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AULA 1

MATERI
ALDEAPOI
O
AascensãodeAlexandr
e,oGrande,e
odespertardaEraHelení
sti
ca.

PROF.DENNYS XAVIER
MOSAI
CO DOS FI
LÓSOFOS,MUSEU ARQUEOLÓGI
CO NA-
CI
ONAL,NÁPOLES.
Er
aassim dest ruí
do aquelevalorf undament aldavidaespiri
tualdaGr éci
aclássica,queer ao
pontoder ef
erênciadoagirmor al
,equePl at
ão,naRepúbli
ca,eAr i
stót
eles,naPol
ítica,t
inham não
sóteori
zado,masat ésublinhadoehi postati
zado,f
azendodapol i
snãoumasi mplesf or
mahi stóri
-
ca,masaf or
mai dealdeEst adoper f
eito.Consequentemente,aosolhosdequem vi veuar evol
ução
deAlexandre,essasobrasperdiam significadoevi t
ali
dade,
colocando-senumaper spect i
vadistan-
teesem sintoniacom ostempos.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
DI
FUSÃODOI
DEALCOSMOPOLI
TA
Aodecl íni odapol i
snãocor respondeuonasci ment odeor gani smospol í
ticosdotadosdenova
forçamor alecapazesdeacendernovosi deali
smos. Asmonar quiashel eníst i
cas,nascidasdodi vidi-
doi mpér iodeAl exandre,foram or gani
smosi nstáveise,deal gum modo,nãoapt osparaenvol ver
oscidadãosouconst ituirum pont oder efer
ênciapar aavi damor al .De" cidadão"homem gr egose
torna" súdi to"
.Avi danosnovosest adossedesenvol vei ndependent ement edasvont adesdel e.As
novashabi lidadesquecont am nãosãomai sasant igas" vir
tudescí vicas",massãoconheci ment os
técnicosespecí ficosquenãopodem est arnapossedet odos,poi sr equer em est udosedi sposições
especiais.Em t odocaso,el asperdem oant i
gocont eúdoét icopar aadqui r
irum cont eúdopr opria-
ment e pr ofissi onal.O admi ni
stradorda coisa pública se torna funci onár i
o,o soldado um mer -
cenár i
oe,j untoaesses,nasceohomem que,nãosendomai snem oant igoci dadãonem onovo
técnico,frent eaoEst adoassumepost uradedesi nteresseneut r
o, quandonãodeaver são.Asnovas
filosofiast eorizarãoessanovar eali
dade, col
ocandooEst adoeapol íti
caent reascoisasneut ras,ou
seja,mor alment eindi f
erentesouat éentreascoisasaser em evitadas.

Noano1 46a.C.,aGréciaper deincl


usivealiber
dade,tor
nando- seumapr oví
nciaromana.Aquil
o
queAlexandresonhar a,osromanosor eal
izar
am, masdeout raforma.Assi
m,opensamentogr ego,
nãovendoumaposi t
ivaalternati
vaàpol i
s,serefugi
ounoi dealdocosmopol i
ti
smo,consi
derando
omundoi ntei
roumaCi dade,atéaopont odeinclui
rnessacosmopol isnãosóoshomens,mas
também osdeuses. Dessemodosedi ssol
veaant i
gaequaçãoent rehomem eci dadão,
eohomem
éobri
gadoapr ocurarsuanovai dentidade.
Essanovai dent i
dadeéadoi ndivíduo,eéexat ament enaer ahel enísticaqueohomem começa
adescobr ir
-senessadi mensão." Aeducaçãocí vicadomundocl ássi
cof or mavacidadãos;acul tura
daer adeAl exandr eem diant ef orjouindivíduos. Nasgrandesmonar quiashel enísticas,asli
gações
er elaçõesent reohomem eoEst adoset ornam acadamoment omenosest reit
aseobr igatórias;
asnovasf ormaspol í
ti
cas,nasquai sopoderémant i
doporum sóouporpoucos, sempr emai sper -
mi tem acadaum f or j
ar,aseumodo, apr ópr i
avi daeapr ópr iapessoamor al,etambém nasci dades
nasquai sper duram,comoem At enas(pel omenosnaf orma) ,osant i
gosor denament os,aant iga
vidací vica,jádegr adada,par ecesobr eviverasimesma,l ângui da,inti
mi dada,ent revel ei
dadesde
reaçõesr epr i
mi das,sem pr ofundosconsent iment osnosâni mos.O i ndi víduojáest álivreem face
desimesmo( E.Bignone) .
E, comoéóbvi o,dadescober tadoi ndivíduo,àsvezescai -senosexcessos
doi ndi vidualismoedoegoí smo.Masar evol uçãohavi asi dot alquenãoer afácilmover -secom
equi lí
brionanovadi reção.

Comoconsequênci adaseparaçãodohomem edoci dadão,nascepar alel


amenteasepar ação
entreéti
caepolíti
ca.A ét
icacl
ássi
caat
éAr ist
ótel
esbaseava-senopressupost odaidenti
dadedo
homem edoci dadãoef undava-
senapolí
tica.Mai
sainda,er
aael asubordinada.Pel
apr i
meiravez
nahistór
iadafilosofiamor al
,naerahel
enísti
ca,gr
açasàdescobertadoindi ví
duo,aéticaseestr
u-
turadeforma.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
Osgr egoshavi am consi deradoosbár baros" pornatureza"incapazesdeculturaedeat ividades
li
berais,e,portanto,"
pornat ureza,escravos"
. JáArist
ótel
es,comovi mos,havianaPol í
ti
cateor i
zado
essaconvi cção.Cont r
ariament e,Alexandret entou,nãosem êxi t
o,ogr andeempr eendiment oda
assimilaçãodosvenci dosbár bar osedasuapur ificaçãomedi anteosgr egos.Fezcom quesei n-
struí
ssem jovensbár barosnabasedoscânonesdacul turagregaequesepr eparassem naar teda
guerracom t écnicagr ega( 331a.C.).Além disso,ordenouquesol dadoseofici aismacedôni osdes-
posassem mul heresper sas(324a. C.)
.

