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D’
Mi
r
l
a
ano
Na pr i
mavera de 1994 em Nápol es,
I
tália, em um mundo em cons t
ante
evol ução,nasci
.Minhachegadacoi ncidi
u
com uma er a de t r
ansição,onde as
fronteiras ent
re o passado e o f uturo
par eciam s e di
ssi
parcomo névoa ao
amanhecer .Enquanto o mundo s e
encant avacomosavançost ecnológicose
a pr omessa de um f uturo digit
al,eu,
Ambr a, encontr
ava meu r efúgio nas
revistasdemoda, apres
entaçõesdet eat r
o
ef esti
vaisdemúsica.
X
X
Minha i nfânci
a f oi mar cada pel a
i
ndependênci a,j á que meus pai s est
avam
fr
equent ementef ora de cas a,trabal
hando.
I
Tornei
- mecomoumamãepar aomeui rmão
mai s novo,sendo r esponsávelport odos os
cui
dados ,
acoz i
nha,al i
mpez aebuscandos era
melhorfigur amat ernapar aele.Acasapulsava
com aener gi
adoes forçoedadedi caçãodos
meuspai s,mas,porvez es,
meviaem um oásisde
sol
idãopar ental
.
Naadol es
cência,
enquant oomundoàmi nhavol t
apulsavacom aefervescênciada
j
uventude, euenfr
entavaum des afiointerno.Ades cobertadami nhabiss
exuali
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ouxe
consi
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dadeemoci onal quer everberouportodaami nhavida.I
nfel
izmente,
meupai ,com suasconvicçõesconservador asevi sãoestr
eit
a,nãoes t
avapreparadopar a
aceit
ares safacetademi nhaidenti
dade.O conf l
i
toentreat r
adiçãoeami nhapr ópri
a
verdadeger oubrigasacaloradasedi s
cus sõesintensasqueecoavam peloscorredoresde
nossacas a.
Àmedi daqueosanosdes fil
avam diantedenós ,
ai nt
ri
cadacoreogr afiacom meupai
evol
uiu para um espetáculo maisvigoros
o,onde des ent
endimentos,porvezesfútei
s,
tor
navam- separt
eintrí
nsecadaapr es
entação.Adançadanos saconvivênci
a,t
alqual
uma
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cal
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ment eorquest
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lavaentreosmoment osdehar moni
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da.Meumar ido emeufil ho,duasalmas
queri
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ament earrancadosdemi m.Adorques es egui
ufoium vendaval
devastador,deixando-me à deriva em um oceano de l
uto.Asvi s
it
asdo meu irmão
t
ornaram- seumaancor aem mei oàt empest
ade,umapr esençaqueof er
eci
acons ol
o
si
l
enciosodiantedaper daavassaladora.
Nãoti
veachancedevermeufilhocrescer,apr
enderaconver
sar
,es
tudar
,sonhar
,
namor
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erascar
tasques
uamãeescrevia.
Em um í mpetodedesesper
oebus ca Al gum t empo em um bor del na
porapoio,deci
divolt
arparaacas ados Espanha r epres enta uma par t
edo meu
meuspai s,mesmosabendodast ensões pas sado que não t enho o pr az erde
passadas.Noentant
o,oqueencontreifoi compar ti
lhar . Bas ta di zer que houve
um ambi ent
equehavi a mudado ainda belez anomei odocaos ,
masqueocaos ,
maisdesdeminhaparti
da. def ato,exi st
ia.Al gunspoder iam r otular
esseper íodocomoumas orte, mas ,seme
Aobat eràpor tadacas aqueum di a per gunt arem, encont rei o ver dadei ro
chameidel ar,fuir ecebida com ol
hares amor .Um doscl i
entesmai sfiéi ses t
ava
fr
iosepal avrascor t
antes .
Minhavolt
anão dispos toamet irardaquel as ituaçãoque
tr
oux ea r econci l
iação queeubus cava, seas semel havaàmi nhar eali
dade. Nes se
mass im um j ulgament oimpiedoso.Meus sent i
do,nosuni mos ,pas samosa vi ver
pais,dianteda di fí
cilsi
tuaçãofinanceira j
unt os e des f
rutamos de uma vi da
em ques eencont r
avam,vi r
am em mim conf ortável ,com di nheiroet empo de
umas ol
uçãopar aseuspr oblemas. sobr a.Meu mar i
do,como gos tava de
de que eu poder ias ervendi da para chama- l
o, donodeumadasr evistasmai s
aj
udaras ustent araf amí l
iaeracomoum famos asdeNovaY ork,mepr opor cionou
golpedol oroso, umar evelaçãochocante uma r edes cober ta pes soal.Com el e,
dapr ofundidadedoegoí smohumano. estudei moda, t
rabal hei i
ncans avel ment e,
epodi apel apr imeiravezapr oveitarde
Aospoucos ,percebiqueaspor tasda certospr az eres.Agor a,meumel horal i
ado
casadosmeuspai snãos eabri
ram par aa na bus ca do meu s onho,mor avamos
compai xão oua r econstr
ução,mass im j
unt os no apar tament o mai s boni to
para uma t ransação des umana. daquel ar uaem NovaY ork ,podi at entar
Senti
ndo- meapr i
si
onadaem um des ti
no gar ant i
r que aquel a r evista f osse
queeunãoes col
hi,f
uivendidaaum gr upo dir
eci onadapar aout rasAmbr asaor edor
desconheci do. Meu val or como s er domundo. Etivet ambém aopor tuni dade
humanof oireduzi
doamer osnúmer osem decr es cer .
