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GP

@samaracosta.to

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MODULO
Ó 07
ESTABELECIMENTO
DE METAS E MEDIDA
DE PROGRESSO

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GPS
MÓDULO 07

INTRODUÇÃO 125
MEDIDA CANADENSE DE DESEMPENHO
OCUPACIONAL (COPM) - Law et al., 2000.
Tradução: Magalhães, Magalhães & Cardoso, 2009. 126
PERCEIVED EFFICACY AND GOAL SETTING
SYSTEM (PEGS) - Missiuna, Pollock & Law, 2004. 129
CRITÉRIOS SMART 132
GOAL ATTAINMENT SCALING (GAS) - Kiresuk & Sherman (1968) 134
MEDIDAS DE PROGRESSO 136

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“Para quem não sabe onde quer chegar, qualquer
lugar serve.” (adaptada de Lewis Carroll).

INTRODUÇÃO não quer calar: quem não quer


conseguir mostrar a e昀椀cácia da
Esse módulo existe para que você sua intervenção? Mostrar que seu
não chegue a “qualquer lugar”, trabalho é massa e que a crian-
mas sim, que saiba exatamente ça está tendo resultados por con-
para onde está indo com a inter- ta dele?
venção e consiga, além de alcan- No processo terapêutico, muitos
çar os melhores resultados, mos- pro昀椀ssionais pulam direto da ava-
trar isso para as pessoas ao redor liação para a intervenção. Já fa-
(familiares, equipe multipro昀椀ssio- lamos do DDDM, que está aí para
nal etc.). provar que existem muito mais
Neste módulo, você conhecerá: passos no caminho, além do sim-
ples “avaliar e atender”.
• A COPM e sua utilidade no es-
tabelecimento de metas e me- Entre avaliação e intervenção,
dida de progresso; precisamos passar pelo estabe-
• O PEGS, como uma ferramenta lecimento de metas e identi昀椀ca-
potente para entender os de- ção das medidas de progresso, se
sejos da própria criança com a queremos ser realmente valoriza-
terapia; dos e reconhecidos.
• Os critérios SMART, para tornar As metas são nosso norte!
suas metas inteligentes;
• O GAS, instrumento sugerido
pela pesquisa cientí昀椀ca para
atestar a e昀椀cácia da interven-
ção usando ISA®;
• Como medir evolução da crian- Mas Same, escrever metas
ça com a terapia, mesmo sem não é nada fácil.
testes padronizados.

Então, vamos começar que te-


mos um caminho proveitoso pela
frente! Não é fácil, mas é possível!
Eu começo com a pergunta que

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Por muito tempo, esse assunto
foi o “calo no meu sapato”, por-
que a gente não aprende sobre
Peraí, Same! Tem algo esqui-
isso com detalhes na faculdade sito aí. Essas áreas de de-
e nem na maior parte dos cursos sempenho ocupacional não
de aprimoramento. têm a cara da infância e na
IS a gente trabalha priorita-
Mas basta a gente reconhecer riamente com crianças...
essa di昀椀culdade e dedicar ener-
gia e atenção, que a gente conse-
gue resolver essa questão.
Eu quero ver você conseguindo
escrever metas funcionais, de-
Exatamente. Essa ferramen-
monstrar o progresso com a in- ta não foi inicialmente proje-
tervenção, alcançar muito mais tada para uso com crianças.
segurança e mostrar para os ou- Mas vamos trazer aqui infor-
tros que você é uma/um TO de mações sobre como adaptar
con昀椀ança. para essa população.

