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1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................

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2. Ética Médica ................................................................................................................................................................................................ 7
3. Prontuário ........................................................................................................................................................................................................ 9
4. Relação Médico e Paciente .........................................................................................................................................................10
5. Biossegurança ..........................................................................................................................................................................................11
6. Anamnese .....................................................................................................................................................................................................13
7. Ectoscopia ..................................................................................................................................................................................................15
8. Fácies ..............................................................................................................................................................................................................18
9. Sinais Vitais .................................................................................................................................................................................................23
10. Exame Físico do Tórax ........................................................................................................................................................................27
11. Exame do Precordio .............................................................................................................................................................................31
12. Exame do Aparelho Circulatório ................................................................................................................................................32
13. Exame dos Linfonodos ........................................................................................................................................................................34
14. Exame do Aparelho Respiratório ................................................................................................................................................36
15. Exame Físico do Abdome .................................................................................................................................................................42
16. Exame do Sistema Nervoso .............................................................................................................................................................51
17. Marcha ou Equilíbrio Dinâmico ....................................................................................................................................................53
18. Equilíbrio Estático...................................................................................................................................................................................56
19. Nervos Cranianos ...................................................................................................................................................................................68
20. Exame do Sistema Endócrino ........................................................................................................................................................73
21. Exame da Tireoide ................................................................................................................................................................................73
22. Exame da Paratireoide ......................................................................................................................................................................75
23. Exame do Pé Diabético .....................................................................................................................................................................76
24. Exame do Aparelho Geniturinário ..............................................................................................................................................80
25. Exame do Aparelho Genital Masculino .................................................................................................................................82
26. Exame do Genital Feminino.............................................................................................................................................................85
27. Exame das Mamas ................................................................................................................................................................................91
28. Aparelho Locomotor ............................................................................................................................................................................94
29. Ossos ...............................................................................................................................................................................................................94
30. Articulações ................................................................................................................................................................................................95
31. Coluna Vertebral ....................................................................................................................................................................................97
32. Músculos ........................................................................................................................................................................................................98
33. Semiologia da Pele........................................................................................................................................................................... 101
34. Lesões Elementares............................................................................................................................................................................ 104
35. Suporte Básico de Vida................................................................................................................................................................ 108
36. Manobras de Engasgo ................................................................................................................................................................. 110
37. Considerações Finais ...................................................................................................................................................................... 112
Introdução
Olá estudante, esse material foi feito com muito carinho e dedicação com o intuito de ajudar
você no melhor para os seus estudos. O objetivo dele é sintetizar a semiologia básica dos
principais sistemas abordados na medicina. O material contem 113 páginas de conteúdo, e é
totalmente voltado para anamnese e o exame físico dos sistemas, além de conter vários outros
tópicos iniciais da semiologia, todo baseado nas principais literaturas de Semiologia Médica,
como os livros do Celmo Celeno Porto.

Referências Bibliográficas:

Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara


Koogan.

GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil Medicina Interna. 24. ed. SaundersElsevier, 2012.

Esse material foi criado por @resumyndomed (Alicia Mota). Qualquer dúvida, ou para mais
informações, entre em contato com o e-mail: resumyndomed@gmail.com ou pelo perfil no
Instagram: @resumyndomed. Será um prazer responder você.

Não distribua ou reenvie este produto, apenas compartilhe as informações com seus amigos,
para que eles possam adquirir comigo Lembrando que os recursos alcançados com este
material são todos para ajudar a me formar na faculdade de medicina!

Espero que esse material te motive e te faça começar a amar a semiologia médica, uma das
melhores partes da medicina Bons Estudos!

Ass.: @Resumyndomed

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Ética Médica
O que é Ética? NEGLIGÊNCIA: omissão de atos
necessários;
É aquilo que pertence ao caráter ou modo
de ser; é a conduta segundo a MORAL, em IMPRUDÊNCIA: inobservância das
que vê as atitudes pela RAZÃO. precauções necessárias;

Essas atitudes podem ser: IMPERÍCIA: falta de capacitação;

Conscientes indivíduo O que é Bioética?


Voluntárias sociedade

Valores que definem o que: do ser humano para com o outro ser
humano e de todos para com a
QUERO POSSO DEVO André Conte-Sponville

Porque nem tudo que eu quero eu posso Ética: deveres, direitos, virtudes,
alteridade;
Nem tudo que eu posso eu devo; Moral: respeito à regra;
E nem tudo que eu devo eu quero. Direito: legislação, costumes,
jurisprudência, ato negocial;
O que é a moral?
PRINCIPIALISMO:
É aquilo que é transmitido de geração
para geração (hábitos, costumes, Justiça: distribuição de benefícios
tradições...), em que vê as atitudes pelos imparcial;
VALORES. Beneficência: procurar fazer o bem;
Autonomia: decisão individual;
O QUE E ETICA MEDICA? Não maleficência: evitar danos.
É a conduta médica centrada na pessoa
Princípios fundamentais (principais)
enferma.
Art. 5: as atividades de graduação,
Respeita a dignidade reconhece
os sentimentos morais e religiosos; baseadas no conhecimento, habilidades e
atitudes, tem por finalidade, preparar o
Reconhece os valores reconhece estudante de medicina para o futuro
as necessidades materiais. exercício da profissão médica. Essas
atividades devem beneficiar o paciente, o
estudante, a inst. de ensino e a sociedade,
O QUE ACONTECE NA PRATICA DE UMA
MEDICINA RUIM?

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guardando absoluto respeito pelo ser Decreto Lei n.2.848 de 07 de dezembro de
humano. 1940

Art.65: ...deve respeitar as normas das Art. 282: exercer, ainda que a titulo
instituições onde é realizado seu gratuito, a profissão de médico, dentista ou
aprendizado, desde que estejam de farmacêutico, sem autorização legal ou
acordo com a legislação, não gerem excedendo-lhe os limites:
situações de opressão e desfavorecimento,
Pena detenção, de 6 meses a 2 anos.
e não firam seus direitos.
Paragrafo único se o crime é praticado
Art.66: ...zelar pelo patrimônio material das
com o fim de lucro, aplica-se também multa.
instituições onde desempenha suas
atividades. Lei das contravencoes penais
Art.67: ...responde civil, penal e Art. 47: exercer profissão ou atividade
administrativamente pela instituição de econômica ou anunciar que a exerce, sem
ensino por danos causados ao paciente. preencher as condições a que por lei está
Art.68: ...agir com solidariedade e respeito subordinado o seu exercício:
mútuo entre colegas, professores, Pena prisão simples, de 15 a 3 meses, ou
orientadores e outros profissionais da multa.
instituição.

Art. 69: ...a instituição deve assegurar


sempre condições dignas e adequadas
para o aprendizado de seus estudantes.

Art. 70: ... fica assegurado ao estudante


de medicina o direito de reivindicar e exigir
adequadas condições de ensino.

Deveres e proibições (principais)

É vedado ao estudante de medicina:

Art. 22: assinar receitas médicas,


prescrições ou fornecer atestados médicos
sem a supervisão e assinatura do médico
que o orienta.

Art. 23: acumpliciar-se, de qualquer forma,


com aqueles que exercem ilegalmente a
medicina.

CODIGO PENAL

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Prontuário
O que é prontuário? Art.90: deixar de fornecer cópia do
prontuário médico de seu paciente quando
Conjunto de documentos padronizados,
de sua requisição pelo CRM.
ordenados, destinados ao registro de
informações geradas a partir de fatos, Principais documentos do prontuário:
acontecimentos e situações sobre a saúde
do paciente e a assistência prestada a Ficha de referencia e contra referência;
ele, de caráter legal, sigiloso e científico, Laudo médico para emissão de AIH
que possibilita a comunicação entre anamnese e exame físico;
membros da equipe multiprofissional Termo de responsabilidade
prestada pelos serviços de saúde publica Boletim de admissão;
ou privada. CFM nº 1331/89 Prescrição médica / observação de
enfermagem e multiprofissional;
Sigilo Folha de evolução clinica (diárias);
Folha de pareceres;
O teor do prontuário do paciente é
sigiloso, e as informações ali contidas tem
caráter confidencial, o que caracteriza o OBRIGATORIEDADES
Segredo Profissional. (parecer do CFM nº
Preenchimento completo/correto;
24)
Letra legível + assinatura/CRM;
É vedado ao médico: Clareza;
Carimbo profissional;
Art.87: deixar de elaborar prontuário Relatório diário de enfermagem,
legível para cada paciente. assinado;
Art.88: negar ao paciente ou à seu Registro diário dos sinais vitais;
Descrição do ato cirúrgico e anestésico
representante legal, acesso ao seu
(em cirurgia), assinado e carimbado;
prontuário, deixar de lhe oferecer copia
Deverá ser anexada ao prontuário a
quando solicitada, bem como deixar de lhe
comprovação do resultado dos exames
dar explicações necessárias à sua
complementares.
compreensão, salvo quando ocasionarem
riscos ao seu próprio paciente ou a
terceiros. (sempre cai em prova). O QUE NAO DEVE FAZER NO PRONTUARIO
Art.89: liberar cópias do prontuário sob Escrever a lápis;
sua guarda exceto para atender a ordem Rasurar / usar corretivo;
judicial, ou para SUA PRÓPRIA DEFESA, Fazer anotações que não se referem ao
assim como quando autorizado por escrito paciente;
pelo paciente. Deixar folhas em branco.

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Relação Médico e Paciente
O que é? 2. Cuidado com palavras e atitudes;
3. Todo paciente deve merecer a
É o vinculo que se estabelece entre o mesma atenção;
médico e as pessoas que o procura, 4. Disposição para ouvir;
estando doentes ou não. Faz parte da 5. Saber como dirigir-se aos pacientes;
essência da profissão médica. 6. Conhecer os limites que pode atuar;
7. Aprimoramento contínuo.
Evolucao da relacao medico- Padrões e comportamentos médicos
paciente
PATERNALISTA tem
Paternalista/Autoritária: monopólio de
atitude protetora, sabe ouvir, dá
conhecimentos sobre doenças e
conselhos ou ordens trata o paciente
tratamentos;
como criança.
Contratualista: reconhecimento de
direitos e deveres, possibilidades e
AUTORITÁRIO -
limitações;
impõe suas decisões se ofende
Cuidados na relação médico-paciente quando questionado.

Preservar o sigilo médico; AGRESSIVO mau


Evitar juízo de valor sobre atitudes e atendimento, frieza no relacionamento,
comportamentos do paciente; tom de voz grosseiro excesso de
Ter paciência; trabalho/baixas remunerações.
Usar suas habilidades de comunicação;
Tentar manter a neutralidade; INSEGURO
As expectativas do paciente incapaz de fazer o exame físico e têm
duvidas na interpretação de exames e
O paciente deseja ser ouvido; prescrições.
O paciente é um todo, e não uma parte
ou um diagnóstico; TECNICISTA
O paciente espera que o médico seja - se interessa apenas na doença não
competente; dá valor a relação médico-paciente.
O paciente deseja não ser
abandonado; OTIMISTA não vê
dificuldade em nada e nem reconhece
Princípios do aprendizado da relação
a gravidade dos casos transfere a
médico-paciente culpa quando dá errado.
1. Considerar a condição humana do
paciente;

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PESSIMISTA: vê maior a gravidade da
doença do que o real expressa HOSTIL: agressivo contra o médico ou
desânimo e desesperança. estudante de medicina doenças
incuráveis ou estigmatizantes, história
ROTULADOR prévia de complicações terapêuticas -
agrade o paciente passa falsa tenha serenidade e autoconfiança.
decisões diagnósticas e terapêuticas
encobre suas deficiências. AGITADO: ansiedade, ingestão de
bebida alcoólica, drogas ilícitas, surtos
FRUSTRADO começa desde o curso de psicóticos e insuficiência hepática- se
reconhece as limitações da grave contenção física e/ou uso de
medicina tem visualização do futuro antipsicóticos.
(trabalho indigno, alta jornada de
trabalho...). EUFÓRICO: fala e movimentos
exagerados; pensamentos rápidos
SEM VOCAÇÃO: distanciamento do pode ser por bebida alcoólica, drogas
paciente deve dedicar-se a outra ilícitas ou fase maníaca do transtorno
profissão. bipolar.

Padrões e comportamentos de pacientes COM RETARDO MENTAL: DE FACIL


ANSIOSO: inquieto, medroso, mãos frias RECONHECIMENTO - adotar raciocínio
simples, com perguntas diretas e
e sudoreicas, taquicardia e boca seca.
palavras corriqueiras.
- gaste + tempo com fatos não
relacionados a sua doença, pois reduz
HIPOCONDRÍACO - ouvir
a tensão.
com paciência e compreensão
DEPRIMIDO: desinteresse por si, se isola, atitudes firmes.
expressa tristeza, chora fácil,
SURDO: buscar apoio da família para
inapetência, perda de prazer e
interesse de viver - conquiste a atenção melhores informações.
e confiança; demonstre sinceridade e
interesse em ajudar. EM ESTADO GRAVE: não quer ser
perturbado por ninguém! - obter
QUE CHORA: mecanismo de alívio da postura objetiva e coletar dados para
tensão - deixe-o chorar sem indagação diagnostico e exame direcionado.
e consolo; leve toque na mão, um
abraço ou um silêncio respeitoso. PACIENTE TERMINAL: sem possibilidade
terapêutica curativa neoplasias
VERBORREICO: fala muito, tendente a malignas avançadas, DRC e SIDA
descrições minuciosas - recondução relação médico-paciente difícil.
constante ao relato dos sintomas, pois
tendem a divagar e fazer longos
rodeios.

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Biossegurança
Definição Lavagem das mãos

Conjunto de normas que visam a Medida mais simples e menos dispendiosa


segurança do trabalhador de saúde para prevenir a propagação das
exposto a risco potencial de acidentes infecções.
material ou instrumentos, especialmente
Quando? (há 5 momentos):
contaminados com material biológico.
1. Antes de tocar no paciente;
No ambiente HOSPITALAR há riscos como:
2. Antes de realizar procedimento
FISICOS QUIMICOS BIOLÓGICOS limpo/asséptico;

Precauções Padrão 3. Após risco de exposição a fluidos


corporais;
Lavagem das mãos;
Manipulação de instrumentos e 4. Após tocar no paciente;
materiais;
5. Após tocar superfícies próximas
Cirúrgicos;
ao paciente.
Enfermarias / semi intensiva
Manipulação de materiais cortantes e
de punção;
Ambiente e equipamentos; Higienizacao Simples Das Maos:
Roupas e campos de uso;
Lavagem rotineira das mãos com sabão
Vacinação.
neutro maior concentração bacteriana:
pontas dos dedos, meio dos dedos e
polegares.

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Importante: no caso de torneiras com
contato manual para fechamento,
Higienização Antisséptica Das Mãos:
sempre utilize papel toalha.
Promove a remoção de sujidades e de
microrganismos com auxilio de antisséptico
procedimento dura entre 40 a 60
segundos. Ex.: antisséptico degermante
(clorexidina a 2% ou PVPI 10%).

Fricção Antisséptica Das Mãos (Álcool


Gel Ou Álcool Glicerinado):

Reduz a carga microbiana das mãos (não


remove sujidades) quando as mãos não
estiverem visivelmente sujas, utiliza-se o
álcool gel 70% ou a solução glicerinada.

