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Escola de Ciências da Saúde

Curso: Enfermagem

Farmacologia Aplicada
2022.2

Prof. Jorge L. A. de Oliveira

Disciplina: Farmacologia Básica / Bases Terapêuticas Medicamentosas 1


Anestésicos Locais

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Anestésicos
• Os anestésicos são fármacos capazes de inibir o impulso elétrico de
neurônios nociceptivos aferentes primários localizados e impedir a
despolarização desses terminais nervosos locais, fazendo com que
a informação dolorosa não chegue no SNC produzindo anestesia
local, ou inibir as transmissões sinápticas no SNC, deprimindo-o
como um todo, produzindo a anestesia geral.
Anestésicos
• O primeiro anestésico local conhecido e utilizado, no final do século
XIX e começo do século XX, foi a cocaína.
• A cocaína produzia uma anestesia por curto período, o que requeria
administrações sucessivas desta substância para garantir seu efeito
durante a manipulação de um paciente.
• Felizmente, a quantidade de aplicações, associada ao seu potencial
aditivo e seus efeitos tóxicos sobre o sistema cardiovascular, fez com
que seu uso fosse abandonado e abriu o campo para pesquisas de
novas moléculas com atividade anestésica, porém isentas de
capacidade de causar dependência e efeitos tóxicos cardiovasculares.
Anestésicos
• A partir da estrutura da cocaína, foram sintetizados vários
anestésicos locais, estruturalmente semelhante a esta molécula,
com atividade anestésica e tempo de duração de ação maior, sem
os efeitos tóxicos da cocaína.
Anestésicos Locais
• Como o próprio nome do grupo farmacológico sugere, os
anestésicos locais só vão promover anestesia em um local restrito
no qual o aferente nociceptivo é responsável pela transmissão
dolorosa, inibindo sucessivamente a geração ou propagação de
impulsos nervosos.
Anestésicos Locais

UNIGRANRIO – Escola de Ciências da Saúde


Prof.Jorge Luis
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Introdução
Existe certa confusão entre anestésico e analgésico.

Esses medicamentos diferem entre si.

Anestésico é um inibidor inespecífico das vias sensoriais


periféricas, motoras e autônomas.

Enquanto o analgésico age em receptores específicos nos


nociceptores primários e no SNC.
Introdução

Anestésicos (do grego an, “sem”, e aisthesis, “sensação”)


compreendem uma série de substâncias químicas que possuem
arranjos moleculares semelhantes capazes de inibir a percepção
das sensações locais por exercerem seu efeito bloqueando os
canais iônicos de sódio regulados por voltagem, inibindo assim o
potencial de ação pelos neurônios.

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Anestésico Local

DEFINIÇÃO:
Corresponde ao bloqueio reversível da condução nervosa,
determinando perda das sensações, limitando-se a um local
definido do organismo, sem alteração do nível de consciência.

Wanmacher, Ferreira.; 1999.

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Anestésico
Anestésico Local
Local

OBJETIVO:
• Eliminar apenas a sensibilidade, a dor em uma região
anatômica sem bloquear a ação motora, a percepção ambiental
e outras sensibilidades.

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Anestésico Local
• Toda a superfície da pele tem receptores sensitivos, que captam sensações
térmicas, mecânicas ou dolorosas.
• Os receptores sensitivos podem ser terminações nervosas livres ou
terminações fechadas no interior de uma cápsula, formando os corpúsculos
sensitivos.

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Anestésico Local
• Os receptores sensitivos são:
 Terminações nervosas livres - Distribuem-se por quase todas as
partes do corpo e captam sensações mecânicas (pressão), térmicas
(frio e calor) e principalmente dolorosas (nociceptivas).
 Terminações nervosas do folículo piloso - São receptores formados
por axônios que se encontram envolvendo o folículo piloso. Captam
sensações mecânicas aplicadas contra o pelo.

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Anestésico Local
 Corpúsculos de Ruffini - São pouco abundantes e captam sensações
térmicas de calor e se encontram incluídos no tecido conjuntivo.

