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1
Capítulos do manual
1. Encerramento de contas e SAF-T (PT) relativo à contabilidade
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
3. Declaração Modelo 22
4. Benefícios fiscais
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados e preparação
das demonstrações financeiras – modelo reduzido NCRF-PE
6. Dossiê fiscal
7. Prestação de contas
2
Pág. 8
as seguintes caraterísticas:
aplicações práticas
3
Pág. 8
2021
aplicações práticas
4
Pág. 216
5
Pág. 216
Volume de negócios
Dimensão Número de efetivos ou
aplicações práticas
Balanço total
≤ 50 milhões de euros
PME < 250
≤ 43 milhões de euros
6
Pág. 216
7
Pág. 216
8
Pág. 8
9
Capítulo 1.
Encerramento de contas
e SAF-T (PT) relativo
à contabilidade
10
SAF-T (PT) relativo à contabilidade
1. Encerramento de contas e
11
Pág. 15-18
12
Pág. 19-21
13
Pág. 21-22
14
Pág. 22-24
15
Pág. 24-28
I. Diários
16
Pág. 28-31
• Contabilidade Analítica
17
Capítulo 2.
Aspetos contabilísticos e fiscais
18
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
19
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
20
Pág. 35-36
• Aplicação retrospetiva
• Aplicação prospetiva
• Erros contabilísticos
21
Pág. 36
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• A entidade Micro Fábrica possui um equipamento, classificado como um item do ativo fixo
tangível (equipamento básico), pretendendo passar a mensurá-lo pelo modelo de
revalorização previsto no parágrafo 7.11 da NCRF-PE.
• Este equipamento básico é uma linha de produção, sendo o único equipamento da mesma
classe de ativos fixos tangíveis.
22
Pág.36-37
23
Pág. 36-37
Cálculos auxiliares:
• (1) Excedente de revalorização: € 150.000 – € 57.160 = € 92.840
Taxa efetiva de IRC (16,2%) (14,7% + 1,5% derrama)
• (2) Passivo por imposto diferido referente ao excedente: € 92.840 x 16,2% = € 15.040,08
24
Pág. 36-37
• A entidade Micro Fábrica utiliza a fórmula de custeio do FIFO para mensurar os inventários
(produtos acabados). Atendendo a que as entidades do mesmo setor de atividade utilizam,
por regra, o custo médio ponderado, a entidade optou por alterar a mensuração dos
produtos acabados do FIFO para o custo médio ponderado, com o objetivo de obter
informação mais relevante em termos de comparabilidade com as restantes entidades do
setor de atividade onde opera.
• De acordo com a NCRF-PE, essa alteração de política contabilística tem um efeito
retrospetivo.
• O efeito dessa alteração das fórmulas de custeio determina uma redução em € 100.000 no
custo do inventário de produtos acabados, sendo € 20.000 relacionada com o período
corrente e € 80.000 de períodos anteriores.
26
Pág. 37-38
27
Pág. 37-38
• Variação patrimonial negativa relevante nos termos do n.º 1 do art.º 24.º do CIRC (dedução
no campo 704 do Q07 da Modelo 22).
28
Pág. 38-40
• A justificação para este facto prende-se com o aumento da utilização dessa viatura no
transporte de bens para os clientes, prescindido de recorrer à contratação de entidades do
setor dos transportes rodoviários de mercadorias.
29
Pág.38-40
Dados:
30
Pág. 38-40
Cálculo auxiliares:
31
Pág. 38-40
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
31/12/2023 Depreciação do período da 6424 – Gastos de
13.125
viatura de mercadorias depreciação
4384 – Depreciações
13.125
acumuladas
Enquadramento fiscal
• Para efeitos fiscais, na determinação do lucro tributável, o gasto de depreciação do período é
dedutível, atendendo ao disposto no DR 25/2009, que aceita depreciações entre as taxas
máxima e a mínima.
32
Pág. 40
33
Pág. 40
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
30/11/2023 Fatura de serviços de 2022
56 – Resultados transitados 10.000
Enquadramento fiscal
As correções de erros contabilísticos com efeito em resultados de períodos anteriores não têm
relevância fiscal na determinação do lucro tributável do período corrente, nos termos do n.º 1 do
art.º 18.º do CIRC.
34
2.2. Meios financeiros líquidos
•
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Caixa
i. Fundo fixo
ii. Contagem física – diferenças entre a contagem e a contabilidade
• Depósitos bancários
i. Reconciliação bancária
ii. Obrigação de possuir e utilizar conta bancária
iii. Proibição de pagamento em numerário
• Outros instrumentos financeiros
i. Enquadramento contabilístico
ii. Distinção entre as contas 14 e 41
iii. Enquadramento fiscal
35
Pág. 41-42
Segregação de funções
Fundo fixo
36
Pág. 41-43
Conferência de saldos
37
Pág. 43
• A entidade Micro Fábrica criou, em dezembro de 2023, um fundo fixo de caixa para fazer face
a pequenas despesas diárias.
• Durante o mês de dezembro de 2023, foram suportadas despesas com a expedição de correio
no valor de € 200, tendo sido incorridas despesas com táxis para deslocações de
colaboradores à conservatória no montante de € 100.
38
Pág. 44
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
31/12/2023 Constituição do fundo fixo
111 – Caixa – Fundo fixo 1.000
39
Pág. 45
• A entidade Micro Fábrica efetuou uma contagem física do valor de caixa, tendo sido
determinado um valor de € 500, representado por notas e moedas existentes em 31/12/2023.
Constatou-se que o saldo devedor na contabilidade a essa data é de € 2.500.
40
Pág. 46
Enquadramento fiscal
Nos termos da alínea b) do n.º 1 do art.º 23.º-A do CIRC, não são aceites como gastos fiscais para
a determinação do lucro tributável as despesas não documentadas.
Esse gasto deve ser acrescido no campo 716 do Q07 da Modelo 22.
Adicionalmente, o montante das despesas não documentadas está sujeito a tributações
autónomas à taxa de 35% no valor de € 700 (€ 2.000 x 35%).
41
Pág. 47
42
Pág. 47-50
2.2. Meios financeiros líquidos
Procedimentos de controlo de Depósitos bancários
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Criação de subcontas
44
Pág. 51
2.2. Meios financeiros líquidos – Depósitos bancários
Aplicação prática 7 – Reconciliação bancária
Registos contabilísticos
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
46
Pág. 58
• A entidade Micro Fábrica adquiriu em 02/01/2023, 30.000 ações a € 2/cada, do capital social
da entidade X, cotada em bolsa, o que representa menos de 5% do capital da entidade X.
• O objetivo da aquisição das ações é a sua detenção para negociação, pretendendo-se obter
ganhos com a valorização em bolsa.
47
Pág. 58-59
48
Pág. 58-59
2.2. Meios financeiros líquidos – Outros instrumentos financeiros
Aplicação prática 8 – Instrumentos financeiros
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
02/01/2023 Pela aquisição das ações 142 – Instrumentos financeiros
60.000
com instrumentos detidos detidos para negociação
para negociação (1) 121 – Banco A 60.000
Pelas despesas de transação 6268 – Outras despesas 750
(1)
121 – Banco A 750
30/06/2023 Pela venda de 15 000 ações 12 – Banco A 31.500
a 2,10 por ação (2) 142 – Instrumentos financeiros
30.000
detidos para negociação
7862 – Rendimentos nos
restantes ativos financeiros – 1.500
Alienações
49
Pág. 58-59
2.2. Meios financeiros líquidos – Outros instrumentos financeiros
Aplicação prática 8 – Instrumentos financeiros
Data Descrição Conta Débito Crédito
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, o rendimento obtido pela alienação das ações é tributável em sede de IRC,
nos termos do n.º 9 do art.º 18.º do CIRC, não se aplicando o art.º 46.º do CIRC [nos termos
da alínea b) do n.º 1 do art.º 46.º do CIRC].
• O ganho obtido por aumentos de justo valor é um rendimento tributável nos termos da alínea
a) do n.º 9 do art.º 18.º do CIRC, sendo relevante para a determinação do lucro tributável.
• Em ambas as situações, não há que efetuar qualquer correção no Q07 da Modelo 22.
51
2.2. Meios financeiros líquidos – Jurisprudência e orientações administrativas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
52
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços
• Clientes
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
v. Créditos incobráveis
Notas de crédito
54
Pág. 60-63
Imparidade de clientes
55
Pág. 65
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Vendas e prestações de serviços
• A entidade Micro Fábrica efetuou uma venda de produtos acabados a um cliente na Suécia,
pelo valor de 150.000 coroas suecas (SEK), no dia 29/12/2023. Em 11/11/2023, foi recebido
um adiantamento por conta de vendas, para adjudicação da encomenda, no montante de
75.000 SEK. Os bens foram colocados à disposição do adquirente no dia 29/12/2023, de
acordo com o incoterm FOB, tendo a fatura sido emitida e paga no dia 03/01/2024.
• A taxa de câmbio da coroa sueca para o Euro em 11/11/2023 foi de 1 SEK equivale a 0,091 Euros.
• A taxa de câmbio da coroa sueca para o Euro em 29/12/2023 foi de 1 SEK equivale a 0,085 Euros.
• A taxa de câmbio da coroa sueca para o Euro em 31/12/2023 foi de 1 SEK equivale a 0,080 Euros.
