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2024-2025-2026
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adquiriram o kit e estudam em escola que à edição anterior.
oferece a disciplina.
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REVISÃO DE TEXTO
Departamento Editorial
PROJETO GRÁFICO
Arte Totalle Edições Ltda.
6o ano
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Ensino Fundamental Allegro Digital
Impresso no Brasil.
ISBN aluno: 978-65-87971-17-9
ISBN professor: 978-65-87971-24-7
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Fizeram-se todos os esforços para localizar os detentores dos direitos das fotos, das ilustrações
e dos textos contidos neste livro.
A editora pede desculpas se houve alguma omissão e, em edições futuras, terá prazer em incluir
quaisquer créditos faltantes.
Syda Productions/Adobestock.com
perspectiva de que a prática artística não
deve ser entendida como mero resultado da
aquisição de técnicas, mas sim como uma
linguagem que possibilita a expressão do
ser humano, que, por sua vez, encontra-se
imerso em uma cultura e em um contexto
sócio-histórico específico.
Fruto da concepção de que a sala de
aula é um espaço de construção democrá-
tica dos conhecimentos, a presente coleção,
em acordo com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), objetiva que, ao final, o
aluno seja capaz de:
III
Daisy Daisy/Adobestock.com
IV
Primeiramente, é a importância devida à por artistas) e o domínio de noções sobre a Esses autores podem ser tanto as pes-
função indispensável que a arte ocupa na vida arte derivativa da cultura universal. soas que se dedicam profissionalmente à
das pessoas e na sociedade desde os primór- Ao conhecer diferentes produções produção de arte — os artistas —, como os
dios da civilização, o que a torna um dos fato- do campo artístico (artesanato, objetos, indivíduos que fazem trabalhos artísticos
res essenciais de humanização. É fundamen- design, audiovisual, etc.), feitas por pes- como atividade cultural e educativa — os
tal entender que a arte se constitui de modos soas de classes sociais, períodos históricos estudantes, por exemplo. Nesse caso, ao
específicos de manifestação da atividade cria- e locais distintos, o educando amplia a sua fazer trabalhos artísticos, o educando tam-
tiva dos seres humanos, ao interagirem com concepção de arte e aprende a dar sentido a bém desenvolve ações mobilizadas por suas
o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ela. Desse convívio, decorrem conhecimen- ideias, percepções, sensações, sentimentos
ao conhecerem-no. Em outras palavras, o va- tos que desenvolvem o repertório cultural e emoções. Ao produzir seu próprio trabalho
lor da arte está em ser um meio pelo qual as do estudante e, acima de tudo, possibili- e acompanhar os de seus companheiros, ele
pessoas expressam, representam e comuni- tam-lhe a apropriação crítica da arte. As- tem condições de identificar, reconhecer e
cam conhecimentos e experiências. sim, o educando aprende a identificar, res- valorizar as diferenças entre as mais varia-
Os seres da natureza, bem como os obje- peitar e valorizar as produções artísticas e das produções culturais e artísticas.
tos culturalmente produzidos, despertam em compreende que existe uma poética indivi- A comunicação entre o autor e seu públi-
nós diversas emoções e sentimentos, agra- dual dos autores e diferentes modalidades co costuma acontecer em exposições, concer-
dáveis ou não. Logo ao nascer, passamos a de arte, tanto eruditas como populares. tos, apresentações, feiras, etc. No entanto, as
viver em um mundo com uma história social De modo geral, as obras artísticas são novas tecnologias têm permitido outros sis-
de produções culturais que contribuem para construções poéticas por meio das quais temas de veiculação das obras, os quais pro-
a estruturação de nosso senso estético. Des- os artistas expressam ideias, sentimentos porcionam novos intercâmbios entre o real e
de a infância, interagimos com as manifesta- e emoções. Resultam do pensar, do sentir e o virtual. É nessa abrangência, integrando a
ções culturais de nosso meio e aprendemos do fazer, que, por sua vez, são mobilizados relação entre artistas, obras, público, modos
a demonstrar nossos gostos pessoais. Gra- pela materialidade da obra, pelo domínio de comunicação e sociedade (no passado e no
dativamente, vamos dando forma à nossa de técnicas e pelos significados pessoais e presente), que a arte deve compor os conteú-
maneira de apreciar, gostar e julgar as dife- culturais. As produções artísticas são, por dos de estudos no currículo escolar e mobili-
rentes manifestações culturais com as quais isso mesmo, constituídas de um conjunto zar atividades que diversifiquem e ampliem a
entramos em contato — entre elas, as obras de procedimentos mentais, materiais e cul- formação artística e estética dos estudantes.
de arte. Assim, mesmo sem saber, educamo- turais e podem concretizar-se em imagens Essa postura pedagógica, por sua vez, impli-
-nos esteticamente no convívio com as pes- visuais, sonoras, verbais ou corporais, por ca na indissociabilidade entre as experiências
soas e com as situações da vida cotidiana. exemplo. de ensino e aprendizagem de Arte e a produ-
A escola é um dos locais onde os alunos Os artistas, com suas diferentes origens, ção artística, valorizando os processos afeti-
têm a oportunidade de estabelecer vínculos histórias e experiências pessoais, procuram vos, imaginativos e cognitivos nos momentos
entre os conhecimentos construídos e os co- imaginar e inventar “formas novas” para re- de criação e apreciação artísticas.
nhecimentos sociais e culturais. Por isso, é presentar e expressar o mundo interior e sua Para ajudar o entendimento das concep-
também o lugar em que pode se verificar e relação com a natureza e o cotidiano cultu- ções que integram o fazer e o refletir sobre
estudar os modos de produção e difusão da ral. Ao fazê-lo, os autores de trabalhos artís- a arte, apresentamos, no quadro a seguir,
arte na própria comunidade, região ou país. ticos também agem e reagem diante das pes- uma síntese dos componentes que se in-
Desse modo, o aprendizado da arte vai inci- soas e do próprio mundo social. Com isso, ter-relacionam no processo artístico e que,
dir sobre a elaboração de formas de expres- criam novas realidades — é a realidade de portanto, não devem ser esquecidos ao lon-
são e comunicação artística (pelos alunos e cada obra, que é revelada no ato criador. go dos estudos escolares.
FERRAZ, Maria; FUSARI, Maria. Metodologia do ensino de arte: fundamentos e proposições. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 17-23. Adaptado.
VI
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VII
ALVAREZ MÉNDEZ, J.M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 36-37.
Monkey Business/Adobestock.com
VIII
tigercat_lpg/Adobestock.com
ção da experiência formadora é a que dificul-
ta ou inibe a curiosidade do educando e, em
consequência, a do educador. É que o educa-
dor, entregue a procedimentos autoritários
ou paternalistas os quais impedem ou difi-
cultam o exercício da curiosidade do educan-
do, termina por igualmente tolher sua pró-
pria curiosidade. Nenhuma curiosidade se
sustenta eticamente no exercício da nega-
ção da outra curiosidade. A curiosidade dos
pais que só se experimenta no sentido de sa-
ber como e onde anda a curiosidade dos fi-
lhos se burocratiza e fenece. A curiosidade
que silencia a outra nega-se a si mesma tam-
bém. O bom clima pedagógico-democrático
é aquele em que o educando vai aprendendo
à custa de sua própria prática, que sua curio-
sidade como sua liberdade deve estar sujei-
ta a limites, mas em permanente exercício.
Limites eticamente assumidos por ele. Mi-
nha curiosidade não tem o direito de invadir
a privacidade do outro e expô-la aos demais.
Como professor, devo saber que, sem a
curiosidade que me move, que me inquieta,
que me insere na busca, não aprendo nem
ensino. Exercer a minha curiosidade de for-
ma correta é um direito que tenho como discursivas do professor, espécies de res- a intimidade do movimento de seu pen-
gente e que corresponde ao dever de lutar postas a perguntas que não foram feitas. Isso samento. Sua aula é, assim, um desafio, e
por ele, o direito à curiosidade. Com a curio- não significa realmente que devamos reduzir não uma cantiga de ninar. Seus olhos can-
sidade domesticada, posso alcançar a me- a atividade docente em nome da defesa da sam, não dormem. Cansam porque acom-
morização mecânica do perfil deste ou da- curiosidade necessária a puro vaivém de per- panham as idas e vindas de seu pensamen-
quele objeto, mas não o aprendizado real ou guntas e respostas, que burocraticamente se to, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,
o conhecimento cabal dele. A construção ou esterilizam. A dialogicidade não nega a vali- suas incertezas.
a produção do conhecimento do objeto im- dade de momentos explicativos, narrativos, Antes de qualquer tentativa de discus-
plica o exercício da curiosidade, sua capa- em que o professor expõe ou fala do objeto. são de técnicas, de materiais, de métodos
cidade crítica de tomar distância do objeto, O fundamental é que professor e alunos sai- para uma aula dinâmica, é preciso, indis-
de observá-lo, delimitá-lo, cindi-lo, cercá-lo bam que a postura deles é dialógica, aberta, pensável mesmo, que o professor se ache
ou fazer sua aproximação metódica, sua ca- curiosa, indagadora, e não apassivada, en- “repousado” no saber de que a pedra fun-
pacidade de comparar, de perguntar. quanto fala ou enquanto ouve. O que impor- damental é a curiosidade do ser humano. É
Estimular a pergunta, a reflexão crítica ta é que professor e alunos se assumam epis- ela que me faz perguntar, conhecer, atuar,
sobre a própria pergunta, o que se preten- temologicamente curiosos. perguntar mais, reconhecer.
de com esta ou com aquela pergunta em Nesse sentido, o bom professor é o que
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Ter-
lugar da passividade, face às explicações consegue, enquanto fala, trazer o aluno até ra, 2006. p. 84-86. Adaptado.
IX
Bibliografia complementar
ABRAMOVICH, F. Literatura infantil: gostosuras e bobices. São Paulo: Editora Scipione, 2010.
AMARAL, A. (org.). Arte construtiva no Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 1998. (Coleção Adolpho Leirner).
BARBOSA, A. M. Arte e Educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1995. (Coleção Debates).
. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Editora Cortez, 2002.
BUORO, A. Olhar em construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte na escola. São Paulo: Editora Cortez, 1996.
COLL, C.; TEBEROSKY, A. Aprendendo arte na escola. São Paulo: Ática, 1996.
FEIST, H. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Editora Moderna, 1996. (Coleção Desafio).
KONDELA, I. Jogos teatrais. São Paulo: Editora Perspectiva, 1992. (Coleção Debates).
LIMA, Edmilson. O baú de brinquedos. Recife: Editora Bagaço, 2004.
MORAES, Frederico. O Brasil na visão do artista: O País e sua Cultura. São Paulo: Editora Prêmio, 2004.
PILLAR, Analice Dutra. A educação do olhar no ensino da arte. Porto Alegre: Mediação, 1999.
XI
XII
XIII
1. Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos in-
dígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a
arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades.