 Corpúsculos de Vater-Paccini - São encontrados nas camadas


profundas da pele, no tecido conjuntivo e nas articulações. Captam
sensações de toque (tato) e de vibração.

 Discos de Merkel - Captam sensações de toque (tato) e de pressão.

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INTRODUÇÃO:
Anestésico Local
Anestésico Local

 Corpúsculos de Meissner - Encontram-se localizados nas saliências sem


pelos, como nas partes mais altas das impressões digitais, nos mamilos
e nos genitais. Captam sensações de toque (tato).
 Corpúsculos de Krause - Estão localizados em regiões de limite da pele
com a membrana mucosa, como ao redor dos lábios e dos genitais.
Captam sensações térmicas de frio.

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Anestésico Local

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

Introdução do anestésico
local através de injeção na
derme e tecido subcutâneo.

= sopre devagar antes de ir

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Plexo nervoso é uma expressão significando "enlaçamento“; em anatomia designa uma rede de
nervos do sistema nervoso periférico (vias sensitivas e motoras) e sistema nervoso autônomo.

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais

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Anestésicos Locais
CARACTERÍSTICAS IDEAIS:
 Irritação mínima;
 Bloqueio reversível do nervo;
 Baixa toxicidade sistêmica;
 Eficácia;
 Início rápido de ação;
 Duração de ação adequada.

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Anestésicos Locais

• Os Anestésicos locais são um grupo de fármacos utilizados para


induzir a anestesia a nível local sem produzir inconsciência.

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Anestésicos Locais
• Considerações Gerais:
 A propriedade de excitabilidade elétrica é o que possibilita
as membranas das células nervosas e musculares gerar
potenciais de ação propagados, que são essenciais para a
comunicação no sistema nervoso e para o início de
atividade mecânica no músculo estriado e músculo
cardíaco.

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Anestésicos Locais
 A excitabilidade elétrica depende principalmente de canais
iônicos de sódio, os quais se abrem transitoriamente quando
a membrana é despolarizada.
Anestésicos Locais
Também são importantes os canais iônicos de potássio e os canais
iônicos de cálcio, que funcionam de maneira semelhante, embora
sirvam a funções fisiológicas bem diferentes e sejam afetados por
classes diferentes de fármacos.

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NEURÔNIO SENSORIAL CORPO CELULAR
CORPO CELULAR

Direção da condução
AXÔNIO
NEURÔNIO
ASSOCIATIVO
DENDRITOS

AXÔNIO
CORPO CELULAR

AXÔNIO

NEURÔNIO MOTOR
DENDRITOS
PROPAGAÇÃO DO IMPULSO NERVOSO

+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + -+ -++
- -+ -+ -+-+ + + + -+ -+ -+-+-+-+-+ -------
_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ + _+_+_ +_ +_ _ _ _ _+_+_+_ _+ + +++ ++

Potencial de repouso: diferença de potencial entre a superfície externa e interna, mantida


pela Bomba Na/K

Potencial de ação: inversão (despolarização) do potencial de repouso, ocasionado pela


mudança temporária de permeabilidade aos íons Na/K
Estrutura Química do Anestésico Local
• Os anestésicos locais são fármacos bases fracas, manipulados na
forma de um sal ácido (cloridrato), para garantir solubilidade e
estabilidade.
• Têm estrutura química dividida em uma parte hidrofílica (um
grupamento amina); uma parte lipofílica, que é unida por uma
cadeia intermediária composta por uma ligação éster ou uma
ligação amida e que devem ser administrados na matriz
extracelular próximo ao feixe nervoso.

