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PSICOLOGIA APLICADA ÀS RELAÇÕES HUMANAS

ÉTICA E SIGILO
PROFISSIONAL
Profª. Thailany Alvim
Tópicos a discutir

Breve estudo filosófico sobre ética;


Diferença entre moral e ética;
Ética Aplicada a sociedade;
Ética e sigilo profissional aplicada em
gestão de pessoas.
Ética

A palavra ética vem do grego ethos, com duas interpretações


possíveis. A primeira pode ser traduzida por costume. A segunda que
significa propriedade do caráter.

A primeira serviu de base na tradução pelos romanos para a palavra


latina mores e que deu origem à palavra Moral, enquanto que a
segunda orienta a utilização atual que damos à palavra Ética.
Ética

Para o grego,o caráter de um indivíduo, ou seja, aquilo que ele é em


sua essência, seria manifestado pelo seu comportamento. Por isso, a
ética tem a ver tanto com esse lado mais interior(caráter) quanto
com seu comportamento exterior(o costume).
Ética

Segundo Cordi (2003, p.62), “ética é uma reflexão


sistemática sobre o comportamento moral. Ela
investiga, analisa e explica a moral de uma
determinada sociedade”.
Ética

Ética é o conjunto de padrões e valores morais de um


grupo ou indivíduo. É a disciplina filosófica que estuda
os fundamentos da ação moral, procurando justificar a
moralidade de uma ação e distinguir as ações morais
das ações imorais.
Mas afinal, o que
é Moral?
Ética:
papel crítico, de questionamento e de
análise.

Moral:
geralmente busca a padronização e a
normatização dos comportamentos.
MORAL X ÉTICA

Moral Ética
Corresponde aos padrões, às É uma reflexão sobre esses
valores, uma análise detalhada
regras e às normas que
de como eles são criados, dos
orientam o comportamento
interesses que os fundam, dos
dos indivíduos em sociedade.
benefícios e malefícios.
Todas as vezes que
Todas as vezes que fazemos
simplesmente obedecemos as
uma análise desse tipo,
normas, estamos praticando a
estamos fazendo ética.
moral.
Ética Aplicada à sociedade

Ética social:
é um conjunto de normas, princípios e valores
que servem como guia para conduzir os
indivíduos de uma sociedade, ao que é certo
ou errado, uma espécie de código de conduta
que resguarda o bem-estar da coletividade
Ética Aplicada à sociedade

Cumprimento da lei
Educação e respeito com o próximo
respeito à hierarquia dentro do ambiente
de trabalho ou religioso

Resultado:
Bom funcionamento social
MORAL X LEI
Moral Lei
Regras simbólicas Caráter obrigatório
Punições do tipo simbólica Obrigações legais
Ética e sigilo profissional

O sigilo profissional trata de uma informação a ser protegida, impõe uma relação
entre privacidade e publicidade, cujo dever profissional se estabelece desde a
ficar atento ao que é necessário para o cumprimento de seu trabalho, e não
informar a matéria sigilosa.
Ética e sigilo profissional

Médicos, enfermeiros, auxiliares técnicos, psicólogos, assistentes sociais – que


receberam as informações diretamente do paciente –, como também aqueles que
tiverem acesso ao seu prontuário, como arquivistas, auditores, entre outros – os
quais devem ser em menor número possível –, estão obrigados a manter em
segredo tudo o que souberem nessas condições.
Ética e sigilo profissional

Aos estudantes deve ser ensinado, desde cedo, que os pacientes não são meros
“casos interessantes”, mas seres humanos, merecedores de todo o respeito,
empatia e resiliência e atenção, dada a condição de especial vulnerabilidade em
que cada um se encontra no momento em que busca ajuda médica.
Ética e sigilo profissional

Enfermaria – Paciente que não consegue urinar.


O técnico de enfermagem chega para o supervisor e comunica a necessidade
de fazer o uso da furosemida como medicação.
Ética e sigilo profissional

Caso Clara Castanho


Enfermeira, suspeita de acionar os jornalista a fim de conseguir dinheiro
através de informações sigilosas.
Gravidez indesejada, não planejada.
Vulnerabilidade emocional da atriz.
Quebra do sigilo

Existem situações em que sua violação é justificável por diferentes


motivos, embora ainda ocorram enormes debates sobre a prática
da quebra do sigilo.

A violação, entretanto, deve ser evitada ao máximo e, quando necessária,


comunicada ao paciente com antecedência para que ele não seja pego de
surpresa.
Quebra do sigilo

A primeira situação – e mais simples – ocorre quando o próprio


paciente autoriza por escrito (Termo de Consentimento) o médico
a compartilhar as informações obtidas no atendimento.
Essa possibilidade é aberta, por exemplo, a casos em que os dados
colhidos pelo médico podem auxiliar estudos técnicos-científicos,
Quebra do sigilo

Outra situação legal que excepciona o dever de sigilo concerne aos


maus-tratos contra a criança e o adolescente, circunstância cada
vez mais diagnosticada, e na qual são imprescindíveis a atenção e a
ação do profissional de saúde, a fim de evitar que o menor retorne ao
ciclo de violências, muitas das vezes ocorridas em sua própria
residência.
Quebra do sigilo

O ECA, em seu artigo 13: Os casos de suspeita ou confirmação de maus-


tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem
prejuízo de outras providências legais.
Quebra do sigilo

Outra hipótese de quebra do sigilo admitidas pela jurisprudência é a


requisição judicial do prontuário e a necessidade de defesa do
profissional, nos limites, porém, deve ser informar o que for
imprescindível (restringir as informações para explicitar o que é
extremamente necessário, prestando atenção nas informações) a
tais fins, conforme a Resolução CFM 1.605/2000 46

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