Antissepsia Cirúrgica Ou Preparo Pré-


Operatório:

Utiliza-se antisséptico com ação


bactericida ou bacteriostática que irá agir
na flora residente da pele indicados Não toque em nada após lavar as
para profissionais e para pele ou mucosa mãos, apenas no paciente;
do paciente em áreas onde serão
realizados procedimentos invasivos ou É fundamental seguir o passo a passo à
cirúrgicos. risca, pois há a garantia de uma boa
limpeza das mãos.
Passo a passo da lavagem das mãos

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Anamnese
Definição 5. Sintomas bem investigados e bem
compreendidos torna o exame físico
ANA - trazer de novo mais objetivo;

MINESIS - memória 6. A causa mais frequente de erro


diagnóstico é uma história clinica mal
Então, a anamnese é trazer de volta fatos
concebida;
relacionados à doença e o doente. Uma
7. Obtidas as queixas, elaborar o
paciente.
desenrolar logico dos
Formas de conduzir uma Anamnese acontecimentos = raciocínio clinico;

Relato livre e espontâneo do paciente 8. Dados de exames complementares


sem interferência do médico; não corrigem falhas/omissões da
Condução objetiva, dirigida ou anamnese;
direcionada tecnicamente por esquema
mental básico (estudante); 9. Só a anamnese permite uma visão de
Relato espontâneo das queixas + conjunto do paciente, indispensável
condução objetiva. para a medicina humana;

Dez principios da Anamnese 10. O tempo dedicado a anamnese


1. Cumprimentar o paciente, identificar- distingue o médico competente do
se e perguntar o nome dele; incompetente.
Demonstrar TOTAL atenção ao Componentes Essenciais Da Anamnese
paciente, Identificar situações de
dor, ansiedade, sono, irritação e IDENTIFICACAO
tristeza. (é nesse momento que
estabelecemos a relação médico- Nome - não utilizar rotulações ou
paciente); numerar os pacientes;
Idade - cada grupo etário tem sua
2. Conheça e compreenda as própria doença;
condições socioculturais; Sexo - prevalência de determinadas
doenças quanto ao gênero e raça;
3. Tato e perspicácia para obtenção Raça / etnia
de dados estigmatizantes ou Estado civil - outros... união estável,
distúrbios; separados...
Profissão - pode ter relação causal
4. Cuidado com ideias preconcebidas; ou agravante da doença atual;

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Local de nascimento, procedência e INTERROGATORIO SINTOMATOLOGICO (IS):
moradia;
Religião - modo de enxergar a vida Complemento da HDA, também
e os problemas. denominada de Anamnese especial ou
revisão dos sistemas;
QUEIXA PRINCIPAL (QP): Útil para reconhecer enfermidades sem
relação com o quadro sintomatológico
O que motivou a consulta? na HDA;
Por que o(a) me procurou?
O que o(a) senhor(a) está sentindo? Historia Patologica Pregressa
(HPP):
Gestação e nascimento;
NÃO É ACEITO ROTULOS DIAGNÓSTICOS! Ex.:
Desenvolvimento psicomotor e neural;
Desenvolvimento sexual;
Doenças sofridas pelo paciente;
Alergias;
HISTORIA DA DOENCA ATUAL (HDA): Cirurgias;
Traumatismos;
Não induzir respostas; Transfusões sanguíneas;
Apurar evolução, exames e tratamentos Historia obstétrica;
realizados; Vacinas;
Ler a historia escrita para o paciente, Medicamentos em uso.
para que possa confirmar ou corrigir
algo, ou acrescentar nova informação.
HISTORIA FAMILIAR PREGRESSA (HFP):
SINTOMA GUIA: geralmente, a queixa mais
longa, ou sintoma mais destacado (QP). Considera a avaliação do estado de
saúde passado e presente pessoais e
ESQUEMA PARA ANALISE DE UM SINTOMA: familiares, que influenciam no processo
saúde-doença.
1. Inicio -
2. Característica do sintoma -
Historia fisiologica e social (hfs):
Neste item, investiga-se o estilo de vida do
3. Fatores de melhora e piora -
paciente:

Alimentação;
4. Relação com outras queixas - Ocupação atual e ocupações
anteriores;
Atividades físicas;
5. Evolução - Uso de tabaco;
Uso de bebidas alcoólicas;
6. Situação atual - Uso de anabolizantes e anfetaminas.
Habitação.

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Ectoscopia
O que é? Dependencia:
SOMATOSCOPIA ou ECTOSCOPIA é a Se veio à consulta sozinho;
denominação que se dá à avaliação Acompanhado;
global do doente. É a primeira. etapa do Em cadeira de rodas;
exame físico, devendo ser Iniciada ao De muletas ou bengalas.
primeiro contato com o paciente. Seu
objetivo é a obtenção de dados gerais Fala e linguagem:
(independe da queixa do paciente). A
Avaliar a voz, avaliar a lógica do discurso,
avaliação deve ser craniocaudal.
se há distúrbios de articulação das
O que avaliar? palavras, de troca de letras ou se fala o
nome dos objetos corretamente.
Estado geral:
Biotipo:
Bom estado geral
Estado geral regular ou levemente Brevilíneo(endomorfo): membros curtos,
comprometido tórax alargado, estatura baixa;
Estado geral ruim ou muito Longilíneo(ectomorfo): tórax afilado e
comprometido achatado, membros longos e
musculatura delgada;
Estado psiquico: Normolíneo(mesomorfo):
desenvolvimento do corpo, musculatura
Bem orientado em tempo e espaço;
e do panículo adiposo harmônicos.
Mal orientado em tempo e espaço.

Postura:
Postura Ativa: é aquela assumida
espontaneamente Boa Postura / Má
postura
Postura passiva: impossibilidade do
paciente em mudar de posição sem
auxílio de outra pessoa
Postura antálgica: adotada para alívio Peso e altura:
de dor.
Com auxilio de uma balança;
Higiene pessoal: Medida em centímetros com paciente
descalço e em posição ereta.
Hálito do paciente; odor de secreções.

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Facies:
Fácies normal ou atípica;

Musculatura:
Trofismo (desenvolvimento):

o Eutrófico;

o Hipertrófico;
Pele, cabelo e Faneros:
o Hipotrófico;

Tonicidade: (grau de contração


Mucosas: (conjuntival, lábio bucal, lingual
e gengival):
muscular):

o Eutônico; Escleras: Ictérica ou Anictérica.


o Hipertônico; Edema:
o Hipotônico. Ausente;
Presente (caracterizar):
Paniculo adiposo: Sinal do Cacifo positivo ou negativo.

Bem distribuído conforme sexo e idade;


Aumentado;
Diminuído ou escasso (localização).

Pele:
Coloração:
Umidade:
Textura: Extremidades (calor e alteracoes;
Temperatura: compressao da face digital):
Mobilidade: Aquecidas e Acianóticas com boa
Sensibilidade: perfusão tissular;
Elasticidade: Alteradas (especificar temperatura
Turgor: perfusão tissular cianose).
Lesões elementares:
Cicatriz: Linfonodos:
Circulacao colateral: Não Palpáveis;
Palpáveis:
Ausente ou presente; Localização:
Localização: Classificação:
Consistência:
Superfície:
Tamanho ou volume (aproximados).

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Mobilidade: Articulacoes:
Sensibilidade:
Alterações da pele (especificar). Livres e funcionais;

Limitação ou restrição articular (onde e


especificar ângulo).

Coluna Vertebral (cervical e


toracolombar):
Anatômica;
Não anatômica;
Cifose;
Lordose;
Escoliose (localização).

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Fácies
Definição Lábios entreabertos, delgados e
afilados;
É o conjunto de dados exibidos na face
do paciente, e a resultado dos traços Discreta cianose labial;
anatômicos + a expressão fisionômica. Não
Palidez cutânea, suor;
apenas os elementos estáticos, mas, e
principalmente, a expressão do olhar, os Estado final de varias doenças.
movimentos das asas do nariz e aposição
da boca. Certas doenças imprimem na
face traços característicos, e algumas
vezes, o diagnostico nasce da simples
observação do rosto do paciente. Os
principais tipos de fácies são:

Normal ou atipica
Expressão individual;

Não sugere distúrbio;

Não há necessidade de descrevê-las.


Renal
Edema ao redor dos olhos;

Palidez cutânea;

Observada na Síndrome nefrótica e na


glomérulonefrite difusa aguda;

Redução acentuada de albumina.

Hipocratica
Olhos fundos, parados e inexpressivos;

Nariz afilado;

Batimentos das asas do nariz;

18
Leonina Cabeça inclina-se para frente e
permanece imóvel nessa posição;
Pele espessa, nódulos de tamanhos
variados, confluentes; Olhar fixo; Supercílios elevados;

Supercílios caídos; Nariz espessado e Fronte enrugada; Expressão de espanto;


alargado; Lábios grossos e
Fisionomia impassível (máscara);
proeminentes;
Indica doença de Parkinson.
Bochechas e mento deformados; Barba
escasseia ou desaparece;

Mal de Hansen.

Basedowiana
Exoftalmia; Olhos brilhantes; Rosto
magro;
Adenoidiana
Expressão fisionômica de vivacidade. Às
Nariz pequeno e afilado;
vezes, tem um aspecto de espanto e
Boca entreaberta; ansiedade; Presença de bócio;

Hipertrofia das adenoides (dificulta a Indica hipertireoidismo.


respiração pelo nariz).

Parkinsoniana
Mixedematosa

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Rosto arredondado; Nariz e lábios
grossos;

Pele seca, espessada e com


acentuação dos sulcos;

Pálpebras infiltradas e enrugadas;


Supercílios escassos;

Cabelos secos sem brilho; Expressão de


desânimo, apatia;

Indica hipotireoidismo ou mixedema. Cushingoide ou de lua-cheia:


Rosto arredondado (congesto) e
levemente cianótico; Acne.

Acompanha obesidade do tronco,


pescoço, abdome (estrias atróficas);

Síndrome de Cushing: hiperfunção do


córtex suprarrenal ou em uso de
corticoides.

Acromegalica
Saliência das arcadas supra-orbitárias;
Proeminência das maçãs do rosto;

Maior desenvolvimento do maxilar


inferior;

Aumento do nariz, lábios, língua e


orelhas; Extremidades aumentadas; Mongoloide
Nesse conjunto de estruturas Epicanto (prega cutânea) torna os
hipertrofiadas, os olhos parecem olhos oblíquos, distantes um do outro;
pequenos;
Rosto redondo; Boca entreaberta;
Indica hiperfunção hipofisária,
podendo ser constitucional. Expressão fisionômica de pouca
inteligência ou mesmo completa idiotia;

Indica Síndrome de Down;

20
DEPRESSIVA
Cabisbaixo; Olhos pouco brilhantes; Da paralisia facial periferica
Olhos fixos em um ponto distante ou Assimetria da face; Impossibilidade de
voltados para o chão; fechar as pálpebras;
Acentuação do sulco nasolabial; Desvio da comissura labial contralateral
Cantos da boca rebaixados; / Repuxamento da boca para o lado
Observados na Síndrome da Depressão. saudável;

Fissura palpebral alargada;


Apagamento do sulco nasolabial;
Queda do ângulo da boca ipsilateral;

Indica atrofia muscular progressiva.

Pseudobulbar
Aspecto espasmódico da face;
Hipomímia; Disfagia; Disartria;

Aparece geralmente na paralisia


pseudobulbar; Esclerose múltipla;
Miastenica ou facies de Hutchinson
Doença neuronal motora. Ptose palpebral bilateral que obriga o
paciente a franzir a testa e levantar a
cabeça;

21
Estrabismo; Expressão amímica;
Apresenta-se na Miastenia Grave.

Esclerodermica ou facies de mumia:


Imobilidade facial;
Do deficiente mental
Pele endurecida e aderida aos planos
Traços faciais apagados e grosseiros;
profundos;
Boca entreaberta, às vezes com
Repuxamento dos lábios; Afilamento do
salivação;
nariz; Imobilização das pálpebras.
Hipertelorismo (má malformação
craniofacial congênita caracterizada
pelo afastamento excessivo dos olhos);

Estrabismo; Olhar desprovido de


objetivo; Olhos não se fixam em algo;
Meio sorriso sem movimentação.

Etilica:
Olhos avermelhados; Face ruborizada;
Sorriso indefinido; Olhos caídos.

22
Sinais vitais
O que são? Pressão arterial

Os Sinais Vitais expressam o funcionamento Consiste na força exercida pelo sangue


e as alterações dos órgãos e/ou sintomas sobre as paredes dos vasos trabalho do
mais relacionados com a manutenção de coração debito cardíaco elasticidade
vida. São considerados Sinais Vitais: da parede dos grandes vasos resistência
periférica volemia e viscosidade
Pulso; sanguínea.
Pressão Arterial;

Ritmo e Frequência respiratória;

Temperatura corporal.

Pulso

Comumente usa-se o pulso Radial, porém,


pode-se usar o pulso Carotídeo, femoral,
entre outros. Precisamos dar mais atenção
para 2 características do pulso, são elas:
Assegurar que o paciente NAO:
Ritmo: sequencia de pulsações e se
distingue em: Está com a bexiga cheia;

Pulso Regular: pulsações com intervalos Praticou exercícios físicos nos últimos 60
iguais; minutos;

Pulso Irregular: pulsações com Ingeriu bebidas alcoólicas;


intervalos ora longos ora curtos. Traduz Fumou ou usou cafeína nos últimos 60
arritmia cardíaca (arritmia sinusal, minutos;
extrassistolia, bloqueio cardíaco e
fibrilação arterial). Está com alguma emoção forte, dor ou
stress;

FREQUENCIA: devem-se contar as Utilizou medicamentos estimulantes


pulsações durante 1 minuto inteiro. adrenérgicos.

Taquicardia: + de 100 bpm Paciente deve ter um repouso de 30


minutos antes de iniciar a aferição.
Bradicardia: menor de 60 bpm

Normocardia: 60-90 bpm

23
4. Centralizar o meio da parte
compressiva do manguito sobre a
Posicionamento do paciente: artéria braquial;
Paciente sentado, com encosto para as 5. Estimar o nível da PAS pela palpação
costas, pés no chão, descruzados e do pulso radial; METODO
apoiados no chão e relaxado;
PALPATÓRIO.
Braço na altura do coração, apoiado,
6. Palpar a artéria braquial na fossa
com a palma da mão para cima;
cubital e colocar o diafragma do
Observar se as roupas não garroteiam estetoscópio sem compressão excessiva;
o braço. Se sim, remover;
7. Posicionar o manômetro na altura do
Medir em pé, após 3 minutos da olho;
medida, sentado em pacientes suspeitos
8. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a
de hipotensão ortostática (diabéticos,
30 mmHg o nível estimado da PAS
idosos, disautonômicos, em uso de anti-
obtido pela palpação;
hipertensivos e aqueles com sintomas de
pressão baixa); 9. Proceder à deflação lentamente
(velocidade de 2-4 mmHg por
Medir nos membros inferiores, quando
segundo);
impossibilidade de medir nos braços.
10. Determinar a PAS pela ausculta do
Material: primeiro som (fase I de Korotkoff) e,
Aparelho de PA; após aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação;
Manguitos;
11. Determinar a PAD no
Estetoscópio; desaparecimento dos sons (fase V de
Korotkoff);
Cadeira com encosto para as costas;

Local para acomodação do braço; 11.1 Se sons de Korotkoff estiverem


fracos, faça o paciente levantar
Para medida em perna, uma maca o braço, abrir e fechar a mão 5
também é necessária. a 10 vezes e inflar o manguito
rapidamente;
Aparelho manual Tecnica
12. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg
Auscultatoria:
abaixo do último som para confirmar seu
1. Determinar a circunferência do braço no desaparecimento e depois proceder à
ponto médio entre acrômio e olécrano; deflação rápida e completa;

2. Selecionar o manguito de tamanho 13. Se os batimentos persistirem até o


adequado ao braço; nível zero, determinar a PAD no
abafamento dos sons (fase IV de
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, Korotkoff) e anotar valores da
2 a 3 cm acima da fossa cubital; PAS/PAD/zero;

24
14. Realizar pelo menos duas medições, Sucessão regular de movimentos
com intervalo em torno de um minuto. respiratórios, com amplitude de
Medições adicionais deverão ser profundidade mais ou menos igual, em uma
realizadas se as duas primeiras tiverem frequência de 16 a 20 respirações por
5mmHg ou mais de diferença. minuto em adultos, chamamos de EUPNEIA.

15. Aguardar 1-2 minutos entre as Alteracoes:


medidas no mesmo braço;
Apneia: parada na respiração;
16. Considerar a média das duas últimas
medidas; Dispneia: movimentos respiratórios
amplos e desconfortáveis para o
17. Informar o valor de PA obtido para o paciente;
paciente; e anotar os valores exatos
se Ortopneia: dificuldade de respirar na
a PA foi medida, a posição do posição deitada, o que obriga o
paciente, o tamanho do manguito e paciente a ficar sentado ou
qualquer possível interferente. semissentado;

Fases de Korotkoff: Dispneia Periódica ou Respiração de


Cheyne-Stokes: incursões respiratórias
Fase I: surgimento dos primeiros sons que vão ficando cada vez mais
(pequena intensidade e alta profundas até atingirem uma amplitude
freqüência). máxima, seguindo-se de respiração de
amplitude menor, podendo chegar à
Fase II: batimentos com sopro. Com a
apneia;
dilatação da artéria pressionada, a
contracorrente reverbera e cria sopros Respiração de Kussmaul: amplas e
na parede dos vasos sanguíneos. rápidas inspirações interrompidas por
curtos períodos de apneia
Fase III: desaparecimento do sopro.
Batimentos começam a ser mais audíveis
e acentuados. Respiração de Biot: movimentos
respiratórios de diferentes amplitudes e
Fase IV: sons de baixa intensidade e
com intervalos variáveis;
abafados (níveis de pressão da bolsa
discretamente > pressão diastólica). Taquipneia: em adultos, frequência
respiratória acima de 20 rpm.
Fase V: desaparecimento dos sons.
Bradipneia: em adultos, frequência
Pressão Arterial Sistólica: aparecimento do
respiratória abaixo de 16 rpm..
primeiro ruído (fase I)

Pressão Arterial Diastólica:


desaparecimento dos sons (fase V).

Ritmo e Frequência Respiratórios

25
(insolação, vestimentas inadequadas
para temperatura ambiental, atividade
física extenuante).

Tecnica para medicao da


temperatura axilar
1. Realizar a desinfecção do
termômetro com algodão umedecido
com álcool a 70%;

2. Verificar se a coluna de mercúrio


está abaixo de 35ºC, em caso
negativo, agitar vigorosamente o
termômetro para que a coluna de
mercúrio desça;

3. Se necessário, enxugar a axila do


paciente;

4. Colocar o termômetro na região


axilar com o bulbo em contato direto
na pele do paciente (comprimir o
braço e colocá-lo sobre o tórax);

5. Retirar o termômetro após no mínimo


Temperatura Corporal 5 minutos e realizar a leitura;

Valores normais: 6. Retirar o termômetro segurando pelo


lado oposto ao bulbo;
Temp. Axilar: 35,5 a 37ºC, em média de
7. Realizar a leitura da temperatura;
36 a 36,5ºC.
8. Abaixar novamente a coluna de
Temp. Bucal: 36 a 37,4ºC.
mercúrio.
Temp. Retal: 36 a 37,5ºC (0;5ºC maior
que a axilar).