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Estrutura química da droga
A molécula típica de anestésico local é constituída por um grupo lipofílico
(usualmente um anel benzeno) e um grupo hidrofílico (usualmente amina
terciária), separada por uma cadeia intermediária que incluem ligação éster
ou amida.
Grupo lipofílico
Grupo hidrofílico
Não ionizável
Ionizável

éster ou amida
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Estrutura química da droga

Amina terciária Anel benzeno

> hidrossolúvel > lipossolúvel

> não ionizável


> ionizável

éster

> duração do efeito; reações alérgicas amida 39


Estrutura química da droga
O grupo lipofílico (lipossolúvel) é necessário para a passagem da
molécula pela membrana da célula nervosa;
Enquanto o grupamento hidrofílico (ionizável) interage com o receptor
celular.

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Estrutura química da droga
• A estrutura do grupo amida ou éster interfere na duração da ação e nos
efeitos colaterais do fármaco.

• A importância clínica dessa divisão está associada à duração do efeito,


especialmente, ao risco de reações alérgicas.
Estrutura química da droga
Com base nessas informações, cabe dizer que os anestésicos locais são
classificados em:
 amino-éster e,
 amino-amida
Estrutura química da droga
Os ésteres são metabolizados no plasma pela colinesterase, sendo
pouco estáveis. Isso geralmente determina duração de efeito menor.
São capazes de produzir reações alérgicas;

As amidas são biotransformadas pelos microssomas do fígado, sendo


normalmente estáveis, consequentemente com maior duração de ação.
São possuidores de um mínimo potencial de reações alérgicas.
Estrutura química da droga
• Tipos de ALs com base na estrutura éster:
 Cocaína;
 Procaína;
 Ciclometicaína;
 Benzocaína;
 Cloprocaína;
 Tetracaína.
Estrutura química da droga
• Tipos de ALs de estrutura amidas:
 Lidocaína;
 Bupivacaína;
 Mepivacaína;
 Ropivacaína;
 Prilocaína;
 Dibucaína.
Agentes Anestésicos Locais
 Essas drogas, quando são injetadas, produzem uma perda de
sensibilidade localizada e reversível.
 Elas produzem esse efeito pelo bloqueio dos canais do íon sódio,
impedindo assim o influxo de sódio para dentro das células nervosas.
 A despolarização, portanto, não pode acontecer e a sensibilidade é
subsequentemente suspensa.

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Agentes Anestésicos Locais

Essas drogas ionizam nos neurônios periféricos e são ineficazes


na vizinhança ácida de abscessos.

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Anestésico Local
 Anestésicos locais são bases orgânicas fracas, pobremente solúvel
em água (hidrofóbicas).
 Por isso, as soluções comerciais são preparadas como sais ácidos
(hidrossolúvel), geralmente obtidos por adição de ácido clorídrico.
 Assim, apesar de os agentes serem bases fracas, as preparações
farmacêuticas são levemente ácidas, com o pH variando de 4,5 a
6,0.

Bases fracas: são aquelas que liberam poucos íons quando estão dissolvidas em água ou fundidas.
Bases fortes: são aquelas que liberam muitos íons quando estão dissolvidas em água ou fundidas.
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Anestésico Local
 Esta acidez aumenta a estabilidade das soluções anestésicas.
 Uma vez injetadas nos tecidos, com pH mais alcalino (pH = 7,4), há
tamponamento do ácido, liberando base em forma não-ionizada,
passível de ser absorvida.
 Quando o pH do meio não favorece essa transformação, a ação
anestésica não se processa.

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Anestésico Local
É o que ocorre em presença de processos inflamatórios e/ou
infecciosos, em que o pH tecidual extremamente baixo promove
ionização da molécula, impedindo sua ação.
Em meio ácido, as bases recebem íons hidrogênio e tornam-se
carregadas positivamente (ionizadas ou polarizadas), diminuindo sua
possibilidade de atravessar as membranas celulares (menor
lipossolubilidade).
Suplementação excessiva de doses num mesmo local determina menor
resposta, pois esgota a capacidade tamponante do meio, não liberando
a base.
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Mecanismo de ação do Anestésico Local
• Age primeiramente na camada externa biomolecular de
lipoproteína do nervo.
• Reduz a permeabilidade da membrana do nervo ao sódio.
• A ação destes agentes anestésicos é estabilizar a membrana do
nervo em estado polarizado, bloquear a não despolarização,
bloqueando a condução nervosa.
• Sua ação é bloquear a condução nervosa e essa ação é reversível e
não produz dano ao nervo.