2. Compreender as relações entre as linguagens da arte e suas práticas integradas, inclusive aquelas possibilitadas pelo uso das
novas tecnologias de informação e comunicação, pelo cinema e pelo audiovisual, nas condições particulares de produção, na
prática de cada linguagem e nas suas articulações.
3. Pesquisar e conhecer distintas matrizes estéticas e culturais — especialmente aquelas manifestas na arte e nas culturas que
constituem a identidade brasileira —, sua tradição e manifestações contemporâneas, reelaborando-as nas criações em arte.
4. Experienciar a ludicidade, a percepção, a expressividade e a imaginação, ressignificando espaços da escola e de fora dela no
âmbito da arte.
XIV
6. Estabelecer relações entre arte, mídia, mercado e consumo, compreendendo, de forma crítica e problematizadora, modos de
produção e de circulação da arte na sociedade.
7. Problematizar questões políticas, sociais, econômicas, científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções,
intervenções e apresentações artísticas.
9. Analisar e valorizar o patrimônio artístico nacional e internacional, material e imaterial, com suas histórias e diferentes visões
de mundo.
Anton_Ivanov/Shutterstock
XV
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Artes visuais
Materialidades
Processos de criação
Sistemas da linguagem
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Dança
Processos de criação
Contextos e práticas
Música
Elementos da linguagem
Materialidades
XVI
(EF69AR01) Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais tradicionais e contemporâneas, em obras de
artistas brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e culturais, de modo a ampliar
a experiência com diferentes contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório imagético.
(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema,
animações, vídeos, etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos, etc.), cenográficas, coreográficas, musicais, etc.
(EF69AR04) Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma, direção, cor, tom, escala, dimensão,
espaço, movimento, etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas.
(EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos,
dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance, etc.).
(EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.
(EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas
produções visuais.
(EF69AR08) Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador, designer, entre outras, estabelecendo
relações entre os profissionais do sistema das artes visuais.
(EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e
apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
(EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o
desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.
(EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que,
combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.
(EF69AR12) Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do movimento como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
(EF69AR13) Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de dança de diferentes matrizes estéticas e
culturais como referência para a criação e a composição de danças autorais, individualmente e em grupo.
(EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora, etc.) e espaços
(convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica.
(EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola e em outros contextos,
problematizando estereótipos e preconceitos.
(EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção
e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica,
estética e ética.
(EF69AR17) Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos culturais de circulação da música e do
conhecimento musical.
(EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o
desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
(EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar
a capacidade de apreciação da estética musical.
(EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo, etc.), por meio
de recursos tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e
apreciação musicais.
(EF69AR21) Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de composição/criação, execução e apreciação musical,
reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais diversos.
XVII
Música
Processos de criação
Contextos e práticas
Elementos da linguagem
Teatro
Processos de criação
Contextos e práticas
Processos de criação
Patrimônio cultural
Arte e tecnologia
XVIII
(EF69AR22) Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação musical tradicional, partituras criativas e
procedimentos da música contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual.
(EF69AR23) Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons
corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira
individual, coletiva e colaborativa.
(EF69AR24) Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas, investigando os
modos de criação, produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional em teatro.
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a
capacidade de apreciação da estética teatral.
(EF69AR26) Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário,
iluminação e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo.
(EF69AR28) Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e desafios do trabalho artístico coletivo e
colaborativo.
(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no
jogo cênico.
(EF69AR30) Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos dramáticos ou outros estímulos (música,
imagens, objetos, etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a
relação com o espectador.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética
e ética.
(EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.
(EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as
diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design, etc.).
(EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo
suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório
relativos às diferentes linguagens artísticas.
(EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e
compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
XIX
Reprodução
suas produções visuais.
(EF69AR08) Diferenciar as categorias de
artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo rela-
Pintura Eu vi o mundo... Ele começava no Recife (1926) de Cícero Dias.
ções entre os profissionais do sistema das
Um dos grandes nomes do movimento modernista artes visuais.
brasileiro, Cícero dos Santos Dias nasceu no município Movimento modernista brasileiro: Associação
de Escada, Pernambuco, em 1907. Sua paixão pelas ar- de artistas de diversas áreas, como pintura, escul-
tes visuais o levou a se matricular no curso de Arquitetu- tura, poesia, gravura, teatro e música, que busca- Expectativas de
ra e Pintura da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de
Janeiro, porém não chegou a concluir os estudos por não
concordar com a rigidez dos professores, que não viam
vam criar uma identidade para a produção artísti-
ca nacional. As principais fontes de inspiração dos
modernistas eram as tendências artísticas que sur-
aprendizagem
com bons olhos a pintura moderna. giram na Europa, as quais rompiam com a tradição
• Conceituar cultura.
Entre 1926 e 1929, o pintor retratou suas primeiras im- das escolas de arte.
pressões sobre a capital de Pernambuco no célebre painel Abstracionismo: Estilo artístico moderno que • Fortalecer a identidade cultural e a cida-
Eu vi o Mundo... Ele começava no Recife, no qual ficam evi- busca romper com a representação de elementos
dentes elementos típicos de sua infância e do cotidiano da da realidade, utilizando formas e cores que resultam dania na região em que vive.
capital. O painel tem 12 metros de comprimento por 2 me- em uma criação que não imita o mundo. • Conhecer as heranças culturais brasileiras.
tros de largura, embora em sua composição inicial tivesse Surrealismo: Movimento formado por artistas
3 metros de comprimento a mais. Com sua imensa criati- que buscavam representar as imagens criadas pe-
vidade, também se dedicou à gravura, à ilustração, à ce- lo subconsciente humano, o que resultava em com-
nografia e ao desenho, além de dar aulas em seu ateliê. posições que remetiam aos sonhos. Um dos artis- Considerações
Na década de 1930, Cícero Dias se mudou para a Euro-
pa em busca de maior liberdade para criar; em Paris, co-
nheceu grandes nomes da literatura e da pintura, tendo
tas mais populares da pintura surrealista foi o es-
panhol Joan Miró. iniciais
se tornado amigo do artista espanhol Pablo Picasso. Ex- A obra de Cícero Dias é um claro exemplo do quanto
perimentou, ao longo de sua carreira, novas formas de ex- a arte é influenciada por elementos sociais. Em qualquer
Neste primeiro capítulo, vamos analisar
pressão, como o abstracionismo e o surrealismo, porém parte do mundo e em qualquer período da história, a pro- o conceito de cultura e enfatizar o papel da
sempre retornou aos seus temas favoritos, que faziam re- dução artística reflete questões como costumes, tradições,
ferência à sua juventude em sua terra natal. Faleceu em inovações, crenças, problemas e outra infinidade de fato- arte como formadora da identidade cultu-
2003, em sua residência, na Rue de Longchamp, França. res que conferem uma identidade a um grupo social.
ral da humanidade. Há, durante todo o ca-
pítulo, uma reflexão individual e coletiva re-
Arte – 6o ano 5
ferente à multiculturalidade que caracteriza
o modo de ser brasileiro.
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No painel de Cícero Dias, é possível per-
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Registre suas
ideias
Nesse momento, começaremos a
O Brasil é um país de grandes contrastes, que teve
uma sociedade em sua maioria formada por povos de
O que as outras
ampliar o conceito de cultura, identifican- origem indígena, europeia e africana, o que nos deu pessoas pensam
do traços culturais presentes em nosso
uma identidade multicultural. As heranças culturais vin-
das desses povos conferiram características que apre-
sobre
sentam particularidades entre as regiões brasileiras. Se-
cotidiano. Nesse contexto, sugerimos que
ja nas artes visuais, na dança, no teatro ou na música, ca-
Cultura
os estudantes sejam estimulados a perce- da região apresenta suas peculiaridades, que têm igual [...] Na linguagem cotidiana, a palavra cultura é em-
importância para a cultura nacional. pregada com vários significados. Ora significa erudição,
ber elementos do dia a dia, a forma como as grande soma de conhecimentos, quando, por exemplo,
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pessoas se portam e seus hábitos: alimen- se diz que “fulano tem cultura”; ora significa determi-
nado tipo de realização humana, como a arte, a ciên-
tação, expressão, trabalhos, entre outros. cia, a filosofia.
Na linguagem sociológica, cultura é tudo que resul-
Converse com a turma sobre a origem ta da criação humana. A cultura, portanto, compreen-
desses traços culturais, a relação deles com de tanto ideias quanto artefatos. É clássica a definição
de Edward B. Tylor: “Um todo complexo que abarca co-
o espaço em que vivem, a trajetória de seus nhecimentos, crenças, artes, moral, leis, costumes e ou-
tras capacidades adquiridas pelo ser humano como in-
ancestrais e de que forma a cultura é passa- Praça do Marco Zero, localizada no Recife, cidade citada por Cícero Dias e que
tegrante da sociedade”. O que deve ser ressaltado nessa
é a capital do estado de Pernambuco.
da de geração para geração. definição é a indicação de que a cultura compreende to-
das as elaborações resultantes das capacidades adqui-
A partir da observação do cotidiano e da Registre suas ridas pelo ser humano como integrante da sociedade,
troca de informações, sugerimos que a ati- ideias pois a cultura, como já deve ter ficado claro, não decor-
re da herança biológica do ser humano, mas das capaci-
vidade para a construção do conhecimento 1| Pensando na obra de Cícero Dias, que tal criar, em gru-
dades por ele desenvolvidas por meio do convívio social.
utilize formas de expressão com as quais os po, um trabalho que represente a sua cidade? Através de
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desenhos, pinturas ou utilizando o smartphone, registrem
estudantes já estejam familiarizados, seja imagens de cenas que abordem o seguinte questiona-
mento: Como você registraria a cultura da sua cidade?
por meio de recursos digitais de dispositivos
móveis ou por desenhos ou pinturas. Pos- 2| Após a produção, o grupo discutirá sobre o material
feito e — no caso das fotografias — selecionará aquelas
sibilite que cada grupo apresente sua pes- que melhor se adequarem ao conteúdo proposto. Em se-
guida, criarão uma colagem (digital ou no caderno) utili-
quisa e exponha para os demais o que pen-
zando as imagens escolhidas.
sa sobre o assunto.
3| Diante dos resultados da atividade, cada aluno irá es-
crever, em seu caderno, sobre como a cultura está pre-
O que as outras pessoas sente em nossa vida e qual a importância dela para a so-
pensam sobre ciedade. Com o trabalho pronto, o grupo compartilhará Como os escravizados eram proibidos de praticar qualquer tipo de luta, a ca-
poeira foi utilizada como uma maneira de disfarce. Desse modo, ela poderia
o resultado das imagens com o professor e com os outros ser percebida como uma dança. Desprovidos de outras armas, foi a partir dos
golpes e dos movimentos de defesa da capoeira, ou seja, do próprio corpo,
grupos, e fará uma apresentação contando o que cada que os escravizados resistiam à bruta violência praticada pelos senhores do
um aprendeu sobre a cultura local e a sua importância.