Alteracoes:
Hipotermia: valores abaixo dos normais.

Febre: valores acima dos normais.

Hipertermia: valores acima dos normais


com presença de fatores ambientais

26
Exame Físico do Tórax
Introdução

O exame físico do tórax compreende a


avaliação das mamas, dos pulmões, do
coração e do mediastino, bem como as
estruturas que compõem a caixa torácica,
como pele, linfonodos, panículo adiposo,
musculatura entre outros.

Projeção na parede torácica

Pulmoes Coracao
No hemitórax direito, anteriormente, Sua área de projeção tem uma forma mais
encontra-se o lobo superior direito e o ou menos oval.
lobo médio. Posteriormente, projetam-se os
o Junção da 3º costela com o
lobos superior e inferior, sendo o lobo
esterno forma uma linha que se
inferior, mais predominante em ambos os
estende para baixo em forma de
pulmões. Anteriormente:
arco de convexidade, em direção
No lado direito os lobos superior e ao entrecruzamento do 4º ao 5º
médio são separados pela Cissura espaço intercostal com a linha
Horizontal, correspondente à 4º costela, hemiclavicular esquerda. Do lado
passando à 5º costela, no seu direito, a projeção do coração
cruzamento com a linha axilar média. corresponde à borda esternal
direita.
No lado esquerdo o lobo inferior é
partido pela Cissura Oblíqua.

o Posteriormente o lobo inferior se


estende da T3 até a T10, ou até
a T12 durante o ciclo respiratório.

27
Figado curva, onde o ápice situa-se no
cruzamento da linha axilar média com a 9ª
O limite superior acompanha o 5º ou 6º ou 10ª costela.
espaço intercostal até a linha axilar
anterior (dependendo do biótipo da
pessoa); segue horizontalmente até a
interseção da 6º ou 7º costela com a linha
axilar média.

Pontos de referência anatômicos

Costelas;

Ângulo de Louis;
Fundo do Estomago 4ª vertebra torácica;
Designado Espaço Semilunar de Traube
7ª vertebra cervical;
linha que acompanha a reborda costal
esquerda e uma linha superior que se inicia Clavículas;
na 5º ou 6º cartilagem costal e se
Articulação xifoesternal;
prolonga até o cruzamento da linha axilar
anterior com a 9ª ou a 10ª costela Ângulo de Charpy.
esquerda.

Linhas Torácicas
Baco
Na face lateral do hemitórax esquerdo, seu
limite superior corresponde a uma linha

28
4. Região mamária.

5. Região inframamária.

6. Região supra-esternal.

7. Esternal superior.

8. Esternal inferior.

Face Anterior: Face posterior:


o Linha medioesternal. 1. Supra-escapular.

o Linha hemiclavicular. 2. Supra-espinhosa.

o Linha axilar anterior. 3. Infra-espinhosa.

4. Interescápular vertebral.
Face Lateral:
5. Infra-escapulares.
o Linha axilar anterior.

o Linha axilar média.


Face lateral:
1. Axilar;
o Linha axilar posterior.
2. Infra-axilar.
Face Posterior:
o Linha médio espinhal.

o Linhas escapulares.

Regiões torácicas

Face anterior:
1. Região supraclavicular.

2. Região clavicular.

3. Região infraclavicular.

29
Exame do Precordio
Inspeção Pele; Lesões elementares; Depressões;
Tumorações; Abaulamentos; Cicatrizes.
Acompanha junto à palpação, onde os
achados se tornam mais significativos; Palpação

Boa iluminação (de preferencia, luz Examinador posicionado à direita do


natural); paciente com o tórax despido;

Paciente em decúbito dorsal, com a Localizar o Ictus Cordis (dependendo


musculatura relaxada e o tórax despido do biótipo do paciente 5º EIC /
e visível. LHCE), região do foco mitral;

Para pesquisar abaulamentos e Colocar a mão sobre o ictus cordis, e


retrações, a inspeção se faz de modo conforme for sentindo os batimentos, e
tangencial e frontal. tirando os dedos (normalmente até 2
polpas = 2,5cm);

Colocar o paciente da posição de


pachon (decúbito lateral esquerdo) -

Tangencial

Frontal

O que investigar?

30
Manobras complementares:

Hand Grip pede-se ao paciente que este


aperte dois dedos do examinador, isso
aumenta a resistência vascular periférica, o
que aumenta os sopros gerados do lado
esquerdo do coração FOCO MITRAL

Rivero carvalho paciente em decúbito


dorsal, coloca-se o estetoscópio no FOCO
Posição de Pachon
TRICUSPIDE, em seguida, solicita-se ao
Ausculta paciente fazer uma inspiração profunda e
prender.
Ambiente silencioso;

Paciente em decúbito dorsal, posição


ortostática ou decúbito lateral
esquerdo;

Instruir o paciente para que inspire


profundamente e expire de modo
forçado.

Lembrar de auscultar palpando o pulso


radial do paciente.

Focos De Ausculta:

Mi A Per Ta

31
Exame do Aparelho Circulatório
Introdução

O aparelho circulatório e o próprio


funcionamento do coração podem ser
avaliados pela analise de:

Pulso Radial;

Pulsos Periféricos;

Pulso Capilar;

Pulso Venoso.
QUE CARACTERISTICAS ANALISAR?
Pulso radial
Estado da parede arterial: (lisa, sem
SEMIOTECNICA: tortuosidades e se deprime facilmente)

A artéria radial se localiza entre a Frequência: (contar o nº de pulsações


apófise estiloide do rádio e o tendão durante 1 min e comparar os valores
dos flexores. com o nº de bpm)

Para palpá-la, colocam-se as polpas Ritmo: (sequencia das pulsações


dos dedos indicador e médio, regular ou irregular)
colocando compressão até obter o
pulso máximo, e seu polegar se fixa no Amplitude ou magnitude: (sensação
dorso do punho do paciente. captada em cada pulsação ampla,
media e pequena)
O examinador usa a mão direita para
palpar o pulso esquerdo do paciente e Tensão ou dureza: (compressão
vice-versa. progressiva da artéria pulso mole ou
pulso duro)
A mão do paciente deve repousar no
leito com leve supinação. Tipos de onda: (apenas com o treino é
possível reconhecer e diferenciar)
SEMPRE comparar com o lado
homólogo. Comparação com lado homólogo:
(averigua a igualdade ou
desigualdade dos pulsos palpando-os
simultaneamente.)

32
Pulsos periféricos

A análise dos pulsos periféricos permite a


comparação das artérias homologas na
ausência e presença de pulso.

QUAIS PULSOS PALPAR?


Carotídeo

Temporal superficial

Subclávio

Axilar Pulso venoso, turgência ou


Ingurgitamento jugular
Braquial
Paciente em decúbito dorsal, eleva-se a
Cubital
cabeceira a 45º;
Radial
Localiza-se o ângulo de Louis e
Aórtico abdominal coloca-se uma régua 90º com o chão;

Ilíaco Encontra-se a veia jugular, e com outra


régua, coloca-se no ponto mais alto da
Femoral veia que possui pulsação;
Poplíteo Acima de 5cm patológico pode
indicar insuficiência ventricular direita.
Tibial anterior

Tibial posterior

Pedioso

Pulso capilar

O pulso capilar é o rubor intermitente e


sincrônico com o pulso radial que se
observa em determinadas regiões da pele
e mucosas.

SEMIOTECNICA
Faz-se uma leve compressão sobre a
borda de uma unha até ver uma zona
pulsátil que marca a transição da cor
rósea para a pálida normalmente é
discreta ou imperceptível..

33
Exame dos Linfonodos
Introdução

Os linfonodos organizam-se em grupos


superficiais (localizados do tecido celular
subcutâneo) e os profundos (abaixo da
fáscia dos músculos e dentro de varias
cavidades do corpo).

Tamanho normal: 0,5 2,5 cm

CADEIAS DE LINFONODOS:
Pré-auricular

Retroauricular
Inspeção
Occipital
Boa iluminação
Submentoniano
Área examinada despida
Submandibular
Comparar lado contralateral
Tonsilares
Verificar possíveis adenomegalias ou
Cervical anterior presença de sinais flogisticos.
Cervical posterior Palpação
Supraclaviculares Realizada com as polpas digitais e as
Infraclaviculares faces ventrais do dedo indicador,
médio e polegar.
Axilares
Ajustar a cabeça do paciente para
Epitrocleanos relaxar a musculatura pra que se
palpem melhor os linfonodos da cabeça
Inguinais
e pescoço.
Poplíteos
Para a palpação dos linfonodos
axilares, retropeitorais e epitrocleanos, o
examinador se coloca a frente do
paciente, segurando seu braço e
palpando com a mão heteróloga.

34
Os linfonodos axilares se palpam com as

Os linfonodos retropeitorais e
epitrocleanos se palpam com as mãos

Na palpação dos linfonodos poplíteos,


o paciente deve ficar em decúbito
ventral e as pernas semifletidas.

Linfonodo de Irish (axilar esquerdo)

DESCREVER:
Localização

Tamanho

Consistência

Coalescência Linfonodo Sister Mary-Joseph


(periumbilical)
Sensibilidade

Presença de sinais flogísticos e


fistulização.

LEMBRAR:
Linfonodo de Virchow (supraclavicular
esquerdo) quando for visto na
inspeção, é chamado de Sinal de
Troisier.
Linfonodo de Blummer (prateleira retal)

35
Exame do Aparelho Respiratório
Introdução

O exame do aparelho respiratório


compreende Inspeção, palpação,
percussão e ausculta. O paciente deve
ficar sentado e o examinador
movimentando-se ao redor dele.

Inspeção
Tórax em Tonel ou em Barril: enfisema
Inspecao estatica: pulmonar ou em pessoas idosas livres de
Avalia o estado da pele e das qualquer doença pulmonar.
estruturas superficiais da parede
torácica.

Compreende também, a forma do tórax


e a presença ou não de abaulamentos
e retrações.

Inspecao dinamica:
Analisa-se tipo respiratório, ritmo e
frequência da respiração; Tórax Infundibuliforme (Pectus
Excavatum): pode ser congênito ou
Amplitude dos movimentos respiratórios.
adquirido. A causa mais importante é o
Presença ou não de tiragem e raquitismo; quando mais acentuado,
expansibilidade dos pulmões. pode produzir distúrbio pulmonar
restritivo. E em menores casos, pode
FORMA DO TORAX: indicar deslocamento cardíaco.

Tórax chato: mais comum em longilíneos,


e não tem significado patológico. Tórax Cariniforme (pectus carinatum):

36
ou adquirido, e a principal causa é o
raquitismo.

Tórax Cifoescoliótico: congênito ou


secundário ao desvio lateral do
segmento torácico da coluna vertebral.
Tórax em Sino ou Piriforme: segue em
grandes hepatoesplenomegalias e na
ascite volumosa.

Tórax Instável Traumático: fratura nas


costelas onde há movimentos torácicos
paradoxais.
Tórax Cifótico: por defeito de postura
ou por lesão de vertebras torácicas
(tuberculose, osteomielite, neoplasias ou ABAULAMENTOS E DEPRESSOES
anomalias congênitas).
Podem localizar-se em qualquer região
do tórax e indicam alguma lesão que
aumentou ou reduziu uma das estruturas
da parede ou de órgãos intratorácicos.

TIPO RESPIRATORIO
Observa-se atentamente a
movimentação do tórax e do abdome.

: costal superior
Tórax escoliótico: anomalia congênita. : toracoabdominal

37
RITMO RESPIRATORIO
Respiração Dispneica: movimentos
respiratórios desconfortáveis para o
paciente;

Platipneia: dificuldade para respirar na


posição ereta, que se alivia na posição
deitada.

Ortopneia: dificuldade para respirar na


posição deitada.

Trepopneia: paciente se sente mais AMPLITUDE DA RESPIRACAO


confortável deitando em decúbito
lateral. Superficial: enquanto estamos
tranquilos, dormindo.
Respiração de Cheyne-Stokes: ou
dispneia periódica, são incursões Profunda: em esforços, emoções.
respiratórias que vão se tornando cada
vez mais profundas até atingirem uma FREQUENCIA RESPIRATORIA:
amplitude máxima; nesse momento, os
movimentos começam diminuir, podendo Eupneico (16 a 20 irpm)
chegar à apneia.
Bradpneico (-16 irpm)
Respiração de Biot: movimentos
respiratórios de diferentes amplitudes e Taquipneico (+20 rpm)
com intervalos variáveis;
Apneico (parada respiratória)
Respiração de Kussmaul: amplas e
rápidas inspirações interrompidas por TIRAGEM: retração dos espaços
curtos períodos de apneia intercostais. Visível em pessoas magras, ou
com obstrução de alguma das vias
Respiração Suspirosa: aquela na qual respiratórias.
interrompe-se uma sequequencia regular
da respiração por uma inspiração
profunda seguida de uma expiração
demorada.

38
INSPECAO DO PESCOCO: deve-se perceber Das Bases: ainda atrás do paciente, os
se a respiração é auxiliada pela polegares do examinador devem estar
musculatura do pescoço (sinal de próximos da 9ª e 10ª vtb torácica,
obstrução das vias respiratórias). enquanto os demais dedos devem
abarcar a área das bases pulmonares.
Analisa-se a mobilidade das bases
durante a respiração tranquila e
também profunda.

Manobra de Roualt

Palpação

ESTRUTURA DA PAREDE TORACICA:


Investigar pele, tecido celular subcutâneo,
músculos, cartilagens e ossos. FREMITO TORACOVOCAL
O examinador pousa as mãos sobre as
EXPANSIBILIDADE OU MOBILIDADE
regiões do tórax ao mesmo tempo em
Dos Ápices: o examinador se posiciona
atrás do paciente, pousando ambas
Paciente levanta os braços para
das mãos sobre as regiões que
avaliação do frêmito lateral.
correspondem os ápices, os polegares
levemente se encostam. Solicita-se ao
paciente que respire mais fundo, do frêmito posterior.
enquanto o examinador observa a
movimentação de suas mãos, pesquisa-
se diminuição ou ausência de
movimentos.

Manobra de Roualt

FTV aumentado: consolidações


(pneumonia e infarto pumonar).

39
FTV diminuído ou ausente: derrame
pleural, pneumotórax, enfisema pulmonar,
atelectasias e espessamento pleural.

Percussão

Percutir todo o tórax anteriormente,


lateralmente e posteriormente (C7 como
referência). Começando de cima para
baixo, golpeando ora de um lado, ora de
outro. Som traqueal: ruído respiratorio mais
curto e brando; uma leve pausa e um
SOM CLARO PULMONAR.
ruído expiratório mais forte e
prolongado.

Respiração brônquica: audível na


área de projeção dos brônquios
principais. Seu ruído expiratório é um
pouco menos intenso.

Murmúrio vesicular: ruído inspiratório


mais intenso e duradouro que o ruído
expiratório, sem pausa.
AUSCULTA
Respiração broncovesicular:
respiração brônquica + murmúrio
vesicular. Apresenta intensidade da
inspiração igual da expiração, sem
pausa.

Paciente deve estar sentado com o


tórax totalmente descoberto. SONS ANORMAIS:
Solicite ao paciente que respire Estertores finos/crepitantes: final da
profundamente com os lábios inspiração agudo, não passa com a
entreabertos. tosse e se modifica com a posição
adotada.
SONS NORMAIS:
Estertores grossos/subcrepitantes:
inicio da inspiração e por toda a
expiração, grave; muda com a tosse e
não se modifica com a posição.

40
Roncos: sons graves, ocorrem durante Síndromes brônquicas e
toda a respiração, com predominância pleuropulmonares
na expiração.

Sibilos:
ocorre na inspiração e expiração.

AUSCULTA DA VOZ:
Presente em todo o
tórax, exceto nas áreas
do coração e fígado.
Mais intensa nas regiões
Ressonância interescapulovertebrais e
vocal normal esternal supeior.

Mais forte em homens.

Espessamento pleural;

Derrame pleural;

Ressonância Atelectasia por oclusão


vocal diminuída brônquica;
Pneumotórax;

Enfisema pulmonar.

Pneumonia;

Ressonância Infarto pulmonar;


vocal aumentada
Neoplasia pulmonar

Parte superior dos


derrames pleurais e
Egofonia áreas de condesação
ou cavidades.

41
Exame Físico do Abdome
Introdução todo o hemitórax direito de cima
para baixo até encontar som
Reconhecer os pontos de referência maciço. Em condições normais, no 5º
anatômicos, a divisão do abdome em ou 6º EICD. O limite inferior é dado
quadrantes e a projeção de cada órgão pela palpação. Normalmente, 1cm
dessa cavidade são essenciais para o da reborda costal.
estudo da propedêutica abdominal.
1. Baço: normalmente, o baço não é
PONTOS DE REFERENCIA: percutível, pois se localiza em uma
área timpânica (espaço de traube),
Rebordas costais
também não palpável, exceto em
Ângulo de Charpy esplenomegalias, etc.

