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04/03/2024, 18:06 Vestibulotoxicidade associada à quimioterapia à base de platina em sobreviventes de câncer: uma revisão do escopo - PMC

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Oncol frontal. 2018; 8: 363. PMCID: PMC6167545


Publicado on-line em 25 de setembro de 2018. doi: 10.3389/fonc.2018.00363 PMID: 30319960

Vestibulotoxicidade associada à quimioterapia à base de platina em sobreviventes


de câncer: uma revisão do escopo
Pattarawadee Prayuenyong , 1, 2, 3, 4, * John A. Taylor , 1, 2, 3 Stephanie E. Pearson , 1, 2 Rachel Gomez , 2, 3
Poulam M. Patel , 3, 5 Deborah A. Hall , 1 , 2, 3, 6 Anand V. Kasbekar , 1, 2, 7 e David M. Baguley 1, 2, 3

Abstrato

Antecedentes: A cocleotoxicidade apó s o tratamento com quimioterapia à base de platina está


bem documentada. O potencial de vestibulotoxicidade ainda nã o está claro. Esta revisã o de es‐
copo examinou a extensã o da literatura de pesquisa atual, resumiu os resultados da pesquisa e
identificou lacunas de pesquisa em relaçã o aos efeitos adversos vestibulares associados à
quimioterapia à base de platina em sobreviventes de câ ncer.

Métodos: Os crité rios de inclusã o seguiram os princípios do PICO: Participantes, pacientes


adultos e pediá tricos com câ ncer de qualquer tipo de câ ncer; Intervençã o, quimioterapia à
base de platina (como cisplatina, carboplatina e oxaliplatina); Controle, nenhum ou nenhum;
Resultados, efeitos adversos relacionados ao vestibular. Foram recuperados artigos em língua
inglesa publicados desde 1978. Setenta e cinco estudos elegíveis foram identificados a partir de
uma busca sistemá tica na literatura, e os dados relevantes foram mapeados, agrupados e
resumidos.

Resultados: Os testes de vestibulotoxicidade consistiram predominantemente na avaliaçã o


funcional do canal semicircular horizontal por meio das provas caló rica e rotacional. A taxa de
resultados anormais nos testes de funçã o vestibular apó s a administraçã o de quimioterapia
variou de 0 a 50%. Os resultados dos testes objetivos nem sempre correspondiam aos sin‐
tomas do paciente. Há suporte provisó rio para que pacientes com perda pré -existente da
funçã o vestibular tenham maior probabilidade de apresentar toxicidade vestibular apó s a
administraçã o de cisplatina.

De volta ao to

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Conclusões: Vá rios estudos relataram evidê ncias significativas de toxicidades vestibulares as‐
sociadas à quimioterapia à base de platina, especialmente cisplatina. Esta revisã o de escopo en‐
fatiza que a toxicidade vestibular precisa de mais atençã o e avaliaçã o abrangente.
Especificamente, sã o necessá rios estudos que analisem a dose cumulativa de quimioterapia à
base de platina, os locais de lesã o afetados nos ó rgã os terminais vestibulares e a correlaçã o e
os padrõ es temporais de toxicidade coclear e vestibular.

Palavras-chave: vestibulotoxicidade, vestibular, efeito adverso, quimioterapia à base de platina,


câ ncer

Introduçã o

Mais de 15,5 milhõ es de sobreviventes do cancro vivem apenas nos Estados Unidos, e este nú ‐
mero deverá aumentar para 20 milhõ es até 2026 devido aos avanços na detecçã o precoce, no
tratamento eficaz e no envelhecimento e crescimento da populaçã o ( 1 ). Como consequê ncia
deste aumento das taxas de sobrevivê ncia, está a ser dada mais atençã o à s melhorias nos efei‐
tos a longo prazo, na qualidade de vida relacionada com a saú de e nos cuidados de acompa‐
nhamento apó s o tratamento do cancro ( 2 ).

A quimioterapia à base de platina é uma intervençã o antineoplá sica eficaz que é usada para
uma variedade de doenças malignas humanas, incluindo câ ncer de testículo, ová rio, bexiga, ca‐
beça e pescoço e câ ncer de pulmã o de cé lulas nã o pequenas ( 3 ). A perda auditiva irreversível
apó s o tratamento com medicamentos à base de platina, especialmente a cisplatina (que causa
perda auditiva permanente de grau variável em 40-80% dos pacientes tratados) está bem do‐
cumentada ( 4 ). O monitoramento a longo prazo dos efeitos cocleotó xicos da quimioterapia à
base de platina é , portanto, recomendado ( 5 ) e implementado na prá tica clínica ( 6 ). Há tam‐
bé m algumas evidê ncias de que a cisplatina tem retençã o a longo prazo na có clea ( 7 ). Dado
que os ó rgã os auditivos e vestibulares do ouvido interno partilham os mesmos fornecimentos
de sangue, nervos e fluidos, este achado tem implicaçõ es potenciais para as funçõ es de ambos
os compartimentos ( 8 ). No entanto, existem algumas diferenças na fisiologia e funçã o entre os
ó rgã os terminais cocleares e vestibulares, e estas podem mediar o impacto da toxicidade asso‐
ciada aos compostos de platina. Á reas específicas de interesse incluem o papel da estria vascu‐
lar na có clea ( 9 ), já que nenhuma estrutura aná loga está presente no labirinto vestibular, e o
possível papel de transportadores como a megalina ( 10 ). Existe um forte potencial para a to‐
xicidade coclear ser acompanhada por toxicidade vestibular em pacientes que recebem quimi‐
oterapia à base de platina. No entanto, os relatos clínicos de toxicidade no ouvido interno sã o
limitados em grande parte aos sintomas auditivos.