Com a leitura do texto de Sebastião Vila engenho e feitores, tanto nos engenhos como nas cidades.
6 Manual do Educador
stock.adobe.com/Tolo
A cultura de um povo é o modo próprio de convívio
crenças, suas visões de mundo, seus sabe-
que ele desenvolveu para a adaptação às circunstâncias
ambientais. Ela é também a parte do ambiente resultan- res e fazeres. Trata-se, portanto, de um pro-
te da transformação da natureza pelo ser humano, com
o seu trabalho. É ainda o ambiente social criado pelo ser cesso dinâmico de transmissão, de gera-
humano. Por isso, a cultura é, por excelência, o domínio ção a geração, de práticas, sentidos e valo-
do artificial e do convencional.
VILA NOVA, Sebastião. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1995, p. 45.
res, que se criam e recriam (ou são criados
Adaptado.
e recriados) no presente, na busca de so-
luções para os problemas que cada socie-
Diálogos com o
tema dade ou indivíduo enfrentam ao longo da
existência”.
Cultura material e
Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspecti-
imaterial va/148_532.pdf. Acesso em: 23/02/2018. Adaptado.
1| Você já ouviu falar em cultura material e cultura ima-
Festival Es Firó Sóller, em Maiorca, na Espanha. O festejo retrata a defesa da
terial? E qual a importância de ambas para a identifica- ilha contra a invasão dos mouros, em 1561.
ção de um grupo social? Leia o texto a seguir e reflita Após a leitura do texto, proponha um de-
stock.adobe.com/larisa
sobre o quanto elas estão presentes em nossas vidas.
bate a respeito da cultura material e imate-
Embora estejam igualmente presentes no processo rial. É importante analisar quais são os co-
de formação de um determinado povo, cultura material
e cultura imaterial têm diferenças fundamentais. A cul- nhecimentos prévios que os alunos têm so-
tura material se refere aos elementos físicos e palpáveis bre o assunto. Como atividade, peça para
que influenciam o processo de formação de identidade
de um grupo que pertence a um determinado local. Es- que a turma faça uma lista de quais são os
ses elementos geralmente remetem a estruturas arqui-
tetônicas e artefatos cuja utilização fez ou faz parte dos
bens materiais e imateriais da sua cidade
costumes locais e, por conta disso, precisam ser preser- e do Brasil.
vados para que o processo de identidade cultural se per-
petue, fazendo com que as pessoas possam refletir sobre Nesse momento, a turma é convidada a
o presente e planejar o futuro. São exemplos: sítios histó-
ricos, templos, casarões seculares, roupas típicas, peças
refletir sobre a preservação da cultura e dos
de artesanato, moedas, livros, entre outros artefatos. A bens culturais.
cultura imaterial, por sua vez, não é palpável, e sua ori-
gem geralmente se deve a tradições originadas no pas- Após realizar a pesquisa para a ativida-
Assim como no Brasil, na Espanha também são celebradas procissões tradi-
sado e que se perpetuaram, sendo transmitidas através cionais durante a Semana Santa.
de, sugerimos que sejam apresentadas, em
sala, imagens de alguns Patrimônios Mun-
Arte – 6o ano 7
diais e de alguns bens de Patrimônio Cul-
tural Imaterial da Humanidade. Você pode
0:44:34 FC_Artes_6A_01.indd 7 31/03/2023 10:44:36
encontrar essas informações no QR Code.
Diálogos com o É interessante que o estudante per-
Arte – 6o ano 7
vas tecnologias podem influenciar a cultura de um local. a. Você já visitou algum museu situado na sua cidade ou
estado? Se sim, qual? A seguir, faça uma pesquisa sobre
os museus que existem na região em que você mora, se-
lecione um e escreva sobre o que está em exposição, se
você conhece alguma obra ou artista presente nele e o
que mais chamou a sua atenção.
Resposta pessoal.
Todas as sociedades, e não apenas as que possuem b. Todo museu precisa dos serviços de um curador, que
escrita, têm uma cultura. A cultura, compreendendo é a pessoa responsável pela escolha, montagem e su-
conhecimentos, técnicas e transformação da natu- pervisão das obras a serem exibidas. Sabendo disso,
reza, valores, crenças de todo tipo, normas, é, pois, qual é a importância desse profissional para a arte? E,
o modo de vida próprio de cada povo. supondo que você tivesse a oportunidade de ser o cura-
dor do museu da sua cidade, quais artefatos você colo-
caria em exposição e por quê?
Com base no texto do sociólogo Sebastião Vila Nova,
analise e responda: Espera-se que o estudante compreenda que a importân- FC_A
8 Manual do Educador
Repensando
Arte – 6o ano 9
Anotações
44:36
Arte – 6o ano 9
2
Habilidades trabalhadas no capítulo
stock.adobe.com/Julia
alguém dotado de um grande talento, cuja existência che-
(EF69AR06) Desenvolver processos de cria- ga a ser associada a uma dádiva para a humanidade. Esse
pensamento foi bastante difundido no Ocidente ao longo
ção em artes visuais, com base em temas dos séculos, porém, a partir do século XIX, novas formas de
ou interesses artísticos, de modo individual, expressão, como a fotografia e o cinema, e de movimentos
artísticos, como o impressionismo, trouxeram novos sig- Spiral Jetty, escultura de terraplanagem. Obra do escultor Robert Smithson,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de ma- nificados para o que de fato vem a ser uma obra de arte.
em Utah, nos Estados Unidos.
stock.adobe.com/Mariakray
O artista moderno não mais depende exclusivamen-
teriais, instrumentos e recursos convencio- te dos ateliês. Na imagem que retrata a obra Spiral Jetty,
nais, alternativos e digitais. por exemplo, você vê um exemplo de Land Art, que é
uma técnica na qual são utilizados elementos encontra-
(EF69AR08) Diferenciar as categorias de dos na terra e que são integrados à obra. Para a criação
da plataforma em espiral, foram utilizadas rochas de ba-
artista, artesão, produtor cultural, curador, salto, cristais de sal e areia. O transporte foi todo rea-
designer, entre outras, estabelecendo rela- lizado utilizando tratores e caminhões. As obras típicas
da Land Art geralmente trazem mensagens em prol do
ções entre os profissionais do sistema das meio ambiente. Embora seja um conceito considerado Instalação de arte Seven Magic Mountains (Sete Montanhas Mágicas), do ar-
tista suíço Ugo Rondinone. A obra está localizada no deserto de Tule, em Las
moderno, na verdade os artistas que desenvolvem es-
artes visuais. Vegas, nos Estados Unidos.
se tipo de produção se inspiraram em construções mi-
lenares, como o Stonehenge, na Inglaterra, e as Linhas
Anotações de Nazca, no Peru. Outra forma de expressão surgida no
A arte em ruptura
último século é a Body Art (arte corporal), na qual os ar- O movimento Art Nouveau (arte nova) surgiu no fi-
tistas utilizam o próprio corpo como suporte para suas nal do século XIX e estava intimamente ligado à arquite-
intervenções criativas. Assim como na Land Art, essa téc- tura e à arte decorativa. É inspirado em linhas naturais
nica também foi buscar inspirações em culturas milena- e curvas. Devido às grandes inovações promovidas pela
res de diversas partes do mundo que cultivam o hábito Revolução Industrial, que rapidamente alterava o estilo
de marcar, decorar ou mesmo alterar partes do corpo. de vida da sociedade europeia, os artistas então se de-
10 Arte – 6o ano
Expectativas de Considerações
aprendizagem iniciais
• Compreender a obra de arte como reflexo A arte é algo que está sistematicamente
da visão de mundo de uma época. presente nas atividades cotidianas da hu-
• Perceber a arte como possibilidade de lin- manidade. Para compreendermos o verda-
guagem. deiro significado da palavra arte, necessi-
tamos conhecer, experimentar e reelabo-
rar conceitos.
10 Manual do Educador
2| Você já se perguntou quem são as pessoas que criam nhecer o trabalho desses profissionais pos-
os personagens e cenários para animações, filmes de he-
róis e jogos de videogame? Pesquise na Internet e regis-
sibilita aos estudantes a compreensão de
tre, a seguir, os principais profissionais que trabalham que a produção artística é tão diversifica-
com esse tipo de produção artística.
da que não é possível estabelecer padrões.
Entre os profissionais do ramo, o aluno poderá citar: ani-
Reprodução.
Arte – 6o ano 11
Arte – 6o ano 11
ram com músicas, filmes, pinturas, poesia, 1| Reflita sobre a relação entre o ser humano e a arte e
teatro, desenho, entre outras modalidades. responda:
Pintura Os comedores de batata (1885), de Vincent van Gogh, óleo sobre tela. músicas dos artistas de rua.
Localizada no Museu Van Gogh, Amsterdã, Países Baixos.
12 Arte – 6o ano
12 Manual do Educador
2| O grafite é uma das principais formas de manifestação c. O grafite é uma manifestação artística marcada pela
leitura
da arte urbana. Muito presentes nas vias públicas, os dese- crítica social. Geralmente criadas em espaços públicos,
nhos são feitos à mão e cobrem muros, fachadas e paredes as obras em grafite são acompanhadas de mensagens Estética Relacional
pelas cidades. Atualmente, o grafite é uma das manifesta- que representam críticas sociais. Com base nisso, comen- Autor: Nicolas Bourriaud
ções culturais mais crescentes no mundo. Na imagem, um te sobre o papel social do grafite na arte contemporânea.
exemplo de manifestação artística do grafite, em Salvador, O livro traz novas formas de atividade artís-
Espera-se que o aluno reflita sobre a importância do
Bahia. Sabendo disso, responda às questões a seguir.
tica, saindo um pouco da prática convencio-
grafite como veículo de comunicação na luta contra os
stock.adobe.com/Ralf Broskvar
Arte – 6o ano 13
Arte – 6o ano 13
Reprodução.
do ao fato de o mercado da época ainda estar fortemen-
te ligado à arte tradicional. Sua persistência, no entan-
to, rendeu grandes frutos, e após a primeira exposição
impressionista, seu trabalho foi gradativamente subin-
do na cotação do mercado até alcançar grande suces-
so profissional. O pintor investiu grande parte dos seus
rendimentos em uma casa com grandes jardins e tam-
Com base na série de quadros pintada por Monet,
bém em um barco, com o qual podia navegar e retratar
vamos fazer um exercício semelhante utilizando um
as imagens que encontrava nas margens do rio. Nessa
smartphone, uma câmera digital ou por meio da pintura?
