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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Canções com Mamonas Assassinas e Maria Rita
retratam tipos urbanos femininos
As canções têm a particularidade de fazer,
na conjunção letra e música, um retrato do
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
cotidiano, expondo jeitos de ser, maneiras de Camus, um dos livros que mais amo, e que leio e
falar, personagens, tipos característicos de releio sem nunca me cansar. Um “diário” é uma
determinados momentos, lugares, classes, tentativa de preservar para a eternidade o que não
comunidades. passou de um momento. Álbuns de retratos da
Seja qual for o estilo, a canção motiva uma intimidade. Pois eu fiz um “Diário”: pensamentos
escuta que possibilita um contato quase que de breves que pensei ao correr da vida e dos quais não
primeiro grau com vozes que tocam o ouvinte e me esqueci. Pensamentos são como pássaros que
estabelecem com ele um diálogo que tematiza, de vêm quando querem e pousam em nosso ombro.
maneira explícita ou não, valores sociais, Não, eles não vêm quando os chamamos. Vêm
quando desejam vir. E se não os registramos, voam
culturais, morais.
para nunca mais. Isso acontece com todo mundo.
Nesse sentido, a mulher, tanto quanto na
Só que as pessoas, achando que a literatura se faz
poesia e nas artes em geral, tem povoado as
com pássaros grandes e extraordinários, tucanos e
canções, aparecendo como “divina e pavões, não ligam para as curruíras e tico-ticos...
graciosa/estrela majestosa”, “mulher de verdade”, Mas é precisamente com curruíras e tico-ticos que a
“mulher indigesta”, “mulher de trinta”, “dessas vida é feita
mulheres que só dizem sim”, “Marina morena” etc. ALVES, Rubem. Quarto de Badulaques. São Paulo: Parábola, 2003,
Se a lista nunca se acaba, as mulheres p. 51.
encarnadas pelas canções dizem muito sobre os
costumes e os valores de uma época, revelando Nesse texto, a linguagem utilizada é
concepções de feminino. Maria do Socorro, A) jornalística.
recente composição de Edu Krieger, cantada por B) jurídica.
C) literária.
Maria Rita, e a “mina” de Pelados em Santos,
D) médica.
composição de Dinho, do saudoso grupo
E) política.
Mamonas Assassinas, dimensionam a maneira
como dois tipos urbanos entram para a galeria
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das mulheres brasileiras retratadas pela música
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
popular. Essas canções mostram, cada uma a
Onde trabalhar
seu modo, o lugar assumido pelo observador para
O perito tem quatro possibilidades de
estabelecer um enquadramento, delineando,
emprego:
sobretudo pelas escolhas linguísticas, as vozes
• ser contratado por uma empresa de
que as materializam.
BRAIT, Beth. Disponível em: consultoria, que é chamada quando pinta um
<http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12096>. Acesso problema em outra empresa;
em: 14 jan. 2011. Fragmento. • ser perito da Polícia Federal ou Estadual,
que mantém seu próprio corpo de especialistas;
Na linha 12 desse texto, a palavra “mina” é • ser autônomo e ser convocado pelo juiz de
representativa da linguagem um tribunal ou por alguma pessoa ou empresa
A) coloquial. para trabalhar num caso específico;
B) jornalística. • trabalhar em uma empresa para fazer
C) literária. segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger os
D) padrão. sistemas antes de serem atacados por hackers.
E) técnica. Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.
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(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Pônei glutão
Toda criança gosta de comer alguma
porcaria, né? Algumas, no entanto, exageram nos
doces, frituras e guloseimas. Esse é o caso do
britânico Magic, de 4 anos de idade.
A única diferença é que Magic não é uma
criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em
comer macarrão instantâneo! O vício começou
quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou
um macarrão instantâneo de frango com
cogumelos e deixou o pote no chão para esfriar.
Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A
partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro
vício que o pequeno pônei sustenta é tomar suco
de laranja.
Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-
glutao>. Acesso em: 4 jan. 2012.
MATOS, Gregório de. Disponível em:
<http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego14.html>. Acesso em: 3 set.
2012.
No trecho “Toda criança gosta de comer alguma
porcaria, né?”, o termo em destaque é um
Nos versos “Cresce o desejo, falta o sofrimento,/ exemplo de linguagem
Sofrendo morro, morro desejando,” (v. 1-2), o A) falada em uma determinada região.
poeta B) falada entre amigos.
A) apresenta a gradação do amor que sente. C) usada em congressos acadêmicos.
B) apresenta uma oposição de ideias e D) utilizada em jornais.
sentimentos. E) utilizada em receitas médicas.
C) compara seu amor à dor que sente.
D) compõe os versos privilegiando a repetição ------------------------------------------------------------
de sons. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
E) personifica o amor e a dor que sente. Antes e depois
O salão entornava luz pelas janelas. No
------------------------------------------------------------ sofá, bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
(SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno
“Esta planta é mui tenra e não muito alta, consorte, o desembargador, apreciava o fresco da
não tem ramos senão umas fôlhas que serão seis noite à janela, sugando com ruído a fumaça de
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
um havana, com os olhos nos astros e as mãos C) D. Maria.
nas algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia- D) um narrador observador.
voz Belmiro e Clara... Já se sabe: dois E) um narrador personagem.
pombinhos...
O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto; ------------------------------------------------------------
Clara... tocava e cantava... (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
II
– Belmiro, disse o desembargador, atirando Cinco minutos
à rua a ponta do charuto, manda Clara cantar... Capítulo 5
– Cante, D. Clara, pediu Belmiro. Assim ficamos muito tempo imóveis, ela,
Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. com a fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a
Mas as notas entraram melífluas pelos ouvidos de impressão triste de suas palavras.
Belmiro e foram cair-lhe como açúcar no paladar Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a
do coração... sua serenidade, disse-me com um tom doce e
– Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo melancólico:
chegar a umidade do hálito à face rosada da – Não pensas que melhor é esquecer do
meiga Clarinha... que amar assim?
O desembargador olhava outra vez para os – Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...]
astros... um grande consolo para a desgraça. O que é
III triste, o que é cruel, não é essa viuvez da alma
Rola o tempo... separada de sua irmã, não; aí há um sentimento
Numa casinha modesta de S. Cristóvão, que vive, apesar da morte, apesar do tempo. É,
mora o Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara... sim, esse vácuo do coração que não tem uma
Os vizinhos dizem cousas... ih! afeição no mundo e que passa como um estranho
IV por entre os prazeres que o cercam.
– Como vais, Belmiro? – Que santo amor, meu Deus! Era assim
– Mal! que eu sonhava ser amada! ...
– Mal?... disseram-me que te casaste com a – E me pedias que te esquecesse!...
tua Clarinha... – Não! não! Ama-me; quero que me ames
– Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor ao menos...
ninguém vive; é de feijões... – Não me fugirás mais?
– Então... – Não. [...]
– Devo até a roupa com que me cubro!... ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987.
Fragmento.
– E o dote?
– Ah! Ah! Adeusinho...
Nesse texto, a linguagem usada é
V
A) arcaica.
É noite.
B) culta.
D. Clara está ao piano. Um vestido
C) popular.
enxovalhado escorre-lhe da cintura abaixo, sem
D) regional.
um enfeite. D. Clara está magra. No chão arrasta-
E) técnica.
se um pequenote de um ano, com uma
camisolinha [...] amarrada em nós sobre o cóccix.
Clara toca; e não canta, porque tem os ------------------------------------------------------------
olhos vermelhos e inflamados... (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
O Dr. Belmiro vem da rua zangado. A importância da leitura como identidade social
– Não sei o que faz a senhora, gastando [...] Um dos nossos objetivos é incentivar a
velas a atormentar-me!... Mande para o diabo as leitura de textos escritos, não apenas daqueles
suas músicas e vá-se com elas! legitimados pelos acadêmicos como “boa leitura”,
POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931.