Os ó rgã os vestibulares do ouvido interno desempenham um papel importante no complexo e


dinâ mico sistema de equilíbrio humano ( 11 ). O sistema vestibular perifé rico na orelha interna
consiste em cinco ó rgã os sensoriais: trê s canais semicirculares (horizontal, anterior e poste‐
rior) e dois ó rgã os otó litos (sá culo e utrículo) de cada lado ( 11 ). A integraçã o ocorre no sis‐
tema nervoso central dando fibras eferentes à s vias vestíbulo-ocular e vestíbulo-espinhal ( 11
). Nenhum teste clínico pode medir diretamente a funçã o da orelha interna da periferia vesti‐
bular. Em vez disso, devem ser feitas inferê ncias sobre a funçã o vestibular com base no desem‐
penho dos processos a jusante, especialmente o reflexo vestíbulo-ocular (RVO). Num contexto
mais amplo, o sistema de equilíbrio abrange a orientaçã o espacial de todo o corpo, que é man‐

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tida pela integraçã o de informaçõ es visuais, somatossensoriais e vestibulares ao sistema ner‐


voso central ( 11 ). Embora a funçã o vestibular se refira à saú de da porçã o vestibular do ou‐
vido interno, a funçã o do equilíbrio nã o se restringe apenas a um componente vestibular.

O potencial de toxicidade vestibular ainda nã o está claro, embora os dados clínicos sugiram
que é problemá tico ( 12 , 13 ). Há uma sé rie de explicaçõ es potenciais para o motivo pelo qual
a vestibulotoxicidade da quimioterapia à base de platina é descrita com menos frequê ncia do
que os sintomas auditivos. Primeiro, alguns dos sinais clínicos e sintomas relatados pelos paci‐
entes podem ser subestimados pelos mé dicos. Notavelmente, a perda vestibular induzida por
medicamentos pode afetar ambos os ouvidos de forma simé trica e gradual, resultando em de‐
sequilíbrio insidioso, desequilíbrio postural e oscilopsia (ilusã o de movimento do mundo visí‐
vel durante o movimento da cabeça). É menos provável que esses sintomas sejam submetidos
a avaliaçã o clínica, em comparaçã o com o início sú bito de vertigem girató ria, como vertigem
posicional paroxística benigna (VPPB), neurite vestibular e doença de Mé niè re ( 14 , 15 ). Em
segundo lugar, a disfunçã o do ó rgã o vestibular pode ser mascarada pela compensaçã o central
ou pela substituiçã o pela visã o e propriocepçã o, obscurecendo o dano vestibular em compara‐
çã o com o dano coclear mais perceptível ( 16 ). Em terceiro lugar, os agentes quimioterá picos à
base de platina sã o usados ​em combinaçã o com vá rios outros medicamentos, e alguns deles
podem ter propriedades ototó xicas, como antibió ticos aminoglicosídeos ( 17 ) e diuré ticos de
alça ( 18 ). Assim, a atribuiçã o específica de vestibulotoxicidade aos compostos à base de pla‐
tina pode ser obscurecida. Finalmente, sintomas inespecíficos de desequilíbrio podem ser atri‐
buídos a doenças cancerígenas subjacentes e ao descondicionamento geral dos pacientes du‐
rante e apó s o tratamento, tais como desidrataçã o, ná useas e vó mitos, fadiga cró nica e anemia.

A disfunçã o vestibular pode ter um impacto considerável na qualidade de vida ( 19 ) e um


fardo econó mico substancial para os indivíduos e para a sociedade ( 20 ). Evidê ncias recentes
sugerem que problemas de equilíbrio, como quedas e dificuldades de mobilidade em sobrevi‐
ventes de cancro, sã o mais comuns do que entre a populaçã o em geral ( 21-23 ) . Isto é de
grande importâ ncia, pois as quedas sã o uma das principais causas de morbidade e mortali‐
dade na populaçã o da comunidade ( 24 ). Portanto, há necessidade de aumentar a conscienti‐
zaçã o sobre os problemas de equilíbrio neste grupo vulnerável de pacientes com câ ncer, a fim
de fornecer medidas precisas de prevençã o e intervençã o ( 25 ).

Enquanto a metodologia da revisã o sistemá tica procura reunir todas as evidê ncias para abor‐
dar uma questã o de investigaçã o específica, a metodologia da revisã o do â mbito visa mapear
os conceitos-chave subjacentes a uma á rea de investigaçã o e as principais fontes e tipos de evi‐
dê ncias disponíveis ( 26 ). Uma revisã o do â mbito pode ser realizada como um projeto autó ‐
nomo por direito pró prio, especialmente quando uma á rea nã o tenha sido previamente revista
de forma abrangente ( 26 ). Esta revisã o de escopo examinou a extensã o da literatura de pes‐
quisa atual sobre os efeitos adversos vestibulares associados à quimioterapia à base de platina
em sobreviventes de câ ncer para resumir os resultados da pesquisa e identificar lacunas na
pesquisa.

Método

O mé todo desta revisã o de escopo é amplamente baseado nas etapas da estrutura proposta
por Arksey e O'Malley ( 26 ): (1) identificar estudos relevantes, (2) selecionar estudos, (3) ma‐
pear os dados, (4) agrupar , resumir e relatar os resultados e (5) consultar especialistas clíni‐

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cos. Os detalhes do estudo foram registrados no PROSPERO (CRD42017083576).

