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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

(SAERO). Leia o texto abaixo e responda.


Texto
Perda da biodiversidade
Ao redor do mundo, a biodiversidade
(definida como o total da variedade da vida) está
diminuindo. Ainda que não se saiba com exatidão
quantas espécies existem na Terra, calcula-se
que haja de 5 a 50 milhões de espécies, das
quais só se tem registro de 1.750.000,
aproximadamente. Baseando-se na atual taxa de
perda de espécies no planeta, estima-se que no
ano 2000 um décimo de todas as espécies já
havia desaparecido e essa proporção ascenderia
a um terço em 2020.
Por isso, a perda da biodiversidade é um
dos problemas ambientais mais graves do
ABREU, Casimiro. IN: CANDIDO, Antonio; CASTELLO, José
planeta. Além das considerações em termos Aderaldo. Presença da literatura brasileira. v. 2. São Paulo: Difel,
éticos e estéticos da conservação das espécies, 1968, p. 44.
da sua preservação e dos ecossistemas, o
presente e o futuro do ser humano também A visão romântica que se evidencia nesse texto é
dependem da obtenção de alimento, matéria- A) a desilusão amorosa.
prima e compostos químicos para medicamentos, B) a exaltação da morte.
assim como a manutenção de processos como o C) o amor irrealizado.
equilíbrio dos gases atmosféricos, o clima e a D) o retorno à infância.
conservação de solos. De fato, foi demonstrado E) o retorno ao passado.
que a alteração e a perda de biodiversidade dos
habitats naturais, ocasionadas por atividades ------------------------------------------------------------
antropogênicas, afetam negativamente as (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
funções dos ecossistemas, que são encarregadas Quanta pressa!
de prover serviços ambientais, tanto das demais Como vc é apressada! Não lembra que eu
espécies silvestres como do ser humano. disse antes de vc viajar que eu ia pra fazenda do
Disponível em: meu avô? Quem mandou não dar notícias antes
<http://www.micromacro.tv/pdfs/saber_mas_portugues/biodiversidad
e/27perda_de_biodiversidade.pdf>. d’eu ir pra lá?!?!?!:-O
Acesso em: 29 jun.2011. Fragmento. Vc sabia. Eu avisei. Vc não presta atenção
no que eu falo?
No Texto , no trecho “... foi demonstrado que a Quando ficar mais calma eu tc mais, tá
alteração e a perda de biodiversidade dos legal?
habitats naturais, ocasionadas por atividades :-*
antropogênicas,...” (ℓ. 22-23) predomina a Mônica
linguagem representativa da área PINA, Sandra. Entre e-mails e acontecimentos. São Paulo:
Salesiana, 2006. Fragmento.
A) biológica.
B) econômica.
Nesse texto, predomina a linguagem
C) jornalística.
característica do meio
D) médica.
A) acadêmico.
E) política.
B) esportivo.
C) jurídico.
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D) político.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
E) virtual.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita
retratam tipos urbanos femininos
As canções têm a particularidade de fazer,
na conjunção letra e música, um retrato do
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e
falar, personagens, tipos característicos de releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma
determinados momentos, lugares, classes, tentativa de preservar para a eternidade o que não
comunidades. passou de um momento. Álbuns de retratos da
Seja qual for o estilo, a canção motiva uma intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos
escuta que possibilita um contato quase que de breves que pensei ao correr da vida e dos quais não
primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e me esqueci. Pensamentos são como pássaros que
estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de vêm quando querem e pousam em nosso ombro.
maneira explícita ou não, valores sociais, Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm
quando desejam vir. E se não os registramos, voam
culturais, morais.
para nunca mais. Isso acontece com todo mundo.
Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na
Só que as pessoas, achando que a literatura se faz
poesia e nas artes em geral, tem povoado as
com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e
canções, aparecendo como “divina e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos...
graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a
“mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas vida é feita
mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003,
Se a lista nunca se acaba, as mulheres p. 51.
encarnadas pelas canções dizem muito sobre os
costumes e os valores de uma época, revelando Nesse texto, a linguagem utilizada é
concepções de feminino. Maria do Socorro, A) jornalística.
recente composição de Edu Krieger, cantada por B) jurídica.
C) literária.
Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos,
D) médica.
composição de Dinho, do saudoso grupo
E) política.
Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira
como dois tipos urbanos entram para a galeria
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das mulheres brasileiras retratadas pela música
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
popular. Essas canções mostram, cada uma a
Onde trabalhar
seu modo, o lugar assumido pelo observador para
O perito tem quatro possibilidades de
estabelecer um enquadramento, delineando,
emprego:
sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes
• ser contratado por uma empresa de
que as materializam.
BRAIT, Beth. Disponível em: consultoria, que é chamada quando pinta um
<http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>. Acesso problema em outra empresa;
em: 14 jan. 2011. Fragmento. • ser perito da Polícia Federal ou Estadual,
que mantém seu próprio corpo de especialistas;
Na linha 12 desse texto, a palavra “mina” é • ser autônomo e ser convocado pelo juiz de
representativa da linguagem um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa
A) coloquial. para trabalhar num caso específico;
B) jornalística. • trabalhar em uma empresa para fazer
C) literária. segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os
D) padrão. sistemas antes de serem atacados por hackers.
E) técnica. Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