56
Pág. 65
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Vendas e prestações de serviços
Aplicação prática 9 – Reconhecimento do rédito de vendas (vendas em moeda estrangeira)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
11/11/2023 Pelo adiantamento por 121 – Banco A 6.825
conta de vendas (1) 276 – Adiantamentos por conta
6.825
de vendas
29/12/2023 Pelo acréscimo do rédito da 276 – Adiantamentos por conta
6.825
venda de bens de inventário de vendas
e anulação do adiantamento 2721 – Devedores por
6.375
por conta de vendas (2) acréscimos de rendimentos
712 – Vendas – Produtos
13.200
acabados
29/12/2023 Pelo gasto das vendas dos 731 – Variação nos inventários
7.500
produtos acabados da produção
(variação nos inventários da
produção) (3) 34 – Produtos acabados 7.500
57
Pág. 65
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Vendas e prestações de serviços
Aplicação prática 9 – Reconhecimento do rédito de vendas (vendas em moeda estrangeira)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
58
Pág. 66
Enquadramento fiscal
• O gasto reconhecido pela diferença de câmbio desfavorável é também aceite para efeitos de
IRC, nos termos da alínea c) do n.º 2 do art.º 23.º do CIRC.
59
Pág. 71-72
• Por indicações da gerência, estavam constituídas perdas por imparidade para todas as dívidas
indicadas, exceto para o cliente D.
Assim, a conta “219 – Perdas por imparidade acumuladas” apresenta um saldo de € 50.000.
60
Pág. 72
Estavam verificados todos os requisitos para a dedução fiscal das perdas por imparidade
reconhecidas, com exceção da mora, nos termos e condições definidos nos artigos 28.º-A e 28.º-
B do CIRC. Assim, o valor acumulado das perdas por imparidade em créditos fiscalmente
dedutíveis em 31/12/2022 pode ser assim determinado:
Limite fiscal
Cliente Dívida Enquadramento legal
% Valor (€)
Cliente A 10.000 50% 5.000 art.º 28.º-B, n.º 1, al. c) e n.º 2, al. b)
Cliente B 5.000 0% – Não enquadrado no art.º 28.º-B
Cliente C 20.000 100% 20.000 art.º 28.º-B, n.º 1, al. b)
Cliente E 15.000 50% 7.500 art.º 28.º-B, n.º 1, al. c) e n.º 2, al. b)
Total 50.000 32.500
61
Pág. 71-73
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Clientes
• Relativamente à dívida de € 20.000 do cliente C, foi feito um acordo com plano de pagamento
em 15 prestações mensais, sem juros, e com início em 01/06/2024.
62
Pág. 71-73
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Clientes
Registos contabilísticos
63
Pág. 71-73
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
Em 2023 Pelo recebimento do cliente E 121 – Banco A 15.000
2175 – Clientes de cobrança
15.000
duvidosa – Cliente E
31/12/2023 Reversão da perda por 2195 – Perdas por
imparidade do cliente E (1) imparidade acumuladas – 15.000
Cliente E
76211 – Reversões – De
perdas por imparidade – 15.000
Clientes
(1) Existe uma reversão da perda por imparidade da dívida a receber do cliente E de € 15.000, atendendo a
que o cliente pagou a dívida, anteriormente reconhecida em perdas por imparidade. Adicionalmente,
existe uma nova perda por imparidade no montante de € 30.000 referente ao cliente D.
A conta “219 – Perdas por imparidade acumuladas” apresenta em 31/12/2023 um saldo de € 65.000.
64
Pág. 73-75
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Clientes
Aplicação prática 10 – Perdas por imparidade em dívidas a receber de clientes
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, vamos determinar o valor acumulado das perdas por imparidade em
créditos fiscalmente dedutíveis em 31/12/2023, admitindo que continuam verificados todos
os requisitos para a dedução fiscal, nos termos e condições definidos nos artigos 28.º-A e
28.º-B do CIRC. Assim, temos:
Limite fiscal
Cliente Dívida Enquadramento legal
% Valor (€)
Cliente A 10.000 100% 10.000 art.º 28.º-B, n.º 1, al. c) e n.º 2, al. d)
Cliente B 5.000 50% 2.500 art.º 28.º-B, n.º 1, al. c) e n.º 2, al. b)
Cliente C 20.000 0% - Não enquadrado no art.º 28.º-B
Cliente D 30.000 75% 22.500 art.º 28.º-B, n.º 1, al. c) e n.º 2, al. c)
Total 65.000 35.000
65
Pág. 73-75
Enquadramento fiscal
Resumo
Aceitação fiscal em Aceitação fiscal em
Cliente Dívida Diferença (+/-)
2022 2023
Cliente A 10.000 50% = 5.000 100% = 10.000 + 5.000
Cliente B 5.000 0% = 0 50% = 2.500 + 2.500
Cliente C 20.000 100% = 20.000 0% = 0 - 20.000
Cliente D 30.000 0% = 0 75% = 22.500 22.500
Cliente E 15.000 50% = 7.500 0 - 7.500
Total - 32.500 35.000 2.500
66
Pág. 73-75
Enquadramento fiscal
• Acresce no campo 718: € 20.000 (cliente C) (que tem um plano de pagamentos, mas ainda não
iniciou o pagamento) + € 7.500 (cliente D) (parte não aceite) = € 27.500
• Dedução no campo 762: € 7.500 (cliente E) (pois 50% não foi dedutível no período anterior)
• Dedução no campo 781: € 5.000 (cliente A) + € 2.500 (cliente B) (dedução adicional por perdas
por imparidade tributadas em períodos de tributação anteriores) = € 7.500
• No caso, aumenta em € 2.500 (€ 35.000 – € 32.500), pelo que se obtém um gasto fiscal adicional
deste valor.
67
Pág. 75
A entidade Micro Fábrica vendeu, em 2021, produtos acabados no montante de € 10.000 ao seu
cliente F.
No período de 2022, constituiu perdas por imparidade desse montante, tendo sido aceite 50%
para efeitos fiscais (mora entre 12 e 18 meses).
Registos contabilísticos
68
Pág. 76
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Clientes
Aplicação prática 11 – Créditos incobráveis
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
69
Pág. 77
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Clientes
Aplicação prática 11 – Créditos incobráveis
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
Realçamos que, em 2023, a incobrabilidade da dívida não tem impacto no resultado contabilístico
e a perda fiscal dos € 10.000 acaba por ficar refletida, para efeitos fiscais, do seguinte modo:
• Dedução fiscal de € 5.000 em 2022, correspondente à perda por imparidade dedutível;
• Dedução fiscal de € 5.000 em 2023, pela dedução desse valor no campo 762 do Q07.
• Esta dedução fiscal em 2023 pode ser vista como a dedução fiscal do crédito incobrável que é
gasto ou perda do período de tributação, para cujo montante não foi admitida perda por
imparidade ou esta se tenha mostrado insuficiente, nos termos do art.º 41.º do CIRC. No caso,
a perda por imparidade admitida fiscalmente mostrava-se insuficiente.
• Os créditos incobráveis que não se enquadrem no art.º 41.º do CIRC são acrescidos no campo
722 do Q07 da Modelo 22.
70
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços – Jurisprudência
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
71
2.4. Fornecedores de bens e de serviços
• Enquadramento contabilístico
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
72
Pág. 77-78
Conferência de faturas
73
Pág. 79-88
Letras e confirming
74
Pág. 88
75
Pág. 88
76
Pág. 89
2.4. Fornecedores de bens e de serviços
Aplicação prática 12 – Encargos suportados
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
77
Pág. 89
2.4. Fornecedores de bens e de serviços
(2) Parágrafo 14 da NCRF 7 (aplicação supletiva da NCRF-PE) – a quantia escriturada das peças
que são substituídas é desreconhecida.
(3) São consideradas como despesas de deslocações e estadas os encargos com a deslocação à
feira do gerente e como despesas de representação a deslocação do fornecedor, abonadas ao
gerente. As despesas de representação estão sujeitas a tributação autónoma no valor de € 87,50
(€ 1.250 x 7%).
(4) Em termos de IRC, a despesa com combustível não está devidamente documentada, não
sendo aceite em termos fiscais (não estando sujeita a tributação autónoma) – montante a
acrescer no campo 731 do Q07 da Modelo 22.
78
2.4. Fornecedores de bens e de serviços – Jurisprudência e orientações administrativas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
79
2.5. Pessoal e gastos com o pessoal
• Enquadramento contabilístico
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
81
Pág. 94
82
Pág. 95
83
Pág.
2.5. Pessoal e gastos com o pessoal
Aplicação prática 13 – Estimativa de férias e subsídio de férias
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
84
Pág. 95
85
Pág. 98-99
2.5. Pessoal e gastos com o pessoal
• A entidade Micro Fábrica obteve, no período de 2023, uma vez mais, excelentes
resultados, pelo que atribuiu ao seu sócio-gerente (que detém 60% do capital) e aos seus
empregados participações nos lucros relativos ao período de 2023. Como se encontravam
reunidas as condições necessárias, o gasto foi reconhecido no período em que os
empregados e o gerente prestaram serviço, ou seja, no período de 2023.
86
Pág. 99
2.5. Pessoal e gastos com o pessoal
Aplicação prática 14 – Participações nos lucros dos empregados
Registos contabilísticos
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
88
2.5. Pessoal e gastos com o pessoal – Orientações administrativas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
89
Pág. 101
90
Pág. 101
91
Pág. 101-106
2.6. Estado e outros entes públicos
Procedimentos de controlo de Estado e outros entes públicos
Da responsabilidade do órgão de gestão da entidade:
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Modelo 22 e portal das finanças: a consulta dos pagamentos por conta poderá ser
efetuada no portal das finanças em:
https://sitfiscal.portaldasfinancas.gov.pt/movfin
• A OCC disponibiliza simuladores do cálculo dos pagamentos por conta e dos pagamentos
adicionais por conta (incluindo a simulação para o Continente, Região Autónoma da
Madeira e Região Autónoma dos Açores).
https://www.occ.pt/pt/noticias/simuladores-occ/
93
Pág. 107
2.6. Estado e outros entes públicos
• Pagamentos por conta: artigos 104.º e 105.º do CIRC
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Volume de negócios
Fórmula de cálculo (cada prestação) Fonte dos elementos (M22 ano anterior)
ano anterior
• Os pagamentos por conta são deduzidos no campo 360 do Q10 da Modelo 22.
