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Trabalho de português

3 slide: falar sobre o realismo


4 slide: analisar o quadro

A noiva hesitante foi um quadro pintado pelo artista Auguste Toulemouche em 1866.
Olhando mais de perto podemos ver uma noiva sentada numa poltrona, momentos antes da sua
cerimónia de casamento ou até mesmo depois, com um olhar de ódio, raiva e frustração para os
expectadores, ela claramente gostaria de estar em qualquer outro lugar que não fosse a sua cerimónia
de casamento. Se olharmos bem para o seu vestido luxuoso, podemos ver que ela veio de uma família
bem abastada e que o seu casamento provavelmente foi arranjado, o que era um acontecimento
extremamente comum no sec. 19. Ela é enquadrada em ambos os lados por duas mulheres que a
confortam tranquilizam e seguram as suas mãos com ternura, porém podemos ver que a mulher está
indiferente ao conforto que ela está recebendo das duas mulheres que a cercam/rodeiam. Espelhando
desta forma a natureza restritiva das pressões sociais pela qual ela está ligada.
Se olharmos para o lado vemos também uma jovem se olhando no espelho enquanto experimenta a
coroa de flores da noiva. Ingénua e inocente ela sonha e se imagina na sua própria cerimónia de
casamento, nós podemos ver que para ela o casamento ainda é o seu futuro ideal, a noiva por sua vez
está sozinha no seu sentimento de falta de vontade e raiva. Enquanto o seu olhar fala de desafio,
sentimos que ela não tem escolha a não ser seguir em frente e continuar com a cerimónia. A
justaposição de esperança e desesperança é a tragédia dessa pintura e realmente lança luz as pressões
sociais da feminilidade que muitas devem sucumbir.

Nota: Uma das razões que me fez escolher esta obra foi a coragem do pintor em mostrar uma mulher
com uma expressão de raiva principalmente em relação ao casamento, numa época em que
normalmente as mulheres eram retratadas com caras tristes, choronas e dessa forma mostrar a
vontade de independência e de não desejar se casar. O que faz com que o quadro se destaque dos seus
contemporâneos, que apresentam sobretudo mulheres muito mais recatadas. A arte pode ajudar-nos a
compreender o que liga as emoções e as experiências. E se a popularidade atual do olhar desta noiva
nos pode dizer alguma coisa, é que a raiva feminina arde mais ferozmente do que nunca.

A noiva hesitante é uma pintura francesa de 1866, mas ela não parece hesitante, ela parece chateada.
É possível vermos os seus sentimentos excessivamente relutantes de se casar e as suas amigas a
segurarem a sua mão e a beijarem a sua testa para tentar conforta la porem a sua raiva é muito
justificada porque as mulheres sabiam que ao casar durante aquela época perdiam todos os seus
direitos sobre o marido, não podiam ter nada em seu nome e fazer algo sem pedir permissão ao seu
marido. Apenas serviriam para procriar e o seu marido ainda teria milhares de amantes. E se ele se
quisesse livrar dela por algum motivo bastava tranca la em um asilo e alegar que ela estava histérica
nem sendo necessário dar muitas evidencias, obviamente isto não aconteceu a todas as mulheres que
se casaram, mas aconteceu o suficiente para ser um problema. Ma eu adorei essa pintura pois mostra
essa independência e o desejo de não se casar.
Nesta pintura está representada uma mulher que certamente não tem um olhar hesitante, mas sim
mais uma expressão de raiva. Vemos esta sentada em um vestido de noiva, esperando por sua
“sentença” que é outra senão o casamento que ela deseja não ter de ir. As duas mulheres a consolam
ou tentam persuadi la que o casamento é algo fabuloso porque sim no sec 19, os casamentos por amor
são muito raros. Vemos uma terceira mulher ao fundo, certamente mais jovem e mais Ingénua que
experimenta uma coroa de flores, não compartilhando os sentimentos da noiva que dá um contraste
trágico à pintura.

Auguste Toulmouche foi um pintor francês conhecido pelo seu género luxuoso e extravagante de
pinturas de mulheres da classe alta parisiense. No seu quadro mais controverso e distante, A Noiva
Relutante, a utilização de cores e texturas glamorosas na pintura não ajuda a ignorar o olhar direto da
noiva para o observador. O seu olhar é desconfiado e, apesar do facto de ser consolada por duas
mulheres, não responde a nenhum dos gestos de conforto. Isto demonstra a sua firme oposição ao seu
problema, que é o de um casamento arranjado e forçado. O casamento forçado devido a razões
financeiras e de classe era popular na Europa durante esta época. Esta pintura dá vida às lutas de
Austens.

Realizado em 1886 por Auguste Toulmouche


A hesitação da noiva está patente nas suas expressões faciais, na sua tensão e na falta de reciprocidade
ao afeto
Repleto de tecidos luxuosos e cores suaves e moderadas, mas que nada fazem para contrariar a
inquietação do espetador perante o seu desconforto
Os olhos da noiva estão centrados diretamente na tela e o espaço vazio por cima dela parece pesar-lhe
A primeira peça que escolhi para este projeto
Interpretação muito literal do olhar
Forte reação do espetador ao desconforto da noiva
Existe a possibilidade de a jovem rapariga que experimenta a coroa do noivo perpetuar este ciclo