------------------------------------------------------------ No Texto, há uma palavra representativa de


(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. linguagem coloquial em:
Diários A) “ser contratado por uma empresa de
Os livros que mais me falam são os diários. consultoria,”.
Diários são registros de experiências comuns B) “que é chamado quando pinta um
acontecidas na simplicidade do cotidiano, problema...”.
experiências que provavelmente nunca se C) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.
transformaram em livros. Não foram registradas D) “ser autônomo e ser convocado pelo juíz de
para ser dadas a público. Quem as registrou, as um tribunal...”.
registrou para si mesmo – como se desejasse E) “proteger os sistemas antes de serem
capturar um momento efêmero que, se não fosse atacados por hackers.”.
registrado, se perderia em meio à avalanche de
banalidades que nos enrola e nos leva de roldão.
Esse é o caso do Cadernos da Juventude, de
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. E) uma neta.
Mundo grande
Não, meu coração não é maior que o mundo. ------------------------------------------------------------
É muito menor. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Nele não cabem nem as minhas dores. A decadência do Ocidente
Por isso gosto tanto de me contar. O doutor ganhou uma galinha viva e chegou
Por isso me dispo. em casa com ela, para alegria de toda a família.
Por isso me grito, O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto
por isso frequento os jornais, me exponho uma galinha viva de perto. Já tinha até um nome
cruamente nas livrarias: para ela – Margarete – e planos para adotá-la,
preciso de todos. quando ouviu do pai que a galinha seria,
obviamente, comida.
Sim, meu coração é muito pequeno. – Comida?!
Só agora vejo que nele não cabem os homens. – Sim, senhor.
Os homens estão cá fora, estão na rua. – Mas se come ela?
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu – Ué. Você está cansado de comer galinha.
esperava. – Mas a galinha que a gente come é igual a
Mas também a rua não cabe todos os homens. esta aqui?
A rua é menor que o mundo. – Claro.
O mundo é grande. Na verdade, o guri gostava muito de peito,
ANDRADE, Carlos Drummond de. Mundo Grande. Disponível em: de coxa e de asas, mas nunca tinha ligado as
<http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_
comentarios/m/mundo_grande_poema_drummond>. Acesso em: 9 partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo
nov. 2011. ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma
A tipologia textual predominante nesse texto é galinha ao molho pardo. A empregada sabia
A) argumentativa. como se preparava uma galinha ao molho pardo?
B) descritiva. A mulher foi consultar a empregada. Dali a pouco
C) dialogal. o doutor ouviu um grito de horror vindo da
D) injuntiva. cozinha. Depois veio a mulher dizer que ele
E) poética. esquecesse a galinha ao molho pardo.
– A empregada não sabe fazer?
------------------------------------------------------------ – Não só não sabe fazer, como quase
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. desmaiou quando eu disse que precisava cortar o
E a viagem continua... pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de
Depois de rezarmos e cantarmos muito, galinha.
voltávamos todos para casa e logo chegavam Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse
convidados para o almoço, que sempre era o pescoço da galinha.
especial. Comidas italianas que vovó, a nona, – Eu?! Não mesmo!
fazia. O doutor lembrou-se de uma velha
E todos os adultos matavam saudade da empregada de sua mãe. A Dona Noca.
Itália. Ela tinha vindo de lá, de navio, no começo – A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
do século, quando meu pai tinha três anos. – O quê?!
Mamãe chegou um pouco mais tarde, com seus – Há dez anos.
pais. – Não é possível! A última galinha ao molho
Depois de moços, conheceram-se no Brasil pardo que eu comi foi feita por ela.
e se casaram. – Então faz mais de 10 anos que você não
Durante o almoço, falavam em italiano e come galinha ao molho pardo.
tomavam vinho. Era engraçado! Como na missa, Alguém no edifício se disporia a degolar a
não entendíamos nada... galinha. Fizeram uma rápida enquete entre os
ZABOTO, L. H. Vovó já foi criança. Brasília: Casa Editora, 1996. vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço
da galinha. Nem o Rogerinho do 701, que fazia
Quem é o narrador desse texto? coisas inomináveis com gatos.
A) a avó. – Somos uma civilização de frouxos! –
B) a mãe. sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifício e
C) o pai. repetiu:
D) um moço.
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– Frouxos! Perdemos o contato com o barro ou sete palmos de comprido. A fruita se chama
da vida! banana. Parecem-se na feição com pepinos e
E a Margarete só olhando. criam-se em cachos. [...] Esta fruita é mui
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa saborosa, e das boas, que há na terra: tem uma
voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.
pele como de figo (ainda que mais dura) a qual
lhe lançam fora quando a querem comer: mas faz
O trecho que expressa o uso de linguagem
dano à saúde e causa fevre a quem se demanda
coloquial é:
dela”
A) “O doutor ganhou uma galinha viva...”. GÂNDAVO, Pero Magalhães de. História da Província Santa Cruz.
B) “─ Mas se come ela?”. Disponível em:
C) “A mulher foi consultar a empregada.”. <http://www.graudez.com.br/literatura/quinhentismo.html>.
Acesso em: 22 set. 2011. Fragmento.
D) “─ Há dez anos.”.
E) “Fizeram uma rápida enquete entre os Nesse texto, o autor faz uso da linguagem
vizinhos.”. A) técnica.
B) regional.
------------------------------------------------------------ C) jornalística.
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. D) informal.
E) arcaica.