94
Pág. 107
2.6. Estado e outros entes públicos
96
Pág. 108
2.6. Estado e outros entes públicos
• Revogado
97
Pág. 109
• Derrama municipal
• Encargos (impostos e outros) sobre terceiros [art.º 23.º-A, n.º 1, al. f) do CIRC]
• Tributações autónomas
98
Pág. 114
2.6. Estado e outros entes públicos
• No mesmo mês, a entidade recebeu uma fatura de uma entidade consultora francesa, no
valor de € 600 (IVA incluído à taxa de 20%).
100
Pág. 120
101
Pág. 120
2.6. Estado e outros entes públicos
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
julho Fatura do fornecedor espanhol 6226 – Conservação e reparação 2.000
2471 – IVA suportado noutros países
420
– Espanha
22111 – Fornecedores c/c 2.420
julho Fatura do fornecedor francês 6224 – Honorários 500
2472 – IVA suportado noutros países
100
– França
22111 – Fornecedores c/c 600
novembro Reembolso do estado espanhol 12 – Depósitos à ordem 420
2471 – IVA suportado noutros países
420
– Espanha
Indeferimento do estado francês 6224 – Honorários 100
2472 – IVA suportado noutros países
100
– França
102
Pág. 120-122
Enquadramento fiscal
Em termos de IRC, importa fazer referência à Circular n.º 14/2008, de 11 de julho, nos termos
da qual “Sempre que não seja exercido o direito ao reembolso do IVA, o montante do IVA
contabilizado como custo não é dedutível para efeitos de determinação do lucro tributável em
IRC, porque não se verifica o requisito exigido pelo n.º 1 do artigo 23.º do respetivo Código”.
Assim, no fecho de contas, deve-se verificar se existe para cada país IVA superior a € 50, por
forma a questionar o sujeito passivo da possibilidade de reembolso. Caso haja essa
pretensão, avança-se com o pedido de reembolso, ficando-se a aguardar resposta. No caso de
não se pretender efetuar o pedido de reembolso, avança-se para a sua regularização
contabilística e posterior acréscimo no Q07 da Modelo 22.
103
Pág. 120-122
Enquadramento fiscal
Nos casos em que o IVA é inferior a € 50, não sendo passível de pedido de reembolso, avança-se
para a sua regularização contabilística, sem acréscimo no Q07 da Modelo 22.
Sempre que não seja exercido esse direito ao reembolso (sendo esse reembolso possível), o
montante do IVA reconhecido como gasto não é dedutível para efeitos de determinação do lucro
tributável em IRC, porque não se verifica o requisito exigido pelo n.º 1 do art.º 23.º do respetivo
Código.
No caso da entidade Micro Fábrica, o IVA suportado em França foi indevidamente liquidado pelo
fornecedor, pelo que, não sendo possível recuperar esse montante, deverá ser reconhecido como
gasto contabilístico, mas acrescido no campo 752 do Q07 da Modelo 22.
104
2.6. Estado e outros entes públicos – Jurisprudência
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
105
Pág. 122
2.6. Estado e outros entes públicos
• Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Taxas de tributação autónoma viaturas ligeiras: n.º 3 do art.º 88.º do Código do IRC
Custo de aquisição
(valores em €) “Normais” Híbridas plug-in* Movidas a GNV Elétricas**
Superior a 62.500 - - - 7%
(*) Para viaturas híbridas plug-in que tiverem uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais
inferiores a 50 gCO2/km
(**) O limite do custo de aquisição para as viaturas elétricas é de € 45.000 para 2011, € 50.000 para 2012 a 2014 e
€ 62.500 a partir de 2015
106
Pág. 123
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 18 – Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Em fevereiro de 2023, a entidade Micro Fábrica celebrou com um trabalhador um acordo escrito
de utilização a título pessoal de uma viatura ligeira de passageiros, adquirida em 10 de janeiro de
2020 por € 50.000. Para efeitos do processamento mensal de remunerações, teríamos:
Rendimento a tributar em fevereiro de 2023 em IRS:
• (0,75% x valor de mercado da viatura x 1 mês), em que,
• Valor de mercado da viatura (idade da viatura é 2 anos) = Valor de aquisição – (Valor de
aquisição x Coeficiente de desvalorização acumulado da Portaria n.º 383/2003)
Valor de mercado = € 50.000 – (€ 50.000 x 0,35)
Valor de mercado = € 50.000 – € 17.500 = € 32.500
• Assim, o rendimento a considerar será de: 0,75% x € 32.500 = € 243,75
https://portal.occ.pt/pt-pt/simulador-viatura
107
Pág. 123-124
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 18 – Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Da responsabilidade do trabalhador:
108
Pág. 123-124
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 18 – Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
109
Pág. 125-131
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Procedimentos de controlo de inventários, custo dos inventários e variação da produção
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Segregação de funções
Contagem física
Contabilidade analítica
Regime de bens em circulação e comunicação dos inventários à Autoridade Tributária e
Aduaneira (AT)
Documentação para a contabilidade
110
Pág. 131
111
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
• Sistemas de inventário (permanente e intermitente)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Enquadramento contabilístico
• Mensuração dos inventários
• Custo e valor realizável líquido
• Custo de aquisição e custo de produção
• Custos de empréstimos obtidos
• Técnicas e fórmulas de custeio para a mensuração dos inventários
• Enquadramento fiscal
• Critérios de mensuração fiscal – art.º 26.º do CIRC (“Inventários”)
• Perdas por imparidade em inventários (art.º 28.º do CIRC)
• Comunicação dos inventários à AT (valorização apenas para inventário permanente –
acordo de concertação social)
112
Pág. 138
• Durante o mês de dezembro de 2023, são conhecidos os seguintes dados da entidade Micro
Fábrica (valores em €):
• Compras de matérias para a produção: 32.500
• Gastos com o pessoal da produção: 8.000
• Eletricidade da fábrica: 1.500
• Depreciações das máquinas: 10.000
• Outros: 1.500
• Relativamente às matérias para a produção, sabe-se que a existência inicial estava mensurada
por € 7.500 e a existência final tem o valor de € 9.000.
• Durante o mês foram produzidas 10.000 unidades.
113
Pág. 139
114
Pág. 139
Consumos = EI + Compras – EF
Consumos = € 31.000
115
Pág. 139-140
116
Pág. 139-140
117
Pág. 139-140
118
Pág. 139-140
Foram vendidas as 10.000 unidades, valorizadas a € 52.000, por € 100.000. Foi utilizado o custo
específico.
119
Pág. 140
Ainda no mês de dezembro, a entidade Micro Fábrica apurou as seguintes quebras nas matérias:
• Independentemente do valor das quebras, para regularizar o inventário, deve ser elaborado
um documento que identifique a quantidade e o valor (preço de custo, sem IVA) das quebras,
servindo este documento de suporte ao movimento contabilístico.
• Estas perdas derivadas de quebras podem ser relevadas na contabilidade periodicamente,
socorrendo-se de um registo extra contabilístico onde se enumerem e quantifiquem estas
situações que se pretendam relevar, o qual suportará, documentalmente, o lançamento
contabilístico.
• Contabilisticamente, as quebras normais são relevadas no apuramento do CMVMC (conta 61),
as outras quebras, não sendo consideradas normais, terão o seguinte reflexo:
• Débito: 6842 – Quebras
• Crédito: 38x – Reclassificação e regularização de inventários e ativos biológicos
121
Pág. 141
122
Pág. 141
Enquadramento fiscal
• Em termos fiscais, este gasto será aceite dado que as perdas de inventários resultantes de
quebras fazem parte do exercício da atividade.
• É sempre aconselhável fazer a comunicação de abates de inventários ao serviço de finanças
com uma antecedência mínima de 15 dias para a AT poder fazer deslocar um agente de
fiscalização para presenciar o ato se assim o entender. A presença desse agente da AT confere
o máximo de segurança em relação às consequências fiscais relacionadas com o abate
(aceitação do gasto fiscal e inexistência de regularização do IVA).
• A comunicação do abate dos inventários pode ser efetuada de acordo com os procedimentos
similares previstos no n.º 3 do art.º 31.º-B do CIRC, para os ativos não correntes.
123
Pág. 141
Enquadramento fiscal
• Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos os bens que se encontrem em qualquer
dos locais em que o sujeito passivo exerce a sua atividade e presumem-se transmitidos os
bens adquiridos, importados ou produzidos que se não encontrem em qualquer desses locais
(art.º 86.º do CIVA).
124
Pág. 142
• A entidade Micro Fábrica, após análise aos inventários finais dos produtos acabados, detetou
que existem 50 unidades em que o preço de venda é inferior ao preço de custo. O preço de
custo destas unidades é de € 5,20/unidade e o preço de venda é de € 2/unidade.
Enquadramento contabilístico
• Em termos de mensuração, o parágrafo 11.1 da NCRF-PE refere que os inventários devem ser
mensurados pelo custo ou valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.
