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25/10/2023 Profa Dra Ligia de Oliveira Ruggiero 1

LABORATÓRIO DE FÍSICA IV
ATIVIDADE 7

Lente Divergente – Teoria, Simulação e Prática


Determinação da distância focal, centro de curvatura e posição da imagem em
três diferentes posições do objeto

Este experimento tem como objetivo determinar a distância focal de uma lente divergente –
bicôncava e plano côncava, bem como registrar e analisar o comportamento dos raios incidentes e
refratados na formação de imagem, a partir de um objeto extenso.

I - LISTA DE MATERIAL
● Programa: https://www.algodoo.com
● Programa: https://www.falstad.com/
● Programa Word

II – INTRODUÇÃO TEÓRICA
Arquivo em pdf no Classroom

III - TRABALHO DE SIMULAÇÃO

III.1. Determinação da distância focal de uma lente Plano-Côncava e uma


lente Bicôncava
III.1.1. Com o programa do Algodoo ou do Falstad, construa uma Lente Plano-Côncava com
materiais orgânicos com índice de refração de 1,76 e determine o eixo óptico, o centro óptico e
sua distância focal. Faça um print da tela do programa e insira no programa de texto para
completar as informações, tais como: distância focal F1 e F2, plano vertical central, eixo ótico e
raios incidentes e refletidos. Insira esta imagem com todas estas informações, no Quadro 1,
explicando os procedimentos. Registre os valores na Tabela 1.
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Quadro 1: determinação do eixo óptico, da distância focal e centro óptico de uma lente plano-côncava

Figura 1: Simulação de uma lente plano-côncava e demarcação dos eixo óptico, da distância focal e do centro
óptico.

O programa usado para fazer a simulação foi o Algodoo, neste quadro foi pedido para que fosse feito a
determinação do eixo óptico, da distância focal e centro óptico utilizando uma lente plano-côncava. O
laser X1 representa o feixe principal, o eixo óptico, pode-se notar que ele atravessa a lente sem ser
desviado, logo quando se olha para o laser X2, que também foi posicionado de forma que não sofre
desvio algum, percebe-se que existe uma intersecção entre esse feixe e o X1, nesta intersecção se
encontra o centro óptico, como marcado no print acima. Foi utilizado então outro laser para que se
encontrasse a distância focal, para isso ele foi incidido paralelamente ao feixe principal (X1) e depois
teve o prolongamento do seu desvio, de forma que quando esse prolongamento sofresse interseção com
o feixe principal se encontraria a posição do foco neste ponto, a distância do foco até o centro óptico foi
de 18,5 m. O círculo usado para a fabricação da parte côncava da lente possui um raio de 14 metros,
onde a escala do simulador é de 1m (cada quadradinho menor da grade possui 1m²), e por se tratar de
uma lente delgada, e o outro lado ser plano, sua uma circunferência tende ao infinito. As marcações N1
e N2 são referentes aos diferentes meios apresentados no simulador, o meio N1 é a lente, e como pedido
o índice de refração da lente foi configurado para 1,76, e N1 é o meio com índice de refração igual a 1.
Quando a luz passa de um meio para outro, ocorre o fenômeno da refração, e o ângulo de refração
depende da mudança na velocidade da luz nos diferentes meios, o que é determinado pelo índice de
refração de cada meio, porém quando a velocidade da luz sofre uma variação, o seu comprimento de
onda também varia, sendo sua velocidade inversamente proporcional ao seu comprimento de onda, e
quando esse comprimento é modificado, o ângulo do índice de refração também sofre alterações, uma
vez que este é diretamente proporcional ao comprimento de onda. A relação entre os ângulos de
incidência (Ө1) e refração (Ө2) os índices de refração dos dois meios envolvidos (N1 e N2) é descrita

pela Lei de Snell, que é expressa pela equação:


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Para ângulos maiores do que 10°:


𝑁1 * 𝑠𝑒𝑛(Ө1) = 𝑁2 * 𝑠𝑒𝑛(Ө2)

E para menores do que 10°, temos:


𝑁1 * (Ө1) = 𝑁2 * (Ө2)

Se o meio de entrada e o meio de saída são os mesmos, então não há mudança de meio e, portanto, não
há mudança no ângulo de refração. Agora, se, no caso da simulação feita, N1 for maior que N2, então a
lente se comportaria como uma lente divergente.