Quero que todos (inclusive você!)


vejam que você sabe o que está
fazendo e que é capaz de promo-
ver os melhores resultados com A COPM baseia-se na prática cen-
sua intervenção. trada na família (PCF), que é a me-
lhor prática possível para a con-
E aí, você compartilha desse de- dução da intervenção.
sejo comigo? Então, vamos lá!
É uma entrevista semi-estrutura-
da que dura cerca de 15 a 30 mi-
nutos para ser realizada, a depen-
MEDIDA CANADENSE der de quem conduz e de quem
DE DESEMPENHO está sendo entrevistado.
OCUPACIONAL (COPM) No caso da criança, podemos fa-
- Law et al., 2000. Tradução: zer a entrevista com os pais/cui-
Magalhães, Magalhães & dadores principais, ou com a pró-
Cardoso, 2009. pria criança, fazendo adaptações
na maneira de fazer as perguntas.
A COPM é uma ferramenta que Vamos conduzir a entrevista ques-
guia a entrevista para o estabe- tionando para a família/criança
lecimento de metas de interven- como é a rotina comum, um dia
ção, com foco em autocuidado, típico, para que a gente consiga
produtividade e lazer. entender onde está a di昀椀culdade
funcional.

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Sempre vamos focar nessa pala- sível que as pontuações sofram
vra: funcionalidade!!! alguns vieses. Assista à aula para
ver alguns cenários em que os re-
Um ponto muito interessante na
sultados numéricos podem não
COPM, que não costumamos fazer
condizer com a melhora real da
em entrevistas de maneira geral,
criança e o impacto disso. Então,
é que quanti昀椀camos o que geral-
lembre-se:
mente só quali昀椀camos.
Você não pode colocar somen-
Frente à identi昀椀cação da queixa
te nas mãos de outras pessoas a
funcional, a pontuação é feita em
responsabilidade de atestar o re-
relação à importância daquela ta-
sultado do seu trabalho.
refa para o entrevistado, como é
o desempenho da criança nessa
tarefa especí昀椀ca hoje e qual a sa-
tisfação do entrevistado com esse
desempenho. O estabelecimento de me tas, quando reali-
zado de maneira colaborativa, aumenta as
O manual traz réguas de pontua- chances de a família se engajar no proces-
ção que auxiliam na identi昀椀cação so terapêu tico e alinhar as expectativas
dos resultados numéricos de im- com a terapia.
portância, desempenho e satisfa-
ção, que variam de um a 10 pon-
tos. Você pode ver essas réguas e
as orientações para pontuação no
Para 昀椀nalizar esse assunto, co-
vídeo desta aula.
mentamos anteriormente como
Olha que interessante: você con- a COPM não foi uma ferramenta
segue perceber que podemos elaborada com o foco no públi-
usar essa ferramenta na hora da co infantil, mas no manual exis-
reavaliação? te um capítulo especí昀椀co sobre o
uso com essa faixa etária. É mui-
A gente conduz a primeira entre-
to importante (e urgente) a gente
vista, registra as queixas levanta-
dar voz às crianças, elas precisam
das e as respectivas pontuações
e merecem ser ouvidas. Por isso,
e, no momento da reavaliação,
assista à aula para conhecer algu-
pontua novamente para ver se os
mas estratégias sugeridas.
resultados mudaram. Podemos
inclusive montar grá昀椀cos de pré
e pós-intervenção! EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Não é bacana? Desenhe nos espaços abaixo as
seguintes estratégias de adapta-
Mas cuidado: não use somen-
ção para pontuação da COPM com
te a COPM para atestar a e昀椀cácia
crianças:
da sua intervenção, porque ela é
uma ferramenta subjetiva e é pos-

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- Escada de degraus, para pontuar EXERCÍCIO DE REFLEXÃO
importância ou desempenho (de-
Você já conhecia a COPM?
graus e números)
Costuma utilizar essa ferramen-
ta? Se for algo novo pra você,
consegue perceber sua utilidade
e a contribuição para o estabele-
cimento de metas e reavaliação?
Anote aqui seus pensamentos.