Também opr econceitodaescravidãoser ácont estadopelosfil ósof


os,pel omenosem âmbi to
teóri
co.Epicuro não só t
rataráf
ami liar
ment e com osescr avos,masi rá querê-
loscomo par t
ici-
pantesdoseuensi nament o.Osestoicosensinarãoqueaver dadeiraescravi
dãoéadai gnorância,
equeàl i
berdadedosaberpodem t eracessotantooescr avocomoseusober ano;
eahistóri
adoes-
toici
smot erminarádemodoembl emát icocom Epi ct
etoeMar coAuréli
o,um escravoli
bertoeum
i
mper ador.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
DACULTURAHELÊNI
CAÀ
CULTURAHELENI
STI
CA
Aosedi fundi
rentreosvári
ospovoseasvári
asr aças,aculturahel
êni
cat ornou-seheleníst
ica.
Essadifusãoimpli
couinevi
tavel
menteumaper daem pr ofundidadeepureza,pois,aoentrarem
contat
ocom t radi
çõesecrençasdi
fer
ent
es,acult
ur ahelênicaassi
mil
oualgunsdosseusel emen-
tos.

Mani f
estar
am- seasinfluênci asdoOr i
ente,eosnovoscentrosdecult
uracomoPér gamo, Rodes,
esobr etudoAl exandri
a,com af undaçãodaBi bli
otecaedoMuseu pel adinast
iadosPt ol
omeus,
acabaram ofuscandoAt enas.SeAt enasconsegui
uper maneceracapit
aldopensament ofilosófico,
Alexandr i
atornou-se,pri
mei r
o,ocent r
onoqualflor escer
am asciênci
asparti
cular
esedepoi s,por
voltadofim daer aheleníst
ica,esobretudonaeraimper i
al,
também ocentrodafil osofia.

Também deRoma, mil


itarepolit
icamentevencedora,quet odavi
afoicul t
ural
menteconquistada
pelaHél ade,part
iram estímulosnovos,mar cadospeloreal
ismol at
ino;elescontri
buí
ram deforma
relevantepar aacriaçãoedi f
usãodof enômenodoecl eti
smo,doqualf alaremosmaisadiante.Os
mai secléti
cosdosfil ósofosforam aquelesquet i
ver
am cont atosmaisintensoscom osromanos,e
omai secl
éticodet odosfoiCícero,romano.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
Portanto,compr eende- se como o pensamento helení
sti
co se concentr
asobr et
udo nospr ob-
l
emasmor ais,quesei mpõem at odososhomens.Eaoi mporosgr andesprobl
emasdavi daeao
proporal gumassol uções,osfil ósof
osdessaeracr
iaram algoverdadeiramentegrandioso.
Ci ni
smo,
epicurismo, est
oici
smo, ceti
cismopr opuser
am modelosdevidanosquai soshomenscont i
nuar am
i
nspirando- sepormai sdemei omi lênioe,mai
sainda,tor
naram- seatéparadigmasespiri
tuais.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
ANOTAÇÕES

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
ASCONSEQUÊNCIASESPI
RITUAI
SDAREVO
LUÇÃO OPERADAPORALEXANDREMAGNO
AgrandeexpediçãodeAl exandreMagnoeaconqui stadoOr i
ente(334-323a.
C.)produzi
ram uma
revol
ução de enor
me impor t
ânci
a,não só pel
asconsequênciaspol í
ti
casque pr ovocar
am,mas
também port odaumasér iedemudançasconcomi tantesdeantigasconvicções,quedetermina-
ram umar evi
ravol
taradicalnavidado espíri
to dosgregos.Foium acont eci
ment o quemar cou
época,nosentidomaisfortedestaexpr
essão,poisencerrouumaer aeabr iuoutr
a.

Vej
amos,pont oporpont o,osf ator
esdessanovaer aqueat uar
am demododet erminantepara
queapr obl emáti
cafilosóficapl atôni
caearistot
éli
caper dessem repentinament
egrandepar t
edo
seuinteresse,eparaquesurgissem novospr obl
emas, novascategoriasenovospar
âmet rosparaa
suasoluçãoe, em poucaspalavras,um cl
imaespi r
itualr
adicalmentedi f
erent
edoclássi
co.

Of at
ormai si
mpor tanteai ncidirnessesenti
dof oicertamentear uínadapolis.Jáopai deAl exan-
dre,Fil
ipedaMacedôni a,t
inhacomeçadoami narospr incípi
osbasilar
esdaspol eisgr egas, servin-
do-se habil
ment e dosor ganismospol í
ticosexistentespar areal
izarseu projeto de pr edomí nio
macedôni osobreaGr écia.SeFiliperespeitouapol i
s,ofezdemanei r
aapenasf ormal ,
poi soseuob-
j
etivoer asubmeteral i
berdadedel asàssuasi ntençõeshegemôni cas.MasAl exandr edest rui
ua
polisem todosossent i
dos,retir
ando- l
het odali
ber dadef or
malesubst anci
al,
afim der ealizaroseu

