𝑠𝐼𝑍𝑠

3.5.1.2 Baseado em sequência zero

3U0>
Nível de operação do elemento de sobretensão residual em% do Ubase.
Um valor de 30% é considerado adequado para detectar uma falha do circuito de tensão se-
cundária, através da medição dos componentes de sequência zero da tensão.
(3𝑈0 >) = 30%𝑈𝐵

3I0 <
Nível de operação do elemento de sobrecorrente residual em% de Ibase.
Um valor de 10% é considerado adequado para detectar uma falha do circuito de tensão se-
cundária, através da medição dos componentes de sequência zero da corrente.
(3𝐼0 <) = 10%𝐼𝐵

3.5.1.3 Baseado em sequência negativa

3U2>
Nível operacional do elemento de sobretensão de sequência negativa em% de Ubase.
Um valor de 30% é considerado adequado para detectar uma falha do circuito de tensão se-
cundária, através da medição dos componentes da sequência de tensão negativa.
(3𝑈2 >) = 30%𝑈𝐵

3I2 <
Nível de operação do elemento de sobrecorrente de sequência negativa em% do Ibase.
Um valor de 10% é considerado adequado para detectar uma falha no circuito de tensão se-
cundária, medindo os componentes da sequência negativa da corrente.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 124/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
(3𝐼2 <) = 10%𝐼𝐵

3.5.1.4 Delta U and delta I

OpDUDI

Operação de função baseada na alteração Off / On.


A configuração DU> deve ser definida para um valor alto (aproximadamente 60% do Ubase)
e o limite atual DI <para um valor baixo (aproximadamente 10% do Ibase) para evitar operação
indesejada devido a condições normais de comutação na rede. A função de detecção de mu-
dança de corrente e a função de detecção de alteração de tensão devem sempre ser usadas
em conjunto com o algoritmo de sequência negativa ou de sequência zero.
𝑂𝑝𝐷𝑈𝐷𝐼 = 𝑂𝑛

DU>
Nível de operação de mudança na tensão de fase em% de Ubase.
𝐷𝑈 >= 60%𝑈𝐵

DI<
Altere o nível de operação na corrente de fase em% do Ibase.
𝐷𝐼 <= 10%𝑈𝐵

Uph>

Nível de operação da tensão da fase em% do Ubase.


O limite de tensão Uph> é usado para identificar condições de baixa tensão no sistema. Ajuste
Uph> abaixo da tensão mínima de operação que pode ocorrer durante condições de emer-
gência. Recomenda-se um ajuste de aproximadamente 70% do Ubase.
𝑈𝑃ℎ >= 70%𝑈𝐵

Iph>
Nível de operação da corrente de fase em% do Ibase.
O limite de corrente Iph> deve ser ajustado abaixo de IminOp para a função de proteção de
distância. Um valor menor que 5 ... 10% é recomendado.
𝐼𝑃ℎ >= 5%

SealIn

Funcionalidade de selo Off / On.


Se a situação de falha do fusível estiver presente por mais de 5 segundos e o parâmetro de
ajuste SealIn estiver definido como On, ele será selado enquanto pelo menos uma tensão de

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 125/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
fase estiver abaixo do valor ajustado UsealIn<. Isso manterá os sinais BLKU e BLKZ ativados
enquanto qualquer tensão de fase estiver abaixo do valor definido UsealIn<. Se todas as três
tensões de fase caírem abaixo do valor ajustado UsealIn< e o parâmetro de ajuste SealIn for
ajustado para On, o sinal de saída 3PH também será ativado. Os sinais 3PH, BLKU e BLKZ
agora estarão ativos enquanto qualquer tensão de fase estiver abaixo do valor definido Use-
alIn<
Se SealIn estiver configurado para On, a condição de falha do fusível com duração maior que
5 segundos será armazenada na memória não volátil no IED. Quando o IED é ligado nova-
mente (devido a interrupção de energia auxiliar ou reinício devido a alteração de configura-
ção), utiliza o valor armazenado na sua memória não volátil e restabelece as condições que
estavam presentes antes do desligamento do relé. Todas as tensões de fase devem ser res-
tauradas acima de UsealIn< antes que a falha do fusível seja desativada e reseta os sinais
BLKU, BLKZ e 3PH.
𝑆𝑒𝑎𝑙𝐼𝑛 = 𝑂𝑛

UsealIn<

Nível de operação do selo de tensão de fase em% do Ubase.


O limite de tensão UsealIn< é usado para identificar condições de baixa tensão no sistema.
Ajuste UsealIn< abaixo da tensão operacional mínima que pode ocorrer durante condições de
emergência.
Tensão mínima do sistema → 0.90 p.u
Propomos um ajuste de aproximadamente 70% do Ubase.
𝑈𝑆𝑒𝑎𝑙𝐼𝑛 <= 70%𝑈𝐵

3.5.1.5 Delta line detection

A condição para a operação da detecção de linha morta é definida pelos parâmetros IDLD<
para o limite de corrente e UDLD< para o limite de tensão.
A Figura 39 mostra um diagrama simplificado para funcionalidade. Uma condição de fase
inativa é indicada se tanto a tensão quanto a corrente em uma fase estiverem abaixo de seus
respectivos valores de ajuste UDLD< e IDLD<. Se pelo menos uma fase for considerada ina-
tiva, a saída DLD1PH e o sinal interno DeadLineDet1Ph serão ativados. Se as três fases forem
consideradas inativas, a saída DLD3PH será ativada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 126/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 39 – Diagrama lógico simplificado para a parte de detecção de linha inativa

IDLD<
Nível de operação para detecção de corrente de fase aberta em% do Ibase.
Ajusta-se o IDLD< com uma margem suficiente abaixo da corrente de carga mínima esperada.
Recomenda-se uma margem de segurança de pelo menos 15-20%.
O menor valor da corrente de carga considerado é menor que o valor de capacidade de longa
duração da linha:
Portanto:
Imenor-carga = Kmenor-carga x Ilonga-duração
Imenor-carga = 40% x 528
Imenor-carga = 264 [A]
O valor da corrente de detecção de linha morta deve obedecer à seguinte inequação:
(IDLD<) ≤ 20% x Imenor-carga
(IDLD<) ≤ 20% x 264
(IDLD<) ≤ 52.8 [A]
Portanto o pick-up escolhido é:
Ipick-up = 50 [A]
Em termos da corrente de base:
Ibase = 1200 [A]
Ipick-up 50
(IDLD<) = x 100 → (IDLD<) = x 100 → (IDLD<) = 5%
IBase 1200
Valor aumentado para 5%.

UDLD<

Nível de operação para detecção de tensão de fase aberta em% de Ubase.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 127/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Ajusta-se UDLD< com uma margem suficiente abaixo da tensão operacional mínima espe-
rada. Recomenda-se uma margem de segurança de pelo menos 15%.
Tensão mínima do sistema → 0.95 p.u
Portanto:
Ulinha morta ≤ 85% x ( Ubase x 0.95 )
Ulinha morta ≤ 85% x ( 230 x 0.95 )
Ulinha morta ≤ 186 [kV]
Em termos da tensão de base:
Ulinha morta 186
(UDLD<) = x 100 → (UDLD<) = x 100 → (UDLD<) = 80%
Ubase 230

Ajusta-se em 70% da tensão nominal.


𝑈𝐷𝐿𝐷 <= 70%𝑈𝐵

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 128/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.6 CONTROL

3.6.1 Autorecloser for 1 phase, 2 phases and/or 3 phase operation (SMBRREC, 79)

Aplicação
O religamento automático é um método bem estabelecido para a restauração do serviço em
um sistema de energia após uma falta transitória na linha. A maioria das falhas nas linhas são
flashovers, que são transitórios por natureza. Quando a linha de transmissão é desligada pela
operação de proteção de linha e disjuntores, o arco deioniza e recupera sua capacidade de
suportar tensão em uma taxa um pouco variável. Assim, um certo tempo morto com uma linha
desenergizada é necessário. A linha de transmissão pode então ser restabelecida pelo religa-
mento automático dos disjuntores de linha. O tempo morto selecionado deve ser longo o su-
ficiente para garantir uma alta probabilidade de desionização do arco e um religamento bem-
sucedido.
Para disjuntores de linha individuais, equipamento de religamento automático, o tempo morto
necessário do disjuntor é usado para determinar o ajuste do valor de “tempo morto”. Quando
ocorre disparo simultâneo e religamento nas duas extremidades da linha, o tempo morto da
linha é aproximadamente igual ao “tempo morto” do religamento automático. Se o tempo
morto de religamento automático e o “tempo morto” da linha diferirem, a linha será energizada
até que os disjuntores em ambas as extremidades tenham sido abertos.

Figura 40 – Tentativa de um religamento em uma falta permanente

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 129/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Trip monofásico e religamento automático monofásico é uma forma de limitar o efeito de faltas
monofásicas na operação do sistema de potência. Especialmente em níveis de tensão mais
altos, a maioria das falhas é do tipo monofásico (em torno de 90%). Para manter a estabilidade
do sistema em sistemas de potência com malha limitada ou sistemas em paralelo, o religa-
mento automático monofásico tem um valor particular. Durante o tempo morto monofásico, o
sistema ainda é capaz de transmitir carga nas duas fases saudáveis e o sistema ainda está
sincronizado. Isso requer que cada polo do disjuntor possa ser operado individualmente, o
que geralmente é o caso de tensões de transmissão mais altas.
Um tempo morto um pouco mais longo pode ser necessário para o religamento monofásico
em comparação com o religamento trifásico de alta velocidade. Isto é devido à influência no
arco de falta da tensão e da corrente nas fases sem falha.
Para maximizar a disponibilidade do sistema de potência, é possível escolher disparo mono-
fásico e religamento automático durante faltas monofásicas e trip trifásico e religamento auto-
mático durante faltas multifásicas. O religamento automático trifásico pode ser realizado com
ou sem o uso de synchrocheck.
Durante o tempo morto monofásico, há uma equivalente de falta –“série” no sistema, resul-
tando em um fluxo de corrente de sequência zero. É então necessário coordenar as proteções
de corrente residual (proteção de falta à terra) com o disparo monofásico e a função de reli-
gamento automático. Atenção também deve ser dada à “discordância dos polos” que surge
quando os disjuntores são fornecidos com dispositivos operacionais monofásicos. Esses dis-
juntores precisam de proteção contra discordância de polos. Eles devem ser coordenados
com o religamento automático monofásico e bloqueados durante o tempo morto quando
ocorre uma discordância normal. Alternativamente, eles devem usar um tempo de trip maior
que o tempo morto monofásico definido.
Para os disjuntores individuais de linha e equipamentos de religamento automático, a expres-
são de tempo morto de religamento automático é usada. Este é o ajuste do tempo morto para
o religamento automático. Durante o trip simultâneo e religamento nas duas extremidades da
linha, o tempo morto de religamento automático é aproximadamente igual ao tempo morto da
linha. Caso contrário, esses dois tempos podem diferir, pois uma extremidade da linha pode
ter um trip mais lento do que a outra, o que significa que a linha não estará morta até que
ambas as extremidades tenham sido abertas.
É comum usar uma função de religamento automático por disjuntor de linha (CB). Quando um
CB por linha é usado, então existe um religamento automático por terminal de linha. Se os
religadores automáticos estiverem incluídos na proteção de linha duplicada, o que significa
dois religadores automáticos por disjuntor, deve-se tomar medidas para evitar comandos de
religamento descoordenados. Em disjuntores de arranjos 1 ½ disjuntor, disjuntor duplo e bar-
ramento em anel, dois disjuntores por terminal de linha são operados. Um religamento auto-
mático por disjuntor é recomendado. Dispostos de tal forma, que o religamento sequencial
dos dois disjuntores pode ser organizado com um circuito de prioridade disponível no religa-
mento automático. No caso de uma falha permanente e de um religamento sem sucesso do
primeiro disjuntor, o religamento do segundo disjuntor é cancelado e o stress no sistema de
potência é limitada.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 130/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Nota

Essa é uma função que depende do estudo que avalia as características sistêmicas da região de
interesse. Na ausência de informações complementares definidas através de estudos pré-operacio-
nais sugere-se os préajustes conforme descritos abaixo.

3.6.1.1 General – SMBRREC (79)

Operation
A operação do religamento automático pode ser ativada ou desativada.
𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝑂𝑛

ExternalCtrl
Este ajuste torna possível ligar ou desligar o religamento automático usando uma chave ex-
terno via IO ou portas de comunicação.
Lógicas de habilitar e desabilitar essa função é aplicado, portanto esse parâmetro é ajustado
em On (ativado).
𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑙𝐶𝑡𝑟𝑙 = 𝑂𝑛

ARMode
Existem seis possibilidades diferentes na seleção de religamento automático. O tipo de reli-
gamento automático usado para diferentes tipos de falhas depende da configuração do sis-
tema de energia e das práticas e preferências dos usuários. Quando o disjuntor tiver somente
uma operação trifásica, então o religamento automático trifásico deve ser escolhido. Esse é
geralmente o caso nas linhas de subtransmissão e distribuição. Trip trifásico e religamento
para todos os tipos de falhas também é amplamente aceito em sistemas de energia comple-
tamente em malha. Em sistemas de transmissão com poucos circuitos paralelos, o religa-
mento monofásico para faltas monofásicas é uma alternativa atraente para manter a estabili-
dade do serviço e do sistema.
Como alternativa à configuração, o modo pode ser selecionado conectando um inteiro, por
exemplo, do bloco de funções B16I, à entrada MODEINT. Os seis modos possíveis são des-
critos na Tabela 39 abaixo com seu valor inteiro MODEINT correspondente.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 131/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Tabela 39 – Configurações de "ARMode" ou entradas inteiras para "MODEINT"
MODEINT (Integer) ARMode 1st shot 2nd - 5th shot
Tipo de falta
(Número inteiro) (Modo do religamento) (1ºtentativa) (2º a 5º tentativas)
1ph 3ph 3ph
1 3ph 2ph 3ph 3ph
3ph 3ph 3ph
1ph 1ph 3ph
2 1/2/3ph 2ph 2ph 3ph
3ph 3ph 3ph
1ph 1ph 3ph
3 1/2ph 2ph 2ph 3ph
3ph - -
1ph 1ph 3ph
4 1ph+1x2ph 2ph 2ph -
3ph - -
1ph 1ph 3ph
5 1/2ph+1x3ph 2ph 2ph 3ph
3ph 3ph –
1ph 1ph 3ph
6 1ph+1x2/3ph 2ph 2ph -
3ph 3ph -
Para esta aplicação o pré-ajuste do modo religamento deve permitir o religamento monopolar
e tripolar.
𝐴𝑅𝑀𝑜𝑑𝑒 = 1/2/3𝑝ℎ

AutoCont
Continuação automática para a próxima tentativa se o disjuntor não estiver fechado dentro do
tempo definido de tAutoContWait.
O ajuste normal é AutoContinue = Off.
𝐴𝑢𝑡𝑜𝐶𝑜𝑛𝑡 = 𝑂𝑓𝑓

tAutoContWait

Este é o tempo que o religamento automático espera para ver se o disjuntor está fechado
quando AutoContinue está definido como On.
Normalmente, a configuração de tAutoContWait pode ser de 2 seg.
𝑡𝐴𝑢𝑡𝑜𝐶𝑜𝑛𝑡𝑊𝑎𝑖𝑡 = 2𝑠

StartByCBOpen
O ajuste normal desligado (Off) é usado quando a função é iniciada por sinais de trip de pro-
teção. Se ajustado não (No) a partida de religamento automático é controlado por um contato
auxiliar do disjuntor.

Se StartByCBOpen for usado, A posição do disjuntor aberto deve ser conectada


à entrada START.

Para essa aplicação a partido do religamento é através de trips portanto esse ajuste é mantido
em Off.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 132/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
𝑆𝑡𝑎𝑟𝑡𝐵𝑦𝐶𝐵𝑂𝑝𝑒𝑛 = 𝑂𝑓𝑓

LongStartInhib

Geralmente, o comando de trip de proteção, usado como um sinal de partida de religamento


automático, é resetado rapidamente quando a falha é eliminada. Um comando de trip prolon-
gado pode depender de um disjuntor que não consiga eliminar a falha. Um sinal de disparo
de proteção presente quando o disjuntor é religado resultará em um novo desarme. O usuário
pode definir um tempo máximo de duração do pulso de partida tLongStartInh. Este tempo de
duração de pulso de partida é controlado pelo ajuste LongStartInhib. Quando o sinal de dura-
ção do pulso de partida é maior do que a duração máxima do pulso de partida definido, a
sequência de religamento automático interrompe da mesma maneira que um sinal para a en-
trada INHIBIT.
Este ajuste é mantido no valor default.
𝐿𝑜𝑛𝑔𝑆𝑡𝑎𝑟𝑡𝐼𝑛ℎ𝑖𝑏 = 𝑂𝑛

tLongStartInh
O usuário pode definir um tempo máximo de duração do pulso de partida tLongStartInh. Em
um tempo definido um pouco mais longo do que o tempo morto de religamento automático,
esse recurso não influenciará o religamento automático. Uma configuração típica de
tLongStartInh pode estar próxima do tempo morto de religamento automático.
No pré-ajuste o tempo morto do religamento trifásico é ajustado em 6 segundos, portanto o
parâmetro tLongStartInh é ajustado em 5 s.
𝑡𝐿𝑜𝑛𝑔𝑆𝑡𝑎𝑟𝑡𝐼𝑛ℎ = 5𝑠

tInhibit
Para garantir a interrupção confiável e o bloqueio temporário do religamento automático, é
usado um tempo de retardo de tInhibit. O religamento automático será bloqueado desta vez
após a desativação da entrada INHIBIT.
Um atraso típico de reset é de 5,0 s.
𝑡𝐼𝑛ℎ𝑖𝑏𝑖𝑡 = 5𝑠

ZoneSeqCoord
A entrada ZONESTEP é utilizada quando é necessária a coordenação entre os religadores
automáticos locais e os religadores automáticos a jusante. Quando está entrada é ativada, o
religamento automático aumenta seu número de disparos em um e entra no status “recuperar
tempo ou reclaim time”. Se uma partida for recebida durante este tempo de recuperação, o
religamento automático continuará como de costume, mas com o tempo morto para o au-
mento do número de disparos. Cada novo aumento do número de tentativas precisa de uma
nova ativação da entrada ZONESTEP. O ajuste NoOfShots limita, claro, a possibilidade de
aumentar o número de tentativas. Essa funcionalidade é controlada pelo ajuste ZoneSeqCo-
ord.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 133/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Este recurso é mantido em Off.
𝑍𝑜𝑛𝑒𝑆𝑒𝑞𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑 = 𝑂𝑓𝑓

3.6.1.2 CircuitBreaker settings – SMBRREC (79)

CBReadyType
A seleção depende do tipo de desempenho disjuntor. Ao definir OCO (disjuntor pronto para
um ciclo Abrir - Fechar - Abrir), a condição é verificada apenas no início do ciclo de religamento
automático. O sinal desaparece após o disparo, mas o disjuntor ainda pode executar a se-
quência fechar-abrir (C-O). Para a seleção de CO (disjuntor preparado para um ciclo de fe-
char-abrir), a condição também é verificada após o tempo de banda morta (dead time) ajus-
tado do religamento automático. Essa seleção é importante, especialmente durante o religa-
mento de várias tentativas, para garantir que o disjuntor esteja pronto para uma sequência de
C-O na tentativa 2 e nas tentativas subsequentes. Durante o religamento de uma tentativa, a
opção OCO pode ser usada. Dependendo do seu ciclo de serviço, o disjuntor deve sempre
ter energia armazenada para a operação do CO após a primeira tentativa. (o ciclo de trabalho
de acordo com a IEC 56 é O-0.3 s CO-3min CO).
Para essa aplicação é escolhido a opção OCO,
𝐶𝐵𝑅𝑒𝑎𝑑𝑦𝑇𝑦𝑝𝑒 = 𝑂𝐶𝑂

Follow CB
A seleção depende do tipo de operação disponível para a engrenagem do disjuntor.
A configuração usual é Follow CB = Off. A configuração On pode ser usada para o religamento
com atraso longo para cobrir o caso em que um disjuntor é fechado manualmente durante o
"tempo de abertura de religamento automático" antes que a função de religamento automático
tenha emitido o comando de fechamento do disjuntor.
Para essa aplicação é escolhido a opção Off.
𝐹𝑜𝑙𝑙𝑜𝑤 𝐶𝐵 = 𝑂𝑓𝑓

UnsucClByCBChk
O ajuste normal é NoCBCheck. O evento "falha de religamento automático" é decidido por um
novo disparo dentro do tempo de recuperação após a última tentativa de religamento. Se você
deseja obter o sinal UNSUCCL (religamento sem sucesso) no caso de o disjuntor não respon-
der ao comando de religar, CLOSECB, pode-se definir UnsucClByCBCheck = CB Check e
definir tUnsucCl como, por exemplo, 1.0 s.
Para essa aplicação a posição do disjuntor é verificada para efetivar o sucesso do religamento,
portanto ajuste em CB check.
𝑈𝑛𝑠𝑢𝑐𝐶𝑙𝐵𝑦𝐶𝐵𝐶ℎ𝑘 = 𝐶𝐵 𝑐ℎ𝑒𝑐𝑘

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 134/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BlockByUnsucCl
Definir se uma tentativa de religamento automático sem sucesso deve bloquear o religamento
automático em status bloqueado. Se usada, a entrada BLKOFF deve ser configurada para
desbloquear a função após uma tentativa de religamento automático sem êxito.
A configuração está desligada.
𝐵𝑙𝑜𝑐𝑘𝐵𝑦𝑈𝑛𝑠𝑢𝑐𝐶𝑙 = 𝑂𝑓𝑓

CutPulse

Nos disjuntores sem relés anti-pumping, a configuração CutPulse = On pode ser usada para
evitar operações de fechamento repetidas ao religar em uma falha. Uma nova partida cortará
o pulso em andamento.
Para disjuntores com sistema anti-pumping, esse parâmetro permanece desabilitado.
𝐶𝑢𝑡𝑃𝑢𝑙𝑠𝑒 = 𝑂𝑓𝑓

tPulse
O pulso deve ser longo o suficiente para garantir a operação confiável do disjuntor. Um ajuste
de pulso mais longo pode facilitar a indicação dinâmica durante o teste, por exemplo, no modo
"Debug" da ferramenta de configuração da aplicação (ACT). Em disjuntores sem relés anti-
pumping, o ajuste CutPulse = On pode ser usada para evitar a operação de fechamento re-
petida durante o religamento por falha. Portanto, uma nova partida interromperá o pulso atual.
Um ajuste típico pode ser 200 ms.
𝑡𝑃𝑢𝑙𝑠𝑒 = 0,200 𝑠

tReclaim
O tempo de recuperação ajusta o tempo para restaurar a função ao seu estado original, após
o qual uma falha na linha e o trip são tratadas como um caso novo e independente com um
novo ciclo de religamento. Um ciclo de trabalho nominal do disjuntor, por exemplo, O-0.3 s
CO-3 min-CO poderia ser considerado. No entanto, o tempo de recuperação de 3 minutos
(180 s) geralmente não é crítico, uma vez que os níveis de falhas são em sua maioria inferiores
ao valor nominal e o risco de uma nova falha dentro de um curto período é insignificante.
Quando um comando de fechamento do disjuntor é emitido, a saída é estabelecida para pre-
parar o trip trifásico. Quando um comando de religamento de disjuntor é emitido, um tempori-
zador de "recuperação" tReclaim é iniciado. Se nenhum disparo ocorrer durante esse tempo,
a função de religamento automático é redefinida para o estado "Pronto (Ready)" e o sinal
ACTIVE é reinicializado. Se a primeira tentativa de religamento falhar, um disparo trifásico é
iniciado e o religamento trifásico pode ocorrer se selecionado.
Um tempo típico pode ser tReclaim = 60 ou 180 s, dependendo do nível de falha e do ciclo de
trabalho do disjuntor.Para esta aplicação o tempo de recuperação é ajustado em 180 s.
𝑡𝑅𝑒𝑐𝑙𝑎𝑖𝑚 = 180 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 135/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tSync
Tempo máximo de espera para que as condições de verificação de sincronismo sejam cum-
pridas. A janela de tempo deve ser coordenada com o tempo de operação e outras configu-
rações da função synchrocheck. Também deve ser dada atenção à possibilidade de uma os-
cilação de potência ao religar após uma falha na linha. Um tempo muito curto pode impedir
um religamento automático potencialmente bem-sucedido.
Para esta aplicação o tempo de sincronismo é ajustado no valor default de 30 s.
𝑡𝑆𝑦𝑛𝑐 = 30𝑠

tCBClosedMin
Se o disjuntor não tiver sido fechado por pelo menos esse tempo mínimo, a partida do religa-
mento não será aceito.
Uma configuração típica é de 5,0 s.
𝑡𝐶𝐵𝐶𝑙𝑜𝑠𝑒𝑑𝑀𝑖𝑛 = 5 𝑠

tSuccessful
Se o comando de fechamento do disjuntor for dado e o disjuntor for fechado dentro do intervalo
de tempo definido tUnsucCl, a saída do SUCCL será ativada após o intervalo de tempo defi-
nido tSuccessful.
Ajuste com um tempo superior ao tempo de fechamento do disjuntor, portanto esse parâmetro
é mantido no valor default que é 1 segundo.
𝑡𝑆𝑢𝑐𝑐𝑒𝑠𝑠𝑓𝑢𝑙 = 1 𝑠

tUnsucCl
O timer de recuperação, tReclaim, é iniciado toda vez que um comando de religamento do
disjuntor é efetuado. Se nenhuma partida ocorrer dentro deste tempo, o religamento automá-
tico será resetado. Uma nova partida recebida dentro do “tempo de recuperação (reclaim
time)” entrará novamente o religamento automático para o status de “em andamento (In pro-
gress)”, desde que a tentativa final não seja atingida. O religamento automático será reinicia-
lizado e entrará no status “inativo (inactive)” se uma nova partida for dada durante o tempo
final de recuperação. Isso também acontecerá se o disjuntor não tiver fechado dentro do in-
tervalo de tempo definido no final do tempo de recuperação. Este último caso é controlado
definindo UnsucClByCBChk. A sequência de religamento automático é considerada sem su-
cesso para ambos os casos acima e a saída UNSUCCL é ativada.
Este parâmetro é mantido no valor default.
𝑡𝑈𝑛𝑠𝑢𝑐𝐶𝑙 = 30 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 136/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.6.1.3 DeadTime settings – SMBRREC (79)