Identifique estudos relevantes

As seguintes bases de dados foram pesquisadas: Medline, EMBASE, TOXLINE, IPA (Internatio‐
nal Pharmaceutical Abstracts), Science Citation Index-Expanded, ProQuest Dissertations & The‐
ses A&I, ClinicalTrials.gov, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) e Interna‐
tional Clinical Trials Registry. Plataforma (ICTRP). A literatura cinzenta també m foi considerada
atravé s do Banco de Dados de Notificaçõ es de Eventos Adversos [Austrá lia], Drug Safety Up‐
date [Reino Unido], Relató rios Pú blicos Europeus de Avaliaçã o via Agê ncia Europeia de Medi‐
camentos [Europa] e Medwatch [EUA]. As etapas seguiram o Manual Cochrane ( 27 ) e as Ex‐
pectativas Metodoló gicas Cochrane de Revisõ es de Intervençã o Cochrane (MECIR) ( 28 ) para
conduzir a pesquisa, a diretriz PRISMA ( 29 ) para relatar a pesquisa e a diretriz PRESS para
revisar a pesquisa por pares estraté gias ( 30 ). A estraté gia de busca seguiu recomendaçõ es
para otimizar a sintaxe de busca para identificar efeitos adversos ( 31 – 34 ). Termos e pala‐
vras-chave padronizados foram combinados na busca por conceitos de quimioterapia à base
de platina e toxicidade vestibular. As palavras-chave foram coletadas por meio de opiniõ es de
especialistas, revisõ es de literatura, vocabulá rio controlado (Medical Subject Headings = MeSH
e Excerpta Medica Tree = EMTREE) e revisã o dos resultados preliminares da pesquisa. Foram
aplicados filtros para bases de dados eletrô nicas sempre que possível para recuperar artigos
no idioma inglê s, com participantes humanos, e tempo de publicaçã o desde 1978, é poca em
que a cisplatina, o primeiro medicamento do grupo de quimioterapia à base de platina, foi
aprovado pela Food and Drug Administraçã o (FDA) para uso humano ( 3 ). Limitá mos a nossa
pesquisa ao idioma inglê s devido a restriçõ es de recursos. As estraté gias de busca sã o relata‐
das no Apê ndice 1.

Seleção de estudos

Duas etapas de triagem foram realizadas de forma independente por dois autores. A primeira
etapa verificou se cada título e resumo estavam dentro do escopo da questã o de pesquisa.
Exemplos de decisõ es “fora do â mbito” foram aquelas em que nã o houve mençã o à quimiote‐
rapia à base de platina, estudos in vitro ou in vivo , ou artigos de revisã o ou documentos de
conferê ncias. A segunda etapa da triagem do texto completo considerou os registros elegíveis
que continham dados pertinentes ao assunto da revisã o, especificamente sintomas vestibulares
e/ou resultados de exames em pacientes adultos e/ou pediá tricos com câ ncer submetidos a
quimioterapia à base de platina (como cisplatina, carboplatina e oxaliplatina) em qualquer tipo
de câ ncer (isoladamente ou em combinaçã o com outros tratamentos, como radioterapia ou ci‐
rurgia). Os estudos elegíveis foram ensaios clínicos randomizados (ECR), ensaios clínicos nã o
randomizados, estudos observacionais, estudos transversais, estudos de coorte, estudos de
caso-controle, sé ries de casos e relatos de casos. As discrepâ ncias foram resolvidas por meio
de discussã o e um terceiro revisor foi consultado sempre que nã o se chegou a um consenso. A
saturaçã o da literatura foi ainda realizada por meio de busca manual adicional nas listas de re‐
ferê ncias de todos os estudos incluídos e també m dos artigos de revisã o excluídos.

Mapeando os dados

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Os itens de dados pré -especificados incluíram ano, desenho do estudo, dados demográ ficos e
características dos participantes, tamanho da amostra, intervençã o no tratamento do câ ncer,
dose do medicamento e avaliaçã o do paciente. Esses itens de dados forneceram informaçõ es
ú teis sobre o escopo e os detalhes de cada registro, permitindo aos autores procurar temas
comuns e identificar possíveis lacunas na literatura. Vá rios relató rios pertencentes a um ú nico
estudo foram tratados como um só , mas a extraçã o de dados considerou as informaçõ es apre‐
sentadas em todos os registros. Os dados de cada estudo incluído foram extraídos de forma in‐
dependente por dois especialistas clínicos da equipe (PP, otorrinolaringologista e DB, fonoau‐
dió logo). As discrepâ ncias foram identificadas e resolvidas por meio de discussã o.

Agrupar, resumir e relatar os resultados

Com o propó sito de compreender os conceitos-chave desta literatura, a aná lise temá tica foi re‐
alizada apó s a revisã o dos artigos para resumir a literatura em temas pelos dois membros da
equipe de pesquisa (PP e DB). Os autores revisaram de forma independente o conjunto de da‐
dos final traçado e identificaram temas, e entã o se reuniram para discutir possíveis estruturas
temá ticas, usando o crité rio de que os temas deveriam ser aspectos clínicos importantes e de‐
veriam representar adequadamente todos os registros. Os temas específicos identificados fo‐
ram testes objetivos da funçã o vestibular e/ou equilíbrio, sintomas dos pacientes, exame físico,
fatores associados e consideraçõ es gerais. Os autores entã o agruparam todos os estudos de
acordo com esses temas. O conteú do dos registros individuais nã o se enquadra necessaria‐
mente exclusivamente em um tema ou outro; portanto, os registros poderiam contribuir para
mais de um tema. Os resultados da investigaçã o foram resumidos e foram identificadas lacunas
na investigaçã o.

Consulta especializada clínica

Dois especialistas clínicos da equipe (AK, otorrinolaringologista e PMP, oncologista) revisaram


os temas e as evidê ncias dos resultados.