umat rans açãoquevi savaapenasal iviar
a carga financei r
a que pai r
ava s obr e Tal
vez esse s al
vador, mar ido ou
meuspai s. qualquerout
rotí
tul
o, t
enhafeit
omai spor
mim do que pormui t
as mul heres do
Es
s e pr i
meiro e últi
mo el ofami l
iar mes mo bordel, que, inf
eli
zment e, f
oi
desmor onou naquel e di a, s endo fechado al
gunsmes esdepoi s
.T odasas
sepul
tadonapar temai sprof
undadomeu garotasper
derams eusempregosquando
coração.E spero que es ses ent
iment o uma empr esa de moda as cont rat
ou.
j
amai ssejaresgatadopor qualquer
notícia Prometoque,sevocêsnãocont ar em,eu
rel
acionada a es sas pessoas. Nos sa também guardareiessesegredocomi go,
his
tóri
a,infel
izmente,nãoseas semel
haàs assi
m comoout rosquenãot ragones ta
famíl
i
as per f
eit
as retr
atadas nos filmes carta.
i
nfanti
s.
Minhavi dadecas adaer aestranhae
talvezaexper i
êncianovamai si
ncer tade
todas .Trabalhavacom meus onho,as si
sti
a
a es pet áculost eat r
aisdes lumbrant ese
criavar oupasdoz er o,desdeaconcepção
criati
vaat éacos tura. Podi
ades frutarde
tratament osem s paspel o paí
se vi aj
ar
par aoout r
oladodomundopar aas si
st
ir
aosmel horess howsdebandasdepop
rock .
Apr endiatocargui t
arraecont i
nuei a
cons umi rmoda com a mes ma pai xão
comaqual atuavaemevent ospúblicosda
empr esafingi ndos eramel hores pos ado
mundo.
Foram vári
ast r
aições,brigas,t
apas ,machismo,atéqueeuper cebessequeobor del
tal
vezt enhasi
dool ugarmai sfel
izefamili
arquefrequentei
.
Com cer t
ez a,
meus onhoest
ava
setornandoumpes adelo.I
nfeli
zmente,omar i
doer asufici
entementeper s
picazparamorrer
envenenadoem um event opúbl i
coedei xartestamentosquenãocont emplavam nada
paras uanotávelesposa,quemai sumavezs eviusem nada. Vocêssabem muitobem de
quem es touf
alando,mass eel ahavi
aapr endidoalgumacoi sa,er
aas obrevi
ver.
I
nfel
iz
ment e,ninguém nunca des
cobr
iu o que acont
eceu com o f
aleci
do e,após
“
i
númer
l
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ber
osi
dade.
nt
errogatóri
oseexpos
ições
,ocasoencerr
adoabr i
uumanovapos
b
ir
eàèi
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s
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Lal
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pes
ro
i
z.
o
Pa
r
is
,Ve
r
sa
ce
Dessavez,
eras em mui
toluxo,mascom muitosamores,
com muit
opr azercar
nal.Pel
a
pri
mei r
aveznami nhavida,conheci
mulheresquedavam sent
idoaoamor ,aoencant o,
à
femini
li
dade.I
ssotudo também s oa i
ncr
ívelpara al
guém que passou t
antosanoss e
entr
egandopor .
.
.sobrevi
vênci
a…nãoquerof al
arapalavra:di
nhei
ro,
serumamul herque
sobrevi
veémaisdoquei ss
o.
Com opas s
ardotempo, f
ort
aleci
aconvicçãoddequeaúni capessoaem quem podi
a
realmenteconfiareraeumes ma.Decidiquenãodependeri
adeni nguém paraminha
subsis
tênci
a.Descobr
iqueaver dadeirali
berdadeest
avaem chegaraum l ugaronde
ninguém meconhecia,ondeeupodiaserquem des
ejas
se,
sem osfar
dosdopas sado.
Sem mui
todi
nhei
roeglamourmascom coragem,es cr
evoessacar
taespecial
ment
e
par
avocê,
meufilho,
eassi
m mesi
ntol
evementeconectadaeesper
andoquecuidedemim
damesmaformaquequer
iacui
dardevocê.
Meuanj o,
Camill
o!
a
r.
T
eamo,
com mui
t
oamor
,
b
Am