- Sistema de carinhas para pon-


tuar satisfação com o desempe-
nho (carinhas e números)

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Seguindo a lógica de colaboração O que será que ela deseja alcan-
no estabelecimento de metas e çar, que fará diferença para a sua
de dar voz às crianças, vamos co- vida?
nhecer outro recurso incrível, in-
Para as crianças que atendemos
teressantíssimo e super simples
e que são capazes de falar sobre
e adaptar à nossa realidade clíni-
suas necessidades e desejos, não
ca. Bora lá?
podemos deixar de ouvir e incor-
porar o que foi trazido ao proces-
so terapêutico.
PERCEIVED EFFICACY
Então, como funciona o PEGS?
AND GOAL SETTING
Ele é um instrumento que tam-
SYSTEM (PEGS) - Missiuna, bém segue os princípios da prá-
Pollock & Law, 2004. tica centrada na família (PCF) e
permite com que a criança re昀氀i-
ta sobre seu desempenho em di-
versas ocupações.

Você já ouviu falar sobre o PEGS? A partir daí, metas relevantes são
levantadas para a intervenção
terapêutica.
De maneira lúdica e com o auxí-
lio de cartas com frases e ilus-
A maior parte das vezes que eu trações, a criança é encorajada a
faço essa pergunta para terapeu- identi昀椀car com qual desempenho
tas que conheço, alunas(os) e se parece mais, como no exem-
amigas(os), a resposta é a mes- plo a seguir:
ma: não!
“Essa criança é boa em agarrar
O PEGS é uma ferramenta tão in- bola” x “Essa criança não é mui-
teressante que merece não só ser to boa em agarrar bola”.
falada, mas principalmente, ser
A criança identi昀椀ca com qual das
valorizada, porque permite com
duas cartas ela se parece mais
que a gente faça algo essencial:
e se isso acontece sempre ou às
dar voz às crianças.
vezes.
Não é raro a gente ouvir sobre a
Assim, temos uma escala de Likert
queixa funcional a partir da per-
de 4 pontos: melhor desempenho
cepção dos familiares e professo-
sempre; melhor desempenho às
res, ou seja, de adultos, mas e a
vezes; pior desempenho às vezes;
própria criança?
e pior desempenho sempre.
Qual será o objetivo dela com a
O instrumento é composto de 27
terapia?
pares de cartas, utilizadas para

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guiar a entrevista com a criança, Pesquisas cientí昀椀cas demonstram
e os pais/professores respondem que dar voz às crianças e consi-
a um questionário com os mes- derar suas percepções tende a
mos tópicos, permitindo a com- aumentar a motivação e o enga-
paração entre as respostas. jamento na terapia, favorecendo o
alcance dos melhores resultados.
Três itens são diferentes para
crianças que utilizam cadeira de
rodas ou muletas e um par de EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
cartas está em branco, para que a
Assista ao vídeo da aula para mais
criança possa sugerir alguma ati-
exemplos de itens presentes no
vidade diferente do que já está
PEGS, assim como outra ferra-
presente no teste.
menta que segue o mesmo prin-
Quatro itens não se aplicam ao cípio para avaliação da escrita de
formulário de professores, por- crianças.
que geralmente são atividades
Anote aqui o nome dessa
que não são vistas na escola.
avaliação:

Mas Same, ferramentas legais


como essa geralmente só es-
tão disponíveis em inglês…

EXERCÍCIO DE REFLEXÃO
Aí é que está a ótima notícia: Essa é uma ótima hora para re昀氀e-
já tínhamos PEGS disponível tirmos sobre a nossa prática clíni-
em português de Portugal e ca: estamos adotando uma pos-
agora temos em português do
tura centrada na família?
Brasil! É só entrar no site da
Can Child, comprar e ser fe- Como estabelecemos as metas de
liz (além de fazer as crianças
felizes também )! 🙃 intervenção?
O foco está em nossas percep-
ções ou valorizamos o ponto de
vista dos mais interessados?
Consideramos os desejos e ne-

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cessidades das próprias crian- Bom, agora que já apresentamos a
ças, perguntando diretamente COPM e o PEGS, duas ferramentas
para elas ou focamos apenas nos que ajudam a identi昀椀car as metas
adultos? a serem trabalhadas na terapia,
seguindo os princípios da prática
Use o espaço a seguir para ano-
centrada na família e valorizan-
tar seus pensamentos.
do o ponto de vista dos pacien-
tes/clientes, a pergunta que não
quer calar:
Como escrever essas metas de
maneira que elas funcionem e nos
ajudem a direcionar nosso cami-
nho com a criança e sua família?
Vamos trazer a seguir outros con-
teúdos para responder a essa
questão. Mas antes, um pouco de
mão na massa!