Resultados

Um resumo dos processos de seleçã o dos estudos com os motivos de exclusã o está represen‐
tado na Figura1.​ Um total de 2.620 registros foram recuperados das bases de dados eletrô ni‐
cas e cinco artigos adicionais foram encontrados por meio de busca manual nas listas de refe‐
rê ncias dos registros incluídos na triagem do texto completo. A maioria dos registros foi ex‐
cluída porque nã o mencionavam efeitos colaterais vestibulares, nã o mencionavam quimiotera‐
pia à base de platina ou eram estudos in vitro ou in vivo . No geral, 75 estudos individuais fo‐
ram incluídos para extraçã o de dados. O tamanho da amostra dos participantes do estudo va‐
riou de 1 a 952. A idade relatada variou de 11 a 83 anos. Os pacientes do estudo tinham uma
variedade de locais de câ ncer, incluindo câ ncer de cabeça e pescoço, câ ncer testicular, câ ncer
ginecoló gico, câ ncer pulmonar, câ ncer de mama, câ ncer cerebral e outros locais. Os pacientes
també m receberam irradiaçã o craniana concomitante, que pode envolver á reas dos ó rgã os do
ouvido interno no cé rebro e câ ncer de cabeça e pescoço ( 12 , 35-38 ) . Os medicamentos à
base de platina relatados nos estudos incluídos foram cisplatina, carboplatina, oxaliplatina e
compostos de platina nã o especificados.

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figura 1

Fluxograma das etapas do processo de seleção dos estudos.

Análise temática

A partir da extraçã o de dados e aná lise temá tica, foram definidos cinco temas para determinar
á reas de interesse para uma visã o geral da vestibulotoxicidade à base de platina: (1) testes ob‐
jetivos da funçã o vestibular e/ou equilíbrio, (2) sintomas dos pacientes, (3) testes físicos
exame, (4) fatores associados, como dosagem, perda vestibular pré -existente e cocleotoxici‐
dade associada, e (5) consideraçõ es gerais. Os resultados sã o apresentados de acordo com es‐
ses temas.

Testes objetivos da função vestibular e/ou equilíbrio ( N = 10)

Dez estudos individuais relataram resultados usando um ou mais testes objetivos de funçã o
vestibular ou de equilíbrio (Tabela1).
​ Destes, houve mú ltiplas publicaçõ es baseadas no mesmo
estudo; um relatando um estudo prospectivo antes e depois, alé m de trê s relatos de casos cor‐
respondentes ( 12 , 36 – 38 ), e outro relatando o mesmo estudo prospectivo antes e depois
em duas publicaçõ es ( 42 , 43 ). Outros estudos foram quatro estudos prospectivos antes e de‐
pois ( 13 , 39 – 41 ) e quatro estudos transversais ( 35 , 44 – 46 ). Quase todos esses relató rios
focaram nas toxicidades da cisplatina. Desses 10 estudos, foram relatadas diversas té cnicas ob‐
jetivas para avaliar a funçã o vestibular ou de equilíbrio.

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tabela 1

Dados resumidos de estudos que relataram resultados de testes objetivos.

tratamento.
20,6% tiveram
resultados
alterados no
teste rotató rio
apó s o
tratamento.
8,8% tiveram
redução
transitó ria nos
resultados da
prova caló rica.
36,5% tiveram
redução
transitó ria do
ganho do VOR
no teste
rotacional.

7 Waissbluth 12 Câncer Cisplatina 25% tiveram Sem dados 4


et al. ( 35 ) pediátrico, 100–800 diminuição do v
2
cerebral e mg/m ganho de VOR e r
hepático Carboplatina um deles teve 1
1.000–2.800 sacada evidente d
2
mg/m detectada pelo
teste de
impulso
cefálico de
vídeo (vHIT)

8 Camet et al. 50 Câncer Cisplatina e Sem dados 6% tiveram 4


( 44 ) pediátrico, carboplatina pontuação p
cerebral e anormal no Teste a
outros Clínico Q
Modificado de S
Interação V
Sensorial no P
Equilíbrio (CTSIB- (
M)

9 Miaskowski 623 Adulto, Composto de Sem dados Pacientes com S

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Os testes objetivos para a funçã o vestibular incluíram a prova caló rica ( 12 , 13 , 36 , 40 , 41 ),


testes rotacionais ( 13 , 39-41 ), teste de autorrotaçã o vestibular (VAT) ( 42 , 43 ) e teste de im‐
pulso cefá lico horizontal em vídeo ( vHIT) ( 35 ). Os detalhes sã o fornecidos na tabela2. ​ Todos
esses testes detectam as anormalidades horizontais do VOR. A maioria dos estudos relatou um
ú nico teste de funçã o vestibular, como a prova caló rica ( 12 , 36 ), VAT ( 42 , 43 ) e vHIT ( 35 ).
Trê s estudos avaliaram provas caló ricas e rotacionais ( 13 , 40 , 41 ). A taxa de achados anor‐
mais detectados pela prova caló rica apó s administraçã o de quimioterapia variou entre 0% ( 40
), 2,9% ( 13 ), 4,2% ( 12 , 36 ) e 50,0% ( 41 ). A taxa de achados anormais detectados pelo teste
rotacional apó s a administraçã o de quimioterapia variou entre 0% ( 40 ), 20,0% ( 41 ), 20,6% (
13 ) e 31,2% ( 39 ). Funçã o vestibular anormal, detectada pelo vHIT, foi relatada em 25,0% dos
sobreviventes ( 35 ). A reduçã o transitó ria da funçã o vestibular nos testes foi relatada em trê s
estudos ( 13 , 39 , 40 ). A hipofunçã o vestibular bilateral foi relatada em estudos que utilizaram
a prova caló rica ( 12 , 36 ) e vHIT ( 35 ), enquanto alguns estudos nã o relataram qual lado
apresentava respostas caló ricas anormais ( 13 , 41 ). O teste rotacional e o VAT foram ú teis na
detecçã o de comprometimento vestibular bilateral, mas a contribuiçã o relativa nã o pô de ser
discriminada dos resultados ( 13 , 39 , 40 , 42 , 43 ).