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
grandiosopr ojetodemonar qui auniver
saldivina,quedever i
ar eunirnãosóCi dades,maspaí sese
raçasdiversas.Alexandrenãoconsegui ulevaracabooseugr andiosoprojetoedarf ormapol í
ti
ca
àssuasi mensasconqui stas,queseest endiam port r
êscontinentes,sejaporqueosespí ri
toseos
temposnãoest avam madur os,sej
apor queamor t
eocol heudei mpr ovisoem 323a. C.em mui t
o
jovem idade.Apesardet udo,el edesfer
iu,com suapol í
ti
ca,t
algol penasCi dades,queel asnãoti-
veram mai snenhumapossi bili
dadedeser efazer.Eassim,depoi sde323,opoderpol íti
cododi s-
solvi
do impér i
o de Alexandr e passou aosnovosr einosque se formar am no Egito,na Síri
a,na

centrar
am todoopodernaspr
ópr i
asmãos,nãot oler
ar am nenhumal i
mi t
ação,i
dent
ificaram-se
com oEstadodemodoquasetotale,porconsequência,cancel
aram qualquerf
ormadeliberdade
polí
ti
ca.

Assi
m,de um gol pe se destruí
a o val
orf undamentalda vida espiri
tualda Gr éci
a cl
ássi
ca,que
Plat
ão,naRepúbl i
ca,eArist
óteles,naPolí
tica,
aomesmot empot eorizaram,mi t
ificaram, hi
postasi
-
aram esubli
mar am.Damesmamanei r
a,i
nopi nadamente,estasobrasperdiam, aosolhosdequem
vi
ssearevoluçãodeAlexandr e,oseusignificadoeasuavi t
alidade,vi
ndoasi tuar-senumaper spec-
ti
valongínqua,em tot
alfalt
adesi ntoniacom ost empos.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
GÊNESEEDI
FUSÃO DO I
DEAL
COSMOPOLI
TA
Dadoqueogr egodaer aclássica,comosabemos,sempr econsi der ouapol i
scomoohor i
zonte
úni codavi damor al,além doqualohomem nãopodi aconceberapr ópr i
aexi st
ênci anem com
relaçãoaosout rosnem consi gomesmo,t endoi dent ificadoquasecompl etament eohomem eo
cidadão, éfácilcompr eenderar uínaespi rit
ualquear evol uçãodeAl exandr epr ovocou. Deci dadão,
ohomem t orna-sesimpl essúdi to; deixadeval erpel oseuant igovalorcí vi
co, poistodasasdeci sões
relativasàcoi sapúbl icasão t omadassem asuacont ri
bui ção;avi dadosnovosEst adosdesen-
volve- seindependent ement edoseuquer er;caem asr azõesdassuasant igaspai xões, sente-sere-
pent i
nament evaziodecont eúdo.As" habili
dades"quecont am nãosãomai sasant igas" vir
tudes"
cívicas,masum sabereumat écni caquenãopodem serpossuí dosport odos,por quer equerem
conheci ment osedi sposi çõesespeci ais.Em todocaso, elasper dem ocont eúdoét icopar aadqui ri-
rem um cont eúdomai spr opriament eprofissional .O admi nistradordacoi sapúbl icator na-sefun-
cionár io,osoldadoum mer cenár io,ej untocom est esnasceohomem que, nãosendomai snem o
ant igoci dadãonem onovot écni co, assumedi ant edoEst adoumaat i
tudededesi nteresseneut ro,
quandonãodeaver são. Veremosassi m afil osofiat eori
zaressar ealidadedemodoexpl ícit
oepôro
Estadoeapol íti
caent reascoi sasneut rasemor alment ei ndi f
erentes,oumesmoent r easmor al-
ment enegat i
vas,por quef ontedeambi ções,pai xões,pr eocupaçõesei núteisper t
ur bações.Junt o
com ar evoluçãodar ealidadeét ico- polí
ti
cacl ássica,sur geum r adicalrepensament oconcei t
ual
dosvalor
eséti
co-polí
ti
cos.Ademais,asnovasperspecti
vasfilosóficasserãoai
ndamaisavançadas
eaudazesem rel
açãoànovar eal
idadehist
óri
ca;emui t
omai savançadaseaudazesdoqueoforam,
em senti
dooposto,
aRepúbl i
cadePl at
ãoeaPolíti
cadeAr i
stótel
es,r
elat
ivamenteàvel
hareal
idade
hi
stóri
ca.

Porfim,éi mpor tant esubl i


nharout raanalogia.A monar quiauni versaledi vinanãopôdesercon-
cretament ereali
zadaporAl exandre,eosr ei
noshel enísti
cosquedaíder ivaram foram organismos
i
nst áveisesem forçamor al
.Assim aGrécianãocr iou,depoi sdapol i
s,um novoor ganismopol íti
co
vit
alcapazdedaror igem anovasi deal
idadesmor aisepol ít
icasquesubst it
uíssem asdapol i
s;em
146a. C.perderáinclusivet odaasual i
berdade,tor nando- seprovínciar omana,eoi dealaspi rado
porAl exandre,em f ormamui t
omai selevada,serár eal
izadopel osromanoscom oseui mpér io.E,
comoahi stóriagrega,assi mt ambém afil osofiagr eganãovi uent r
eapol iseasuanegaçãouma
novapossi bil
idadeconcr etaer ef
ugiou-senocosmopol i
tismo,super andomai sumavezosl i
mi tes
dahi stóri
aeconsi derando o mundo t odo umaCi dade,i nclui
ndo nel a,com osest óicos,não só
todososhomens, mast ambém osDeuses.