III.1.2. Seguindo o mesmo procedimento do Item III.1.1, determine o eixo óptico, as distâncias
dos focos F1 e F2 e o centro óptico para uma lente bicôncava, com os R1=R2. Insira a imagem no
Quadro 2 e registre os dados na Tabela 1.

Quadro 2: determinação do eixo óptico, do centro óptico e da distância focal para uma lente bicôncava

Figura 2: Simulação de uma lente bicôncava e demarcação do eixo óptico, da distância focal e do centro óptico.

Assim como no quadro 1, foi utilizado o laser amarelo para representar o feixe principal,
incidindo no centro da lente. Para localizar os Focos F1 e F2, foi utilizado dois lasers
vermelhos, indicados como X2 (esquerda) e X4 (direita) incidindo em direções opostas a lente,
utilizando o prolongamento dos feixes desviados obteve-se a localização dos pontos focais, que
foram encontrados na posição onde o laser amarelo se encontra com o prolongamento do
desvio dos lasers vermelhos. Para a confecção desta lente, foi utilizado um círculo com o raio
de 7 m, o mesmo círculo foi usado para o lado esquerdo e direito. A distância entre os focos e
o centro óptico foi de 4,70 m, portando F1 = F2 = 4,7 m. A escala do programa segue sendo
1m² por quadradinho da grade.
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Tabela 1: dados obtidos na formação das lentes e nos Itens III.1.1 e III.1.2

R1 ( m ) R2 ( m ) F1 ( m ) F2 ( m )

Lente 18,50 ± 0,05


14,00 ∞ ∞
Plano-Côncava
Lente
7,00 7,00 4,70 ± 0,05 4,70 ± 0,05
Bicôncava
Índice de refração do material orgânico: 1,76

III.1.3. Utilizando a equação do fabricante de lentes, calcule no Quadro 3 a distância focal da


lente e compare com os valores obtidos nos itens III.1.1 e III.1.2.
Determine a vergência para cada uma das lentes.
OBS: sempre explicando o desenvolvimento dos cálculos.
Não se esqueçam da convenção de sinais dos raios.

Quadro 3: determinação da distância focal e vergência das lentes dos itens III.1.1. e III.1.2 e análise.

Primeiramente, neste quadro será feito o cálculo da distância focal das lentes utilizando a
expressão 33 encontrada no material teórico, referente a equação dos fabricantes.

1 𝑛2 1 1
𝐹
= ( 𝑛1 − 1)( 𝑅1 + 𝑅2
) (33)

Assim, para a lente plano-côncava temos:

1 1,76 1 1
𝐹
= ( 1
− 1)( 14 + ∞
)
1
𝐹
= (0, 76)(0, 071)
1
𝐹= (0,76)(0,071)

𝐹 = 18, 53

E para a lente bicôncava, temos:


1 1,76 1 1
𝐹
= ( 1
− 1)( 7 + 7
)
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1
𝐹
= (0, 76)(0, 28)
1
𝐹= (0,76)(0,28)

𝐹 = 4, 69

Agora para o cálculo da vergencia, é sabido que essa vergência é igual ao inverso da distância
focal, e para isso temos a equação 34 localizada no material teórico:
1
𝑉= 𝐹

então:
𝑛2 1 1
𝑉 = ( 𝑛1 − 1)( 𝑅1 + 𝑅2
) (34)

Com isso, a vergência da lente plano-côncava é:

𝑉 = (0, 76)(0, 071)


−1
𝑉 = 0, 05 𝑚

E para a lente bicôncava, temos:


𝑉 = (0, 76)(0, 28)
−1
𝑉 = 0, 21 𝑚
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III.2. Determinação da posição da imagem em três diferentes posições do


objeto
III.2.1. Distância do objeto S maior que a distância do raio de curvatura ou foco
antiprincipal objeto – C. Utilizando o mesmo sistema do Item III.1.2 no Algodoo, coloque um
objeto extenso, que pode ser representado por uma flecha. Coloque este objeto de tamanho y em
uma posição S maior que a distância C. Determine a posição e o tamanho da imagem S´ e y´.
Coloque as informações, tais como: distância S, S´, y e y´, faça um print da tela do Algodoo,
transfere esta imagem para um programa de texto ou coloque estas informações da forma que
achar mais fácil. Insira a imagem com todas as informações, no Quadro 4 e explique as
características da imagem.