• O procedimento contabilístico previsto nos parágrafos 11.20 a 11.24 da NCRF-PE estabelece
que quando algum item de inventários, ou itens semelhantes, sofram alguma desvalorização,
o seu custo (de aquisição ou de produção) deve ser reduzido para o respetivo valor
recuperável, que é o valor realizável líquido.
125
Pág. 142
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
dezembro Imparidades em inventários 652 – Perdas por imparidades – Em
160
inventários
349 – Perdas por imparidade
160
acumuladas
• Para suportar estes registos contabilísticos deve ser comprovada a redução de valor dos bens,
nomeadamente por deterioração do seu estado físico, da desvalorização permanente do seu
preço de mercado ou de qualquer outra razão que justifique o reconhecimento da perda por
imparidade.
• Essa comprovação pode ser efetuada através de documentos internos de análise técnica dos
itens do inventário, como por exemplo um relatório do responsável técnico pela produção ou
armazenagem dos bens, cotações oficiais de preços, os últimos preços praticados pela
entidade ou também através de relatórios emitidos por entidades terceiras.
126
Pág. 143
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Aplicação prática 21 – Perdas por imparidade em inventários
Enquadramento fiscal
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
128
Pág. 146
2.8. Investimentos financeiros
Procedimentos de controlo de investimentos financeiros
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
129
Pág. 151
2.8. Investimentos financeiros
• Enquadramento contabilístico
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
130
Pág. 151-152
• Enquadramento fiscal
132
Pág. 158
• A entidade Micro Fábrica adquiriu, em setembro de 2023, uma participação social de 70% na
Sociedade C, pelo valor de € 56.000. O capital próprio da subsidiária (sociedade C), na data da
aquisição, era de € 60.000 e representava o justo valor líquido dos ativos, passivos e passivos
contingentes identificáveis.
• Dado que a entidade Micro Fábrica adota a NCRF-PE, efetivamente resulta do parágrafo 17.7
da NCRF-PE que poderá optar pelo MEP para o reconhecimento dos investimentos financeiros
em subsidiárias, associadas ou entidades conjuntamente controladas.
133
Pág. 158
Registos contabilísticos
134
Pág. 158
• A entidade Micro Fábrica detém duas participações, tendo optado pelo MEP para
reconhecimento contabilístico dos investimentos financeiros. Relativamente ao ano de 2023,
sabe-se a seguinte informação:
135
Pág. 159
136
Pág. 159
2.8. Investimentos financeiros
Aplicação prática 23 – Aplicação do MEP – Imputação dos resultados das participadas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
• Considerando que a entidade Micro Fábrica recebeu lucros da sua participada (sociedade A)
no ano de 2023, o valor efetivamente recebido (€ 20.000) deve ser acrescido no campo 712 do
Q07 da Modelo 22.
• Considerando que a entidade Micro Fábrica reúne todos os requisitos previstos no art.º 51.º
do CIRC, os lucros recebidos (€ 20.000) não são tributados, pelo que devem ser deduzidos no
campo 771 (eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos).
• De notar que, no momento da distribuição dos lucros, por parte da sociedade A, não houve
lugar à retenção na fonte, nos termos da alínea c) do n.º 1 do art.º 97.º do CIRC. Esta alínea
refere que não existe obrigação de retenção nos:
• Lucros e reservas distribuídos a que seja aplicável o regime estabelecido no n.º 1 do art.º
51.º, desde que a participação no capital tenha permanecido na titularidade da mesma
entidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior à data da sua colocação à
disposição.
137
Pág. 159
138
Pág. 160
Enquadramento fiscal
• Tal como já referido, a adoção do MEP não é aceite fiscalmente, pelo que, em termos fiscais, a
entidade Micro Fábrica terá de eliminar o efeito contabilístico do MEP.
• Assim, o valor reconhecido na conta 7851 deve ser deduzido no campo 758 do Q07 da Modelo
22.
• O valor reconhecido na conta 6852 deve ser acrescido no campo 712 do Q07 da Modelo 22.
139
Pág. 160
Da aplicação prática anterior resultou que a entidade Micro Fábrica, pela aquisição da
participação na sociedade C, apurou um goodwill no valor de € 14.000.
Enquadramento contabilístico
140
Pág. 160
141
Pág. 160-161
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, as amortizações do goodwill não são fiscalmente aceites, porque não estão
compreendidas nas situações previstas no art.º 29.º do CIRC.
• Por seu lado, o n.º 1 do art.º 45.º-A do CIRC prevê a possibilidade de dedução fiscal, em partes
iguais, durante 20 anos, para o goodwill adquirido numa concentração de atividades
empresariais. Esta disposição não se aplica ao goodwill respeitante a participações sociais
[alínea b) do n.º 4 do art.º 45.º-A do CIRC].
• O art.º 12.º da Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, determina que a referida dedução fiscal só se
aplica relativamente a ativos intangíveis e goodwill adquiridos em períodos de tributação que
se tenham iniciado em, ou após, 1 de janeiro de 2014.
Em termos da Modelo 22, a sociedade Micro Fábrica deve:
• Acrescer a amortização reconhecida na contabilidade (€ 1.400) no campo 719 do Q07.
142
Pág. 161
144
Pág. 162
Enquadramento fiscal
• Em termos fiscais, no âmbito do art.º 46.º do CIRC, devem ser determinadas as respetivas
mais ou menos-valias decorrentes da alienação da participação social.
• O valor de aquisição é o valor referente ao custo (histórico) de aquisição da participação,
eventualmente líquido de perdas por imparidade, não sendo influenciado pela mensuração
pelo MEP. Este valor de aquisição deve incluir o valor dos instrumentos de capital próprio
(ações ou quotas), bem como de outros instrumentos de capital próprio.
• Se a alienação das partes de capital se referir a uma participação adquirida há mais de 2 anos,
deve ser aplicado o respetivo coeficiente de desvalorização monetária, nos termos do art.º
47.º do CIRC. Esse coeficiente apenas pode ser aplicado às partes de capital (e não aos outros
instrumentos de capital próprio).
• Em termos fiscais, quando uma mais-valia ou menos-valia, decorrente de uma alienação,
resultar de uma participação social noutra entidade e se cumpram os requisitos previstos no
art.º 51.º-C do CIRC e nas alíneas a), c) e e) do n.º 1 do art.º 51.º do CIRC, bem como o
requisito previsto na alínea d) do n.º 1 ou no n.º 2 do mesmo artigo, esta não é relevante na
determinação do lucro tributável de IRC.
145
Pág. 162
Enquadramento fiscal
• Cumprindo esses requisitos, nomeadamente a participação não ser inferior a 10% e desde que
a participação no capital tenha permanecido na titularidade da mesma entidade, de modo
ininterrupto, por um período não inferior a 12 meses, essa mais-valia fiscal não é tributada em
sede de IRC na esfera da entidade participante, nem a menos-valia é dedutível.
• A prova do cumprimento destes requisitos deve ser efetuada através de declarações ou
documentos confirmados e autenticados pelas entidades públicas competentes, nos termos
do art.º 51.º-B do CIRC.
• No caso da entidade Micro Fábrica, o cálculo da mais ou menos-valia pela alineação da
participação é o seguinte:
• € 100.000 – (€ 150.000 x 1,12*) = (€ 68.000) (menos-valia fiscal)
• (*) Portaria n.º 340/2023, de 8 de novembro – atualização dos coeficientes de desvalorização da moeda a aplicar aos
bens e direitos durante o ano de 2023
146
Pág. 163
Enquadramento fiscal
Preenchimento da Modelo 22
Menos-valia contabilística
• O valor da menos-valia contabilística (€ 20.000) deve ser acrescido no campo 736 do Q07.
• Se existir uma menos-valia fiscal, que possa ser dedutível por não se reunirem os requisitos do
art.º 51.º-C do CIRC, esta deve ser deduzida no campo 769 do Q07.
• Verificados os requisitos indicados, às menos-valias fiscais aplica-se o regime de “participation
exemption” previsto no art.º 51.º-C do CIRC.
• Neste caso, a menos-valia fiscal deixa de ser relevante fiscalmente, devendo ser retirada da
imputação ao lucro tributável de IRC. Isto é, assumindo que a entidade Micro Fábrica cumpre
com os requisitos do art.º 51.º-C do CIRC, a menos-valia fiscal não concorre para o lucro
tributável. Nestas condições, não deve ser preenchido o campo 769 do Q07.
• Não se aplicando o art.º 51.º-C do CIRC, a menos-valia fiscal obtida é fiscalmente relevante.
147
Pág. 166-168
148
Pág. 169
• Propriedades de investimento
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento contabilístico
• Alienação e abates
149
Pág. 170
Enquadramento fiscal
150
Pág. 172
• Ativos intangíveis
Enquadramento contabilístico
Enquadramento fiscal
• Regime fiscal dos ativos intangíveis com vida útil indefinida – art.º 45.º-A do CIRC
151
Pág. 181
• O imóvel foi adquirido por € 150.000 em janeiro de 2019, tendo sido objeto de
depreciações de 2019 a 2022 no montante de € 28.125.
152
Pág. 181
• Este cálculo extracontabilístico permite determinar desde logo se a alienação irá determinar
uma mais ou menos-valia (ganho ou perda).
153
Pág. 182
154
Pág. 182
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, há que determinar a mais ou menos-valia fiscal nos termos do art.º 46.º e
seguintes do CIRC.
• Mais-valia fiscal = Valor de realização – (Custo de aquisição – Depreciações aceites fiscalmente
– Perdas por imparidade aceites fiscalmente) x Coeficiente desvalorização monetária
• Como esta mais-valia se refere a um imóvel, há ainda que ter em atenção o disposto no art.º
64.º do CIRC.