Cicatriz umbilical Inspeção

Cristas e espinhas ilíacas anteriores Inspecao estatica:


Ligamento inguinal ou de Poupart
Alterações na pele
Sínfise púbica
o Sinal de Cullen (equimose
REGIOES DO ABDOME periumbilical)

o Sinal de Gray Turner (equimose


nos flancos)

o Sinal de Fox (equimose na região


pubiana)

Indicam hemorragia retroperitoneal.


Sugestivo de pancreatite aguda ou
gravidez ectópica hemorrágica.

Circulação colateral

Distribuição de pêlos

PROJECAO DOS ORGAOS NAS PAREDES Forma e simetria do abdome


TORACICAS E ABDOMINAL
1. Fígado: seu limite superior é Cicatrizes
delimitado por percussão, desde o Flanco direito: colecistectomia

42
o Flanco esquerdo: colectomia

o Fossa I.D.: apendicectomia,


herniorrafia

o Fossa I.E.: herniorrafia

o Hipogástrio: histerectomia

o Linha media: laparotomia

o Região lombar: nefrectomia

o Linha vertebral: laminectomia o Em ventre de batráquio

o Pendular ou ptótico
Abaulamentos e depressões

o Sinal da irmã Maria José: nódulo


palpável na região da cicatriz
umbilical, resultado de uma
metástase de câncer maligno no
abdome.

Movimentos

o Movimentos respiratórios o Em avental


o Peristalse visível ondas
peristálticas de Kussmaul (indica
estenose pilórica ou obstrução
intestinal)

Forma e Volume do Abdome:

o Atípico ou normal
o Escavado
o Globoso ou protuberante

43
Ausculta

Sempre fazer primeiro que a


palpação e percussão.

Avalias presença de sopros arteriais e


ruídos hidroaéreos.

Sempre avaliar em todos os quadrantes,


em ordem.

Normal: de 5 a 35 borborigmos por


minuto.
Inspecao dinamica
Ausente: íleo paralitico
Manobra de Valsalva: aumenta a
pressão intra-abdominal, e pode ajudar
no diagnostico de hérnias, protusões e
etc.

Manobra de Smith-Bates: pede-se ao Palpação


paciente levantar os MMII para contrair
É realizada com o paciente em
a musculatura abdominal. Se a massa
decúbito dorsal, usando a técnica da
desaparecer, ela está abaixo da
mão espalmada.
parede abdominal. E se estiver
palpável, é porque pertence à parede EM HIPÓTESE ALGUMA comece a
abdominal. palpação pelo lado da dor. Sempre
pergunte antes ao paciente o local da
dor, e realize a palpação pelo outro
lado, deixando o local por ultimo.

De acordo com as condições, há outras


técnicas palpatórias diferentes.

Palpacao superficial

44
Palpacao profunda

Investigam-se a sensibilidade, resistência


da parede, a continuidade da parede
abdominal, as pulsações e reflexo
cutâneo-abdominal. Investiga-se massas palpáveis,
tumorações, e os órgãos.
Pontos dolorosos:
Órgãos e massas palpáveis, devem ser
caracterizados quanto à:

o Localização

o Forma

o Volume

o Sensibilidade

o Consistência

o Mobilidade

o Pulsatilidade

Palpação do fígado

Manobra de Lemos Torres:


Mão esquerda cima da loja renal
direita, forçando-a para cima;

Mão direita movimenta-se tentando


palpar o fígado, acompanhando a
respiração do paciente.

45
Delimitar Espaço de Traube

o Palpável: esplenomegalias

Manobra de Mathieu:
Examinador voltado para os pés do
paciente;
Palpação da Vesícula biliar
Mãos em garra, coordenando a
movimentação com a respiração do
Ponto cistico: palpar com os dedos
paciente. indicador e médio a intersecção da borda
lateral do musculo reto do abdome direito
o EXPIRAÇÃO: prepara! com o rebordo costal direito.

o INSPIRAÇÃO: movimenta!

Manobra da Arranhadura:
Coloca-se o estetoscópio na região
epigástrica e realiza-se movimentos lineares
horizontais em sentido ínfero-superior em
hemiabdome direito com objeto de ponta
romba.

Hepatimetria:
Limite superior: 4º ou 5º EICD (percussão
maciça)

Limite inferior: palpação Sinal de Murphy: médico faz pressão


sobre o ponto cístico do paciente durante
o Normal: 6-12cm
a INSPIRAÇÃO. Positivo quando o paciente
o Hepatomegalia >12 interrompe a inspiração devido a dor.

Palpação do baço Sinal de Courvoisier Terrier : a


vesícula encontra-se dilatada, palpável e
Manobra de Mathieu não dolorosa. Indica câncer na cabeça
Posição de Schuster

46
do pâncreas, quando associado à Pesquisa do vascolejo: Pode ser efetuada
icterícia. de duas maneiras:

Prende-se o estômago com a mão


Manobras especiais:
direita, movimentando-o de um lado
Manobra do Rechaço: Com a palma da para o outro, ao mesmo tempo que
se procura ouvir ruídos hidroaéreos
mão comprime-se com certa firmeza a
nele originados..
parede abdominal, e com a face ventral
dos dedos e polpas digitais provoca-se um Repousa-se a mão sobre a região
impulso rápido na parede, retornando-se epigástrica e executam-se rápidos
os dedos à posição inicial sem afrouxar a movimentos compressivos com a face
compressão da parede abdominal. Existe ventral dos dedos e as polpas
rechaço quando, imediatamente após a digitais, tendo-se o cuidado de não
impulsão, percebe-se um choque na mão deslocar a palma da mão. Quando
que provocou o impulso. Isso traduz a se ouvem ruídos de líquidos
presença de órgão ou tumor sólido sacolejando, diz que há vascolejo.
flutuando em um meio líquido, representado Esta manobra costuma-se ser
por ascite. chamada de patinhação.

Manobras para apendicite

PONTO DE MCBURNEY: traçar uma


linha entre a espinha ilíaca
anterossuperior e a cicatriz umbilical, e
dividir partes. O ponto é o encontro
entre o terço distal e médio.

Manobra da descompressão súbita:


Comprime-se vagarosamente e
progressivamente um determinado local do
abdome que durante a palpação geral
mostrou-se dolorido. Durante a execução
da manobra, o examinador vai indagando
e observando as reações do paciente. Diz-
se que é positiva se a dor apresentar Sinal de Blumberg: Dor à
nítida exacerbação no momento em eu se descompressão súbita no ponto de
faz a descompressão. McBurney.

47
Sinal de Rovsing: compressão FIE e DETERMINACAO DO LIMITE SUPERIOR DO
realizar deslocamento compressivo até FIGADO
a FID.
Percute-se o hemitórax direito ao nível da
Sinal de Lenander: Temperatura retal linha hemiclavicular direita desde sua
maior que a temperatura axilar em mais origem na clavícula até o 4º ou 5º espaço
de 1º C. intercostal; De início, obtém-se som claro
pulmonar. A seguir, em condições normais,
Sinal de Dunphy: Dor na FID que piora na altura do 5º ou 6º espaço intercostal,
com a tosse. observa-se som submaciço. Esse ponto
corresponde ao limite superior do fígado
Sinal de Lapinsky: Dor à compressão
da FID enquanto se eleva o membro Sinal de Jobert: desaparecimento
inferior direito esticado. Presente no da macicez hepática, dando lugar
apêndice retrocecal. ao timpanismo decorrente de
pneumoperitônio que tem como
Sinal de Aaron: Dor epigástrica referida
causa frequente a perfuração do
à palpação do ponto de McBurney.
tubo gastrintestinal.
Sinal do Iliopsoas: Dor à extensão e
abdução da coxa direita com o
paciente em decúbito lateral esquerdo.
Presente no apêndice retrocecal.

Sinal do Obturador: Dor hipogástrica à


flexão e rotação interna do quadril.
Presente no apêndice pélvico.

Percussão

A posição fundamental do paciente é o PESQUISA DE ASCITE


decúbito dorsal. Contudo, outras posições
são necessárias na pesquisa de ascite. Piparote (grande volume): paciente
Podem ser encontradas os seguintes tipos adota o decúbito dorsal e ele próprio
de sons no abdome: coloca a borda cubital da mão sobre
do abdome, exercendo uma ligeira
Timpânico: normal; pressão de modo a impedir a
transmissão pela parede abdominal do
Hipertimpanismo: obstrução intestinal,
impacto provocado pelo piparote. O
meteorismo, pneumotórax;
examinador repousa a mão esquerda
Submacicez no flanco do outro lado. Passa-se então
a golpear com o indicador a face
Macicez: ascites, massas, etc. lateral do hemiabdome direito. Se
houver líquido em quantidade suficiente
na cavidade peritoneal, a mão
esquerda apta os choques das ondas

48
líquidas desencadeadas pelos
piparotes.

Bexigoma concavidade para baixo

Ascite concavidade para cima.


Macicez móvel (médio vol.): Coloca-
se o paciente em decúbito lateral
direito e percute-se todo o abdome;
havendo ascite, encontra-se timpanismo
no flanco esquerdo e macicez no flanco
direito. A seguir, paciente adota o outro
decúbito lateral, percutindo-se de novo
todo o abdome.

Semicírculos de Skoda (médio vol.):


Percute-se o abdome a partir do
epigástrio, radialmente em direção aos
limites do abdome. Observa-se a
transição entre o som timpânico para o
som submaciço e, posteriormente para
maciço, no sentido craniocaudal. A
junção de pontos de transição formam
semicírculos

49
Exame do Sistema Nervoso
Anamnese do SN Distúrbios de memória e mental

A abordagem da anamnese começa ao Estado de consciência alterado com ou


lado do paciente, interpretando o sem convulsões
problema clinico em termos anatômicos e
Cefaleia, enxaqueca
depois, fisiopatológicos.
Distúrbios visuais
Questoes em caso de lesao:
Distúrbios auditivos
Em que nível esta localizada a lesão?
Tonturas
Qual é o tipo de lesão?
Incerteza ao caminhar, imprecisão
Apresenta defeito de massa ou não?
Distúrbios da fala e deglutição
Qual é o caráter da lesão?
Perda de força
Qual é a origem da lesão?
Movimentos involuntários
Qual sistema está comprometido?
Sensação de perda de sensibilidade ou
Questoes em caso de apresentacao de diferença de sensibilidade
sintomas:
Dor irradiada nos membros
Quando o sintoma começou?
Comprometimento da função vesical.
Como o sintoma iniciou (agudamente,
gradualmente)?

O que o paciente estava fazendo Exame físico do SN


quando o sintoma iniciou (emoção,
exaustão, sono, etc.)? Pescoco e coluna cervical
Como os sintomas progrediram com o Do ponto de vista neurológico, incluem-se
tempo (constante, piora lenta ou os seguintes exames:
rápida, intermitente)? Carótidas: palpação e ausculta de
Quais circunstâncias afetam o sintoma ambas as carótidas,
(postura, tosse, espirros, deitar-se, luzes, separadamente, comparando-se a
flashes, etc.)? amplitude e averiguando se há
sopro e/ou frêmito tem como
Sintomas do Sistema Nervoso objetivo, surpreender a existência

Apatia, astenia, adinamia

50
de estenose ou oclusão da artéria Positiva: quando o paciente flete os
AVE. membros inferiores e expressão
fisionômica de dor.
Região Supraclavicular: o exame
dessa região tem o mesmo objetivo
das carótidas, pois é o ponto em
que a artéria vertebral tem origem
na subclávia.

Limitação dos Movimentos: pede-


se ao paciente que realize
movimentos de extensão, flexão,
rotação e lateralização da cabeça
dificuldade ou limitação Transição Craniovertebral: deve-se
doenças osteoarticulares musculares,
meningites, radiculopatias e deformidades ósseas.
hemorragia subaracnóidea.
Coluna lombossacra
Rigidez da nuca: o examinador
coloca uma das mãos na região São avaliados os seguintes parâmetros:
occipital do paciente em decúbito
Limitação Dos Movimentos: solicita-se
dorsal, e suavemente, tenta fletir a
ao paciente que execute movimentos
cabeça dele.
de flexão, extensão, rotação e
Se for fácil e amplo: não há lateralização da coluna, e observa-se
rigidez nucal. se há limitação ou dificuldade desses
movimentos e em que grau..
Caso contrário: rigidez nucal
meningite e hemorragia
subaracnóidea.

Provas de estiramento da raiz nervosa:

PROVA DE LASEGUE: com o paciente em


decúbito dorsal e os MMII estendidos, o
examinador faz a elevação de um membro
inferior estendido.
Prova de Brudzinski: o examinador
repousa uma das mãos sobre o tórax do Positiva: quando o paciente reclama
paciente em decúbito dorsal, e com a de dor na face posterior do membro
outra, colocada na região occipital, examinado logo no inicio da prova
executa uma flexão forçada da cabeça. (30° de elevação).

51
Prova de Kernig: consiste na extensão
da perna, estando a coxa fletia em ângulo
SINAL DE NAFFZINGER: a manobra se dá
pela compressão das veias jugulares por
reto sobre a bacia e a perna sobre a
10 segundos; logo após, pede-se para
coxa.
que o paciente force uma tosse, quando o
Positiva: quando o paciente sente dor rosto ruborizado.
ao longo do trajeto do nervo ciático e
Positiva: quando aparece dor na
tenta impedir o movimento.
região lombar causada pela tosse
aumento da pressão intratecal.
Outra prova de Kernig: eleva-se os MMII
ao mesmo tempo.

Positiva: desencadeia dor e flexão


nos joelhos

Essas provas são utilizadas para


diagnóstico de:

MANOBRA DE BRAGARD: com o paciente Meningite


em decúbito dorsal, o examinador faz
Hemorragia subaracnóidea
elevação passiva da coxa sobre a bacia;
em seguida, faz flexão dorsal do pé do Radiculopatia ciática
membro examinado.
Lombalgia.
Positiva: quando há dor na face
posterior da coxa e resistência ao
movimento

52
Marcha ou Equilíbrio Dinâmico
Introdução MARCHA ANSERINA OU DE PATO
Observando-se a maneira pela qual o Ao andar, o paciente acentua a
paciente de locomove, é possível, em lordose lombar e vai inclinando o tronco
algumas afecções neurológicas, suspeitar- ora para a direita, ora para a
se ou fazer-se o diagnostico sindrômico. esquerda, alternadamente, lembrando o
andar de um pato
A todo e qualquer distúrbio da
marcha dá-se o nome de DISBASIA, a Encontrada em doenças musculares e
qual pode ser uni ou bilateral. traduz uma diminuição da força dos
músculos pélvicos e das coxas.
Marcha helicopode, ceifante ou
hemiplegica
Ao andar, o paciente mantém o
membro superior fletido em 90º com
cotovelo e adução, e a mão fechada
em leve pronação.

O membro inferior do mesmo lado é


espástico, e o joelho não flexiona.
Marcha parkinsoniana
O doente anda como um bloco,
Devido a isso, a perna tem que se
enrijecido, sem o movimento automático
arrastar pelo chão, descrevendo um
dos braços.
semicírculo quando o paciente troca o
passo lembra o movimento de uma A cabeça permanece inclinada para a
frente e os passos são miúdos e rápidos,
foice em ação.
dando a impressão de que o doente
Aparece em pacientes que apresentam
Hemiplegia AVE.

Ocorre nos portadores da doença de


Parkinson.

53
Indica perda de sensibilidade
proprioceptiva por Lesão Do Cordão
Posterior Da Medula.

Marcha cerebelar ou marcha do


ebrio Marcha de pequenos passos
Ao andar, o doente ziguezagueia como Caracterizada pelo fato de o paciente
um bêbado. dar passos muito curtos e, ao caminhar,
Traduz incoordenação de movimentos em arrasta os pés como se estivesse
decorrência de Lesões Do Cerebelo.
Aparece na Paralisia Pseudobulbar e na
Atrofia Cortical da Senilidade.

Marcha tabetica Marcha vestibular


Para se locomover, o paciente mantém Ao caminhar, o paciente apresenta
o olhar fixo no chão. lateropulsão como se estivesse sendo
empurrado para o lado quando tenta
Os MMII são levantados de forma se mover em linha reta.
abrupta e explosivamente e, ao serem
recolocados no chão, os calcanhares Se colocado em ambiente amplo e
tocam o solo pesadamente. solicitado a ir de frente e voltar de
costas com os olhos fechados,
Com os olhos fechados, a marcha piora descreverá uma figura semelhante a
acentuadamente, ou se torna impossível. uma estrela pode ser chamada
também de marcha em estrela.

54
Acomete pacientes com lesão vestibular
(labirinto).

Marcha espastica ou em tesoura


Marcha escarvante Ao andar, os dois MMII enrijecidos e
espásticos permanecem semifletidos, os
Ao caminhar, o paciente tenta tocar a
pés se arrastam, e as pernas se cruzam
ponta do pé ao solo e tropeça.
uma na frente da outra, quando o
Para evitar isso, levanta paciente tenta caminhar.
acentuadamente o membro inferior
O movimento das pernas lembra uma
tesoura em funcionamento
soldados prussianos.
Frequente em formas espásticas da
Acomete pacientes com paralisia do
Paralisia Cerebral.
movimento de flexão dorsal do pé.

