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Aspectos Históricos da Região Amazônica - TRT11 ANOTAÇÕES:

Aula 3: O Grão-Pará no processo de independência e


formação nacional do Brasil.

Introdução
Em resumo, segue a cronologia correta (fonte: GOMES,
José Eudes. As mílicias d'El Rey: tropas militares e poder
no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010.
p. 52, nota 85):
1621: criação do Estado do Maranhão
1626: instalação efetiva do Estado do Maranhão
1652: extinção do Estado do Maranhão
1654: reinstalação com novo nome = Estado do
Maranhão e Grão-Pará, com sede em São Luís
1751: substituição pelo Estado do Grão-Pará e
Maranhão, com sede oficial em São Luís, ainda que na
prática a maioria dos governadores tenham a partir de
então residido em Belém.
1772: divisão em Estado do Maranhão e Piauí (sede em
São Luís) e Estado do Grão-Pará e Rio Negro (sede em
Belém).
Durante o Período Regencial, após a Independência, o
país viveu momentos de turbulência e de conflitos
diante das condições de pobreza e de descaso com os
setores menos abastados, como negros forros, escravos,
indígenas e homens livre em condição de pobreza.
Nesse sentido, nem todas as regiões tiveram conflitos
localizados, mas de grande impacto para a nova nação
independente. No Grão-Pará, aconteceu um violento
conflito, envolvendo negros, indígenas e pescadores
ribeirinhos que lutavam por independência da província.
O conflito foi duramente reprimido pelas forças
regentes. Essa revolta foi chamada de Cabanagem:

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QUESTÕES E) A companhia, apesar de deter o monopólio das
1. “Em meados do Século XVIII, com a inversão de exportações, atuou em consonância com os interesses
posições das principais capitanias, o Pará passou a ser a dos produtores locais.
"cabeça" do Estado do Grão-Pará e Maranhão. Esse ANOTAÇÕES:
processo foi acompanhado pela transferência de sede
da nova unidade administrativa, dependente de Lisboa,
da cidade de São Luís para a de Belém, e pela posse de
Francisco Xavier de Mendonça Furtado como
governador e capitão-general. Iniciava-se, assim, uma
fase de retomada da colonização amazônica.”
(Adaptado de SANTOS, F. Vilaça dos, O "paraíso na terra" ou o Estado
do Grão-Pará na segunda metade do século XVIII, in
historiacolonial.arquivonacional.gov.br.)
Entre as características dessa “retomada da colonização
amazônica” consta
A) a afirmação da soberania portuguesa em relação aos
domínios anglo-holandeses na definição dos limites com
a Guiana Inglesa.
B) o reforço da economia mercantilista com a criação da
Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e
Maranhão, responsável pelo abastecimento de escravos
africanos.
C) a redefinição dos limites entre os territórios
portugueses e espanhóis, com base em princípios
étnicos e linguísticos adotados no Tratado de Madri.
D) o cancelamento das leis de liberdade dos índios
defendidas pelos jesuítas em 1755, mediante as quais
reivindicavam o controle exclusivo sobre os indígenas.
E) a determinação de que todos os índios que viviam nas
vilas, cidades e aldeias coloniais deviam ser excluídos
dos “Corpos de Milícias”, para evitar armar possíveis
rebeldes.
2. A respeito da Companhia Geral de Comércio do Grão-
Pará e Maranhão, assinale a opção correta.
A) A companhia, que detinha o monopólio do comércio
de diversas mercadorias com o objetivo de evitar o
contrabando e sonegação de impostos, submetia-se ao
poder do Estado do Grão-Pará e Maranhão.
B) A criação da companhia ocorreu no contexto de
autonomia do Estado do Grão-Pará e Maranhão, em
relação ao Brasil, que permitia que o estado tivesse,
inclusive, governador próprio.
C) As atividades da companhia não incluíram o comércio
de escravos, já que era mais comum, na região, o uso da
mão-de-obra indígena.
D) Com o desmembramento do Estado do Grão-Pará e
Maranhão a companhia também foi extinta, o que
resultou em uma súbita redução nas exportações do
Maranhão e do Pará.