As pinturas de Toulmouche têm todas uma vibração semelhante: são, na sua maioria, mulheres com
vestidos grandes, também chamadas "bonecas deliciosas de Toulmouche". O que torna a sua obra de
arte tão bela são os pequenos pormenores dos vestidos, as suas formas, sombreado dos vestidos
parece real, como se pode ver nestas imagens. (por exemplos de outras pinturas dele).
Toulmouche também equilibra os seus cenários para mostrar o que está a acontecer no quadro, como
uma mulher a olhar para um espelho, o que dá uma sensação de profundidade real no espaço do
quadro. Outra coisa que Toulmouche faz é tornar os cenários dos seus quadros muito realistas.
Acrescenta tanta vida e sentimento às suas peças que as une.
Arte académica
Auguste Toulmouche é um grande artista. Apesar de não se saberem muitas coisas sobre a sua
infância, ele deu grandes passos no mundo da arte. Ao longo dos anos, Auguste Toulmouche aprendeu
muitas coisas com escultores e porta-artesãos, e outros dizem que o seu tio também era escultor.
Aprendeu também o currículo tradicional francês e foi evoluindo a partir daí. Após a Revolução
Francesa, ganhou prémios e impressionou pessoas como o Imperador Napoleão III, que admirava a
sua arte, e a Imperatriz Eugénia, que comprou a sua arte.

A Noiva Hesitante", de Auguste Toulmouche, não tem paralelo na sua descrição das pressões sociais da
mulher. Estas pressões, apesar de não estarem tão presentes na era moderna, ainda hoje se fazem
sentir na realidade das mulheres. Em 1866, Toulmouche deixou o seu estilo original de pintar
mulheres "ociosas" e começou a tornar as suas pinturas mais complexas na sua composição. A imagem
mostra duas mulheres inclinadas para o que se sabe ser a noiva num vestido branco, provavelmente
no dia do seu casamento. Uma jovem aparece ao lado, admirando ao espelho as flores do seu cabelo.
Imediatamente, o contacto visual direto que a noiva estabelece na pintura deve captar a atenção do
espetador. A sua expressão solene, a sua total frustração e desespero transmitem uma sensação de
certeza de que este casamento seria um destino terrível. Talvez isto signifique um casamento
arranjado, um fator comum a que as mulheres eram forçadas no século XIX. As duas mulheres que se
aglomeram à sua volta não choram com ela, mas confortam-na quase como uma garantia. Dão-lhe as
mãos num abraço esperançoso, como se a felicitassem. Mas a noiva não festeja. Está isolada no seu
sentimento. Neste quadro, ninguém valida os seus sentimentos. Até Toulmouche, o pintor, a classifica
como a noiva "hesitante". Embora ele não se refira a ela como certa no título, é isso que a sua
expressão mostra.
A figura oposta à da noiva é a jovem rapariga ao lado. A rapariga demonstra a ingenuidade que vem
com a juventude, onde a sociedade

The Hesitant Fiancée é um exemplo clássico de pintura de moda. Baseia-se no vestuário das mulheres
para contar grande parte da história, ao mesmo tempo que apresenta estilos, acessórios e tecidos
requintados. No entanto, é aqui que terminam as semelhanças com as outras obras de Toulmouche.
A pintura apresenta um elevado nível de teatralidade. Ao colocar as mulheres na parte inferior da
vista, Toulmouche consegue utilizar mobiliário rico para realçar a altura da sala, imitando um palco.
A justaposição dos belos trajes, da sala ornamentada e das outras mulheres que olham para a noiva
(longe do observador) atrai o olhar para o objeto principal, realçando o olhar da noiva.
Esta pintura marcou uma notável mudança de tom para Toulmouche, com o olhar direto e impenitente
da noiva dirigindo-se diretamente ao observador. Ela subverte as expectativas socioculturais da época
ao expressar a sua resistência ao casamento.
A quebra da quarta parede (em que a noiva estabelece contacto visual com o espetador) não era
frequentemente utilizada nesta escola, nem por Toulmouche. Do mesmo modo, as emoções negativas
da noiva são um grande desvio em relação a outras pinturas de moda da época.
Antes desta obra, Toulmouche era conhecido por pintar exclusivamente "mulheres bonitas mas
ociosas". Um crítico contemporâneo, Émile Zola, intitulou nomeadamente as assistentes de
Toulmouche de "bonecas deliciosas", tendo outro crítico da época afirmado que as mulheres dos seus
quadros "não têm cérebro".
O olhar da noiva dirige-se ao espetador de uma a pedir lhe que considere a posição em que se
encontra. A sua raiva destaca-se contra a suavidade do mundo feminino que a rodeia, desafiando o
espetador a colocar-se no seu lugar.
Ao participarem nesta tendência, os utilizadores do TikTok permitem que as suas emoções sejam
reflectidas através da expressão desafiadora da noiva. Ao fazê-lo, estão a recontextualizar a arte para
uma conversa mais moderna, permitindo que a obra viva e permaneça relevante.
Tal como as jovens mulheres se sentiram vistas por The Hesitant Fiancée quando foi exibida pela
primeira vez em Paris, em 1866, as jovens mulheres de hoje vêem a sua própria frustração e raiva
reflectidas na pintura de Toulmouche.
A arte pode ajudar-nos a compreender o que liga as emoções e as experiências. E se a popularidade
atual do olhar desta noiva nos pode dizer alguma coisa, é que a raiva feminina arde mais ferozmente
do que nunca.

As principais características do Realismo remetem a uma oposição ao movimento artístico anterior, o


Romantismo. Nesse sentido, opondo-se à idealização amorosa, os realistas representavam figuras
humanas profundas, que fugiam aos estereótipos de herói, da amada ou do vilão, típicos dos
românticos. Além disso, a perspectiva egocêntrica, muito comum na segunda geração do romantismo,
é substituída por um olhar o mais objetivo possível, buscando representar a realidade de modo
impessoal ou crítico, sempre afastando o olhar apaixonado dos objetos retratados.

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