Marcha claudicante

um dos lados.

Ocorre na Insuficiência Arterial Periférica e


em lesões do Aparelho Locomotor.

55
Equilíbrio Estático
Após o estudo da marcha, faz-se a
seguinte manobra:

Prova de Romberg

Solicita-se que o paciente continue na


posição vertical, com os pés juntos,
olhando para frente. Nesta postura, deve
permanecer por alguns segundos, Em
seguida, ordena-se a ele que feche as
pálpebras.

Negativa: no individuo livre de


qualquer acometimento nada se
observa, ou apenas ligeiras oscilações
do corpo são notadas.

Positiva: na vigência de alterações Motricidade


neurológicas, ao cerrar as pálpebras,
o paciente apresenta oscilações no
corpo, com desequilíbrio e forte Voluntaria
tendência à queda.

Para qualquer lado após É estudada por meio de duas técnicas,


cerrar as pálpebras: Lesão uma para a análise da motricidade
das vias de sensibilidade espontânea e a outra para a avaliação
de proprioceptiva da força muscular.
consciente.
Motricidade espontânea
Sempre para o mesmo lado:
Solicita-se ao paciente que execute uma
lesão do aparelho
série de movimentos, especialmente dos
vestibular.
membros, tais como:

Abrir e fechar a mão;

Estender e fletir o antebraço;

Abduzir e elevar o braço;

Fletir a coxa;

Fletir e estender a perna e o pé.

56
Durante a execução desses movimentos,
observa-se se eles estão sendo realizados
em toda a sua amplitude. Não sendo,
cumpre avaliar o grau e a sede da
limitação;

Redução ou abolição dos movimentos:


lesão dos neurônios motores e/ou suas vias:
sistema piramidal, colunas ventrais da Mingazzini para os MMII:
medula e nervos).
Em decúbito dorsal, o examinador levanta
os dois MMII do paciente, fletindo as

Força Muscular pernas para formar 90° com a coxa e esta


também fletida em 90° com a articulação
do quadril.
São realizados os mesmos movimentos
referidos no exame de motricidade
espontânea, só que com oposição
aplicada pelo examinador.

Barre:
Paciente em decúbito ventral deverá
manter as pernas fletidas sobre as coxas,
formando um ângulo maior que 90º em
Em caso de discreta ou deficiência motora relação às coxas. Pode-se observar
dos membros, realizam-se as PROVAS oscilações e queda.
DEFICITÁRIAS (contra a gravidade):

Bracos estendidos ou Mingazzini para


os MMSS:
O paciente deve manter os membros nessa
posição (figura) por no mínimo 1 minuto

Anota-se uma graduação e a sede do


movimento. Pode ser escrito literalmente,
percentualmente ou com o grau das forças.

57
Percentual Grau Interpretação

100% V Normal

75% IV Mov.
Completo
contra a
força da
gravidade e
contra a
resistência
aplicada
pelo
examinador

50% III Mov contra a


força da
gravidade

25% II Mov.
Completo sem
a força da
gravidade

10% I Discreta
contração
muscular

0% 0 Nenhum
movimento

58
Escala de coma de Glasgow
Parâmetros Resposta obtida Pontuação

Espontânea 4

Abertura ocular Ao estimulo sonoro 3

Ao estimulo doloroso 2
Nenhuma 1

Orientada 5

Resposta verbal Confusa 4

Palavras inapropriadas 3

Vocaliza sons 2
Nenhuma 1

Obedece a comandos 6

Localiza o estimulo 5

Movimento de retirada 4

Resposta motora Flexão anormal 3


Extensão anormal 2
Nenhuma
1

Trauma leve Trauma moderado Trauma grave

13-15 pontos 9-12 pontos 3-8 pontos

Reatividade pupilar

Inexistente Unilateral Bilateral

-2 -1 0

59
Tônus Muscular
Tônus é o estado de tensão constante a
que estão submetidos os músculos, tanto em
repouso como em movimento.

Técnica:

1. Inspeção: verifica-se a existência de


achatamento das massas musculares
de encontro ao plano do leito;

2. Palpação: averigua o grau de


consistência muscular. Aumentada
nas lesões centrais e diminuída nas
periféricas. Balanco Passivo
3. Movimentos passivos: imprimem-se O examinador segura e balança o
antebraço do paciente, observando se a
movimentos naturais de flexão e
mão movimenta normalmente. Pode ser feito
extensão dos membros e observam-
também nos MMII.
se PASSIVIDADE e EXTENSIBILIDADE.
Exagerada: Hipotonia
Manobra Punho-Ombro:
Diminuída: Hipertonia
O examinador faz uma flexão passiva do
braço do paciente e avalia se é possível Hipotonia Hipertonia
encostar seu punho no ombro.
Exame Achatamento Sem
Achatamento

Palpação Consistência Consistência


Diminuída Aumentada

Passividade Aumentada Diminuída

Extensibilidad Aumentada Diminuída


e

Balanço Exageradas Reduzidas


Oscilações Oscilações
Manobra Calcanhar-Nádega

O examinador tenta encostar o calcanhar


na nádega do paciente, com ele em
decúbito dorsal.

60
Cerebelo, Coma, Vias Motoras
Profundo, Vias Piramidal e
De Sensibilidade Extrapiramidal
Proprioceptiva
Consciente,
Nervos, Pontas
Anteriores Da
Medula,
Encefalopatia
Tipo De Lesão

Hipertonia Piramidal Extrapiramidal SINAL DA RODA DENTADA:


Denominada Espasticidade Rigidez O sinal em roda dentada é uma indicação
clínica clássica da síndrome de Parkinson.
Característica Eletiva e Não eletiva e
Se caracteriza pela alternância entre os
elástica plástica
movimentos de contração e relaxamento
Sinal Canivete Roda dentada da musculatura de controle da cabeça

Hemiplegia, Parkinsonismo,
diplegia degeneração
cerebral, hepatolenticular
infantil,
mielopatia
Lesão compressiva

SINAL DO CANIVETE:
O sinal do canivete é um sinal clínico
investigado em pacientes neurológicos, que
se caracteriza por uma resistência inicial no
movimento de estender o antebraço sobre
Coordenação
o braço, seguida por uma diminuição
dessa resistência conforme o ângulo-arco
do movimento aumenta - tal qual um
Motora
canivete se abrindo.
O exame da coordenação motora analisa
o funcionamento de dois setores do sistema
nervoso: o cerebelo (centro coordenador)
e a sensibilidade proprioceptiva.

A perda de coordenação é
denominada ataxia e pode ser
cerebelar, sensorial e mista.

61
Nas lesões da sensibilidade Prova calcanhar-joelho
proprioceptiva, o paciente utiliza a
visão para fiscalizar os movimentos Em decúbito dorsal, o paciente é solicitado
incoordenados, fato que não ocorre a tocar o joelho oposto com o calcanhar
nas lesões cerebelares. do membro examinado. Repete-se a prova
algumas vezes: primeiro com os olhos
O exame pode ser feito através das abertos e depois fechados. Pode ser
seguintes provas: sensibilizada mediante o deslizamento do
calcanhar pela crista tibial após tocar o
Prova dedo-nariz
joelho.
Em pé ou sentado, com o membro superior
estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o
indicador. Repete-se a prova algumas
vezes: primeiro com os olhos abertos e
depois, fechados.

Prova dos movimentos alternados

Determina-se ao paciente que realize


movimentos rápidos e alternados, tais como
abrir e fechar a mão, movimento de
supinação e pronação, extensão e flexão
Prova dedo-nariz-dedo
dos pés.
Consiste em solicitar ao paciente tocar seu
dedo indicador na ponta de seu nariz e
depois no dedo do examinador em
posições diferentes.

Resultado: anota-se sede e o grau de


ataxia.

Diadococinesia: os movimentos
realizados.

Eudiadococinesia: capacidade de
realizar os movimentos.

62
Disdiadococinesia: dificuldade de
realizar os movimentos.

Adiadococinesia: incapacidade de
realizar os movimentos.

Reflexos Reflexo cutaneo-abdominal


Paciente em decúbito dorsal, com a
parede abdominal em completo
Trata-se de uma resposta do organismo a
relaxamento, o examinador estimula o
um estimulo de qualquer natureza. A
abdome no sentido da linha mediana em
reação pode ser motora ou secretora,
três níveis: superior, médio e inferior.
dependendo da modalidade do estimulo e
do órgão estimulado. Resposta normal: contração dos
músculos abdominais que determina um
leve deslocamento da cicatriz umbilical
Reflexos exteroceptivos ou superficiais para o lado estimulado.

O estimulo é feito na pele ou na mucosa Resposta anormal: abolidos (lesão da


externa, por meio de um estilete rombo. via piramidal, obesidade, pessoas
idosas, multíparas).
Reflexo cutaneo-plantar
Paciente em decúbito dorsal, com os MMII
estendidos, o examinador estimula
superficialmente a região plantar, próximo à
borda lateral e no sentido póstero-anterior,
fazendo um leve semicírculo na parte mais
anterior.

Resposta normal: flexão dos dedos.

Resposta anormal: SINAL DE


BABINSKI (extensão do hálux, os Reflexo cremasterico
demais podem não apresentar Se estimula com uma espátula a raiz interna
abertura em forma de leque); esse da coxa e observa-se a elevação do
sinal indica lesão da via piramidal testículo.
ou corticoespinal.

63
Reflexos Proprioceptivos, Profundos, Reflexo patelar
Musculares Ou Miotáticos

O estimulo é feito pela percussão - com o


martelo de reflexos do tendão do musculo
que será examinado. Os reflexos podem
estar: normais, abolidos, vivos ou exaltados,
as alterações podem ser simétricas ou não.

Arreflexia ou Hiporreflexia: lesões que


interrompem o arco reflexo:
Reflexo flexor dos dedos
o Poliomielite, polineuropatia
periférica, miopatia.

Hiper-reflexia: lesões da via piramidal:

o AVE, neoplasia, traumatismo.

São investigados os reflexos aquileu,


patelar, flexor dos dedos, supinador,
pronador, bicipital e tricipital.

Reflexo supinador

Reflexo aquileu

64
Reflexo pronador

Reflexo bicipital
Reflexo tricipital

65
Sensibilidade
Os estímulos que atuam sobre os órgãos
receptores da superfície corporal ou na
profundidade do corpo, são conduzidos
por sistemas especiais até o sistema
nervoso central.

O estudo semiológico da sensibilidade,


diz respeito aos receptores, às vias
condutoras e aos centros localizados no
encéfalo.

O exame da sensibilidade tem por


objetivo identificar a existência de áreas
de redução, abolição, perversão ou Sensibilidade profunda
aumento da sensibilidade.
Sensibilidade vibratória (PALESTESIA):
pesquisada com diapasão, colocando-o
Sensibilidade superficial em saliências ósseas.

Tátil utiliza-se um pedaço de algodão


ou pincel macio, os quais são roçados de
leve em várias partes do corpo.

Térmica requer 2 tubos de ensaio, um


com agua gelada e outro com agua
quente, com os quais, se tocam em
diferentes pontos do corpo, alternando-
se os tubos.

Dolorosa pesquisada com estilete


rombo, capaz de provocar dor sem ferir
o paciente.
Sensibilidade à pressão (BARESTESIA):
mediante a compressão digital ou manual
Iniciar em luva e em bota de qualquer parte do corpo,
Olhos do paciente fechados
especialmente de massas musculares.
perguntar se
sentiu algo se sentiu algo sem tocar Sensibilidade Cinético-Postural ou
com o algodão. Artrocinética (BATIESTESIA): descola-se
suavemente qualquer segmento do corpo
em varias direções. Em dado momento,
fixa-se o segmento em uma determinada

66
posição, que deverá ser reconhecida
pelo paciente.

Sensibilidade dolorosa profunda:


avaliada mediante compressão moderada
de massas musculares e tendões, o que
normalmente não desperta dor. Se o
paciente acusar dor, é sinal de que há
neurites e miosites.

67
Nervos cranianos
não está sendo avaliada) e trocar de
substância de uma narina para a outra.

Alterações:

Hiposmia = diminuição do olfato;

Anosmia = ausência do olfato;

Parosmia = perversão do olfato;

Cacosmia = sensação olfatória


desagradável na ausência de qualquer
substância capaz de originar odor;

Alucinações olfatórias.

Nervo óptico

O nervo óptico é analisado da seguinte


maneira:

Acuidade visual
Pede-se ao paciente que diga o que vê na
sala de exame, ou leia alguma coisa.
Examina-se cada olho separadamente.
Pode-se também utilizar a tabela de Snellen,
que deve estar a uma distância de 3-6
metros do paciente.

Alterações:
Nervo Olfatório
Ambliopia = diminuição da acuidade
No exame da olfação, empregam-se
visual;
substâncias com odores conhecidos como
café, canela, cravo, dentre outros. Amaurose = abolição da acuidade visual.
Manobra: de olhos fechados, o paciente
deve reconhecer o aroma que o examinador Campo visual:
colocar diante de cada narina. Fazer uma
narina de cada vez (comprimindo a que Os campos visuais são testados em
comparação ao campo do examinador. O

68
paciente deve ficar sentado e o examinador III. Oculomotor = reto medial, reto superior,
posicionado bem na sua frente, mantendo os reto inferior e obliquo inferior; responsável
olhos na altura dos olhos do paciente, que também pela elevação da pálpebra.
deve fixar seus olhos na direção dos olhos
do examinador e ocluir um dos olhos. O IV. Troclear = obliquo superior.
examinador, então, posiciona a sua mão em
VI. Abducente = reto lateral
um campo situado bem no meio do caminho
entre si próprio e o paciente, e verifica se
ele consegue enxergar sua mão, dizer Motilidade extrinseca
quantos dedos estão apresentados e definir
Manobra: o exame é feito em cada olho
se estão parados ou em movimento.
separadamente, e logo após, nos dois
Alterações: simultaneamente. Paciente com a cabeça
imóvel, o examinador solicita que ele olhe e
acompanhe a ponta de seu dedo, no qual
deslocará no sentido horizontal e vertical
(fazer um H). no exame simultâneo,
acrescenta-se a prova de convergência
ocular, que se faz aproximando
gradativamente o objeto dos olhos do
paciente.

Fundoscopia Alterações:

Não é avaliada no exame físico. O Estrabismo = desvio do olho em seu eixo


examinador necessita de um oftalmoscópio, normal,
assim o fundo do olho se torna perfeitamente
visível. Diplopia = visão dupla

1- Nervo oculomotor
Motilidade intrinseca
2- Nervo troclear
Manobra: a pupila é examinada por um
6 - Nervo abducente feixe de luz e pela convergência ocular.

Examinador juntos, são responsáveis pela Em ambiente de pouca luminosidade, o


motilidade do globo ocular. paciente deve fixar o olhar em um ponto
distante, e o examinador, então, incide o
feixe de luz em uma pupila e observa sua

69
contração, e depois insere o feixe em outra Manter a boca fechada contra a
pupila e observa a resposta dos dois lados. resistência;

Reflexo motor direto = contração da Morder uma espátula.


pupila na qual se fez o estimulo;
Raiz sensorial:
Reflexo motor consensual = contração
da pupila oposta; Manobra:

Reflexo de acomodação = pupilas Avaliação da sensibilidade tátil, térmica


contraem normalmente quando um e dolorosa;
objeto é aproximado.
Sensibilidade coreana feita com uma
mecha de algodão que toca suavemente
a esclera e a córnea, esperando a
contração do orbicular das pálpebras.

Nervo Facial

Nervo motor dividido em dois ramos


(temporofacial e cervicofacial) dos quais
inervam a musculatura de mimica facial.

Manobras:

Movimentos mímicos para a avaliação do


nervo facial.

Nervo Trigêmeo

Alterações:

Lagoftalmia = olho permanece sempre


aberto;
Nervo misto, constituído de várias raízes:
Epífora = lacrimejamento;
Raiz motora: Desvio da boca para o lado sadio;
Manobra:
Prosopoplegia = paralisia da face;
Abertura e fechamento da boca;

70
Diplegia Facial = paralisia bilateral da
face;

Paralisia Facial Central = acomete


somente a metade inferior da face
contralateral;

Paralisia Facial Periférica = paralisia de


toda a hemiface homolateral.
Prova de Webber:

Nervo Vestibulocolear
Alterações:
Possui duas raízes: raiz coclear (audição) e
raiz vestibular (equilíbrio). Hipoacusia = baixa percepção do som;

Raiz coclear Hiperacusia = alta percepção do som;


Manobra: Zumbido;

Diminuição gradativa da intensidade da Alucinações;


voz natural;

Voz cochichada;
Raiz Vestibular
Atrito suave das polpas digitais próximo
ao ouvido; O acometimento da raiz vestibular é
reconhecível pela anamnese quando as
Prova de Rinne diapasão na região queixas são o estado vertiginoso, náuseas,
mastoide. Quando o paciente deixa de vômitos e desequilíbrio.
sentir a vibração, coloca-se o aparelho
Compreende-se o reconhecimento do
próximo ao conduto auditivo.
NISTAGMO, desvio lateralizado durante a
Rinne positivo = paciente acusa a marcha, desvio postural e SINAL DE
percepção do som; ROMBERG.