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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Pônei glutão
Toda criança gosta de comer alguma
porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos
doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do
britânico Magic, de 4 anos de idade.
A única diferença é que Magic não é uma
criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em
comer macarrão instantâneo! O vício começou
quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou
um macarrão instantâneo de frango com
cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.
Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A
partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro
vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco
de laranja.
Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-
glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.
MATOS, Gregório de. Disponível em:
<http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego14.html>. Acesso em: 3 set.
2012.
No trecho “Toda criança gosta de comer alguma
porcaria, né?”, o termo em destaque é um
Nos versos “Cresce o desejo, falta o sofrimento,/ exemplo de linguagem
Sofrendo morro, morro desejando,” (v. 1-2), o A) falada em uma determinada região.
poeta B) falada entre amigos.
A) apresenta a gradação do amor que sente. C) usada em congressos acadêmicos.
B) apresenta uma oposição de ideias e D) utilizada em jornais.
sentimentos. E) utilizada em receitas médicas.
C) compara seu amor à dor que sente.
D) compõe os versos privilegiando a repetição ------------------------------------------------------------
de sons. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
E) personifica o amor e a dor que sente. Antes e depois
O salão entornava luz pelas janelas. No
------------------------------------------------------------ sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno
“Esta planta é mui tenra e não muito alta, consorte, o desembargador, apreciava o fresco da
não tem ramos senão umas fôlhas que serão seis noite à janela, sugando com ruído a fumaça de
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um havana, com os olhos nos astros e as mãos C) D. Maria.
nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia- D) um narrador observador.
voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois E) um narrador personagem.
pombinhos...
O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; ------------------------------------------------------------
Clara... tocava e cantava... (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
II
– Belmiro, disse o desembargador, atirando Cinco minutos
à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar... Capítulo 5
– Cante, D. Clara, pediu Belmiro. Assim ficamos muito tempo imóveis, ela,
Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a
Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de impressão triste de suas palavras.
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a
do coração... sua serenidade, disse-me com um tom doce e
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo melancólico:
chegar a umidade do hálito à face rosada da – Não pensas que melhor é esquecer do
meiga Clarinha... que amar assim?
O desembargador olhava outra vez para os – Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...]
astros... um grande consolo para a desgraça. O que é
III triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma
Rola o tempo... separada de sua irmã, não; aí há um sentimento
Numa casinha modesta de S. Cristóvão, que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É,
mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara... sim, esse vácuo do coração que não tem uma
Os vizinhos dizem cousas... ih! afeição no mundo e que passa como um estranho
IV por entre os prazeres que o cercam.
– Como vais, Belmiro? – Que santo amor, meu Deus! Era assim
– Mal! que eu sonhava ser amada! ...
– Mal?... disseram-me que te casaste com a – E me pedias que te esquecesse!...
tua Clarinha... – Não! não! Ama-me; quero que me ames
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ao menos...
ninguém vive; é de feijões... – Não me fugirás mais?
– Então... – Não. [...]
– Devo até a roupa com que me cubro!... ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987.
Fragmento.
– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho...
Nesse texto, a linguagem usada é
V
A) arcaica.
É noite.
B) culta.
D. Clara está ao piano. Um vestido
C) popular.
enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem
D) regional.