NoOfShots

Em sistemas de transmissão uma tentativa de religamento é comumente utilizado. Na maioria


dos casos, um disparo de religamento automático é suficiente, pois a maioria das falhas de
arco cessará após o primeiro disparo de religamento automático. Em sistemas de potência
com muitos outros tipos de falhas causadas por outros fenômenos, por exemplo, vento, um
número maior de tentativas de religamento automático (shots) pode ser usado.
Para essa aplicação somente uma tentativa de religamento é efetuada.
𝑁𝑜𝑂𝑓𝑆ℎ𝑜𝑡𝑠 = 1

t1 1Ph, t1 2Ph, t1 3Ph

Existem ajustes de tempo morto separados para a primeira tentativa de religamento monopo-
lar, bipolar e tripolar.
Tempo morto de religamento automático monofásico: Uma configuração típica é t1 1Ph
= 800ms. Devido à influência de fases energizadas, a extinção do arco pode não ser instan-
tânea. Em linhas longas com alta tensão, o uso de reatores de derivação na forma de uma
estrela com um reator neutro melhora a extinção do arco.
Tempo morto de religamento automático trifásico: Fenômenos locais diferentes, como
umidade, sal, poluição, podem influenciar o tempo morto necessário. Alguns usuários aplicam
atrasos de tempo em 10 s ou mais.
Tempo de religamento monofásico automático: Um ajuste típico é t1 1Ph = 800 ms.
O tempo para os religamento bifásicos é mantido no valor default, pois a opção selecionada
de religamento escolhida nesse pré-ajuste é tripolar.
O pré-ajuste para o religamento tripolar é mantido no valor default de 10 segundos.
Monofásico Bifásico Trifásico
𝑡1 1𝑃ℎ = 0,800𝑠 𝑡1 2𝑃ℎ = 6𝑠 𝑡1 3𝑃ℎ = 10 𝑠

Extended t1
A extensão de tempo abaixo é controlada pela configuração Extended t1.
A aplicação de extensão de tempo morto não é utilizada nessa aplicação.
𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑑 𝑡1 = 𝑂𝑓𝑓

tExtended t1
Um atraso de extensão de tempo, tExtended t1, pode ser adicionado ao atraso de tempo
morto para a primeira tentativa. Destina-se a entrar em uso se o canal de comunicação da
teleproteção for perdido. O link de comunicação em um esquema de teleproteção de linha
(não estrito), por exemplo, um enlace de OPLAT (PLC), pode nem sempre estar disponível.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 137/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Se perdido, pode resultar em trip atrasado em uma extremidade de uma linha. Existe a possi-
bilidade de estender o tempo morto de religamento automático em tal caso pelo uso da en-
trada PLCLOST e pela configuração tExtended t1.
Caso a aplicação esteja habilita em Extended t1 seja habilitada, a configuração típica em tal
caso: Extended t1 = On e tExtended t1 = 0,8 s.
𝑡𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑑 𝑡1 = 0,800 s

t1 3PhHS
Há também um recurso de configuração de tempo separado para religamento automático tri-
fásico de alta velocidade, t1 3PhHS. Este religamento automático de alta velocidade é ativado
pela entrada STARTHS e é usado quando o religamento automático é feito sem a exigência
de condições de sincronização a serem atendidas.
Um tempo morto típico é de 400 ms.
𝑡1 3𝑃ℎ𝐻𝑆 = 400 𝑚𝑠

t2 3Ph, t3 3Ph, t4 3Ph, t5 3Ph


O retardo da tentativa de religamento 2 e possíveis tentativas subsequentes é geralmente
ajustado para 30 s ou mais. Deve ser verificado se o ciclo de serviço do disjuntor pode lidar
com a configuração selecionada. Em alguns casos, o ajuste pode ser restringido por regula-
mentações nacionais. Para várias tentativas, a configuração das tentativas 2 a 5 deve ser
maior que o tempo de ciclo da chave.
Estes parâmetros são mantidos no valor default, pois somente uma tentativa de religamento
é efetuada.
𝑡2 3𝑃ℎ, 𝑡3 3𝑃ℎ, 𝑡4 3𝑃ℎ, 𝑡5 3𝑃ℎ = 30𝑠

3.6.1.4 MasterSlave settings – SMBRREC (79)

Priority
Em aplicações de disjuntor único, define-se Prioridade (Priority) = Nenhuma (None). No reli-
gamento sequencial, o religamento automático para o primeiro disjuntor, e. próximo ao barra-
mento, é definido como mestre (High) e o religamento automático para o segundo disjuntor é
definido como escravo (Low).
A lógica de seleção de metre e escravo é aplicada por lógicas externas, portanto esse ajuste
é mantido em None.
𝑃𝑟𝑖𝑜𝑟𝑖𝑡𝑦 = 𝑁𝑜𝑛𝑒

tWaitForMaster
O escravo (Slave) deve considerar a duração do tempo de fechamento do disjuntor do mestre
(Master) antes de enviar o comando de fechamento do disjuntor. Uma configuração tWaitFor-
Master define um tempo máximo de espera para que a entrada WAIT seja resetada. Se o
tempo de espera expirar, o ciclo de religamento automático do escravo é inibido. O tempo
máximo de espera, tWaitForMaster para o segundo disjuntor, é ajustado para um valor maior

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 138/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
que o tempo morto de religamento automático, mais a margem para que as condições de
verificação de sincronismo sejam atendidas para o primeiro disjuntor.
Esse ajuste é irrelevante se o ajuste Priority estiver ajustado para None. Ajuste típico é de 2
segundos.
𝑡𝑊𝑎𝑖𝑡𝐹𝑜𝑟𝑀𝑎𝑠𝑡𝑒𝑟 = 2𝑠

tSlaveDeadTime
Ao ativar a entrada WAIT, no religamento automático definido como escravo, todo temporiza-
dor de tempo morto é alterado para o valor de ajuste tSlaveDeadTime e retém a operação de
religamento automático. Quando a entrada WAIT é reinicializada no momento de um religa-
mento bem-sucedido do primeiro disjuntor, o escravo é liberado para continuar a sequência
de religamento automático após o set tSlaveDeadTime. O motivo para encurtar o tempo, para
os dead timers normais com o valor de tSlaveDeadTime, é dar ao escravo permissão para
reagir quase imediatamente quando a entrada WAIT for resetada.
O tempo mínimo configurável para tSlaveDeadTime é de 0.1 s porque o mestre e o escravo
não devem enviar o comando de fechamento do disjuntor ao mesmo tempo. O valor default é
mantido para este parâmetro.
𝑡𝑆𝑙𝑎𝑣𝑒𝐷𝑒𝑎𝑑𝑇𝑖𝑚𝑒 = 0,4𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 139/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.6.2 Synchrocheck, energizing check, and synchronizing (SESRSYN, 25)

O objetivo principal da função de verificação de sincronismo (synchrocheck) é viabilizar fecha-


mento controlado dos disjuntores. A função synchrocheck mede as condições através do dis-
juntor e compara com os limites ajustados. A saída é dada somente quando todas as condi-
ções medidas estiverem simultaneamente dentro dos limites ajustados.
A função de verificação de energização (energizing check) mede as tensões da barra e da
linha e as compara com os limites máximo e mínimo. A saída é dada somente quando as
condições medidas são exatamente iguais as condições ajustadas.

3.6.2.1 Aplicação

Sincronização
Para permitir o fechamento dos disjuntores entre redes assíncronas, uma função de sincroni-
zação é incluída. O comando de fechamento do disjuntor é emitido no momento ideal quando
as condições no disjuntor são atendidas para evitar pressão na rede e seus componentes.
Os sistemas são definidos como assíncronos quando a diferença de frequência entre a barra
e a linha é maior que um parâmetro ajustável. Se a diferença de frequência for menor que
esse valor limite, é definido que o sistema tem um circuito paralelo e a função de verificação
de sincronismo é usada.
A função de sincronização mede a diferença entre U-Line e U-Bus. Ele funciona e habilita uma
ordem de fechamento para o disjuntor quando o ângulo de fechamento calculado é igual ao
ângulo de fase medido e, ao mesmo tempo, as seguintes condições são atendidas:
• As tensões U-Line e U-Bus são maiores que os valores ajustados para UHighBus-
Synch e UHighLineSynch das tensões base GblBaseSelBus e GblBaseSelLine.
• A diferença de tensão é menor que o valor ajustado de UDiffSynch.
• A diferença na frequência é menor que o valor definido de FreqDiffMax e maior que o
valor definido de FreqDiffMin. Se a frequência for menor que FreqDiffMin, a verificação
de sincronismo é usada e, portanto, o valor de FreqDiffMin deve ser idêntico ao valor
de FreqDiffM e FreqDiffA respectivamente, para a função de verificação de sincro-
nismo. As frequências de linha e de barramento também devem estar dentro de um
intervalo de +/- 5 Hz da frequência nominal. Quando a opção de sincronização também
é incluída para o religamento automático, não há razão para ter configurações de fre-
quência diferentes para religamento manual e automático, e os valores da diferença
de frequência para a verificação de sincronismo devem ser mantidos baixos.
• A derivada da frequência é menor que o valor definido para U-Bus e U-Line.
• O ângulo de fechamento é decidido pelo cálculo da frequência de escorregamento e o
tempo necessário antes do fechamento.
A função de sincronização compensa a frequência de escorregamento medida e o atraso de
fechamento do disjuntor. O avanço do ângulo de fase é calculado continuamente. O ângulo

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 140/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
de fechamento é a mudança de ângulo durante o tempo ajustado de funcionamento do fecha-
mento do disjuntor tBreaker.
A tensão de referência pode ser fase-neutro L1, L2, L3 ou fase-fase L1-L2, L2-L3, L3-L1 ou
sequência positiva (uma tensão trifásica é necessária, ou seja, UL1, UL2 e UL3). Ajustando
as fases usadas para SESRSYN com os ajustes SelPhaseBus1, SelPhaseBus2, SelPhase-
Line2 e SelPhaseLine2, é feita uma compensação automática para a diferença na amplitude
de tensão e diferença do ângulo de fase causada se diferentes valores de ajuste forem sele-
cionados em ambos os lados do disjuntor. Se necessário, um ajuste de ângulo adicional pode
ser feito para a tensão de linha selecionada com a configuração da PhaseShift.

Verificação de sincronismo
O principal objetivo da função de verificação de sincronismo é fornecer controle do fecha-
mento dos disjuntores nas redes elétricas, a fim de evitar o fechamento se as condições de
sincronismo não forem detectadas. Ele também é usado para impedir a reconexão de dois
sistemas que são divididos após o efeito de ilha e após um religamento tripolar.
O religamento automático monopolar não requer verificação de sincronismo, pois o
sistema está ligado por duas fases.

Verificação de energização
O principal objetivo da função de verificação de energização é facilitar a reconexão controlada
de linhas e barras desconectadas para linhas e barras energizadas.
A função de verificação de energização mede as tensões da barra e da linha e compara-as
com os valores limite alto e baixo. A saída é gerada somente quando as condições reais me-
didas corresponderem às condições ajustadas.

Terminal líder e seguidor

Estes ajustes devem ser confirmados após os ajustes operacionais elaborados pelo ONS.
• Líder: Rio Claro 2
• Seguidor: Rio Verde

Nota

Essa é uma função sistêmica, na ausência de informações complementares habilitaremos essa fun-
ção com as seguintes considerações e pré-ajustes para os terminais Líder e Seguidor, para o reli-
gamento automático.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 141/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.6.2.2 SESRSYN – General

GblBaseSelBus e GblBaseSelLine

Esses ajustes são usados para selecionar uma das doze funções GBASVAL a serem usadas
como a tensão de referência do valor base para o barramento e a linha, respectivamente.
𝐺𝑏𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙𝐵𝑢𝑠 𝑒 𝐺𝑏𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙𝐿𝑖𝑛𝑒 = 1

SelPhaseBus1 e SelPhaseBus2

Estes são os parâmetros de configuração para selecionar a fase de medição de tensão para
as barras 1 e 2, respectivamente, que podem ser uma tensão monofásica (fase-neutro), bifá-
sica (fase-fase) ou de sequência-positiva.
A fase B do TP é utilizada para no canal de tensão.
𝑆𝑒𝑙𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐵𝑢𝑠1 = 𝐿2
𝑆𝑒𝑙𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐵𝑢𝑠2 = 𝐿2

SelPhaseLine1 e SelPhaseLine2
Estes são os parâmetros de configuração para selecionar a fase de medição de tensão para
as linhas 1 e 2, respectivamente, que podem ser uma tensão monofásica (fase-neutro), bifá-
sica (fase-fase) ou de sequência-positiva.
A fase B do TP é utilizada para no canal de tensão.
𝑆𝑒𝑙𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐿𝑖𝑛𝑒1 = 𝐿2
𝑆𝑒𝑙𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐿𝑖𝑛𝑒2 = 𝐿2

CBConfig

Esse ajuste é usado para definir o tipo de seleção de tensão. O tipo de seleção de tensão
pode ser:
• Sem seleção de tensões, “No voltage sel”.
• Um disjuntor com duas barras, barramento duplo Double bus.
• Arranjo disjuntor e meio com disjuntor ligado à barra 1, 1 1/2 bus CB
• Arranjo disjuntor e meio com o disjuntor conectado ao barramento 2, 1 2/2 bus alt. CB.
• Arranjo disjuntor e meio com o disjuntor conectado à linha 1 e 2, Tie CB.
Essa é uma aplicação de Barra dupla, portanto o ajuste escolhido é Double bus.
𝐶𝐵𝐶𝑜𝑛𝑓𝑖𝑔 = 𝐷𝑜𝑢𝑏𝑙𝑒 𝑏𝑢𝑠.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 142/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
PhaseShift
Esse ajuste é usado para compensar uma mudança de fase causada por um transformador
de energia entre os dois pontos de medição para a tensão do barramento e a tensão da linha.
O valor ajustado é adicionado ao ângulo de fase da linha medida. A tensão da barra é a tensão
de referência.
Para essa aplicação não há transformador envolvido, portanto não há deve-se corrigir o ân-
gulo o qual permanece em 0º.
𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝑆ℎ𝑖𝑓𝑡 = 0 𝐷𝑒𝑔

3.6.2.3 SESRSYN – Setting Group

Operation

O modo de operação pode ser definido como ativado (On) ou (Off) desativado. A configuração
Off desativa a função inteira.
𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝑂𝑛

3.6.2.4 SESRSYN – Synchronizing – Setting Group

OperationSynch
O ajuste Off desativa a função de sincronização. Com a configuração On, a função está no
modo de serviço e o sinal de saída depende das condições de entrada.
Para aplicação de religamento automático esta função é desabilitada.
𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 𝑂𝑓𝑓

UHighBusSynch e UHighLineSynch

Os ajustes do nível de tensão são escolhidos em relação à tensão de barramento / linha da


rede. As tensões limites UHighBusSynch e UHighLineSynch devem ser definidas abaixo do
valor em que a rede deve sincronizar.
Um valor típico é 80% da tensão nominal.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐵𝑢𝑠𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 80%𝑈𝐵𝐵
𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐿𝑖𝑛𝑒𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 80%𝑈𝐵𝐿

UDiffSynch
É o ajuste da diferença de tensão entre a tensão de linha e a tensão de barramento.
A diferença é ajustada de acordo com a configuração da rede e as tensões esperadas quando
as duas redes operam de forma assíncrona.
Um ajuste normal é de 0,10-0,15 p.u.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 143/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
𝑈𝐷𝑖𝑓𝑓𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 0.15 𝑝𝑢

FreqDiffMin

O ajuste FreqDiffMin é a diferença de frequência mínima na qual os sistemas são definidos


como assíncronos. Para uma diferença de frequência menor que esse valor, os sistemas são
considerados paralelos. Em geral, o valor deve ser baixo se as funções de verificação de
sincronização e sincronização forem fornecidas, e é melhor deixar a função de sincronização
fechar porque fechará exatamente na instância correta se as redes trabalharem com uma
diferença de frequência.

Para evitar a sobreposição da função de verificação de sincronismo e sincronismo, o ajuste Fre-


qDiffMin deve ser configurada para um valor maior que o ajuste usado FreqDiffM, respectivamente
FreqDiffA, usada para a verificação de sincronismo.

Um valor típico para FreqDiffMin é 10 mHz.


Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝐹𝑟𝑒𝑞𝐷𝑖𝑓𝑓𝑀𝑖𝑛 = 0,010𝐻𝑧

FreqDiffMax
O ajuste FreqDiffMax é a frequência máxima de escorregamento na qual a sincronização é
aceita. 1 / FreqDiffMax mostra o tempo para o vetor se mover 360 graus, uma volta do sincro-
noscópio, e é chamado de "tempo de acerto ou beat time". Um valor típico para o ajuste Fre-
qDiffMax é 200-250 mHz, que gera tempos de acerto em 4-5 segundos. Valores mais altos
devem ser evitados, pois, em geral, as duas redes são reguladas na frequência nominal, in-
dependentemente uma da outra, sendo que a diferença de frequência é pequena.
Um valor típico para FreqDiffMax é 200 mHz.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝐹𝑟𝑒𝑞𝐷𝑖𝑓𝑓𝑀𝑎𝑥 = 0,200𝐻𝑧

FreqRateChange

É a derivada da frequência máxima permitida.


Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝐹𝑟𝑒𝑞𝑅𝑎𝑡𝑒𝐶ℎ𝑎𝑛𝑔𝑒 = 0,300 𝐻𝑧/𝑠

CloseAngleMax
O ajuste CloseAngleMax é o ângulo máximo de fechamento entre o barramento e a linha na
qual a sincronização é aceita. Para minimizar o estresse do momento ao sincronizar perto de
uma estação de geração, um limite mais estreito deve ser usado.
Um valor típico é de 15 graus.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝐶𝑙𝑜𝑠𝑒𝐴𝑛𝑔𝑙𝑒𝑀𝑎𝑥 = 15,0 𝐷𝑒𝑔

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 144/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 145/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tBreaker
O tBreaker deve ser o mesmo que o tempo de fechamento do disjuntor e deve incluir os pos-
síveis relés auxiliares no circuito de fechamento. É importante verificar que componentes ló-
gicos lentos não são utilizados na configuração do relé, pois pode haver grandes variações
no tempo de fechamento devido a esses componentes.
A configuração típica é de 80-150 ms, dependendo do tempo de fechamento do interruptor.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝑡𝐵𝑟𝑒𝑎𝑘𝑒𝑟 = 0,080 𝑠

tClosePulse
É a configuração para a duração do pulso de fechamento do interruptor.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝑡𝐶𝑙𝑜𝑠𝑒𝑃𝑢𝑙𝑠𝑒 = 0,200𝑠

tMaxSynch
O ajuste tMaxSynch é ajustado para redefinir a operação da função de sincronização se a
operação não ocorrer dentro desse período.
O parâmetro deve permitir o ajuste de FreqDiffMin, que decide quanto tempo levará o máximo
para atingir a igualdade de fase. Com o ajuste de 10 mHz, o tempo de acerto é de 100 segun-
dos e, portanto, a configuração deve ser pelo menos tMinSynch mais 100 segundos. Se as
frequências de rede são esperadas para estar fora dos limites desde o início, uma margem
deve ser adicionada.
Uma configuração típica é de 600 segundos.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝑡𝑀𝑎𝑥𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 600 𝑠

tMinSynch
O ajuste tMinSynch é ajustado para limitar o tempo mínimo no qual a tentativa de fechamento
de sincronização é feita. A função de sincronização não fornecerá uma ordem de fechamento
no referido período de tempo, a partir do momento em que a sincronização for iniciada, mesmo
se uma condição de sincronização for atendida.
O ajuste típico é de 2s.
Como o ajuste OperationSynch está em Off, este parâmetro é irrelevante.
𝑡𝑀𝑖𝑛𝑆𝑦𝑛𝑐ℎ = 2 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 146/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.6.2.5 SESRSYN – Synchrocheck – Setting Group

OperationSC

O ajuste OperationSC em Off desabilita a função de verificação de sincronismo e define as


saídas AUTOSYOK, MANSYOK, TSTAUTSY e TSTMANSY para um nível baixo. Com o
ajuste On, a função está no modo de serviço, ou seja, habilitada e o sinal de saída depende
das condições de entrada.
𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛𝑆𝐶 = 𝑂𝑛

UHighBusSC e UHighLineSC

Os ajustes do nível de tensão devem ser escolhidos em relação à tensão ou linha de barra-
mento da rede. As tensões de limite UHighBusSC e UHighLineSC devem ser definidas abaixo
do valor no qual o disjuntor deve ser fechado com a verificação de sincronismo.
Um valor típico pode ser 80% das tensões básicas.
𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐵𝑢𝑠𝑆𝐶 = 80%𝑈𝐵𝐵 𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐿𝑖𝑛𝑒𝑆𝐶 = 80%𝑈𝐵𝐿

UDiffSC

É o ajuste da diferença de tensão entre a linha e a barra em p.u. Este ajuste em p.u. é definido
como (U-Bus / GblBaseSelBus) - (U-Line / GblBaseSelLine).
Um ajuste típico é de 0,10-0,15 p.u.
𝑈𝐷𝑖𝑓𝑓𝑆𝐶 = 0,15 𝑝. 𝑢

FreqDiffM e FreqDiffA
Os ajustes de nível da diferença de frequência, FreqDiffM e FreqDiffA, devem ser escolhidos
de acordo com as condições da rede. Sob condições estáveis, um ajuste de diferença de
baixa frequência é necessário, onde o ajuste FreqDiffM é usada. Para religamento automático,
uma configuração de diferença de frequência mais alta é preferida, onde o ajuste FreqDiffA é
usada.
Um valor típico para FreqDiffM pode ser 10 mHz e um valor típico para FreqDiffA pode ser
100-200 mHz.
𝐹𝑟𝑒𝑞𝐷𝑖𝑓𝑓𝑀 = 0,010 𝐻𝑧 𝐹𝑟𝑒𝑞𝐷𝑖𝑓𝑓𝐴 = 0,100 𝐻𝑧