Disponível em:
mas os escolhidos livremente. Pela análise dos
<http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com. números da última Bienal do Livro realizada em São
br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. Paulo, constata-se que “ler não é problema”, pois,
2012. Fragmento. segundo o Correio Braziliense de 25 de agosto de
2010, cerca de 740 mil pessoas visitaram os stands
Essa história é contada por que apresentaram mais de 2.200.000 títulos. Mas,
A) Belmiro. perguntamo-nos: os livros expostos e os leitores que
B) Clara. lá compareceram se encaixam em qual tipo de
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
leitor? Podemos afirmar que todos os livros foram O novo elevador tem capacidade de carga
escritos para um leitor ideal, reflexivo, que dialogará de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine tem
com os textos? 1,30 por 0,90 metro, porta deslizante automática
Muitos livros vendidos na Bienal têm como de quatro folhas (abertura central), com 90
foco a primeira e a segunda visão de leitura, seus centímetros de largura, além de piso revestido por
autores enxergam o texto como um fim em si borracha sintética e botões em braile.
mesmo, apresentando ideias prontas, ou primando “Estamos realizando uma inauguração
pelo seu trabalho como um objeto de arte, em que o simples, mas que tem um grande signifi cado,
domínio da língua é a base para a leitura. principalmente para os usuários do novo
Assim, cabe-nos refletir inicialmente sobre
elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como
como transformar um leitor comum em leitor ideal,
servidores públicos, temos que estar atentos às
um cidadão pleno em relação a sua identidade. A
obras necessárias. Com este elevador,
construção da identidade social é um fenômeno que
se produz em referência aos outros, a aceitabilidade poderemos cobrar que qualquer prédio, seja
que temos e a credibilidade que conquistamos por comercial ou residencial, com mais de um andar,
meio da negociação direta com as pessoas. A tenha um elevador, para garantir o acesso de
leitura é a ferramenta que assegurará não apenas a todos.”, disse Samartin.
constituição da identidade, como também tornará “Ter um elevador no Paço Municipal não é
esse processo contínuo. uma conquista apenas para os defi cientes
Para tornar isso factível podemos, como físicos, e sim para todos que têm difi culdades de
educadores, adotar estratégias de incentivo, locomoção. Só nós sabemos as difi culdades que
apoiando-nos em textos como as tirinhas e as encontramos. As pessoas que andam, veem um
histórias em quadrinhos, até chegar a leituras mais elevador e o acham algo normal, não sabem a difi
complexas, como um romance de Saramago, culdade que as barreiras arquitetônicas nos
Machado de Assis ou textos científicos. Construir impõem. Para nós, um degrau com alguns
em sala de aula relações intertextuais entre gêneros centímetros já é considerado uma barreira”, disse
e autores também é uma estratégia válida. o presidente da APNEN
A família também tem papel importante no (Associação dos Portadores de Necessidades
incentivo à leitura, mas como incentivar filhos a ler, Especiais de Nova Odessa). [...]
se os pais não são leitores? Cabe à família não Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?
apenas tornar a leitura acessível, mas pensar no ato id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.
de ler como um processo. Discutimos à mesa
questões políticas, a trama da novela, por que não Qual é a tipologia predominante no Texto?
trazermos para nosso cotidiano discussões sobre os A) argumentação.
livros que lemos? B) descrição.
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Disponível em: C) exposição.
<http://linguaportuguesa.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica- D) instrução.
ortografia/32/
artigo235676-1.asp>. Acesso em: 13 nov. 2011. Fragmento. E) relato.
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
A) coloquial. C) “Os contêineres foram comprados na
B) culta. China...”. (ℓ. 6-7)
C) popular. D) “Os contêineres são pequenos...”. (ℓ. 11)
D) regional. E) “O sucesso foi tão grande...”. (ℓ. 15)
E) técnica.