• De acordo com este artigo, se o Valor Patrimonial Tributário (VPT) definitivo determinado à
data da venda for superior ao valor de realização (do contrato de venda), deve ser esse VPT a
ser considerado na determinação do resultado fiscal.
• Mais-valia fiscal = € 200.000 – (€ 150.000 – € 28.125) x 1,09* = € 67.156,25
• (*) Portaria n.º 340/2023, de 8 de novembro – atualização dos coeficientes de desvalorização da moeda a
aplicar aos bens e direitos durante o ano de 2023
155
Pág. 183
2.9. Investimentos não financeiros
Aplicação prática 26 – Mais-valias, VPT e reinvestimento
Enquadramento fiscal – Preenchimento da Modelo 22
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Mais-valia contabilística
• Dedução no campo 767 do Q07, no valor de € 78.125
Mais-valia fiscal
• Acréscimo no campo 739, no valor de € 67.156,25 (sem intenção de reinvestimento)
• Ou acréscimo no campo 740, no valor de € 33.578,13 (com intenção de reinvestimento)
Correções do valor de aquisição e de alienação para o VPT
• Acréscimo da diferença positiva entre o VPT e o VR [conforme alínea a) do n.º 3 do art.º 64.º
do CIRC], no campo 745 do Q07 [diferença entre o VPT à data da venda e o VR, isto é, € 10.000
(€ 210.000 – € 200.000)]
• Dedução da diferença positiva entre o VPT e o VA [conforme alínea b) do n.º 3 do art.º 64.º do
CIRC], no campo 772 do Q07 [diferença entre o VPT à data de aquisição e o VA, isto é, € 50.000
(€ 200.000 – € 150.000)]
Assim, no caso da Micro Fábrica, o resultado tributável resultante da alienação do imóvel será:
• Mais-valia fiscal = € 33.578,13 (assumindo que existe intenção de reinvestimento)
• Correção do VPT/VR = € 10.000
• Correção do VPT/VA = (€ 50.000)
• Resultado tributável = (€ 6.421,87)
156
Pág. 188
2.9. Investimentos não financeiros
• Se o website, para além dos aspetos publicitários, constituir uma plataforma para a realização
de vendas online, esperando-se, por conseguinte, que do seu uso fluam benefícios
económicos futuros para a entidade, então o seu custo poderá ser reconhecido como um
ativo intangível se se encontrarem reunidas todas as condições previstas no capítulo 8 da
NCRF-PE – Ativos intangíveis.
157
Pág. 188
O objetivo será a criação de uma plataforma de vendas online, sendo reconhecido como ativo
intangível.
Registo contabilístico
Data Descrição Conta Débito Crédito
2023 Pela contratação dos
454 – Ativos intangíveis em curso 15.000
serviços para o
desenvolvimento do
2711 – Fornecedores de investimentos 15.000
website
158
Pág. 188
• A entidade Micro Fábrica adquiriu um novo módulo de gestão para o arquivo documental e
workflows de aprovações. Na fatura de aquisição consta a quantia de € 25.000 para a
aquisição do módulo, o valor de € 5.000 para a instalação e € 1.500 para a formação dos
colaboradores.
• Estando perante a aquisição de um módulo para a melhoria da eficiência da gestão da
entidade, podemos assumir que estão reunidos todos os requisitos previstos no capítulo 8 da
NCRF-PE, para o reconhecimento como ativo intangível.
• Quanto à mensuração, devemos atender ao parágrafo 8.4 da NCRF-PE, o qual refere que um
ativo intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.
• Os parágrafos 8.10 a 8.13 da NCRF-PE abordam alguns dispêndios que deverão ser
reconhecidos como gastos, nos quais se incluem as despesas com formação [alínea c) do
parágrafo 8.12].
159
Pág. 188
Registo contabilístico
160
Pág. 189
161
Pág. 189
Registo contabilístico
162
Pág. 190
Enquadramento fiscal
• Em termos fiscais e de acordo com o disposto no art.º 45.º-A do CIRC, pode-se deduzir uma
vigésima parte do custo do ativo no apuramento do lucro tributável, originando uma diferença
entre o valor contabilístico e o valor fiscal. No caso em concreto, a entidade inscreveu o valor
de € 10.000 no campo 792 do Q07 da Modelo 22.
• Em termos fiscais, a amortização da marca (vida útil indefinida) não é aceite apesar de o
procedimento contabilístico (em 2016) ter sido alterado, passando a prever a amortização.
• Estes ativos continuam a não ter uma vida útil definida, pelo que também não possuem uma
vigência temporal limitada, o que determina que o gasto com amortização continua a não ser
dedutível para efeitos de IRC.
• A dedução fiscal prevista no art.º 45.º-A do CIRC não deve ser confundida com a dedução
fiscal da amortização contabilizada, tratando-se de dois procedimentos distintos, com âmbito
e propósito diferentes.
• Assim, a entidade deve acrescer o valor da amortização de € 20.000 no campo 719 do Q07 da
Modelo 22 e deduzir no campo 792 do mesmo Q07 o montante de € 10.000 (montante que a
entidade deduz desde o período de 2015).
163
Pág. 190
164
Pág. 189 -193
• Conceito de capital
• Aplicação dos resultados
• Reservas legais (conta 551) – obrigatoriedade de constituição e limites
• Limite de distribuição aos sócios
• Perda de metade do capital – art.º 35.º do CSC
• Ações e quotas próprias (aquisição e alienação)
• Outros instrumentos de capital próprio (prestações suplementares e acessórias)
• Doações
• Subsídios
• Outros
165
Pág. 193
166
Pág. 194
Registos contabilísticos
Data Descrição Conta Débito Crédito
01/01/2023 Pela transferência do 818 – Resultado líquido 100.000
resultado líquido no
início do período 56 – Resultados transitados 100.000
29/03/2023 Pela aplicação do 56 – Resultados transitados 52.000
resultado de 2022 551 – Reservas legais 1.000
5521 – Reservas livres 1.000
264 – Sócios – Resultados atribuídos 50.000
30/04/2023 Pela colocação à 264 – Sócios – Resultados atribuídos 50.000
disposição dos 242 – Retenção na fonte de IRS (28%) 14.000
dividendos
265 – Sócio – Lucros disponíveis 36.000
30/04/2023 Pelo pagamento de lucros 265 – Sócio – Lucros disponíveis 36.000
aos sócios 12 – Depósitos à ordem 36.000
167
Pág. 194
Registos contabilísticos
168
Pág. 194
Enquadramento fiscal
• As variações patrimoniais resultantes da aplicação do resultado do período descritas no
presente exemplo não têm relevância fiscal. Com efeito, as saídas, em dinheiro ou em espécie,
em favor dos titulares do capital, a título de remuneração ou de redução do mesmo, não
constituem variação patrimonial negativa dedutível (art.º 24.º do CIRC).
• Esses rendimentos obtidos pelos sócios serão, contudo, tributados na esfera destes, de acordo
com as regras aplicáveis em IRS (sócios pessoas singulares) ou IRC (sócios pessoas coletivas).
Importa ter em conta as regras de eliminação da dupla tributação económica que possam ser
aplicáveis.
• Na esfera das pessoas singulares, chama-se a atenção para o facto de a retenção na fonte
efetuada nos termos do art.º 71.º do Código do IRS ter natureza liberatória.
• Com efeito, em IRS, os rendimentos provenientes de lucros são considerados rendimentos de
capitais, conforme a alínea h) do n.º 2 do art.º 5.º do CIRS, sujeitos a retenção na fonte à taxa
liberatória de 28%, quer se trate de residentes ou de não residentes, conforme prevê a alínea
a) do n.º 1 do art.º 71.º do CIRS.
169
Pág. 195
Enquadramento fiscal
• Os sujeitos passivos residentes podem optar pelo englobamento (números 8 e 9 do art.º 71.º
do CIRS), ficando, nesse âmbito, obrigados a englobar a totalidade dos rendimentos da mesma
categoria, conforme dispõe o n.º 5 do art.º 22.º do CIRS.
• Na opção pelo englobamento, os lucros são considerados em apenas 50% do seu valor,
conforme prevê a alínea a) do n.º 1 do art.º 40.º-A do CIRS. Contudo, conforme estabelecido
no referido n.º 9 do art.º 71.º do CIRS, feita a opção pelo englobamento, a retenção que tiver
sido efetuada tem a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final, o que
significa que é deduzida a totalidade do imposto retido, ainda que o rendimento seja apenas
tributável em 50%.
• A opção, ou não, pelo englobamento deve ser mencionada nos campos 01 ou 02 do Q.4-A do
Anexo E, com preenchimento, no caso de opção, do Q.4-B da declaração modelo 3 de IRS.
• Os rendimentos englobados devem ser declarados em apenas 50% do respetivo montante.
170
Pág. 204
171
Pág. 204
• Reconhecimento inicial
• Princípio do balanceamento entre rendimentos e gastos
• Subsídios reembolsáveis
• Empréstimos sem juros ou taxas inferiores às do mercado
• Subsídios não reembolsáveis
• Subsídios relacionados com ativos
• Subsídios relacionados com rendimentos
Enquadramento fiscal
• Artigos 20.º e 22.º do CIRC
172
Pág. 208
173
Pág. 209
2.11. Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Aplicação prática 31 – Subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registo contabilístico
Data Descrição Conta Débito Crédito
01/02/2023 Pelo recebimento do subsídio 12 – Depósitos à ordem 20.000
5931 – Subsídios atribuídos 20.000
Enquadramento fiscal
• Art.º 22.º, n.º 1, al. d) do CIRC: quando os subsídios não respeitem aos ativos referidos
nas alíneas anteriores, devem ser incluídos no lucro tributável, em frações iguais, durante
os períodos de tributação em que os elementos a que respeitam sejam inalienáveis, nos
termos da lei ou do contrato ao abrigo dos quais os mesmos foram concedidos, ou, nos
restantes casos, durante 10 anos, sendo o primeiro o do recebimento do subsídio.
