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Objetivos do artigo

4: O artigo tem como objetivo mostrar como foi a educação das duas princesas da monarquia
brasileira e como estas tiveram um tratamento diferente em sua educação, comparado com
outras mulheres na época que tinham o mesmo estatuto social. O artigo também tenta mapear
a importância da condessa de Barral na educação das duas princesas e como esta achava que
deveria ser uma "boa" formação para as possíveis futuras rainhas.
5: O artigo tem como objetivos compreender como foi feita a estruturação das escolas
públicas para os pobres durante o Império no século XIX e como estas atendiam o seu
público. Refletindo sobre questões como a obrigatoriedade do estudo, a presença das classes
baixas na escola e o não impedimento de negros e pardos dentro do âmbito escolar. O recorte
temporal do artigo é a monarquia constitucional, e o recorte espacial é Minas Gerais.
6 O artigo tem como objetivo fazer uma comparação entre a educação masculina feita por
protestantes americanos com a educação feminina oferecida pela congregação católica.
Tendo essas duas formas educacionais em convívio na Província de São Paulo, essa
comparação visa entender como essas duas organizações religiosas tiveram impacto na
educação da elite na metade do século XIX. O texto também tenta entender como funciona
cada estilo de ensino promovido, suas características e como essas abordagens eram
apreciadas pela elite das províncias paulistas
Fontes usadas e sua importância na análise
4: As fontes usadas foram anotações, cartas e outros registros escritos feitos pela condessa de
Barral e as duas princesas. Sendo as fontes de importante evidência, já que nas cartas e
documentos feitos pela condessa, podemos notar qual era a direção que ela estava tomando
na educação das princesas, como a grade de aulas, horários de estudo e sua formação como
damas. Já nos documentos das princesas, podemos observar o cronograma de Barral em
prática a partir do olhar das princesas, além de também poder ser observado como a condessa
tinha uma presença 24 horas sobre as duas.
5: As fontes utilizadas foram a Constituição Imperial de 1824, que garantia a instrução
primária a todos os cidadãos, e a norma da Província de Minas Gerais para a normalização da
educação gratuita e suas regras. Essas duas fontes foram usadas para mostrar como, no papel,
a educação gratuita já era algo requerido no período imperial. O artigo também usa como
fontes cartas feitas por políticos de Minas Gerais sobre a educação, como no caso de
Bernardo Pereira de Vasconcelos, em que este escreve sobre a educação ser uma importante
forma de igualar as faculdades morais do Brasil, assim mostrando o ideal civilizador presente
nessa ideia de educação. Também são usadas tabelas que mostram a distribuição étnica, o
parentesco do aluno junto com sua idade, a quantidade de alunos, quantidade de faltas e
observações dos professores sobre os alunos, estas usadas para compreender a presença negra
e mulata em sala de aula. Também são usados relatórios de inspetores da província, estes que
mostram o porquê da baixa presença dos alunos em sala de aula, já que estes tinham a
obrigação de conferir o porquê a criança não ia à aula. Também é usada uma imagem para
ilustrar uma sala de aula do período estudado no artigo.
6: O artigo usa como fontes discursos, cartas e registros de protestantes que estavam ou foram
enviados para o Brasil. Nestes documentos, mostram o interesse em criar uma escola nos
moldes americanos, com os ideais protestantes e como havia espaço para essa ideia no
território brasileiro. Também se usa de jornais, como a Gazeta de Campinas, em que é
mostrado como os protestantes estavam querendo criar um diálogo com os moradores sobre a
formação da escola e como esta seria boa para a elite da cidade e a formação intelectual de
seus filhos, falando sobre o currículo e objetivos da instituição. Também se usa os prospectos
da educação feminina da congregação católica para compreender o que estava sendo
idealizado e fornecido para a educação da elite feminina de São Paulo. Também é usado
registro de caderno de alunas que estudaram na instituição católica, assim conseguindo
entender como era a rotina da escola a partir do olhar de alguém que recebia essa educação.
Também se usa a grade de matérias que era fornecida na educação católica feminina.
Também é usado o registro de que famílias e figuras importantes da região mandavam seus
filhos e filhas para ambas as instituições, mostrando um aceitamento da elite com essa
educação.

Como as ideologias de cada regime político impactou o momento his de cada texto
4 A ideologia vigente na época era que somente homens deveriam ter uma educação para
liderar. No entanto, com a morte do único filho homem de Dom Pedro II, essa ideia teve que
ser reestruturada, abrindo assim uma brecha para que as princesas pudessem ter uma
formação política, visando futuramente liderar o país.
5: A ideologia vigente na época impacta na ideia de escola a ser oferecida a pessoas pobres,
já que essa educação estava sendo oferecida com a ideia de "civilizar" a população de classe
mais baixa, para nivelar com a classe mais alta numa ideia de que estas pessoas diminuíam a
grandeza da raça brasileira. Ideia em alta por conta do pensamento evolucionista e
hierarquização dos povos.
6 : A ideologia da época impacta na decisão de aceitar as duas instituições, pois a elite
paulista queria formar seus filhos homens da melhor forma possível para administrarem seus
negócios. Eles também desejavam aprimorar a formação de suas filhas como damas, ainda
mais com uma formação intelectual.

Destacar a principais conclusões do artigo


4 As principais conclusões dos artigos são de que a Condessa do Barral fez um equilíbrio
entre a educação feminina da época com uma masculina, mas sempre dando ênfase na ideia
de dama que as princesas deveriam seguir. Outra conclusão do texto é o próprio trabalho
político da condessa, que usava seu cargo como preceptora para atingir fins políticos
pessoais, como se aproximar da família real e suas decisões. Já que, com a educação que deu
às herdeiras do trono, deixou essas dependentes de seus conselhos, assim tendo um forte
impacto na vida política e pessoal das princesas, principalmente na de Isabel, a herdeira ao
trono.
5: As principais conclusões dos artigos são de que a elite brasileira tinha uma certa
preocupação com a educação básica geral, principalmente na ideia de "civilização", já que
desejavam mudar a percepção do Brasil, especialmente na Europa. No entanto, mesmo com
essa ideia, o empenho não foi muito sério, já que o investimento era baixo e as condições
materiais fornecidas às escolas eram precárias. Além disso, o salário baixo para os
professores também refletia na realidade dos estudantes, o que impossibilitava os estudos, ou,
na melhor das hipóteses, faziam-nos ir às vezes mesmo com a lei de obrigatoriedade. Com
todo esse acúmulo de experiências bem documentadas, o preconceito em relação ao
investimento na educação escolar pública só aumentou.
6 O artigo conclui que a elite paulista estava pensando a longo prazo ao aceitar as duas
instituições religiosas, visando ter os melhores substitutos para si. Assim, tinham que
proporcionar um alto nível de ensino não somente para seus filhos, que tocariam os negócios,
mas também para suas filhas, que seriam companheiras dos futuros donos da nação e
deveriam estar à altura de tal responsabilidade. O artigo também conclui que os dois tipos de
educação tiveram uma boa relação, já que na mesma casa poderiam coexistir pessoas que
frequentavam cada uma das escolas.

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