Quadro 4: formação da imagem de um objeto a uma distância S maior que o foco antiprincipal objeto
e análise de suas características.
Figura 3: Simulação de formação de imagem a partir de uma lente bicôncava, onde o objeto está a uma
distância S maior que o foco antiprincipal objeto.

Ao observar os resultados obtidos na simulação, pode-se perceber que quando o objeto está
posicionado a uma distância S maior do que o foco antiprincipal objeto, o foco antiprincipal
situa-se sobre o eixo principal a uma distância igual ao dobro da distância focal. No caso visto
na figura acima, o objeto estava a uma distância de 21,73m. Com o auxílio dos lasers
disponibilizados no software de simulações foi colocado um laser X1 em paralelo com o laser
X2 para encontrar a distância focal a partir do prolongamento do seu desvio, logo em cima do
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objeto foi colocado um outro laser X3, representando o raio incidente no dioptro, o qual
prolongamento passa pelo foco F2 e refrata paralelo ao eixo óptico, e por último o laser X4,
que passa pelo eixo óptico da lente e não sofre desvio após a refração.
No encontro entre o prolongamento do raio do laser X3, o prolongamento do raio do laser X1
e o laser X4, se encontra o ponto onde é formada a imagem gerada por essa lente. Sendo ela
menor, direita e virtual, já que é formada a partir do prolongamento dos raios de luz que
incidem na lente, tem a mesma direção que o objeto. A imagem foi formada a uma distância
de 6,77 m do centro óptico e com um tamanho de 0,8 m.

III.2.2. Distância do objeto S entre o foco antiprincipal C e a distância focal F. Seguindo o


mesmo procedimento do Item III.2.1, determine a posição e o tamanho da imagem da imagem
para um objeto de tamanho y a uma distância S entre o foco antiprincipal e a distância focal F.
Insira a imagem do programa, com todas as informações, no Quadro 5. Faça uma análise das
características da imagem.
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Quadro 5: formação da imagem a uma distância S igual a distância entre o foco antiprincipal C e a distância
focal F. Análise de suas características
Figura 4: Simulação de formação de imagem a partir de uma lente bicôncava, onde o objeto está a uma
distância S entre a distância focal e o foco antiprincipal objeto.

Assim como feito no quadro 4, ao fazer uma análise do sistema feito no simulador, onde,
desta vez o objeto foi posicionado entre o foco antiprincipal objeto e a distância focal, foi
visto uma imagem virtual, direita e menor que o objeto.
Em questão de valores de distância, neste caso, o objeto estava posicionado a uma distância
de 12,90 m da lente. Para encontrar a distância focal, o mesmo método foi utilizado, então,
foram utilizados três lasers: um X1, que foi colocado paralelo ao eixo óptico, e outro X3, que
foi colocado sobre o objeto. O prolongamento do raio do laser X3 passa pela distância focal
F2 e refrata paralelo ao eixo óptico e o X4 que incide no centro óptico. O encontro entre o
prolongamento do raio do laser X3 e o prolongamento do raio do laser X1 e o raio laser X4,
indica a posição da imagem.
A imagem foi formada a uma distância de 5,45 m do centro óptico da lente e tinha um
tamanho de 1,25 m.

III.2.3. Distância do objeto S entre a distância focal e o centro óptico e F. Seguindo o mesmo
procedimento do Item III.2.1, determine a posição e o tamanho da imagem da imagem para um
objeto de tamanho y a uma distância S entre a distância focal F e o centro óptico. Insira a imagem
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do programa, com todas as informações, no Quadro 6. Faça uma análise das características da
imagem.
Quadro 6: formação da imagem a uma distância S entre a distância focal F e o centro óptico.
Análise de suas características
Figura 5: Simulação de formação de imagem a partir de uma lente bicôncava, onde o objeto está a uma
distância S entre a distância focal e o centro óptico.