Seocosmopol i
ti
smodasvel hasescol
assocrát
icaser
aantesdet
udoum par
adoxosust
ent
adoem
antít
esecom areal
idadeeopensament odotempo,ocosmopol
iti
smodaerahel
ení
sti
cat
orna-
se
tesedominantesem antí
teserealnem i
deal
.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
ADESCOBERTADO I
NDI
VÍDUO
Ar uptur adai dent ificaçãoent r
ehomem eci dadão,al ém doaspect opr i
or i
tar i
ament enegat i
vo
apresent ado,t evet ambém um aspect oposi ti
vo:ohomem,nãopodendomai spedi ràCi dade,ao
ethosdoEst adoeaosseusval or esoscont eúdosdapr ópriavida, foicoagi do, pelaf orçadosacont e-
ciment os,a f echar -se em simesmo,a buscarno seu í nt i
mo novasener gias,novoscont eúdos
mor aisenovasmet aspel asquai sviver.Assim ohomem descobr i
u- secomoi ndi víduo.Est epont o
foimui tobem i l
ust radoporBi gnone: Aeducaçãocí vicadomundocl ássicofor mavaci dadãos; acul-
turaapar t
irdaer adeAl exanderf or j
ouindi víduos. Nasgr andesmonar qui ashel enísticas,oslaçose
asrelaçõesent r
eohomem eoEst adot ornam- secadavezmenosest reitosei mper i
osos;asnovas
formaspol í
ticas, nasquai sopoderédet i
doporum ouporpoucos, concedem cadavezmai sacada
um apossi bilidadedef or
jaraseumodoapr ópr i
avi daeapr ópr iapessoamor al ,emesmonasci -
dades,comoAt enas,ondeosant igosor denament osper dur am ( pel omenosnaf orma) ,aant i
ga
vidacívica,agor adegr adada,par eceapenassobr eviver,l
ângui da,i ntimi dada,ent reveleidadesde
reaçõesr epr imi das,sem enr aizament o nosespí ritos.O indi víduo agor a estál i
vre diante de si
mesmo. O avent urei r
oem buscadef ortunaéum t ipol i
terári
oqueosnovospoet as,comoMenan-
dro,Teócr i
to, Eronda, captam nar ealidadeer etratam com si ngul arvi vacidadeesi mpat ia.Asnovas
monar quiasdaÁsi aedoEgi to— com oseu f ascíni oder ápidasf ortunas,def abulosasr iquezas,
oferecendoaocasi ãopar aqual queraudáci asingul ar,paraqual querl abor i
osoengenho— af acili
-
dadedasvi agensedasr elaçõescomer ciaiscom oOr ienteat éent ãoconheci dochamam asios

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
maisvar
iadosespí
ri
tos,ofer
ecem-lhesmomentâneaspát r
iasmutávei
s,ondeseadensaumamul ti-
dãoquet em pordeusessupr emosorenome,odi nheir
oouaavent ura.Cadaum vale,nãomai s
comomembr odacidadeondenasceu,com aqualdevedi vi
dirasor
te,agrandeza,adesvent
ur a,
masnamedi dadoval ordoseuengenho,dogênioíntimodoseuespí ri
to.O homem agoraparece
tudo:
únicoartí
ficedoseuval oredoseudest
ino,senhordesimesmo.

Essasobser
vaçõesdeBi
gnonedevem serassimil
adassubli
nhando,ademais,
queessadescober
-
taeessenovosenhor i
odoi ndi
víduodegeneram também noi ndi
vidual
ismoenoegoí smo,dos
quaisveremosexemplospar
adigmáticossobr
etudonaéticadeEpicuroedePi r
ro.

Aesser espei t
o,um úl t
imopont omui t
oi mpor t
ant edeveai ndaserdest acado.Adi sti
nçãoent re
oindi ví
duoeoci dadão, aatenuaçãoe,em cer toscasos, odesapar eciment odosent idocívicoacar -
retar
am,em fil osofia,comoosest udiososmui t
obem not aram,ar adicaldisti
nçãoeaní ti
dasepa-
raçãoent reét i
caepol í
ti
ca.A éti
caclássicapornósconheci daer asubstancialment ebaseadano
pressupost odai dentidadedohomem com oci dadãoe, porisso,eraenxer tadanapol ít
icaou, mais
ainda,subor dinadaàpol íti
ca.ParaPlatãoepar aAr istót
eles,sãoimpensávei st antoumaét icanão
finalizadapol i
ticament ecomoumapol íti
canãof undadaet icament e.Poisbem,pel apr i
mei r
avez
nahi stóri
a,afil osofiamor al
,naerahel enísti
ca,gr açasàdescober tadoi ndivíduo,est r
utur a-sede
modoabsol ut
ament eautônomo,baseando- sesobr eohomem comot al
,consi deradonasuasi n-
gularidade.Ast entaçõesindivi
duali
stase asconcessõesegoí stasdasquai sf al
amossão,j usta-
ment e, oexager oeaexasper açãodessadescober t a.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
AIGUALI
ZAÇÃO ENTREGREGOSE
BÁRBAROSEO DESMORONARDOS
ANTIGOSPRECONCEITOSRACI
STAS
A expediçãodeAl exandretambém est avadesti
nadaaabal arasraí
zes,senãoadest ruirintei
ra-
ment e,daqueleradicadopreconceit
or acist
adosgr egos,peloqualelespensavam asimesmosnão
sócomosuper ioresaosbár barospelaquant i
dadededot es,mastambém pel asuaqual idade,a
pont odeconsiderarem sóasimesmos" pornatur
eza"l i
vreseosbár baros,aocontrári
o,incapazes
"pornatureza"decul tur
a,delivreat
ivi
dadee,por tanto,"escravospornatureza"
.Alexandret entou,
enãosem sucesso,aenor meempr esadeassi milaçãodosbár bar
osvenci dosedaequi paração
dessescom osgr egos.