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mesa 2

Exemplos de testes objetivos de função vestibular.

Teste Caminho de Procedimento Vantagens Limitações


teste

Teste caló rico VOR via SCC Á gua fria e quente ou - Localização, - Não fisioló gico
horizontal em ar são irrigados no testes separados de devido a testes de
estímulo de conduto auditivo cada orelha frequência
baixa externo. O nistagmo relativamente baixa
frequência é detectado e os dois - Pode induzir
(0,002–0,004 lados são sintomas intensos
Hertz) comparados. de
vertigem/tontura
- Equipamento
volumoso
- Mais
problemático na
interpretação da
disfunção
vestibular bilateral

Teste de VOR via SCC O paciente senta-se - Ú til para perda - Falta de
cadeira rotativa horizontal em em uma cadeira vestibular bilateral localização
estímulo de computadorizada e - Pode ser realizado - Equipamento
frequência usa ó culos de vídeo. em crianças volumoso
média-baixa Os movimentos
(0,01–0,7 oculares são
Hertz) registrados durante a
rotação da cadeira.

Teste de VOR via SCC Os movimentos - Avaliação rápida - Falta de


rotação ativa da horizontal em oculares são - Os pacientes localização
cabeça (teste estímulo de registrados durante o podem tolerar bem - Mecanismos
de frequência movimento ativo da o teste sem compensató rios
autorrotação) média (0,5–6 cabeça em sincronia sentimentos durante o
Hertz) com cliques de áudio desconfortáveis movimento ativo
de diferentes - Equipamento da cabeça
frequências. portátil

Teste de VOR através O paciente senta-se - Canal e lado - Não pode atuar
impulso de todos os em uma cadeira e é específico em pacientes com
cefálico de seis SCC em instruído a olhar - Pode detectar problemas na
vídeo (vHIT) estímulo de fixamente para um sacada encoberta coluna cervical
alta frequência alvo na parede. São (movimento - Existe curva de

Fonte ( 47 ) .

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Os testes objetivos para a funçã o de equilíbrio incluíram o teste postural ( 39 , 41 ), o teste


Time Up and Go (TUG) ( 45 , 46 ), a escala Fullerton Advanced Balance (FAB) ( 45 , 46 ) e o
Teste Clínico Modificado de Interaçã o Sensorial em Equilíbrio (CTSIB-M) ( 44 ). Os detalhes sã o
fornecidos na tabela3.
​ Dois desses estudos també m avaliaram a disfunçã o vestibular ( 39 , 41 ).
A taxa anormal do teste postural apó s o té rmino do tratamento quimioterá pico foi de 18,8% (
39 ) e 54,5% ( 41 ). Sobreviventes de câ ncer com neuropatia induzida por quimioterapia (NIC)
tiveram pontuaçõ es significativamente piores tanto no teste Time Up and Go (TUG) quanto na
escala Fullerton Advanced Balance (FAB) ( 45 , 46 ). Trê s em cada cinquenta pacientes (6%)
que foram submetidos a tratamento de câ ncer durante a infâ ncia tiveram uma pontuaçã o anor‐
mal de CTSIB-M quando os efeitos a longo prazo foram testados mais de 10 anos depois ( 44 ).

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Tabela 3

Exemplos de testes objetivos de função de equilíbrio.

Teste Caminho de Procedimento Vantagens Limitações


teste

Teste Postural - Sistema de O paciente é - Isolar e - Limitação em


(Posturografia) equilíbrio instruído a ficar em quantificar as algumas pessoas
motor e pé em diversas principais gravemente
sensorial condiçõ es, como entradas doentes que não
- Via do sobre uma sensoriais conseguem ficar
reflexo plataforma de força - Resultados de pé sem apoio
vestíbulo- fixa ou mó vel, com quantitativos - Caro
cerebelar os olhos abertos ou - Equipamento
(VCR) fechados. volumoso

Teste Clínico - Sistema de O paciente é - Isolar e - Resultados


Modificado de equilíbrio orientado a ficar em quantificar as menos
Interação Sensorial motor e pé, descalço, com os principais quantitativos
no Equilíbrio sensorial pés juntos e os entradas
(CTSIB-M) - Via do braços cruzados por sensoriais
reflexo até 30 segundos em - Simples
vestíbulo- diversas condiçõ es: - Teste de
cerebelar superfície só lida ou triagem
(VCR) sobre espuma, com
os olhos abertos ou
fechados. O tempo
para concluir a
tarefa é registrado.

Teste Time Up and Equilíbrio O paciente é - Simples - Falta de


Go (TUG) corporal instruído a levantar- - Teste de localização
funcional se de uma cadeira triagem
testando armada, caminhar 3
atividades metros, virar-se e
baseadas no retornar à posição
desempenho sentada. O tempo
para concluir a
tarefa é registrado.

Escala Fullerton Equilíbrio O paciente é - Simples - Falta de


Advanced Balance corporal instruído a realizar - Teste de localização
(FAB) funcional 10 tarefas que triagem
testando consistem em ficar
atividades em pé com os pés

Fonte ( 47 ) .

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O intervalo de teste variou entre os estudos. Alguns estudos relataram testes antes de cada
dose subsequente ( 12 , 36 , 40 , 42 , 43 ), um estudo testou em momentos diferentes ( 39 ) e
alguns estudos nã o especificaram o intervalo de testes ( 13 , 41 ). Estudos transversais avalia‐
ram os efeitos colaterais a longo prazo sem disponibilidade de comparaçã o inicial ( 35 , 44-46 )
.