PhaseDiffM e PhaseDiffA
Os ajustes do nível de diferença do ângulo de fase, PhaseDiffM e PhaseDiffA, também devem
ser escolhidos de acordo com as condições da rede. O ajuste do ângulo de fase deve ser
escolhido para permitir o fechamento sob a condição de carga máxima. Um valor máximo
típico em redes com uma carga forte pode ser de 45 graus, enquanto na maioria das redes,
o ângulo máximo produzido é inferior a 25 graus. A configuração PhaseDiffM é uma limitação
para o ajuste PhaseDiffA. Flutuações ocorrem no limite de religamento automático de alta
velocidade PhaseDiffA.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 147/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Um valor típico para PhaseDiffM e PhaseDiffA é de 25 graus.
𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐷𝑖𝑓𝑓𝑀 = 25,0 𝐷𝑒𝑔 𝑃ℎ𝑎𝑠𝑒𝐷𝑖𝑓𝑓𝐴 = 25,0 𝐷𝑒𝑔

tSCM e tSCA
A finalidade dos ajustes de atraso dos temporizadores, tSCM e tSCA, é garantir que as con-
dições de verificação do sincronismo permaneçam constantes e que essa situação não seja
causada por interferência temporária. Se as condições não continuarem durante o tempo es-
pecificado, o temporizador de atraso será resetado e o procedimento será reiniciado quando
as condições forem atendidas novamente. Portanto, o fechamento do disjuntor não é permi-
tido até que a situação de verificação do sincronismo permaneça constante durante todo o
tempo do ajuste de atraso.
O fechamento manual geralmente é feito sob condições mais estáveis e uma configuração de
atraso de tempo mais longa é necessária, onde a configuração de tSCM é usada.
Durante o religamento automático, é preferível um ajuste de atraso de operação menor, onde
a configuração do tSCA é usada.
Um valor típico para tSCM pode ser de 1 segundo e um valor típico para tSCA pode ser de
0,1 segundo.
𝑡𝑆𝐶𝑀 = 1,00 𝑠 𝑡𝑆𝐶𝐴 = 0,100 𝑠

3.6.2.6 SESRSYN – Energizingcheck – Setting Group

AutoEnerg e ManEnerg

Dois ajustes diferentes podem ser usados para o fechamento automático e manual do disjun-
tor. Os ajustes para cada um deles são:
• Desligado (Off), a função de energização está desativada.
• DLLB, linha morta e barramento vivo, a tensão da linha é menor que o valor definido
de ULowLineEnerg e a tensão do barramento é maior que o valor de UHighBusEnerg.
• DBLL, barramento morto e linha viva, a tensão do barramento é menor que o valor
ajustado de ULowBusEnerg e a tensão da linha é maior que o valor de UHighLineE-
nerg.
• Ambos, a energização pode ser feita em ambas as direções, DLLB ou DBLL.
Para esta aplicação somente o AutoEnerg será utilizado para o religamento e o ajuste inicial
é Both.
𝐴𝑢𝑡𝑜𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 𝐵𝑜𝑡ℎ 𝑀𝑎𝑛𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 𝑂𝑓𝑓

ManEnergDBDL
Se o parâmetro estiver configurado como On, o fechamento manual também será ativado
quando a tensão de linha e a tensão de barramento forem menores que ULowLineEnerg e
ULowBusEnerg, respectivamente, e ManEnerg for definido como DLLB, DBLL ou Both.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 148/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Este ajuste não é habilitado, pois o sincronismo para o fechamento manual é efetuado pela
unidade de controle.
𝑀𝑎𝑛𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝐷𝐵𝐷𝐿 = 𝑂𝑓𝑓

UHighBusEnerg e UHighLineEnerg
As configurações do nível de tensão devem ser escolhidas em relação à tensão ou linha de
barramento da rede. As tensões limites UHighBusEnerg e UHighLineEnerg devem ser ajus-
tadas abaixo do valor em que a rede é considerada energizada.
Um valor típico pode ser 80% das tensões básicas.
𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐵𝑢𝑠𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 80%𝑈𝐵𝐵 𝑈𝐻𝑖𝑔ℎ𝐿𝑖𝑛𝑒𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 80%𝑈𝐵𝐿

ULowBusEnerg e ULowLineEnerg

As tensões limites ULowBusEnerg e ULowLineEnerg devem ser definidas acima do valor em


que a rede é considerada não energizada.
Um valor típico pode ser 40% das tensões de base.
𝑈𝐿𝑜𝑤𝐵𝑢𝑠𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 40%𝑈𝐵𝐵 𝑈𝐿𝑜𝑤𝐿𝑖𝑛𝑒𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 40%𝑈𝐵𝐿
Uma linha desconectada pode ter um potencial considerável devido, por exemplo,
à indução de uma linha que é colocada em paralelo ou sendo alimentada através
de capacitores de extinção nos disjuntores. Essa tensão pode ser de 30% ou mais
da tensão de base da linha.
Como as faixas de ajuste das tensões-limite UHighBusEnerg / UHighLineEnerg e ULowBusE-
nerg / ULowLineEnerg se sobrepõem parcialmente umas às outras, as condições de ajuste
podem ser tais que o ajuste do valor do limite não energizado seja maior que o ajuste do valor
do limite energizado. Portanto, os parâmetros devem ser ajustados com cuidado para evitar
sobreposições.

UMaxEnerg
Este ajuste é usado para bloquear o fechamento quando a tensão do lado vivo é maior que o
valor definido de UMaxEnerg.
Este parâmetro será ajustado em 110%UB, que representa a máxima tensão sustentada em
vazio para o nível de tensão de 230 kV conforme procedimentos de rede.
𝑈𝑀𝑎𝑥𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 = 110,0%𝑈𝐵

tAutoenerg e tManenerg
A finalidade das configurações de atraso do temporizador, tAutoenerg e tManenerg, é garantir
que o lado morto permaneça sem energia e que a condição não seja causada por interferência
temporária. Se as condições não continuarem durante o tempo especificado, o temporizador
de atraso será redefinido e o procedimento será reiniciado quando as condições forem aten-
didas novamente. Portanto, o fechamento do disjuntor não é permitido até que a condição de
energização permaneça constante durante todo o tempo do ajuste do atraso.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 149/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
𝑡𝐴𝑢𝑡𝑜𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔 = 0,100 𝑠 𝑡𝑀𝑎𝑛𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔 = 1,000 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 150/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.7 SCHEME COMMUNICATION (TELEPROTEÇÃO)

3.7.1 Current reversal and weak-end infeed logic for residual overcurrent protection
ECRWPSCH(85)

3.7.1.1 EFCurrentReversalWEI – ECRWPSCH:1

Lógica de inversão de corrente de falta


A Figura 41 e a Figura 42 mostram uma condição típica do sistema, que pode resultar em
uma inversão da corrente de falta.
Considere que a falha está próxima do disjuntor B1. O relé B1 detecta a falha na Zona 1 e o
relé A1 identifica a falha na Zona 2.
Observe que a corrente de falta é invertida na linha L2 após a abertura da chave B1.
Isto pode causar um trip não seletivo na linha L2 se a lógica de reversão de corrente não
bloquear o esquema de sobrealcance permissivo do relé em B2.

Figura 41 – Distribuição de corrente para uma falha perto do lado B

Figura 42 – Distribuição de corrente com o disjuntor em B1 aberto

Quando se efetua o trip no disjuntor na linha paralela, a corrente de falha é invertida na linha
em perfeitas condições. O relé em B2 reconhece a falha na direção para frente a partir da
direção para trás antes que o trip seja efetuado no disjuntor. Como o IED em B2 já recebeu o
sinal permissivo de A2 e o IED em B2 está detectando a falta como uma falta à frente, ele
disparara imediatamente o disjuntor em B2. Para garantir que o trip em B2 não ocorra, é ne-
cessário que o IRVL(corrente reversa) bloqueie a função de sobrealcance permissivo em B2
até que o sinal permissivo recebido de A2 seja resetado.
O IED em A2, onde o elemento de direção direta foi ativado inicialmente, deve ser redefinido
antes que o sinal de envio inicie a partir de B2.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 151/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
A reinicialização atrasada do sinal de saída IRVL também assegura que o sinal de envio B2
do IED seja retido até que se recomponha o elemento direcional a frente em A2 do IED.

Lógica de fonte forte e fonte fraca


A Figura 43 mostra uma condição típica do sistema que pode resultar na ausência de uma
operação. Note que não há corrente de falta vindo do nó B. Isso faz com que o relé em B não
detecte a falha ou desarme o interruptor em B. Para resolver esta situação, uma lógica de
fonte fraca selecionável para o esquema de sobrealcance permissivo.

Figura 43 – Condição inicial de extremo com alimentação fraca

Quando a recepção de sinal permissivo está associada a um severo afundamento do nível de


tensão, a função WEI opera, envia trip ao terminal local e sinal de “echo” ao terminal remoto.
O envio de echo é bloqueado, via lógica, pela identificação de direcionallidade reversa.
O esquema de WEI – Weak end Infeed é aplicado quando a fonte atrás do terminal onde o
relé está instalado não é forte o suficiente para que a unidade de sobrecorrente residual seja
sensibilizada, pois, ocorre um severo afundamento na tensão medida pelo relé.

GlobalBaseSel

É usado para selecionar uma função GBASVAL como referência de valores básicos.
UBase: Base de tensão fase a fase em kV primário do TP da Linha.
UBase = 230 kV → GlobalBaseSel = 1

CurrRev
Reversão de corrente
A função de reversão de corrente é ativada ou desativada configurando o parâmetro CurrRev
como ativado (On) ou desativado (Off).
Lógica de corrente reversa é habilitada.
CurrRev = On

tPickUpRev

tPickUpRev é selecionado mais curto (<80%) do que o tempo de abertura do disjuntor, mas
com um mínimo de 20ms.
O tempo de abertura do disjuntor é de aproximadamente 18 ms, 80% desse valor corresponde
à 15 ms, logo o valor de 20 ms é ajustado para manter o valor recomendado pelo manual do
relé de 20 ms.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 152/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tPickUpRev = 20 ms

tDelayRev

tDelayRev é selecionado como um mínimo na soma do tempo de restabelecimento da prote-


ção e o tempo de reinicialização da comunicação.
Recomenda-se um ajuste mínimo de 40 ms. Considerando-se uma margem, ajuste-se em 60
ms.
𝑡𝐷𝑒𝑙𝑎𝑦𝑅𝑒𝑣 = 0,060 𝑠

WEI
O weak-end infeed pode ser configurado ajustando o parâmetro WEI para Off, Echo ou Echo
& Trip.
• Ajuste WEI para Echo, para ativar a função de fonte fraca com apenas a função de eco.
• Ajuste WEI para Echo & Trip para obter eco com o trip.

Por se tratar de uma fonte fraca, para esse terminal a lógica Echo&Trip é selecionada.
WEI = Echo&Trip

tPickUpWEI
O tPickUpWEI é o atraso no tempo para ativar a função de alimentação fraca. Ajuste
tPickUpWEI para 10 ms, um pequeno intervalo é recomendado para evitar que os sinais re-
cebidos da portadora falsa (sinais espúrios) ativem o WEI e causem sinais indesejados de
envio da portadora (ECHO).
tPickUpWEI = 10 ms

3U0>
A tensão de sequência zero é calculada para uma falta na extremidade remota da linha e uma
resistência de falta adequada.
Para evitar o disparo indesejado da lógica da extremidade de fonte fraca (se sinais parasitas
forem gerados), defina o valor de operação do detector de nível de tensão delta-aberto (3U0)
acima da tensão residual de falsa máxima de frequência da rede que pode existir durante as
condições normais de operação. A configuração mínima recomendada é duas vezes a tensão
de sequência zero falsa durante as condições normais de serviço.
A tensão de sequência zero residual é desconhecida para condições de operação normal,
portanto a tensão residual ajustada é mantida em 25%Ubase.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 153/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.7.2 Scheme communication logic for residual overcurrent protection ECPSCH(85)

3.7.2.1 EFSchemeCommunication – ECPSCH: 1

Para obter uma eliminação rápida de faltas à terra na parte da linha não coberta pelo estágio
instantâneo da proteção de sobrecorrente residual, a proteção de sobrecorrente direcional
residual é compatível com uma lógica que usa canais de comunicação.
Um canal de comunicação é usado em cada direção, que pode transmitir um sinal de ligar /
desligar, se necessário. O desempenho e a segurança desta função estão diretamente rela-
cionados à velocidade do canal de transmissão e à segurança contra sinais falsos ou perdi-
dos.
No esquema direcional, a informação da direção da corrente de falta deve ser transmitida para
a outra extremidade da linha.
Com a comparação direcional nos esquemas permissivos, um tempo de proteção curto pode
ser alcançado, o que inclui um tempo de transmissão do canal. Este curto tempo de operação
permite que a função de religamento automático seja acelerada após a falha ter sido elimi-
nada.
Durante um ciclo de religamento monofásico, o dispositivo de religamento automático deve
bloquear o esquema de comunicação de falta à terra de comparação direcional.
O módulo de lógica de comunicação permite esquemas de sobrealcance de bloqueio e subal-
cance / permissivo. A função também é compatível com uma lógica adicional de weak-end
infeed e inversão de corrente, que está incluída na lógica corrente reversa e weak-end infeed
para a função de sobrecorrente residual (ECRWPSCH).
Caminhos de comunicação de metal afetados negativamente por um ruído gerado por uma
falta podem não ser adequados para esquemas permissivos convencionais baseados em si-
nais transmitidos durante uma falha na linha protegida. Por exemplo, com a onda portadora
da linha elétrica, a falha pode atenuar o sinal de comunicação, especialmente quando a falta
está próxima do final da linha, o que desabilita o canal de comunicação.
Para superar a menor confiabilidade nos esquemas permissivos, uma função de desbloqueio
pode ser usada. Use esta função nas comunicações com a antiga ou menos confiável esque-
mas com onda portadora da linha elétrica (PLC), onde o sinal deve ser enviado através da
falha primária. A função de desbloqueio usa um sinal de guarda CRG que deve estar sempre
presente, mesmo quando um sinal CR é recebido. A ausência do sinal CRG durante o tempo
de segurança é usada como um sinal CR. Isso também permite que um esquema permissivo
opere quando a falta da linha bloqueia a transmissão do sinal. ajuste tSecurity para 35 ms.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 154/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Operation

Habilita (On) ou desabilita (Off) a função.


𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝑂𝑛

SchemeType

Tipo de esquema: Este parâmetro pode ser definido como desligado (Off), Intertrip, Permissive
OR, Permissive UR ou Blocking.
O esquema de teleproteção do tipo POTT será aplicado a unidades de sobrecorrente direcio-
nais de neutro afim de prover a tomada de decisão de envio de trip mediante o recebimento
de sinal permissivo do terminal remoto e atuação local.
A figura abaixo ilustra a lógica implementada pelo relé para a lógica do tipo POTT – Permissive
Overreach Transfer Trip.

Figura 44 – Lógica de trip da função ECPSCH, diagrama simplificado

𝑆𝑐ℎ𝑒𝑚𝑒𝑇𝑦𝑝𝑒 = 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒 𝑂𝑅

tCoord

Tempo de atraso para o acionamento da função ECPSCH. Para esquemas de subalcance /


sobrealcance permissíveis, este temporizador deve ser ajustado para pelo menos 20 ms mais
o tempo de reset máximo do canal de comunicação como a margem de segurança. Para o
esquema de bloqueio, o ajuste deve ser> o tempo máximo de transmissão do sinal +10 ms.
Para esta aplicação o valor de tCoord é ajustado em 35 ms.
𝑡𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑 = 0,035 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 155/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tSendMin

Duração do tempo, o sinal de envio da portadora (Carrier) é prolongado.


Para garantir operações corretas da lógica de inversão de corrente, o sinal de envio CS (Car-
rier Send) não deve ser prolongado.
𝑡𝑆𝑒𝑛𝑑𝑀𝑖𝑛 = 0 𝑠

Unblock
Selecione Desativado (Off) se o esquema de desbloqueio (unblocking) sem alarme para perda
de guarda for usado. Ajuste para Restart se o esquema de desbloqueio com alarme para
perda de proteção for usado.
A função de desbloqueio pode ser definida em três modos de operação (ajuste Unblocking):
• Off: a função de desbloqueio está fora de serviço.
• No Restart: falhas de comunicação mais curtas do que tSecurity serão ignoradas se
o CRG desaparecer, um sinal de CRL será transferido para a lógica de trip . Não há
informações em caso de falha de comunicação (LCG).
• Restart: Falhas de comunicação mais curtas do que o tSecurity serão ignoradas. En-
vie uma CRL definida (150 ms) após o desaparecimento do sinal CRG. A função ativa
a saída LCG em caso de falha de comunicação. Se a falha de comunicação vai e vem
(<200ms), não há sinalização recorrente.
Este ajuste permanece em Off pois não está sendo aplicado o Unblocking.
𝑈𝑛𝑏𝑙𝑜𝑐𝑘 = 𝑂𝑓𝑓

tSecurity

A ausência de sinal CRG (carrier receive guard) por um período de segurança é considerada
como sinal CR (carrier receive).
Está temporização é irrelevante uma vez que o parâmetro Unblock está ajustado em Off. Por-
tanto o ajuste default é mantido.
𝑡𝑆𝑒𝑐𝑢𝑟𝑖𝑡𝑦 = 0,035 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 156/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.7.3 Current reversal and weak-end infeed logic for phase segregated communication
ZPCWPSCH(85) (85)

3.7.3.1 ZCurrentReversalWEI – ZPCWPSCH(85)

Lógica de corrente reversa


Se as linhas paralelas estiverem conectadas a barras comuns em ambos os terminais, os
esquemas de comunicação de sobrealcance permissivo podem ser acionados de forma não
seletiva devido a uma inversão de corrente. O trip indevido afeta a linha que está em boas
condições quando uma falha é eliminada na linha em paralelo. A falta de segurança resulta
em uma perda total de interconexão entre as duas barras.
Para evitar esse tipo de distúrbio, uma lógica de reversão de corrente de falta pode ser usada
(lógica de bloqueio transitório).
As operações indesejadas que podem ocorrer são explicadas na Figura 45 e na Figura 46.
Inicialmente, a proteção A2 no lado A detecta uma falha na direção direta e envia um sinal de
comunicação para a proteção B2 na extremidade remota, que mede uma falta no sentido
inverso.

Figura 45 – Distribuição de corrente para uma falha perto do lado B quando todos os inter-
ruptores estão fechados

Quando o disjuntor B1 é aberto para eliminar a falha, a corrente de falha no bay B2 é invertida.
Se o sinal de comunicação não tiver sido reiniciado ao mesmo tempo que a função de prote-
ção de distância usada no esquema de teleproteção muda para a direção a frente, há uma
operação indevida do disjuntor B2 no lado B.

Figura 46 – Distribuição atual para uma falha com o interruptor B1 aberto

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 157/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Para lidar com isso, o sinal de envio CS ou CSLn de B2 é retido até que a IRVLn da zona de
reversa tenha sido redefinida e o tempo tDelayRev tenha decorrido. Para conseguir isso, a
zona reversa na proteção de distância deve ser conectada à entrada IRV e a saída IRVL deve
ser conectada à entrada BLKCS no bloco funcional de comunicação ZCPSCH.
A função pode ser bloqueada ativando a entrada IRVBLK ou a entrada geral BLOCK.

3.7.3.2 Lógica de fonte fraca

Basicamente, os esquemas de comunicação permissíveis só podem operar quando a prote-


ção do relé remoto puder detectar a falha. A detecção requer uma corrente de falta mínima
suficiente, geralmente> 20% de Ir. A corrente de falta pode estar muito baixa devido a um
disjuntor aberto ou a uma baixa potência de curto-circuito da fonte. Para superar essas con-
dições, uma lógica de eco (WEI) é usada. Inicialmente, a corrente de falta também pode ser
muito baixa devido à distribuição da corrente de falta. Aqui, a corrente de falta aumenta
quando o disjuntor se abre no terminal forte, e um disparo sequencial é alcançado. Isso requer
a detecção da falta mediante uma zona 1 de disparo independente. Para evitar um desarme
sequencial como descrito, e quando a zona 1 não está disponível, uma lógica de disparo de
weak-end infeed é usada. A função WEI funciona apenas em conjunto com esquemas de
comunicação de sobrealcance permissivo, uma vez que o sinal de envio da portadora deve
cobrir todo o comprimento da linha.
A função WEI envia de volta (como um eco) o sinal recebido com a condição de que nenhuma
falha na extremidade fraca tenha sido detectada por diferentes elementos de detecção de
falha (proteção da distância na direção para frente e para trás).
A função WEI pode ser estendida para também desarmar o disjuntor no lado fraco. O disparo
é obtido quando as tensões de uma ou mais fases são baixas durante uma função de eco.
No caso de um disparo monopolar, as tensões de fase são usadas como seletores de fase
junto com o sinal recebido CRLn.
Evite usar a função WEI nas duas extremidades da linha. Só deve ser ativado na extremidade
com fonte fraca.
O esquema de WEI – Weak end Infeed é aplicado quando a fonte atrás do terminal onde o
relé está instalado não é forte o suficiente para que a proteção de distância seja sensibilizada,
ou seja, ocorre um severo afundamento na tensão medida pelo relé.
Quando a recepção de sinal permissivo está associada a um severo afundamento do nível de
tensão, a função WEI opera, envia trip ao terminal local e sinal de “echo” ao terminal remoto.
O envio de echo é bloqueado, via lógica, pela identificação de direcionallidade reversa.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 158/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
GlobalBaseSel

É usado para selecionar uma função GBASVAL como referência de valores básicos.
UBase: Base de tensão fase a fase em kV primário do TP da Linha.
𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒 = 230 𝑘𝑉 → 𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙𝐵𝑎𝑠𝑒𝑆𝑒𝑙 = 1

OperCurrRev
Reversão de corrente
A função de reversão de corrente é ativada ou desativada configurando o parâmetro CurrRev
como ativado (On) ou desativado (Off).
Lógica de corrente reversa é habilitada.
𝐶𝑢𝑟𝑟𝑅𝑒𝑣 = 𝑂𝑛

tPickUpRev
Ajuste o atraso de ativação tPickUpRev para <80% do tempo de operação do disjuntor, mas
pelo menos 20 ms.
O tempo de abertura aproximado do disjuntor é aproximadamente 18 ms, 80% desse valor
corresponde à 15 ms, logo o valor de 20 ms é ajustado para manter o valor recomendado pelo
manual do relé de 20 ms.
𝑡𝑃𝑖𝑐𝑘𝑈𝑝𝑅𝑒𝑣 = 20 𝑚𝑠

tDelayRev
Ajuste o temporizador tDelayRev para o tempo máximo de recomposição do equipamento de
comunicação que proporciona o sinal de recepção de onda da portadora (CRLx) mais 30 ms.
Um ajuste longo de tDelayRev aumenta a segurança contra um trip indevido, embora atrase
a eliminação da falha que se desenvolve a partir de uma linha e inclui outra. Existem poucas
probabilidades deste tipo de falha. Portanto, ajuste o tDelayRev com uma boa margem.
Recomenda-se um ajuste mínimo de 40 ms. Considerando-se uma margem, ajuste-se em 60
ms.
𝑡𝐷𝑒𝑙𝑎𝑦𝑅𝑒𝑣 = 0,060 𝑠

OperationWEI
O weak-end infeed pode ser configurado ajustando o parâmetro WEI para Off, Echo ou Echo
& Trip.
Ajuste WEI para Echo, para ativar a função de fonte fraca com apenas a função de eco. Ajuste
WEI para Echo & Trip para obter eco com a trip.
Por se tratar de uma fonte fraca, para esse terminal a lógica Echo&Trip é selecionada.
WEI = Echo&Trip

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 159/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
tPickUpWEI

Recomenda-se um pequeno atraso para evitar que os sinais parasitas recebidos da portadora
ativem o WEI e causem comunicações indesejáveis.
Ajuste tPickUpWEI para 10 ms.
𝑡𝑃𝑖𝑐𝑘𝑈𝑝𝑊𝐸𝐼 = 0,010𝑠

UPE<
Defina o critério de tensão UPP< para o desarme mínimo até 70% da tensão de base do
sistema UBase. O ajuste deve estar abaixo da tensão mínima de operação do sistema, em-
bora acima da tensão que ocorre por uma falha na linha protegida. Deve-se verificar se os
elementos fase-fase não funcionam para faltas fase-terra.
A Unidade de sobretensão residual deve ser ajustada para pelo menos duas vezes a tensão
residual presente em condições normais de operação o qual é desconhecida.
𝑈𝑃𝐸 <= 70%𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒

UPP<
Defina o critério de tensão UPE< para o desarme mínimo até 70% da tensão de base do
sistema UBase. O ajuste deve estar abaixo da tensão mínima de operação do sistema, em-
bora acima da tensão que ocorre por uma falha na linha protegida. Deve-se verificar se os
elementos fase-fase não funcionam para faltas fase-terra.
Conforme manual do fabricante, um ajuste típico para a unidade de subtensão é entre 70% e
80% da tensão fase-fase secundária do sistema.
𝑈𝑃𝐸 <= 70%𝑈𝐵𝑎𝑠𝑒

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 160/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.7.4 Phase segregated scheme communication logic for distance protection ZPCP-
SCH (85)

3.7.4.1 ZSchemeCommunication – ZPCPSCH

Para obter uma eliminação rápida de uma falha na parte da linha que não é coberta pela zona
instantânea 1, a função de proteção de distância escalonada é compatível com uma lógica
que usa canais de comunicação.
Para a lógica de esquemas de comunicação segregados por fase para proteção de distância
(ZPCPSCH), são necessários três canais em cada direção, que podem transmitir um sinal
ativado / desativado.
O desempenho e a segurança desta função estão diretamente relacionados à velocidade dos
canais de transmissão e à segurança contra sinais falsos ou perdidos. Para este propósito,
canais de comunicação especiais são usados. Quando as ondas portadoras são usadas para
comunicação, esses canais especiais são altamente recomendados devido à perturbação da
comunicação causada pela falta primária.
A velocidade de comunicação, ou atraso mínimo, é sempre de grande importância, já que a
razão para usar a comunicação é melhorar a taxa de disparo geral do esquema. Para evitar
sinais falsos que possam causar disparos falsos, é necessário prestar atenção à segurança
do canal de comunicação. Ao mesmo tempo, é importante prestar atenção à confiabilidade do
canal de comunicação, a fim de garantir que os sinais adequados sejam comunicados durante
as faltas na rede durante os quais os esquemas de proteção devem executar suas tarefas
sem defeitos.
A lógica suporta os seguintes esquemas de comunicação:
• esquema de bloqueio
• esquemas permissivos (sobrealcance e subalcance)
• interdisparo direto
Um esquema permissivo é inerentemente mais rápido e fornece melhor segurança contra
disparos indevidos do que um esquema de bloqueio. Por outro lado, o esquema permissivo
depende de um sinal CR recebido para um trip rápido, para a qual a confiabilidade é menor
que a de um esquema de bloqueio.
Quando um disparo monopolar é necessário em linhas paralelas, um disparo indesejado de
três fases pode ocorrer para falhas simultâneas perto do terminal da linha (normalmente os
últimos 20%). As falhas simultâneas são uma falha em cada uma das duas linhas, mas em
diferentes fases; consulte a Figura 47. Quando ocorrerem falhas simultâneas, os seletores de
fase no relé de proteção remota - relativos às falhas; veja o lado A na Figura 47 – eles não
podem distinguir entre a falta na linha protegida e na linha paralela. O seletor de fases deve
ser ajustado de modo a cobrir toda a linha com uma margem e para detectar uma falha na
linha paralela. Com a informação disponível localmente nos relés de proteção remota relativos
a falhas, o disparo seletivo de fase instantânea não é possível para faltas instantâneas perto
do terminal da linha. O relé de proteção próximo às falhas detecta as falhas na linha protegida

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 161/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
como uma falta à frente e na linha paralela como uma falha na direção para trás. O seletor de
fase direcional nos dois relés próximos às falhas pode distinguir entre falhas e emitir coman-
dos de disparo monopolar corretos.

