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MATERI
ALDEAPOI
O
AascensãodeAlexandr
e,oGrande,e
odespertardaEraHelení
sti
ca.
PROF.DENNYS XAVIER
MOSAI
CO DOS FI
LÓSOFOS,MUSEU ARQUEOLÓGI
CO NA-
CI
ONAL,NÁPOLES.
Er
aassim dest ruí
do aquelevalorf undament aldavidaespiri
tualdaGr éci
aclássica,queer ao
pontoder ef
erênciadoagirmor al
,equePl at
ão,naRepúbli
ca,eAr i
stót
eles,naPol
ítica,t
inham não
sóteori
zado,masat ésublinhadoehi postati
zado,f
azendodapol i
snãoumasi mplesf or
mahi stóri
-
ca,masaf or
mai dealdeEst adoper f
eito.Consequentemente,aosolhosdequem vi veuar evol
ução
deAlexandre,essasobrasperdiam significadoevi t
ali
dade,
colocando-senumaper spect i
vadistan-
teesem sintoniacom ostempos.
Mani f
estar
am- seasinfluênci asdoOr i
ente,eosnovoscentrosdecult
uracomoPér gamo, Rodes,
esobr etudoAl exandri
a,com af undaçãodaBi bli
otecaedoMuseu pel adinast
iadosPt ol
omeus,
acabaram ofuscandoAt enas.SeAt enasconsegui
uper maneceracapit
aldopensament ofilosófico,
Alexandr i
atornou-se,pri
mei r
o,ocent r
onoqualflor escer
am asciênci
asparti
cular
esedepoi s,por
voltadofim daer aheleníst
ica,esobretudonaeraimper i
al,
também ocentrodafil osofia.
Vej
amos,pont oporpont o,osf ator
esdessanovaer aqueat uar
am demododet erminantepara
queapr obl emáti
cafilosóficapl atôni
caearistot
éli
caper dessem repentinament
egrandepar t
edo
seuinteresse,eparaquesurgissem novospr obl
emas, novascategoriasenovospar
âmet rosparaa
suasoluçãoe, em poucaspalavras,um cl
imaespi r
itualr
adicalmentedi f
erent
edoclássi
co.
Of at
ormai si
mpor tanteai ncidirnessesenti
dof oicertamentear uínadapolis.Jáopai deAl exan-
dre,Fil
ipedaMacedôni a,t
inhacomeçadoami narospr incípi
osbasilar
esdaspol eisgr egas, servin-
do-se habil
ment e dosor ganismospol í
ticosexistentespar areal
izarseu projeto de pr edomí nio
macedôni osobreaGr écia.SeFiliperespeitouapol i
s,ofezdemanei r
aapenasf ormal ,
poi soseuob-
j
etivoer asubmeteral i
berdadedel asàssuasi ntençõeshegemôni cas.MasAl exandr edest rui
ua
polisem todosossent i
dos,retir
ando- l
het odali
ber dadef or
malesubst anci
al,
afim der ealizaroseu
centrar
am todoopodernaspr
ópr i
asmãos,nãot oler
ar am nenhumal i
mi t
ação,i
dent
ificaram-se
com oEstadodemodoquasetotale,porconsequência,cancel
aram qualquerf
ormadeliberdade
polí
ti
ca.
Assi
m,de um gol pe se destruí
a o val
orf undamentalda vida espiri
tualda Gr éci
a cl
ássi
ca,que
Plat
ão,naRepúbl i
ca,eArist
óteles,naPolí
tica,
aomesmot empot eorizaram,mi t
ificaram, hi
postasi
-
aram esubli
mar am.Damesmamanei r
a,i
nopi nadamente,estasobrasperdiam, aosolhosdequem
vi
ssearevoluçãodeAlexandr e,oseusignificadoeasuavi t
alidade,vi
ndoasi tuar-senumaper spec-
ti
valongínqua,em tot
alfalt
adesi ntoniacom ost empos.
Seocosmopol i
ti
smodasvel hasescol
assocrát
icaser
aantesdet
udoum par
adoxosust
ent
adoem
antít
esecom areal
idadeeopensament odotempo,ocosmopol
iti
smodaerahel
ení
sti
cat
orna-
se
tesedominantesem antí
teserealnem i
deal
.