Sintomas dos pacientes ( N = 74)

Setenta e quatro estudos mencionaram algumas formas de sintomas relatados pelos pacientes
relacionados a possíveis problemas vestibulares ou de equilíbrio. É difícil distinguir com segu‐
rança a disfunçã o vestibular da disfunçã o do equilíbrio com base apenas nos sintomas ( 8 ).
Como resultado, os sintomas sã o relatados coletivamente. Os termos usados ​pelos autores do
estudo para descrever os efeitos colaterais vestibulares sã o frequentemente usados ​de forma
intercambiável e inespecífica, por exemplo, “tontura” inclui “desequilíbrio”, “tontura” e “verti‐
gem” de acordo com os Crité rios de Terminologia Comum para Eventos Adversos (CTCAE) ( 48
). Nenhum dos relató rios incluídos esclareceu explicitamente a definiçã o destes termos, o que
pode levar a algum grau de ambiguidade.

A maioria dos estudos nã o relatou os mé todos utilizados para avaliaçã o dos sintomas dos paci‐
entes, tais como relató rios espontâ neos, listas de verificaçã o dos pacientes, entrevistas ou rela‐
tó rios dos mé dicos. O ú nico estudo que utilizou um questioná rio padronizado de resultados
relatados pelo paciente foi o estudo de Camet ( 44 ), que relatou 21 de cinquenta sobreviven‐
tes de câ ncer pediá trico (42%) com pontuaçã o anormal no Pediatric Vestibular Symptom Ques‐
tionnaire (PVSQ).

Em relaçã o aos resultados desses estudos com testes objetivos de funçã o vestibular, a taxa de
sintomas vestibulares relatados variou de 0% ( 13 , 40 , 42 , 43 ) a 41,7% ( 35 ). Embora algum
comprometimento vestibular tenha sido detectado por um teste objetivo, os pacientes nã o rela‐
taram qualquer sensaçã o subjetiva de distú rbio vestibular ( 13 , 40 , 42 , 43 ). Os sintomas ves‐
tibulares relatados foram tontura transitó ria ( 12 , 36 ), instabilidade ( 41 ) e vertigem ( 35 ).
Um paciente compensou bem sua perda vestibular, exceto no escuro ( 36 ). Os sintomas dos
pacientes nã o foram relatados em um estudo, apesar de uma alta taxa de resultados anormais
de testes vestibulares ( 39 ).

Foram encontrados muitos exemplos de estudos em que pacientes queixaram-se de sintomas


potencialmente decorrentes de efeitos colaterais vestibulares, mas sem verificaçã o por mensu‐
raçã o objetiva. Estudos no tratamento do câ ncer envolvendo vá rios medicamentos, incluindo
medicamentos à base de platina, relataram sintomas de equilíbrio inespecíficos, como tontura,
vertigem, ataxia, problemas de equilíbrio e distú rbios da marcha. Um estudo multicê ntrico re‐
cente com 952 sobreviventes de câ ncer testicular que receberam quimioterapia à base de cis‐
platina declarou 9,3% de novos casos globais de tontura, vertigem ou problemas de equilíbrio
( 49 ).

Exame físico ( N = 4)

Os exames físicos foram relatados em quatro estudos ( 35 , 40 , 41 , 44 ). No estudo de


Kobayashi et al. ( 41 ), houve relatos de nistagmo espontâ neo (nistagmo em posiçã o de re‐
pouso sem qualquer estímulo) em sete de 10 pacientes (70%) e nistagmo de posicionamento
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(nistagmo em posiçã o específica da cabeça) em 6 de 10 pacientes (60%) . Todos os trê s pacien‐


tes que se queixaram de tontura apresentaram nistagmo espontâ neo e dois deles apresenta‐
ram nistagmo de posicionamento. Poré m, nem todos os pacientes que apresentaram nistagmo
espontâ neo queixaram-se de tontura. Os testes optociné ticos, testes de Romberg, testes de
marcha e testes de passos permaneceram normais em todos os 74 pacientes ( 40 ). A taxa de
resultados anormais de acuidade visual dinâ mica (AVD) como teste de triagem vestibular foi
de 28% ( 44 ). Trê s em cada doze pacientes (25%) diagnosticados com câ ncer cerebral apre‐
sentavam incapacidade de andar em tandem e dois deles (16,6%) apresentavam nistagmo evo‐
cado pelo olhar ( 35 ).

Fatores associados ( N = 8)

Alguns fatores associados à vestibulotoxicidade mencionados na literatura foram dosagem, dis‐


funçã o vestibular pré -existente e cocleotoxicidade associada. Foi relatado que a funçã o vesti‐
bular diminuiu com o aumento da dose de cisplatina em cada paciente ( 39 , 42 , 43 ). No en‐
tanto, os dados revisados ​nã o permitiram a identificaçã o de limiares de dose cumulativa espe‐
cíficos associados ao impacto vestibular ou de equilíbrio. Há algumas evidê ncias que sugerem
que indivíduos com perda pré -existente da funçã o vestibular tê m maior probabilidade de de‐
senvolver toxicidade vestibular por cisplatina. Dois em cada cinco pacientes (40%) com funçã o
vestibular anormal prévia tiveram perda vestibular adicional apó s a interrupçã o do trata‐
mento, enquanto um em cada nove pacientes (11,1%) com funçã o vestibular normal prévia de‐
senvolveu toxicidade vestibular apó s quimioterapia ( 39 ). O ú nico laudo da verificaçã o histoló ‐
gica mostrou perda grave de cé lulas ciliadas em ó rgã os sensoriais vestibulares perifé ricos, in‐
cluindo uma concreçã o esfé rica cristalina composta de carbonato de cá lcio no ducto semicircu‐
lar posterior esquerdo, o que é compatível com um achado positivo de vertigem posicional pa‐
roxística benigna (VPPB). ( 37 , 38 ). Esta pode ser a causa subjacente da tontura ou um
achado incidental.