Figura 47 – Falhas simultâneas em duas linhas paralelas

Ao utilizar canais separados por fase para o esquema de comunicação, a informação de fase
correta no relé de proteção próximo às falhas pode ser transferida para o relé de proteção no
outro lado. Um trip monopolar correto pode ser alcançada em ambas as linhas e em ambos
os relés da linha.
O ZPCPSCH precisa de três canais individuais entre os relés de proteção de cada linha em
ambas as direções. No caso de faltas monofásicas, somente um canal é ativado por vez. Mas,
no caso de falhas multifásicas, dois ou três canais são ativados simultaneamente.

3.7.4.2 Esquemas permissivos

No esquema permissivo, a permissão para disparar é enviada da extremidade local para as


extremidades remotas, ou seja, a proteção no terminal local detecta uma falha no objeto pro-
tegido. Os sinais recebidos são combinados com uma zona de sobrealcance e fornecem um
disparo instantâneo se o sinal recebido estiver presente enquanto a zona selecionada detectar
uma falha na direção direta. Cada extremidade pode enviar um sinal permissivo (ou ordem)
para disparar nas outras extremidades, e o equipamento de teleproteção precisa ser capaz
de recebê-lo durante a transmissão.
Dependendo se os sinais de envio são emitidos através de uma zona de subalcance ou de
sobrealcance, ele é dividido em esquema de subalcance permissivo (PUR) ou esquema de
sobrealcance permissivo (POR).

Operation

Habilita (On) ou desabilita (Off) a função.


𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝑂𝑛

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 162/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
SchemeType

Tipo de esquema: Este parâmetro pode ser definido como desligado (Off), Intertrip, Permissive
OR, Permissive UR ou Blocking.
O esquema POTT (Transferência de Disparo por Sobre-alcance Permissivo) é utilizado para
complementar a proteção de distância, para que seja possível uma rápida abertura em região
de zona 2, quando a falta ocorrer interna a linha a ser protegida O relé atua sem tempo adici-
onal quando partir zona 2 e receber o sinal permissivo do terminal remoto.
𝑆𝑐ℎ𝑒𝑚𝑒𝑇𝑦𝑝𝑒 = 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒 𝑂𝑅

Unblock
Habilita ou desabilita o esquema de Unblock.
O esquema de teleproteção utilizado é o POTT21 e POTT67N, portanto o ajuste Unblock é
desabilitado.

𝑈𝑛𝑏𝑙𝑜𝑐𝑙 = 𝑂𝑓𝑓

Delta, DeltaU, Delta3I0, Delta3U0


Esses parâmetros são associados ao parâmetro Unblock. Como ele está desabilitado, esses
parâmetros são mantidos no valor default.

tCoord
Tempo de coordenação do esquema de comunicação.
Não há necessidade de atrasar o disparo ao receber o sinal permissivo, portanto o tempori-
zador tCoord é ajustado em 0 s.

𝑡𝐶𝑜𝑜𝑟𝑑 = 0𝑠

tSendMin
Para garantir o funcionamento correto da lógica de inversão de corrente no caso de linhas
paralelas, o sinal de envio da portadora CS não deve ser estendido quando for aplicado.
O parâmetro tSendMin é ajustado em 0,100 s, pois essa não é uma aplicação de linhas para-
lelas.
𝑡𝑆𝑒𝑛𝑑𝑀𝑖𝑛 = 0,100𝑠

tSecutiry
Temporizador de segurança para detecção de perda de proteção do transportador
Esse parâmetro é relevante somente quando o parâmetro Unblock ajustado em NoRestart ou
Restart.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 163/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
3.8 MONITORING

3.8.1 Fault Locator

O principal objetivo dos relés de monitoramento e da proteção de linha é a operação rápida,


seletiva e confiável para falhas em uma seção de linha protegida.
Além disso, as informações sobre a distância até a falha são muito importantes para os en-
volvidos na operação e manutenção. Informações confiáveis sobre a localização da falha re-
duzem enormemente o tempo de inatividade das linhas protegidas e aumentam a disponibili-
dade total de um sistema de energia.
O localizador de faltas inicia com a entrada CALDISC, na qual os sinais de trip que indicam
falhas na linha estão conectados, geralmente a zona 1 de proteção de distância e a zona de
aceleração ou proteção diferencial de linha. O relatório de perturbação para as mesmas falhas
também deve ser iniciado, uma vez que a função usa informações antes e depois da falha
proveniente da função de gravador de valor de trip (TVR).
Além disso, a função deve receber informações sobre as fases defeituosas para a seleção de
loop correta (saídas de fase seletiva da proteção diferencial, proteção de distância, proteção
direcional de sobrecorrente, etc.). Os loops a seguir são usados para os diferentes tipos de
falhas:

• Faltas trifásicas: loop L1 – L2.


• Faltas bifásicas: o loop entre as fases defeituosas.
• Faltas à terra bifásicas: o loop entre as fases defeituosas.
• Faltas fase-terra: o loop fase-terra.

3.8.1.1 Diretrizes de ajuste

O algoritmo de localização de faltas utiliza tensões de fase, correntes de fase e corrente resi-
dual no bay monitorado (linha protegida) e um bay paralelo (linha de acoplamento mútuo com
a linha protegida).
A lista de parâmetros explica o significado das abreviações. A Figura 48 também apresenta
esses parâmetros do sistema graficamente. Note que todos os valores de impedância estão
relacionados aos seus valores primários e ao comprimento total da linha protegida.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 164/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Figura 48 – Configuração de rede simplificada com dados de rede, necessária para as confi-
gurações da localização e função de medição de falhas

Para uma linha de circuito simples (sem linha paralela), os valores da impedância mútua de
sequência zero (X0M, R0M) e da entrada analógica são ajustados para zero.
Os ajustes de parâmetros específicos do sistema de energia não são configurações gerais,
mas configurações específicas incluídas nos grupos de configurações, isto é, isso possibilita
alterar as condições do localizador de falhas com pouca antecedência alterando o grupo de
ajustes.
A impedância da fonte não é constante na rede. No entanto, isso tem uma pequena influência
na precisão do cálculo da distância até a falta, porque somente o ângulo de fase do fator de
distribuição tem influência na precisão. O ângulo de fase do fator de distribuição é normal-
mente muito baixo e praticamente constante, porque a impedância da linha de sequência po-
sitiva, que tem um ângulo próximo de 90 °, a domina. Sempre defina a resistência da impe-
dância da fonte para valores diferentes de zero. Se os valores reais não são conhecidos, os
valores que correspondem ao ângulo característico da impedância da fonte de 85 ° dão resul-
tados satisfatórios.
A figura abaixo ilustra o esquema considerado pelo IED.

Figura 49 - Esquema considerado a localização de faltas

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 165/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
R1A e X1A correspondem aos valores de resistência e reatância de sequência positiva na
barra: Terminal Rio Claro 2.

Terminal Rio Verde


ZN[Ω]
R1[Ω] X1[Ω] R0[Ω] X0[Ω]
2.316 9.876 2.336 18.739
Abs[Ω] Ang[Deg°] Abs[Ω] Ang[Deg°]
10.144 76.80 18.884 82.89

R1B e X1B correspondem aos valores de resistência e reatância de sequência positiva na


barra: Terminal Rio Claro 2.

Terminal Rio Claro 2


ZN[Ω]
R1[Ω] X1[Ω] R0[Ω] X0[Ω]
16.300 71.832 13.581 101.240
Abs[Ω] Ang[Deg°] Abs[Ω] Ang[Deg°]
73.658 77.22 102.146 82.36

* Dados obtidos pelo cálculo do equivalente através do ANAFAS em porcentagem na base de


100 MVA e convertidos para Ohms primários.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 166/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4 CÁLCULO E DEFINIÇÃO DE AJUSTES – C60

Esta seção apresenta a memória de cálculo das proteções previstas para os dispositivos de
controle principal e alternada da Linha de Transmissão 230kV – Terminal Rio Claro 2.
Os ajustes serão apresentados a seguir, na sequência em que são encontrados no software
de configuração, o EnerVista UR Setup.
O presente estudo não aborda os ajustes referentes as características de comunicação dos
equipamentos contemplados, a configuração das tags aplicadas às entradas e saídas digitais
e as configurações associadas a lógica de controle dos equipamentos envolvidos.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 167/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.1 System Setup

Os elementos são dispostos em duas classes , group e control. Cada elemento classificado
como um elemento agrupado é fornecido com seis conjuntos alternativos de configurações,
em grupos de configurações numerados de 1 a 6. O desempenho de um elemento agrupado
é definido por o grupo de definição que está ativo em um determinado momento.

4.1.1 AC Inputs

4.1.1.1 Current

Os parâmetros a seguir são críticos para todos os recursos que têm configurações dependen-
tes das medições de tensão e corrente.
A seguir são apresentado os ajustes referente as características dos TCs utilizados nesta
aplicação:

CT F1 / M1: Phase CT Primary


Definição do valor nominal de corrente primária dos TCs de Fase.
Para esta aplicação será considerado a relação 1200:1, portanto, considera-se o valor de
1200 A.

CT F1 / M1: Phase CT Secondary


Definição do valor nominal de corrente secundária dos TCs de Fase
Conforme características do TC, a corrente nominal secundária corresponde ao valor de 1 A.

CT F1 / M1: Ground CT Primary

Definição do valor nominal de corrente primária dos TCs de Neutro


Para esta aplicação não será utilizado TCs de neutro, portanto será mantido os valores nomi-
nais dos TCs de Fase, ou seja 1200 A.

CT F1 / M1: Ground CT Secondary


Definição do valor nominal da corrente secundária do TC de neutro.
Para esta aplicação não será utilizado TCs de neutro, portanto será mantido os valores nomi-
nais dos TCs de Fase, ou seja, 1A.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 168/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.1.1.2 Voltage

Dois conjuntos de TPs de fase ou auxiliares podem ser definidos, onde os conjuntos de tensão
são denotados no seguinte formato (X representa a letra de posição do slot do módulo): Xa,
onde X = {F, L} e a = {5} .
A configuração de tensão nominal PHASE VT F5 SECONDARY é a tensão entre os terminais
de entrada do relé quando a tensão nominal é aplicada ao terminal primário dos TPs.
A seguir são apresentados os ajustes referente as características dos TPs utilizados nesta
aplicação.

VT F5 / M5: Phase VT Connection

Definição do tipo de fechamento do secundário dos TPs de fase


Conforme diagrama funcional [16], para esta aplicação será adotado tipo de fechamento es-
trela (Wye).

VT F5 / M5: Phase VT Secondary

Definição do valor nominal da tensão secundária dos TPs de fase.


Adota-se a tensão nominal secundária dos TPs de 115r3V, ou seja, 66,4V.

VT F5 / M5: Phase VT Ratio


Definição da relação de transformação dos TCs de fase
A relação de transformação dos TPs é 2000:1.

VT F5 / M5: Auxiliary VT Connection


Definição do tipo de conexão e quantidade de fase utilizadas no ponto de conexão dos TPs
auxiliares, normalmente associados às funções de sincronismo.
Conforme diagrama unifilar [3] para esta aplicação será utilizado a fase B por meio de fecha-
mento estrela, portanto adota-se o parâmetro (Vbg).

VT F5 / M5: Auxiliary VT Secondary


Definição do valor nominal da tensão secundária dos TPs auxiliares.
A tensão nominal secundária dos TPs é 115r3V, ou seja 66,4V.

VT F5 / M5: Auxiliary VT Ratio


Definição da relação de transformação dos TCs Auxiliares
A relação de transformação dos TPs é 2000:1.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 169/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.1.2 Power System

Nominal Frequency

Seleciona a frequência nominal do sistema como 50 ou 60 Hz. A configuração de Frequência


e Referência de fase é usada como uma referência para calcular todos os ângulos, e deve
ser idêntica para todos os terminais.
Para esta aplicação, utiliza-se a frequência nominal de 60 Hz.

Phase Rotation

A configuração do Phase Rotation corresponde à sequência de fase do sistema de potência


e informa ao relé a sequência de fase real do sistema, ABC ou ACB. As entradas CT e VT no
relé, nomeadas como A, B e C, devem ser conectadas às fases A do sistema, B e C para
operação correta.
Conforme diagrama de faseamento [2], utiliza-se a sequência ACB.

Frequency And Phase Reference


Este parâmetro determina qual sinal da fonte será utilizado como referência. O ângulo de fase
do sinal de referência sempre exibe zero graus e todos os outros ângulos de fase são relativos
a este sinal.
A fonte 1 (SRC 1), será utilizado como referência.

Frequency Tracking Function


O recurso de rastreamento de frequência funciona apenas quando IED está no modo “Pro-
gramado”. Se o estiver no modo “Não Programado ”, os valores de medição estão disponí-
veis, mas podem exibir erros significativos. Este parâmetro é desabilitado apenas em circuns-
tâncias incomuns.
Para esta aplicação habilita-se a função.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 170/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.1.3 Signal Sources

O texto "SRC 1" pode ser substituído por um nome apropriado para a fonte associada. A
primeira letra no identificador de origem representa a posição do slot do módulo. O número
logo após esta letra representa o primeiro banco de quatro canais (1, 2, 3, 4) chamado "1" ou
o segundo banco de quatro canais (5, 6, 7, 8) chamado “5” em um módulo CT / VT específico.
É possível selecionar a soma de todas as combinações de TC. O primeiro canal exibido é o
TC ao qual todos os outros se referem.
A abordagem usada para configurar as fontes AC consiste em várias etapas; o primeiro passo
é especificar as informações sobre cada entrada CT e VT. Para entradas de TC, esta é a
corrente nominal primária e secundária. Para VTs, este é o tipo de conexão, proporção e
tensão secundária nominal. Uma vez que as entradas foram especificadas, a configuração
para cada fonte é inserida, incluindo a especificação de quais TCs são somados.

SOURCE 1 : Entradas das correntes das fases A, B e C associadas ao TCL1.

Entradas de tensão A, B e C associadas ao TPL1

SOURCE 2 : Entrada da tensão da fase B da Barra (Seleção de Tensão).

Nota

Essa função deverá ser validada na etapa de comissionamento com base no diagrama lógico.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 171/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.2 Grouped Elements

Cada elemento de proteção pode ser atribuído a até seis conjuntos de configurações com
designações de 1 a 6. O desempenho destes elementos é definido pelo grupo de configuração
ativo em um determinado momento. Vários grupos de configuração permitem alterar as con-
figurações de proteção para diferentes situações operacionais (por exemplo, configuração do
sistema de energia alterada ou temporada do ano).

4.2.1 Breaker Failure

Um esquema de falha de disjuntor determina que um disjuntor não removeu uma falta dentro
de um tempo definido, então outras ações de trip devem ser realizadas. O disparo do esquema
de falha de disjuntor dispara todos os disjuntores, tanto locais quanto remotos, que podem
fornecer corrente para a zona com falha. Normalmente, a operação de um elemento de falha
do disjuntor causa a liberação de uma seção maior do sistema de potência do que o trip inicial.
Como a falha do disjuntor pode resultar na abertura de um grande número de disjuntores e
isso afeta a segurança e a estabilidade do sistema, um nível muito alto de segurança é ne-
cessário.
Dois esquemas são fornecidos: um para trip tripolar apenas (identificado pelo nome “3BF”) e
um para operação tripolar mais monopolar (identificado pelo nome “1BF”). A filosofia usada
nesses esquemas é idêntica. A operação de um elemento de falha de disjuntor inclui três
estágios: iniciação, determinação de uma condição de falha de disjuntor e saída.
A figura a seguir apresenta a sequência de operação destinada a função de falha disjuntor.

Figura 50 - Sequência da função Falha disjuntor

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 172/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BF1: Function
Esta configuração habilita e desabilita o elemento de proteção de falha disjuntor.
Este parâmetro será habilitado.

BF1: Mode
Este ajuste é usado para selecionar o modo de operação da falha do disjuntor: monopolar ou
tripolar.
Nesta aplicação seleciona-se o modo 1-Pole.

BF1: Source

Seleciona a fonte do sinal para o elemento de proteção de falha disjuntor.


Nesta aplicação a fonte SRC 1 (SRC 1) é selecionada.

BF1: Current Supervision


Se ajustado em "Sim", o elemento é iniciado se a corrente fluindo através do disjuntor estiver
acima do nível de pickup de supervisão.
Este parâmetro será configurado como Yes.

BF1: Use Seal-In


Se ajustado para "Sim", o elemento é selado se a corrente fluindo através do disjuntor estiver
acima do nível de pickup de supervisão.
Este parâmetro será configurado como Yes.

BF1: Three Pole Initiate


Esta configuração seleciona a variável FlexLogic que inicia o trip tripolar do disjuntor. A partida
tripolar da proteção BF1 deve estar associada às funções de proteção de disparo tripolar da
linha.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

BF1: Block
Seleciona a utilização de uma variável atribuída a este ajuste bloqueia a unidade de falha
disjuntor.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

BF1: Retrip Pickup Delay


Este ajuste especifica uma temporização de pickup para o comando de retrip. O retardo deve
ser definido mais longo do que a possível duração da ativação da entrada do contato devido
a transientes ou aterramentos CC temporários, levando em consideração o tempo de retardo
da entrada do contato para evitar a operação de retrip para tais transientes.
Nesta aplicação, será adotado o valor de 0.100s

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 173/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BF1: Phase Current Supv Pickup
Esta configuração é usada para definir o início da corrente de fase e o nível de supervisão de
selo. Geralmente, esta configuração detecta a menor corrente de falta esperada no disjuntor
protegido. Ele pode ser definido tão baixo quanto necessário (mais baixo do que a corrente
do resistor do disjuntor ou mais baixo do que a corrente de carga) – parâmetros com valores
altos e baixos de supervisão garantem a correta operação.
Este parâmetro será ajustado em 5% da corrente nominal dos TCs, ou seja, 0,050 pu

BF1: Neutral Current Supv Pickup


Esta configuração é usada para definir o início da corrente de neutro e o nível de supervisão
de selo. Geralmente, esta configuração detecta a menor corrente de falta esperada no disjun-
tor protegido. A supervisão de corrente neutra é usada apenas no esquema trifásico para
fornecer maior sensibilidade. Este ajuste é válido apenas para esquemas de trip tripolar.
Nesta aplicação o modo de operação será o "1-Pole", e portanto o presente ajuste é irrele-
vante. Desta forma, será mantido o ajuste default de 1.050 pu

BF1: Use Timer 1


Esta configuração habilita a lógica associada ao temporizador 1.
Nesta aplicação, esta lógica permanecerá desabilitada.

BF1: Timer 1 Pickup Delay


O temporizador 1 é ajustado para o menor tempo necessário para o contato auxiliar do dis-
juntor (Status-1) abrir, a partir do momento em que o sinal de trip inicial é aplicado ao circuito
de trip do disjuntor, adicionado a uma margem de segurança.
Nesta aplicação, esta lógica não será habilitada, portanto o ajuste é irrelevante.

BF1: Use Timer 2


Esta configuração habilita a lógica associada ao temporizador 2.
Esta lógica destina-se a detectar falha em disjuntores que não conseguem interromper a cor-
rente de curto-circuito após a abertura física dos contatos principais. Desta forma, este parâ-
metro será habilitado.

BF1: Timer 2 Pickup Delay

O Timer 2 é ajustado para o tempo de abertura previsto do disjuntor, mais uma margem de
segurança. Esta margem de segurança foi historicamente destinada a permitir a medição e
os erros de temporização no equipamento do esquema de falha do disjuntor. Em relés de
microprocessador, esse tempo não é significativo.
De acordo com o item 3.63 do submódulo 2.11 do ONS, “O tempo total de eliminação de faltas
pelos esquemas de falha de disjuntor, que inclui o tempo de operação do relé de proteção e
dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve excedera 250 ms.” As-
sim, considerando o tempo de abertura dos disjuntores adjacentes, com a margem de segu-
rança, este temporizador será ajustado em 200 ms.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 174/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BF1: Use Timer 3
Esta configuração habilita a lógica associada ao temporizador 3.
Esta lógica verifica se o contato auxiliar do disjuntor está fechado (Breaker Pos 2 Phase A/B/C)
e se não está no modo de teste (Breaker Test On = 0), para permitir a atuação da variável
BKR FAIL 1 TRIP OP, após o atraso definido (Timer 3 Pickup Delay), e portanto será habilitada.

BF1: Timer 3 Pickup Delay


O temporizador 3 está definido para o mesmo intervalo do temporizador 2, mais uma margem
de segurança aumentada. Como esse caminho se destina a operar apenas para falhas de
baixo nível, o atraso pode ser da ordem de 300 a 500 ms.
A lógica do temporizador 3 não verifica corrente de curto-circuito (IF>Phase Current Hiset
A/B/C), como as lógicas dos temporizados 2 e 3. Logo, poder-se-ia ajustar um tempo de atraso
maior. Entretanto, será mantido o ajuste do Timer 2, ou seja, 0.200s.

BF1: Breaker Pos1 Phase A/3P

Esta configuração seleciona a variável FlexLogic que representa o contato da chave auxiliar
do tipo “avançado” do disjuntor protegido (52 / a). Ao usar o esquema de falha de disjuntor
monopolar, esta variável representa o contato da chave auxiliar do tipo “avançado” do disjun-
tor protegido no polo A. Normalmente, é um contato forma-A não multiplicado. O contato pode
até ser ajustado para ter o menor tempo de operação possível.
Este ajuste está associado a lógica do temporizador 1, a qual não será habilitado. Portanto
este parâmetro é mantido em Off.

BF1: Breaker Pos2 Phase A/3P


Esta configuração seleciona a variável FlexLogic que representa o contato da chave auxiliar
do tipo normal do disjuntor (52 / a). Ao usar o esquema de falha de disjuntor monopolar, esta
variável representa o contato da chave auxiliar do disjuntor protegido no polo A. Este pode
ser um contato multiplicado.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

BF1: Breaker Test On

Esta configuração é usada para selecionar a variável FlexLogic que representa a chave em
serviço / fora de serviço do disjuntor definida para a posição fora de serviço.
Nesta aplicação, este parâmetro permanecerá desabilitado.

