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19/02/2024, 09:34 Idade Média – Wikipédia, a enciclopédia livre

começando com a conquista da Síria em 634-635 e


mais tarde de todo o território até ao Egito em 640-
641, a própria Pérsia entre 637 e 642, o Norte de
África no fim do século VII e a Península Ibérica em
711.[53] Em 714, as forças islâmicas controlavam já a
maior parte da Península, região que denominaram
por Alandalus.[54]

A expansão islâmica atingiu o apogeu em meados


do século VIII. A derrota das forças muçulmanas na A expansão do Califado Islâmico
batalha de Poitiers em 732 proporcionou a
reconquista do sul de França pelos Francos, embora
o principal fator para a interrupção da expansão islâmica na Europa tenha sido a deposição da
dinastia omíada e a sua substituição pela dinastia abássida. Os Abássidas transferiram a sua capital
para Bagdade e concentraram o seu interesse no Médio Oriente em desfavor da Europa, ao mesmo
tempo que perdiam o domínio de uma vasta extensão territorial. Os descendentes dos Omíadas
obtiveram o domínio da Península Ibérica, os Aglábidas do norte de África e os Tulúnidas
passaram a governar o Egito.[55] Em meados do século VIII, assiste-se ao renascimento e
aparecimento de novas rotas comerciais no Mediterrâneo, tendo as antigas rotas romanas sido
substituídas pelo comércio entre os reinos dos Francos e dos Árabes. Os francos negociavam
madeiras, peles, armamento e escravos para os Árabes, em troca de sedas e vários géneros de
tecidos, especiarias e metais preciosos. O primeiro registo de venda de escravos ao mundo
muçulmano - pelos venezianos - data a cerca de 748. Durante os dois séculos seguintes, o tráfico de
escravos iria tornar-se um negócios lucrativo tanto para europeus como para árabes, apesar da
desaprovação da Igreja.[56]

Comércio e economia

As migrações bárbaras dos séculos IV e V interromperam grande parte das rotas comerciais no
Mediterrâneo, o que fez cessar a exportação de mercadorias africanas para a Europa. Por volta do
início do século VII, apenas em algumas cidades costeiras como Roma e Nápoles era possível
encontrar ainda bens importados, embora ao longo de todo o século as conquistas muçulmanas
fizessem cessar em definitivo as trocas comerciais de longo curso, fazendo com que durante a Alta
Idade Média aumentasse a procura pela produção local, sobretudo nas áreas afastadas do
Mediterrâneo. Os bens importados encontrados nos vestígios arqueológicos são
fundamentalmente artigos de luxo. Na Europa do Norte, não só as rotas comerciais eram locais,
como os bens transportados eram artigos comuns, com poucos objetos cerâmicos ou produtos
transformados. Em redor do Mediterrâneo, contudo, o comércio de cerâmica foi comum e
realizado a alguma distância, e não apenas de produção local.[57]

Os vários estados germânicos no Ocidente cunhavam moeda segundo os modelos romano e


bizantino. O ouro continuou a ser usado até finais do século VII, até ser substituído por moedas de
prata. A unidade elementar da moeda de prata Franca era o dinheiro, enquanto que os anglo-
saxões usavam o pêni, moedas que se disseminaram pela Europa entre os séculos VII e X. Nem o
bronze nem o cobre eram usados na cunhagem, e o ouro só continuou a ser usado na Europa do
Sul. Também não eram cunhadas moedas com valores múltiplos.[58]

Igreja e monaquismo

A cristandade foi o fator determinante de unidade entre a Europa oriental e ocidental antes da
conquista árabe; no entanto, a perda do domínio do Mediterrâneo viria a estagnar as rotas
comerciais marítimas entre as duas regiões. A própria Igreja Bizantina, que viria a tornar-se na

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