A toxicidade vestibular definida por um teste de funçã o vestibular anormal foi acompanhada
de toxicidade coclear (deficiê ncia auditiva ou zumbido) em trê s estudos ( 12 , 35 , 36 , 41 ), en‐
quanto nenhuma perda auditiva foi encontrada em trê s pacientes com resposta caló rica e rota‐
tó ria reduzida em um relató rio ( 40 ), e nenhum status auditivo foi declarado nos outros estu‐
dos ( 13 , 39 , 42 , 43 ). Nenhum desses estudos afirmou a correlaçã o temporal dos sintomas
vestibulares e cocleares.

Consideraçõ es gerais

Ao reunir detalhes dos itens de dados, algumas das consideraçõ es gerais sobre o desenvolvi‐
mento de literatura relevante e modalidades de tratamento para o câ ncer emergem da
literatura.

Desenvolvimento de literatura relevante Alguns estudos preliminares foram realizados na dé ‐


cada de 1980, seguidos de poucos estudos depois disso. Embora o nú mero de publicaçõ es te‐
nha aumentado desde a dé cada de 2000, a maioria delas mencionava sintomas possivelmente
devidos a efeitos colaterais vestibulares. Alguns estudos exploraram recentemente os efeitos
da quimioterapia a longo prazo relacionados ao vestibular, indicando uma crescente conscien‐
tizaçã o e interesse da comunidade de pesquisa sobre a toxicidade vestibular da quimioterapia
à base de platina.
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Modalidades de tratamento para câ ncer As opçõ es de tratamento sã o determinadas pelos locais


e estadiamento do câ ncer. O tratamento multimodal e a combinaçã o de medicamentos citotó xi‐
cos sã o comuns no tratamento do câ ncer. Os pacientes també m receberam irradiaçã o craniana
concomitante, que pode envolver á reas dos ó rgã os do ouvido interno, especialmente no cé re‐
bro, e câ nceres de cabeça e pescoço ( 12 , 35-38 ). Vincristina, etoposídeo e bleomicina foram
co-administrados para tratamento de câ ncer ( 42 , 43 ). Um dos trê s pacientes sintomá ticos
també m recebeu um antibió tico aminoglicosídeo, amicacina ( 35 ), que é um medicamento ves‐
tibulotó xico conhecido ( 17 ). Alé m disso, cisplatina, carboplatina e oxaliplatina podem ter dife‐
rentes graus de vestibulotoxicidade devido aos componentes do medicamento, farmacodinâ ‐
mica e farmacociné tica ( 50 ).

Discussã o

Esta revisã o de escopo explorou questõ es relacionadas aos efeitos vestibulares da quimiotera‐
pia à base de platina, a fim de identificar o conhecimento estabelecido e as lacunas de pesquisa
que justificam mais pesquisas.

Conclusõ es baseadas no conhecimento estabelecido

Evaluation of vestibulotoxicity in the existing literature included objective tests, findings of


physical examination, and patient reported symptoms. Tests for evaluation of vestibulotoxicity
in previous publications have been largely focused on low to mid frequencies of horizontal se‐
micircular canal testing, utilizing the caloric test, rotational tests, and the VAT. VHIT, a relatively
new technique, was used to test function of the horizontal semicircular canal at higher
frequency stimulation in one recent study (35). The existing information of vestibular toxicity
in the literature examined only the horizontal semicircular canal which is one of five peripheral
vestibular sensory organs. This may be due to the feasibility of testing all potentially affected
organs, or the fact that sensory cells in the semicircular canals are more sensitive to toxic medi‐
cation than those in the otolith organs (51).

Vestibular function loss may not be recognized until the patient loses other cues from vision
and somatosensory such as when walking in the dark or develops concomitant peripheral
neuropathy. Balance function tests such as posturography, testing overall balance system func‐
tion in various conditions, can provide additional information on balance in real life and
dynamic situations. Subclinical vestibular toxicity is a concern because its effect may only be
evident in patients with other impaired sensory inputs, previous vestibular problems, or it may
lead to earlier onset of age-related vestibular impairment (52).

The distinction between “objective tests of clinical signs” that can be measured by the clinicians
and “subjective clinical symptoms” that can only be reported by the patients should be empha‐
sized. The existing literature showed that objective test findings and patient symptoms did not
always correspond to one another. Multiple studies reported abnormal vestibular function
tests in asymptomatic patients (13, 40, 42, 43), therefore it is quite clear that clinicians cannot
rely solely on symptoms to detect vestibular toxicity. It is not surprising that most patients did
not have intense symptoms due to the potential bilateral symmetrical insidious nature of ototo‐
xic medication. Symptoms such as vertigo, dizziness, headache, nausea, double vision, pho‐
tophobia, ataxia, and light-headedness have previously been reported in patients with bilateral

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vestibular impairment (53, 54). Balance symptoms such as dizziness and unsteadiness are as‐
sociated with vestibular dysfunction; however, the relationship between vestibulotoxicity and
non-specific balance symptoms may not always be clear.

Dizziness and other balance problems can be difficult to describe for the patient and to catego‐
rize by the physician. Hence, clarification of the terminology used is important for the interpre‐
tation. These non-specific symptoms of balance problems might automatically be associated
with cancer diseases and general deconditioning of patients. Comorbid factors such as pe‐
ripheral neuropathy, fatigue, and anemia, including brain pathology in brain cancer patients
can cause some elements of postural unsteadiness in cancer patients. Clinical symptoms are of‐
ten underappreciated by both patients and clinicians. For example, vestibular toxicity may be a
subtle complaint presenting as nausea, vomiting, or dizziness, which are not uncommon in can‐
cer patients receiving chemotherapy.