época, desenvolveu uma grande paixão por gravuras ja-
ponesas e, inspirado nas pontes que apareciam nessas
Procedimento:
composições, mandou construir uma ponte sobre um
1. Escolha um local ao ar livre que receba a luz solar em
lago que ficava em sua propriedade; essa paisagem lhe
diferentes momentos do dia.
serviu de inspiração para vários quadros. Claude Monet
faleceu em 1906. Sua casa, atualmente, é um grande 2. Estabeleça um lugar específico para se posicionar e ter
ponto turístico. uma boa visão da paisagem. É importante que você marque
bem o lugar, pois precisará retornar a ele outras vezes.
Reprodução.
Reprodução.
1 2
3. Registre, por meio da pintura ou de fotos, diferentes
cenas da mesma paisagem em momentos específicos do
dia: amanhecer, meio-dia, pôr do sol, etc.
14 Arte – 6o ano
14 Manual do Educador
stock.adobe.com/Jesús de Fuensanta
período pré-histórico, as pinturas rupestres podem apre-
sentar formas figurativas que representem elementos do
mundo real, como seres humanos, plantas e animais, ou
histórias que as obras contam.
podem ser abstratas e apresentar símbolos geométricos,
por exemplo. Por estarem situadas em vários locais do
mundo, fica evidente que a habilidade de se expressar
através de imagens se desenvolveu de maneira similar
em todas as culturas do período pré-histórico.
Repensando
As pinturas rupestres mais antigas em estudo, atual-
Representação de um bisão pintado na Caverna de Altamira, na Espanha.
mente, datam de mais de 40.000 anos, e sua preservação
é fruto de vários fatores, como isolamento dos locais, di- A complexidade das pinturas como as
stock.adobe.com/Pulsar Imagens
fícil acessibilidade, proteção natural contra os efeitos do encontradas em Lascaux e Altamira intri-
tempo, etc. Nesse quesito, a arte rupestre europeia se
destaca por ter sido realizada em cavernas, o que possi- ga bastante os estudantes, pois muitos não
velmente ocorria porque os seres humanos buscavam,
naquele local, refúgio contra o clima hostil. A gruta de
assimilam bem a ideia de que pessoas que
Lascaux, na França, e a caverna de Altamira, na Espanha, não conheciam a escrita pudessem ter ta-
apresentam desenhos com grande riqueza de detalhes e
que estão em excelente estado de conservação. A escolha Entre as variedades de elementos na imagem, podemos notar, no canto direito,
o desenho de um lagarto. Pintura rupestre localizada no Parque Nacional Ser-
manha habilidade para retratar a anatomia
de grutas, cavernas e fendas pode ter também um senti-
do mais voltado para a crença religiosa, já que esses es-
ra da Capivara, no Piauí, no Brasil.
de humanos e animais. No entanto, exames
paços podem ter sido utilizados como locais de cerimô- genéticos comprovam que os seres huma-
nias e, portanto, apresentavam características que favo-
reciam o contato do ser humano do período paleolítico
Repensando nos que habitavam as cavernas há milha-
com as suas respectivas divindades.
res de anos tinham uma compleição física e
No Brasil, existem importantes locais que são pes- 1| Responda em seu caderno:
quisados por profissionais de diversas áreas da ciência
a. Qual a importância histórica dos registros produzidos
capacidade cerebral semelhante a dos seres
em busca de vestígios deixados por povos que aqui ha-
bitaram milênios atrás. O Parque Nacional da Serra da
pelos povos antigos? humanos atuais. Isso evidencia que a gran-
Capivara, localizado no estado do Piauí, conserva atual- b. A Caverna de Lascaux atualmente não recebe visi- de diferença entre os humanos atuais e os
mente uma enorme quantidade de sítios arqueológi- tantes, pois o gás carbônico liberado pela respiração
cos, como são denominados os locais onde se conser- das pessoas afetava as cores das pinturas. Diante desse pré-históricos se dá no campo sociocultu-
vam evidências da presença humana no passado histó- contexto, quais cuidados você acha que devem ser to-
rico e pré-histórico. mados ao visitar um sítio arqueológico?
ral e científico. Nesse contexto, a diferença
reside nos milhares de anos de busca por
Arte – 6o ano 15 novos conhecimentos e mudanças nas re-
lações entre pessoas.
FC_Artes_6A_02.indd 15 14/01/2023 09:25:04
Arte – 6o ano 15
3
Habilidades trabalhadas no capítulo
Reprodução.
nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobra- nho, na pintura, escultura e ar-
quitetura. Geralmente esse tipo
dura, escultura, modelagem, instalação, ví- de criação é mais voltada para a
contemplação de quem observa,
deo, fotografia, performance, etc.).
mas existem outras possibilida-
(EF69AR07) Dialogar com princípios con- des de se trabalhar com artes vi-
suais, nas quais as pessoas po-
ceituais, proposições temáticas, repertó- dem interagir e mesmo modifi-
rios imagéticos e processos de criação nas car os objetos produzidos, como
é o caso das instalações, cujos
suas produções visuais. elementos podem ser manipu-
lados a qualquer hora tanto pe-
lo artista quanto pelo visitante.
Expectativas de
aprendizagem 16 Arte – 6o ano
• Definir arte como forma de interagir com FC_Artes_6A_03.indd 16 14/01/2023 09:26:53 FC_A
16 Manual do Educador
Arte – 6o ano 17
Arte – 6o ano 17
por si sós, já contam uma história, poden- ges em mosteiros da Idade Média. Como era um proces- Disponível em: https://www.repository.ufrpe.br/bitstream/123456789/2222/1/tcc_eduardo-
bezerradeoliveirasilva.pdf. Acesso em: 18/09/2020. Adaptado.
so muito lento, os livros produzidos eram poucos e geral-
do fazer com que os pequenos que ainda mente ficavam restritos às autoridades da igreja. Após o
Reprodução.
vo processo de produção iria resultar em imagens mais
ram seus primeiros anos e qual o significa-
detalhadas e com um acabamento formidável: a calco-
do que cada um deles tem para suas vidas. gravura, que utilizava uma matriz de metal em vez da
madeira. Esse processo, no entanto, tinha custo eleva-
do, e isso acabava afetando o preço final do livro. Em
Diálogos com o 1796, surge uma nova técnica que era mais rápida e ob-
como força, coragem, ternura, amor, etc., de cando mostrar o cotidiano brasileiro de uma Uma boa forma de abordar as obras de
modo que determinados fatos eram omitidos maneira agradável, porém, para ambos, era ambos é as exibindo em slides. Como se tra-
e, como consequência, acabavam sendo mi- inegável a situação de grave penúria que vi- tam de obras famosas que frequentemente
nimizados aos olhos da sociedade. viam os escravizados no Brasil, bem como aparecem em livros didáticos, muitos estu-
Nesse contexto, artistas como Jean- todo o clamor para que a escravidão fosse dantes irão se familiarizar com as litogravu-
Baptiste Debret e Johann Moritz Rugendas abolida. Foi nesse contexto que surgiram ras e pinturas, o que pode ser uma excelente
vieram para o Brasil com o intuito de rea- algumas das imagens que mostravam es- oportunidade para contextualizar imagens
lizar registros de imagens para publicá-las cravizados sendo castigados, transporta- com a época em que foram produzidas.
em livros na Europa. Por serem artistas ro- dos nos porões insalubres dos navios ne-
mânticos e cientes do que agradaria o gran- greiros e sendo negociados nos mercados
de público, retrataram belas paisagens bus- de escravizados.
FC
18 Manual do Educador
A litogravura em questão retrata as condições desumanas 4| Observe a pintura de Tarsila do Amaral abaixo.
em que eram transportadas as pessoas trazidas da África
Reprodução.
para serem escravizadas nas Américas. Analisando a obra,
quais são as suas impressões ao refletir sobre a crítica que
a pintura retrata e qual o seu sentimento ao observá-la?
Arte – 6o ano 19
Fotos: Reprodução.
1 2 3
pretada como uma crítica à massificação das dinâmicas de
b. Quais sentimentos podem ser percebidos nas expres- Na tela, Tarsila retratou a si mesma e também homena-
sões dos personagens retratados? geou os amigos Oswald de Andrade e Mário de Andrade,
além de outras pessoas que eram de seu convívio. Apesar
Sugestão de resposta: Fadiga, desânimo e falta de
de, no quadro, figurarem entre os operários, todos eles vi-
viam em boas condições financeiras. Na sua opinião, o que
esperança.
levou a artista a se retratar entre a classe trabalhadora?
20 Arte – 6o ano
20 Manual do Educador
stock.adobe.com/tauav
ções culturais que chegavam da Europa e, a partir disso, sos que permitem utilizar várias formas de
criar uma obra com características tipicamente brasileiras. expressão e, assim, atingir planos senso-
Reprodução.
Arte – 6o ano 21
+ Informações sobre o
tema Repensando
Muitos estudantes têm certa dificuldade O estado de estesia é bastante singular e
em demonstrar seus sentimentos e podem varia muito de pessoa para pessoa. Em arte,
encontram na arte uma forma de externar isso significa que, muitas vezes, uma obra
isso. Aproveite a atividade para promover que pode sensibilizar alguém, não obtenha
uma apresentação na qual os alunos pos- o mesmo efeito em outra pessoa. Há pessoas
sam falar sobre seus respectivos trabalhos e que se sentem muito atraídas por pinturas,
interagir com os trabalhos dos colegas. enquanto outras são tomadas por grandes
sentimentos diante de uma apresentação
26:56
Arte – 6o ano 21
4
(EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes
estilos visuais, contextualizando-os no tem- Viver a arte
po e no espaço.
(EF69AR03) Analisar situações nas quais as
Traços, formas e cores As obras de Goya Lopes, usadas durante o dia a dia
linguagens das artes visuais se integram às das pessoas, são mais um exemplo de arte que pode-
Fotos: Reprodução.
mos ver no nosso cotidiano. Logo, quando vestimos al-
linguagens audiovisuais (cinema, anima- guma de suas criações, estamos vestindo todos os sím-
ções, vídeos, etc.), gráficas (capas de livros, bolos que sua arte carrega.
Podemos perceber que o trabalho da artista assume
ilustrações de textos diversos, etc.), ceno- um caráter utilitário e não está apenas fixado na questão
estética. Essa característica de certas criações artísticas
gráficas, coreográficas, musicais, etc.
existe desde a pré-história, quando os indivíduos do pa-
(EF69AR05) Experimentar e analisar dife- leolítico pintavam representações nas cavernas em pa-
redes rochosas para simbolizar rituais ou instruções para
rentes formas de expressão artística (dese- obter êxito nas caçadas. A arte com finalidade utilitária
nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobra- existe em todas as culturas do mundo, embora em certos
períodos da história tenha sido classificada como uma
dura, escultura, modelagem, instalação, ví- forma de expressão de menor valor. Até o século XIX, o
conceito de arte consistia em tudo aquilo que era produ-
deo, fotografia, performance, etc.). zido apenas para apreciação e muitas vezes só era aces-
(EF69AR06) Desenvolver processos de cria- sível para uma pequena parcela da população. O artis-
ta talentoso era aquele capaz de representar o real com
ção em artes visuais, com base em temas Goya Lopes se apropria de elementos da cultura africana e se inspira em ar- maior fidelidade. Esse pensamento só mudou por con-
tistas como Hélio Oiticica.
ta de inovações que ampliaram as possibilidades artís-
ou interesses artísticos, de modo individual, Goya Lopes nasceu em Salvador e se formou na Es- ticas e derrubaram antigos conceitos, o que evidencia o
coletivo e colaborativo, fazendo uso de ma- cola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. fato de que a arte sempre está ligada às mudanças cul-
Após um período estudando Design, Expressão e Comu- turais e, portanto, está sempre em processo de evolução.
teriais, instrumentos e recursos convencio- nicação Visual em Florença, na Itália, retornou ao Brasil e
fundou a empresa Didara, por meio da qual pôde investir
nais, alternativos e digitais.
(EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às
em seus projetos. Goya é designer têxtil, ou seja, elabora
projetos de estamparia, texturas e cores de tecidos pa-
Registre suas
ra moda e decoração. No processo de produção das pe- ideias
diferentes dimensões da vida social, cultural, ças para vestuário, ela desenvolve desenhos, escolhe os
política, histórica, econômica, estética e ética. tons adequados e realiza a arte final. 1| O cocar é um elemento característico da cultura indí-
As criações refletem suas raízes e a cultura de Salva- gena. É um bom exemplo de arte utilitária, embora não
dor, onde se verificam elementos da herança afro-bra- faça parte do dia a dia de uma pessoa que não pertence
Expectativas de sileira, indígena, além de influências do estilo barroco, a um dos povos indígenas. Pesquise em livros ou na In-
em situações da vida.
• Perceber que a arte está presente em nos- FC_Artes_6A_04.indd 22 14/01/2023 09:26:42 FC_A
so cotidiano.
• Entender a arte como uma possibilidade lho. Para isso, a primeira artista apresen-
Anotações
de trabalho. tada é Goya Lopes, que usa a moda como
• Compreender a potência da arte em co- expressão.
nectar pessoas. O texto sugere uma reflexão sobre o que
é utilitário e o que é para apreciação. Goya
Considerações Lopes, por exemplo, transforma roupas de
22 Manual do Educador
stock.adobe.com/Ruben
stock.adobe.com/agcreativelab
1 2 são objetos que só cumprirão sua devida
função quando utilizados da maneira que
foram planejados, mesmo que isso signifi-
que que, com o tempo, a ferramenta pode
vir a se depreciar. Professor(a), debata com
2 3
os estudantes sobre o assunto, questionan-
do-os sobre as consequências do ato de re-
stock.adobe.com/scaliger
3
tirar um artefato sagrado de um povo para
expor a pessoas de outra cultura.
dicar uma posição dentro da tribo e oferecer proteção Sugestão de resposta: As obras em questão não têm a
espiritual para quem o usa. mesma finalidade. Por ser um elemento arquitetônico,
Arte – 6o ano 23
Arte – 6o ano 23
stock.adobe.com/africa
hoje podem significar tanto um símbolo de
resistência quanto uma escolha estética. Diálogos com o
Há registros históricos que comprovam tema
que os dreadlocks já eram utilizados na Áfri- A arte egípcia
ca e na Índia muito antes do exílio de Rás
As estatuetas egípcias na imagem da página seguinte
Tafari. No continente africano, o povo Him- são denominadas shabti e eram produzidas para serem
colocadas nos sarcófagos, túmulos utilizados no Egito
ba, formado por habitantes do norte da Na- Antigo. Os shabti — segundo o pensamento da época, for-
míbia e de Angola, utiliza o estilo de cabe- temente representado por um caráter religioso — eram
Dreadlock é um penteado na forma de mechas ema-
responsáveis por trabalhar pelo seu dono no mundo dos
ranhadas muito difundido na atualidade. Embora tenha
lo desde o surgimento de sua cultura. En- sido adotado por várias culturas ao longo do tempo, vi-
mortos, condição em que, segundo a crença egípcia, se
alcançaria a eternidade.
tre as mulheres da comunidade, o estilo do rou símbolo de luta e resistência na Etiópia quando era
Se perguntarmos o que são os shabti a uma pessoa
governada pelo Ras (príncipe) Tafari Makkonen, também
dreadlock diz qual seu estado civil: quando chamado Haile Selassie. Seguidor dos preceitos judai-
hoje, mostrando as imagens acima, provavelmente ela
diria que são esculturas. Porém, se fizéssemos a mesma
co-cristãos, ao longo de sua vida, Ras Tafari defendeu a
solteiras, as mulheres utilizam os cabelos pergunta a um egípcio que vivia naquele período, ele res-
igualdade e o respeito mútuo entre os povos. Entre os
ponderia: os shabti são servos espirituais.
cobrindo o rosto, ao passo que após o ca- etíopes, era considerado um emissário de Deus que iria
Quando pensamos no Egito, é comum lembrarmos
guiar a nação para um tempo de paz e prosperidade.
samento, o cabelo ganha um adorno e os Durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto, a Itália,
das pirâmides, tumbas, múmias e dos faraós. Na arte,
esses elementos estiveram sempre relacionados, sendo
dreads são utilizados atrás da cabeça. Os comandada por Benito Mussolini, invadiu a Etiópia e, após
regidos e orientados pelos preceitos religiosos, que a tu-
vencer o exército local, iniciou uma política de segregação,
do influenciava. Nesse período, o povo egípcio cultuava
homens também adotam o estilo, embora na qual muitos etíopes foram massacrados. Ras Tafari te-
vários deuses, como Osíris e Ísis.
ve que se exilar na Inglaterra e se dedicou a buscar apoio
não haja mudança em relação a seu esta-
stock.adobe.com/mindstorm
internacional contra a situação instalada no seu país. En-
do civil. tre os soldados que resistiam às forças italianas, um pacto
foi feito: nenhum deles cortaria seus cabelos até que seu
Na Índia, o dreadlock é mais comum líder retornasse ao poder, fato que só ocorreria depois de
seis anos, com a derrota da Itália na guerra.
entre os homens e é uma tradição milenar. Na Jamaica, país que tem fortes ligações étnicas e cul-
Os saddus, praticantes de Ioga que levam turais com a Etiópia, surgiu o movimento rastafári, cujos
membros adotam o cabelo dreadlock inspirado na luta dos
um estilo de vida imaterial e totalmente soldados etíopes, além de seguirem preceitos religiosos
que se baseiam no judaísmo e cristianismo. Desde então,
avesso aos padrões ocidentais, deixam seus Estátuas gigantes, Luxor.
24 Manual do Educador
stock.adobe.com/Takashi Images
Após ler e discutir sobre essa perspecti-
va, sugerimos que a turma seja dividida em
duplas ou grupos e que cada equipe seja
responsável por pesquisar sobre um grupo
(da Antiguidade ou da atualidade) e sua ex-
pressão artística a partir da seguinte ques-
tão: O que podemos aprender sobre sua cul-
tura a partir da sua arte?
Cada grupo deve mostrar o que apren-
Pintura egípcia que representa uma cena do cotidiano. deu na sala, apresentando a expressão ar-
A arte egípcia nasceu há mais de 3.000 anos a.C. e es- tística da cultura escolhida.
teve sempre relacionada aos aspectos religiosos dessa ci-
vilização, sendo realizada em função da sua crença, que
A atividade proposta na seção permite
era a certeza da continuidade da vida após a morte. Por a compreensão de que as emoções do ser
isso, os elementos arquitetônicos, as pinturas e as escul-
turas seguiam padrões e regras que estavam diretamen- humano estão presentes nas obras de arte.
te voltados para essa visão.
A arquitetura egípcia é composta por imensas cons-
Busto da Rainha Nefertiti, Museu Nacional da Escócia, Reino Unido. Sugerimos que as imagens sejam mostradas
truções, como as pirâmides, que serviam de túmulos pa- A escultura tinha grande importância para os egíp- por meio de um projetor para uma melhor
ra os faraós, os reis do Egito Antigo, que a tudo domina- cios. Devido à crença na vida após a morte, os egípcios,
vam e eram considerados deuses pelo seu povo; e por além de mumificarem os corpos dos mortos para que análise.
grandiosos templos, que eram construídos em homena- fossem preservados, também se utilizavam de escultu-
gem aos seus deuses. ras, que reproduziam esses corpos com o máximo de
A pintura realizada pelos egípcios tinha características detalhes. De acordo com a crença egípcia, esse “novo
Sugestão de
muito próprias, pois seguia algumas regras preestabele-
cidas. Uma delas, a regra da frontalidade, fazia com que
corpo” serviria para abrigar sua alma após a morte. As-
sim como na representação dos mortos, todas as outras abordagem
o corpo das pessoas fosse sempre retratado com o tronco esculturas também deveriam representar as caracterís-
e um dos olhos voltados para o observador, ficando ape- ticas físicas das pessoas e, ainda, a sua condição social. A cultura do Antigo Egito valoriza muito
nas a cabeça, as pernas e os pés representados de perfil. Hoje, além de possuir uma estrutura física diferente,
As pinturas eram utilizadas, geralmente, para decorar os o Egito é uma república; e a religião predominante é a o pós-morte. Convém salientar que a expec-
túmulos egípcios. Também podemos destacar que a pin- muçulmana.
tativa de vida no Antigo Egito era muito cur-
ta, durando em média 40 anos. Justamente
Arte – 6o ano 25
por considerarem esse período muito curto,
os egípcios afirmavam que a vida aqui na
9:26:50 FC_Artes_6A_04.indd 25 14/01/2023 09:26:52
Terra seria uma fase de transição na qual o
Anotações indivíduo deveria provar ser merecedor de
recompensas ou sofrer punições caso tenha
levado uma vida repreensível aos olhos dos
seus deuses. Fazer com que os estudantes
compreendam essa particularidade facilita-
rá o processo de entendimento acerca dos
costumes dessa civilização.
Arte – 6o ano 25
+ Informações
sobre o tema
A arte e a vida
Já reparou que:
Na imagem, detalhe da Pedra de Roseta – 196 a.C.
• Tem gente que canta no banheiro, que dança de alegria?
Atualmente, a Pedra de Roseta faz parte do acervo do • Tem quem escreva poemas quando está com sauda-
Museu Britânico, na Inglaterra, e é o item mais visitado des, com tristeza ou em um momento excepcional
da vasta coleção. de felicidade?
Ciente disso, vamos realizar a atividade a seguir, ex- • Tem gente que desenha enquanto fala ao telefone
plorando o alfabeto egípcio hieroglífico. para passar o tédio de uma espera, por falta do que
fazer ou para se desligar do mundo?
Material necessário:
• Lápis de cor. • Tem gente que faz qualquer coisa virar um objeto
de arte: uma flor feita de guardanapo, um arranjo
• Tinta. de flores silvestres e capim, uma linda decoração
• Pincel. em uma sala bagunçada ou até mesmo uma obra
• Papel. de arte em um prato de salada?