Rinne negativo = transmissão óssea é


mais prolongada que a auditiva
(deficiência auditiva de condução) Nervo Glossofaríngeo

71
Nervo Vago superior do trapézio, podendo sua lesão ser
caudada por traumatismo, ELA ou
Estes nervos são examinados em conjunto. A siringomielia, que ocasiona atrofia desses
lesão unilateral do glossofaríngeo pode músculos, deficiência na elevação do ombro
exteriorizar-se por distúrbios da gustação e e na rotação da cabeça para o lado
do terço posterior da língua. (hipogeusia e oposto do musculo comprometido.
ageusia).

Na lesão unilateral do IX e X nervos,


observa-se:

Desvio do véu palatino para o lado


normal, quando o paciente pronuncia as

Sinal da cortina = desvio da parede


posterior da faringe para o lado normal;

Diminuição ou abolição do reflexo


velopalatino.

Nervo Hipoglosso

É exclusivamente motor, e sua avaliação é


feita pela inspeção da língua, que deve ser
movimentada para todos os lados, e por fim,
palpada para avaliação de sua
consistência.

As causas mais frequentes de lesão nesses


nervos são: neuropatia diftérica, neoplasia
do mediastino, esclerose lateral amiotrófica,
siringobulbia e traumatismo.

XI nervo acessório

Nervo essencialmente motor que inerva os


músculos esternocleidomastóideo e a porção

72
Exame do Sistema Endócrino
Inspecao dinamica
Exame da tireoide Com o paciente sentado ou em pé, deve ser
O exame da glândula tireoide é feito em solicitado para que o mesmo hiperflexione a
conjunto ao exame do pescoço ao todo. cabeça e engula água. Com isso, observa-
Vale lembrar que no exame, são inclusos se:
apenas a inspeção, palpação e a ausculta.
Forma e volume

Simetria

Contorno

Tamanho

Mobilidade

Distância da traqueia (atelectasia)

Palpacao
Inspecao Usam-se duas manobras para a palpação
da tireoide:
Deve-se saber a localização exata da
Tireoide: Abordagem posterior

Logo abaixo da cartilagem tireóidea Paciente sentado e examinador de pé atrás


(pomo de adão) e à 2 dedos acima da dele. As mãos e os dedos rodeiam o
fúrcula esternal. pescoço com os polegares fixos na nuca, e
as pontas dos indicadores médios quase a
Inspecao estatica: se tocarem na linha média. O lobo direito é
Com o paciente sentado ou em pé, devem palpado pelos dedos médio e indicador da
ser avaliados os seguintes achados: mão direita; para o lobo esquerdo, usam-se
os dedos médio e indicador da mão
Pele e distribuição de pêlos esquerda.

Musculatura

Presença ou não de linfonodos


hipertrofiados

Forma e volume

Mobilidade (pedir para engolir água)

73
Abordagem anterior Observações:

Paciente sentado ou em pé, e o examinador Pessoas normais podem apresentar


também sentado ou em pé, postado à sua tireoide palpável ou impalpável;
frente. São os dedos indicadores e médios
que palpam a glândula, enquanto os Quando palpável, é lisa, elástica, móvel,
polegares se repousam sobre o tórax do indolor, com a temperatura da pele
paciente. O lobo direito é palpado pelos normal e ausência de frêmito.
dedos médio e indicador da mão esquerda, As alterações a serem encontradas, são,
e o lobo esquerdo é palpado pelos dedos por exemplo: bócio e anomalias do
médio e indicador da mão direita. pescoço.

Toda tireoide AUMENTADA deve ser


AUSCULTADA.

Durante o exame, deve ser pedido ao


paciente que flexione a cabeça para o
lado do lobo que o examinador deseja
palpar, isso relaxa o musculo
esternocleidomastóideo, facilitando a
palpação da tireoide; Hipertireoidismo
Deve ser solicitado que o paciente faça Caracterizado por uma hiperfunção da
alguma deglutições enquanto se palpa a glândula tireoide em produzir os hormônios
glândula. T3 e T4, acarretando em um aumento do
metabolismo basal.
Achados:
Sintomas:
Volume: normal / aumentado (bócio) /
difuso / segmentar; Hipersensibilidade ao calor

Consistência: normal / firme / endurecida / Aumento da sudorese corporal


pétrea; Perda de peso
Mobilidade: normal / imóvel Aumento do apetite, porém o paciente
Superfície: lisa / nodular / irregular; emagrece

Temperatura da pele: normal / quente; Poliúria e Polidipsia

Sensibilidade: dolorosa / indolor; Nervosismo

Presença de frêmito ou sopro. Taquicardia

74
Irritabilidade Lentidão aos movimentos e à fala

Ansiedade Desleixo com a aparência

Insônia Bradicardia

Tremores Constipação

Choro fácil Osteoporose

Hiperexcitabilidade

Tireoidite crônica autoimune (Hashimoto)

Doença de Basedow Graves Bócio Endêmico

Doença de Plummer Cretinismo Atireótico (sem bócio)

Tireotoxicose Factícia Hipopituitarismo

Sinal de Von Graefe Edema pré-tibial

Hipotireoidismo
Exame da paratireoide
Caracterizado por uma hipofunção da
glândula tireoide em produzir os hormônios As paratireoides são quatro glândulas que
T3 e T4, acarretando em uma diminuição do ficam no pescoço, atrás da tireoide, cuja
metabolismo basal. função é controlar os níveis de cálcio no
sangue através da produção do hormônio
Sintomas:
paratireoideano ou paratormônio (PTH).
Cansaço exarcebado

Hipersensibilidade ao frio

Tendência para engordar

Dificuldade de raciocínio

Desanimo constante

75
se ocluir a artéria braquial. Para realizar
esta manobra, um manguito de medição de
pressão sanguínea é colocado ao redor do
braço e inflado até uma pressão
intermediária entre a pressão sistólica e
diastólica (Ex: Se a pressão do paciente for
120/80 mmHg deve-se inflar o manguito até
os 100 mmHg) e mantido no local de 3 a 10
minutos. Se o espasmo carpal ocorrer,
manifestado como flexão do punho e
articulações metacarpofalangeanas,
extensão das interfalanges distais e
No exame das Paratireoides, são avaliados articulações interfalangeanas proximais
os seguintes sinais: e adução do polegar e dedos, o sinal é
dito estar presente e o paciente
Sinal de chvostek
provavelmente tem hipocalcemia.
Sinal de Chvostek é um sinal médico que
consiste na presença de espasmos dos
músculos faciais em resposta à percussão do
nervo facial na região zigomática. É um dos
sinais de tetania observados na
hipocalcemia. Essa hipocalcemia pode ser
causada por um hipoparatireoidismo, comum
na tireoidectomia total ou parcial.

Espasmo podal: contração do pé ao se


colocar o manguito na panturrilha.

Exame do Pé Diabético

O Pé Diabético, uma das mais importantes e


devastadoras complicações do diabetes,
formada pela neuropatia, insuficiência
vascular periférica e trauma/infecção. Todos
Sinal de Trousseau os indivíduos diabéticos devem receber
avaliações dos pés, começando ao
O sinal de Trousseau pode ser observado diagnóstico no diabetes tipo 2 e cinco anos
em pacientes com hipocalcemia, quando após diagnóstico no diabetes tipo 1.
espasmos carpais podem ser provocados ao

76
Contudo, parâmetros deverão ser avaliados
no paciente diabético antes do exame dos
pés em si. São eles:

Avaliação geral: perda de peso / febre


/ poliúria e etc

Pele: eczemas / piodermite

Olhos: acuidade visual / retinopatia /


catarata / glaucoma

Sistema Cardiorrespiratório: insuficiência


cardíaca / repiratória
Palpacao
1. Avaliar a temperatura (lados homólogos
Sistema Locomotor: neuropatia periférica
e comparar a temperatura com outras
/ claudicação intermitente
áreas do corpo);
Inspecao Áreas quentes = infecção
1. O primeiro passo de qualquer exame é,
Áreas frias = insuficiência arterial
orientar o paciente no que deverá ser
feito e avaliado. 2. Verificar tempo de enchimento capilar no
leito ungueal;
2. Avaliar a marcha do paciente assim que
entrar no consultório médico; 3. Palpar os pulsos pedioso e tibial
posterior;
3. Remover sapatos e meias para melhor
visualização do membro avaliado; 4. Avaliar o reflexo de Aquileu;

4. Nos pés e pernas, observar: 5. Avaliação da força muscular

Higienização; Ativa e contra resistência

Formato; 6. Sensibilidade vibratória (diapasão em


extremidades ósseas);
Coloração;
7. Sensação de Pressão
Distribuição de pelos;
Monofilamento de Semmes
Presença de calosidades e
Weinstein (10g)
deformações;

Avaliação das unhas;

Presença de Edema.

77
Histórico de úlcera/histórico de
amputação.

Fatores de risco:
Polineuropatia periférica (PND)

Deformidades (PND motora/biomecânica -


limitação da mobilidade articular)

Trauma

Doença arterial periférica (DAP)

Histórico de úlcera/histórico de
amputação

Polineuropatia periférica (PND)

Deformidades (PND motora/biomecânica -


limitação da mobilidade articular)

Trauma

Doença arterial periférica (DAP)

78
Exame do Aparelho Geniturinário

Exame dos rins Incontinência Urinária = eliminação


involuntária de urina.

Uma boa história clínica é a chave principal Alteracoes da cor da urina


para o diagnóstico das doenças do sistema
urinário. Hematúria = presença de sangue na urina
-
Manifestacoes clinicas
Hemoglobinúria = presença de
Oligúria = excreção de um volume de hemoglobina livre na urina.
urina inferior às necessidades de
excreção de solutos diurese inferior a Mioglobinúria = decorre da destruição
400ml por dia. muscular maciça por traumatismos e
queimaduras.
Anúria = diurese inferior a 100ml por dia
ocorre na obstrução bilateral das Porfirinúria = eliminação das porfirinas e
de seus percussores urina vermelho-
artérias renais ou ureteres.
vinhosa.
Poliúria = diurese superior a 2.500ml/ dia.
Urina Turva = por depósito de eletrólitos,
Disúria = micção associada à sensação deixando-a em aspecto esbranquiçado.
de dor, queimor ou desconforto.
Urina com Aumento da Espuma =
Urgência = necessidade súbita e eliminação de proteínas na urina.
imperiosa de urinar, podendo ter
esvaziamento involuntário da bexiga. Mau cheiro = liberação de amônia.

Polaciúria = necessidade de urinar Exame fisico dos rins


repetidas vezes em menos de 2 horas sem Inspeção
que haja aumento do volume urinário.
Sabendo as características anatômicas,
Hesitação = há um intervalo maior para
principalmente a localização retroperitonial,
que apareça o jato urinário paciente
é fácil compreender que rins normais não
refere que faz esforço para urinar.
dão palpáveis (exceto em crianças e em
Nictúria ou Noctúria = necessidade de adultos magros). Deve ser realizada a
esvaziar a bexiga durante a noite. inspeção do abdome, dos flancos e das
costas, além de avaliar o estado da pele,
Retenção Urinária = incapacidade de musculatura, presença de manchas e
esvaziar a bexiga mesmo o indivíduo cicatrizes.
apresentando desejo de esvazia-la.

79
Manobra de Goelet

Palpação Mesmo método de palpação usada nas


manobras de Guyon e Israel, mudando
Os rins são palpáveis quando aumentados apenas a posição do paciente, que deve
de tamanho, e a palpação é feita através estar em posição ortostática, com o joelho
de três manobras: do lado do rim examinado apoiado em uma
cadeira.
Manobra de Guyon

Estando o paciente em decúbito dorsal, o


examinador posiciona uma das mãos sobre

a outra mão palpa - de acordo com as


incursões respiratórias - o flanco em que se
encontra o rim examinado. Pode também, ser
chamada de palpação Bimanual. A
manobra deve ser feita bilateralmente.

Se achar massa palpável, deve-se avaliar:

Tamanho;

Consistência;

Superfície;

Sensibilidade à palpação.
Manobra de Israel Percussão

O mesmo passo a passo da manobra de A percussão dos rins caracteriza-se por um


Guyon, mudando apenas a posição do golpe no ângulo costovertebral, formado
paciente, que deve estar em decúbito pela borda inferior da 12,ª costela e
lateral. apófises transversais das vertebras lombares
superiores, que deve ser bilateral. Mão
espalmada + punho = Punho-Percussão
Renal.

80
Deve avaliar se há dor à percussão que
pode sugerir infecção renal. Exame da bexiga
Sinal de Giordano = dor aguda
Em condições normais, a bexiga não é
que aparece à punho-percussão
palpável. Porém, pode haver
litíase e pielonefrite aguda.
hipersensibilidade na área suprapúbica ao
se fazer a palpação.

Na inspeção, deve-se avaliar se há


distensão e protuberância da bexiga;

A palpação deve ser feita


bimanualmente.

Retenção urinária aguda ou crônica pode


levar a uma distensão, percebida à
palpação BEXIGOMA.

Se houver dor à punho-percussão,


perguntar ao paciente se há diferença
entre os lados, ou se é bilateralmente.

Exame dos ureteres


Quando há infecção ou obstrução dos
ureteres, a palpação profunda pode indicar
a existência de pontos dolorosos Pontos
Ureterais, e a reação dolorosa à
A percussão deve ser feita em
compressão desses pontos indica
Semicírculos De Skoda, encontrando som
comprometimento do trato urinário alto.
maciço, quando normal.

81
Exame do Aparelho Genital Masculino
O exame físico dos órgãos genitais Palpação
masculinos externos é realizado pela
inspeção e palpação, com o paciente em Deve-se palpar ao longo de todo o pênis,
pé ou em decúbito dorsal. destacando a presença de placas fibrosas
endurecidas no corpo esponjoso e no corpo
O exame de inspeção e palpação deve cavernoso Doença de Peyronie.
ser realizado desde as regiões inguinais,
onde se encontram os linfonodos que
drenam a pelve e o períneo. Exame da bolsa escrotal
Exame do pênis
Inspeção:
Inspeção
Investigam-se:
Compreende a avaliação de: Forma
Tamanho Tamanho
Diâmetro Características da pele
Presença de anomalias congênitas Aspectos vasculares
Presença de fimose e parafimose Palpação:
Avaliação da glande e do sulco Deve-se palpar a bolsa escrotal,
balanoprepucial destacando a presença de massas
Avaliação do meato uretral externo palpáveis;

Avaliação de doenças venéreas; Hidrocele: acúmulo de fluido límpido no


tumores interior da túnica vaginal, a membrana
mais interna que contém o testículo. A
transiluminação é o método que avalia a
Doença de Peyronie presença de hidrocele.

82
Hérnia inguinal: utiliza-se a manobra de Exame da próstata
vassalva para diagnostica-la.
Toque retal:

Exame que constitui a avaliação mais


valiosa da próstata. Segue o passo a passo:

1. Explicar o procedimento ao paciente,


solicitando-o que urine antes do exame
para evitar desconforto na bexiga;

2. Solicitar a presença de um ajudante (que


ao mesmo tempo sirva de testemunha
para preservar a integridade do
examinador).
Exame dos testículos
3. Orientar o paciente sobre as possíveis
São avaliados através da palpação, feita
posições do exame:
bilateralmente, comparando o tamanho, a
forma, consistência e o contorno. Posição de Sims decúbito lateral
com o membro inferior semi-
Em seguida, palpam-se os Epidídimos, que
extendido e o superior flexionado
estão situados acima dos testículos,
(posição mais confortável)
procurando reconhecer as partes: cabeça,
corpo e cauda Manobra de Chevassu. Decúbito supino com as pernas
flexionadas
Depois, palpam-se os Cordões Espermáticos
até o anel inguinal externo, procurando a Posição ortostática com o tronco
existência de hérnia inguinal. fletido para adiante.

Posição Genupeitoral posição


preferível por examinadores;

Posição de Sims

Exame de canais deferentes

Em condições normais, são palpados


facilmente, desde seu ponto de junção na
cauda epididimária ate o orifício externo do
anel inguinal.

83
Superfície

Contornos

Sulco mediano

Mobilidade

4. Calçar as luvas e lubrifica-las;

5. Inspecionar cuidadosamente a região


anoperineal, examinando a pele em volta
do ânus em busca de sinais inflamatórios,
fissuras, condilomas e abcessos.

6. Solicitar que o paciente relaxe o máximo Em condições normais a próstata apresenta-


possível. se no tamanho de uma castanha grande, é
regular, simétrica, depressível, superfície lisa,
7. Com os dedos da mão esquerda, expõe- consistência elástica, contornos precisos e
se o ânus, e com a ponta do indicador discretamente móvel.
direito, pressiona-se a região perineal em
busca de relaxar o esfíncter externo.

8. Em seguida, introduz-se o dedo, lenta e


suavemente, por meio de movimentos
rotatórios.