BF1: Phase Current HiSet Pickup


Esta configuração define o nível de supervisão de saída de corrente de fase. Geralmente,
essa configuração é para detectar a menor corrente de falta esperada no disjuntor protegido,
antes que um resistor de abertura do disjuntor seja inserido.
Este parâmetro será ajustado em 5% da corrente nominal dos TCs, ou seja, 0,050 pu

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 175/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BF1: Neutral Current HiSet Pickup
Esta configuração define o nível de supervisão de saída da corrente de neutro. Geralmente,
esta configuração é para detectar a menor corrente de falta esperada no disjuntor protegido,
antes que um resistor de abertura do disjuntor seja inserido. A supervisão de corrente de
neutro é usada apenas no esquema tripolar para fornecer maior sensibilidade. Este ajuste é
válido apenas para esquemas de falha de disjuntor tripolar.
Nesta aplicação o modo de operação será o "1-Pole", e portanto o presente ajuste é irrele-
vante. Desta forma, será mantido o ajuste default de 1.050 pu

BF1: Phase Current LoSet Pickup


Esta configuração define o nível de supervisão de saída de corrente de fase. Geralmente,
esta configuração é para detectar a menor corrente de falta esperada no disjuntor protegido,
depois que um resistor de abertura do disjuntor é inserido (aproximadamente 90% da corrente
do resistor).
Nesta aplicação, não serão adotados temporizadores diferentes para o disparo da proteção
BF1. Assim, como o pickup definido em [BF1 Phase Current HiSet Pickup] atende a aplicação,
será mantido o ajuste default.

BF1: Neutral Current LoSet Pickup


Esta configuração define o nível de supervisão de saída da corrente de neutro. Geralmente,
esta configuração é para detectar a menor corrente de falta esperada no disjuntor protegido,
depois que um resistor de abertura do disjuntor é inserido (aproximadamente 90% da corrente
do resistor). Este ajuste é válido apenas para esquemas de falha de disjuntor tripolar.
Nesta aplicação o modo de operação será o "1-Pole", e portanto o presente ajuste é irrele-
vante. Desta forma, será mantido o ajuste default de 1.050 pu

BF1: LoSet Time Delay


Ajusta o atraso de pickup para detecção de corrente após a inserção do resistor de abertura.
Nesta aplicação, não serão adotados temporizadores diferentes para o disparo da proteção
BF1. Assim, este tempo adicional será ajustado em 0,000s.

BF1: Trip Dropout Delay


Esta configuração é usada para definir o período de tempo durante o qual a saída de trip é
selada. Este temporizador deve ser coordenado com o esquema de religamento automático
do disjuntor que falhou, para o qual o elemento de falha do disjuntor envia um sinal de can-
celamento de religamento. O religamento de um disjuntor remoto também pode ser evitado
mantendo um sinal de transferência de trip por mais tempo do que o tempo de recuperação.
Para esta aplicação, adota-se o tempo de 100ms, o qual é suficiente para bloquear o religa-
mento automático e atuar o bloqueio de linha do terminal remoto.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 176/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
BF1: Target
Esta configuração é usada para definir a operação de uma mensagem de aviso do elemento.
Quando definido como "Desativado", nenhuma mensagem de aviso ou iluminação de um in-
dicador LED do painel frontal é emitida durante a operação do elemento. Quando definido
como “Latched”, a mensagem de destino e a indicação do LED permanecem visíveis até que
um comando RESET seja recebido pelo relé.
Este ajuste será configurado como “Latched” para manter o aviso de atuação da proteção, até
que um comando de RESET seja realizado.

BF1: Events
Esta configuração é usada para controlar se os estados de pickup, dropout ou operação são
registrados pelo registrador de eventos.
Este ajuste será configurado como “Enabled” para que as informações associadas a atuação
da função seja registrada na lista de eventos.

BF1: Phase A, B and C Initiate


Essas configurações selecionam a variável FlexLogic para iniciar o trip monopolar da fase A,
B ou C do disjuntor e a parte da fase A, B ou C do o esquema, em conformidade. Este ajuste
é válido apenas para esquemas de falha de disjuntor unipolar.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

BF1: Breaker Pos1 Phase B and C


Essas configurações selecionam a variável FlexLogic para representar o contato da chave
auxiliar do tipo “avançado” do disjuntor protegido nos polos B ou C, de acordo. Esse contato
normalmente é um contato Form-A não multiplicado. O contato pode até ser ajustado para ter
o menor tempo de operação possível. Este ajuste é válido apenas para esquemas de falha
de disjuntor unipolar.
Este ajuste é irrelevante, pois está associado à lógica do temporizador 1, a qual não será
habilitada.

BF1: Breaker Pos2 Phase B

Seleciona a variável FlexLogic que representa o contato da chave auxiliar tipo normal do dis-
juntor protegido no polo B (52 / a). Este pode ser um contato multiplicado. Este ajuste é válido
apenas para esquemas de falha de disjuntor unipolar.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

BF1: Breaker Pos2 PhaseC


Esta configuração seleciona a variável FlexLogic que representa o contato da chave auxiliar
tipo normal do disjuntor protegido no polo C (52 / a). Este pode ser um contato multiplicado.
Para operação monopolar, o esquema tem o mesmo conceito geral, exceto que fornece novo
trip de cada polo único do disjuntor protegido.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 177/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.2.2 End Fault Protection

Esta seção contempla os ajustes da proteção de Zona Morta (Dead Zone/End Fault Protec-
tion/Blind Spot).
Em um alimentador, se as seccionadoras e(ou) o disjuntor está aberto uma zona morta (ou
End Zone) é considerada entre o TC e a seccionadora e(ou) disjuntor aberto.
A função EFP destina-se a detecção de faltas que ocorram na região entre os TCs e o disjun-
tor do Bay, pois mesmo, após a atuação da proteção de barras, a falta ainda é alimentada,
portanto a função envia a sinal de trip para o terminal remoto do bay de forma a isolar o ponto
de falta. A função é condicionada o status de disjuntor aberto ou a lógicas envolvendo as
seccionadoras. A função será temporizada para que a mesma só atue após a extinção de
arco do disjuntor.
Pode-se ajustar esta proteção com um elemento de sobrecorrente temporizado que só ativa
quando uma zona morta é identificada na topologia local.
Proteção de
Barras
87

Proteção de Proteção de
Barras Barras 1
R 87 87 R

Proteção do Proteção do
equipamento 1 equipamento

A R B C
Proteção do
equipamento

No bay do disjuntor paralelo essa função so-


mente dever ser habilitada quando o disjun-
tor estiver aberto ou a seccionadora aberta.
O trip dessa função deverá desligar todos os
disjuntores da subestação.

Figura 51 – Localizações típicas do TC em um bay

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 178/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Onde:
A = Dois TCs disponíveis um em cada lado do disjuntor do alimentador;
B = Um TC disponível no lado da linha do disjuntor do alimentador;
C = Um TC disponível no lado da barra do disjuntor do alimentador;
1 = Região da Zona Morta (End Fault);

Figura 52 – Lógica interna da proteção End Fault Protection

Nota

Este parâmetro deverá permanecer bloqueado enquanto houver status de disjuntor Fechado Con-
sistido, e portanto deve ser configurado de acordo com o diagrama lógico da aplicação.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 179/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
PHASE IOC1: Function
Esta configuração habilita e desabilita o elemento de proteção de sobrecorrente instantâneo
de fase.
Nesta aplicação, este elemento será habilitado para a função de proteção de Zona Morta (End
Fault Protection - EFP).

𝐹𝑢𝑛𝑐𝑡𝑖𝑜𝑛 = 𝐸𝑛𝑎𝑏𝑙𝑒𝑑

PHASE IOC1: Signal Source


Seleciona a fonte do sinal para o elemento de proteção de sobrecorrente instantâneo de fase.
Nesta aplicação a fonte selecionada é a SRC 1 (SRC 1).

𝑆𝑖𝑔𝑛𝑎𝑙 𝑆𝑜𝑢𝑟𝑐𝑒 = 𝑆𝑅𝐶 1 (𝑆𝑅𝐶 1)

PHASE IOC1: Pickup


Especifica o nível de pickup da sobrecorrente instantânea de fase em valores por unidade.
Pick-up do elemento da proteção de zona morta.
1 – (Alta segurança): Pick-up deve ser maior ou igual a máxima corrente de carga do bay,
para eventual falha no contato do disjuntor (ou seccionadoras) não atuar a EFP. Esse critério
não pode ser priorizado no caso de correntes de curtos-circuitos com baixo valor. A informa-
ção da corrente de carga máxima pode ser retirada dos estudos de fluxo de potência dos
projetos básicos, ou informado pelo Agente de transmissão.

Tabela 40 – Cálculo EFP - Critério da carga

TCprim Critério 1 - (Alta segurança)


Nome TC ID DJ ID Bay
[A] IEFP(1) > Kcarga > Resultado
x ICarga máx

LT Rio Verde 066TC-01 52L1 1200 Bay01 IEFP(1) > 150% x 173 A Fluxo > 259 A

2 – (Alta confiabilidade): Ajuste menor que o menor curto-circuito. Para identificar todas as
faltas na zona morta o pick-up da função deve ser menor que a corrente de falta mínima, para
uma falta na região da zona morta, estando o sistema na condição de disjuntor aberto e cir-
culação de corrente. Deve-se considerar impedâncias de faltas para calcular as correntes de
curtos-circuitos mínimas, para as faltas fases-terras que são as mais comuns.

Tabela 41 – Cálculo EFP - Critério do curto-circuito mínimo

TCprim Critério 2 - (Alta confiabilidade):


Nome TC ID DJ ID Bay
[A] IEFP(2) ≤ Kcurto min Icurto min ≤ Resultado
x
LT Rio Verde 066TC-01 52L1 1200 Bay01 IEFP(2) ≤ 70% x 1177 A ≤ 824 A

Observação: Os curtos-circuitos mínimos considerados são para faltas fase-terra com impe-
dância de 60 Ω.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 180/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
LT Rondonópolis → N-1 LT 230 kV Rondonópolis - Cuiabá-MT C1

Os pick-ups escolhidos são:


Tabela 42 – Cálculo EFP - Pick-ups escolhidos para a função

Pick-ups escolhidos Status do critérios


TCprim
Nome TC ID DJ ID Bay Status (1) Status (2)
[A] IEFP = IEFP escolhido
[> carga] [< curto]
LT Rio Verde 066TC-01 52L1 1200 Bay01 IEFP = 270 A 0.225 pu Ok (259 A) Ok (824 A)

𝑃𝑖𝑐𝑘𝑢𝑝 = 0.225 𝑝𝑢

PHASE IOC1: Delay


Retarda a asserção das variáveis PHASE IOC OP. É usado para obter coordenação de tempo-
rização com outros elementos e relés.
Conforme descrito na carta do ONS [Norma 4]: “A definição quanto às atuações das funções
de Retrip e de Zona morta, se instantânea ou temporizada, deve ficar a critério de cada
Agente, bem como o ajuste da corrente de supervisão do esquema, que deve ser suficiente
para detectar as condições de curto-circuito interno mínimo na linha de transmissão (ou equi-
pamento protegido)”.

O ajuste do tempo da zona morta é principalmente para evitar operação não desejada devido
à interrupção da corrente do disjuntor (extinção do arco) que vem após o status do contato
auxiliar mostrando que o disjuntor está aberto. O tempo de reset da medição de corrente
também deve ser considerado.

tEFP = textinção do arco + tmargem de segurança + tatraso reset de medição


tEFP = 0.050 + 0.030 + 0.020
tEFP = 0.100 [s] → 100.0 [ms]

𝐷𝑒𝑙𝑎𝑦 = 0,100 𝑠

PHASE IOC1: Reset


Especifica um atraso para o reset do elemento de sobrecorrente instantâneo de fase entre o
estado da saída de operação e o retorno à lógica 0 após a entrada passar fora da faixa de
pickup definida. Essa configuração é usada para garantir que os contatos de saída do relé
sejam fechados por tempo suficiente para garantir a recepção pelo equipamento a jusante.
Será ajustado sem temporização intencional.

𝑅𝑒𝑠𝑒𝑡 = 0.00 𝑠

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 181/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
PHASE IOC1: Block A, B e C
A utilização de uma variável atribuído a este ajuste bloqueia a fase A, B ou C da unidade de
sobrecorrente instantânea de fase.
Este parâmetro deverá permanecer bloqueado enquanto houver status de disjuntor Fechado
consistido, e portanto deve ser configurado de acordo com o diagrama lógico da aplicação.

𝐵𝑙𝑜𝑐𝑘 𝐴 = 𝐶𝑜𝑛𝑓. 𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜

𝐵𝑙𝑜𝑐𝑘 𝐵 = 𝐶𝑜𝑛𝑓. 𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜

𝐵𝑙𝑜𝑐𝑘 𝐶 = 𝐶𝑜𝑛𝑓. 𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜

PHASE IOC1: Target

Esta configuração é usada para definir a operação de uma mensagem de aviso do elemento.
Este ajuste será configurado como “Latched” para manter o aviso de atuação da proteção até
que um comando de RESET seja realizado.

𝑇𝑎𝑟𝑔𝑒𝑡 = 𝐿𝑎𝑡𝑐ℎ𝑒𝑑

PHASE IOC1: Events


Esta configuração é usada para controlar se os estados de pickup, dropout ou operação são
registrados pelo registrador de eventos.
Este ajuste será configurado como “Enabled” para que as informações associadas a atuação
da função sejam registradas na lista de eventos.

𝐸𝑣𝑒𝑛𝑡𝑠 = 𝐸𝑛𝑎𝑏𝑙𝑒𝑑

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 182/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
4.3 Control Elements

4.3.1 Synchrocheck

A função de verificação de sincronismo supervisiona o paralelismo de duas partes de um


sistema que devem ser unidas pelo fechamento de um disjuntor. Os elementos synchrocheck
são normalmente usados em locais onde as duas partes do sistema estão interconectadas
por meio de pelo menos um outro ponto no sistema.
O Synchrocheck verifica se as tensões (V1 e V2) nos dois lados do disjuntor supervisionado
estão dentro dos limites definidos de magnitude, ângulo e diferenças de frequência. O tempo
que as duas tensões permanecem dentro da diferença de ângulo admissível é determinado
pelo ajuste da diferença do ângulo de fase e da diferença de frequência (frequência de es-
corregamento).
Pode ser definido como o tempo que o fasor de tensão V1 ou V2 leva para percorrer um
ângulo igual a 2 vezes a variação angular a uma frequência igual à diferença de frequência.

Figura 53 - Gráfico da função Synchrocheck para escorregamento >0 e <0 (F2-F1)

Nota

Essa é uma função sistêmica, na ausência de informações complementares habilitaremos essa fun-
ção com as condições e préajustes descritos abaixo.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 183/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Function
Este parâmetro é utilizado para habilitar ou desabilitar a função de verificação de sincro-
nismo.
Este parâmetro será habilitado.

Block
A utilização de uma variável atribuída a este ajuste bloqueia a unidade de verificação de sin-
cronismo.
Este parâmetro deverá ser configurado conforme diagrama lógico.

V1 Source
Esta configuração seleciona a fonte para a tensão V1.
Nesta aplicação será definido a fonte V1 (SRC 1)

V2 Source
Seleciona a fonte para a tensão V2, que não deve ser a mesma usada para V1.
Nesta aplicação será definido a fonte V2 (SRC 2)

Max Volt Diff


Seleciona a diferença máxima de tensão primária em volts entre as duas fontes. Uma dife-
rença de magnitude de tensão primária entre as duas tensões de entrada abaixo deste valor
está dentro do limite permitido para sincronismo.
Nesta aplicação, este parâmetro será configurado para 10% da tensão nominal do sistema,
ou seja, 23000V.

Max Angle Diff


Seleciona a diferença angular máxima em graus entre as duas fontes. Uma diferença angular
entre os dois fasores de tensão de entrada abaixo desse valor está dentro do limite permitido
para sincronismo.
Nesta aplicação, este parâmetro será definido para 30 deg.

Max Freq Diff


Uma vez que o elemento Synchrocheck tenha operado, a diferença de frequência deve au-
mentar acima da soma SYNCHK1 MAX FREQ DIFF + SYNCHK1 MAX FREQ HYSTERESIS para cair
(assumindo que as outras duas condições, tensão e ângulo, permanecem satisfeitas).
Nesta aplicação, este parâmetro será definido para 0.20 Hz.

Max Freq Hysteresis


Especifica a histerese necessária para a condição de diferença de frequência máxima. Ou
seja, atendida as condições de sincronismo, a saída do sinal de operação do elemento
Syschrocheck ocorrerá após a diferença de frequência estiver acima da soma [Max Freq Diff]
+ [Max Freq Hysteresis], assumindo que as outras condições de ângulo e tensão permanecem
satisfeitas
Nesta aplicação, este parâmetro permanecerá com seu valor default, ou seja, 0.06Hz

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 184/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Synk Close
Ativa o modo dinâmico de verificação de sincronização. Quando está habilitado, a localização
de onde o vetor V2 presente chegará para sincronizar com o tempo de fechamento do disjun-
tor sendo levado em consideração será previsto com base na frequência de escorregamento
medida para que o comando de fechamento do disjuntor pode ser emitido com antecedência
para garantir o sincronismo no momento em que o disjuntor for realmente fechado.
Este parâmetro permanecerá desabilitado.

S-CLS Max dF
Especifica a frequência de escorregamento máxima permitida em Hz no modo dinâmico. O
modo dinâmico é desarmado quando a frequência de escorregamento excede esta configu-
ração.
Este ajuste permanecerá em seu valor de fault, pois esta função não será habilitada.

S-CLS Min dF
Especifica a frequência de escorregamento mínima permitida em Hz no modo dinâmico. O
modo dinâmico é desarmado quando a frequência de escorregamento cai abaixo dessa con-
figuração.
Este ajuste permanecerá em seu valor de fault, pois esta função não será habilitada.

S-CLS Brk Time


Especifica o tempo de fechamento do disjuntor em segundos.
Este ajuste permanecerá em seu valor de fault, pois esta função não será habilitada.

V2 Mag Correction Factor


Especifica o fator de correção de magnitude da fonte V2. Esta configuração é usada para a
compensação da magnitude V2, de forma que a magnitude V2 possa ser comparada direta-
mente com a magnitude V1. Por exemplo, quando V1 e V2 são retirados de 2 enrolamentos
diferentes do transformador e em diferentes níveis de tensão, a compensação de magnitude
deve ser realizada antes de iniciar a comparação de magnitude no elemento de verificação
de sincronismo.
Nesta aplicação, a correção não é necessária, pois as RTCs são as mesmas.

V2 Angle Shift
Especifica o ângulo da fonte V2 que precisa ser deslocado para que o ângulo V2 possa ser
comparado diretamente com o ângulo V1. Por exemplo, quando V1 e V2 são retirados de dois
enrolamentos diferentes do transformador e com deslocamento de ângulo diferente devido às
conexões de enrolamento, a compensação do deslocamento do ângulo deve ser realizada
antes de iniciar a comparação do ângulo no elemento de verificação de sincronismo.
Nesta aplicação onde utiliza-se a mesma fase, considera-se o ângulo 0.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 185/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Dead Source Select
Seleciona a combinação de fontes mortas e vivas que contornam a função de verificação de
sincronismo e permitem que o disjuntor seja fechado quando uma ou ambas as tensões (V1
ou / e V2) estiverem abaixo do limite máximo de tensão. Uma fonte viva ou morta é declarada
monitorando o nível de tensão. Seis opções estão disponíveis:
• None — Dead Source function is disabled
• LV1 and DV2 — Live V1 and Dead V2
• DV1 and LV2 — Dead V1 and Live V2
• DV1 or DV2 — Dead V1 or Dead V2
• DV1 Xor DV2 — Dead V1 exclusive-or Dead V2 (one source is Dead and the other is
Live)
• DV1 and DV2 — Dead V1 and Dead V2

Nesta aplicação, considera-se o parâmetro DV1 Xor DV2.

Dead V1 Max Volt


Estabelece uma magnitude de tensão máxima para V1 em 'pu'. Abaixo desta magnitude, a
entrada de tensão V1 usada para verificação de sincronização é considerada “morta” ou de-
senergizada.
Este parâmetro será configurado em 45% da tensão nominal do sistema.

Dead V2 Max Volt


Estabelece uma magnitude de tensão máxima para V2 em 'pu'. Abaixo desta magnitude, a
entrada de tensão V2 usada para verificação de sincronização é considerada “morta” ou de-
senergizada.
Este parâmetro será configurado em 45% da tensão nominal do sistema.

Live V1 Min Volt


Estabelece uma magnitude de tensão mínima para V1 em 'pu'. Acima desta magnitude, a
entrada de tensão V1 usada para verificação de sincronização é considerada “viva” ou ener-
gizada.
Este parâmetro será configurado em 70% da tensão nominal do sistema.

Live V2 Min Volt


Esta configuração estabelece uma magnitude de tensão mínima para V2 em 'pu'. Acima desta
magnitude, a entrada de tensão V2 usada para verificação de sincronização é considerada
“viva” ou energizada.
Este parâmetro será configurado em 70% da tensão nominal do sistema.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 186/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Target
Esta configuração é usada para definir a operação de uma mensagem de aviso do elemento.
Quando definido como "Desativado", nenhuma mensagem de aviso ou iluminação de um in-
dicador LED do painel frontal é emitida durante a operação do elemento. Quando definido
como “Latched”, a mensagem de destino e a indicação do LED permanecem visíveis até que
um comando RESET seja recebido pelo relé.
Nesta aplicação, este elemento é ajustado como “Disabled”.

