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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA


ALUNO: FELIPE SCHMIDT QUEIROZ

FICHAMENTO DE TEXTO: Um diálogo com Dermeval Saviani: narrativas


do encontro de três professores/as de Educação Física com a Teoria Histórico-
Crítica.

- A Teoria Histórico-Crítica se propõe a uma constante transformação da


sociedade e, consequentemente, da Educação e, no nosso caso, da
Educação Física. p.119.

ENCONTRO COM O PENSAMENTO DE SAVIANI EM MINHA


FORMAÇÃO PROFISSIONAL E COMO SUJEITO NO MUNDO
- Inicia um momento histórico de acrescência, no sentido do surgimento de
propostas pedagógicas sistematizadas para o âmbito escolar, que
apresentam a perspectiva de superação de uma Educação Física escolar
legitimada em princípios biologizantes e esportivizados. p.120-121
- Pensar a escola como espaço potente para a reflexão do conhecimento
produzido e que precisava ser problematizado na busca de romper com uma
formação alienada de sujeitos. p.121
- a possibilidade de refletir acerca das contradições sociais tirando o aluno da
alienação e passividade frente aos determinismos sociais provenientes do
modo de produção material capitalista; base do materialismo histórico-
dialético, balizador da Teoria Histórico-Crítica. p.122
- provocados a pensar e estruturar nossa visão de educação e de educação
física, potencializando um pensar coletivo a partir da socialização com outros
professores suas vivências em eventos acadêmicos como o Encontro
Fluminense de Educação Física Escolar. p.122
- refletir acerca da influência do contexto social nas diferentes formas de
abordagem na aula de Educação Física. Para isso, passo a tornar minha aula
em um espaço que eles/as possam pensar que tipo de sociedade e sujeito
são perspectivados, quando optamos por balizar nossa ação pedagógica,
considerando a visão conservadora, a crítico-reprodutivista e a crítico-
superadora. p.123
- Tomando como base o materialismo histórico-dialético, assim como a
Pedagogia Histórico-Crítica, a proposta conceitual apresentada por Soares et
al. (1992) considera que um processo educacional comprometido com os
interesses da classe popular deve levar o aluno a realizar uma reflexão
pedagógica que permita a constatação e a leitura dos dados da realidade que
necessitam de interpretação, ou seja, de um julgamento a partir de uma ética
que se coloque em defesa dos interesses da classe trabalhadora e da
determinação teleológica que tem como direção a transformação estrutural
da sociedade capitalista. p.124
- O comprometimento com a transformação da sociedade capitalista proposto
por essas perspectivas educacionais me faz entender a escola como espaço
de problematização das determinações sociais provenientes tanto do trabalho
voltado a garantir à subsistência a partir da produção de bens materiais,
assim como espaço de socialização e reflexão crítica do saber sistematizado,
científico, ou seja, o conhecimento produzido historicamente pelo homem e
transmitido culturalmente. p.126
- a educação apresenta-se como um elemento potente na formação de sujeitos
conscientes de seu papel histórico na construção de um caminho que
possibilite todos e todas viverem em uma sociedade que possa se
sensibilizar com a miséria de muitos/as, formando sujeitos capazes de ser
agentes de transformação, para que a equidade seja uma realidade vivida em
nossa sociedade. p. 127

O CONTATO COM O PENSAMENTO DE DERMEVAL SAVIANI E O IMPACTO EM


MINHA PRÁTICA PEDAGÓGICA
- A meu ver, o fato de Saviani vir do proletariado é determinante e norteador
para toda sua obra. Por exemplo, em “Escola e Democracia” (2018), ele parte
do problema da marginalidade, considerada como as condições de
semianalfabetismo e de analfabetismo, logo, de risco social, tão presentes na
maioria dos países da América Latina à época e ainda hoje. Assim, esse
problema/inquietação impulsiona todo o trabalho de Saviani na busca por
uma proposta pedagógica que seja capaz de superar essa triste realidade.
p.129
- as pedagogias novas (pedagogia da existência) são portadoras de todas as
virtudes, enquanto a pedagogia tradicional (pedagogia da essência) é a
portadora de todos os defeitos e nenhuma virtude, Assim, Saviani busca
inverter a curvatura dessa “vara ', ou seja, essa tendência de pensamento,
não para afirmar que a pedagogia tradicional é a portadora de todas as
virtudes e nenhum defeito e que as pedagogias novas são as portadoras de
todos os defeitos e nenhuma virtude, mas para que a resultante desses
tensionamentos chegue a um ponto desejável. p.130
- as teorias não críticas oferecem um poder ilusório, como é o caso da
Pedagogia Tradicional e da Pedagogia Nova, por outro lado, as teorias
crítico-reprodutivistas, embora críticas, não apresentam nenhuma proposta
de transformação, ou seja, são impotentes na formulação de nexos com a
realidade. p.131
- Nós precisamos defender o aprimoramento exatamente do ensino destinado
às camadas populares. Essa defesa implica a prioridade de conteúdo. Os
conteúdos são fundamentais e sem conteúdos relevantes, conteúdos
significativos, a aprendizagem deixa de existir, ela transforma-se num
arremedo, ela transforma-se numa farsa. p.132

EXISTE COMEÇO?! TRAJETÓRIA PROFISSIONAL INICIAL EM DIÁLOGO COM


A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA DE DERMEVAL SAVIANI
- Pedagogia Histórico-Crítica de Dermeval Saviani que tem, como seu
pensamento fundante, o materialismo histórico-dialético como instrumento de
superação do modo de produção capitalista, e de uma sociedade dividida em
classes, com interesses opostos (SAVIANI, 2013). No campo educacional, o
autor aponta que à Pedagogia Histórico-Crítica possibilita que os/as
educadores/as brasileiros/as passem do senso comum para à consciência
filosófica na compreensão de sua prática educativa como práxis
emancipatória. p.134-135
- os princípios e pressupostos da Pedagogia Histórico-Crítica, como, por
exemplo, compreender que o ato educativo caracteriza-se pela
intencionalidade, tendo como objetivo a apropriação do conhecimento
sistematizado pelo aluno. p.135
- vai de encontro à Pedagogia Histórico-Crítica, segundo a qual, o processo
ensino-aprendizagem oferece ao/a professor/a uma nova ação, que o/a leva
a rever conceitos, a romper com metodologias ultrapassadas, a estabelecer
novos rumos e valores, tornando a prática pedagógica, significativamente
mais comprometida com as questões sociais e políticas. p.136
- organizar metodologicamente o ensino do esporte de maneira que não
estivesse relacionado apenas ao seu caráter competitivo disseminado nas
competições de alto rendimento, para que todos/as pudessem participar.
Assim, as atividades sobre o quê e como ensinar, passam a ter o sentido de
fazer com e não fazer contra o outro, valorizando e respeitando
individualmente o processo ensino-aprendizagem dos/as estudantes. p.137

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