EXERCÍCIO DE AÇÃO
EXERCÍCIO DE AÇÃO
Pense em um paciente que você
Com base na re昀氀exão anterior, lis-
atende. Pode ser alguém que já
te aqui estratégias que você já usa
está trabalhando há um tempo
(ou vai passar a usar) para esta-
ou um caso que acabou de ava-
belecer metas de intervenção em
liar. Escreva aqui abaixo três me-
sintonia com os princípios da prá-
tas que estabeleceu para essa
tica centrada na família.
criança:
Dê atenção especial às possibi-
lidades de inclusão da “voz” da
criança nesse processo. 1)

2)

3)

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Se você ainda não atende, não Você sabe o que signi昀椀ca cada
tem problema! letra? Escreva abaixo, com base
na aula. Inclua as explicações de
Pergunte a algum colega (a co-
cada um dos critérios.
munidade está aí pra isso tam-
bém) ou pense em algum caso
hipotético. S
O importante é saber como
você escreveria uma meta de
intervenção.
Escreveu? Me manda uma foto e
pode seguir!
Mas se ainda não escreveu, volta M
e escreve.
É importante registrar a forma
com que você costuma estabe-
lecer as metas antes de passar
para os próximos conteúdos.
Eu tenho certeza que você vai
aprender muito e vai ser massa A
poder ter sua evolução registrada.
Agora que as três linhas acima es-
tão preenchidas, vamos lá!

CRITÉRIOS SMART R
Você quer escrever metas funcio-
nais e inteligentes? Então use o
SMART!
Smart = inteligente em inglês,
mas também forma o acrônimo
com o que devemos considerar
ao escrever uma meta. T

Os critérios SMART não são algo


especí昀椀co da TO, muito menos
da IS, mas são usados em vários
campos de conhecimento, in-
cluindo a reabilitação.

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EXERCÍCIO DE REFLEXÃO
Durante a aula, eu contei sobre 2)
um paciente que avaliei e conse-
gui identi昀椀car um objetivo que ao
meu ver era relevante, mas que a
família escolheu não trabalhar a
questão.
3)
O que você pensa sobre situações
como essa? Anote aqui suas re-
昀氀exões e ideias.

Perceba o caminho que estamos


fazendo aqui nesse módulo:
> Primeiro, nós estabelecemos as
metas e podemos usar ferramen-
tas como COPM e PEGS para nos
auxiliar no processo.
Em seguida, escrevemos as nos-
sas metas de maneira inteligen-
te, seguindo os critérios SMART. E
então, estamos prontas(os) para
escalar essas metas.

EXERCÍCIO DE AÇÃO
Volte nas 3 metas que você escre-
Como assim escalar, Same?
veu e analise se cada uma delas
Você está falando grego pra
cumpre os critérios SMART. mim…
Considerando seus novos apren-
dizados, reescreva abaixo:

1)
Segue em frente que vai vi-
rar português bem claro! Rs…

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GOAL ATTAINMENT Geralmente, a pontuação -2 re昀氀e-
te qual desempenho da criança?
SCALING (GAS) - Kiresuk &
Sherman (1968)