• Assim, durante um período de 10 anos, há que efetuar um acréscimo ao lucro tributável
de € 20.000/10 = € 2.000, no campo 702 do Q07 da Modelo 22.
174
Pág. 209
Enquadramento contabilístico
175
Pág. 210-211
Embora a dívida do cliente possa ainda nem sequer estar em mora, o conhecimento, no período
subsequente, de que o cliente está na iminência de entrar em processo de insolvência, é um
facto que confirma que à data do balanço já existia uma perda por imparidade, que deverá ser
reconhecida nas demonstrações financeiras da entidade em 2023.
176
Pág. 211
• Se a entidade reconheceu em 2023 uma perda por imparidade por um montante inferior
ao valor total da dívida do cliente – deverá ajustar a respetiva quantia de perda por
imparidade para o valor total da dívida e atualizar as respetivas divulgações no anexo;
• Se a entidade não reconheceu em 2023 qualquer perda por imparidade para a dívida do
cliente – deverá reconhecer a perda por imparidade pelo valor total da dívida e atualizar
as respetivas divulgações no anexo.
177
Pág. 211
2.12. Acontecimentos após a data do balanço
Aplicação prática 32 – Acontecimentos após a data do balanço
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
2. A entidade tem um processo judicial em curso desde outubro de 2023, movido por um ex-
empregado que reclama uma indemnização à entidade, no valor de € 10.000, por doença
profissional. Em 14/02/2024 foram conhecidos os resultados dos exames médicos periciais,
realizados ao ex-empregado, que confirmam a presença de danos em órgãos internos
provocados pela máquina que operava. A entidade não efetuou até à data o reconhecimento
deste facto nas suas demonstrações financeiras.
• O conhecimento dos resultados dos exames médicos periciais efetuados ao ex-empregado
aumentam, muito provavelmente, o risco de a entidade ter de pagar a indemnização
requerida em tribunal, ou seja, vem reforçar uma condição que já existia à data do balanço de
2023, i.e., uma obrigação presente, devendo dar lugar a um ajustamento em 2023.
• Como a entidade não efetuou qualquer registo, deve reconhecer uma provisão nas
demonstrações financeiras de 2023, pela melhor estimativa do valor da perda potencial, a
qual poderá ser o valor requerido em tribunal, ou seja, € 10.000.
178
Capítulo 3.
Declaração Modelo 22
179
3.1. Prazos
3. Declaração Modelo 22
3.2. Taxas
180
Pág. 215
3.1. Prazos
3. Declaração Modelo 22
• Até ao último dia do mês de maio, independentemente desse dia ser útil ou não útil
(por transmissão eletrónica);
• No caso de sujeitos passivos com período especial de tributação, até ao último dia do
5.º mês posterior à data do termo desse período (dia útil ou não útil).
181
Pág. 215
3.2. Taxas
Para o período de 2023, as taxas de IRC são as seguintes:
3. Declaração Modelo 22
Descrição Taxas
Taxa geral 14,7%
Taxa reduzida para PME e 11,9% para os primeiros € 50.000
small mid cap de matéria coletável
• Tendo em conta que a taxa reduzida indicada tem um âmbito de aplicação limitado às
PME e small mid cap, encontra-se sujeita às regras europeias aplicáveis em matéria de
auxílios de minimis, pelo que os sujeitos passivos que beneficiem deste escalão de taxa
devem preencher o Q09 do anexo D da Modelo 22.
• Este benefício da redução de taxas deve ser inscrito no campo 904-B do anexo D.
182
Pág. 215-216
O Orçamento do Estado para 2023 criou, para 2022 e 2023, um regime excecional no
3. Declaração Modelo 22
âmbito do IRC, que consiste no desagravamento das taxas de tributação autónoma (não
aplicação do aumento de 10 p.p. em caso de prejuízo fiscal), quando:
• O sujeito passivo tenha obtido lucro tributável em um dos três períodos de tributação
anteriores e as obrigações declarativas previstas nos artigos 120.º e 121.º do CIRC
(Modelo 22 e IES), relativas aos dois períodos de tributação anteriores, tenham sido
cumpridas nos termos neles previstos;
183
Pág. 216
É importante salientar que o conceito de PME é uma classificação económica que em nada
interfere com os conceitos contabilísticos.
184
Pág. 218
3.5. Isenções e taxas reduzidas de derrama sujeitos à regra de minimis a partir de 2019
• De entre as alterações à Lei das Finanças Locais (LFL) que entraram em vigor no dia
01/01/2019 (art.º 18.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro), o n.º 1 do art.º 18.º da LFL
3. Declaração Modelo 22
passou a prever que os municípios podem deliberar lançar uma derrama, de duração anual
e que vigora até nova deliberação, até ao limite máximo de 1,5% sobre o lucro tributável.
Esta deliberação deixou de ser obrigatoriamente anual e foram aditados os números 22 a
25 ao referido artigo, importando salientar o disposto no n.º 25:
• “Os benefícios fiscais previstos nos números anteriores estão sujeitos às regras europeias
aplicáveis em matéria de auxílios de minimis.”.
• O benefício fiscal que o sujeito passivo tem pelo facto de o município onde se encontra
deliberar a aplicação de taxas reduzidas ou de isenção de derrama municipal deve ser
inscrito no campo 904-E do anexo D à Modelo 22 (obrigatoriamente a partir de 2019).
• O montante do benefício a declarar corresponde à diferença da coleta de derrama
municipal calculada entre a taxa normal e a taxa reduzida ou, no caso de isenção, ao
montante apurado por aplicação da taxa normal.
185
Pág. 218
3.5. Isenções e taxas reduzidas de derrama sujeitos à regra de minimis a partir de 2019
3. Declaração Modelo 22
186
Capítulo 4.
Benefícios Fiscais
187
4.1. Enquadramento e alterações recentes
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
188
4.9. Donativos
4.13. Deduções à coleta – art.º 6.º do DLR 2/99/A, de 20 de janeiro, que adapta o
sistema fiscal nacional à Região Autónoma dos Açores
189
Pág. 221
4.1. Enquadramento e alterações recentes
• Os sujeitos passivos que usufruam de benefícios fiscais estão obrigados a entregar o anexo D
à Modelo 22.
4. Benefícios Fiscais
• As alterações mais relevantes verificadas nos últimos anos e que podem ter impacto no
cálculo do imposto em 2023 são:
• RFAI e SIFIDE II, este diploma estabelece uma suspensão de prazos para efeitos do
reporte das respetivas dotações. A desconsideração dos prazos de reporte nos períodos
de 2020 e 2021 tem efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2020.
190
Pág. 221
• Lei do Orçamento do Estado para 2022 (Lei n.º 12/2022) – veio consagrar significativas
4. Benefícios Fiscais
191
4. Benefícios Fiscais 4.1. Enquadramento e alterações recentes
192
Pág. 221
• Lei do Orçamento do Estado para 2023 (Lei n.º 24-D/2022) – trouxe as seguintes alterações
mais relevantes:
4. Benefícios Fiscais
193
Pág. 222
Regime transitório
4. Benefícios Fiscais
• Caso uma determinada entidade tenha beneficiado do regime previsto no art.º 41.º-A do EBF
(RCCS) relativamente a aumentos do capital efetuados com recurso aos lucros gerados no
período de tributação de 2022, não poderá, relativamente às mesmas importâncias,
beneficiar do novo regime previsto no art.º 43.º-D do EBF (ICE), ainda que estas fossem
passíveis de ser consideradas “aumentos de capitais próprios elegíveis” para efeitos deste
regime (ICE).
194
Pág. 223-224
4.3. Lei n.º 20/2023, de 17 de maio
• Alterações introduzidas a diversas normas por esta Lei incluem alterações ao art.º 92.º do
CIRC (resultado da liquidação).
• A partir de 1 de julho de 2023, passaram a ficar excluídos do ajustamento do resultado da
4. Benefícios Fiscais
195
Pág. 225-229
• Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI II) – constante do Anexo V (a que se refere
4. Benefícios Fiscais
• Incentivo Fiscal à Recuperação (IFR) – constante do Anexo III (a que se refere o art.º 307.º) da
Lei n.º 12/2022, de 27 de junho (OE 2022)
• Dedução por lucros retidos e reinvestidos (DLRR) – artigos 27.º a 34.º do CFI
Apesar de terminada a sua vigência, importa assegurar as condições impostas pelos benefícios para
períodos futuros, não esquecendo também os direitos de reporte e de utilização dos benefícios (ver
manual).
196
Pág. 229
empresas de pequena-média capitalização (small mid cap), nos termos previstos no anexo ao
Decreto-Lei n.º 372/2007, é aplicável a taxa de IRC de 8,75% (art.º 38.º do Orçamento da RAA
para 2023) aos primeiros € 50.000 de matéria coletável.
197
Pág. 230
• Exercer a atividade e ter direção efetiva nas áreas beneficiárias (Portaria n.º 208/2017, de
4. Benefícios Fiscais
• A empresa não resultar de cisão efetuada nos dois anos anteriores à usufruição dos
benefícios;
198
Pág. 230
199
Pág. 230-231
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Aplicável
• Sujeitos passivos de IRC (que exercem, a título principal, uma atividade de natureza
4. Benefícios Fiscais
Cálculo do benefício
Dedução ao rendimento – taxa de 4,5% (5% se micro, PME ou small mid cap) ao montante
dos aumentos líquidos dos capitais próprios elegíveis.