Events
Esta configuração é usada para controlar se os estados de pickup, dropout ou operação são
registrados pelo registrador de eventos.
Este ajuste será configurado como “Enabled” para que as informações associadas a atuação
da função sejam registradas na lista de eventos.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 187/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5 REFERÊNCIAS

5.1 Normas

[Norma 1]: ONS: Submódulo 2.11-RQ_2020.12 – Requisitos mínimos para os sistemas de


proteção, de registro de perturbações e de teleproteção
[Norma 2]: ONS: Submódulo 2.3-CR_2020.12 – Premissas, critérios e metodologia para
estudos elétricos (Critérios)
[Norma 3]: ONS: Submódulo 2.10-RQ_2020.12 – Requisitos técnicos mínimos para a co-
nexão às instalações de transmissão
[Norma 4]: ONS: RE 3/109/2011 – Filosofias das proteções das linhas de transmissão de
tensões iguais e superiores a 345kV;
[Norma 5]: ONS: RE 3/220/2012 – Filosofias das proteções das linhas de transmissão de
tensão inferior a 345kV da Rede de Operação do ONS;
[Norma 6]: ONS: 3/200/2012 – Filosofias das proteções dos transformadores e autotrans-
formadores da Rede de Operação do ONS
[Norma 7]: ONS: ONSNT038-2014 – Ensaio de elevação de temperatura de transforma-
dores em sobrecarga
[Norma 8]: IEEE Std C57.109™-2018 – IEEE Guide for Liquid-Immersed Transformers
Through-Fault-Current Duration
[Norma 9]: IEEE Std C37.108™-2002 – IEEE Guide for the Protection of Network Trans-
formers
[Norma 10]: IEEE Std C37.113™-2015 – IEEE Guide for Protective Relay Applications to
Transmission Lines
[Norma 11]: IEEE Std C37.91™-2008 – IEEE Guide for Protecting Power Transformers
[Norma 12]: IEEE Std C37.119™-2016 – IEEE Guide for Breaker Failure Protection of
Power Circuit Breakers
[Norma 13]: IEEE Std C37.234™-2009 – IEEE Guide for Protective Relay Applications to
Power System Buses
[Norma 14]: IEEE Std C37.99™-2012 – IEEE Guide for the Protection of Shunt Capacitor
Banks
[Norma 15]: IEEE Std 1036™-2010 – IEEE Guide for Application of Shunt Power Capacitors
[Norma 16]: IEEE Std C37.012™-2014 – IEEE Guide for the Application of Capacitance Cur-
rent Switching for AC High-Voltage Circuit Breakers Above 1000 V
[Norma 17]: IEEE Std C37.109™-2006 – IEEE Guide for the Protection of Shunt Reactors
[Norma 18]: IEEE Std C37.91™-2008 - IEEE Guide for Protecting Power Transformers

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 188/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
[Norma 19]: IEEE Std C57.109™-2018 - IEEE Guide for Liquid-Immersed Transformers
Through-Fault-Current Duration
[Norma 20]: IEEE Std C37.104™-2012 – IEEE Guide for Automatic Reclosing of Circuit
Breakers for AC Distribution and Transmission Lines
[Norma 21]: IEEE Std C37.110™-2007 - IEEE Guide for the Application of Current Trans-
formers Used for Protective Relaying Purposes
[Norma 22]: Cigré: WG B5.37 Final Draft 2012 Aug-23 – Protection, Monitoring and Control
of Shunt Reactors (CIGRE WG B5.27) 2012-08-2
[Norma 23]: ABNT NBR6856:2015 – Transformador de corrente – Especificação e Ensaios.
[Norma 24]: ABNT NBR6855:2018 – Transformador de potencial indutivo – requisitos e en-
saios
[Norma 25]: ABNT NBR5282:1998 – Capacitores de potência em derivação para sistema
de tensão nominal acima de 1 000 V – Especificação
[Norma 26]: ABNT NBR5422:Fev1985 - Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia
– Procedimento
[Norma 27]: ABNT NBR5356-7:2017 – Parte 7 Guia de carregamento para transformadores
imersos em líquido isolante
[Norma 28]: IEC 60871 – Shunt capacitors for a.c. power systems having a rated voltage
above 1 000 V Part 1: General
[Norma 29]: IEC 61869-2 – Edition 1.0 2012-09 – Instrument Transformers – Part 2: Addi-
tional Requirements for Current Transformers
[Norma 30]: IEC 61869-5 – Edition 1.0 2011-07 – Instrument transformers – Part 5 Additional
requirements for capacitor voltage transformers
[Norma 31]: IEC 60076-5 – Edition 3.0 2006-02 – Power transformers – Part 5 Ability to
withstand short circuit
[Norma 32]: IEC 60076-7 – Edition 2.0 2018-01 – Power transformers – Part 7: Loading
guide for mineral-oil-immersed power transformers
[Norma 33]: IEC 60831-1 – Second Edition 1999 – Teleprotection equipment of power sys-
tems – Performance and testing – Part 1: Command Systems

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 189/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5.2 Livros

[Livro 1]: Proteção de Sistemas Elétricos de Potência – Guia Prático de Ajustes; 2014
Qualitymark Editora (Eliel Celestino da Silva)
[Livro 2]: Proteção de Sistemas Elétricos de Potência; 2° Edição 2020 LTC – Livros Téc-
nicos e Científicos Editora (João Mamede Filho)
[Livro 3]: Protective Relaying Principles and Applications; 2006 3rd ed. CRC Press ( J.
Lewis Blackburn, Thomas J. Domin)
[Livro 4]: Protective Relaying Theory and Applications (Walter A. Elmore)
[Livro 5]: Livro: The Art & Science of Protection Relaying (C. Russel Mason)
[Livro 6]: Numerical Differential Protection Principles and Applications-Publicis Pub 2012
(Gerhard Ziegler)
[Livro 7]: Numerical Distance Protection Principles and Application-Publicis Pub 2011
(Gerhard Ziegler)
[Livro 8]: Practical Power Systems Protection ELSEVIER (Les Hewitson; Mark Brown;
Ben Ramesh)
[Livro 9]: Power System Relaying 2014, 4th ed. Wiley (Stanley H. Horowitz; Arun G.
Phadke)
[Livro 10]: Power System Capacitors; 2005 CRC Press (Ramasamy Natarajan)
[Livro 11]: Protective Relays – Their Theory and Practice; 1968 Volume One CHAPMAN
& HALL LTD (A. R. van C. Warrington)
[Livro 12]: Equipamentos Elétricos – especificação e aplicação em subestações de alta
tensão (Furnas 1985)
[Livro 13]: Power Systems Handbook – Volume 1-Short-Circuits in AC and DC Systems
ANSI, IEEE, & IEC Standards, 2018 CRC Press (J.C. Das)
[Livro 14]: Proteção e Seletividade em Sistemas Elétricos Industriais (Autor: Cláudio Mar-
degan)
[Livro 15]: EQUIPAMENTOS DE ALTA TENSÃO Prospecção e Hierarquização de Inova-
ções Tecnológicas 1°Edição, Brasília 2013
[Livro 16]: ELECTRIC POWER TRANSFORMER ENGINEERING © 2004 by CRC Press
LLC – James H. Harlow
[Livro 17]: Protective Relaying Principles and Applications - 2nd ed. ( J Lewis Blackburn)
[Livro 18]: Analyzing and Applying Current Transformers (ZOCHOLL) - ISBN-10:
0972502629 - October 1, 2004.

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 190/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5.3 Manuais

[Manual 1]: SIP5-APN-031_Breaker-Pole-Discrepancy_en


[Manual 2]: 1MRK 506 369-UEN - Line distance protection REL670 Version 2.2 IEC Appli-
cation manual
[Manual 3]: 1MRK 506 370-UEN - Line distance protection REL670 Version 2.2 IEC Tech-
nical manual
5.4 Apostilas

[Apostila 1]: Proteção de Barramento e Proteção de Falha de Disjuntor; Virtus Consultoria


e Serviços Ltda; Autor: Paulo Koiti Maezono
[Apostila 2]: Proteção de Linhas de Transmissão; 2013 Edição 5.1.1 Novembro; Autor:
Paulo Koiti Maezono
5.5 Artigos

[Artigo 1]: PAPER_2003_03_en_HV_Shunt_Reactor_Secrets_For_Protection_Engineers


[Artigo 2]: SA2007-000671_en_Adaptive_Differential_Protection_for_Genera-
tors_and_Shunt_Reactors
[Artigo 3]: SA2006-000851_en_Power_Transformer_Characteristics_and_Their_Ef-
fect_on_Protective_Relays
[Artigo 4]: Practical EHV Reactor Protection (IEEE 2013)
[Artigo 5]: Utilização do religamento automático tripolar lento em linhas de transmissão do
SIN –sistema interligado nacional uma experiência bem sucedida (XX SNPTEE)
[Artigo 6]: TP6864-01 – Considerações e Benefícios de Utilizar Cinco Zonas para Prote-
ção de Distância (Ricardo Abboud, Jordan Bell, e Brian Smyth – SEL, 2019)
[Artigo 7]: PSRC. “Theory for CT SAT Calculator”. Spreadsheet originated by the IEEE
PSRC Committee Responsible for STANDARD IEEE C37.110, Jun, 2001.
5.6 Sites

[Site 1]: http://nepsi.com/resources/calculators/peak-inrush-current-from-capacitor-bank-


switching.htm

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 191/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5.7 Documentos projetos

MEZ3-SET-GER-GER-EPS-A4-0004_000-00 – Regulamentação Técnica de Filosofias de


Proteção - CADERNO II – CADERNO II.A(RB-RF)
MEZ3-SET-RIC-RIC-ELM-A2-0125_001-00 – Diagrama de Faseamento
MEZ3-SET-RIC-RIC-ELE-A1-0102_001-0D - SE RIC2 - 230-138-13,8kV - Diagrama Unifilar
Proteção e Medição
RC248-B-406 Diagrama Unifilar Proteção Se Rio Verde (Furnas) R0
MEZ3-SET-RIC-RIC-ELE-A1-0101_001-0E - Projeto Executivo - SE Rio Claro 2-230-138 kV-
Diagrama Unifilar
MEZ3-SET-RIC-RIC-PPC-A3-1016_000-0C - Linha Furnas Rio Verde-Rondonópolis - Dia-
grama Funcional
MEZ3-SET-RIC-RIC-TCO-A3-0120_001-0E - SE Rio Claro II-TC 245kV-Tipo TCR-245
MEZ3-SET-RIC-RIC-TPO-A3-0220_000-0C - SE RIC2 - TP-OTCF-245
21A_PST_290808 – Ordem de Ajuste
21P_PST_290808 – Ordem de Ajuste
PB-LT-RC2-104-R01 Condutor E Para-Raios
PB-LT-RC2-108-R01 Coord Isolamento
RT 051/2018 – Estudo de Fluxo de Potência
MEZ3-SET-RIC-RIC-PPC-A4-0102_000-00 Workstatement proteção e Controle – Terminal
Rio Claro 2
MEZ3-SET-RIV-RIV-PPC-A4-0501_000-0C Workstatement proteção e Controle – Terminal
Rio Verde
MEZ3-SET-RIC-RIC-PPC-A3-1016_000-0C - Linha Furnas Rio Verde-Rondonópolis - Dia-
grama Funcional

5.8 Ferramentas Computacionais

Tabela 43 – Ferramentas Computacionais Aplicadas

Software Versão Desenvolvedor

ANAFAS 7.5.0 Nov21 CEPEL


Power Tools for Windows 9.0.1.3 SKM
PCM600 2.10 ABB
EnerVista UR Setup 8.2.2 GE

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 192/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
ANEXO A – TABELA DE AJUSTES

1. ORDEM DE AJUSTE – LT 230 KV – REL670

1.1. IED Configuration

1.1.1. HW Configuration

Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição


NAMECH1 3TCL1 -A 13 characters - - - User define string for analogue input 01
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint1 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec1 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim1 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH2 3TCL1 -B 13 characters - - - User define string for analogue input 02
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint2 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec2 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim2 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH3 3TCL1 -C 13 characters - - - User define string for analogue input 03
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint3 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec3 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim3 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH4 13 characters - - - User define string for analogue input 04
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint4 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec4 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim4 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH5 13 characters - - - User define string for analogue input 05
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint5 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec5 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim5 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH6 13 characters - - - User define string for analogue input 06
FromObject ToObject= towards protected object, FromObject=
CTStarPoint6 ToObject - - ToObject
ToObject the opposite
CTsec6 5 1 - 10 A 1 1 Rated CT secondary current
CTprim6 1200 1 - 99999 A 1 3000 Rated CT primary current
NAMECH7 3TPL1 A 13 characters - - - User define string for analogue input 07
VTsec7 115.000 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
VTprim7 230.00 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage
NAMECH8 3TPL1 B 13 characters - - - User define string for analogue input 08
VTsec8 115.000 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
VTprim8 230.00 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage
NAMECH9 3 TPL1 C 13 characters - - - User define string for analogue input 09
VTsec9 115.000 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
VTprim9 230.00 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage
NAMECH10 3TPB1 13 characters - - - User define string for analogue input 10
Vtsec10 115.000 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
Vtprim10 230.00 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage
NAMECH11 3TPB2 13 characters - - - User define string for analogue input 11
Vtsec11 115.000 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
Vtprim11 230.00 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage
NAMECH12 - 13 characters - - - User define string for analogue input 12
Vtsec12 110 0.001 - 999.999 V 0 110 Rated VT secondary voltage
Vtprim12 400 0.05 - 2000.00 kV 0.05 400 Rated VT primary voltage

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 193/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.1.2. Activate setting group – SETGRPS

Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição


SettingGroup1
SettingGroup2
Set- SettingGroup3
ActiveSetGrp - - SettingGroup1 ActiveSettingGroup
tingGroup1 SettingGroup4
SettingGroup5
SettingGroup6
MAXSETGR 1 1-6 No 1 1 Max number of setting groups 1-6

1.1.3. Power system – PRIMVAL

Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição

FrequencySel 60Hz 50.0 - 60.0 Hz - 50Hz Rated system frequency

Nor- Normal=L1L2L3
Phase Rotation - - Normal=L1L2L3 System phase rotation
mal=L1L2L3 Inverse=L3L2L1

1.1.4. Global base values GBASVAL

Global base values


GBASVAL: 1 – Corrente nominal do transformador de Corrente
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
UBase 230.00 0.05 - 2000.00 kV 5 40000 Global base voltage
IBase 1200 1 - 99999 A 1 3000 Global base current
SBase 398 1.00 - 200000.00 MVA 5 200000 Global base apparent power

GBASVAL: 2 – Corrente Nominal de Curta Duração


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
UBase 230.00 0.05 - 2000.00 kV 5 40000 Global base voltage
IBase 528 1 - 99999 A 1 3000 Global base current
SBase 210 1.00 - 200000.00 MVA 5 200000 Global base apparent power

GBASVAL: 3 – Corrente Nominal de Longa Duração


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
UBase 230.00 0.05 - 2000.00 kV 5 40000 Global base voltage
IBase 665 1 - 99999 A 1 3000 Global base current
SBase 265 1.00 - 200000.00 MVA 5 200000 Global base apparent power

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 194/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.1.5. Analog modules

AISVBAS
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição

TRM40- Reference channel for phase angle


PhaseAngleRef TRM40-Ch07 Ver manual - -
Ch1 presentation

1.1.6. Monitoring

DRPRDRE
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off
Operation On - - Off Operation Off/On
On
PreFaultRecT 0.50 0.05 - 9.90 s 0.01 0.10 Pre-fault recording time
PostFaultRecT 2.5 0.1 - 10.0 s 0.11 0.5 Post-fault recording time
TimeLimit 3.0 0.5 - 10.0 s 0.1 1.0 Fault recording time limit
Off
PostRetrig Off - - Off Post-fault retrig enabled (On) or not (Off)
On
MaxNoStoreRec 100 10 - 100 - 1 100 Maximum number of stored disturbances
ZeroAngleRef 1 1.0 - 30 Canal 1 1 Trip value recorder, phasor reference channel
Off
OpModeTest On - Off Operation mode during test mode
On

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 195/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.2. Impedance protection

1.2.1. Automatic SOTF (ZCVPSOF)

Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição


Selection of one of the Global Base
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1
Value groups
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off
Operation Off - - On Operation Off / On
On
DLD disabled
DLD disa- Voltage
AutoInitMode - - DLD disabled Automatic switch onto fault initialization
bled Current
Current & Voltage
Impedance
Mode Impedance UILevel - - UILevel Mode of operation of SOTF Function
UILvl&Imp
Current level for detection of dead line
Iph< 9 1 – 100 %IB 1 20
in % of Ibase
Voltage level for detection of dead line
Uph< 70 1 – 100 %UB 1 70
in % of Ubase
tDuration 0.020 0,000 – 60,000 s 0,001 0,02 Time delay for UI detection (s)
Drop off delay time of switch onto fault
tSOTF 0.500 0,000 – 60,000 s 0,001 1
function
Delay time for activation of dead line de-
tDLD 0.200 0,000 – 60,000 s 0,001 0,2
tection
Time delay to operate of switch onto
tOperate 0.03 0.03 – 120.00 s 0.01 0.03
fault function

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 196/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.2.2. Proteção de distância (ZMFPDIS: 1,21P e 21N)

ZMFPDIS(21; Z<):1
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Selection of one of the Global Base Value
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1
groups
Maximum expected DC time constant in
tTauDC 999.999 0.010 - 999.999 s 0.001 999.999
primary fault current
Setting Group1
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off
Operation On - - On Operation Off / On
On
RLdFw 146.22 0.01 - 5000.00 Ohm/p 0.01 60.00 Resistance determining the load imped-
ance area - forward
Maximum used resistance determining the
load impedance area, if RLdFw is greater
RLdFwMax 146.22 0.01 - 5000.00 Ohm/p 0.01 5000.00
than RLdFwMax then RLdFw is set to RLd-
FwMax
Minimum used resistance determining the
load impedance area, if RLdFw is less than
RLdFwMin 146.22 0.01 - 5000.00 Ohm/p 0.01 0.01
RLdFwMin then RLdFw is set to RLd-
FwMin
%RLdF Resistance factor determining the load im-
RLdRvFactor 100 1 - 1000 1 100
w pedance area - reverse
RStart 118 0.01 - 5000.00 Ohm/p 0.01 150.00 Resistive limitation of starting
characteristic
XStart 98 0.01 - 10000.00 Ohm/p 0.01 400.00 Reactive limitation of starting characteristic
Angle determining the load impedance
ArgLd 30 5 - 70 Deg 1 30
area
Maximum used angle determining
ArgLdMax 30 5 - 70 Deg 1 70 the load impedance area, if ArgLd is
greater than ArgLdMax then ArgLd
is set to ArgLdMax
Minimum used angle determining the
ArgLdMin 30 5 - 70 Deg 1 5 load impedance area, if ArgLd is less
than ArgLdMin then ArgLd is set to Ar-
gLdMin
Phase
Phase Selec- Phase Selection Selection of start source for all ZoneLinked
ZoneLinkStart - - Selec-
tion 1st starting zone trip delay timers
tion
Any
Passive CVT selection determining filtering of the
CVTType Any Passive type - -
type function
None (Magnetic)
%Max- 3I0 limit for releasing Phase-to-Earth
INReleasePE 400 5 - 400 1 400
IPh measuring loops
ArgDir 15 5 - 45 Deg 1 15 Angle of blinder in fourth quadrant for for-
ward direction
Angle of blinder in second quadrant for for-
ArgNegRes 115 90 - 175 Deg 1 120
ward direction
Off
EnPar Off - - Off Enable parallel line compensation ON/OFF
On
INP/IN high limit for parallel line compen-
INPRatio 1.25 0.20 - 2.00 - 0.05 1.25
sation

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 197/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Zone 1

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
OpMo- Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-
Quadrilateral - - Quadrilateral
dePPZ1 Mho Ph loops, zone 1
MhoOffset
Off
OpMo- Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-E
Quadrilateral Quadrilateral
dePEZ1 Mho loops, zone 1
MhoOffset
Positive sequence reactance reach, Ph-
X1PPZ1 31.53 0.01 - 3000.00 ohm/p 0.01 30.00
Ph, zone 1
Positive sequence resistive reach, Ph-Ph,
R1PPZ1 6.68 0.01 - 1000.00 ohm/p 0.01 5.00
zone 1
Positive sequence reactance reach, Ph-
X1PEZ1 31.53 0.01 - 3000.00 ohm/p 0.01 30.00
E, zone 1
Positive sequence resistive reach, Ph-
R1PEZ1 6.68 0.01 - 1000.00 ohm/p 0.01 5.00
E,zone 1
X0Z1 94.69 0.10 – 9000.00 ohm/p 0.01 100.00 Zero sequence reactance reach, zone 1

R0Z1 27.85 0.01 – 3000.00 ohm/p 0.01 15.00 Zero sequence resistive reach, zone 1
Zero sequence mutual reactance re-
X0MZ1 0.00 0.00 - 9000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone 1
Zero sequence mutual resistance re-
R0MZ1 0.00 0.00 - 3000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone 1
RFPPZ1 94.60 0.01 – 9000.00 ohm/l 0.01 30.00 Fault resistance reach, Ph-Ph, zone 1

RFPEZ1 141.90 0.10 – 9000.00 ohm/l 0.01 100.00 Fault resistance reach, Ph-E, zone 1
Disable all
Enable Ph-E
TimerMo- Enable Ph-E Enable Ph-E On/Off setting for Ph-Ph and Ph-E trip
Enable PhPh - -
deZ1 PhPh PhPh output, zone 1
Enable Ph-E
PhPh
LoopLink (tPP &
tPE)
Timer- LoopLink (tPP LoopLink (tPP & How start of trip delay timers should be
LoopLink & - -
LinksZ1 & tPE) tPE) linked for zone 1
ZoneLink
No Links
tPPZ1 0.000 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-Ph

tPEZ1 0.000 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-E
IminOp- Minimum operate delta current for
10 10 – 1000 %IB 1 20
PPZ1 Phase- Phase loops
IminOp- Minimum operate phase current for
10 10 – 1000 %IB 1 20
PEZ1 Phase-Earth loops

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 198/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Zone 2

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-
OpModePPZ2 Quadrilateral - - Quadrilateral
Mho Ph loops, zone 2
MhoOffset
Off
Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-E
OpModePEZ2 Quadrilateral - - Quadrilateral
Mho loops, zone 2
MhoOffset
Non-directional
DirModeZ2 Forward Forward - - Forward Direction of zone 2
Reverse
Positive sequence reactance reach, Ph-
X1Z2 58.86 0.01 - 3000.00 ohm/p 0.01 30.00
Ph, zone 2
Positive sequence resistive reach, Ph-Ph,
R1Z2 12.46 0.01 - 1000.00 ohm/p 0.01 5.00
zone 2
X0Z2 176.75 0.10 – 9000.00 ohm/p 0.01 100.00 Zero sequence reactance reach, zone 2

R0Z2 51.98 0.01 – 3000.00 ohm/p 0.01 15.00 Zero sequence resistive reach, zone 2
Zero sequence mutual reactance re-
X0MZ2 0.00 0.00 - 9000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone 2
Zero sequence mutual resistance re-
R0MZ2 0.00 0.00 - 3000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone 2
RFPPZ2 176.59 0.01 – 9000.00 ohm/l 0.01 30.00 Fault resistance reach, Ph-Ph, zone 2

RFPEZ2 264.89 0.10 – 9000.00 ohm/l 0.01 100.00 Fault resistance reach, Ph-E, zone 2
Disable all
Enable Ph-E
Enable Ph-E Enable Ph-E On/Off setting for Ph-Ph and Ph-E trip
TimerModeZ2 Enable PhPh - -
PhPh PhPh output, zone 2
Enable Ph-E
PhPh
LoopLink (tPP &
tPE)
LoopLink (tPP LoopLink (tPP & How start of trip delay timers should be
TimerLinksZ2 LoopLink & - -
& tPE) tPE) linked for zone 2
ZoneLink
No Links
tPPZ2 0.500 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-Ph

tPEZ2 0.500 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-E

IminOpPPZ2 10 10 – 1000 %IB 1 20 Minimum operate delta current for


Phase- Phase loops
Minimum operate phase current for
IminOpPEZ2 10 10 – 1000 %IB 1 20
Phase-Earth loops

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 199/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Zone 3

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
Quadrilateral
OpModePPZ3 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-Ph loops, zone 3
Mho
MhoOffset
Off
Quadrilateral
OpModePEZ3 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-E loops, zone 3
Mho
MhoOffset

Zone 4

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
Quadrilateral
OpModePPZ4 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-Ph loops, zone 4
Mho
MhoOffset
Off
Quadrilateral
OpModePEZ4 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-E loops, zone 4
Mho
MhoOffset

Zone 5

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
Quadrilateral
OpModePPZ5 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-Ph loops, zone 5
Mho
MhoOffset
Off
Quadrilateral
OpModePEZ5 Off - - Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-E loops, zone 5
Mho
MhoOffset

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 200/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Zone RV

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-
OpModePPZRV Quadrilateral - - Quadrilateral
Mho Ph loops, zone RV
MhoOffset
Off
Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-
OpModePEZRV Quadrilateral - - Quadrilateral
Mho E loops, zone RV
MhoOffset
Positive sequence reactance reach, Ph-
X1ZRV 10.09 0.01 - 3000.00 ohm/p 0.01 30.00
Ph, zone RV
Positive sequence resistive reach, Ph-
R1ZRV 2.14 0.01 - 1000.00 ohm/p 0.01 5.00
Ph, zone RV
Zero sequence reactance reach, zone
X0ZRV 30.30 0.10 – 9000.00 ohm/p 0.01 100.00
RV
R0ZRV 8.91 0.01 – 3000.00 ohm/p 0.01 15.00 Zero sequence resistive reach, zone RV
Zero sequence mutual reactance re-
X0MZRV 0.00 0.00 - 9000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone RV
Zero sequence mutual resistance re-
R0MZRV 0.00 0.00 - 3000.00 Ohm/p 0.01 0.00
ach,zone RV
RFPPZRV 166.50 0.01 – 9000.00 ohm/l 0.01 30.00 Fault resistance reach, Ph-Ph, zone RV

RFPEZRV 249.75 0.10 – 9000.00 ohm/l 0.01 100.00 Fault resistance reach, Ph-E, zone RV
Disable all
Enable Ph-E
Enable Ph-E Enable Ph-E On/Off setting for Ph-Ph and Ph-E trip
TimerModeZRV Enable PhPh - -
PhPh PhPh output, zone RV
Enable Ph-E
PhPh
LoopLink (tPP &
tPE)
LoopLink (tPP LoopLink (tPP & How start of trip delay timers should be
TimerLinksZRV LoopLink & - -
& tPE) tPE) linked for zone RV
ZoneLink
No Links
tPPZRV 60.000 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-Ph

tPEZRV 60.000 0.000 – 60.000 s 0.001 0.000 Time delay of trip, Ph-E

IminOpPPZRV 10 10 – 1000 %IB 1 20 Minimum operate delta current for


Phase- Phase loops
Minimum operate phase current for
IminOpPEZRV 10 10 – 1000 %IB 1 20
Phase-Earth loops

Zone BU

Nome Estudo Valores (Range)Unidade Step Default Descrição


Off
OpModePP- Quadrilateral On/Off and characteristic setting for Ph-Ph loops, zone
Off - - Quadrilateral
ZBU Mho BU
MhoOffset
Off
OpMo- Quadrilateral
Off - - QuadrilateralOn/Off and characteristic setting for Ph-E loops, zone BY
dePEZBU Mho
MhoOffset

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 201/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.3. Current protection