Por fim, para que pudesse ser analisada a formação de imagem em uma lente bicôncava a
partir de um objeto situado entre a distância focal e o centro óptico, o mesmo procedimento
feito nos quadros 4 e 5, utilizando três lasers de modo que a prolongação dos mesmos
revelasse o ponto onde a imagem seria formada. Desta forma, com o objeto, desta vez
localizado a uma distância de 5,80 m do centro óptico, sua imagem foi gerada de forma
direita, virtual e menor, medindo 1,80 m, e se situando a uma distância de 3,65 m do centro
óptico.
Com essas três simulações foi possível concluir que todas as imagens geradas por lentes
bicôncavas serão virtuais, direitas e menores do que o objeto original.

III.2.4. Insira os dados: y, y´, S e S´ na Tabela 2 e utilizando esses dados, calcule a Magnificação
m para cada um dos casos. Faça uma análise dos resultados

Tabela 2: dados dos itens III.2.1, III.2.2., III.2.3, III.2.4 e III.2.5 e os valores da magnificação
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S( m ) S´ ( m ) y( m ) y´ ( m ) m

S maior que C 21,73 ± 0,05 - 6,77 ± 0,05 3 0,80 ± 0,05 0,28

S entre C e F 12,90 ± 0,05 -5,45 ± 0,05 3 1,25 ± 0,05 0,42

S entre F e C.O. 5,80 ± 0,05 -3,65 ± 0,05 3 1,80 ± 0,05 0,61

Quadro 7: cálculo de m e análise dos resultados

Para o fazer o cálculo da amplificação transversal, ou magnificação de uma lente delgada,


temos a seguinte expressão:
𝑦' 𝑠'
𝑚= 𝑦
=− 𝑠
(35)

Primeiro para S maior que C:


𝑦' 0,80
𝑚= 𝑦
= 3,00
= 0, 27

𝑠' − 6,60
𝑚 =− 𝑠
=− 21,73
= 0, 30

Segundo para S entre C e F:


𝑦' 1,25
𝑚= 𝑦
= 3,00
=0,41

𝑠' −5,45
𝑚 =− 𝑠
=− 12,90
=0,42

Por fim para S entre F e C.O:


𝑦' 1,80
𝑚= 𝑦
= 3,00
= 0, 60

𝑠' −3,65
𝑚 =− 𝑠
=− 5,80
= 0, 62

Considerando que o erro de leitura é de ± 0,05 m, os resultados obtidos foram muito


satisfatórios, uma vez que o intervalo nos resultados para todas as distâncias S, estão neste
intervalo de ± 0,05 m.
O valor de m colocado na tabela foi feito a partir da média dos valores obtidos acima.
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IV - TRABALHO PRÁTICO

IV.1. Determinação da distância focal de uma lente Plano-Convexa e uma lente


Biconvexa
IV.1.1. Com a lente plano-côncava disponível na bancada do Laboratório Didático, determine o
eixo óptico, sua distância focal e seu centro óptico. Tire uma foto do experimento. A imagem tem
que conter as informações, tais como: distância focal F, plano vertical central, eixo óptico, centro
óptico e raios incidentes e refletidos. Insira esta imagem com todas estas informações no Quadro
8, explicando os procedimentos. Registre os valores na Tabela 3.

Quadro 8: determinação do eixo óptico, da distância focal e centro óptico de uma lente plano-côncava
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Para determinar o eixo óptico, inicialmente, foi projetado um raio laser sobre o papel
milimetrado, assegurando que o feixe seguisse a própria linha do papel para garantir uma
projeção precisa. Em seguida, a lente foi posicionada de modo que o raio laser a atravessasse
centralmente.
Assim, para certificar a identificação do eixo óptico, foi marcada a posição central da lente,
movendo-a para frente e para trás ao longo do eixo do raio. Durante esse processo, foi
observado atentamente qualquer alteração no padrão de projeção do raio laser. Não foram
detectadas mudanças significativas, o que confirmou a determinação precisa do eixo óptico,
conforme ilustrado na Figura 6.
Figura 6: Determinação do eixo óptico

Para localizar o centro óptico, a posição da lente e seu eixo óptico previamente identificados
foram mantidos. Em seguida, foi projetado outro raio laser de modo a torná-lo concorrente ao
raio principal, com a observação focada no centro da lente. Dessa maneira, o raio laser foi
cuidadosamente posicionado de forma a garantir que o ponto de cruzamento dos raios não
sofresse desvio significativo após a refração. A determinação do eixo óptico foi assim realizada
e está representada nas Figuras 7 e 8.
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Figura 7: Procedimento para encontrar o centro óptico.