26 Arte – 6o ano
26 Manual do Educador
Arte – 6o ano 27
Arte – 6o ano 27
5
Habilidades trabalhadas no capítulo
linguagens audiovisuais (cinema, anima- de audiência, a atriz canadense Evangeline Lilly, que de-
sempenhou o papel da elfa Tauriel no filme O Hobbit e da
Registre suas
ções, vídeos, etc.), gráficas (capas de livros, heroína Vespa em Vingadores: Ultimato, também desen- ideias
volve trabalhos em outra linha artística: a literatura in-
ilustrações de textos diversos, etc.), ceno- fantil. Seu primeiro livro foi lançado em 2013 e surgiu du- O que ouvir histórias pode nos proporcionar? Com a
rante um período em que a artista quis parar de atuar na ajuda do professor, que tal criar um espaço onde você
gráficas, coreográficas, musicais, etc.
indústria cinematográfica, pois os anos de sucesso como possa escrever as ideias a respeito desse questionamen-
(EF69AR05) Experimentar e analisar dife- atriz a fizeram desenvolver problemas emocionais por to? Siga as instruções a seguir.
conta da enorme exposição a que era sempre submeti-
rentes formas de expressão artística (dese- da nos veículos de comunicação.
1. Em uma cartolina, escreva o que você pensou sobre
ouvir histórias.
nho, pintura, colagem, quadrinhos, dobra- O desejo de escrever, segundo ela, nasceu bem cedo.
2. Faça um desenho para ilustrar a sua resposta.
A ideia para o enredo de seu primeiro trabalho, intitula-
3. Junto com seus colegas, procure um local na sala
dura, escultura, modelagem, instalação, ví- do The Squickerwonkers (Os Molambolengos), foi pensa-
para expor a cartolina. Deve ser um espaço onde o car-
da quando ela tinha 14 anos. O livro conta a história de
deo, fotografia, performance, etc.). Selma, uma garota mimada que encontra um sombrio
taz esteja à vista, possibilitando adicionar novas respos-
tas durante a unidade.
(EF69AR07) Dialogar com princípios con- teatro de fantoches e, no desenrolar da trama, vai apren-
dendo que as coisas nem sempre acontecem da manei-
ceituais, proposições temáticas, repertó- ra que ela quer.
A experiência literária foi bastante positiva para
O que as outras
rios imagéticos e processos de criação nas Evangeline Lilly, que também dedicava boa parte do tem- pessoas pensam
suas produções visuais. po durante os eventos de divulgação para contar um pou-
sobre
co sobre a sua história. A
Reprodução.
(EF69AR27) Pesquisar e criar formas de dra- plateia reunia pessoas de
todas as idades, já que, se-
Tradição oral
maturgias e espaços cênicos para o acon-
gundo ela, seu trabalho, A tradição de contar histórias sempre fez parte de todas
tecimento teatral, em diálogo com o teatro além de ser feito para as as culturas ao redor do mundo. Como boa parte das nar-
crianças, também indu- rativas era contada através da tradição oral, diversas ver-
contemporâneo. zia os adultos a refletirem sões eram criadas a partir das modificações ocorridas con-
(EF69AR29) Experimentar a gestualidade e sobre a vida deles. A obra forme as histórias eram repassadas verbalmente. Muitas ve-
traz ilustrações feitas pelo zes, essas mudanças ocorriam para que as histórias fossem
as construções corporais e vocais de manei- premiado designer Johnny adaptadas aos costumes de cada época. Um bom exemplo
Fraser Allen, o que contri- Evangeline Lilly em um dos seus lança- desse fenômeno é a lenda do Rei Artur, que se consagrou
ra imaginativa na improvisação teatral e no buiu muito para tornar o mentos do livro The Squickerwonkersc. por ter duas versões: a versão mais antiga, contada por po-
jogo cênico.
28 Arte – 6o ano
Expectativas de
aprendizagem FC_Artes_6A_05.indd 28 14/01/2023 09:26:29 FC_A
• Perceber que a arte de contar histórias é Registre suas O que as outras pessoas
uma forma de comunicação. ideias pensam sobre
• Utilizar o corpo adequadamente no pro-
Para exercitar a imaginação dos estudantes, No texto, é apresentada a tradição de
cesso de comunicação/expressão, tentan-
propomos a construção de cartazes, por meio contar histórias como meio de transmitir
do superar seus limites e ampliando suas
de recortes e colagens, utilizando gravuras de conhecimentos e culturas. Converse com a
possibilidades.
jornais e revistas. A intenção é reproduzir a turma sobre o tema e questione se ainda te-
• Transformar o espaço real em espaço cê-
compreensão do grupo no que diz respeito à mos o costume de compartilhar sabedoria
nico por meio do exercício da imaginação e
história contada. É interessante que, ao longo por meio da oralidade.
da memória.
da unidade, possam ser adicionadas novas res-
postas para que, ao final, compreenda-se a mu-
dança de pensamento sobre o tema.
28 Manual do Educador
Reprodução.
orações, canções, etc.) feita oralmente pelo povo,
de geração em geração. dades que a contação de histórias propor-
ciona, e, provavelmente, o resultado será
Yuliia/AdobeStock.com
muito satisfatório.
Diálogos com o
tema
Neste momento, é importante frisar
Diálogos com o que uma história pode ser originada de
tema fontes diversas: livros, vídeos, animações
Literatura e história ou de forma oral.
1| Você se lembra de alguma história popular que mar- O formato literário é o mais clássico, no
cou a sua infância? Se sim, compartilhe seu conhecimen-
to a seguir. Se você não se lembra, pesquise na Internet entanto não deve ser utilizado como refe-
uma história popular do folclore brasileiro e relate-a em
rência máxima. Recomenda-se que seja
seu caderno.
biam ler. Uma história que chama bastante atenção é a de Inspirado na experiência de Dona Fiota, peça para um adul-
Maria Joaquina da Silva, a Dona Fiota, como é conhecida to de sua convivência contar alguma história que ele tenha de determinado formato de mídia pode ser
no município de Bom Despacho. Moradora de uma comu- ouvido ou presenciado há muito tempo. Em seguida, faça
nidade quilombola localizada em Tabatinga, Minas Gerais, um resumo do que você ouviu e registre-a em seu caderno.
diferente entre uma pessoa e outra.
Dona Fiota é uma das últimas falantes da gira, como é co-
3| Uma epopeia é um gênero literário narrativo bastante ex- Recomenda-se também que se tenha
nhecida a língua utilizada pelos povos escravizados para
tenso que conta, por meio de versos, as aventuras históricas
se comunicar nas senzalas sem que pudessem ser com- precaução quanto à escolha de temas que
e heroicas de personagens reais ou lendários. Uma das epo-
preendidos pelos senhores de engenho.
possam ser polêmicos, como aqueles que
Espera-se que o estudante, ao compartilhar a experiência escutada, perceba a importância
histórica da cultura transmitida por meio da oralidade. Arte – 6o ano 29 refletem elementos como preconceito, se-
gregacionismo e violência. Para isso, sem-
pre é recomendável haver um breve diálo-
go a fim de esclarecer o porquê de não se
9:26:29 FC_Artes_6A_05.indd 29 14/01/2023 09:26:30
Considerações bom exemplo disso são os contos de fadas, abordar histórias que tragam temáticas ne-
Arte – 6o ano 29
Reprodução.
Por uma arte de contar
a percepção da importância em ouvir e con-
histórias
tar histórias.
Ah, como é importante para a formação de qualquer
Em seguida, são propostas questões so-
criança ouvir muitas histórias! Escutar histórias é o iní-
bre o tema para aprofundar a discussão. cio da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter
todo um caminho de descobertas e de compreensão do
30 Arte – 6o ano
30 Manual do Educador
Arte – 6o ano 31
Arte – 6o ano 31
6
Habilidades trabalhadas no capítulo
Reprodução.
A carioca Deborah Colker, considerada uma das mais
importantes coreógrafas contemporâneas, foi honrada
linguagens audiovisuais (cinema, anima- em 2001 com o prêmio Lawrence Olivier na categoria
ções, vídeos, etc.), gráficas (capas de livros, “realização mais notável em dança”. Também foi a pri-
meira mulher a dirigir um show do Cirque du Soleil, onde
ilustrações de textos diversos, etc.), ceno- também escreveu e coreografou o espetáculo Ovo. Após
uma premiada carreira como bailarina, fundou a Com-
gráficas, coreográficas, musicais, etc.
panhia de Dança Deborah Colker.
(EF69AR06) Desenvolver processos de cria-
ção em artes visuais, com base em temas Cena do espetáculo Cão sem Plumas, Companhia de Dança Deborah Colker. Cão sem Plumas: Poema de João Cabral de Me-
lo Neto publicado em 1950 que narra a situação de
ou interesses artísticos, de modo individual, A dança permite que exercitemos formas diferentes pobreza da população ribeirinha que vive às mar-
de movimentos corporais com finalidades que podem ser gens do rio Capibaribe, no estado de Pernambuco,
coletivo e colaborativo, fazendo uso de ma- artísticas, cerimoniais ou para puro divertimento. Prati- além de denunciar o descaso das elites com relação
cada pela humanidade desde a Pré-História, evoluiu em
teriais, instrumentos e recursos convencio- várias correntes diferentes ao longo do tempo e se tor-
àquelas pessoas marginalizadas.
nais, alternativos e digitais. nou símbolo cultural em todas as partes do mundo. Basi-
camente, a dança se desenvolve seguindo uma coreogra-
(EF69AR25) Identificar e analisar diferentes fia (movimentos previamente estabelecidos) ou de forma
estilos cênicos, contextualizando-os no tem- livre (movimentos improvisados). Embora seja bastante Registre suas
ligada à música, a dança pode aparecer integrada a ou- ideias
po e no espaço de modo a aprimorar a ca- tras formas de expressão artística, como o teatro e o ci-
nema. Também pode ser desenvolvida em praticamen-
pacidade de apreciação da estética teatral. te todos os ambientes possíveis, como casas de espetá-
Como vimos no início do capítulo, o espetáculo Cão
Sem Plumas une o cinema, a dança e a poesia. Enquan-
culos ou ao ar livre.
(EF69AR26) Explorar diferentes elementos to podemos usar a dança para contar histórias com mo-
O espetáculo Cão sem Plumas, da Companhia de
vimentos do nosso corpo, o cinema nos conta histórias
envolvidos na composição dos aconteci- Dança Deborah Colker, mostra uma excelente interação
por meio de uma sequência de imagens. A respeito dis-
entre várias correntes artísticas. Baseado no poema ho-
mentos cênicos (figurinos, adereços, cená- mônimo de João Cabral de Melo Neto (1920–1999), o tra-
so, responda às questões a seguir.
rio, iluminação e sonoplastia) e reconhecer balho é desenvolvido por uma equipe de dançarinos, que 1| As expressões corporais podem transmitir sentimen-
seguem uma coreografia inspirada nos versos do poema tos como dor, alegria, tristeza, saudade, entre outros.
seus vocabulários. enquanto é exibido ao fundo do palco um filme realiza- Você já viu uma apresentação que te fez sentir algum
do pelo premiado cineasta pernambucano Cláudio Assis, sentimento específico? Relate a sua experiência em seu
autor de filmes como Amarelo Manga, Baixio das Bestas caderno. Resposta pessoal.