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Mecanismo de ação do Anestésico Local
• A teoria atualmente mais aceita é de que os anestésicos atuam em
receptores específicos presentes na própria membrana, no interior dos
canais de sódio.
• Então quando o anestésico local entra em contato com o receptor,
obstruem a passagem nesse canal dos íons sódio em direção ao interior
da célula.
• Assim se evita a despolarização, ou seja, a passagem do impulso nervoso.
• Os anestésicos acabam competindo também com os íons cálcio que tem
a função de aumentar a permeabilidade da célula e facilitar a
despolarização.

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Mecanismo de ação do Anestésico Local

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Mecanismo de ação do Anestésico Local
Os anestésicos locais bloqueiam por interações lipofílicas (ocluindo o
poro) dos canais de sódio das membranas dos terminais dos neurônios.
Como o potencial de ação é dependente do influxo de sódio, ao não
ocorrer não há propagação do sinal nervoso.
Os neurônios com axônios com menor diâmetro são mais facilmente
bloqueados, o que permite ajustar a dose de forma a não inativar os
neurônios motores, mas apenas os sensitivos e os do sistema nervoso
autônomo, já que os motores têm diâmetros consideravelmente
maiores.

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Mecanismo de ação do Anestésico Local
A administração local concomitante de um vasoconstritor reduz os seus
efeitos sistêmicos e potencializa e prolonga os seus efeitos locais.
 Lidocaína c/ norepinefrina

O uso de anestesia local é indicado para operações simples, que


envolvem pequenas áreas, como algumas cirurgias plásticas ou para
suturar cortes (dar pontos).

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Efeitos Úteis

 Perda completa de sensação local, e em especial da dor, sem


perda do controle muscular.
 O doente pode cooperar, respondendo a pedidos do cirurgião.
 Não há riscos elevados de efeitos dos anestésicos como para os
anestésicos gerais.

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Reações Adversas
Apesar das precauções, alguma pequena quantidade de fármaco chega
sempre a outros órgãos, nomeadamente ao cérebro e ao coração:
 Ansiedade com tremores.
 Euforia, agitação.
 Confusão mental.
 Convulsões (incomum)
 Depressão nervosa; em altas doses algum risco de depressão respiratória.
 Vasodilatação e redução da frequência cardíaca.
 Hipotensão arterial
 Reações alérgicas.

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Seleção
Curta duração
Procaína

Média Duração
 Lidocaína:
É o anestésico padrão, com o qual os demais são comparados.
Usada em diversas técnicas anestésicas, também pode ser administrada
por via intravenosa para também tratar de arritmias cardíacas em
unidades de cuidados intensivos ou durante cirurgias.

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Seleção
Média Duração
 Mepivacaína:
Não é efetiva topicamente, sendo empregada em anestesias infiltrativas e
bloqueios periféricos. Como conduz menos vasodilatação que a lidocaína, pode
ser usada sem vasoconstritor para procedimentos curtos. No entanto,
recomenda-se associação com vasoconstritor sempre que as doses previstas
sejam maiores, independente da duração da cirurgia.
 Prilocaína:
Tem amplo uso em Odontologia, especialmente em casos em que aminas
simpaticomiméticas estão contra-indicadas, pois está contida na única
preparação comercialmente disponível no Brasil que tem felipressina como
vasoconstritor.

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Seleção
Longa duração:
Bupivacaína:
Está indicada em procedimentos Odontológicos de maior duração ou
em que se deseja analgesia pós-operatória mais prolongada (varias
horas). Comparada com lidocaína, o início de efeito da bupivacaína é
mais tardio, mas a duração é duas vezes maior. Durante seu uso em
anestesia, especialmente obstétrica, foram relatadas casos de parada
cardíaca de difícil recuperação. No entanto, o uso odontológico em
baixas doses torna essa complicação improvável.