1.3.1. Phase Overcurrent Protection (OC4PTOC1) – 51E/50E 230kV

OC4PTOC(51_67; 4(3I>)) - Proteção de Sobrecorrente de fase


General
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Selection of one of the Global Base
GlobalBaseSel 1 1 - 12 - 1 1
Value groups
DFT Selection between DFT and RMS
MeasType DFT - - DFT
RMS measurement
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
AngleRCA 55 40 - 65 Deg 1 55 Relay characteristic angle (RCA)
AngleROA 80 40 - 89 Deg 1 80 Relay operation angle (ROA)
1 out of 3
Number of phases required for op (1 of
StartPhSel 1 out of 3 2 out of 3 - - 1 out of 3
3, 2 of 3, 3 of 3)
3 out of 3
Minimum current for phase selection in
IMinOpPhSel 7 1 - 100 %IB 1 7
% of IBase
Operate level of 2nd harmonic curr in %
2ndHarmStab 20 5 - 100 %IB 1 20
of fundamental curr

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 202/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 1
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Minimum settable operating phase cur-
I1>MinEd2Set 5 5 - 2500 %IB 1 5 rent level for step 1 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Maximum settable operating phase cur-
I1>MaxEd2Set 2500 5 - 2500 %IB 1 2500 rent level for step 1 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Setting Group 1
Off
Non-directio- Non-directional For- Directional mode of step 1 (off, nodir,
DirMode1 - - Non-directional
nal ward forward, reverse)
Reverse
ANSI Ext. inv. /
ANSI Very inv. /
ANSI Norm. inv.
ANSI Mod. inv. /
ANSI Def. Time /
L.T.E. inv. / L.T.V.
inv. / L.T. inv. / IEC
Norm. inv. / IEC
ANSI Def. Selection of time delay curve type for
Characterist1 IEC Norm. inv Very inv. / IEC inv. - -
Time step 1
/ IEC Ext. inv. / IEC
S.T. inv. / IEC L.T.
inv.
IEC Def. Time / Re-
served
Programmable / RI
type
RD type
Operating phase current level for step 1
I1> 55 5 - 2500 %IB 1 1000
in % of IBase
Def time delay or add time delay for in-
t1 0.000 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
verse char of step 1
Time multiplier for the inverse time de-
k1 0.15 0.05 - 999.00 - 001 005
lay for step 1
Minimum operate current for step1 in %
IMin1 55 1 - 10000 %IB 1 100
of IBase
Minimum operate time for inverse
t1Min 0.000 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
curves for step 1
Multiplier for current operate level for
I1Mult 1.0 1.0 - 10.0 - 01 20
step 1
Instantaneous
ResetTypeCrv1 Instantaneous IEC Reset - - Instantaneous Selection of reset curve type for step 1
ANSI reset
tReset1 0,020 0.000 - 60.000 s 0,001 0,020 Constant reset time for step 1
Parameter P for customer programma-
tPCrv1 1,00 0.005 - 3.000 - 0,001 1,000
ble curve for step 1
Parameter A for customer programma-
tACrv1 13,500 0.005 - 200.000 - 0,001 13,500
ble curve for step 1
Parameter B for customer programma-
tBCrv1 0,00 0.00 - 20.00 - 001 000
ble curve for step 1
Parameter C for customer programma-
tCCrv1 1,0 0.1 - 10.0 - 01 10
ble curve for step 1
Parameter PR for customer program-
tPRCrv1 0,500 0.005 - 3.000 - 0,001 0,500
mable curve for step 1
Parameter TR for customer program-
tTRCrv1 13,5 0.005 - 100.000 - 0,001 13,500
mable curve for step 1
Parameter CR for customer program-
tCRCrv1 1,0 0.1 - 10.0 - 01 10
mable curve for step 1
Off Enable block of step 1 from harmonic
HarmBlock1 On - - Off
On restrain

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 203/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 2
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Off
Non-directional Directional mode of step 2 (off, nodir,
DirMode2 Off - - Non-directional
Forward forward, reverse)
Reverse
Off
Non-directional Directional mode of step 3 (off, nodir,
DirMode3 Off - - Non-directional
Forward forward, reverse)
Reverse
Off
Non-directional Directional mode of step 4 (off, nodir,
DirMode4 Off - - Non-directional
Forward forward, reverse)
Reverse

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 204/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.3.2. Neutral Overcurrent Protection (EF4PTOC1) – 51N/50N - 230kV

EF4PTOC(51N_67N; 4(IN>)) - Proteção de Sobrecorrente de Neutro


General
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Selection of one of the Global Base
GlobalBaseSel 1 1 - 12 - 1 1
Value groups
Zero seq Choice of measurand for polarizing volt-
SeqTypeUPol Neg seq - - Zero seq
Neg seq age
Zero seq Choice of measurand for polarizing cur-
SeqTypeIPol Neg seq - - Zero seq
Neg seq rent
Zero seq Choice of measurand for directional
SeqTypeIDir Zero seq - - Zero seq
Neg seq current
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
Disable
EnDir Enable - - Enable Enabling the Directional calculation
Enable
AngleRCA 65 -180 - 180 Deg 1 65 Relay Characteristic Angle (RCA)
Voltage
polMethod Voltage Current - - Voltage Type of polarization
Dual
Minimum voltage level for polarization
UPolMin 1 1 - 100 %UB 1 1
in % of UBase
Minimum current level for polarization in
IPolMin 5 2 - 100 %IB 1 5
% of IBase
Real part of source impedance used for
RNPol 5.00 0.50 - 1000.00 Ohm 001 500
current polarisation
Imaginary part of source imp. used for
XNPol 40.00 0.50 - 3000.00 Ohm 001 4,000
current polarisation
Residual current level in % of IBase for
IN>Dir 5 1 - 100 %IB 1 10
Direction release
Operate level of 2nd harmonic curr in %
2ndHarmStab 15 5 - 100 % 1 20
of fundamental curr
Off Enable blocking at energizing of parallel
BlkParTransf On - - Off
On transformers
IN1>
IN2> Current level blk at parallel transf
UseStartValue IN1> - - IN4>
IN3> (step1, 2, 3 or 4)
IN4>
Off
SOTF SOTF operation mode (Off/SOTF/ Un-
SOTF On - - Off
UnderTime dertime/SOTF&Undertime)
SOTF&UnderTime
Open
Close Select signal to activate SOTF: CB-
ActivationSOTF Closed - - Open
Command Open/ -Closed/ -Close cmd
CloseCommand
Step 2 Select start from step 2 or 3 to start
StepForSOTF Step 2 - - Step 2
Step 3 SOTF
Off Enable harmonic restrain function in
HarmBlkSOTF On - - Off
On SOTF
tSOTF 0.100 0.000 - 60.000 s 0,001 0,200 Time delay for SOTF
t4U 1 0.000 - 60.000 s 0,001 1,000 Switch-onto-fault active time
CB position Select signal to activate under time (CB
ActUnderTime CB command - - CB position
CB command Pos / CB Command)
tUnderTime 0.3 0.000 - 60.000 s 0,001 0,300 Time delay for under time
Enable PhaseSel On Off – On - - Off Enable Phase Selection

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 205/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 1
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Minimum settable operate residual cur-
IN1>MinEd2Set 1 1 - 2500 %IB 1 1 rent level for step 1 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Maximum settable operate residual cur-
IN1>MaxEd2Set 2500 1 - 2500 %IB 1 2500 rent level for step 1 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Setting Group 1
Off
Non-directio- Non-directional Directional mode of step 1 (Off, Non-dir,
DirMode1 - - Non-directional
nal Forward Forward, Reverse)
Reverse
ANSI Ext. inv. /
ANSI Very inv. /
ANSI Norm. inv.
ANSI Mod. inv. /
ANSI Def. Time /
L.T.E. inv. / L.T.V.
inv. / L.T. inv. / IEC
Norm. inv. / IEC
IEC Norm. In- ANSI Def.
Characterist1 Very inv. / IEC inv. - - Time delay characteristic for step 1
verse Time
/ IEC Ext. inv. / IEC
S.T. inv. / IEC L.T.
inv.
IEC Def. Time / Re-
served
Programmable / RI
type
RD type
Residual current operate level for step
IN1> 8 1 - 2500 %IB 1 100
1 in% of IBase
Def time delay or add time delay for in-
t1 0.000 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
verse char of step 1
Time multiplier for the step 1 selected
k1 0.24 0.05 - 999.00 - 001 005
time characteristic
Minimum operate residual current for
IMin1 8.00 1.00 - 10000.00 %IB 100 10,000
step 1 in % of IBase
Minimum operate time for inverse time
t1Min 0.300 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
characteristic step 1
Multiplier for the residual current setting
IN1Mult 1.0 1.0 - 10.0 - 01 20
value for step 1
Instantaneous
Reset curve type for step1 (Instantane-
ResetTypeCrv1 Instantaneous IEC Reset - - Instantaneous
ous / IEC / ANSI)
ANSI reset
tReset1 0.02 0.000 - 60.000 s 0,001 0,020 Reset time delay for step 1
Off Enable block of step 1 from harmonic
HarmBlock1 On - - On
On restrain
Param P for customized inverse trip
tPCrv1 1.000 0.005 - 3.000 - 0,001 1,000
time curve for step 1
Param A for customized inverse trip
tACrv1 13.500 0.005 - 200.000 - 0,001 13,500
time curve for step 1
Param B for customized inverse trip
tBCrv1 0.00 0.00 - 20.00 - 001 000
time curve for step 1
Param C for customized inverse trip
tCCrv1 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 1
Param PR for customized inverse reset
tPRCrv1 0.500 0.005 - 3.000 - 0,001 0,500
time curve for step 1
Param TR for customized inverse reset
tTRCrv1 13.500 0.005 - 100.000 - 0,001 13,500
time curve for step 1
Param CR for customized inverse reset
tCRCrv1 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 1

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 206/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 2
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Minimum settable operate residual cur-
IN2>MinEd2Set 1 1 - 2500 %IB 1 1 rent level for step 2 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Maximum settable operate residual cur-
IN2>MaxEd2Set 2500 1 - 2500 %IB 1 2500 rent level for step 2 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Setting Group 1
Off
Non-directional Directional mode of step 2 (Off, Non-dir,
DirMode2 Off - - Non-directional
Forward Forward, Reverse)
Reverse
ANSI Ext. inv. /
ANSI Very inv. /
ANSI Norm. inv.
ANSI Mod. inv. /
ANSI Def. Time /
L.T.E. inv. / L.T.V.
inv. / L.T. inv. / IEC
ANSI Def.
Characterist2 IEC Def. Time Norm. inv. / IEC - - Time delay characteristic for step 2
Time
Very inv. / IEC inv.
/ IEC Ext. inv. / IEC
S.T. inv. / IEC L.T.
inv. IEC Def. Time /
Reserved
Programmable / RI
type RD type
Residual current operate level for step
IN2> 220 1 - 2500 %IB 1 100 2 in
% of IBase
Def time delay or add time delay for in-
t2 0.050 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
verse char of step 2
Time multiplier for the step 2 selected
k2 0.05 0.05 - 999.00 - 001 005
time characteristic
Minimum operate residual current for
IMin2 220 1.00 - 10000.00 %IB 100 10,000
step 2 in % of IBase
Minimum operate time for inverse time
t2Min 0.050 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
characteristic step 2
Multiplier for the residual current setting
IN2Mult 1.0 1.0 - 10.0 - 01 20
value for step 2
Instantaneous
Reset curve type for step2 (Instantane-
ResetTypeCrv2 Instantaneous IEC Reset - - Instantaneous
ous / IEC / ANSI)
ANSI reset
tReset2 0.020 0.000 - 60.000 s 0,001 0,020 Reset time delay for step 2
Off Enable block of step 2 from harmonic
HarmBlock2 On - - On
On restrain
Param P for customized inverse trip
tPCrv2 1.000 0.005 - 3.000 - 0,001 1,000
time curve for step 2
Param A for customized inverse trip
tACrv2 13.500 0.005 - 200.000 - 0,001 13,500
time curve for step 2
Param B for customized inverse trip
tBCrv2 0.00 0.00 - 20.00 - 001 000
time curve for step 2
Param C for customized inverse trip
tCCrv2 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 2
Param PR for customized inverse reset
tPRCrv2 0.500 0.005 - 3.000 - 0,001 0,500
time curve for step 2
Param TR for customized inverse reset
tTRCrv2 13.500 0.005 - 100.000 - 0,001 13,500
time curve for step 2
Param CR for customized inverse reset
tCRCrv2 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 2

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 207/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 3
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Minimum settable operate residual cur-
IN3>MinEd2Set 1 1 - 2500 %IB 1 1 rent level for step 3 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Maximum settable operate residual cur-
IN3>MaxEd2Set 2500 1 - 2500 %IB 1 2500 rent level for step 3 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Setting Group 1
Off
Non-directional Directional mode of step 3 (Off, Non-dir,
DirMode3 Forward - - Non-directional
Forward Forward, Reverse)
Reverse
ANSI Ext. inv. /
ANSI Very inv. /
ANSI Norm. inv.
ANSI Mod. inv. /
ANSI Def. Time /
L.T.E. inv. / L.T.V.
inv. / L.T. inv. / IEC
Norm. inv. / IEC
IEC Norm. In- ANSI Def.
Characterist3 Very inv. / IEC inv. - - Time delay characteristic for step 3
verse Time
/ IEC Ext. inv. / IEC
S.T. inv. / IEC L.T.
inv.
IEC Def. Time / Re-
served
Programmable / RI
type
RD type
Residual current operate level for step
IN3> 8 1 - 2500 %IB 1 100
3 in % of IBase
Def time delay or add time delay for in-
t3 0.000 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
verse char of step 3
Time multiplier for the step 3 selected
k3 0.24 0.05 - 999.00 - 001 005
time characteristic
Minimum operate residual current for
IMin3 8.00 1.00 - 10000.00 %IB 100 10,000
step 3 in % of IBase
Minimum operate time for inverse time
t3Min 0.00 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
characteristic step 3
Multiplier for the residual current setting
IN3Mult 1.0 1.0 - 10.0 - 01 20
value for step 3
Instantaneous
Reset curve type for step3 (Instantane-
ResetTypeCrv3 Instantaneous IEC Reset - - Instantaneous
ous / IEC / ANSI)
ANSI reset
tReset3 0.02 0.000 - 60.000 s 0,001 0,020 Reset time delay for step 3
Off Enable block of step 3 from harmonic
HarmBlock3 On - - On
On restrain
Param P for customized inverse trip
tPCrv3 1.000 0.005 - 3.000 - 0,001 1,000
time curve for step 3
Param A for customized inverse trip
tACrv3 13.500 0.005 - 200.000 - 0,001 13,500
time curve for step 3
Param B for customized inverse trip
tBCrv3 0.00 0.00 - 20.00 - 001 000
time curve for step 3
Param C for customized inverse trip
tCCrv3 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 3
Param PR for customized inverse reset
tPRCrv3 0.500 0.005 - 3.000 - 0,001 0,500
time curve for step 3
Param TR for customized inverse reset
tTRCrv3 13.500 0.005 - 100.000 - 0,001 13,500
time curve for step 3
Param CR for customized inverse reset
tCRCrv3 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 3

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 208/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 4
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
Minimum settable operate residual cur-
IN4>MinEd2Set 1 1 - 2500 %IB 1 1 rent level for step 4 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Maximum settable operate residual cur-
IN4>MaxEd2Set 2500 1 - 2500 %IB 1 2500 rent level for step 4 in % of IBase, for
61850 Ed.2 settings
Setting Group 1
Off
Non-directional Directional mode of step 4 (Off, Non-dir,
DirMode4 Forward - - Non-directional
Forward Forward, Reverse)
Reverse
ANSI Ext. inv. /
ANSI Very inv. /
ANSI Norm. inv.
ANSI Mod. inv. /
ANSI Def. Time /
L.T.E. inv. / L.T.V.
inv. / L.T. inv. / IEC
Norm. inv. / IEC ANSI Def.
Characterist4 IEC Def. Time - - Time delay characteristic for step 4
Very inv. / IEC inv. Time
/ IEC Ext. inv. / IEC
S.T. inv. / IEC L.T.
inv. IEC Def. Time /
Reserved
Programmable / RI
type
RD type
Residual current operate level for step
IN4> 98 1 - 2500 %IB 1 100
4 in % of IBase
Def time delay or add time delay for in-
t4 0.050 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
verse char of step 4
Time multiplier for the step 4 selected
k4 0.05 0.05 - 999.00 - 001 005
time characteristic
Minimum operate residual current for
IMin4 98 1.00 - 10000.00 %IB 100 10,000
step 4 in % of IBase
Minimum operate time for inverse time
t4Min 0.050 0.000 - 60.000 s 0,001 0,000
characteristic step 4
Multiplier for the residual current setting
IN4Mult 1.0 1.0 - 10.0 - 01 20
value for step 4
Instantaneous
Reset curve type for step4 (Instantane-
ResetTypeCrv4 Instantaneous IEC Reset - - Instantaneous
ous / IEC / ANSI)
ANSI reset
tReset4 0.020 0.000 - 60.000 s 0,001 0,020 Reset time delay for step 4
Off Enable block of step 4 from harmonic
HarmBlock4 On - - On
On restrain
Param P for customized inverse trip
tPCrv4 1.000 0.005 - 3.000 - 0,001 1,000
time curve for step 4
Param A for customized inverse trip
tACrv4 13.500 0.005 - 200.000 - 0,001 13,500
time curve for step 4
Param B for customized inverse trip
tBCrv4 0.00 0.00 - 20.00 - 001 000
time curve for step 4
Param C for customized inverse trip
tCCrv4 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 4
Param PR for customized inverse reset
tPRCrv4 0.500 0.005 - 3.000 - 0,001 0,500
time curve for step 4
Param TR for customized inverse reset
tTRCrv4 13.500 0.005 - 100.000 - 0,001 13,500
time curve for step 4
Param CR for customized inverse reset
tCRCrv4 1.0 0.1 - 10.0 - 01 10
time curve for step 4

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 209/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.3.3. Instantaneous phase overcurrent protection (PHPIOC:1, 50) – 50SOTF)

PHPIOC(50; 3I>>)
Values
Name Estudo Unit Step Default Description
(Range)
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1 Selection of one of the Global Base Value groups
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
2 out of 3 1 out of
OpMode 1 out of 3 - - Select operation mode 2-out of 3 / 1-out of 3
1 out of 3 3
IP>> 50 5 – 2500 %IB 1 200 Operate phase current level in % of Ibase
Maximum settable operate phase current level in % of
IP>>MaxEd2Set 2500 5 – 2500 %IB 1 2500
Ibase, for 61850 Ed.2 settings
Minimum settable operate phase current level in % of
IP>>MinEd2Set 5 5 – 2500 %IB 1 5
Ibase, for 61850 Ed.2 settings
StValMult 1.0 0.5 – 5.0 - 0.1 1.0 Multiplier for operate current level

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 210/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.4. Voltage protection

1.4.1. Overvoltage protection OV2PTOV 59-1 230 kV

OV2PTOV (59; 2(3U>))


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Selection of one of the Global Base Value
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1
groups
PhN DFT
PhN PhPh RMS
ConnType - - PhN DFT Group selector for connection type
DFT. PhN RMS
PhPh DFT
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On

Step 1
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
OperationStep1 On Off / On - - On Enable execution of step 1
Definite time
Inverse curve A
Selection of time delay curve type
Characterist1 Definite time Inverse curve B - - Definite time
for step 1
Inverse curve C
Prog. inv. curve
1 out of 3
Number of phases required for op
OpMode1 1 out of 3 2 out of 3 - - 1 out of 3
(1 of 3, 2 of 3, 3 of 3) from step 1
3 out of 3
Voltage setting/start val (DT &
U1> 115 1.0 - 200.0 %UB 01 120
IDMT) in % of UBase, step 1
t1 4.000 0.00 - 6000.00 s 001 500 Definitive time delay of step 1
Reset time delay used in IEC Defi-
tReset1 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025
nite Time curve step 1
Minimum operate time for inverse
t1Min 4.000 0.000 - 60.000 s 0.001 5.000
curves for step 1
Instantaneous
Frozen timer Selection of used IDMT reset curve
ResetTypeCrv1 Instantaneous - - Instantaneous
Linearly de- type for step 1
creased
Time delay in IDMT reset (s), step
tIReset1 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025
1
Time multiplier for the inverse time
k1 0.05 0.05 - 1.10 - 001 0.05
delay for step 1
Parameter A for customer program-
ACrv1 1.000 0.005 - 200.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 1
Parameter B for customer program-
BCrv1 100 0.50 - 100.00 - 001 100
mable curve for step 1
Parameter C for customer pro-
CCrv1 00 0.0 - 1.0 - 01 00
grammable curve for step 1
Parameter D for customer pro-
DCrv1 0.000 0.000 - 60.000 - 0.001 0.000
grammable curve for step 1
Parameter P for customer program-
PCrv1 1.000 0.000 - 3.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 1
Tuning param for prog. over volt-
CrvSat1 0 0 - 100 % 1 0
age IDMT curve, step 1
Absolute hysteresis in % of UBase,
HystAbs1 0.5 0.0 - 50.0 %UB 01 0.5
step 1

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 211/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Step 2
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
OperationStep2 On Off / On - - On Enable execution of step 2
Definite time
Inverse curve A
Selection of time delay curve type for
Characterist2 Definite time Inverse curve B - - Definite time
step 2
Inverse curve C
Prog. inv. curve
1 out of 3
Number of phases required for op (1
OpMode2 3 out of 3 2 out of 3 - - 1 out of 3
of 3, 2 of 3, 3 of 3) from step 2
3 out of 3
Voltage setting/start val (DT & IDMT)
U2> 125 1.0 - 200.0 %UB 01 120
in % of UBase, step 2
t2 0.050 0.00 - 6000.00 s 001 500 Definitive time delay of step 2
Reset time delay used in IEC Definite
tReset2 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025
Time curve step 2
Minimum operate time for inverse
t2Min 0.050 0.000 - 60.000 s 0.001 5.000
curves for step 2
Instantaneous
Frozen timer Selection of used IDMT reset curve
ResetTypeCrv2 Instantaneous - - Instantaneous
Linearly de- type for step 2
creased
tIReset2 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025 Time delay in IDMT reset (s), step 2
Time multiplier for the inverse time
k2 0.05 0.05 - 1.10 - 001 0.05
delay for step 2
Parameter A for customer program-
ACrv2 1.000 0.005 - 200.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 2
Parameter B for customer program-
BCrv2 100 0.50 - 100.00 - 001 100
mable curve for step 2
Parameter C for customer program-
CCrv2 00 0.0 - 1.0 - 01 00
mable curve for step 2
Parameter D for customer program-
DCrv2 0.000 0.000 - 60.000 - 0.001 0.000
mable curve for step 2
Parameter P for customer program-
PCrv2 1.000 0.000 - 3.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 2
Tuning param for prog. over voltage
CrvSat2 0 0 - 100 % 1 0
IDMT curve, step 2
Absolute hysteresis in % of UBase,
HystAbs2 0.5 0.0 - 50.0 %UB 01 0.5
step 2

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 212/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.4.2. Undervoltage protection UV2PTUV 27

UV2PTUV (27; 2(3U<))


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Selection of one of the Global
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1
Base Value groups
PhN DFT
PhPh RMS
ConnType PhN DFT - - PhN DFT Group selector for connection type
PhN RMS
PhPh DFT
Setting Group 1
Off
Operation Off - - Off Operation Off / On
On

Step 1
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off
OperationStep1 Off - - On Enable execution of step 1
On
Definite time
Inverse curve A Selection of time delay curve type
Characterist1 Definite time - - Definite time
Inverse curve B for step 1
Prog. inv. curve
1 out of 3
Number of phases required for op (1
OpMode1 1 out of 3 2 out of 3 - - 1 out of 3
of 3, 2 of 3, 3 of 3) from step 1
3 out of 3
Voltage setting/start val (DT &
U1< 700 1.0 - 100.0 %UB 01 700
IDMT) in % of UBase, step 1
t1 500 0.00 - 6000.00 s 001 500 Definitive time delay of step 1
Reset time delay used in IEC Defi-
tReset1 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025
nite Time curve step 1
Minimum operate time for inverse
t1Min 5.000 0.000 - 60.000 s 0.001 5.000
curves for step 1
Instantaneous
Instantane- Frozen timer Instantane- Selection of used IDMT reset curve
ResetTypeCrv1 - -
ous Linearly de- ous type for step 1
creased
tIReset1 0.025 0.000 - 60.000 s 0.001 0.025 Time delay in IDMT reset (s), step 1
Time multiplier for the inverse time
k1 005 0.05 - 1.10 - 001 005
delay for step 1
Parameter A for customer program-
ACrv1 1.000 0.005 - 200.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 1
Parameter B for customer program-
BCrv1 100 0.50 - 100.00 - 001 100
mable curve for step 1
Parameter C for customer program-
CCrv1 00 0.0 - 1.0 - 01 00
mable curve for step 1
Parameter D for customer program-
DCrv1 0.000 0.000 - 60.000 - 0.001 0.000
mable curve for step 1
Parameter P for customer program-
PCrv1 1.000 0.000 - 3.000 - 0.001 1.000
mable curve for step 1
Tuning param for prog. under volt-
CrvSat1 0 0 - 100 % 1 0
age IDMT curve, step 1
Off
Internal (low level) blocking mode,
IntBlkSel1 Off Block of trip - - Off
step 1
Block all
Voltage setting for internal blocking
IntBlkStVal1 20 1 - 50 %UB 1 20
in % of UBase, step 1
Time delay of internal (low level)
tBlkUV1 0.000 0.000 - 60.000 s 0.001 0.000
blocking for step 1
Absolute hysteresis in % of UBase,
HystAbs1 05 0.0 - 50.0 %UB 01 05
step 1