Essasobser
vaçõesdeBi
gnonedevem serassimil
adassubli
nhando,ademais,
queessadescober
-
taeessenovosenhor i
odoi ndi
víduodegeneram também noi ndi
vidual
ismoenoegoí smo,dos
quaisveremosexemplospar
adigmáticossobr
etudonaéticadeEpicuroedePi r
ro.
Aesser espei t
o,um úl t
imopont omui t
oi mpor t
ant edeveai ndaserdest acado.Adi sti
nçãoent re
oindi ví
duoeoci dadão, aatenuaçãoe,em cer toscasos, odesapar eciment odosent idocívicoacar -
retar
am,em fil osofia,comoosest udiososmui t
obem not aram,ar adicaldisti
nçãoeaní ti
dasepa-
raçãoent reét i
caepol í
ti
ca.A éti
caclássicapornósconheci daer asubstancialment ebaseadano
pressupost odai dentidadedohomem com oci dadãoe, porisso,eraenxer tadanapol ít
icaou, mais
ainda,subor dinadaàpol íti
ca.ParaPlatãoepar aAr istót
eles,sãoimpensávei st antoumaét icanão
finalizadapol i
ticament ecomoumapol íti
canãof undadaet icament e.Poisbem,pel apr i
mei r
avez
nahi stóri
a,afil osofiamor al
,naerahel enísti
ca,gr açasàdescober tadoi ndivíduo,est r
utur a-sede
modoabsol ut
ament eautônomo,baseando- sesobr eohomem comot al
,consi deradonasuasi n-
gularidade.Ast entaçõesindivi
duali
stase asconcessõesegoí stasdasquai sf al
amossão,j usta-
ment e, oexager oeaexasper açãodessadescober t a.
Em 331a.C.,mandou i nstrui
rmil
haresde j ovensbár baroscom base noscânonesda cul t
ura
grega,adestrando-osnaar t
edaguer r
a,afim dedi spordenovasejuvenisfor
çasder eposição.Em
324a.C.,
ordenouquesol dadoseoficiaismacedôni osdesposassem mulherespersas:dezmi lsol
da-
dosmacedôni oseum gr upodeofici ai
suniram- seem r i
tonupci
alcom mul her
esper sasnaSí r
ia.
Estesforam algunsdosexempl osmaisclamor osos, queil
ustr
am oidealdeigual
izaçãodasr aças,a
serconstantement ereafirmadonaer ahelenística.
Osfil ósof
osdaer ahelení
sti
casão essencialmente mor al
i as,ver
st dadeir
ospregador esde um
cr
edoét i
coe,decertaf
orma,apóstol
osemi ssionári
os.Noent anto,aperdaem dimensãot eoréti
ca
dafilosofiahelení
sti
capodeserresumidanaf alt
adet ranscendência,domet af
ísi
coedoespi ri
tual.
O hel
enismotendeapensarapenascom cat egoriasi
manent istas,
fisici
stasemat er
ial
ist
as.Substi-
Noentant
o,algunsescl
areci
ment
ossãonecessár
iospar
acompr
eenderosi
gni
ficadodesse"
re-
t
or noaSócr
ates".
Osfilósofosdaerahel ení
sticapr ocur am,por
ar t o,si
ant tuar-seameiocami nhoent reessasduas
posi
çõest dascomoext
i r
emas. Noent ant
o,nãoédi fí
cilreconhecerque,
dopont odevi st
adavi são
moraldavi da,osfil
ósofosdaer aheleníst
icaestavam mai spróximosdossocráticosmenor es,uma
vezquer et
omar am delesdiversasideiaseasdesenvol veram devári
asmanei ras.Mas,dopont ode
vi
stadaest ruturado si
stemafil osófico,estavam mai spr óxi
mosdePl atão edeAr istótel
es,pois
reconheceram quenãoépossí velf
undarumaét i
casem constr
uirumavi sãodanaturezaedoser,
consider
adaporSócratescomoi mpossívelpar
aohomem. Predominou,cont udo,
oespíri
tosocr
áti
-
co,mesmonessar ecuperaçãoda" f
ísi
ca"(queéumaverdadei
ra"ontol
ogia"),
namedidaem queel a
foisubor
dinadaàéticaenãof oiconsider
adaum fim em simesma.