um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-
E) técnica.
se um pequenote de um ano, com uma
camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.
Clara toca; e não canta, porque tem os ------------------------------------------------------------
olhos vermelhos e inflamados... (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
O Dr. Belmiro vem da rua zangado. A importância da leitura como identidade social
– Não sei o que faz a senhora, gastando [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a
velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as leitura de textos escritos, não apenas daqueles
suas músicas e vá-se com elas! legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”,
POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931.
Disponível em:
mas os escolhidos livremente. Pela análise dos
<http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com. números da última Bienal do Livro realizada em São
br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois,
2012. Fragmento. segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de
2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands
Essa história é contada por que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas,
A) Belmiro. perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que
B) Clara. lá compareceram se encaixam em qual tipo de
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leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram O novo elevador tem capacidade de carga
escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem
com os textos? 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática
Muitos livros vendidos na Bienal têm como de quatro folhas (abertura central), com 90
foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus centímetros de largura, além de piso revestido por
autores enxergam o texto como um fim em si borracha sintética e botões em braile.
mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando “Estamos realizando uma inauguração
pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o simples, mas que tem um grande signifi cado,
domínio da língua é a base para a leitura. principalmente para os usuários do novo
Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre
elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como
como transformar um leitor comum em leitor ideal,
servidores públicos, temos que estar atentos às
um cidadão pleno em relação a sua identidade. A
obras necessárias. Com este elevador,
construção da identidade social é um fenômeno que
se produz em referência aos outros, a aceitabilidade poderemos cobrar que qualquer prédio, seja
que temos e a credibilidade que conquistamos por comercial ou residencial, com mais de um andar,
meio da negociação direta com as pessoas. A tenha um elevador, para garantir o acesso de
leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a todos.”, disse Samartin.
constituição da identidade, como também tornará “Ter um elevador no Paço Municipal não é
esse processo contínuo. uma conquista apenas para os defi cientes
Para tornar isso factível podemos, como físicos, e sim para todos que têm difi culdades de
educadores, adotar estratégias de incentivo, locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as encontramos. As pessoas que andam, veem um
histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais elevador e o acham algo normal, não sabem a difi
complexas, como um romance de Saramago, culdade que as barreiras arquitetônicas nos
Machado de Assis ou textos científicos. Construir impõem. Para nós, um degrau com alguns
em sala de aula relações intertextuais entre gêneros centímetros já é considerado uma barreira”, disse
e autores também é uma estratégia válida. o presidente da APNEN
A família também tem papel importante no (Associação dos Portadores de Necessidades
incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, Especiais de Nova Odessa). [...]
se os pais não são leitores? Cabe à família não Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?
apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.
de ler como um processo. Discutimos à mesa
questões políticas, a trama da novela, por que não Qual é a tipologia predominante no Texto?
trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os A) argumentação.
livros que lemos? B) descrição.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: C) exposição.
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- D) instrução.
ortografia/32/
artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. E) relato.