9. Observa-se o tônus esfincteriano anal e


os seguintes parâmetros:

Parede anterior próstata,


vesículas seminais e o fundo do
saco vesicorretal;

Parede lateral direita e esquerda;

Parede posterior (sacro e cóccix);

Para cima (até onde alcançar o


dedo).

10. Avalia-se a próstata:

Tamanho

Consistência

84
Exame do Genital Feminino
Anamnese do ciclo menstrual e desaparecem com a
ocorrência da menstruação.
A anamnese é o passo inicial para o bom
relacionamento entre médico/paciente. A Exame físico
sequência e a profundidade das perguntas
O exame físico dos órgãos femininos é
são necessárias para o diagnóstico clínico.

Manifestações clínicas ser sistematizado, não se restringindo ao


toque vaginal. Antes de realizar o exame, o
Hemorragias = sangramento sem as médico deverá esclarecer o passo a passo
características da menstruação normal. do processo, na tentativa de obter a
confiança da paciente.
Polimenorréia = quando a menstruação
ocorre em intervalos menores que 21 dias.
Exame do abdome
Oligomenorréia = quando a menstruação
Antes de proceder ao exame, deve solicitar
ocorre em intervalos maiores que 35 dias.
a paciente que esvazie a bexiga para
Amenorréria = falta de menstruação por evitar o incomodo durante o exame. Faz-se
um período de tempo maior que três a inspeção, palpação e percussão do
ciclos prévios. abdome.

Hipermenorréria = menstruação que dura A paciente deve estar em decúbito dorsal


mais de 8 dias. com a região abdominal despida e avaliam-
se os seguintes parâmetros:
Hipomenorréia = menstruação que dura
menos de 2 dias. Inspeção

Menorragia = excessiva perda de sangue Forma


durante o período menstrual.
Abaulamento e retrações
Metrorragia = perda de sangue fora do
Umbigo
período menstrual.
Distribuição de pêlos
Dismenorréia = menstruação dolorosa.
Marcas e manchas
Algomenorréia = dor tipo cólica na
região hipogástrica, que acompanha a Circulação colateral
menstruação.
Movimentos e pulsações
Tensão Pré-Menstrual = conjunto de
sintomas que surgem na segunda metade Lesões cutâneas

Palpação

85
A palpação do abdome deve ser iniciada Pesquisa-se a presença de ruídos
em regiões distantes da zona dolorosa, hidroaéreos e sopros.
fazendo-se a palpação superficial e a
profunda, avaliando:

Espessura da parede

Sensibilidade à palpação

Defesa e contratura

Tumor

Tensão da parede abdominal

Ruídos hidroaéreos Exame da genitalia


É a parte principal do exame ginecológico.

A paciente deve ser colocada na

externa fique mais exposta.

Percussão

Investigam-se zonas de macicez e


timpanismo, presença de ascite.

Quando se precisa analisar melhor a


parede anterior da vagina, em seu terço
superior, torna-se necessária a posição
genupeitoral o

Ausculta

86
O examinador se coloca sentado entre Extensão do canal anal
as pernas da paciente; apoia os pés na
escada e repousa os cotovelos na coxa. Cicatrizes de episiorrafias ou
perineoplastia
É indispensável a presença de um bom
Ânus
foco luminoso.
Hemorróidas

Plicomas

Fissuras

Prolapso da mucosa

Malformações

Em seguida, o examinador entreabre os


grandes lábios e observa o clitóris, o óstio
uretral, o hímen e o introito vaginal.

Inspeção de repouso
solicitado à paciente que faça esforço
Nessa inspeção, examinam-se a vulva, o (manobra de vassalva), para a pesquisa
períneo e o ânus. de protrusão das paredes vaginais, ou do
colo, que denuncie a presença de distopia.
Vulva

Implantação dos pêlos

Aspecto da fenda vulvar

Umidade

Presença de secreções

Hiperemia

Ulcerações

Distrofias
Exame especular
Tem como finalidade a coleta de material
Neoplasias
para exame citológico, bacteriológico,
Dermatopias cristalização e filância do muco cervical. É
realizado através de um instrumento
Distopias e malformações denominado espéculo.
Períneo Passo a passo:
Integridade 1. Explicar bem o exame a paciente,
solicitando-a que use a vestimenta
Ruptura de I, II ou III grau

87
adequada e adote a posição de talha 8. A seguir é coletado material para o
litotômica; exame da secreção vaginal

2. Deve-se escolher o espéculo de tamanho 9. A retirada do espéculo é efetuada em


adequado à paciente. manobra inversa à da sua colocação;
durante sua retirada, deve-se examinar
3. O examinador afastará os grandes e
as paredes vaginais anterior e posterior.
pequenos lábios com o polegar e o 3º
dedo da mão esquerda para que o 10. Após o exame especular é realizado o
espéculo possa ser introduzido exame de toque vaginal.
suavemente na vagina.

4. O espéculo é introduzido fechado


transversalmente seguindo-se o eixo
vaginal, até o seu fundo, quando então
são abertas as valvas, centrando-se o
colo uterino.

5. Observa-se, então, se o colo já se


apresenta entre as valvas, devendo o
mesmo ser completamente exposto.

6. O colo é então inspecionado,


avaliando-se:

Tamanho

Forma

Posição

Cor

Forma do Orifício Externo

Características do Muco Endocervical

Presença de Lesões

7. Deve identificar a lamina com o nome da


paciente. Em seguida, introduzir o a parte

colo uterino, e o conteúdo despejado na


Toque vaginal
do palito, que deve colher o material do O toque vaginal pode ser unidigital,
fundo de saco de Douglas; e por fim, com bidigital e combinado.
a escovinha, introduzi-la na endocérvice
do colo uterino, despejando o material Toque unidigital
na lâmina.

88
É o toque melhor tolerado, e deve ser inicial, Toque combinado
pois propicia a indispensável colaboração
da paciente. As seguintes manobras devem Enquanto uma das mãos palpa o
ser realizadas: hipogástrio e as fossas ilíacas, a outra
realiza o toque vaginal, retal ou o
Expressão da uretra combinado (retovaginal). É a melhor forma
de obter uma ideia da pelve da mulher.
Palpação das glândulas vestibulares

Palpação das paredes vaginais


(elasticidade, capacidade, extensão,
superfície, irregularidades, sensibilidade e
temperatura.

Quanto ao Corpo Do Útero, analisam-se:

Posição

Situação
Toque bidigital Forma
Ao toque bidigital, analisam-se: Tamanho
Colo do Útero (orientação, forma, volume, Consistência
superfície, consistência, comprimento,
sensibilidade, mobilidade, orifício externo Superfície
e lacerações).
Mobilidade
Fundos de Sacos Vaginais
Sensibilidade
(distensibilidade, profundidade,
sensibilidade, se estão livres ou Quanto aos Anexos, o primeiro dado é se
ocupados, rasos ou bombeados). são palpáveis ou não, dolorosos ou
indolores, volume normal ou alterado e
presença ou não de tumor.

Quanto ao Toque Retal, é o exame


indispensável na avaliação dos órgãos
genitais internos avalia bem os
paramétrios.

89
Exame das Mamas
Para fins clínicos, as mamas são divididas em Nódulo Mamário = quando se achar um
quadrantes por linhas horizontal e vertical, nódulo na mama, devem-se investigar:
dividindo os quadrantes em superiores e
inferiores, externos e internos. Localização (uni-bilateral);

Crescimento (rápido, progressivo,


estacionário);

Modificação do nódulo em função


do ciclo menstrual;

Consistência;

Mobilidade;

Sensibilidade.

Dor/Mastalgia = dados semióticos


relativos à dor:

Periodicidade da sensação
Há também o reconhecimento de uma cauda dolorosa
de tecido mamário que se estende da parte
Relação da dor com movimentos
superior do quadrante superior externo em
do tórax e MMSS.
direção á axila CAUDA DE SPENCE
Secreção Papilar = em casos de
secreção papilar, os seguintes fatos
devem ser apurados:
Cauda de Spence
Se a secreção é espontânea,
recorrente ou intermitente;

Se é uni- ou bilateral;

Se está relacionada com o ciclo


menstrual;

Se apareceu com a gestação,


. aborto ou lactação recente;
Manifestações clínicas Antecedentes de amenorréria;

90
Antecedentes de traumatismo,
intervenção cirúrgica ou estímulos
locais;
Inspeção dinâmica
Uso de medicamentos
anovulatórios, clorpromazina, Na inspeção dinâmica, é solicitado à
fenotiazina, reserpina, sulpiride e paciente, duas manobras que acentuem a
metildopa. presença de alterações, como a retração
Exame físico da pele e papila:

Levantamento dos braços para aumentar


Inspeção estática
a tensão dos ligamentos de Cooper;
A inspeção estática é realizada com a
Contração dos peitorais.
paciente sentada, com os membros
superiores dispostos paralelamente o longo
do tronco. São observados:

Pele que recobre as mamas e as


aréolas;

Volume;

Contorno;

Simetria;

Pigmentação da aréola;
Palpação
Aspecto da papila;
A palpação das mamas é realizada com a
Presença de abaulamentos ou paciente deitada com as mãos atrás da
retrações; cabeça e os braços bem abertos.

Circulação venosa;

Presença de sinais flogísticos.

A palpação deve ser suavemente realizada,


partindo-se da região subareolar e

91
estendendo-se às regiões paraesternais, Se a secreção provem de um único
infraclaviculares e axilares. conduto ou de vários;

Objetivos a serem avaliados: Se o óstio ductal, sede do


derrame, é periférico (ducto
Volume do panículo adiposo e seu superficial) ou central (ducto
possível comprometimento por profundo);
processo inflamatório ou neoplásico;
Localização;
Quantidade de parênquima mamário
e eventuais alterações; Aspecto da secreção (sanguíneo,
seroso, claro, purulento, leitoso,
Elasticidade da papila; pastoso, esverdeado,
A presença se secreção papilar; acastanhado).

Temperatura da pele da região


mamária;

Manobras para a palpação das mamas:

Se encontrar algum nódulo durante a


palpação, devem-se avaliar os seguintes
Sempre começar palpando pela a mama critérios:
não dolorosa (se a paciente referir dor
Limites;
antes do exame);
Consistência;
Palpar todos os quadrantes mamários,
incluindo a Cauda de Spence. Mobilidade;
A manobra de expressão papilar só é Fixação nas estruturas
realizada se a paciente referir secreções circunjacentes;
passadas antes de realizar o exame. Se
obtiver, o examinador deve fazer Diâmetro.
delicada pressão ao nível da aréola e
da papila. Identificada a presença de
secreção papilar, é importante
esclarecer:

92
Palpação dos linfonodos axilares e
supraclaviculares:

Antes de fazer a palpação, devem-se


inspecionar as axilas, à procura de
alterações anormais.

A paciente deve ficar sentada de frente


para o examinador. Com a mão espalmada,
faz-se a palpação deslizante do oco axilar
e suas proximidades. As fossas
supraclaviculares e a axila são palpadas
com as pontas dos dedos.

Ao encontrar linfonodos, devem-se analisar:

Localização;

Quantidade;

Maior diâmetro transverso;

Consistência;

Coalescência.

93
Aparelho Locomotor
O exame do aparelho locomotor abrange boa iluminação e áreas a serem examinadas
os ossos, as articulações, a coluna vertebral, descobertas.
bursas e tendões, e músculos.
Inspeção:

Ossos Observar a marcha do paciente, que pode


estar alterada quando há deformidades.

Detectar o aumento de algum


Sinais e sintomas: segmento ósseo doença de
Dor Óssea = deve ser analisada em Paget.
todas as suas características:
Palpação:
Localização;
Devem ser palpados os tecidos adjacentes
Duração; ao osso, e na presença de aumento de
volume, critérios deverão ser avaliados:
Intensidade;
Consistência;
Caráter;
Forma;
Deformidades;
Localização;
Presença de fatores agravantes
e atenuantes. Tamanho;

Deformidades Ósseas Relação com tecidos


moles;

Sintomas Gerais = febre, anorexia, Sinais flogísticos.


entre outros.

Exame fisico
Utilizam-se os dados de inspeção e
palpação, sempre complementados pelo
estudo da mobilidade de cada segmento.

A avaliação clinica deve ser feita com o


paciente sentado, deitado e em pé, com

94
Observar se tumefação, calor, crepitações,
pontos dolorosos.

Mobilização:

Articulações Testar mobilidade e amplitude de


movimentos. Passiva e ativa.

Sinais e sintomas: Testes nas articulações:

Artralgia = dor nas articulações. Articulações Têmporo-Mandibulares:


Todas as características da dor
Abertura e fechamento da boca;
deverão ser investigadas;
Protrusão e retrocesso da
Rigidez Pós-Repouso = sintoma que
mandíbula;
aparece em enfermidades
inflamatórias. Resulta do acúmulo Movimentos de lateralidade.
de substâncias produzidas pelo
processo inflamatório nos locais Ombros:
acometidos. Abdução (180º);
Artrite = processo inflamatório da Flexão(90 A 180º);
articulação sinovite (inflamação
da membrana sinovial). Acompanha Extensão Posterior (60º);
dor, calor, rubor e edema.
Adução (75º);
Crepitação Articular = sinal do
Rotação Externa (90º);
comprometimento da cartilagem
articular e está presente em Rotação Interna (90º);
processos em que haja a
degeneração daquele elemento Teste De Yergason.
artroses, artropatias neurogênicas;

Manifestações Sistêmicas = febre,


astenia, anorexia e perda de peso.

Exame fisico:
Inspeção:

Observar alterações de alinhamento, forma,


volume, alteração da pele, deformidades e
atrofias musculares. Sempre comparando os Cotovelos:
dois lados.
Flexão (150º);
Palpação:
Extensão (0º);

95
Supinação e Pronação (90º); Coxofemoral:

Teste Do Cotovelo De Tenista. Abdução (45º);

Adução (30º);

Flexão (120º);

Extensão (30º);

Rotação Interna (45º) e Externa


(35º);

Teste de Patrick ou Fabere;

Teste de Ortolani (no RN);

Punhos e mãos: Teste de Trendelenbrug (Glúteo


Médio).
Flexão (80º);

Extensão (90º);

Desvio Ulnar (30º);

Desvio Radial (20º);

Pronação e Supinação dos Punhos;

Flexão (90º);
Joelhos:
Extensão (30-40º),
Flexão (135º);
Adução e Abdução (40º);
Extensão (0º);
Sinal De Tinnel (Nervo Ulnar);
Rotação (Difícil);
Teste de Phalen.
Sinal Da Gaveta.

Tibiotársica:

Flexão Plantar (50º);

Flexão Dorsal ou Extensão (20º).

Pés:

Inersão (Adução e Flexão);

Eversão (Abdução e Extensão);

Flexão;

96
Extensão das indispensável em pacientes com dor
Metatarsofalangeanas. irradiada para os membros, obedecendo o
seguinte roteiro de reflexos:

Bicipital = integridade da C5;

Braquirradial = integridade da C6;

Tricipital = integridade de C7;

Patelar = integridade de L4;

Patelar e Aquileu = integridade de L5 e S1.

Coluna vertebral

Mobilização
Sinais e sintomas:
Testar mobilidade e amplitude de
Dor = a dor na coluna cervical pode ser movimentos.
localizada em um de seus segmentos
(cervical, dorsal, lombossacro) ou em Teste de mobilidade
toda a sua extensão. Todos os asoector
Coluna cervical:
da dor deverão ser avaliados.
Flexão
Rigidez = a rigidez pós-repouso,
geralmente matinal, que costuma ocorrer Extensão
em virtude de processos inflamatórios e
doenças degenerativas. Rotação esquerda e direita (60º.)

Manifestações Sistêmicas = febre, Lateralidade esquerda e direita (30º.)


anorexia e perda de peso.
Teste da distração (melhora da dor)

Manobra de Spurling: pressão sobre o


Exame Fisico topo da cabeça
Inspeção

Com o paciente em pé ereto deve-se


observar o perfil da coluna em visão
posterior, anterior, lateral.

Cifose sacral; lordose cervical e lombar

Palpação

Observar se tumefação, calor, pontos


dolorosos, palpando processos espinhosos,
mastoide e músculos. O exame neurológico é Torácica:

97
Rotação direita e esquerda (75º.) Músculos

Flexão
Sinais e sintomas
Extensão
Fraqueza Muscular = deve ser distinguida
Lateralidade esquerda e direita da astenia, da fatigabilidade, da
Mobilidade costal: fita métrica ao simulação e da histeria.
nível da linha mamilar, medir em Atividades de vida diária = solicitar a
expiração e inspiração.Normal realização de tarefas usuais, como
aumentar 4 cm levantar, andar, estender os braços, entre
outras.
Lombar:
Exame fisico
Flexão;
Inspeção estática:
Extensão;
Procura de Atrofia Muscular, na qual deve
Rotação esquerda e direita (90º); ser investigada de acordo com:

Lateralidade esquerda e direita (35º); Localização;

Teste de Schober: Paciente na Extensão;


posição ortostática é delimitado o Distribuição;
espaço entre o processo espinhoso
de L5 e 10 cm acima; solicita-se ao Intensidade.
paciente que faça uma flexão anterior
Devem-se observar os Grupos Musculares em
da coluna, e mede-se novamente.
Repouso, procurando perceber movimentos
Exame normal- aumentar pelo menos 5
breves, repetitivos, de pequena amplitude
cm
sob a perna, com pequenos abalos
localizados fasciculações e mioquimias.