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------------------------------------------------------------ (SPAECE). Leia o texto abaixo.
(PAEBES). Leia o texto abaixo e responda.
A vila de contêineres Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio
Seleciano de Recife. Logo na primeira semana,
Estudantes de Amsterdã se mudam para fui chamado pela direção: um pai se queixara de
apartamentos de Lata. que eu ofendera sua filha. É que eu dissera “Cale-
Em 1937, o americano Malcom McLean se, rapariga”, sem saber que, no Nordeste,
inventou grandes caixas de aço para armazenar e rapariga significa prostituta.
transportar fardos de algodão: os contêineres, Revista Diálogo Médico
hoje essenciais para o comércio na economia
No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra
globalizada. Mas você aceitaria viver dentro de
destacada é um exemplo de
um? Na cidade de Amsterdã, capital da Holanda,
A) expressão de gíria.
fica a maior vila de contêineres do mundo: com
B) expressão regional.
aproximadamente 1000 apartamentos de metal.
C) linguagem coloquial.
Ela fica a 4 quilômetros do centro e foi construída
D) linguagem formal.
para atender à demanda por alojamentos
E) linguagem técnica.
estudantis na cidade. Os contêineres foram
comprados na China, onde passaram por uma
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reforma e ganharam os equipamentos básicos de
(SPAECE). Leia o texto abaixo.
um apartamento, como pia, banheiro, aquecedor
O estresse faz bem
e isolamento acústico. Eles foram levados de
navio para a Holanda e empilhados com
A prestação do carro está vencendo, a crise
guindastes para formar um prédio de 5 andares,
roeu suas economias, o computador travou de
que foi inaugurado em 2006 e hoje abriga cerca
vez e o mala do chefe insiste em pegar no seu pé.
de 1000 estudantes.
O resultado disso é clássico: estresse. Ninguém
Os contêineres são pequenos, e o prédio
gosta de ter fumaça saindo pelas orelhas – mas,
não tem elevador (é preciso subir de escada).
acredite, essa pressão faz muito bem para você.
Mas, como o aluguel custa 320 euros por
Pelo menos é o que diz Bruce McEwen, o
mês, barato para os padrões de Amsterdã,
estresse é fundamental para a nossa
ninguém reclama. “No começo fiquei apreensivo,
sobrevivência.
mas hoje acho bem eficiente”, diz o estudante
Quando sentimos o mundo cair sobre a
alemão Torsten Müller, que já vive lá há 6 meses.
cabeça, o cérebro nos prepara para reagir ao
O sucesso foi tão grande que a empresa
desastre. Ficamos prontos para tomar decisões
responsável pelo projeto já construiu outra vila
com mais rapidez, guardar informações que
num subúrbio de Amsterdã – e também está
podem ser decisivas e encarar desafios e perigos.
erguendo um hotel na cidade de Yenagoa, na
Ou seja, pessoas estressadas potencializam sua
Nigéria, para turistas que quiserem ter a
capacidade de superar um problema, na visão do
experiência de dormir num contêiner. Mas com
professor (funciona quase como o espinafre para
acomodações de luxo – lata por fora, quatro-
o Popeye). Mas há um porém, se nos
estrelas por dentro.
Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – estressarmos demais, os efeitos benéficos
Maio 2010 – p.28. acabam revertidos. Nosso cérebro falha, e
funções como a memória acabam prejudicadas. É
O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse por isso que precisamos aprender a apreciar o
texto é: estresse com moderação. O segredo estaria em
A) “...hoje essenciais para o comércio na levar uma vida saudável e buscar atividades que
economia globalizada”. (ℓ. 2-3) deem prazer, como diz McEwen – autor do livro O
B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (ℓ. Fim do Estresse como Nós o Conhecemos – na
3) entrevista que concedeu à SUPER.
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D13 - Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
WESTPHAL, Cristina. Super interessante. Abril, 2009. Adaptado:
Reforma ortográfica. Fragmento.
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