Em 331a.C.,mandou i nstrui
rmil
haresde j ovensbár baroscom base noscânonesda cul t
ura
grega,adestrando-osnaar t
edaguer r
a,afim dedi spordenovasejuvenisfor
çasder eposição.Em
324a.C.,
ordenouquesol dadoseoficiaismacedôni osdesposassem mulherespersas:dezmi lsol
da-
dosmacedôni oseum gr upodeofici ai
suniram- seem r i
tonupci
alcom mul her
esper sasnaSí r
ia.
Estesforam algunsdosexempl osmaisclamor osos, queil
ustr
am oidealdeigual
izaçãodasr aças,a
serconstantement ereafirmadonaer ahelenística.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
Junt ocom opr econcei toracial,cai
rátambém opr econcei todar adi caldisti
nçãodossexos,ea
mul herseencami nhar ápar aterr econhecidosal gunsdi r
eitosquel het inham si donegadosat é
então:Epi curoacol her ánoseuJar di
m algumasmul herespar afil osof ar,enãodei xarádeabr ira
portaat émesmoacor tesãsdesej osasdereencont rarapazdaal ma. Ecom aquedadopr econcei
to
daexi stênciade di ferenças" pornat ureza"entr e oshomens,cai rát ambém abase t eóricapara
qual querjustificação da escr avidão.Se,com ef eito,a filosofia tolerar á a escravidão como fato
históri
co,nãodei xar ádecont está-lanoní velt
eór i
co:Epi curonãosót ratarácom f ami l
iaridadeos
escravos,masquer ê- l
os-ápar ti
cipandodoseuensi nament o;
osestói cosensi narãoqueaver dadei
-
raescr avi
dãoéapenasadai gnor ânciaequeàl iberdadedosaberpodem el evar-set ant
ooescr avo
comoosober ano:eosdoi súlti
mosgr andesestóicosser ão,justament e,oescr avoEpi ctetoeoi m-
peradorMar coAur élio.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
ATRANSFORMAÇÃO DACULTURA
HELÊNI
CAEM CULTURAHELENÍSTI
CA
Acultur
ahelênica,aodifundi r-
seentretodasasraçasepovos, t
ornou- sehelení
sti
ca.
Essadif
usão
fat
almentecompor tou,al
ém deumaper dadepr of
undi dade,umapar al
elaperdadepureza.Ao
entrarem contatocom t r
adi çõesecr ençasdiversas,acul t
urahel ênicadeviaassimil
arcadavez
maisalgunsdosseusel ement os.Sobr
etudo,fizeram- sesentir,
mui t
ocedoepr of
undamente,osi
n-
fluxosdoOr iente,comover ificar emosopor t
unament e,apar t
irdePi r
roe,pel omenossobcer t
os
aspectos,
apar t
irdosestóicos.

Osnovoscent rosdecul tur


acomoPér gamo, Rodese, sobret
udo, Al
exandr i
a,com af undaçãoda
grandiosabibliotecaedoMuseu,porobr adePt olomeu,acabar am porof uscarapr ópri
aAt enas.
Maisainda,opr ópriobar icentr
odacul t
ur aacaboupordesl ocar-separ aAlexandria,que,porsua
posiçãogeogr áficaext remament ef avorecida,absor veu osestímul osespirit
uaispr ovenientesde
trêsconti
nent eseel abor ou nosseuscí rculosintelectuaisumanovacul t
uracom o seu pr óprio
gosto part
icular,ti
rando exat ament edaci dadeo nomedecul tur aalexandrina.Atémesmo em
Roma,mi li
tarepol i
ticament evencedor a,conqui stadapel oheleni smo,vieram estí
mul oscul tur
ais
novos,mar cadospel or ealismolati
no,quecont ribuíram demodor el
evantepar acriaredi f
undiro
fenômenodoecl eti
smo. Osmai secléti
cosdosfil ósofosgr egosforam, exatament e,aquelesquet i
-
veram contatosmai sintensoscom osr omanos.
A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení
sti
ca.
O GANHO EM EXTENSÃO EAPERDA
EM PROFUNDI DADEDAFILOSOFIA
HELENÍSTICA
Assim comoacul turahel ênica,aot or
nar-sehel ení
sti
ca,per deoseuvi gororigi
naleasuaf or
ça
primor dial,afilosofiat ambém sof reumaper daem pr ofundidadeàmedi daqueganhaem ex-
tensão.Essaper daocor repr i
ncipalment enadi mensãot eoréti
ca,result
andoem umar eduçãoda
forçaedovi gorespecul ativos.Noent anto,oganhosedánaampl i
tudedopúbl icoparaoqualafi-
losofia, tr
ansf or
madaessenci al
ment eem um pr oblemadavi da,podecomuni carumamensagem
válida.Afil osofiat orna-
se, def at
o,af ontedaqualohomem hel eníst
icoextraiosvalor
esqueant es
der i
vavadapol isedar eligiãopol i
s.Elaoferecenovoscont eúdospar aavi daespiri
tual,il
umi naas
consci ências,auxil
iaohomem avi vereensi nacomoserf el
izmesmoem umaépocat r
ágica,na
qualt odososval or
esant i
gospar ecem subver t
idos.