Considerações
iniciais 32 Arte – 6o ano
tidiano, pela fantástica arte do cinema e outras apresentações. Acesse o QR Code a se- Expectativas de
também refletir sobre o que ela nos pro
porciona por meio do lazer, do divertimen-
guir para conhecer mais sobre os projetos.
aprendizagem
to, da arte, da informação e da cultura. No • Compreender o contexto das formas de
primeiro momento, é apresentado o espe- comunicação, entretenimento e arte.
táculo Cão Sem Plumas, que usa a dança e • Sensibilizar-se para entender a dança e o
o cinema de forma simultânea e integrada cinema como forma de arte.
para contar sua história, baseada no poe- • Reconhecer a mistura das linguagens ar-
ma de João Cabral de Melo Neto. tísticas ― artes integradas.
No site da Companhia de Dança Deborah
Colker, é possível encontrar cenas dessa e de
32 Manual do Educador
Música, dança, pintura, escultura/arquitetura, teatro e exemplo, convidar alguns alunos para reali-
literatura eram as seis expressões artísticas consagradas
desde a Antiguidade. No final do século XIX, uma novida- zarem apresentações que utilizem a expres-
de que encantaria o mundo surgia e assumia o posto de
sétima arte: o cinema, que integra várias formas de ex-
são corporal de forma artística. Durante a di-
pressão: com a música para a trilha sonora; as artes cê- nâmica, escolha frases para serem interpre-
nicas são representadas pela atuação dos atores; a lite-
ratura aparece na produção dos roteiros; e os cenários tadas artisticamente pelos alunos a partir de
Pintura La Camargo Dancing (1730), de Nicolas Lancret. Na composição, espec-
englobam a pintura, escultura e arquitetura.
tadores elegantemente vestidos se reúnem em grupos para assistir a um casal movimentos do corpo. Esse momento é im-
executar uma dança de balé. O esquema de cores atribui à pintura uma qualida- Criada na França, a técnica de fazer filmes consis-
de mágica, na qual a ideia da natureza e a fantasia do teatro se unem para criar
um cenário suave e ideal para o público no estilo rococó. A obra está localizada tia em projetar várias fotografias, chamadas fotogra- portante para compreender detalhes sobre o
na Galeria Nacional de Arte de Washington, DC, capital dos EUA. mas, que representavam imagens de momentos se-
quenciais de objetos ou personagens, criando, assim, a assunto de forma prática e divertida.
Espera-se que o aluno perceba que a dança melhora a
ilusão de que eles estavam em movimento. Essa técni-
ca foi aperfeiçoada pelos irmãos Lumiére: Louis (1864–
qualidade de vida das pessoas. Muitos praticantes usam
1948) e Auguste (1862–1954).
O que as outras pessoas
a dança como meio de ascender financeiramente. Além
pensam sobre
disso, o ato de se movimentar contribui para uma boa
Para a sociedade atual, que conhece fil-
saúde física e mental, já que a dança também combate
mes e animações muito antes de frequentar
a ansiedade, o estresse, etc.
a escola, o cinema já está tão presente em
3| Entre as expressões artísticas trabalhadas (dança, nosso cotidiano que não conseguimos ima-
cinema e poesia) no espetáculo Cão sem Plumas, de
ginar um mundo sem ele. Tente, através de
Deborah Colker, qual a que te chama mais atenção?
Resposta pessoal.
sugestões, criar um ambiente no qual os es-
Cada quadro de imagem representa um movimento daquilo que é represen- tudantes possam imaginar um mundo onde
tado. Com a passagem rápida dos quadros, a imagem toma velocidade e nos
dá a impressão de movimento. a exibição de imagens em movimento em
No início, o cinema era em preto e branco e não pos- uma tela seria algo novo e surpreendente.
suía som das cenas e das falas dos personagens. Para sa-
ber o que era dito ao longo do filme, além das expressões
Arte – 6o ano 33
Anotações
Arte – 6o ano 33
Fotos: Reprodução.
de teatro que sedimentou as bases do cine- 1 2 muito popular em sua época e encantava o público
graças aos efeitos especiais que a produção propor-
ma fantástico, criando efeitos especiais con- cionava. O filme encontra-se disponível no QR Code a
seguir. Após assistir ao filme, responda às perguntas a
siderados espetaculares naquela época, no seguir em seu caderno.
início do século XX.
Anotações 1 – Harold Lloyd (1893–1971), ator considerado um dos gênios do cinema mu-
Canal da Elvira
Viagem à Lua / A trip to the
do, na cena do relógio em O homem mosca, de 1923, uma das mais famosas
cenas do cinema mudo. moon (1902) – Georges Melies
2 – Cena do filme A Invenção de Hugo Cabret. O filme faz uma homenagem ao
cineasta Georges Méliès, um dos precursores do cinema por usar efeitos vi-
suais para criar mundos fantásticos.
a. Faça uma breve descrição da história dele.
b. O que mais chamou a sua atenção no filme?
Diálogos com o c. Levando em consideração que o filme foi produzido
tema há mais de 100 anos, em sua opinião qual deve ter sido
a reação do público? Resposta pessoal.
Cinema 4| Após o cinema ser considerado a sétima arte, ou-
tras quatro expressões artísticas também foram inse-
Festivais de cinema são eventos que contemplam
ridas no grupo: fotografia, histórias em quadrinhos,
premiações, palestras e exibição de filmes. Esses even-
videogames e arte digital. Muitos filmes adaptam
tos são realizados para divulgar e valorizar os trabalhos
histórias originais e depois as reproduzem com outro
feitos na área cinematográfica.
tipo de expressão artística. Em seu caderno, cite três
Usando jornais, revistas e a Internet ou com a ajuda
filmes a que você já assistiu cuja história e persona-
do professor, pesquise sobre as temáticas a seguir e re-
gens originais foram reproduzidas em um formato de
gistre as informações em seu caderno.
mídia diferente.
1| Pesquise sobre festivais de cinema.
a. Um festival de cinema em seu estado. 5| Atualmente, as inovações tecnológicas permitem que
b. Um festival de cinema brasileiro em um estado dife- determinadas produções dispensem atores e cenários
rente do que você mora. físicos, fazendo com que todo o conteúdo seja produzi-
34 Arte – 6o ano
Diálogos com o
tema
Nesta seção, será muito importante dis- der um pouco do processo artístico, sugeri-
cutir sobre a origem do cinema. Outro pon- mos uma pesquisa sobre as diferentes fun-
to interessante é o papel dos festivais de ções na produção de um filme e seus gêneros.
arte. É muito comum festivais de cinema Por fim, iremos elaborar um gráfico com a
acontecerem por todo o mundo. Por que o preferência de estilos. Nesse momento, será
cinema encanta tanto a todos? importante o trabalho interdisciplinar com o
Primeiro, vamos pesquisar festivais de ci- professor(a) de Matemática, a fim de levantar-
nema e suas variedades. Depois, para enten- mos dados estatísticos referentes ao cinema.
34 Manual do Educador
Arte – 6o ano 35
Anotações
36 Manual do Educador
7 A arte de brincar
favorecendo a construção de vocabulário
e repertório relativos às diferentes lingua-
gens artísticas.
A arte como conceito e nistas europeus, o que influenciou bastante a sua produ-
ção a partir de então. Apesar da distância da sua terra na-
imagem tal, suas telas retratavam a realidade social brasileira, fa- Expectativas de
to que iria marcar sua carreira.
aprendizagem
Reprodução.
Registre suas
ideias
9:26:22 FC_Artes_6A_07.indd 37 14/01/2023 09:26:08
Arte – 6o ano 37
Reprodução.
Você acha que ele consegue exercer o direito que é dado
às crianças, como o de brincar, de estudar, ter direito à
Promova um debate com os estudantes e
saúde, etc.? Por quê? Resposta pessoal.
pergunte como eles se divertem e se eles c. O pintor escondeu os olhos do garoto sob o tabuleiro.
se sentem seguros e livres em qualquer lu- Em sua opinião, por que ele fez isso? Resposta pessoal.
gar. Aproveite também para falar das suas 2| O músico, poeta e artista visual Arnaldo Antunes há
um bom tempo produz trabalhos com a dupla Paulo
experiências e o que mudou na socieda- Tatit e Sandra Peres, criadores do Palavra Cantada. A
de entre a sua geração e a geração de seus parceria rendeu várias canções que marcaram uma ge-
ração, como Lavar as mãos, que passou a ser entoada
estudantes. em lares e escolas em todo o País. Com forte presença
em ações sociais, um dos maiores sucessos dessa par-
Você pode aproveitar a ocasião para fa- Sugestão de resposta: A ação proporciona o aproveita-
ceria é a canção Criança não trabalha. Após assistir ao
zer um passeio a um parque público que vídeo disponível no QR Code a seguir, responda às ques- mento do material que poderia ser descartado, promove
tões em seu caderno.
exista na cidade e propor que os estudan- o conhecimento e ajuda a fortalecer vínculos culturais.
tes analisem as instalações e o estado de
4| Muitos países adotam um período do ano dedicado à
Palavra Cantada Oficial
conservação do local para verificar se o lu- Palavra Cantada | Criança
brincadeira e diversão. Entre eles, está o Brasil, que cele-
não trabalha bra o Carnaval. Já os países de língua inglesa celebram
gar é atrativo para todos os moradores da o Dia das Bruxas, uma data dedicada a pregar peças nas
cidade, se está restrito a uma parcela da co- pessoas e comer muitos doces. Sobre as duas festas, res-
ponda aos questionamentos a seguir. Caso seja necessá-
munidade ou se está em situação precária e a. As brincadeiras que aparecem no vídeo fazem ou
rio, pesquise em fontes como livros, Internet, etc.
fizeram parte da sua vida? Quais as suas brincadeiras
não convidativa. favoritas? Resposta pessoal.
a. A tradição de usar máscaras tem o mesmo motivo
b. Qual a principal mensagem que a canção quis tanto no Carnaval como no Dia das Bruxas?
transmitir? Resposta pessoal.
Anotações Espera-se que o aluno identifique que, no Brasil, o cos-
c. Por que se diz que “criança não trabalha, criança dá
trabalho”? Resposta pessoal. tume de usar máscaras está associado à diversão, um
38 Arte – 6o ano
38 Manual do Educador
Arte – 6o ano 39
REDPIXEL/AdobeStock.com
e adolescentes. Esse fato se repete em praticamente to-
de de perceber a arte no nosso cotidiano. das as culturas do mundo.
