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Orientações para a audiência

Caso o(a) juiz(a) deseje ouvi-lo(a), você deverá responder objetivamente as


perguntas formuladas pelo(a) juiz(a) nos limites do que foi perguntado, sem muitas
explicações, se o juiz quiser maiores detalhes ele irá formular uma nova pergunta.
Nessa audiência será verificada a possibilidade de acordo e/ou reativação,
lembrando que a reativação é uma decisão unicamente da empresa. Se não houver
acordo, o processo prosseguirá para decisão do juiz e poderá ser tomado o seu
depoimento.

Deve-se tratar o(a) juiz(a) e o advogado(a) da empresa com respeito e cordialidade,


sem polemizar ou afrontar. Lembre-se que a audiência virtual é gravada e quando
você estiver prestando o depoimento não podemos orientá-lo sobre o que
responder, devendo-se apenas responder as perguntas formulados pelo juiz.
Qualquer outro assunto com os advogados(as) do escritório deve ser tratado após o
término da audiência.

No caso de você ter indicado a uma testemunha, basta encaminhar para ela o link
com o dia e horário da audiência. Lembramos que a testemunha deve conhecer
sobre sua rotina de trabalho, não podendo ser amigo, parente ou ter interesse na
causa.

A critério do juiz, ele poderá tomar ou não o seu depoimento e o da(s)


testemunha(s). Mas, na maior parte dos casos, os juízes não têm ouvido as partes e
nem as testemunhas e utilizado, no lugar, pontos incontroversos e depoimentos
presentes em outros processos de trabalhadores de plataformas.

Os pontos incontroversos são características públicas e notórias que estão


presentes na rotina e na relação de trabalho de todos os trabalhadores de
plataforma, por essa razão os juízes têm os utilizado na instrução dos processos
desse tipo. Esses pontos incontroversos são:

1 - Ficava a critério do trabalhador o início é término da jornada dé trabalho;


2- O trabalhador podéria altérar a rota définida pélo aplicativo ém comum acordo
com o passagéiro;
3- Nao havia éxigéncia quanto ao numéro mínimo dé corridas diarias;
4- Ficava a critério do trabalhador a participaçao ou nao ém promoçoés;
5- O motorista apénas féz o cadastro por méio do aplicativo, nao séndo réalizado
nénhum procésso sélétivo;
6- É critério do motorista utilizar outras plataformas;
7- O motorista décidé os dias dé folga é nos dias dé folga, nao éra nécéssario justificar
a auséncia na plataforma;
8- Podéria récébér o valor da corrida dirétaménté do passagéiro, quando pago ém
dinhéiro;
9- O trabalhador arca com as déspésas do véículo, inclusivé séguro;
10- A réclamada nao garanté rémunéraçao mínima ao final do dia/més;
11- A réclamada acéita qué dois motoristas usém o mésmo carro;
12- Nao é obrigatorio o fornéciménto dé agua é bala, ficando a critério do
trabalhador.

Abaixo seguem os prováveis pontos que serão abordados na audiência, estas


instruções são apenas sugestões devendo se fazer uma adequação à sua realidade.

1. Muito importante: caso seja perguntado sobre quanto ganha ou qual o valor da
sua remuneração, indicar uma média de no máximo R$ 2.800,00 (dois mil e
oitocentos reais) mensais, uma vez que valores superiores a R$ 2.800,00
impossibilitam a concessão da gratuidade das custas do processo.

2. Se perguntado se trabalhava para outra plataforma: confirmar apenas se


possuir cadastro e trabalhar para outra plataforma. Contudo, deve-se mencionar
que é impossível trabalhar de maneira simultânea para duas as plataformas. E que
a época se dedicava apenas a uma plataforma.

3. Se perguntado se era você que escolhia os dias e horários: na teoria, tinha a


possibilidade de escolher os horários, mas tinha que cumprir com os horários de
maior demanda que são encaminhados pela empresa durante todo o dia com
mensagens pelo aplicativo e celular (fique on-line e ganhe mais, se sua taxa de
cancelamento está alta você será bloqueado), sob pena de ser penalizado com a
baixa nas taxas de aceitação e altas na taxa de cancelamento que levavam aos
bloqueios temporários e definitivos. Explicar para o juiz que você, geralmente após
ligar o aplicativo, tem que aceitar o maior número de corridas sob pena de ser
bloqueado e perder a renda. Uma vez logado tem que cumprir as determinações.
Para ter um rendimento adequado, tem que fazer um número elevado de corridas,
chegando a 10-12 horas por dia de trabalho. Portanto, não tinha essa liberdade que
a empresa fala.

4. Se perguntado se tinha chefe: sim, chefe eletrônico. Era gerenciado, pois as


situações ocorridas durante as corridas, como aceleração, frenagem, aceitação ou
não de corridas, hora de início e término das corridas eram monitoradas e objetos
de mensagens enviadas por e-mail ou pelo próprio aplicativo durante toda a
jornada.

5. Se perguntado se avaliava o passageiro: sim, porque a empresa exigia ao final


de cada corrida.
6. Se perguntado se era avaliado pelo passageiro: não, era avaliado pela empresa
a partir das informações fornecidas pelos passageiros. Afirmar que não tem acesso
as informações repassadas pelos passageiros. E que a avaliação leva em conta outros
critérios definidos pela empresa, que não só as notas que os clientes dão.

7. Se perguntado ser pode recusar chamadas: teoricamente poderia recusar


chamadas online de corridas, mas isso gerava mensagens com objetivo de coagir o
depoente a não proceder desse modo, sob pena de sofrer punições (advertência,
suspensão e bloqueio definitivo)

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