Osfil ósof
osdaer ahelení
sti
casão essencialmente mor al
i as,ver
st dadeir
ospregador esde um
cr
edoét i
coe,decertaf
orma,apóstol
osemi ssionári
os.Noent anto,aperdaem dimensãot eoréti
ca
dafilosofiahelení
sti
capodeserresumidanaf alt
adet ranscendência,domet af
ísi
coedoespi ri
tual.
O hel
enismotendeapensarapenascom cat egoriasi
manent istas,
fisici
stasemat er
ial
ist
as.Substi-

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
t
uiamet af
ísi
capelafí
sica,ent
endendo-ademaneir
apr é-
socr
áti
cacomoat eor
iadaphysi
s,evol
ta
aext
rai
rdospr é-
socr
áticososconcei
tosont
ológi
cosfundamentai
sparacompreenderascoi
sas.

Noent anto,afil osofiamor aldosfilósofosheleníst


icosnãoéf undament adanosconcei t
osem-
prestadosdospr é-socráti
cos,pois,comoésabi do,nenhumaét i
caf oiconstruídasobr eascategor i
-
asdospr é-socráti
cos.Cadaum dosgr andesfundador esdeescol aspar teintui
tivament edeum
sentimentoi mediatodavi da,desenvolvendo-oteoricament eeut i
lizandoconcei tosdospr é-soc-
ráti
coscomo i nstrument ossubsi diár
iosde esclareciment oej ustificação.Osconcei tosmor ais
avançam decididament esobreasdout rinasf
ísi
casel ógicasdasváriasescolashelenísti
cas,assum-
indoum valorni t
idament eaut ônomoem r el
açãoael as.

Paraosfil ósofoshelenísticoseseussegui dores,oquer eal


ment ei
mportavanãoer aasophia,
mas
si
m aphr onesis,ouseja,resolveroproblemadavi da.E,defato,
apenasumapequenapar tedoque
elesdisseram eescr everam além dessepr oblemat em vali
dadeautônomaesi gni
ficadoespecífico.
Noent anto,aor esol
verem opr obl
emadavi da,osfil ósofosdessaépocacri
aram algoverdadeir
a-
ment egr andiosoeexcepci onal:oepicurismo,oest oi
cismoeocet ici
smoestabeleceram modelos
devidanosquai soshomenscont i
nuar am asei nspir
arpormai sdemeiomi lêni
o,permanecendo
comover dadeirospar adigmasespi r
ituaisparasempr e.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
AREVI
VESCÊNCI
ADO ESPÍ
RITO SOCRÁTI
CO
A concepçãodafilosofiacomo" ar
tedeviver
",ousej
a,comosabedor
iapr
áti
ca,i
nevi
tavel
ment
e
col
ocavaasi nst
ânci
assocrát
icasem dest
aque.

Noentant
o,algunsescl
areci
ment
ossãonecessár
iospar
acompr
eenderosi
gni
ficadodesse"
re-
t
or noaSócr
ates".

Naver dade,t odasasescol asf undadaspordi scí


pulosdeSócr atessãoconsi deradassocr át
icas,
sej
a as" menor es" ,seja as" mai ores",como a Escola de Platão (em certo senti
do t ambém a de
Aristóteles).
Noent anto,assim comoossocr áti
cosmenor es,osfilósof osdaer ahelenísti
catambém
consi deraram osdesenvol viment osmet afí
sicoseespecul ati
vosdePl at
ão( edeAr istótel
es)como
des viosdosocr atismoecomoacr ésci
mosi núteisedespr ezívei
s.Por ém,comover emos,nem os
socr áti
cosmenor essat i
sfizer am aoespí ri
todaer ahelení
stica:eles,def at
o,caíram nosexcessos
opost osaosr eprovadosporPl atão,namedi daem queel imi nar
am quasecompl etament eomo-
ment ológicoeont ol
ógico, privandoassi m osseussist
emasdequal querpossi bi
li
dadedesej usti
fi-
carcr it
icament e.

Osfilósofosdaerahel ení
sticapr ocur am,por
ar t o,si
ant tuar-seameiocami nhoent reessasduas
posi
çõest dascomoext
i r
emas. Noent ant
o,nãoédi fí
cilreconhecerque,
dopont odevi st
adavi são
moraldavi da,osfil
ósofosdaer aheleníst
icaestavam mai spróximosdossocráticosmenor es,uma
vezquer et
omar am delesdiversasideiaseasdesenvol veram devári
asmanei ras.Mas,dopont ode
vi
stadaest ruturado si
stemafil osófico,estavam mai spr óxi
mosdePl atão edeAr istótel
es,pois
reconheceram quenãoépossí velf
undarumaét i
casem constr
uirumavi sãodanaturezaedoser,
consider
adaporSócratescomoi mpossívelpar
aohomem. Predominou,cont udo,
oespíri
tosocr
áti
-
co,mesmonessar ecuperaçãoda" f
ísi
ca"(queéumaverdadei
ra"ontol
ogia"),
namedidaem queel a
foisubor
dinadaàéticaenãof oiconsider
adaum fim em simesma.

Epicuroclarament eseinspi
roumai snaletradoquenoespíri
todeSócrates,aodefinirafilosofia
comoumaar temédi caespiri
tualquecur aosmalesdaalma,eaodeclarartodoor est
ocomover -
bali
smoi núti
l.Osestoicostambém f oram r
adicai
ssocr
áti
cosaoidenti
ficaravi rt
udecom oexer -

cioedesenvol vi
ment odologosexistentenohomem, ret
ornandoàdout r
inadavi r
tude-ci
ênciae
aum r igorosointel
ectuali
smo.