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Cloridrato de Lidocaína
• É o anestésico padrão, com o qual os demais são comparados.
• Usada em diversas técnicas anestésicas, também pode ser
administrada por via intravenosa para também tratar de arritmias
cardíacas em unidades de cuidados intensivos ou durante cirurgias.

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Cloridrato de Lidocaína
USO INJETÁVEL:
• Cloridrato de Lidocaína 2% sem Vasoconstritor
 XYLOCAÍNA 2%
• Cloridrato de Lidocaína 2% com Vasoconstritor
 XYLOCAÍNA 2% com epinefrina

• Armazenagem antes de aberto:


Temperatura ambiente (15 – 30°C). Não congelar.
Proteção à luz: é necessária.

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Lidocaína
Cuidados no manuseio:
Uso Injetável:
Como regra para os anestésicos locais, tentar usar sempre a menor dose
possível.
Aplicar lentamente e com aspiração frequente para reduzir a
possibilidade de injeção intravascular.
Não usar o produto se houver alteração de cor ou precipitados.
Sobras do produto devem ser descartadas.

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Lidocaína a 2%
Adultos:
• Bloqueio nervoso:
20 a 100 mg (1 a 5 ml da solução a 2%).

• Limite de dose para adultos: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou 300
mg de cloridrato de lidocaína por sessão dentária.
• Limite de dose para crianças: 4 a 5 mg de cloridrato de lidocaína por kg
de peso, ou 100 a 150 mg como dose única.
Lidocaína a 2% c/ Epinefrina
Adultos:
• Anestesia por infiltração ou bloqueio nervoso:
 20 a 100 mg (1 a 5 ml da solução a 2% de cloridrato de lidocaína, com
epinefrina a 1:100.000).
 Limite de dose para adultos: não exceder 6,6 mg por kg de peso, ou
300 mg de cloridrato de lidocaína por sessão dentária.
Crianças:
 20 a 30 mg (1 a 5 ml da solução a 2% de cloridrato de lidocaína com
epinefrina a 1:100.000).
 Limite de dose para crianças: 4 a 5 mg de cloridrato de lidocaína por kg
de peso, ou 100 a 150 mg como dose única.
Lidocaína a 2% c/ epinefrina
Epinefrina (adrenalina) ou Norepinefrina (noradrenalina):
Classificadas como aminas simpatomiméticas:
• São substâncias vasoconstritoras que agem sobre receptores alfa-
adrenérgicos existentes nos vasos sanguíneos da mucosa, diminuindo o
fluxo de sangue na área da injeção.
• Isto faz com que o anestésico permaneça mais tempo no local,
prolongando sua ação e diminuindo a concentração de pico que o
anestésico alcançaria no sangue, diminuindo assim o risco de toxicidade
sistêmica.
• Os vasoconstritores também ajudam a diminuir o sangramento local.
História:
 A maioria das drogas de comprovada utilidade clínica (identificadas
com o sufixo "caína“) compartilham uma configuração fundamental
com o primeiro anestésico local verdadeiro, a cocaína.
 Durante séculos, os nativos das montanhas peruanas vêm utilizando
folhas de coca para evitar a fome, aliviar a fadiga e elevar o espírito.

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História:

 O conhecimento do potencial de reações adversas da cocaína logo


acompanhou sua aceitação geral como anestésico local.
 No entanto, várias mortes atribuídas à cocainização aguda
testemunharam o baixo índice terapêutico da droga.
 A tendência ao abuso da cocaína foi significativamente ilustrada pela
autodependência de William Halsted, um pioneiro no bloqueio nervoso
regional.