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3. No século XVII, a região do Grão-Pará onde hoje se localiza ANOTAÇÕES:
o Amapá, era cobiçada e atacada por outras potências
europeias, que tinham interesses na região, além de Portugal.
Entre essas potências, estavam
A) Império Austríaco e Holanda.
B) Itália e França.
C) Inglaterra e Império Russo.
D) França e Alemanha.
E) Holanda e Inglaterra.
4. O principal desafio do governo regencial era enfrentar a
ameaça à unidade territorial do Império, representada pelas
várias revoltas e rebeliões que estouravam em várias
províncias como, por exemplo, na província do Grão-Pará, a
Cabanagem (1835-1840).
As razões para esses movimentos incluem:
A) as disputas políticas locais e o descontentamento com a
injustiça social;
B) as dificuldades de comunicação e a intenção de manter
unida a América Portuguesa;
C) a expansão do regime capitalista e o desejo de adotar o
regime republicano;
D) a permanência do regime escravocrata e a vontade de
proclamar a República.
5. Francisco Xavier de Mendonça Furtado foi governador e
capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão de 1751
a 1759, período durante o qual implementou um projeto de
revitalização e de reordenamento administrativo da região
amazônica, recém incorporada ao império luso pelo Tratado
de Madri (1750).
A respeito do projeto pombalino para a Amazônia colonial,
assinale a afirmativa que descreve corretamente medidas do
governo de Mendonça Furtado.
A) Emancipou os indígenas, que poderiam escolher se
queriam se tornar súditos de Portugal ou da Espanha.
B) Criou uma companhia geral de comércio para o Grão-Pará e
Maranhão de caráter monopolista.
C) Estabeleceu o Regimento das Missões, autorizando a
guerra justa contra os índios destribalizados.
D) Erigiu o Forte do Presépio em Belém e o integrou a um
sistema de novas fortificações defensivas.
E) Promulgou o Diretório dos Índios, para os missionários
persuadirem os nativos a viver nos aldeamentos.

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6. O período em que Sebastião José de Carvalho e Melo, o ANOTAÇÕES:
Marquês de Pombal, tornou-se o mais importante ministro do
reinado de D. José I causou extraordinário impacto em
Portugal e suas colônias. Entre as decisões que tomou, está a
criação da Companhia de Comércio do Estado do Grão-Pará e
do Maranhão, além da expulsão dos padres da Companhia de
Jesus (jesuítas) de todo o reino. Ao promulgar o Diretório dos
Índios, Pombal determinou
A) a passagem da jurisdição dos aldeamentos indígenas, antes
sob o controle de ordens religiosas, para funcionários reais, os
diretores.
B) a obrigatoriedade do ensino da chamada língua geral,
indígena, nas escolas, nos aldeamentos e no trabalho de
catequese na colônia.
C) a transformação do ensino de língua portuguesa na colônia
brasileira, que deixou de ser obrigatório, exceto nas áreas
situadas na porção setentrional da colônia.
D) a conversão dos indígenas localizados na região amazônica
em servos da Coroa portuguesa e, assim, não mais puderam
trabalhar para particulares.
E) o fortalecimento das antigas capitanias hereditárias, que
passaram a se responsabilizar pela guarda e pela proteção dos
grupos indígenas.
7. “Às vésperas da independência, a atual Amazônia brasileira
ainda constituía uma unidade político-administrativa da Coroa
portuguesa, e pouco tinha a ver com o Brasil. Era uma outra
colônia, com o nome de Estado do Grão-Pará e Rio Negro.
Essa colônia do norte da América portuguesa era composta
por duas capitanias: a do Pará e a do Rio Negro, principal e
subalterna, respectivamente.”
(Adaptado de SANTOS, Francisco Jorge dos. História Geral da
Amazônia. Editora MemVavMem, 2007, p. 132)
A respeito da inclusão da Amazônia portuguesa ao Império
brasileiro no contexto do processo de independência, assinale
a afirmativa correta.
A) Com a elevação do Brasil a Reino Unido desvinculou-se o
Pará do Maranhão e criou-se o Estado do Grão Pará e Rio
Negro.
B) Em 1823 D. Pedro I incorporou o Estado do Grão-Pará e Rio
Negro ao nascente Império do Brasil pela força das armas.
C) Na Constituição de 1824, somente a capitania do Rio Negro
foi reconhecida como província, recebendo um presidente.
D) Pela Constituição de 1824, a antiga Capitania do Pará
tornou-se comarca da Província do Rio Negro.
E) Após a independência do Brasil, Manaus foi elevada a sede
conjunta da Província do Rio Negro e da Comarca do Pará.