Oscét i
cost ambém seconsi deraram socr áti
cos,poisvir
am nasuadúvi daum desenvol viment o
dadúvi daedonão- saberpr oclamadosporSócr ates.Noentanto,prof
undament esocr áticaf oiso-
br etudo aconvi cção,queéumaespéci edemí nimo denomi nadordet odosossi stemasdaer a
hel enística,dequeover dadei rofilósofosóoénamedi daem quesaber eali
zaraplenacoer ência
(uma" har moni a"ou" acordo",comodi ziaSócrates)entredoutrinaevida,ou,melhorai nda,ent r
e
teor i
aepr át
icadevi veremor rer
.Um fil ósof
onãoéapenasaquel equesabepensareconst ruir
sistemas, mas, aci
madet udo, aquelequesabevi veremor rerem acordocom seusistema. Sistema
dei dei asesi stemadevi dadevem " si
nt onizar-
se"demodoper feit
o.Asobr as-
pri
masdosfil ósofos
dessaépocanãof or am apenasseusl ivros,mast ambém seusmodosdevi veremor rer;ant es,foio
plenoacor doeacoer ênciaent r
edout rinaevida, queSócrates,porpri
meiro,souberealizardema-
nei rapar adigmát ica.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
OI
DEALDAAUTARQUI
A
Asnovasconcepçõesfil osóficas,mesmosemani f
est andodef or
masdi ver sasnasdi f
erenteses-
colas,apresentam t r
açoscomunsei nst
ânci asi
dênt icas.Elasbuscam essenci al
ment eum idealde
vidaquecadahomem possasegui r
,extrai ndoosr ecur sosuni cament edesimesmo.A i deia,que
foideSócr atesequeal gunsdeseussegui doresját i
nham el evadoaopr imei ropl ano,debast ar-se
asimesmo, torna-seagor adomi nante.Ei ssoécompr eensível:numaépocaem quet udosear ruin-
avaemudavar apidament e,ohomem nãopodi acont arcom out roshomensoucoi sascomopont o
deapoi onem gar antiadesegur ança,devendoant esbuscarencont r
arem sieexcl usivament eem
siaquilodequepr ecisava.Éoi dealdat ot alautarqui a.Maisainda,osfil ósofosdessaépocaest en-
der am ainstânciadet otall
iberdadeat émesmoaosconf rontoscom oDest ino,com aTyche,com
oI nevi
tável.Pi
rrocol ocaem xequeaTychecom absol utaindiferençaet otalinsensibili
dade.Zenão
eosest oicosbuscam l i
bertar-
sedoDest inosi ntonizando- secom el e,i
stoé, f
azendodavont adeda
Sor teasuavont ade;Epi curo zombado Dest i
no enega- o como umaopi ni ão vã.O homem,ou
mel hor,oindiví
duo, éassi ml i
ber t
adodet odadependênci aequaseabsol utizado.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
AI
DÉI
ADAATARAXI
A
Atémesmo o fim mor alaspirado portodasasescol asfilosóficashel enísticascoincidef unda-
ment alment e.Todasquer em ensinarcomoserf eli
zet odasidentificam af elicidadecom al gomai s
negat i
vo que posi t i
vo,que const it
uimai sr enúncia do que conqui sta,que i mpl i
ca mai s am-
putaçõeseel i
mi naçõesdeexi gênciashumanasdoqueenr i
queciment odelas,mai sum anul ar-
se
doqueum desenvol ver-se.Todasconcor dam em afir marqueaf eli
cidadeest ánaat araxia,ousej a,
napazdoespí r
ito.Pirrobuscaapazdoespí ri
tonat ot
alrenúncia,napl enai ndiferençaenai nsensi-
bil
idade;Zenãobusca- anaapat ia,naimpassibili
dade, ouseja,nasupr essãodet odasaspai xõesdo
ânimo; Epicuro,enfim, busca-anaaponi a,i
stoé, nasupr essãodadorf í
sicaenaat araxia,ousej a,na
el
imi naçãodequal querper turbaçãodoâni mo. Masécl aroquees vaziarohomem daspai xõeshu-
manasées vazi
á- l
odegr andepar tedasuavi da.

Ademais,
muitosfil ósofos,par
aconseguiressapaz,pregam avi
dasi mplesedescobrem apazdo
campoedasár vores,or etor
noànat urezanãocontaminadaet ambém àsol i
dão.OlemadeEpi cu-
roedosepicuri
stasé, exatamente,
"viveescondido"
.Essaéaexpr essãodamai scomplet
ainver
são
dosenti
ment oclássi
co.

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
OI
DEALDO SÁBI
O
Comum at odasasescolashel enísti
casét ambém ( ecomoconsequênci adoquef oidito)oideal
dosábioque,àsvezes,éel evadoaal turasatémesmomí ti
cas.O sábioéohomem por tadorde
todasasvir
tudesqueasnovasfil osofiasr econhecem comoessenci aisparaviverfel
ize,porisso,é
ohomem sumament efel
iz.O sábio,afir mam concor destodasasnovasfil osofias,nãotem nadaa
i
nvejaraosDeuses,porquesuaf eli
cidadenãodi ferequali
tati
vament edadosDeuses: oprazerque
Zeusexperimentaeternament e,dizEpi curo,nãopodeserout rosenãooquenósal cançamosno
tempo,masque, mesmonot empo, podemosr eali
zardemodoper f
eito,comoveremos. Eomesmo
conceit
o,com outrostermos,ér epetidopel osest ói
cos:anossavirtude,naqualconsi steaf el
ici
-
dade,nãoémai squeor etol ógos,idênt i
coaol ógosdeZeus,ei ssot ambém veremosopor tuna-
ment e.
a