Segundo a pesquisa cientí昀椀ca, a


Goal Attainment Scaling (GAS) é
uma ótima ferramenta para ates-
A pontuação 0 se refere qual de-
tar a e昀椀cácia da intervenção usan-
sempenho da criança?
do ISA®. Portanto, eu recomen-
do fortemente que você aproveite
esse conteúdo, faça os exercícios
propostos e se motive a buscar
mais informações sobre o assun-
to, porque isso vai te ajudar a ter
Essas referências nos ajudam
uma prática mais assertiva.
a distribuir nossas variáveis
de maneira equitativa entre as
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO pontuações.
A GAS é uma ferramenta que vai Assim, não escolhemos números
ajudar a gente a estabelecer me- arbitrários para preencher cada
tas escaláveis, ponderadas. pontuação.
Vamos considerar 5 pontuações Veja um exemplo sobre isso na
diferentes, que variam de +2 a aula em vídeo.
-2, da seguinte maneira (assista
Ainda com base na aula, comple-
e complete):
te: na GAS, podemos medir dife-
rentes variáveis, como…
-2

-1

0 Depois de escritas e ponderadas,


as metas GAS passam por uma
revisão, de acordo com critérios
+1 especí昀椀cos.
Veja na aula um exemplo de ta-
bela preenchida e transponha ela
+2
para cá:

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EXERCÍCIO DE AÇÃO
Em um dos exercícios anteriores você adequou suas metas escritas
aos critérios SMART.
Agora elas estão prontas para serem escaladas. Escolha uma delas e
coloque no formato da GAS.
Lembre-se de que os intervalos entre as pontuações devem ser equi-
tativos e que você deve escolher apenas uma variável para escalar.

Depois de tantos conteúdos que vimos até aqui nesse módulo, o meu
conselho de amiga é:
Comece a treinar como escrever metas de intervenção.
Pense em metas funcionais.
Use a COPM. Tente usar o PEGS ou outras maneiras de incluir os inte-
resses da própria criança no processo. Adeque a escrita das metas aos

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critérios SMART. Escale-as, usan- “Nossa, fulano está bem melhor!
do a GAS. E o principal: Acho que foi porque:
… entrou para a escola;
… começou a aula de natação;
Entenda que é um processo e que você não … está brincando com os amigos
vai virar expert em escri ta de me tas do do condomínio;
dia para a noi te. Por isso, o exercício é tão
… está na aula de educação física;
importante!
… começou o grupinho de
psicomotricidade;
…”
A minha parte eu estou fazen- Quantas vezes não ganhamos o
do, de trazer conhecimentos so- merecido reconhecimento pelos
bre essas ferramentas. Agora, 昀椀ca resultados do nosso trabalho?!
esse compromisso seu com você Ou, como na história que eu con-
mesma(o). tei na vídeo aula (vale à pena as-
sistir), quantas vezes nós mes-
Será que fez os exercícios propos-
mas(os) não conseguimos ver o
tos? Como está seu engajamen-
avanço da criança com a terapia?!
to com seu próprio aprendizado?
E aí eu pergunto:
E, sempre que tiver dúvidas, lem-
bre-se: temos a comunidade para
te ajudar!
Terminamos a parte focada em
metas de intervenção e esta-
Como eu espero ser capaz de
mos prontas(os) para a etapa 昀椀-
medir o progresso da criança
nal deste módulo, que tem re-
com a intervenção se eu nem
lação direta com o assunto até
consegui escrever as metas?
aqui. Falaremos sobre como me-
dir o progresso da criança com a
terapia.
Será que a criança melhorou?
Será que não? Vamos falar sobre
isso?! Estabelecer metas inteligentes e
funcionais e identi昀椀car como va-
mos medir o progresso com a te-
MEDIDAS DE rapia é algo que pouca gente faz
e que faz uma diferença enorme
PROGRESSO no nosso processo de trabalho!

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Eu costumo dizer que muitas ve- Medida Canadense de Desem-
zes a gente “pula na correnteza e penho Ocupacional (COPM)
é levado por ela”. Começamos a
trabalhar sem re昀氀etir para onde
estamos indo e é aquela velha
história, de “pra quem não sabe
para onde vai, qualquer direção
serve”.
Eu não quero que você seja essa
pessoa que é levada pela corren-
teza, quero que você saiba aon-
de quer chegar.

Goal Attainment Scaling (GAS)

Eu também, Same!!! Eu quero


muito saber como fazer isso!

