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3. Justifica:
O grupo está no final do 6º período da faculdade, então eles têm uma
proximidade, mas não muito grande entre todos os membros da sala. Apesar de já
estarem juntos a 3 anos, vemos que ainda existem mal- entendidos que foram
ocasionadas pelas “primeiras impressões” que muitas vezes ficam. Para eliminar o
preconceito é necessário que haja uma abertura para o aprofundamento das
relações entre os participantes do grupo.
Achamos que era importante essa dinâmica nesse momento, para que
fossem eliminados quais mais entendidos- existente entre os membros. Quando
passamos a fazer uma percepção do outro também fazemos de nós mesmos, por
isso é tão importante exercitar a percepção do outro.
4. Análise:
A dinâmica ocorreu como tínhamos planejado. Alguns aspectos podem ter
contribuído para o sucesso da dinâmica, tais como a disposição do grupo que se
demonstrou bem envolvido, a clareza nas orientações, que de início acreditávamos
que haveria alguma dificuldade na interpretação da pergunta “como vejo você”, mas
quando explicamos que era para responder sobre a personalidade da sua dupla, não
houve mais dúvida e as duplas conseguiram responder com tranquilidade, o controle
do tempo, o qual tivemos o auxílio do grupo suporte, e um bom planejamento, que
foi aprimorando a dinâmica ao longo das reuniões de orientação, prevendo possíveis
imprevistos como a falta de um participante, ou espaço reduzido da sala.
Durante as respostas sentíamos que os participantes estavam confortáveis
com as duplas escolhidas por eles, mesmo com a orientação de escolher pessoas
menos próximas. Isso indica uma abertura e receptividade do grupo para se
envolver na atividade, colaborando para o desenvolvimento e aprofundamento das
relações.
Do nosso ponto de vista, o grupo se envolveu bem com a atividade e a
análise das respostas possibilitou reflexões interessantes, como a interpretação da
pergunta "Como eu penso que você me vê" que levou alguns participantes a
refletirem sobre situações passadas, indicando uma tendência a basear suas
respostas em experiências específicas, escrevendo não como acredita que aquela
pessoa a vê e sim como a maioria das pessoas a vê, isso demonstra uma certa
complexidade na autorreflexão e como as percepções podem ser influenciadas por
experiências passadas.
Vimos que as pessoas tendiam a escrever coisas boas, então para muitos foi
prazeroso ouvir elogios vindo de outras pessoas, já que muitas vezes temos o
costume de olhar para si mesmo com um olhar negativo. Apesar disso, ao
responderem “como eu pensando que você me vê”, os membros da sala tendem a
pensar em coisas boas, pois não achariam que a outra pessoa falaria coisas
negativas sobre ele. Com isso, analisamos uma certa resistência a oferecer críticas
construtivas e essa tendência de destacar apenas aspectos positivos nas respostas
sugere a presença de barreiras à abertura. Isso pode indicar uma necessidade
contínua de trabalhar na criação de um ambiente seguro e acolhedor para que os
membros se sintam à vontade para compartilhar pensamentos mais profundos.
Dessa forma, levando em conta nossos objetivos, é possível compreender
que o grupo foi capaz de realizar a tarefa de uma maior aproximação entre os
membros e o exercício de percepção, mas no que se refere essa resistência a
mudança, de entender que aquele é um lugar seguro para críticas e que também
pode haver desconforto, que eles provavelmente tentaram evitar dizendo apenas
pontos positivos sobre seus colegas ou sendo superficiais na sua própria descrição,
há um indicativo a persistência de pré-tarefas nesse sentido, o que pode influenciar
uma dinâmica mais aberta do grupo.
Durante a discussão também foram levantados pontos em relação a técnica
da dinâmica, como a escolha da dupla, dizendo que talvez fosse mais produtivo ser
com pessoas que eles já tinham certa proximidade e trouxeram a questão da
resolução de conflitos, que apesar de ser um dos objetivos da dinâmica não
entenderam como aquela dinâmica poderia resolver conflitos pré existentes. Mas ao
decorrer da discussão esses levantamentos foram explicados e os participantes
foram compreendendo a função de a dupla ser entre membros relativamente
distantes, uma vez que um dos objetivos seria a aproximação e que o conflito que a
dinâmica pretendia resolver são na verdade conflitos causados por mal entendidos e
primeiras impressões, e as perguntas propostas na dinâmica seriam uma forma de
resolver isso.
Portanto, concluímos que de maneira geral a dinâmica foi bem sucedida e o
grupo cumpriu a tarefa estabelecida, promovendo reflexões sobre as razões para
evitar interações com outros membros que muitas vezes podem ser causadas por
preconceitos, reflexões sobre a forma que nos apresentamos ao outro, e como isso
interfere nas primeiras impressões e como pode afetar a aproximação ou evitação
das outras pessoas conosco e como a dinâmica funcionou como um progresso para
aproximação com o outro.
Contudo, a resistência dos participantes em serem completamente honestos e
o fato de focarem em apenas aspectos positivos para evitarem desconfortos,
indicam talvez uma necessidade de melhorias na criação de um ambiente ainda
mais aberto. Dessa forma, para encaminhamentos futuros, seria benéfico continuar
trabalhando na construção de um ambiente que promova a honestidade podendo
ser realizadas atividades adicionais que incentivem a reflexão pessoal e a expressão
de pensamentos, promovendo um ambiente de comunicação aberta e construtiva,
permitindo que os membros se sintam mais confortáveis em compartilhar não
apenas os aspectos positivos, mas também as áreas que podem precisar de
desenvolvimento.
5. Referência: