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Luiz Marques

CAPITALISMO E
CO=APSO AMBIENTAI
22 edição revista e ämpliada

E D T O R A

UNIGAMP
Grafa atualizada scgundo o Acordo Ortográfico daLíneus
Poruguesa de 1990.Em vigor no Brasil apartir de 2009
EICHACATALOGRÁFICA ELABORADAPELO
<1STEMADE BIBLIOTECAS DA UNICAMD
DIRETORIA DE TRATAMENTO DA INFORMACi
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M348c Marques Hilho, Luiz César, 1952-.
Capitalismo ccolapso anbiental /Luiz Marques. - 2. ed.
SP: Editorada Unicamp, 2016.
rev. e ampl. -
Campinas.
1. Capitalismo. 2. Ecologia. 3. Desmatamento. 4. Abastecimento de
ambiental.. Tíulo. água. 5.Impacto
CDD 330.122
301.31
ISBN 978-85-268-1337-3
333.7513
628.1
363.7
Índices para catálogo sistemático:
1. Capitalismo
2. Ecologia 330.122
3. Desmatamento 301.31
4. Abastecimento de água 333.7513
5. Impacto ambiental 628.1
363.7

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1. edição, 2015

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PREFÁCIO À SEGUNDA EDIÇAO

Lancada em setembro de 2015, a primeira edição deste livroesgotou-se em


cerca de oito meses, graças a uma generosa e gratificante recepção da imprensa
edopúblico; graças também ao fato de que seu tema suscita crescente preocu
pacão no Brasil, cenário de crises socioambientais imensas ou mesmo de co
lapsos locais como odo Rio Doce ede sua região em novembro de 2015.
Aopção por uma segunda ediçáo revista e atualizada,em lugar de uma
simples reimpressão da primeira tiragem, justifica-se. Pouco mais de um ano
se passou desde fevereiro de 2015,quando confiei os arquivos da primeira edi
ção do livroà cditora. Em tempos"normais, esse periodo seria demasiado breve
para que nele se acusassem mudanças de monta nas crises ambientais aqui
examinadas. Mas o quecaracteriza os dias que correm éa anormalidade. Jan
Zalasiewicz e outros estudiosos adotam o termo "A Grande Aceleração", ao
argumentarem em favor da adoçáão do ano de 1950 como data de referência
para o iníciode uma nova época geológica, oAntropoceno. Asingularidade
de nossos dias éo que se poderia talvez chamar aaceleração da Grande Aceleração.
Hoje, aescala de tempo em que se medem mudanças relevantes nas coordena
das ambientais já nãoé mais odecênio, mas oano. Assim, por exemplo, em
novembro de 2015,mais 25 espécies animais evegerais foram declaradas "cri
icamente ameaçadas, possivelmente extintas" pela nova Lista Vermelha da
União para a Conservaçãoda Narureza (UICN).
Tambémo desmatamento se acelerou em 2015 nas florestas tropicais ebo
reais.O desmatamentoe os incêndios das lorestas na Indonésia, na Austrália,
na Nova Zelândia, no Canadá, no Brasil eno oeste dos EUA confirmaram nesse
ultimo ano sua curva ascendente. Entre agosto de 2014 e julho de 2015,a Ama

13
AMBIENTA
COLAPSO
CAPITALISMO E
aumnento de 16%
nor corte raso, um Meio Ambiente,
5.831 kn' de AorestaTeixeira, ministrado
o aperdeu
mais
anterior. Izabclla Amazônia "voltou a aparccer des-
período aumento de 18%
em relaço ao que na 2015 um
de 2015 em
admitiu em novembro extensões" Houve número dein incêndios em 17
matamnento com grandes maior
Aorestais no Maranhão eo peloInpe.
nos incêndios do Amazonas momento em que
monitoramento no estado marcouo
2015
anos de aquecimento global, ultrapassaram 1°Cem relação
refere ao
No quese
médias superficiais do planeta esse aumento jáfoide 20
norte,
astemperaturas 1850-1900. No hemisfério alguns pontos do Ár
àmédia dos
anos mesmo de 3° C em
período e
relação à média dessc
ano de 2015 foi oano mais quente dos
em O
aquecimentodetido por
tico, em relaçãoao mesmo período. recorde de
batendo novamente o
registroshistóricos, 2016 deve bater o recorde de 2015, com as
2014. Eo Met Ofice projeta quc atingindo 1,1°C em re
globais da superficie do planeta
temperaturas médias aapenas 0,4° C
de base. Estaremos ao final deste ano
lação ao mesmo período ultrapassar. Em
Acordo de Paris almeja não
queo
abaixo do aumento de 1,5° no Artico registrou a menor extensão
2016, a cxtensão do gelo
fevereiro de
históricos ca cstação de degelo da Groenlândia começou
invernal dos registros outro recorde, com tempera
cedo, estabelecendo
já em abril, dois meses mais termômetros registraram, em
da Antártica, os
turas típicas de julho. Nonorte registrada.
alta temperatura até então
24 de março de 2015, 17,5° C, a mais Climate Science Center, estamos
Como afirma Katharine Hayhoe, diretora do
temperatura tornou-se a norma.
chegando ao ponto em que quebrar recordes de
quebrarmos.
Equase cxcepcionalquando ocorre de não os das emissões de gases
Mesmo que houvesse reduções imediatas e dramáticas
de efeito cstufa, a temperatura mnédia global continuaria provavelmente que
brando recordes nos próximos anos porquceo cfeito máximo de aquecimento
(maximum warming) desses gases ocorre cercade um decênio após sua emissão.
Aquecimentos maiores estáo, portanto, ainda por vir, de modo que oitem 64,
Tarde demais para 20 C?, da primeira edição, vem agora sem o ponto e
interrogação.
Mas oproblema maior éque as emissões globais de gases de efeito estufa
não diminuiram em 2015. AAgência Internacional de Energia (AIE) af1rma
que os dois últimos anos (2014 e 2015) foram os primeirosem que o
nominal do PIB mundial não gerou aumento correlativo nas
crescimento
emissões mundiais
PREFÁCIO ÀSEGUNDA EDIÇÁO

decorrentes da produção de energia. Epreciso ainda


de gases de cfeito estufa governamentais. Os
apenas em estimativas
confirmar esses dados, baseados confiáveis. Nos EUA, a diminuição
admitidamente pouco
dados da China são consumo de carvão em 2015 foi compensada
mcnor
das emissões decorrentes do extração, proccssarnento,distribuição
metano na
pelos escapes evazamentos de vazamento de ao menos cem mil toneladas
de xisto. O
e armazenagem de gás de Los Angeles, entre outubro de 2015
Ranch, na região
de metano de Porter Segundo um estudo de agosto
é apenas a ponta do iceberg.
c fevereirode 2016, de metano das instalações industriais
escapes anuais
de 2015,os vazamentos e um montante oito vezes
de l00 bilhões de pés cçbicos,
dos EUA atingem cerca Protection Agency (EPA) eo
Environmental
maior que o das estimativas da
emissões médias de 37 termelétricas movidas aacarvão, segundo
equivalente às York
John Schwartz num artigo de agosto de 2015 no The New
oque reporta emissões de mnetano a seus cálculos,
antes
essas
limes. AAIE deve acrescentar ener
concluir quc as emissões de gases de efeito estufa ligadas àgeração de
de dados da União Europeia devem
ou diminuíram. Mesmo os
gia se estabilizaram de biomassa
levam em conta a crescente queima
ser vistos com cautela, pois não contabilizam, enfim, as emissões
da AIE não
na geração de energia. Os cálculos
causadas pcla queima de coque de petróleo.não estivessem subestimadas, o que
AIE
Mas mesmo que as estimativas da
continuam desde 2013 no patamar de 32 gigatone
se festeja são emissões que gases de efeito estuta nesse
de emissão de
ladas anuais. Como se sabe, níveis
médio global superior a 2° C talvez já
patamar conduziráoa um aquecimento
2036, como calcula Michael Mann. No Mediterrâneo, na região
por volta de
do Brasil e nos EUA, esse limite pode ser cruzado já em 2030, segundo
central
de Sonia Seneviratne ecolegas publicado na Nature em 2016.
estudo
analistas acelebrar uma suposta
Malgrado esses dados eprojeções, não faltam
dissociação ou descolamento" entre a atividade econômica e as
tendência de
estufa. Segundo cles, o crescimento econômico
emissões de gases de efeito
doravante de par com uma diminuição dessas emissões, no
poderáavançar
dietas "consuma mais calorias e emagreça". E tênue alinha que separa
gênero das
autoengano. Esquecem os que sonham com "descolamentos"
a esperança do de outras fontes - desmatamento,
oriundas
que asemissões antropogênicas
geral, agrope
incêndios, outros setores da indústria, serviços, transporte cm
desaceleraram nesses
cuária,hidrelétricase degelo dos pergelissolos - não se

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CAPITALISMOE COLAPSO AMBIENTAL

das emissões glo


dois anos e contribuem para manter
aumentos signiicativos
deveríamos tê-las dimi-
bais de gases de efeito estufa, no momentoem qucjá colegas na
nuído drasticamente. Projeçõesspublicadas por Robert B. Jacksone apenas no
globais
Nature Climate Change de 2015 situam o pico das emissões
terceiro ou mesmo no quartodecênio do século. atmosféricas
concentrações
Em 2015, o motor do aquecimento global - as concentrações
No último ano, as
de gases de efeito estufa bateu outro recorde. (ppm), a maior taxa
de dióxido de carbono aumentaram 3,06 partes por milhão
registros do National Oceanic and Atmos
de incremento anual nos 56 anos dos
Administration (Noaa) dos Estados Unidos. Nos anos 1960, o incremento
pheric
1ppm; no primeiro
médio anual das concentrações atmosféricas de CO, era de
5 Ppm e ha
decênio do século XXI, ele era de 2 ppm. Ultrapassamos agora
em 2026. Maisgrave ainda,
projeções de queesse aumento anual seráde 5 ppm
gás cujo potencial de aqueci
as concentrações atmosféricas de metano - um
horizontede 20 anos (é esse
mento global é 86 vezes maior queo do CO, num
ohorizonte de tenpo que interessa) -, aumentaram no
último an0, atingindo
doOceano
níveis acima de 1900 partes por bilhão (ppb) sobrea maior parte
Artico em fevereiro de 2016. Não se conhecem todas as causasdesse aumento,
mas para ele contribuem indubitavelmente o degelo dos pergelissolos e os au
mentos insanos dos rebanhos, das grandes represas de usinas hidrelétricas e da
extração de gás por hidrofracionamento.
E hámais. Estamos batendo recordestambém de retração das geleiras de
altitudes, de degradação dos solos, de escassez dos recursos hidricos (superficiais
esubrerrâneos), de acidificação, eutrofizaço epoluição por plástico dos ocea
nos, de clevação do nível do mar, de sobrepesca ede branqueamento de corais.
Aterceira grande crise de branqucamento (após as de 1997-1998e de 2010),
iniciada em 2014 e que ainda se mantém em ação, revelou-se a pior delas. Ela
deve afetar 38% dos corais no mundo todo e já afetou 93% dos recifes de corais
da Grande Barreira dos Corais mais da metade dos quais
gravemente. Em março
de 2016, a Austrália aumentou para o grau três o nível de
resposta a essa crise,
omais alto possivel, significando "grave
Em 2015, batemos,enfim, os recordes debranqucamento regional":
desigualdade social, acausa primerd
de todas as crises
socioambientais, com a maior taxa de apropriaçáo da riqueza
global pelos ricose ultrarricos, os chamados Ultra
bigh-net-worth individuals
(UHNWI). Em 2010, os 388 indivíduos mais ricos do mundo detinham uma

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PREFÁCIO ÀSEGUNDA EDIÇÃO

são,
riqucza equivalente àde metade da humanidade. Em 2014,eles eran 85 e
em 2015, somente 62 indivíduos. Duranteo mesmo período, a metade de baixo
da humanidade perdeu mais de um trilhão de dólares, uma queda de 38%,
segundo a Oxfam. O1% mais rico possuiagora mais que osdemais 99%.
Os impactos desses inúmeros recordes alcançados em 2015 tornam-se tam
bém mais tentaculares. O Escritório das Nações Unidas para a Redução do
Risco de Desastres (Unisdr) alertaque em 2015 quase cem milhões de pessoas
(98,6) tiveram suas vidas destruídas ou desestruturadas por desastres ´naturais,
92% dos quais relacionados às mudanças climáticas ou agravados por elas. Den
tre esses desastres, contam-se 32 megassecas que atingiram mais de 50 milhões
de pessoas. Desequilibriosecológicos desempenham um peso crescente em
traumas sociais considerados há pouco sem relação significativa com variáveis
ambientais. Asim, por exemplo, alguns estudiosos arrolam aseca que assolou
a agricultura da Siria entre 2006 e 2010 entre os fatores desencadeadores da
guerra civil que destroça opaís desde 2011. Outro exemplo, mais próximo de
nós: aproliferação global doAedes aegypti edo Aedes albopictus deve-se não
apenas às mudanças climáicas eà destruição pelo homem dos babitats silves
tres, mas também ao colapso em curso das populações de insetívoros: aves,
anfíbios, peixes erépteis.
São, em suma,tantas e tamanhas as evidências de aceleração das múltiplas
crisessocioambientais no último ano,que uma reviso dos dossiês socioam
bientais tratados nos primciros onze capítulos do livro impunha-se. Impunham
na também, por outro lado, avontade ca necessidade de analisar as duas ini
ciativas consideradas positivas do últimoano: a adoção em setembro de 2015
pela ONUdos 17 Objetivos do DesenvolvimentoSustentável (ODS),e, em
dezembro, oAcordo de Paris (COP 21). O Acordo de Paris éo ponto de chegada
de um longo processo de negociações e seu mérito foi reconhecer a gravidade
das mudanças climáticas. Enfrentá-las será, é claro, muito mais dificil, tanto
maisporque temos hoje muito menos tempopara tornar esse acordo efetivo
que os mais de vinteanos requeridos para a sua elaboração. Se
cumprido, o
Acordo conduziráa aumentos estimados entre 2,7° Ce 3.5° C até 2100 em
relação ao periodopré-industrial. Sua ambiçáo de manter o aquecimento glo
bal tão perto quantopossível de 1,5° C não reflete o estado da ciência. Como
afirma Kevin Trenberth, do National Center for Atmospheric Research dos

17
APITALISMO E COLAPsO AMBIENTAL

1,5°Cna
ultrapassaremos olimite de
absoluto como não
vejoem gênero
EUA,"náo numprazodo enquanto, peças de ficço.
décadaou são, por
próxima firmadassem Paris (INDC) em 2015 de reduzir as emissões
Aspromessas promessa feita àONU
em 2025 e de
não cumpriráa 37% abaixo dos níveis de 2005,
OBrasil efeitoestufaemn Terceiro Inventário de Emissões
de começar, o
de gases em 2030.
Para
das emissões de 2005, de 2,2 para
reduzi-las em 43% cálculos
Estufa reviuos essa promessa?
de Gases de
Efeito
números, assimsendo, se baseia agora
GrCO,-cq. Emque :o desmatamentoe os incêndios Crescem
2.7 desautorizam:
disso, osfatos a participaço do segmento do petróleo e
Além também a
desde 2012, como) 2% em 2000 para 13% emn 2014. Nos
no país aumentou de
que de 2016 deve
mais prováveis às eleições
nosso PIB,
dogás em candidatos
dois
EUA, nenhum dos diminuirsuas emissões em 2626% a 28% em 2025 em re-
em
Suprema Corte suspendeu
de
cumprira promessa porque a
tanto mais da Índia podem
lação aos níveis de 2005, Plan de Obama. As emissões
feverciro de2015 o Clean Power China. Ofato é que, apesar de seus avan-
EUAe da
ultrapassarem breve as dos substituindo os combustíveis fósseis. Esto
estão
ços, as encrgias renováveis não energética do capitalismo
insaciável voracidade
apenas contribuindopara saciar a gás e de petróleo continua a
disso éque o consumo global de
global. Prova pés cúbicos (Bct/d) em
de
aumentar. Noprimeiro caso,ele foide 75,3 bilhões
em 2017. No segundo
2015, deve ser de 76,8 Bcf/d em 2016 e de 77,3 Bcf/d
94,4 mi
caso, cle deve passar de 93,2 milhões de barrisdiários em 2015 para
Ihões em 2016 epara 96,1 em 2017, segundo dados eprojeções do U.S.Energy
Information Administration (EIA)em seuOutlook de 12/IV/2016. O boletim
Coal lnformation2015 da AIE acusa um decréscimo em 2015 de apenas 0,65%
em relação a2014 no consumo global de carv«o, Mas entre 2010 e 2015 houve
umacréscimo global de 473 GW a partir de novas termelétricas movidas a
carváo. Seo declínio do carvão se confirmar, ele ocorrerámais em termos de
porcentagem (participação na geração de energia primária) que em termoS
absolutos. E bom não esquecer que o sistema climático é
números absolutos, mas mesmoem termos sensível apenas a
As projeções do projeto Modelling and relativos não háoque comemoral.
(Miles), apartir das trajetórias previstas dosInforming Low Emission Strategies
(EUA,China, Japão, União INDCs de cinco paises euma rega0
pação do carvão na energia Europeia, Brasil e Índia), estimam que "a particl
primária cairá de 71%em 2010 para 58% em 2030".
PREFÁCIO ÀSEGUNDA EDIQÇÃO

Quando tivermos ultrapassado os 2° C, ocarvão ainda será responsável, nas


grandes economias globais, por mais da metade da geração de energia primária.
Emtermos maisgerais, a comprcensão de que a cconomia éum subsistema
da ecologia não avançou no tabuleiropolítico global de 2015. Nenhum país
ou região coloca suas mnetas de minimização dos impactos ambientais acima
de suas metas de crescimento econômico. Pode-se, por tudo isso, concluir que
as revisões e atualizações propostas para segunda edição reforçam o binô
sobretudo em sua
mio quedáaeste livro seu título e sua tese central, discutida
faces de uma mesma
segunda parte:ocapitalismno e o colapso ambiental são duas
consequências do outro.
moeda. Não se pode conservar um sem sofrer as
L.M.

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