Known risk factors of cochlear ototoxicity are aging, the cumulative dose of chemotherapy,
poor renal function, and co-administration of other ototoxic medications (55). Possible poten‐
tial risk factors of vestibular toxicity identified in the literature are cumulative dose and pre-
existing vestibular loss. Decreased vestibular function occurred as cumulative dose of cisplatin
increased, which supports the assumption of dose-related response (39, 42, 43). There is some
evidence to tentatively support that patients with pre-existing loss of vestibular function are
prone to cisplatin vestibular toxicity, for instance, the additional loss of vestibular impairment
also occurred in patients with previous abnormal vestibular function (12, 36, 39).

Knowledge gaps

The rate of abnormal vestibular function test findings associated with platinum-based
chemotherapy in the existing literature varied from 0 to 50% after chemotherapy treatment
and 4.3–36.5% during chemotherapy pathway. These should be viewed as preliminary reports
due to variable methodology, limited reported information and the relatively small number of
patients. Therefore, the incidence and prevalence of vestibular abnormality after platinum-ba‐
sed chemotherapy warrant further research.

None of the studies evaluated vestibular function using vHIT to test all six semicircular canals,
nor vestibular evoked myogenic potentials (VEMPs) to test otolith organs. A single test may not
be a good indicator of the true vestibular function and findings from a comprehensive vestibu‐
lar test battery have not been yet reported. Limitations of vestibular and balance function tests
are summarized in Tables ​2, ​3. The current review gleaned sparse information and details on
the procedure of the physical examination. Baseline testing is required to evaluate prior vesti‐
bular impairment and to detect subtle changes. Based on the existent information, data on af‐
fected sites of lesions in vestibular end organs, and the impact on higher frequency function as‐
sociated with vestibulotoxicity in clinical studies is still lacking.

Most of the included reports did not mention the methods used for patient symptom evalua‐
tion. The approaches utilized in detecting or monitoring adverse effects, such as spontaneous
reporting, patient checklist, questionnaire, diary, systematic survey of patients or report by the
investigators, are known to have an influence on the frequencies of adverse effects identified
(56). For example, passive monitoring based on spontaneous reports might yield lower rates
of adverse events, while active surveillance using specific questioning could find a higher rate.

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The association between cochlear impairment and vestibular toxicity is still unknown. Cochlear
function deficit is more frequently described in the literature (4), potentially because it is more
common, or it is recognized earlier and before vestibular impairment, symptoms of which tend
to occur after complete bilateral loss or asymmetrical loss (14).

BPPV is common in the general population, including subjects receiving ototoxic drugs (57).
BPPV presenting in subjects receiving ototoxic drugs may complicate the clinical identification
of ototoxicity and obscure the clinical decision. Nevertheless, the possible role of ototoxicity in
the pathophysiology of BPPV was not clear from the literature.

A combination of treatments is common in cancer treatment so evaluating the relationship


between platinum-based chemotherapy and vestibulotoxicity may not be straightforward. Ves‐
tibulotoxic medications such as aminoglycoside antibiotics (17) are sometimes used to cure in‐
fections in cancer patients. Although most chemotherapeutic agents are not classified as ototo‐
xic medication, vincristine (58) and bleomycin (59) have been shown to cause cochlear hair
cell damage in in vivo studies. It has also been postulated that platinum-based chemotherapy
and radiotherapy have a combination of effects on cochleotoxicity (60, 61). Currently, there is
limited information not only on platinum-based chemotherapy but also other treatment moda‐
lities and their combinations which should be taken into account in data interpretation.

Limitations of the study

At present, there are methodological limitations in the published literature about vestibular ef‐
fects of ototoxic medications. Some limitations of the current review are that a significant por‐
tion of included studies reported limited information, and only publications in the English lan‐
guage were included; thus, language bias may have occurred.

Conclusion

A number of studies reported significant evidence of cisplatin vestibular toxicities with objec‐
tive tests, although not always corroborated by patient symptoms. Multiple studies also repor‐
ted non-specific imbalance symptoms which are possible complaints of vestibular dysfunction;
however, the nature of these symptoms is unclear without any objective test. There was very li‐
mited clinical research data to date on the vestibular side effects of platinum-based
chemotherapy in terms of incidence, evaluation and impact on health-related quality of life of
the patients. The data of physical examination was reported in only a few studies and was not
comprehensive. The current evidence was based solely on the horizontal semicircular canal
evaluation using the caloric tests or rotational tests; therefore, the information of vertical semi‐
circular canals and otolith organs is still lacking.

In conclusion, this scoping review summarizes the current research findings that vestibular
toxicity needs more attention and emphasizes the need for future high-quality studies in this fi‐
eld. Comprehensive evaluation of vestibular toxicities, identifying risk factors such as cumula‐
tive dose, pre-existing abnormal vestibular function and aging, including the correlation with
cochlear toxicity and peripheral neuropathy warrant further research. Another challenge tends
toward which test would be the most sensitive and appropriate for early detection and monito‐
ring changes before, during and after platinum-based chemotherapy treatment.

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Author contributions

PP conducted the review and wrote the manuscript. DB conducted the review and helped re‐
vise the manuscript. JT, SP, RG, PMP, DH, and AK conducted the study selection and helped re‐
vise the manuscript.

Data availability statement

All datasets for this study are included in the manuscript and the Supplementary Files.

Conflict of interest statement

The authors declare that the research was conducted in the absence of any commercial or fi‐
nancial relationships that could be construed as a potential conflict of interest.

Acknowledgments

We thank Farhad Shokraneh, a medical information specialist at the University of Nottingham,


for his assistance in developing the search strategy and conducting the electronic search.

Footnotes

Funding. This work was funded by the Faculty of Medicine, Prince of Songkla University, Songkhla, Thailand and
the National Institute for Health Research (NIHR). DH is an NIHR Senior Investigator.

Supplementary material

The Supplementary Material for this article can be found online at:
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fonc.2018.00363/full#supplementary-material

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