200
Pág. 232
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Conceitos
201
Pág. 233
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Conceitos
As saídas:
202
Pág. 234
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Limitação ao benefício
A dedução (taxa aplicável x aumento líquido dos capitais próprios elegíveis) não pode exceder,
4. Benefícios Fiscais
• € 2.000.000; ou
203
Pág. 234
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Norma antiabuso
Não são elegíveis as entradas em dinheiro no âmbito da constituição de sociedades ou do
aumento do capital da sociedade beneficiária:
4. Benefícios Fiscais
• Que sejam financiadas por aumentos de capitais próprios elegíveis na esfera de outra
sociedade;
• Por entidade com a qual o sujeito passivo esteja em situação de relações especiais que
sejam financiadas através de mútuos concedidos pelo próprio sujeito passivo ou por
outra entidade com a qual essa entidade e o sujeito passivo estejam em situação de
relações especiais;
• Por uma entidade que não seja residente para efeitos fiscais noutro EM da UE ou no EEE
ou noutro Estado com que esteja em vigor uma CDT, acordo bilateral ou multilateral que
preveja a troca de informações.
Esclarecimentos e exemplos de aplicação
• No Ofício-Circulado n.º 20261/2023, de 16 de outubro
204
Pág. 235
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas – art.º 43.º-D do EBF
Aplicação prática 33 – Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (ICE)
• Os sócios da entidade Micro Fábrica efetuaram um aumento do capital social, por entradas em
dinheiro, no montante de € 10.000, durante o ano de 2023.
• Adicionalmente, relativamente ao resultado líquido de 2022, no montante de € 100.000,
4. Benefícios Fiscais
205
Pág. 235
suporte às propostas de alteração legislativa para 2024 (e que ainda não se encontram
legalmente concretizadas). Estas interpretações constam do Ofício-Circulado n.º 20260/2023,
de 14 de setembro.
• Tal significa que o entendimento transmitido no manual decorre dessas interpretações, que
nem sempre encontram correspondência no texto da lei.
• Designadamente, no que respeita ao aspeto mais relevante, a interpretação administrativa é
a de que apenas são elegíveis os encargos que decorram, cumulativamente, de aumento
salarial individual em, pelo menos, 5,1%, no ano de 2023, da remuneração do trabalhador e
da existência de IRCT dinâmica aplicável àquela relação contratual que promova aumentos
salariais em percentagem igual ou superior a 5,1%, no ano de 2023.
• De acordo com o n.º 2 do art.º 282.º da Lei do Orçamento do Estado para 2023, esta norma
cessa a sua vigência em 31 de dezembro de 2026.
206
Pág. 236
Benefício fiscal Majoração em 50% dos encargos Se os aumentos salariais não forem
correspondentes ao aumento determinado determinados por IRCT, ou se o mesmo
por IRCT dinâmica relativos a determinar aumentos que se traduzam
trabalhadores com contrato de trabalho numa percentagem inferior a 5,1%,
por tempo indeterminado. ainda que sejam praticados aumentos
salariais iguais ou superiores a 5,1%, no
Encargos relativos a trabalhadores cuja ano de 2023, a entidade empregadora
remuneração tenha aumentado em pelo não pode beneficiar do presente regime
menos 5,1% face ao ano anterior e acima relativamente a esses trabalhadores ou
da RMMG. categoria de trabalhadores.
207
Pág. 237
208
Pág. 240
tenham beneficiado do regime de reembolso parcial para gasóleo profissional (Lei n.º 24/2016,
de 22 de agosto). A dedução deve constar no campo 774 do Q07 da Modelo 22 e no campo 408
do Q04 do anexo D.
Os veículos abrangidos são:
• Veículos afetos ao transporte público de passageiros, com lotação igual ou superior a 22
lugares que estejam registados como elementos do ativo fixo tangível (AFT) de sujeitos
passivos de IRC que estejam licenciados pelo IMT, I. P.;
• Veículos afetos ao transporte rodoviário de mercadorias, público ou por conta de outrem,
com peso bruto igual ou superior a 3,5 t, registados como elementos do AFT de sujeitos
passivos de IRC e que estejam licenciados pelo IMT, I. P.;
• Veículos afetos ao transporte em táxi, registados como elementos do AFT dos sujeitos
passivos de IRS ou de IRC, com contabilidade organizada e que estejam devidamente
licenciados.
209
Pág. 240
4.9. Donativos
210
Pág. 241
4.9. Donativos
211
Pág. 242
favor das associações empresariais em conformidade com os estatutos (n.º 1 do art.º 44.º do
CIRC).
212
Pág. 242
Diplomas relevantes
• Orientações relativas a Auxílios com finalidade Regional: publicadas no Jornal Oficial da União
Europeia, n.º C209, de 23 de julho de 2013
• Regulamento Geral de Isenção por Categoria (RGIC): Regulamento (UE) n.º 651/2014
213
Pág. 243
Benefício fiscal
• Em sede de IRC, as entidades que realizem investimentos elegíveis para efeitos do RFAI nas
4. Benefícios Fiscais
áreas elegíveis, que, para o período de 2022 a 2027, foram redefinidas conforme consta do
novo mapa nacional de auxílios estatais com finalidade regional (art.º 43.º do CFI), são
suscetíveis de usufruir das seguintes deduções à coleta do imposto:
214
Pág. 244
Benefício fiscal
• A dedução à coleta é efetuada na liquidação de IRC (no campo 355 do Q10 da Modelo 22 e no
4. Benefícios Fiscais
• Nos restantes casos, até à concorrência de 50% da coleta do IRC apurada em cada
período de tributação.
215
Pág. 249
Investimentos relevantes
• São também elegíveis os ativos intangíveis afetos à exploração da entidade, constituídos por
4. Benefícios Fiscais
No caso de sujeitos passivos de IRC que não se enquadrem na categoria das PME, as aplicações
relevantes em ativos intangíveis não podem exceder 50% das aplicações relevantes.
217
Pág. 250
Investimento inicial
218
Pág. 251
4.12. SIFIDE II
Este benefício encontra-se regulado nos artigos 35.º a 42.º do Código Fiscal do Investimento e é
relativo a investimento em despesas de investigação e de desenvolvimento.
4. Benefícios Fiscais
Consideram-se:
• Despesas de investigação, as realizadas pelo sujeito passivo de IRC com vista à aquisição de
novos conhecimentos científicos ou técnicos; e
219
Pág. 252
4.12. SIFIDE II
As despesas associadas a atividades de I&D incluem:
• Aquisições de ativos fixos tangíveis, à exceção de edifícios e terrenos, desde que criados ou
adquiridos em estado novo e na proporção da sua afetação à realização de atividades de
4. Benefícios Fiscais
investigação e desenvolvimento;
• Despesas com pessoal com habilitações literárias mínimas do nível 4 do Quadro Nacional de
Qualificações, diretamente envolvido em tarefas de investigação e desenvolvimento;
• Despesas com a participação de dirigentes e quadros na gestão de instituições de
investigação e desenvolvimento;
• Despesas relativas à contratação de atividades de investigação e desenvolvimento junto de
entidades públicas;
• Custos com registo e manutenção de patentes;
• Despesas com auditorias à investigação e desenvolvimento;
• Participação no capital de instituições de investigação e desenvolvimento e contribuições
para fundos de investimento, públicos ou privados, destinados a financiar empresas
dedicadas sobretudo a investigação e desenvolvimento.
220
Pág. 253
4.12. SIFIDE II
Só a partir de 1 de janeiro de 2024, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 21/2023, é que se
verificarão mudanças relevantes na elegibilidade dos investimentos em despesas efetuadas em:
4. Benefícios Fiscais
Assim, para 2023, mantém-se a possibilidade de as despesas efetuadas nas atividades indicadas
beneficiarem, ainda, da taxa incremental de 50% do acréscimo das despesas realizadas naquele
período em relação à média aritmética simples dos 2 períodos anteriores, possibilitando assim
deduções à coleta que podem ir até 82,5% do investimento realizado.
221
Pág. 254
4.12. SIFIDE II
• A entidade Micro Fábrica efetuou, pela primeira vez, no período de 2023, no âmbito do SIFIDE
4. Benefícios Fiscais
Este montante é dedutível à coleta do IRC, pretendendo-se que seja utilizado já na Modelo 22 de
2023, com inscrição no campo 355 do Q10.
222
Pág. 229
Os sujeitos passivos do IRC podem deduzir à coleta, até ao limite da mesma, os lucros comerciais,
industriais e agrícolas reinvestidos na importância correspondente a:
4. Benefícios Fiscais
• 20% para os investimentos realizados nas ilhas de São Miguel e Terceira, que terão ainda uma
majoração de 25% nos investimentos concretizados nos concelhos de Nordeste e Povoação;
• 30% para os investimentos realizados nas ilhas de São Jorge, Faial e Pico;
• 40% para os investimentos realizados nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo.
Considera-se relevante todo o investimento em ativo fixo diretamente afeto à exploração, com
exceção de bens de luxo, supérfluos, mera decoração e benfeitorias voluntárias.
Anualmente, no decreto legislativo regional que aprova o Orçamento serão determinados, entre
os setores estratégicos da economia da RAA, os lucros comerciais, industriais e agrícolas
beneficiários da dedução à coleta.