Inspeção dinâmica:

Observa-se o paciente durante a marcha,


ou executando algumas tarefas
padronizadas. Devem ser solicitados ao
paciente que realize movimentos que
ratifiquem a existência de alterações.

Palpação:

É feita nos grandes grupos musculares para


avaliação da consistência muscular.
Presença de flacidez, pseudo-hipertrofia,

98
hipotrofia, distrofia, entre outros, devem ser
caracterizados semiologicamente

Avaliação da força muscular

Momento fundamental do exame neurológico


de paciente com suspeita de doença
neuromuscular.

São examinados todos os segmentos do


sistema musculoesquelético, primeiro ativos, e
logo após, passivos, contra a resistência do
examinador e à gravidade.

99
Semiologia da Pele
A pele é o maior órgão do corpo, e os
métodos utilizados para o exame físico
compreendem:

Inspeção: Deve abranger todo o


tegumento, inclusive cabelos, unhas e
mucosas. A localização, topografia e
distribuição da lesão são essenciais para
o seu diagnóstico.
Vermelhidão ou Eritrose = exagero da
Palpação: Verificar se há lesões sólidas,
coloração rósea da pele e indica
alteração de espessura, umidade, volume aumento da quantidade de sangue na
ou consistência da pele. Observar se a rede vascular cutânea. Pode ser
elasticidade, mobilidade e turgor da pele generalizada ou localizada.
são compatíveis com a sua idade.

Digitopressão ou Vitropressão:
Pressiona-se a lesão com os dedos
ou com um vidro provocando
isquemia local, isso permite
distinguir o eritema da púrpura ou
de outras manchas vermelhas.

Compressão: Avaliar edemas, a


compressão linear avalia se há Cianose = cor azulada da pele que
dermografismo. acontece quando a hemoglobina está
reduzida. Pode ser generalizada ou
Coloração
localizada, central ou periférica.
Palidez = atenuação ou
desaparecimento da cor rósea da pele.
Pode ser generalizada ou localizada.

100
Icterícia = coloração amarelada da pele
por acumulo de bilirrubina no sangue.

Fenômeno de Raynaud = modificação


da coloração da pele por fenômeno
vasomotor.

Albinismo = coloração branco-leitosa da


pele decorrente da deficiência de
melanina.

Continuidade ou integridade
Bronzeamento da pele;
Perda de continuidade ou integridade da
pele ocorre na erosão ou exulceração, na
ulceração, na fissura ou rágade.

Umidade

O exame da umidade começa pela


inspeção, mas o método mais adequado é a
palpação com as poupas digitais e com a
palma da mão. Por meio do tato, pode-se
avaliar a umidade da pele com razoável
Dermatografismo = linha vermelha que precisão. Encontram-se as seguintes
aparece após a pele ser atritada. possibilidades:

Umidade Normal = em indivíduos hígidos;

101
Pele Seca = encontrada em idosos e em Pele Enrugada = observada em
algumas dermatopatias crônicas; idosos e após emagrecimento rápido;
quando se elimina um edema.
Umidade Aumentada ou Pele Sudorenta
= pode estar associada à febre,
ansiedade, hipertireoidismo e doenças
neoplásicas.

Espessura

Para se avaliar a espessura da pele faz-se o


pinçamento de uma dobra cutânea usando-
se o polegar e o indicador.

Espessura Normal = em indivíduos


hígidos;

Pele Atrófica = translucidez que


permite ver a rede venosa superficial;

Pele Hipertrófica ou Espessa = em


indivíduos que trabalham expostos ao
sol.

Textura

É a disposição dos elementos que constituem


o tecido da pele. É possível constatar os
seguintes achados:

Textura Normal;

Pele Lisa ou Fina = observada em


Temperatura
idosos, no hipertireoidismo e em locais
edemaciados; Para a avaliação da temperatura da pele
usa-se a palpação com a face dorsal das
Pele Áspera = observada em
mãos e dos dedos, comparando-se com o
indivíduos expostos a trabalhos rudes,
lado homólogo cada segmento examinado.
em mixedema e dermatopatias
A temperatura da pele varia entre os
crônicas;
segmentos do corpo.

102
Elasticidade e Mobilidade

Elasticidade é a propriedade de o
tegumento cutâneo se estender quando
tracionado; Mobilidade é a capacidade de
se movimentar sobre os planos profundos
adjacentes. A elasticidade pode ser:

Elasticidade Normal = indivíduos


hígidos;

Hiperelasticidade = lembra as
características de uma borracha;

Hipoelasticidade = a pele quando Turgor


tracionada, volta vagarosamente à Avalia-se o turgor, pinçando com o polegar
posição primitiva. e o indicador uma prega de pele que
engloba tecido subcutâneo. O turgor
diferencia-se em:

Turgor Normal = sensação de pele


suculenta, quando pinçada;

Turgor Diminuído = sensação de pele


murcha, que indica desidratração.

Mobilidade

Mobilidade Normal = indivíduos


hígidos;

Mobilidade Diminuída ou Ausente =


quando a pele não consegue Sensibilidade
deslizar-se sobre as estruturas vizinhas;
Podem ser analisados os seguintes tipos de
Mobilidade Aumentada = observada sensibilidade:
na pele de pessoas idosas e na
Sensibilidade Dolorosa
síndrome de Ehlers-Danlos.
Hipoalgesia ou analgesia

Hiperestesia

Sensibilidade Tátil

103
Anestesia ou hipoestesia arroxeada e depois verde-amarelada. É
chamada de petéquia quando possui
Sensibilidade Térmica até 1 cm e de equimose quando possui
mais de 1cm.

Lesões Elementares
Denominam-se lesões elementares, alterações
no tegumento cutâneo determinadas por
processos inflamatórios, degenerativos,
circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do
metabolismo ou por defeitos de formação.
Manchas Pigmentares
São classificadas de acordo com os
seguintes grupos: Manchas pigmentares ou discromias resultam
de diminuição ou aumento de melanina ou
1. Alterações de cor depósitos de outros pigmentos e substâncias
na derme.
2. Elevações edematosas
Leucodermia: mancha branca por
3. Formações sólidas
diminuição ou ausência de melanina.
4. Coleções líquidas
Hipocromia: redução da
5. Alterações de espessura pigmentação.

6. Perdas e reparações Acromia: ausência completa de


pigmentação.

Hipercromia: Cor variável por


Alterações de cor (mancha ou mácula)
aumento de melanina ou outros
Alterações na cor da pele sem relevo ou pigmentos como sais biliares e
depressão. carotenóides.

Manchas Vásculo-sanguíneas

Ocorrem por vasodilatação, constrição, ou


pelo extravasamento de hemácias.

Eritema: Mancha vermelha por


vasodilatação, que desaparece com
digito ou vitropressão.

Púrpura: Mancha vermelha por


extravasamento de hemácias, não
desaparece com vitropressão. Muda de
coloração de acordo com o tempo por
alteração da hemoglobina tornando-se Elevações edematosas

104
São elevações circunscritas causadas por Vegetação: Lesão sólida e
edema na derme ou hipoderme. pedunculada, com aspecto de couve-flor
e superfície friável.
Urtica: elevação efêmera, irregular, de
tamanho e cor variável do branco-róseo Verrucosidade: Lesão sólida, elevada,
ao vermelho pruriginosa, resulta do de superfície dura e inelástica, formada
extravasamento de plasma com formação por hiperqueratose.
de edema dérmico.

Angioedema: área de edema


circunscrito, que pode ocorrer no
subcutâneo, causando tumefação.

Formações Sólidas

Resultam de processo inflamatório ou


neoplásico, atinge isoladamente ou
conjuntamente epiderme, derme e hipoderme.

Pápula: lesão sólida, circunscrita,


elevada e menor que 1 cm.

Placa: lesão elevada, de superfície Coleções líquidas


geralmente plana, maior que 1 cm, pode
Lesões de conteúdo líquido que pode ser
apresentar superfície descamativa,
serosidade, sangue ou pus.
crostosa ou queratinizada, pode ser
formada pela confluência de pápulas. Vesícula: elevação circunscrita de até
1cm, com conteúdo claro (seroso) que
Nódulo: lesão sólida, circunscrita, saliente
pode se tornar turvo (purulento) ou rubro
ou não de 1 a 3 cm de tamanho.
(hemorrágico).
Nodosidade ou Tumor: lesão sólida,
Bolha ou Flictena: difere-se da vesícula
circunscrita e maior que 3 cm, o termo
apenas pelo tamanho, que é maior que
tumor é utilizado preferencialmente para
1cm.
neoplasia.
Pústula: elevação de até 1cm e de
Goma: nódulo ou nodosidade que se
conteúdo purulento.
liquefaz na porção central, podendo
ulcerar e eliminar material necrótico. Abscesso: possui tamanho variável, é
formado por coleção purulenta da pele

105
ou tecidos subjacentes. Sinais flogísticos adelgaçada, havendo hiper ou
podem estar presentes:edema, dor, rubor, hipocromia associadas. Resulta de fibrose
calor. do colágeno.

Hematoma: formada por derrame de Atrofia: diminuição da espessura da pele.


sangue na pele ou tecidos subjacentes, Ocorre redução do número e volume dos
difere-se da equimose por haver constituintes teciduais.
alteração de espessura. Pode infectar e
haver presença de sinais flogísticos, e o
conteúdo hemorrágico pode tornar-se
purulento.

Perda e reparações teciduais


Alterações da espessura
Lesões oriundas da eliminação ou destruição
Queratose: espessamento da pele por patológicas e de reparações em tecidos
aumento da camada córnea, tornando- subcutâneos.
se áspera e com a superfície amarelada.
Escama: massa furfurácea, micácea ou
Liquenificação: espessamento da pele foliácea que se desprende as superfície
com acentuação dos sulcos e da cor cutânea por alteração de
própria, apresentando aspecto queratinização.
quadriculado.
Exulceração: perda superficial somente
Edema: aumento de espessura, de epiderme.
depressível, cor da própria pele ou
Ulceração: perda circunscrita de
rósea-avermelhada por extravasamento
de plasma. epiderme e derme, podendo atingir
hipoderme e tecidos subjacentes.
Esclerose: alteração da espessura com
Fissura: perda linear da epiderme e
aumento da consistência da pele,
tornando-se lardácea ou coriácea. A derme, no contorno de orifícios naturais
pele pode estar espessada ou ou em áreas de pregas e dobras.

106
Crosta: concreção de cor amarela,
esverdeada ou vermelha escura, que se
forma em área de perda tecidual. Resulta
do dessecamento da serosidade, pus ou
sangue misturado a restos epiteliais.

Cicatriz: lesão de aspecto variável,


pode ser saliente ou deprimida, móvel ou
aderente. Não possui poros ou anexos
cutâneos. Resulta da reparação de
processo destrutivo da pele, associado a
atrofia, fibrose e discromia.

107
Suporte Básico de Vida
Reanimação cardiopulmonar em pediatria Sequencia de atendimento
São ações que visam a sobrevivência de = Circulation (prover adequada
crianças em risco de morte, tanto no circulação especialmente aos
ambiente extra-hospitalar como intra- órgãos nobres como cérebro e
hospitalar. coração);

As diretrizes de RCP em crianças se aplicam


às vitimas com cerca de: = Airway (proteção e manutenção
de via aérea pérvia);
1 ano à adolescência/puberdade
(12 a 14 anos);
= Breathing (ventilação adequada).
Bebês < 1 ano (exceto RN).

Passo a passo
Tecnica para compressao cardiaca
1. Manter a calma;
1. Posicionar a criança em superfície rígida;
2. Avaliação da cena (segura ou não ao
socorrista?); 2. Em lactentes, comprimir abaixo da linha
inter-mamilar e em crianças maiores na
3. Testar responsividade (encostar na vitima
metade inferior do esterno;
e chama-la)
3. Ritmo das compressões: 100/min;
3.1. Criança não responsiva
4. Profundidade: 4 cm em lactentes e 5 cm
3.2. Sem respiração ou com respiração
em crianças maiores;
ofegante (gasping)
5. Permitir retorno torácico a cada
4. Pedi
compressão;
DEA pediátrico);
6. Minimizar interrupções;
5. Observar a respiração e verificar o pulso
(<10seg);

6. Na ausência de pulso, frequência


cardíaca < 60 bpm ou má perfusão,
iniciar compressões torácicas eficazes;

7. Realizar 30:2 (compressões : ventilações)


se 1 socorrista; Realizar 15:2 se 2
socorristas;

8. Utilizar o DEA.
Compressão cardíaca utilizando 2
dedos em lactentes
108
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS

1. Elevação do queixo sem inclinação da


cabeça;

2. Elevação do ângulo da mandíbula;

3. Remover antes, secreções, vômitos e


corpo estranho;

4. Respiração: 2 ventilações com 1 seg


cada;
Compressão cardíaca utilizando 1
ou 2 mãos em crianças maiores 5. Observar a elevação do tórax;

6. 2 ventilações retornar compressões;


Tecnica para ventilacao DEA
1. Lactentes: respiração boca-nariz+boca;
1. Colocar as pás (no lado esquerdo do
2. Crianças maiores: respiração boca a mamilo e outro abaixo da clavícula, no
boca, ocluindo as narinas; lado direito);

3. Observe se há elevação do tórax. Caso 2. Continuar compressões até administrar


não haja, reposicione a cabeça da ritmo chocável;
criança, vede melhor (boca-boca) e
3. Iniciar RCP imediatamente depois.
tente outra vez.

4. Cada ventilação deve durar 1 segundo.

109
Manobras de Engasgo
Crianças e lactentes
EPIDEMIOLOGIA Pode apresentar cianose, incapaz de
falar ou chorar;
O Engasgo é predominante na faixa etária
de 1-3 anos (mais comum em meninas) Pode perder a consciência.

OVACE Obstrução das Vias Aéreas por O que fazer?


Corpo Estranho, em frequência:
Perguntar se a vitima está com falta
Crianças: comida, bexiga, de ar;
brinquedos, moedas, guloseimas e
Se acenar que sim ou não puder
etc.
falar, peça ajuda;
Lactentes: líquidos (vômitos,
Iniciar manobras de alivio da
sangue e etc). obstrução.
OVACE PARCIAL Manobras de desobstrução
Obstrução parcial das vias aéreas;
Em criancas (1-8 anos)
Paciente possui boa troca de ar;
Posicionar-se atrás da criança, avisando-
O que fazer? a da ajuda e iniciar compressões sub-
diafragmáticas (Manobra De Heimlich),
Acalmar o paciente; que consistem em apoiar a mão de quem
irá realizar a manobra, fechada em
Instruir o paciente a realizar tosses
punho, encoberta pela outra, entre o
vigorosas;
umbigo e a extremidade inferior do osso
Se possível, monitorar oxigenação; do peito da criança e realizar
compressões em trancos para dentro e
Se possível, suplementar oxigênio; para cima, até que a criança consiga
Não colocar a mão na boca do expelir o objeto ou desmaie.
paciente enquanto ele mostrar-se Repetir a manobra 5x e depois avaliar o
nervoso; estado da criança, e se ela conseguiu
OVACE COMPLETA expelir o objeto (olhar cavidade bucal).

Obstrução completa das vias aéreas.

Paciente possui troca de ar deficiente ou


ausente

110
Lactentes Na crianca inconsciente
Apoiar o bebê no braço do socorrista, Posicione-a em uma superfície rígida, com
com a cabeça mais abaixo que o corpo, a barriga para cima.
tendo o cuidado de manter a boca do
bebê aberta. Aplicar 5 batidas com o Faça o passo a passo do RCP (pagina
ão do socorrista nas 3).
costas do bebê, na região entre as Em crianças: utiliza-se apenas uma mão
escápulas. Virar o bebê com a barriga
para as compressões;
para cima, mantendo a inclinação
original e a boca aberta, e iniciar 5
compressões no osso do peito da
criança, logo abaixo da linha imaginária
traçada entre os mamilos. Repita esse
ciclo até o bebê expelir o objeto ou
desmaiar.

Entre um ciclo e outro, avalie a cavidade


oral do bebê, removendo o objeto se
visível

Em lactentes: pode-se utilizar duas


polpas digitais na linha inter-mamilar, ou
os dois polegares.

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Considerações Finais
Olá querido estudante! Este super material foi feito com muito amor, carinho e responsabilidade
por mim, Alicia Mota, idealizadora do perfil no instagram @RESUMYNDOMED.

Este material é totalmente exclusivo! Estudei por muito tempo para que eu pudesse fabricar o
material mais resumido e didático do mundo para você! Baseei-me pelas principais referencias
de Semiologia Médica, como os livros do Celmo Celeno Porto.

Espero que você tenha a experiência mais legal de todas, e que este resumo te ajude e te
motive nos estudos. Saiba que pode contar comigo para o que precisar.

Atenciosamente, @RESUMYNDOMED

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