Predomina nesse texto a linguagem ------------------------------------------------------------


A) coloquial. (SAEPE). Leia o texto abaixo.
B) literária. O grande sábio e o imenso tolo
C) padrão.
D) regional. Por um acaso do destino, um velho e sábio
E) técnica. professor e um jovem e estulto aluno se
encontraram dividindo bancos gêmeos num
------------------------------------------------------------ ônibus interestadual. O estulto aluno, já
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. conhecido do sábio professor exatamente por sua
Texto estultice, logo cansou o mestre com seu
Entregue elevador da prefeitura matraquear ininterrupto e sem sentido. O
O prefeito de Nova Odessa e autoridades professor aguentou o quanto pôde a conversa
inauguraram hoje o elevador panorâmico para insossa e descabida. Afinal, cansado, arranjou, na
PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), sua cachola sábia, uma maneira de desativar o
idosos, gestantes e pessoas com difi culdades de papo inútil do aluno. Sugeriu:
locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o – Vamos fazer um jogo que sempre
elevador para conhecer o piso superior do prédio proponho nestas minhas viagens. Faz o tempo
público. [...] passar bem mais depressa. Você me faz uma
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
pergunta qualquer. Se eu não souber responder, romance, caso fique apaixonado por mais de quinze
perco cem pratas. dias pela mesma mulher.
Depois eu lhe faço uma pergunta. Se você ─ [...] Mas venha cá, Sr. Augusto, então como
não souber responder, perde cem. é isso?... estás realmente apaixonado?!
– Ah, mas isso é injusto! Não posso jogar ─ Quem te disse semelhante asneira?...
esse jogo – disse o aluno, provando que não era ─Há três dias que não me falas senão na irmã
tão tolo quanto aparentava –, eu vou perder muito de Felipe e...
dinheiro! O senhor sabe infinitamente mais do que ─Ora, viva! Quero divertir-me... digo-te que a
eu. acho feia; não é lá essas coisas; parece ter mau
gênio. Realmente notei-lhe muitos defeitos...sim...
Só posso jogar com a seguinte combinação:
mas, às vezes... Olha, Leonardo, quando ela fala ou
quando eu acertar, ganho cem pratas. Quando o
mesmo quando está calada, ainda melhor; quando
senhor acertar, ganha só vinte.
ela dança ou mesmo quando ela fala ou mesmo se
– Está bem – concordou o professor –, pode está sentada... ah! ela, rindo-se... e até mesmo
começar. séria... quando ela canta ou toca ou brinca ou corre,
– Me diz, professor – perguntou o aluno –, o com os cabelos à négligé, ou divididos em belas
que é que tem cabeça de cavalo, seis patas de tranças; quando...Para que dizer mais? Sempre,
elefante e rabo de pau? Leopoldo, sempre ela é bela, formosa, encantadora,
O professor, sem sequer pensar, respondeu: angélica!
– Não sei; nem posso saber! Isso não ─Então, que história é essa? Acabas
existe. divinizando a mesma pessoa que, principalmente,
– O senhor não disse se devia existir ou chamaste feia?...
não. O fato é que o senhor não sabe o que é – ─Pois eu disse que ela eras feia? É verdade
argumentou o aluno – e, portanto, me deve cem que eu... no princípio... Mas depois... Ora, estou
pratas. com dores de cabeça; este maldito Velpeau!... Que
– Tá bem, eu pago as cem pratas – lição temos amanhã?
concordou o professor pagando –, mas agora é ─Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!...
minha vez. Me diz aí: o que é que tem cabeça de ─Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu
cavalo, seis patas de elefante e rabo de pau? coração.
– Não sei – respondeu o aluno. E, sem Houve então um momento de silêncio.
maior discussão, pagou vinte pratas ao professor. Augusto abriu um livro e fechou-o logo; depois
MORAL: A sabedoria, nos dias de hoje, está tomou rapé, passou pelo quarto duas ou três vezes
e, finalmente, veio de novo sentar junto de
valendo 20% da esperteza.
FERNANDES, Millôr. 100 fábulas fabulosas. 5ª ed. Rio de Janeiro: Leopoldo.
Record, 2009. p. 215-216. ─É verdade, disse; não é a minha cabeça: a
causa está no coração.
Nesse texto, o trecho que apresenta uso de Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar,
linguagem coloquial é: porém não posso mais esconder estes sentimentos
A) “O professor aguentou o quanto pôde...”. ( . que eu penso que são segredos e que todo o
7) mundo mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina
B) “Faz o tempo passar bem mais depressa.”. ( que aborreci no primeiro instante, que julguei
. 11-12) insuportável e logo depois espirituosa, que daí a
algumas horas comecei a achar bonita, no curto
C) “Ah, mas isso é injusto!”. ( . 18)
trato de um dia, ou melhor ainda, em alguns minutos
D) “Quando o senhor acertar, ganha só vinte.”. (
de uma cena de amor e piedade, em que a vi de
. 23-24) joelhos banhando os pés de sua ama, plantou no
E) “–Tá bem, eu pago as cem pratas.”. ( . 35) meu coração um domínio forte, um sentimento filho
da admiração, talvez, mas sentimento que é novo
------------------------------------------------------------ para mim, que não sei como o chame, porque o
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda. amor é um nome muito frio para que o pudesse
A moreninha exprimir!... Eu já não me conheço... não sei onde irá
A história de amor se passa no Rio de Janeiro, isto parar...Eu amo! ardo! morro!
envolvendo três estudantes, uma bela jovem e uma ─Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça;
aposta. Os estudantes são Fabrício, Augusto e olha que estás vermelho como um pimentão.
Leopoldo. Carolina é a Moreninha do título, irmã de MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo.Ática, 2000.
p.108-9. Fragmento.
Felipe. A aposta: Augusto, inconstante no amor,
compromete-se com os amigos a escrever um
Predomina nesse texto o uso da linguagem

