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Universidade Estadual do Piauí

Campus Clóvis Moura


Licenciatura Plena em geografia
Nomes: Amanda Iamara de Sousa da Silva.
Disciplina: Psicologia da Educação Prof.ª Aline Martins

RESENHA

Obra: O SHOW de Truman – O show da vida. Direção: Peter Weir. Produção: Andrew
Niccol e Scott Rudin. Paramount Pictures, 1998.

A obra apresenta como tema central a vida de Truman Burbank que é monitorada e
transmitida para milhares de pessoas em forma de reality show sem que ele saiba.
Assim, a rotina da aparente vida normal de Truman que é condicionada pelo diretor
do programa que é colocado em risco após Truman começar a intensificar seu desejo
de sair do local onde sempre viveu, uma pequena ilha, um grandioso cenário.

Truman tem a sua vida assistida desde o momento de seu nascimento. O Show da
vida é a principal criação da vida profissional de Cristofe, diretor do programa, e quem
define e ajusta todas as experiências que Truman passa por sua vida desde sua
infância como a relação com seus pais, seu melhor amigo, sua esposa, seu trabalho,
sua relação com os vizinhos, suas vestimentas e todas as demais características da
vida social e pessoal de Truman que são direcionadas a propagandas para o público,
mas sobretudo, delimitadas pelo diretor.

Entretanto, um dia ao ir ao trabalho, Truman recebe sinais de rádio onde escuta o que
seria instruções que se passam em um bastidor, e que narra todo o trajeto que ele iria
fazer em sua rotina que era estável desde então. O personagem desconfia e resolve
inovar os locais para onde costumava ir temendo uma perseguição e ao decorrer da
trama resolve fugir com sua esposa para longe da cidade, mas a água é um obstáculo,
pois é nela onde ele vivencia a morte de seu pai quando era criança, despertando em
Truman uma espécie de fobia que leva para a vida adulta.

Mesmo assim, Truman não desiste e Cristofe sente seu projeto cada vez mais
ameaçado pela vontade de Truman fugir da ilha, o que faz com que o diretor aja de
maneira mais incisiva e intensa para que Truman esqueça da ideia. Truman se apega
a um amor que vivenciou sem estar previsto no roteiro e a sua vontade de explorar o
mundo que sempre foi presente. O diretor se utiliza da realidade que construiu para
sua criação.

Verifica-se que o personagem sofre uma espécie de castração de sua vivência social
de forma artificial durante toda a sua vida, pois o principal agente dela era o diretor e
a audiência. Os estímulos que este recebia eram compassados com as vontades do
diretor, assim ocasionando sempre reforçamentos comportamentais.

Consoante a corrente Behaviorista das ciências psicológicas, pode – se dizer que o


ponto alto da obra se dá quando há o embate entre criação e criador a partir do
momento em que os estímulos não são mais reforçados e todas as estratégias
elaboradas pelo criador que despertavam sentimentos de esquiva ou fuga
relacionadas à água por Truman que agiam de modo direto em seu comportamento
são colocadas de lado modificando o comportamento operante de Truman e de suas
ações em seu mundo que modificações a partir da ideia de sair do local.

A multiplicidade de respostas que pode se ter com estímulos por mais que estes
estejam sempre compassados e direcionados para uma resposta única é o principal
ingrediente para que o filme se torne tão interessante e humano.

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