Ar mado com essasabedor iadi vi


na,o sábio nadatem at emersobr eat err
a:mesmo ent reas
chamas— éest eum par adoxocomum at odasasescol ashel eníst
icas— osábi opodeserf eli
z:e
podesê- l
opor queest áem condi ções,com asabedor i
a,pr aticament edeanul arespiri
tual
ment e
até mesmo a dorque é o ef ei
to das chamas.E dado que,enf raqueci
do o concei t
o do su-
pra-sensí
vel,nãoépossívelfalardeaut ênticai
mor tal
idadeedeum al ém,essesfilósofosdeclar
am
ot elosdohomem al cançávelpl enament enoaquém:aúni caf eli
cidadequeexi steestásobr ea
terra;mas(eissoémui t
oi ndicati
vo)éumacur iosafel
ici
dade,queseobt ém,comoj áacenamose
comover emosmel hornocur sodaexposi çãodasdout ri
nasdecadaumadasescol as,
medi anteas
mai sradi
caisrenúnciasaoqueémai srefinadament eterrestre.
ADIVI
NIZAÇÃO DOSFUNDADORESDOS
GRANDESSISTEMASDAERAHELENÍSTI
CA
Um últi
mopont oécar
acter
ísticoesigni
ficati
vo.
Todososfundador
esdeescol asaproxi
mar
am- se
not
avelmente,nasuavi
dareal,doidealteor
eti
camenteaspir
adoepr egado:porisso,ai
mpressão
quesusci
tar
am noscontempor âneos,
pormui t
ossécul
os,f
oideenormeadmi r
açãoedeent usias-
mosem reservas.

DePi
rroescr
eveodi
scí
pul
oTí
mon:

"
Ó Pir
ro,i
ssoomeucoraçãodesejaapr
enderdeti
,comoéquetu,emboraai
ndasendohomem,
t
ãof aci
lmentel
evasavi
datranqui
la,t
uqueésúnicoagui
aroshomens,semel
hant
eaum deus'
.
"

Emui
tossécul
osdepoi
sdeTí
mon,
escr
eveai
ndaSext
oEmpí
ri
co:

"
Ó Pi
rro,quesurgi
stecomograndemaravi
lha,mai
orquetodas,comoserext
raor
dinár
io,di
fer
-
entedosoutros,
porterousadoi
rvi
gor
osamentecont
ratodososfilósof
os,
óquãocoraj
osofost
e!"

O di
anat
alí
ciodeEpi
cur
ofoi
consagr
adoepassouasersol
enement
ecel
ebr
adopel
osseussegui
-
dores.

Sobr
eEpi
cur
o,l
ê-senumaant
igasent
ença:

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
"
A vi
dadeEpi
cur
o,compar
adacom out
ras,em gent
il
ezaepazi
nter
ior
,ser
iaconsi
der
adauma
l
enda."

ELucr
éci
o,mui
tot
empodepoi
s,escr
eve:

"
Diantedet ãosubl imesdescober tasdaver dade,quem poderiacantar,demodoi nspi
rado,um
cantodignodelas ?Quem t er
áforçasparaem pal avrascomporosl ouvoressegundoosmér i
tos
daquelequenosdei xou,dosseusesf orços,t
aisfrutoseconquistas
?Ni nguém,creioeu,dentr
eos
nasci
dosdesanguemor tal.Dadoque,comoopedeacl ar
aer econhecidamajestadedoassunt o,
deve-sef
alardel
e, óilustr
eMêmi o,quefoium deus,um deus,quepr i
mei r
odescobriuaregradaex-
i
stênciaquesechamaagor asapi
ência,aquelequesóem vi rt
udedesuament e,arr
ancouavi da
dasondasdast revas, ecolocou-aem lugartãot r
anquiloeem tãoclaraluz'
."

EdeCr
ísi
po,
segundof
undadordoest
oici
smo,
escr
eveEpi
ctet
o:

"Ó grandef ort


una!Ó gr andebenf ei
torquei ndicao cami nho!Poisbem,aTr i
tol
emo t odosos
homensof ereceram sacr
ifí
ciosealtares,porquedeu- nosaliment oscivi
lizados,eaoqueencont rou
aver dade,esclar
eceu-a,l
evou- aatodososhomens— enãoaver dadequef azviver,masaquef az
bem vi ver— quem devósel evou,poressebenef íci
o,um al tar,oudedicouum t emploouumaes-
tátua,quem sepr ost
radiant edeDeusporessebenef í
cio?Por queder am- nosavi deiraeogr ão,
sacri
fiquemosaosDeuses,maspor quepr oduzir
am nopensament ohumanoum f r
ut otãobelo,
graçasaoqualdevi am most r
ar-
nosaver dadesobr eaf eli
cidade,pori sso,digo,nãor enderemos
graçasaDeus ?"

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
Encontramo- nos,
sem dúvidaalguma, di
antedehomensquesouber am di
zeràsuaépocaapal a-
vradaqualel ati
nhanecessidade:ef oiumapal avraquenãodur ou umabr eveest
ação,masat -
ravessouséculosintei
rose,mesmoaohomem ext rover
tidodehoje(queviveumacr isesemelhan-
teàdohel enismosobcer tosaspect
os,porqueviveumaver dadei
rarevol
uçãodaescal adeval
ores)
,
seadequadament eescutada,poderiaterumapr ecisamensagem acomuni car .

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.
ANOTAÇÕES

A ascensão de Alexandre,o Grande,e o despertar da Era Helení


sti
ca.

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