223
Pág. 254
O art.º 232.º da Lei do Orçamento do Estado para 2023 determina a majoração em 40% dos
encargos suportados na produção agrícola, no apuramento do lucro tributável de 2023, em
moldes iguais aos que vigoraram para 2022.
4. Benefícios Fiscais
Podem ser majorados em 40% os gastos e perdas incorridos ou suportados pelo sujeito passivo
referentes à aquisição dos seguintes bens, quando utilizados no âmbito das atividades de
produção agrícola:
d) Garrafas de vidro.
224
Pág. 254-255
• De acordo com a regra geral de minimis, prevista no Regulamento (UE) n.º 1408/2013, da
4. Benefícios Fiscais
Comissão, de 18 de dezembro, na sua redação atual, dada pelo Regulamento (UE) n.º
2022/2046, da Comissão, de 24 de outubro, o montante total dos auxílios de minimis
concedidos por Estado-membro a uma empresa única, no setor agrícola, não pode exceder o
montante de € 20.000 em qualquer período de três exercícios financeiros.
• Por fim, este benefício fiscal está também sujeito à limitação do art.º 92.º do Código do IRC
(resultado da liquidação) por não se encontrar expressamente excluído.
225
Pág. 255
• Este regime consta do art.º 231.º da Lei do Orçamento do Estado para 2023 para o período de
tributação que se iniciasse em ou após 1 de janeiro de 2022.
4. Benefícios Fiscais
• À data, não se encontra em vigor para os períodos de tributação com início em ou após 1 de
janeiro de 2023, embora tal intenção legislativa conste da Proposta do Orçamento do Estado
para 2024.
226
Capítulo 5. Estimativa de IRC, apuramento
de resultados e preparação das
demonstrações financeiras de acordo com
o modelo reduzido NCRF-PE
227
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE)
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
228
Pág. 259
229
Pág. 259
• Débito da conta “8121 – Imposto sobre o rendimento do período – Imposto estimado para o
período”
230
Pág. 259
Pela transferência dos pagamentos por conta para a conta de apuramento (se existirem)
Pela transferência das retenções na fonte efetuadas por terceiros (se existirem)
• Crédito da conta “2414 – Imposto sobre o rendimento – Retenções na fonte efetuadas por
terceiros”
231
Pág. 260
Caso o montante da estimativa de IRC seja inferior ao montante dos pagamentos por conta e
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
Caso o montante da estimativa de IRC seja superior ao montante dos pagamentos por conta
e das retenções na fonte efetuadas por terceiros:
232
Pág. 260
No momento da autoliquidação de IRC (em N+1, após a submissão da Modelo 22), existindo IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
a pagar:
233
Pág. 261
234
Pág. 261
• 2014: € 1.000
• 2015-2019: € 0
• 2020: € 110.000
• 2021: € 5.000
• 2022: € 0
235
Pág. 261
• Consultar manual
236
Pág. 261
237
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
238
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
241
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
243
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
244
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
245
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
246
Pág. 266
247
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Registos contabilísticos – Apuramento dos resultados
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
248
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
249
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões 10.000
Passivos por impostos diferidos 15.040
Outras dívidas a pagar 155.110
Passivo corrente
Fornecedores 147.570
Estado e outros entes públicos 25.238
Financiamentos obtidos 0
Diferimentos 0
Outros passivos correntes 124.560
297.368
Total do passivo 477.518
Total do capital próprio e do passivo 1.374.875 252
Pág. 268
Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE)
Demonstração dos resultados de 2023
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS PERÍODOS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
2023 2022
Vendas e serviços prestados 1.346.455
Subsídios à exploração 0
Variação nos inventários da produção 172.500
Trabalhos para a própria entidade 0
Custos das mercadorias vendidas e das
331.500
matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos 53.975
Gastos com o pessoal 847.485
Imparidade de inventários (perdas/reversões) 160
Imparidade de dívidas a receber
15.000
(perdas/reversões)
Provisões (aumentos/reduções) 10.000
Outras imparidades (perdas/reversões) 0
253
Pág. 268
Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE)
Demonstração dos resultados de 2023
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS PERÍODOS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
2023 2022
Aumentos/reduções de justo valor 750
Outros rendimentos 119.625
Outros gastos 40.875
Resultado antes de depreciações, gastos de
340.335 0
financiamentos e impostos
Gastos/reversões de depreciação e de
60.525
amortização
Resultado operacional (antes de gastos de
279.810 0
financiamento e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos 0
Juros e gastos similares suportados 0
Resultado antes de impostos 279.810
Imposto sobre o rendimento do período 3.148
Resultado líquido do período 276.662
254
Capítulo 6.
Dossiê fiscal
255
6.1. Importância e obrigatoriedade
6. Dossier Fiscal
6.2. Conteúdo
256
Pág. 277
• A obrigação da organização e preparação do dossiê fiscal está prevista no art.º 130.º do CIRC
e no art.º 129.º do CIRS.
6. Dossier Fiscal
• A Portaria n.º 51/2018, de 16 de fevereiro, veio proceder à alteração da Portaria n.º 92-
A/2011, de 28 de fevereiro, modificando o conjunto de documentos integrantes do dossiê
fiscal, aplicando-se tal alteração aos períodos de tributação iniciados em, ou após, 1 de
janeiro de 2017.
257
Pág. 277
258
Pág. 280
6.2. Conteúdo
Conteúdo obrigatório
6. Dossier Fiscal
Conteúdo conveniente
Sugestões no manual
259
Pág. 281
• O dossiê fiscal deve ser organizado com respeito a cada período de tributação, devendo estar
organizado até ao final do prazo para a entrega da IES, normalmente até ao dia 15 de julho do
ano seguinte ao período de tributação a que respeita (ou até ao 15.º dia do 7.º mês após o
6. Dossier Fiscal
final do período de tributação, quando este não coincida com o ano civil), e mantido durante
um período de 10 anos.
• Para as entidades incluídas na lista dos grandes contribuintes ou acompanhas pela UGC, e
para aqueles que optaram pela aplicação do RETGS, o dossiê fiscal deve ser entregue no
mesmo prazo da IES. Os restantes sujeitos passivos apenas entregam o dossiê fiscal quando
existir uma solicitação expressa da AT.
260
Capítulo 7. Prestação de contas
261
7. Prestação de contas
262
Pág. 285
263
Pág. 285
• Dispensa de convocatória
• Dispensa de assembleia geral de aprovação das contas (apenas para as sociedades por
quotas) – art.º 263.º do CSC
264
Pág. 288
7.2. Aspetos da legislação comercial
• Preenchimento do Quadro 07 da IES
7. Prestação de contas
265
Pág. 289
7.2. Aspetos da legislação comercial
• Preenchimento do Quadro 07 da IES
7. Prestação de contas
266
Pág. 289
• Conteúdo
• Microentidades
267
Quais as datas limite
31.Dez Data de referência para Encerramento SA+SQ: [Art.ºs 65º-A do CSC]: Admitindo coincidência entre o período
das Contas económico e o período civil
1.Mar SA: Convocatória da AG. SA: [Art.º 376 e 377º do CSC]: A convocação compete ao presidente da mesa (no
SA+SQ: Apresentar as contas ao caso da AG anual, a pedido do CA), devendo a convocatória ser publicada
Conselho Fiscal e ao ROC (http:publicções.mj.pt). Quando sejam nominativas todas as acções pode
substituir-se a publicação: a] por cartas registadas; ou b] por correio electrónico
15.Mar SQ: Convocatória da AG; com recibo de leitura
SA+SQ: Disponibilização do Relatório e SQ: [Art.º 248º do CSC]: A convocação compete a qualquer dos gerentes e deve
Contas aos sócios (e no site da Internet) ser feita por meio de carta registada, expedida com a antecedência mínima de
[263º e 289º do C.S.C.] quinze dias.
31.Mar
SA+SQ: Data limite AG (s/ consolidação e
s/ mep)
31.Mai SA+SQ: [Art.ºs 65 n.º5 e 376º do CSC]
SA+SQ: Data limite AG (c/ consolidação ou
c/ mep)
Entrega da M22
15.Jul
Entrega da IES e pagamento do depósito
* As datas apresentadas no cronograma são datas limite e, no que respeita a obrigações fiscais, consideram identidade entre o ano fiscal e o económico.
Autonomia Financeira Indica a % de Capital Próprio no total de Capitais da Empresa (considera curto,
= Capitais Próprios / Ativo médio e longo prazo)
Perfil do Financiamento
Representa a % do passivo que origina custo (Dívida Financeira corresponde à
= Dívida Financeira / Total Passivo
Dívida que dá lugar ao pagamento de juros)
269
Indicador Descrição
Margem Bruta (%) ▪ % que a Empresa retira dos proveitos depois de considerar os custos
= Margem Bruta / Proveitos Operacionais das mercadorias vendidas e matérias consumidas
Margem de Lucro Operacional Monetária (%) ▪ Restringimos a análise operacional à vertente monetária (pois aqui não
EBITDA / Proveitos Operacionais1) consideramos amortizações)
Grau de Cobertura de Juros ▪ Representa uma medida de risco quanto à capacidade de uma entidade
= EBIT / Resultados Financeiros conseguir satisfazer os seus compromissos financeiros
Custo da “Dívida financeira” ▪ Custo que a Empresa tem com os Passivos que dão origem ao
= Custos financeiros / Dívida originadora de custos2) pagamento de juros
Alavancagem Operacional ▪ Permite anaçisar o impacto nos resultados resultante de alterações nas
= Variação em % do EBIT / Variação % das Vendas vendas, tendo em consideração a estrutura de custos (fixos e variáveis)
270
Obrigado
Bom Trabalho!
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