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História:
 Albert Nieman, em 1859 isolou a cocaína a partir da Erythroxylon coca.
 Em 1880, Von Arep desenvolve o estudo das propriedades farmacológicas da
droga.
 Von Arep e Carl Koller descrevem sobe a ação anestésica local da cocaína.
 Em 1884, Koller familiarizou-se com os efeitos fisiológicos da cocaína
descrito por Sigmund Freud.
 Koller reconheceu o grande significado clínico da droga e logo demonstrou
sua ação no alívio da dor em vários procedimentos oftalmológicos.

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Glossário:
• Fenol (ácido carbólico) é uma função orgânica caracterizada por uma ou mais
hidroxilas ligadas a um anel aromático. Apesar de possuir um grupo -OH
característico de um álcool, o fenol é mais ácido que este, pois possui uma estrutura
de ressonância que estabiliza a base conjugada.

• O álcool é uma classe de compostos orgânicos que possui na sua estrutura um ou


mais grupos de hidroxilas, -OH, ligados a carbonos saturados.

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Glossário:
• Aminas: São compostos orgânicos identificados pelo grupo funcional
derivado da amônia (NH3), em que há a troca de um, dois ou três hidrogênios
ligados ao nitrogênio por cadeias carbônicas.

amina primária amina secundária amina terciária

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Glossário:
• Amida: são compostos orgânicos nitrogenados que apresentam como
principal característica a presença de um grupo carbonila (carbono que
realiza uma ligação dupla com o oxigênio), ligado diretamente a um
nitrogênio, que, por sua vez, pode ligar-se a dois átomos de hidrogênio.

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Glossário:
• Éster: é uma função orgânica que pode ser identificada pela presença de um
grupo R–COO-R’, sendo R o radical orgânico. Os ésteres estão presentes nas
ceras produzidas por plantas e animais, para reduzir a perda de água, nas
essências das frutas, em produtos alimentícios artificiais e em medicamentos
e biocombustível.
• Os ésteres mais comuns que se encontram na natureza são as gorduras e os
óleos vegetais, os quais são ésteres de glicerol e de ácidos graxos.

onde R e R1 são radicais orgânicos

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Glossário:
• Função orgânica: As funções orgânicas são grupos de substâncias com
propriedades químicas muito semelhantes e que têm estruturas bem
comuns. As cadeias carbônicas são a base principal para entender a
química orgânica.

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Glossário:
• Funções orgânicas:

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Glossário:
Ácidos e bases fracas:
• Os fármacos em geral são ácidos fracos ou bases fracas e, quando em
contato com uma solução, existem nas formas ionizada e não-ionizada.
• Dependendo do pH dessa solução e do pKa do fármaco ele terá maior ou
menor ionização e isso vai influenciar na travessia pelas membranas
biológicas.
• Um ácido fraco é aquele que não ioniza completamente quando é
dissolvido em água. Um ácido fraco é um ácido que é parcialmente
dissociado numa solução aquosa.
• Uma base é fraca quando dificilmente sofre dissociação.

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Glossário:
• Ácidos e bases fortes versus fracos. Ácidos fortes e bases fortes referem-se às
espécies que dissociam-se completamente para formar íons em solução. Em
contraste, os ácidos e bases fracos ionizam apenas parcialmente, e a reação de
ionização é reversível.
• Determinar a força das bases é informar a capacidade que elas apresentam de
sofrer dissociação quando adicionadas à água. De forma geral, quando
uma base é misturada com a água, ela libera um cátion qualquer e o ânion
hidróxido (OH-), como podemos observar na equação de dissociação a seguir:

• A quantidade de íons (cátion e ânion) que uma base libera depende da sua
força, ou seja, existem bases que liberam muitos íons (bases fortes) e outras que
liberam poucos íons (bases fracas).

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Glossário:
Microssomas hepáticos:
• São pequenas esferas dispersíveis (de fácil absorção), que transportam
as substâncias ativas, permitindo manter a sua eficácia e evitando a sua
degradação.
O principal sistema enzimático envolvido no metabolismo de fármacos é
o sistema das enzimas microssomais hepáticas, que compreende o
citocromo P450.

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