Então bora lá! Os testes pa-


dronizados são ferramen-
tas incríveis para medir o re-
sultado da intervenção, mas
aqui vamos focar nas situa- Amostragem Momentânea de
ções em que não temos essa vídeos
opção. Na aula em vídeo eu
falo sobre algumas estraté- *Escreva os procedimentos des-
gias. E para uma boa 昀椀xação, critos na aula com detalhes, é
nada como a mão na massa! provável que seja novidade para
você.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Assista à aula e anote aqui as in-
formações sobre cada um dos
métodos de medida de progres-
so abordados.

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fácil de implementar na prática
clínica? E a mais difícil (mas que
vai tentar mesmo assim)?
A amostragem momentânea de vídeos é
uma ferramenta mui to poderosa para me-
dir as si tuações pré e pós-intervenção.

EXERCÍCIO DE AÇÃO
Escolha um paciente seu e escre-
va como avaliaria o progresso dele
com a sua intervenção usando a
amostragem momentânea de ví-
deo. Crie o cenário, 昀椀lme, analise
o vídeo, crie os códigos operacio-
nais e escreva-os abaixo.
Obs.: caso ainda não esteja atuan-
do, imagine uma situação 昀椀ctícia. RECAPITULANDO E SEGUINDO…
Esse módulo foi construído se-
guindo em uma linha de raciocínio
que faz sentido e facilita a aplica-
ção prática.
Primeiro, apresentamos a COPM,
uma ferramenta que é baseada na
prática centrada na família. Ela é
simples, rápida, barata e traz o
olhar do nosso cliente/paciente
sobre o que é importante ser tra-
balhado na terapia.
Falamos sobre o PEGS, uma fer-
ramenta para dar voz à criança.
O que ela considera que é boa?
O que não tem tanta facilidade?
EXERCÍCIO DE REFLEXÃO Quais são os desejos dela com a
terapia? A gente estimula pouco o
Depois de conhecer essas ferra- protagonismo das crianças no es-
mentas, quero saber de você: tabelecimento de metas de inter-
- Você já utiliza alguma delas? venção e eu ressaltei como olhar
Qual você acha que vai ser a mais para isso promove um ambiente

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com muito mais engajamento e em que caminho está seguindo, e
motivação da criança para alcan- sendo capaz de mostrar isso para
çar os resultados desejados. outras pessoas (pais/cuidadores/
equipe multipro昀椀ssional).
Depois dessas ferramentas utili-
zadas para elencar as metas, fa-
lamos de como torná-las inteli-
gentes, adequando aos critérios
SMART. As metas devem ser eSpe- É para isso que estamos aqui: para trans-
cí昀椀cas, Mensuráveis, Alcançáveis, formar vidas!
Relevantes e Temporais. Partindo
do SMART, falamos sobre a GAS,
que é uma ferramenta recomen-
dada pela pesquisa cientí昀椀ca para Então, se estiver preparada(o) e
evidenciarmos a e昀椀cácia da inter- com energia, vamos seguir. Temos
venção usando IS de Ayres®. Você muitos conteúdos pela frente,
entendeu como é necessário pon- agora focando principalmente no
derar/escalar as metas e como tópico “cereja do bolo”: interven-
isso ajuda a medir o progresso da ção! E não tem como começar
criança com a sua terapia. de outra maneira, que não falan-
do sobre 昀椀delidade à abordagem
E falando em medir progresso,
de Ayres®.
além de abordar os benefícios de
utilizar algumas ferramentas cita- Tá animada(o)? Eu tô!!!
das anteriormente, como COPM e
Bora lá?!
GAS, apresentamos também um
método potente, que pode ser
utilizado com qualquer criança,
independentemente do nível de
funcionalidade: a amostragem
momentânea de vídeos.
Foram muitos assuntos, porque
não quero você perdida(o) na cor-
renteza, sem saber demonstrar o
valor do seu trabalho. Quero você
con昀椀ante no que está fazendo,

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