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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
A) coloquial. C) “Os contêineres foram comprados na
B) culta. China...”. (ℓ. 6-7)
C) popular. D) “Os contêineres são pequenos...”. (ℓ. 11)
D) regional. E) “O sucesso foi tão grande...”. (ℓ. 15)
E) técnica.
------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo.
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
A vila de contêineres Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio
Seleciano de Recife. Logo na primeira semana,
Estudantes de Amsterdã se mudam para fui chamado pela direção: um pai se queixara de
apartamentos de Lata. que eu ofendera sua filha. É que eu dissera “Cale-
Em 1937, o americano Malcom McLean se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste,
inventou grandes caixas de aço para armazenar e rapariga significa prostituta.
transportar fardos de algodão: os contêineres, Revista Diálogo Médico
hoje essenciais para o comércio na economia
No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra
globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de
destacada é um exemplo de
um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda,
A) expressão de gíria.
fica a maior vila de contêineres do mundo: com
B) expressão regional.
aproximadamente 1000 apartamentos de metal.
C) linguagem coloquial.
Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída
D) linguagem formal.
para atender à demanda por alojamentos
E) linguagem técnica.
estudantis na cidade. Os contêineres foram
comprados na China, onde passaram por uma
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reforma e ganharam os equipamentos básicos de
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor
O estresse faz bem
e isolamento acústico. Eles foram levados de
navio para a Holanda e empilhados com
A prestação do carro está vencendo, a crise
guindastes para formar um prédio de 5 andares,
roeu suas economias, o computador travou de
que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca
vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé.
de 1000 estudantes.
O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém
Os contêineres são pequenos, e o prédio
gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas,
não tem elevador (é preciso subir de escada).
acredite, essa pressão faz muito bem para você.
Mas, como o aluguel custa 320 euros por
Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o
mês, barato para os padrões de Amsterdã,
estresse é fundamental para a nossa
ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo,
sobrevivência.
mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante
Quando sentimos o mundo cair sobre a
alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses.
cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao
O sucesso foi tão grande que a empresa
desastre. Ficamos prontos para tomar decisões
responsável pelo projeto já construiu outra vila
com mais rapidez, guardar informações que
num subúrbio de Amsterdã – e também está
podem ser decisivas e encarar desafios e perigos.
erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na
Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua
Nigéria, para turistas que quiserem ter a
capacidade de superar um problema, na visão do
experiência de dormir num contêiner. Mas com
professor (funciona quase como o espinafre para
acomodações de luxo – lata por fora, quatro-
o Popeye). Mas há um porém, se nos
estrelas por dentro.
Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – estressarmos demais, os efeitos benéficos
Maio 2010 – p.28. acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e
funções como a memória acabam prejudicadas. É
O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse por isso que precisamos aprender a apreciar o
texto é: estresse com moderação. O segredo estaria em
A) “...hoje essenciais para o comércio na levar uma vida saudável e buscar atividades que
economia globalizada”. (ℓ. 2-3) deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O
B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (ℓ. Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na
3) entrevista que concedeu à SUPER.

8
D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado:
Reforma ortográfica. Fragmento.

O autor desse texto faz uso da linguagem


coloquial no trecho:
A) “Ninguém gosta de ter fumaça saindo pelas
orelhas...” ( . 4-5).
B) “... o estresse é fundamental para a nossa
sobrevivência.”. ( . 7-8).
C) “Ficamos prontos para tomar decisões com
mais rapidez, ...”( . 11-12).
D) “... funções como a memória acabam
prejudicadas.”. ( . 19-20).
E) “O segredo estaria em levar uma vida
saudável...”. ( .21-22).

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