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 213/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.5. Secondary system supervision

1.5.1. Fuse failure supervision FUFSPVC

FUFSPVC
Valores Uni-
Nome Estudo Step Default Descrição
(Range) dade
Selection of one of the Global
GlobalBaseSel 1 1 – 12 - 1 1
Base Value groups
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
Off
UnsINs
UzsIZs
UzsIZs OR Un-
OpMode UzsIZs - - UzsIZs Operating mode selection
sINs
UzsIZs AND Un-
sINs
OptimZsNs
Operate level of residual
3U0> 30 1 – 100 %UB 1 30
overvoltage element in % of Ubase
Operate level of residual
3I0< 10 1 – 100 %IB 1 10 undercurrent element in % of
Ibase
Operate level of neg seq
3U2> 30 1 – 100 %UB 1 30
overvoltage element in % of Ubase
Operate level of neg seq
3I2< 10 1 – 100 %IB 1 10 undercurrent element in % of
Ibase
Off Operation of change based
OpDUDI On - - Off
On function Off/On
Operate level of change in phase
DU> 60 1 – 100 %UB 1 60
voltage in % of Ubase
Operate level of change in phase
DI< 10 1 – 100 %IB 1 15
current in % of Ibase
Operate level of phase voltage in
Uph> 70 1 – 100 %UB 1 70
% of Ubase
Operate level of phase current in
Iph> 5 1 – 100 %IB 1 10
% of Ibase
Off
SealIn On - - On Seal in functionality Off/On
On
Operate level of seal-in phase
Usealln< 70 1 – 100 %UB 1 70 voltage in
% of Ubase
Operate level for open phase
IDLD< 5 1 – 100 %IB 1 5
current detection in % of Ibase
Operate level for open phase
UDLD< 70 1 – 100 %UB 1 60
voltage detection in % of Ubase

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 214/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.6. Control

1.6.1. Autorecloser for 1, 2 and/or 3 phase operation (SMBRREC, 79)

Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description


Setting group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
Off To be set On if AR is to be used with
ExternalCtrl On - - Off
On external control; Off / On
3 phase
1/2/3ph
1/2ph
ARMode 1/2/3ph - - 1/2/3ph The AR mode selection e.g. 3ph, 1/3ph
1ph+1*2ph
1/2ph+1*3ph
1ph+1*2/3ph
Continue with next reclosing-shot if
AutoCont Off Off - On - - Off
breaker did not close
Wait time after close command before
tAutoContWait 2.000 0.000 - 60.000 s 0.001 2.000
proceeding to next shot
Off To be set ON if AR is to be started by
StartByCBOpen Off - - Off
On CB open position
To be set ON if AR is to be used
Off
LongStartInhib On - - On with maximum allowed start
On
pulse duration check
tLongStartInh 5.000 0.000 - 60.000 s 0.001 0.200 Maximum allowed start pulse duration
tInhibit 5.000 0.000 - 60.000 s 0.001 5.000 Inhibit reclosing reset time
Coordination of down stream devices to
ZoneSeqCoord Off Off – On - - Off
local prot unit’s AR

Circuit Breaker
Select type of circuit breaker ready sig-
CBReadyType OCO CO - OCO - - CO
nal CO/OCO
Advance to next shot if CB has been
Follow CB Off Off - On - - Off
closed during dead time
UnsucClByCB- NoCBCheck Unsuccessful closing signal obtained
CB check - - NoCBCheck
Chk by checking CB position
CB check
BlockByUnsucCl Off Off - On - - Off Block AR at unsuccessful reclosing
Shorten closing pulse at a new trip
CutPulse Off Off - On - - Off
Off/On
Duration of the circuit breaker closing
tPulse 0.200 0.000 - 60.000 s 0.001 0.200
pulse
tReclaim 180 0.00 - 6000.00 s 0.01 60.00 Duration of the reclaim time
Maximum wait time for synchrocheck
tSync 30 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00
OK
Min time that CB must be closed before
tCBClosedMin 5.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 5.00
new sequence allows
Delay time before indicating successful
tSuccessful 1.000 0.000 - 60.000 s 0.001 1.000
reclosing
tUnsucCl 30.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00 Wait time for CB before indicating Un-
successful/Successful

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 215/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Name Estudo Values (Range) Unit Step Default Description
DeadTime
NoOfShots 1 1–2-3-4-5 - - 1 Max number of reclosing shots 1-5
t1 1Ph 0,800 0.000 - 60.000 s 0.001 1.000 Open time for shot 1, single-phase
t1 2Ph 6.000 0.000 - 60.000 s 0.001 1.000 Open time for shot 1, two-phase
Open time for shot 1, delayed reclos-
t1 3Ph 10.000 0.000 - 60.000 s 0.001 6.000
ing3ph
Extended open time at loss of permis-
Extended t1 Off Off - On - - Off
sive channel Off/On
3Ph Dead time is extended with this
tExtended t1 0.800 0.000 - 60.000 s 0.001 0.500
value at loss of perm ch
Open time for shot 1, high speed
t1 3PhHS 0.400 0.000 - 60.000 s 0.001 0.400
reclosing 3ph
t2 3Ph 30.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00 Open time for shot 2, three-phase
t3 3Ph 30.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00 Open time for shot 3, three-phase
t4 3Ph 30.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00 Open time for shot 4, three-phase
t5 3Ph 30.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 30.00 Open time for shot 5, three-phase

MasterSlave
Priority selection between adjacent ter-
Priority None None Low High - - None
minals None/Low/High
Maximum wait time for release from
tWaitForMaster 2.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 60.00
Master
Wait time for the slave to close when
tSlaveDeadTime 0.400 0.100 - 60.000 s 0.01 0.400
WAIT input has reset

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 216/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.6.2. Synchrocheck, energizing check, and synchronizing (SESRSYN, 25)

SESRSYN (25; SC/VC)


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Selection of one of the Global
GblBaseSelBus 1 1 - 12 - 1 1
Base Value groups, Bus
Selection of one of the Global
GblBaseSelLine 1 1 - 12 - 1 1
Bas Value groups, Line
Phase L1 for busbar1
Phase L2 for busbar1
Phase L3 for busbar1
Phase L1 for
SelPhaseBus1 Phase L2 Phase L1L2 for busbar1 - - Select phase for busbar1
busbar1
Phase L2L3 for busbar1
Phase L3L1 for busbar1
Pos. sequence for busbar1
Phase L1 for busbar2
Phase L2 for busbar2
Phase L3 for busbar2
Phase L1 for
SelPhaseBus2 Phase L2 Phase L1L2 for busbar2 - - Select phase for busbar2
busbar2
Phase L2L3 for busbar2
Phase L3L1 for busbar2
Pos. sequence for busbar2
Phase L1 for line1
Phase L2 for line1
Phase L3 for line1
Phase L1 for
SelPhaseLine1 Phase L2 Phase L1L2 for line1 - - Select phase for line1
line1
Phase L2L3 for line1
Phase L3L1 for line1
Pos. sequence for line1
Phase L1 for line2
Phase L2 for line2
Phase L3 for line2
Phase L1 for
SelPhaseLine2 Phase L2 Phase L1L2 for line2 - - Select phase for line2
line2
Phase L2L3 for line2
Phase L3L1 for line2
Pos. sequence for line2
No voltage sel.
Double bus
CBConfig Double bus 1 1/2 bus CB - - No voltage sel. Select CB configuration
1 1/2 bus alt. CB
Tie CB
Additional phase angle for se-
PhaseShift 0 -180 - 180 Deg 1 0
lected line voltage
Setting Group 1
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 217/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Synchronizing
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off Operation for synchronizing func-
OperationSynch Off - - Off
On tion Off/ On
Voltage high limit bus for synchro-
UHighBusSynch 80.0 50.0 - 120.0 %UBB 1.0 80.0
nizing in % of UBaseBus
Voltage high limit line for synchro-
UHighLineSynch 80.0 50.0 - 120.0 %UBL 1.0 80.0
nizing in % of UBaseLine
Voltage difference limit for syn-
UDiffSynch 0.15 0.02 - 0.50 pu 0.01 0.10
chronizing in p.u
Minimum frequency difference limit
FreqDiffMin 0.010 0.003 - 0.250 Hz 0.001 0.010
for synchronizing
Maximum frequency difference
FreqDiffMax 0.200 0.050 - 0.250 Hz 0.001 0.200
limit for synchronizing
Maximum closing angle between
CloseAngleMax 15.0 0.050 - 0.250 Deg 1.0 15.0
bus and line for synchronizing
Maximum allowed frequency rate
FreqRateChange 0.300 0.000 - 0.500 Hz/s 0.001 0.300
of change
tBreaker 0.080 0.000 - 60.000 s 0.001 0.080 Closing time of the breaker
tClosePulse 0.200 0.050 - 60.000 s 0.001 0.200 Breaker closing pulse duration
Resets synch if no close has been
tMaxSynch 600.00 0.00 - 6000.00 s 0.01 600.00
made before set time
Minimum time to accept synchro-
tMinSynch 2.000 0.000 - 60.000 s 0.001 2.000
nizing conditions

Synchrocheck
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off Operation for synchronism check
OperationSC On - - Off
On function Off/On
Voltage high limit bus for syn-
UHighBusSC 80.0 50.0 - 120.0 %UBB 1.0 80.0
chrocheck in % of UBaseBus
Voltage high limit line for syn-
UHighLineSC 80.0 50.0 - 120.0 %UBL 1.0 80.0
chrocheck in % of UBaseLine
UDiffSC 0.15 0.02 - 0.50 pu 0.01 0.15 Voltage difference limit in p.u
Frequency difference limit between
FreqDiffA 0.100 0.003 – 1.000 Hz 0.001 0.010
bus and line Auto
Frequency difference limit between
FreqDiffM 0.010 0.003 – 1.000 Hz 0.001 0.010
bus and line Manual
Phase angle difference limit be-
PhaseDiffA 25.0 5.0 - 0.0 Deg 1.0 25.0
tween bus and line Auto
Phase angle difference limit be-
PhaseDiffM 25.0 5.0 – 90.0 Deg 1.0 25.0
tween bus and line Manual
Time delay output for syn-
tSCA 0.100 0.000 – 60.000 s 0.001 0.100
chrocheck Auto
Time delay output for syn-
tSCM 1.00 0.000 – 60.000 s 0.001 0.100
chrocheck Manual

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 218/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
Energizingcheck
Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
Off
DLLB
AutoEnerg Both - - DBLL Automatic energizing check mode
DBLL
Both
Off
DLLB
ManEnerg Off - - Both Manual energizing check mode
DBLL
Both
Off Manual dead bus, dead line ener-
ManEnergDBDL Off - - Off
On gizing
Voltage high limit bus for energiz-
UHighBusEnerg 80.0 50.0 - 120.0 %UBB 1.0 80.0
ing check in % of UBaseBus
Voltage high limit line for energiz-
UHighLineEnerg 80.0 50.0 - 120.0 %UBL 1.0 80.0
ing check in % of UBaseLine
Voltage low limit bus for energizing
ULowBusEnerg 40.0 10.0 - 80.0 %UBB 1.0 40.0
check in % of UBaseBus
Voltage low limit line for energizing
ULowLineEnerg 40.0 10.0 - 80.0 %UBL 1.0 40.0
check in % of UBaseLine
Maximum voltage for energizing in
UMaxEnerg 110.0 50.0 - 180.0 %UB 1.0 115.0
% of UBase, Line and/or Bus
Time delay for automatic energiz-
tAutoEnerg 0.100 0.000 - 60.000 s 0.001 0.100
ing check
Time delay for manual energizing
tManEnerg 1.00 0.000 - 60.000 s 0.001 0.100
check

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 219/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.7. Scheme communication (teleproteção)

1.7.1. Current reversal and weak-end infeed Residual ECRWPSCH(85)

Uni-
Nome Estudo Valores (Range) Step Default Descrição
dade
Selection of one of the Global Base
GlobalBaseSel 1 1 - 12 - 1 1
Value groups
Uni-
Nome Estudo Valores (Range) Step Default Descrição
dade
Operating mode of Current Reversal
CurrRev On Off / On - - Off
Logic
tPickUpRev 0.02 0,000 - 60,000 s 0,001 0,02 Pickup time for current reversal logic
Time Delay to prevent Carrier send and
tDelayRev 0.060 0,000 - 60,000 s 0,001 0,06
local trip
Off
WEI Echo & Trip Echo - - Off Operating mode of WEI logic
Echo & Trip
tPickUpWEI 0.0100 0,000 - 60,000 s 0,001 0 Coordination time for the WEI logic
3U0> 25 5 - 70 %UB 1 25 Neutral voltage setting for fault

1.7.2. Scheme communication logic for residual overcurrent protection ECPSCH(85)

Valores
Nome Estudo Unidade Step Default Descrição
(Range)
Off
Operation On - - Off Operation Off / On
On
Off
Intertrip
Permissive
SchemeType Permissive UR - - Permissive UR Scheme type
OR
Permissive OR
Blocking
Co-ordination time for blocking communication
tCoord 0.035 0.000 - 60.000 s 0.001 0.035
scheme
tSendMin 0.000 0.000 - 60.000 s 0.001 0.100 Minimum duration of a carrier send signal
Off
Unblock Off NoRestart - - Off Operation mode of unblocking logic
Restart
tSecurity 0,035 0,000 - 60,000 s 0,001 0,035 Security timer for loss of carrier guard detection

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 220/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.7.3. Current reversal and weak-end infeed phase segregated ZPCWPSCH(85)

Uni-
Nome Estudo Valores (Range) Step Default Descrição
dade
Selection of one of the Global Base
GlobalBaseSel 1 1 - 12 - 1 1
Value groups
Uni-
Nome Estudo Valores (Range) Step Default Descrição
dade
Off Operating mode of Current Reversal
CurrRev On - - Off
On Logic
tPickUpRev 0.020 0.000 - 60.000 s 0.001 0.020 Pickup time for current reversal logic

tDelayRev 0.060 0.000 - 60.000 s 0.001 0.060 Time Delay to prevent Carrier send and
local trip
Off
WEI Echo & Trip Echo - - Off Operating mode of WEI logic
Echo & Trip
tPickUpWEI 0.010 0.000 - 60.000 s 0.001 0.010 Coordination time for the WEI logic

UPP< 70 10 - 90 %UB 1 70 Phase to Phase voltage for detection of


fault condition
UPN< 70 10 - 90 %UB 1 70 Phase to Neutral voltage for detection of
fault condition

1.7.4. Phase segregated scheme communication distance protection ZPCPSCH(85)

Uni-
Nome Estudo Valores (Range) Step Default Descrição
dade
Operation On Off - On - - Off Operation Off / On
Intertrip
Permissive UR
Permissive Permissive
Scheme Type Permissive OR - - Scheme type
OR UR
Blocking
DeltaBlocking
Off
Unblock Off NoRestart - - Off Operation mode of unblocking logic
Restart
Current change level in % of IBase for
DeltaI 10 0 - 200 %IB 1 10
fault inception detection
Voltage change level in % of UB for
DeltaU 5 0 - 100 %UB 1 5
fault inception detection
Zero seq current change level in % of
Delta3I0 10 0 - 200 %IB 1 10
IBase
Zero seq voltage change level in % of
Delta3U0 5 0 - 100 %UB 1 5
UBase

tCoord 0.000 0.000 - 60.000 s 0.001 0.035 Co-ordination time for blocking com-
munication scheme
Minimum duration of a carrier send sig-
tSendMin 0,000 0.000 - 60.000 s 0.001 0.100
nal
Security timer for loss of carrier guard
tSecurity 0.035 0.000 - 60.000 s 0.001 0.035
detection

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 221/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
1.8. Monitoring

1.8.1. Fault Locator

Terminal Rio Claro 2


Nome Estudo Valores (Range) Unidade Step Default Descrição
R1A* 16.300 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 2 Source resistance A (near end)
X1A* 71.832 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 12 Source reactance A (near end)
R1B* 2.316 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 2 Source resistance B (far end)
X1B* 9.876 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 12 Source reactance B (far end)
R1L 8.903 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 2 Positive sequence line resistance
X1L 42.046 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 12.5 Positive sequence line reactance
R0L 37.127 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 8.75 Zero sequence line resistance
X0L 126.247 0,001 - 1500,000 ohm/p 0.001 50 Zero sequence line reactance
R0M 0.182 0,000 - 1500,000 ohm/p 0.001 0 Zero sequence mutual resistance
X0M 0.362 0,000 - 1500,000 ohm/p 0.001 0 Zero sequence mutual reactance
LineLength 88.160 0,0 - 10000,0 - 0.1 40 Length of line

Nota

Dados obtidos pelo cálculo do equivalente através do ANAFAS em porcentagem na base de 100
MVA e convertidos para Ohms primários

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 222/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2. ORDEM DE AJUSTE – LT 230 KV – C60

2.1. System Setup

2.1.1. AC Inputs

2.1.1.1. Current

Parâmetro CT F1 CT M1 Faixa Padrão


Phase CT Primary 1200 A 1200 A 1 … 65000A 1A
1A
Phase CT Secondary 1 1 1A
5A
Ground CT Primary 1200 1200 1 … 65000A 1A
1A
Ground CT Secondary 1 1 1A
5A

2.1.1.2. Voltage

Parâmetro VT F5 VT M5 Faixa Padrão


Wye
Phase VT Connection Wye Wye Wye
Delta
Phase VT Secondary 66.4 V 66.4 V 25.0 … 240.0V 66.4 V
Phase VT Ratio 2000 : 1 2000 : 1 1.0 … 24000 1.00 :1
Vag, Vbg, Vcg
Auxiliary VT Connection Vbg Vbg Vag
Vab, Vbc, Vca
Auxiliary VT Secondary 66.4 V 66.4 V 25.0 … 240.0V 66.4 V
Auxiliary VT Ratio 2000 :1 2000: 1 1.0 … 24000 1.00 :1

2.1.1.3. Power System

Setting Parameter Range Default


Nominal Frequency 60Hz 25 … 60 60 Hz
ABC
Phase Rotation ACB ABC
ACB
SRC 1; SRC 2;
Frequency And Phase Reference SRC1 (SRC1) SRC 1 (SRC 1)
SRC 3; SRC 4
Disabled
Frequency Tracking Function Enabled Enabled
Enabled

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 223/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.1.2. Signal Source

Setting SOURCE 1 SOURCE 2 Range Default


Name SRC1 SRC2 up to 20 SRC 1
None
Phase CT F1 None None
F1 … F6
None
Ground CT None None None
F1 … F6
None
Phase VT F5 None None
F1; L5
None
Aux VT None M5 None
F1; L5
Alternate Banks
None
Alt Phase CT None None None
F1 … F6
None
Alt Ground CT None None None
F1 … F6
Switch Alt CT Off Off Flex Logic None

None
Alt Phase VT M5 None None
F1; L5
None
Alt Aux VT None None None
F1; L5
Switch Alt VT Diagrama Lógico OFF Flex Logic None

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 224/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
2.2. Grouped Elements

2.2.1. Breaker Failure

Parameter BF1 Range Default


Disabled
Function Enabled Disabled
Enabled
3-Pole
Mode 1-Pole 3-Pole
1-Pole
Source SRC1 (SRC 1) SRC1 …4 SRC 1 (SRC 1)
Current Supervision Yes Yes; No Yes
Use Seal-In Yes Yes; No Yes
Three Pole Initiate Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Block Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Retrip Pickup Delay 0.100s 0.000 … 65.535s 0.033 s
Phase Current Supv Pickup 0.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
Neutral Current Supv Pickup 1.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
Use Timer 1 No Yes; No Yes
Timer 1 Pickup Delay 0.000 s 0.000 … 65.535s 0.000 s
Use Timer 2 Yes Yes; No Yes
Timer 2 Pickup Delay 0.200 s 0.000 … 65.535s 0.000 s
Use Timer 3 Yes Yes; No Yes
Timer 3 Pickup Delay 0.200 s 0.000 … 65.535s 0.000 s
Breaker Pos1 Phase A/3P Off Flex Logic OFF
Breaker Pos2 Phase A/3P Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Breaker Test On Off Flex Logic OFF
Phase Current HiSet Pickup 0.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
Neutral Current HiSet Pickup 1.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
Phase Current LoSet Pickup 1.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
Neutral Current LoSet Pickup 1.050 pu 0.020 … 30.000 pu 1.050 pu
LoSet Time Delay 0.000 s 0.000 … 65.535s 0.000 s
Trip Dropout Delay 0.100 s 0.000 … 65.535s 0.000 s
Self Reset
Target Latched Latched Self-reset
Disabled
Disabled
Events Enabled Disabled
Enabled
Phase A Initiate Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Phase B Initiate Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Phase C Initiate Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Breaker Pos1 Phase B OFF Flex Logic OFF
Breaker Pos1 Phase C OFF Flex Logic OFF
Breaker Pos2 Phase B Diagrama Lógico Flex Logic OFF
Breaker Pos2 Phase C Diagrama Lógico Flex Logic OFF

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 225/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2
5.8.1 Phase IOC EFP

Parameter PHASE IOC1 PHASE IOC2 Range Default


Disabled
Function Enabled Disabled Disabled
Enabled
Source SRC 1 (SRC 1) SRC 1 (SRC 1) SRC1 …4 SRC 1 (SRC 1)
Pickup 0.225 pu 1.000 pu 0.005 … 30.000 pu 1.000 pu
Delay 0.100 s 0.00 s 0.00 … 600.00s 0.00 s
Reset Delay 0.00 s 0.00 s 0.00 … 600.00s 0.00 s
Block A Conf. Projeto OFF Flex Logic OFF
Block B Conf. Projeto OFF Flex Logic OFF
Block C Conf. Projeto OFF Flex Logic OFF
Self Reset
Target Latched Self-reset Latched Self-reset
Disabled
Disabled
Events Enabled Disabled Disabled
Enabled

2.3. Control Elements

2.3.1. Synchrocheck

Parameter Synchronocheck1 Range Default


Disabled
Function Enabled Disabled
Enabled
Block Diagrama Lógico Flex Logic OFF
V1 Source SRC 1 (SRC 1) SRC1 …4 SRC 1 (SRC 1)
V2 Source SRC 2 (SRC 2) SRC1 …4 SRC 2 (SRC 2)
Max Volt Diff 13279 0 … 400000V 10000 V
Max Angle Diff 30 deg 0 … 100 deg 30 deg
Max Freq Diff 0.20 Hz 0.00 … 2.00 Hz 0.10 Hz
Max Freq Hysteresis 0.06 Hz 0.00 … 0.10 Hz 0.06 Hz
Sync Close OFF Flex Logic OFF
S-CLS Max dF 0.50Hz 0.100 … 2.000 Hz 0.50 Hz
S-CLS Min dF 0.10 Hz 0.001 … 1.000 Hz 0.10 Hz
S-CLS Brk Time 0.035 s 0.000 … 0.500 s 0.035 s
V2 Mag Correction Factor 1.000 pu 0.10 … 10.00 1.00 .
V2 Angle Shift 0.000 pu 180 … 180 deg 0 deg
None, LV1 and DV2, DV1
and LV2, DV1 or DV2,
Dead Source Select DV1 Xor DV2 LV1 and DV2
DV1 Xor DV2, DV1 and
DV2
Dead V1 Max Volt 0.45 pu 0.04 … 1.25 pu 0.30 pu
Dead V2 Max Volt 0.45 pu 0.04 … 1.25 pu 0.30 pu
Live V1 Min Volt 0.70 pu 0.04 … 1.25 pu 0.70 pu
Live V2 Min Volt 0.70 pu 0.04 … 1.25 pu 0.70 pu
Self Reset
Target Disabled Latched Self-reset
Disabled
Disabled
Events Enabled Disabled
Enabled

FOLHA: REVISÃO:
Estudo de Proteção e Seletividade - LT 230
FURNAS SE RIO CLARO 2 kV Rio Claro 2 - Rio Verde 226/226 01

ESTUDO DE PROTEÇÃO E SELETIVIDADE LT 230kV RIO CLARO 2 – RIO VERDE


TERMINAL RIO CLARO 2

Você também pode gostar