Epicuroclarament eseinspi
roumai snaletradoquenoespíri
todeSócrates,aodefinirafilosofia
comoumaar temédi caespiri
tualquecur aosmalesdaalma,eaodeclarartodoor est
ocomover -
bali
smoi núti
l.Osestoicostambém f oram r
adicai
ssocr
áti
cosaoidenti
ficaravi rt
udecom oexer -
cí
cioedesenvol vi
ment odologosexistentenohomem, ret
ornandoàdout r
inadavi r
tude-ci
ênciae
aum r igorosointel
ectuali
smo.
Oscét i
cost ambém seconsi deraram socr áti
cos,poisvir
am nasuadúvi daum desenvol viment o
dadúvi daedonão- saberpr oclamadosporSócr ates.Noentanto,prof
undament esocr áticaf oiso-
br etudo aconvi cção,queéumaespéci edemí nimo denomi nadordet odosossi stemasdaer a
hel enística,dequeover dadei rofilósofosóoénamedi daem quesaber eali
zaraplenacoer ência
(uma" har moni a"ou" acordo",comodi ziaSócrates)entredoutrinaevida,ou,melhorai nda,ent r
e
teor i
aepr át
icadevi veremor rer
.Um fil ósof
onãoéapenasaquel equesabepensareconst ruir
sistemas, mas, aci
madet udo, aquelequesabevi veremor rerem acordocom seusistema. Sistema
dei dei asesi stemadevi dadevem " si
nt onizar-
se"demodoper feit
o.Asobr as-
pri
masdosfil ósofos
dessaépocanãof or am apenasseusl ivros,mast ambém seusmodosdevi veremor rer;ant es,foio
plenoacor doeacoer ênciaent r
edout rinaevida, queSócrates,porpri
meiro,souberealizardema-
nei rapar adigmát ica.
Ademais,
muitosfil ósofos,par
aconseguiressapaz,pregam avi
dasi mplesedescobrem apazdo
campoedasár vores,or etor
noànat urezanãocontaminadaet ambém àsol i
dão.OlemadeEpi cu-
roedosepicuri
stasé, exatamente,
"viveescondido"
.Essaéaexpr essãodamai scomplet
ainver
são
dosenti
ment oclássi
co.
DePi
rroescr
eveodi
scí
pul
oTí
mon:
"
Ó Pir
ro,i
ssoomeucoraçãodesejaapr
enderdeti
,comoéquetu,emboraai
ndasendohomem,
t
ãof aci
lmentel
evasavi
datranqui
la,t
uqueésúnicoagui
aroshomens,semel
hant
eaum deus'
.
"
Emui
tossécul
osdepoi
sdeTí
mon,
escr
eveai
ndaSext
oEmpí
ri
co:
"
Ó Pi
rro,quesurgi
stecomograndemaravi
lha,mai
orquetodas,comoserext
raor
dinár
io,di
fer
-
entedosoutros,
porterousadoi
rvi
gor
osamentecont
ratodososfilósof
os,
óquãocoraj
osofost
e!"
O di
anat
alí
ciodeEpi
cur
ofoi
consagr
adoepassouasersol
enement
ecel
ebr
adopel
osseussegui
-
dores.
Sobr
eEpi
cur
o,l
ê-senumaant
igasent
ença:
ELucr
éci
o,mui
tot
empodepoi
s,escr
eve:
"
Diantedet ãosubl imesdescober tasdaver dade,quem poderiacantar,demodoi nspi
rado,um
cantodignodelas ?Quem t er
áforçasparaem pal avrascomporosl ouvoressegundoosmér i
tos
daquelequenosdei xou,dosseusesf orços,t
aisfrutoseconquistas
?Ni nguém,creioeu,dentr
eos
nasci
dosdesanguemor tal.Dadoque,comoopedeacl ar
aer econhecidamajestadedoassunt o,
deve-sef
alardel
e, óilustr
eMêmi o,quefoium deus,um deus,quepr i
mei r
odescobriuaregradaex-
i
stênciaquesechamaagor asapi
ência,aquelequesóem vi rt
udedesuament e,arr
ancouavi da
dasondasdast revas, ecolocou-aem lugartãot r
anquiloeem tãoclaraluz'
."
EdeCr
ísi
po,
segundof
undadordoest
oici
smo,
escr
eveEpi
ctet
o: