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O que é uma carteira de dividendos?

Ter uma renda extra com regularidade é algo que brilha os olhos de muitos
investidores, principalmente aqueles que investem em renda variável, por isso montar
uma carteira de dividendos pode ser uma boa alternativa. Uma carteira bem montada
que contenha ações e/ou fundos imobiliários tem o poder de acelerar o crescimento do
patrimônio, além de criar uma renda passiva e proteger o poder de compra.

Há um porém importante: montar uma carteira de dividendos não é somente escolher


empresas boas pagadoras de dividendos e agrupá-las. Para entender como você deve
evitar armadilhas e conseguir montar uma estratégia vencedora.

Uma carteira de dividendos é um agrupamento de investimentos em renda variável


(ações e/ou fundos imobiliários) de empresas que são vistas como boas pagadoras de
dividendos aos acionistas. Além disso, outra característica importante desse tipo de
investimento é que o conjunto de aplicações deve ser preferencialmente de empresas
que oferecem risco baixo. Isso sem contar que o investidor precisa focar no médio e
longo prazo para conseguir retornos consistentes.

Ao investir em empresas que pagam dividendos, o investidor acaba mitigando o risco


da carteira na medida em que evita a preocupação com as oscilações do mercado. O
investidor precisa ter paciência para deixar o dinheiro investido e aguardar pelo
recebimento dos valores pagos periodicamente pelas empresas.

Vale ressaltar que a escolha das aplicações requer conhecimento e dedicação por parte
do investidor, que não pode olhar somente dados rasos na hora de escolher. Afinal,
lembre-se sempre que rendimento passado não é garantia de rendimento futuro.
Os valores podem e vão variar
Como o mercado financeiro é sensível a uma série de fatores internos e globais, os
valores de dividendos pagos pelas empresas tendem a variar bastante.

Para saber se a empresa que você está de olho paga bons dividendos, analise o histórico
de pagamentos. Afinal, algumas empresas pagam ótimos dividendos em um ano, mas
passam depois por alguns períodos sem pagar nada aos acionistas. Procure por
constância nesses pagamentos.

Avalie também qual é a periodicidade dos pagamentos de dividendos, já que, em


alguns casos, há o pagamento dessa ‘renda extra’ mais de uma vez ao ano. Empresas
maiores e mais consolidadas geralmente pagam dividendos maiores por possuírem
fluxo de caixa maior.

Outra dica muito importante é a diversificação. Jamais coloque todo o seu dinheiro
somente em uma empresa. Aí que entra o poder da carteira de dividendos no aumento
dos seus rendimentos.

Investir todo o dinheiro em uma única empresa é uma estratégia ruim, já que o
investidor vira ‘refém’ da empresa. Ao montar sua carteira de dividendos, procure
diversificar empresas e setores para mitigar riscos e aumentar a segurança dos seus
investimentos.
Tipos de carteiras de dividendos
O tipo mais comum de carteira de dividendos é aquele que agrupa ações de empresas
que pagam dividendos. São aquelas empresas listadas na bolsa que buscam agradar
cada vez mais os acionistas que investem de olho nos dividendos, já que são eles que
ajudam a conseguir recursos para crescer e ter lucro.

Além das ações, os fundos imobiliários também são alternativas para compor uma
carteira de dividendos com segurança e bons retornos.

1 Dividendos de Ações
Há uma alternativa muito rentável para quem recebe dividendos: o
reinvestimento. Isso porque ele trabalha com a lógica dos juros compostos,
aumentando os seus ganhos de forma exponencial.

Ao reinvestir os dividendos recebidos na bolsa, é possível ganhar com a queda


do preço médio pago por ação. Além de ver um aumento no valor da sua
carteira. Dessa forma, o investidor aumenta a quantidade de ações sem precisar
colocar mais dinheiro.Aqui, aproveitamos para dar mais uma dica importante.

Se quiser adotar uma postura mais simples e segura, tente focar em empresas
excelentes que passam por circunstâncias incomuns. Ou seja: compre
empresas boas que estejam com preço baixo. Quando o investidor compra
ações de uma boa empresa por um preço baixo, a quantidade acaba sendo
maior, aumentando também o dividendo recebido a cada nova distribuição.
2 Dividendos de Fundos Imobiliários
Assim como as ações, os fundos imobiliários também são negociados em bolsa
de valores. Os lucros dependem de uma série de fatores como o setor, a
composição e o valor das cotas. FIIs com imóveis mais bem localizados tendem
a gerar retornos mais atrativos, geralmente. É o mesmo que acontece com os
imóveis físicos, já que a valorização tende a ser maior.

Além do próprio rendimento das cotas, os fundos imobiliários também pagam


aluguéis mensais, que também estão sujeitos às oscilações. O principal fator
que faz esse valor variar é a vacância (se as unidades disponíveis estão
preenchidas ou não). Quanto maior o número de unidades alugadas, maiores
serão os rendimentos.

No caso dos fundos de papeis, os aluguéis estão relacionados diretamente a


alguns indexadores, como CDI, IGP-M e a própria taxa Selic. Conforme esses
indexadores sobem, os dividendos dos FIIs também aumentam.

Montando a sua carteira com ações


Montar uma carteira de dividendos é uma excelente alternativa para quem quer
aumentar a rentabilidade e diversificar com segurança.

Confira a seguir a carteira de dividendos com Ações recomendada pela XP.


Carteira de Dividendos com Ações
As principais características que buscadas nos papéis que compõem a carteira são
perspectiva de pagamento contínuo de dividendos, Dividend Yield atrativo (que
paguem um dividendo em % ao preço da ação), Gestão de qualidade, modelo de
negócios sólido e natureza defensiva.

Preço-alvo Dividendo estimado *Div. Yield


Empresa Ticker (R$)** por ação 2021 (R$) 2021 (%) Peso

CPLE6 7,50 0,97 15,4% 20%

ENBR3 21,00 1,02 5,4% 20%

EGIE3 44,00 3,95 9,7% 20%

AESB3 18,00 1,16 8,5% 20%

CESP6 36,00 1,85 7,3% 20%

Sobre as empresas da carteira


Copel: A companhia divulgou uma nova e robusta política de dividendos em janeiro
de 2021. De acordo com a nova política as propostas de dividendos regulares serão
calculadas conforme os critérios: (i) alavancagem abaixo de 1,5x = 65% do Lucro
Líquido Ajustado, (ii) alavancagem entre 1,5x e 2,7x = 50% do Lucro Líquido Ajustado e
(iii) alavancagem acima de 2,7x = 25% do Lucro Líquido Ajustado. A XP estima
dividend yield de 12,3% em 2021-22 para CPLE6, mantendo recomendação de Compra
com um preço-alvo de R$ 7,5/ação para CPLE6 e R$ 37,50 para CPLE11.
EdP: A XP destaca como positiva a nova política de dividendos adotada pela
companhia em agosto de 2020, segundo a qual a EdP distribuirá a acionistas o maior
entre os seguintes valores (i) 25% do Lucro Líquido, (ii) 50% do lucro líquido ajustado
por efeitos não caixa como os resultados do segmento de transmissão e (iii) R$1/ação.
É estimado um dividend yield de 5,8% em 2021-22 para ENBR3. Recomendação de
Compra na EdP Energias do Brasil, com um preço-alvo de R$ 21/ação.

Engie: Destaque por sua capacidade diferenciada de se proteger de efeitos


hidrológicos adversos, somada a sua diversificação de portifólio com a entrada nos
setores de transmissão de energia e transporte de gás. XP acredita que a companhia
deverá manter uma prática de distribuição de 100% do Lucro Líquido aos acionistas
em 2021, assim como ocorreu em 2020. Estimado um dividend yield de 9,7% em 2021.
Recomendação neutra em EGIE3 com preço-alvo de R$ 44/ação.

AES: A AES Brasil (antiga AES Tietê TIET11) usualmente apresenta lucros
consistentes, embora possa haver um certo grau de volatilidade dependendo da
incidência de chuvas. Em 2020 a companhia apresentou um payout de 88% que se
traduz em um dividend yield de 5,4% no ano, o que reforça nossa visão de que a AES
Brasil é uma das nossas preferidas como pagadora de dividendos. Estimamos um
dividend yield de 8,7% em 2021-22 para as ações. XP recomenda compra em AESB3
com preço-alvo de R$ 18/ação.

CESP: A empresa continua a apresentar um sólido patamar de geração de caixa,


conforme demonstrado ao longo dos últimos trimestres. Em 2020 a companhia
atingiu uma distribuição de 49% sobre o lucro líquido, reforçando a CESP como uma
das preferidas como pagadora de dividendos. Dividend yield esperado de 7,3% entre
2021 e 2022 e recomendação de Compra com um preço-alvo de R$ 36/ação.
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