Com um projeto inovador, a banda mineira Pato Fu
foi além: integrou brinquedos a um de seus projetos
musicais. No projeto Música de brinquedo, a banda re-
Anotações cria canções nacionais e internacionais. Entretanto, em
vez de usar os instrumentos que estamos acostuma-
dos a ver, a banda utiliza apenas instrumentos infan-
tis e brinquedos.
Atualmente, seus integrantes são Fernanda Takai,
John Ulhoa, Ricardo Koctus, Glauco Nastacia e Richard
Neves. Em sua discografia, encontramos músicas do rock
alternativo à música experimental.
Você pode ouvir trechos das músicas em plataformas
Em que fase do jogo você está? digitais como o YouTube e o Spotify.
40 Arte – 6o ano
FC
40 Manual do Educador
Wen’uyabaleka
3| Leia o texto abaixo. Você está indo embora
Kule … Zontaba
Através destas montanhas
Stimela siphume South
Trem da África do Sul
No dia 24 de junho de 1995, uma canção ecoaria em Africa
um estádio durante uma final de rúgbi e uniria dois po-
Arte – 6o ano 41
Arte – 6o ano 41
tural da nossa sociedade. Beyond Zulu TV a. Que brincadeiras ou brinquedos você poderia desta-
Shosholoza
car na música?
Que tal possibilitar uma pesquisa em
b. Como você interpreta os versos:
grupo sobre as brincadeiras do folclore bra-
Como a música pode contribuir na formação cultural dos
sileiro e as manifestações citadas no texto? povos?
“Há um menino, há um moleque, morando sempre
no meu coração”?
Peça para que os estudantes apresentem os
Espera-se que os alunos percebam que a música, por ser “Há um passado no meu presente”?
resultados das pesquisas (as narrativas, os “Toda vez que a tristeza me alcança/ O menino me
um meio de traduzir sentimentos, ideias e valores cultu-
personagens e a origem dessas histórias) dá a mão”?
em forma de seminário. rais, possibilita a união dos povos e auxilia na constru- “Pois não posso, não devo/ Não quero viver como to-
da essa gente insiste em viver”?
ção da identidade da sociedade.
Anotações “O sol bem quente lá no meu quintal”?
+ Informações
4| Acompanhe a letra da música Bola de Meia, Bola de sobre o tema
Gude, de Milton Nascimento e Fernando Brant. Em se-
guida, responda, em seu caderno, às questões.
Folguedos populares
Há um menino, há um moleque
Morando sempre no meu coração Os folguedos populares são manifestações que reú-
Toda vez que o adulto balança nem diversas modalidades artísticas, como a música, a
Ele vem pra me dar a mão dança e o teatro. São representações autênticas da cultu-
Há um passado no meu presente ra popular brasileira, que, assim como o seu povo, tiveram
Um sol bem quente lá no meu quintal origem e influências indígenas, portuguesas e africanas.
Toda vez que a bruxa me assombra Antes de serem chamadas de folguedos pelos estudiosos
O menino me dá a mão e pesquisadores da cultura popular, essas manifestações
E me fala de coisas bonitas receberam diversos nomes, entre eles o de brincadeira.
Que eu acredito que não deixarão de existir São exemplos dessas manifestações o maracatu, o bum-
Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade ba meu boi, o reisado, o pastoril, o cavalo-marinho e tantos
Alegria e amor outros. Assim como os brinquedos e as brincadeiras, as ma-
Pois não posso, não devo, não quero nifestações variam de nome de acordo com a região. Suas
Viver como toda essa gente insiste em viver apresentações ocorrem, geralmente, na rua e pertencem,
E não posso aceitar sossegado originalmente, a uma determinada festividade do ano, co-
42 Arte – 6o ano
42 Manual do Educador
Reprodução.
stock.adobe.com/ericatarina
Arte – 6o ano 43
Arte – 6o ano 43
8
Habilidades trabalhadas no capítulo
iniciais
Chegamos ao final do nosso livro e, nes- FC_Artes_6A_08.indd 44 14/01/2023 09:25:52 FC_A
44 Manual do Educador
os gregos a cultuarem essa deusa, tanto a ponto de o Kufu (ou Quéops), Quéfren e Menkaure (ou Miquerinos),
pensam sobre
maior templo ser erguido em sua homenagem? respectivamente pai, filho e neto. Nesse caso, os monu-
mentos foram construídos para que servissem de tum-
Resposta pessoal, porém espera-se que os estudantes
ba aos reis.
O texto desta seção trata de um dos mo-
atentem para a representatividade da liberdade femini- Essas pirâmides seguiam a ideia de que os raios so- numentos antigos mais conhecidos: as Pi-
lares iluminavam os momentos. Dessa forma, as estru-
turas de pedra foram construídas com base nos raios do râmides de Gizé. Converse com os estudan-
na presente na personalidade da deusa.
Sol. Além disso, tinham as margens do rio Nilo como re-
tes sobre os motivos que levam à criação de
ferência para a construção. Dessa forma, ao enterrar um
2| Leia o texto a seguir.
rei nas pirâmides, os egípcios acreditavam que a alma do listas como a que elenca as maravilhas do
rei seria elevada junto aos raios solares.
No ano de 1999, foi lançado o filme A múmia. Ne- mundo antigo e do mundo moderno. Você
le, um grupo de arqueologistas encontra uma tumba
contendo o corpo de um antigo sacerdote egípcio, co- Você sabia? pode questionar se essas listagens ajudam
nhecido como Imhotep, que, no decorrer da trama,
volta à vida trazendo consigo uma terrível maldição
As Pirâmides de Gizé foram erguidas pelas ordens de a preservar os patrimônios artístico-cultu-
uma das famílias mais poderosas do Egito.
por ter causado a morte do Faraó. Na obra cinema-
Elas são consideradas como um dos monumentos
rais ou se são inconsistentes e superficiais.
tográfica, Imhotep é retratado como vilão. Apesar de
mais famosos do mundo, além de serem um dos mais
a ambientação do filme usar como base a história do
antigos, datados de 2700 anos a.C.
Antigo Egito, não podemos pensar que o contexto do
filme representa a realidade acerca do fato histórico.
Os egípcios acreditavam que os faraós eram divinda- Anotações
des e que, ao serem enterrados nas tumbas, os raios so-
Imhotep, segundo estudiosos, foi um homem de inú-
lares os levariam ao encontro de outros deuses.
meros conhecimentos que viveu durante a dinastia do
Os mistérios sobre a construção das pirâmides ainda
faraó Djoser e, devido aos seus feitos nos campos da
geram muitos estudos e curiosidades.
arquitetura e medicina, foi considerado uma divinda-
de depois de sua morte. Disponível em: https://conhecimentocientifico.r7.com/piramides-de-gize/.
Acesso em: 03/08/2021. Adaptado.
Sabendo disso, pesquise sobre as contribuições de
Pius Lee/AdobeStock.com
Imhotep para a história do Antigo Egito e registre as in-
formações em seu caderno.
O que as outras
pessoas pensam
sobre
Os monumentos mais conhecidos
do Egito: as Pirâmides de Gizé
As Pirâmides de Gizé são um complexo de três pirâmides
localizadas na cidade de Gizé, no Egito. Foram construí-
das para a família de faraós
As pirâmides de Gizé são um conjunto de três pirâ-
mides construídas no Antigo Egito. As estruturas de pe-
dra foram destinadas a três faraós antigos, sendo eles
Sugestão de resposta: Imhotep foi o arquiteto responsável por projetar
a primeira pirâmide em degrau do Egito, e seu domínio sobre a escrita
egípcia aperfeiçoou a comunicação do reinado de Djoser. Arte – 6o ano 45
Arte – 6o ano 45
Reprodução.
stock.adobe.com/Michael Rosskothen
1 2
crição da maravilha escolhida, os estudan-
tes indiquem o local em que o monumento
se encontra/encontrava, como foi feito, qual
3| O pombo, atualmente conhecido como um dos sím-
o seu estado atual, entre outros detalhes. bolos da paz, está presente no cotidiano do ser huma-
no desde a Antiguidade. Há antigos registros que con-
Também peça que os alunos adicionem
firmam que os povos persas utilizavam esse animal,
imagens que complementem o texto verbal, que foi chamado de pombo-correio, como meio de
Reprodução.
Reprodução.
3 4 comunicação entre diversas cidades, através de men-
as quais podem ser ilustrações feitas pelos sagens que eram presas ao seu corpo. Ele também de-
próprios alunos a partir de imagens digitais sempenhou um papel importante na Primeira Guerra
Mundial, levando informações sigilosas sobre a guer-
produzidas por artistas contemporâneos. ra na época. Com base nessas informações, quais são
as formas de comunicação que hoje estão presentes
na nossa sociedade e qual a importância delas para o
Anotações nosso dia a dia? Responda em seu caderno.
Reprodução.
Reprodução.
stock.adobe.com/alexseika
5 6 7
4| Escolha uma das sete maravilhas do mundo moder-
no e, em sala, faça uma pequena apresentação para
a turma, considerando os seguintes aspectos a serem
estudados.
1 – A Grande Pirâmide de Gizé (Egito). • Onde esse monumento foi construído e por quê?
2 – Farol de Alexandria (Egito). Ilustração em 3D.
3 – Maquete do Templo de Diana ou Ártemis (Turquia).
• Qual a importância desse monumento para contar a
4 – A Estátua de Zeus no Olimpo (Grécia). Ilustração em 3D. história da sociedade em que está inserido?
5 – Os Jardins Suspensos da Babilônia (Iraque). Ilustração em 3D.
6 – Colosso de Rodes (Grécia). Ilustração em 3D. • Para ajudá-lo nessa atividade, listamos a seguir as
7 – Mausoléu de Halicarnasso (Turquia). Ilustração, em 2D. maravilhas do mundo moderno.
Sugestão de resposta: As formas de comunicação de hoje são: o telefone, a TV, o rádio, a
46 Arte – 6o ano Internet, etc. Espera-se que os alunos percebam que as diversas formas de comunicação são
importantes para transmitir ideias, relacionar-se com as pessoas e resolver conflitos.
46 Manual do Educador
Crédito das imagens, de cima para baixo: stock.adobe.com/Taras Vyshnya, ChiccoDodiFC, eyetronic, javarman, Aleksandr Volkov, Roop Dey e 9parusnikov
mações detalhadas e estatísticas. Mapas
dos continentes e uma centena de localiza-
dores individuais assinalam a região de ca-
da obra.
Entre as obras extraordinárias descritas,
Petra (Jordânia). estão arranha-céus e esculturas, torres e
Taj Mahal (Índia).
barragens de maré e até mesmo hotéis
luxuosos.
Anotações
Arte – 6o ano 47
Arte – 6o ano 47
48 Manual do Educador
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