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8. “A década de 1750 conheceu iniciativas importantes em ANOTAÇÕES:
muitas áreas da política de Estado, umas resultantes do
planejamento, outras impelidas por acontecimentos novos e
imprevistos. Pombal (...) enfrentou a implementação do
Tratado de Madri, que implicava um ingente esforço com
vistas a delinear e inspecionar as vastas fronteiras do Brasil.
Em ambos os casos os jesuítas constituíam os maiores
obstáculos aos seus planos. (...). No Amazonas, as missões
entraram em um conflito imprudente com o irmão de Pombal,
onde a oposição à política imperial mais ampla revelou-se
desastrosa para os missionários”. MAXWELL, Kenneth.
Marques de Pombal, Paradoxo do Iluminismo. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1996, p. 95.
O texto acima se refere a algumas das transformações
ocorridas na América Portuguesa, e principalmente no Grão-
Pará, no chamado período pombalino.
Tomando como referência inicial esse texto, assinale a
alternativa correta.
A) A delimitação e defesa das fronteiras no Norte forçaram as
autoridades coloniais a adotar medidas de fortificação de
pontos estratégicos do território, contando para isso,
principalmente, com a mão de obra indígena local.
B) O conflito envolvendo Pombal e os jesuítas resultou no
enfraquecimento dos religiosos na Amazônia, fato esse
concretizado com a implantação do Regimento das Missões,
que reduziu o controle jesuítico sobre a mão de obra indígena.
C) Em termos econômicos, a política pombalina na Amazônia
buscou a intensificação do comércio, levando a Coroa a proibir
qualquer tipo de monopólio sobre a exportação de produtos
da floresta e de importação de escravos africanos.
D) A política pombalina para a Amazônia redefiniu as formas
de trabalho das populações indígenas, criando para isso o
Diretório, o qual estabelecia o controle religioso sobre as
aldeias no vale amazônico.
E) O conflito entre Pombal e os jesuítas levou a expulsão da
Companhia de Jesus do Grão-Pará, na década de 1750, o que
desmobilizou o controle estatal sobre os aldeamentos
indígenas.

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9. A respeito da estrutura político-administrativa do ANOTAÇÕES:
Amazonas, durante o período colonial e imperial, relacione
cada unidade administrativa à sua respectiva descrição.
1. Estado do Maranhão
2. Capitania de São José do Rio Negro
3. Comarca do Alto Amazonas
4. Província do Amazonas
( ) Criada no período regencial para subdividir em três o
território paraense, no contexto da aplicação do Código do
Processo Criminal.
( ) Criada no século XVII por Filipe II de Habsburgo, com capital
em São Luís e ligada diretamente a Lisboa.
( ) Criada no Segundo Reinado, após a Cabanagem, sendo
considerada o marco da conquista da autonomia do
Amazonas.
( ) Criada em meados do século XVIII, por influência política de
Francisco Xavier de Mendonça Furtado, desmembrada da
Capitania do Grão-Pará.
Assinale a opção que apresenta a sequência correta, de cima
para baixo.
A) 1, 3, 2 e 4.
B) 2, 4, 1 e 3.
C) 3, 1, 4 e 2.
D) 4, 2, 3 e 1.
E) 1, 4, 2 e 3.

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