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Figura 8: Determinação do centro óptico.

Para determinar a distância focal, além do raio laser ao longo do eixo óptico previamente
identificado, foram adicionados dois raios paralelos situados a (1, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚) do eixo
principal, nos quais foram medidos através do papel milimetrado. A obtenção da distância
focal ocorreu através do prolongamento desses raios, os quais refrataram sobre a lente,
conforme ilustrado na Figura 9.
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Figura 9: Procedimento para determinação da distância focal.

Para a determinação mais precisa do raio refratado, foi delineada uma marca com um lápis
indicando o caminho do raio ao longo do prolongamento refratado. Além disso, foram
definidos o eixo principal, o eixo paralelo e a própria lente. Sem a presença da lente,
empregou-se um raio laser ao longo da delimitação do raio refratado, identificando a posição
em que ele interceptaria o eixo principal. Este procedimento permitiu encontrar a distância
focal de (23, 50 ± 0, 05 𝑐𝑚), conforme representado na Figura 10, com as representações
demarcadas e nomeadas na Figura 11. Esse procedimento foi repetido com o outro raio
paralelo para confirmação.
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Figura 10: Procedimento final para determinação da distância focal.

Figura 11: Demarcação e nomeamento dos raios para determinar a distância focal.

IV.1.2. Seguindo o mesmo procedimento do Item IV.1.1, determine a distância focal e o centro
óptico para uma lente bicôncava, com os R1=R2. Insira a imagem no Quadro 9 e registre os dados
na Tabela 3.
Quadro 9: determinação do eixo óptico, do centro óptico e da distância focal para uma lente bicôncava
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Para determinar o eixo óptico da lente bicôncava, começou-se projetando um raio laser sobre o
papel milimetrado, assegurando que o feixe seguisse precisamente a linha do papel. Em
seguida, foi posicionada a lente de modo que o raio laser a atravessasse centralmente.
Para garantir a identificação do eixo óptico, marcou-se a posição central da lente movendo para
frente e para trás ao longo do eixo do raio. Durante esse processo, foi observado atentamente
qualquer alteração no padrão de projeção do raio laser. Não foram detectadas mudanças, o que
confirmou a determinação precisa do eixo óptico, conforme ilustrado nas Figura 12 e 13.

Figura 12: Procedimento para a determinação do eixo óptico

Figura 13: Determinação de eixo óptico com lente bicôncava.


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Para encontrar o centro óptico, a posição da lente e seu eixo óptico previamente identificados
foram mantidos. Em seguida, projetou-se outro raio laser de modo a torná-lo concorrente ao
raio principal, com a observação focalizada no centro da lente. Desta maneira, o raio laser foi
cuidadosamente posicionado para garantir que o ponto de cruzamento dos raios não sofresse
desvio significativo após a refração. A determinação do centro óptico foi realizada conforme
representado nas Figuras 14 e 15.

Figura 14: Procedimento para determinar o centro óptico da lente bicôncava.


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Figura 15: Centro óptico lente bicôncava.

Para determinar a distância focal, além do raio laser ao longo do eixo óptico previamente
identificado, adicionaram-se dois raios paralelos situados a (1, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚) do eixo
principal, e suas medidas foram registradas por meio do papel milimetrado. A obtenção da
distância focal ocorreu por meio do prolongamento desses raios, os quais refrataram sobre a
lente, conforme ilustrado nas Figuras 16 à 21.
Para uma determinação mais precisa do raio refratado, marcou-se o caminho do raio ao longo
do prolongamento refratado com um lápis. Além disso, foram definidos o eixo principal, o eixo
paralelo e a própria lente. Sem a presença da lente, empregou-se um raio laser ao longo da
delimitação do raio refratado, identificando a posição em que ele interceptaria o eixo principal.
Esse procedimento foi repetido nos lados esquerdo e direito, respectivamente.
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O procedimento permitiu a medição da distância focal, determinada como (9, 20 ± 0, 05 𝑐𝑚)


em ambos os lados, conforme representado nas Figuras abaixo, com as demarcações e
identificações ilustradas. Este processo foi repetido com dois raios paralelos para cada lado
para confirmação.

Lado direito:
Figura 16: Procedimento para encontrar as distância focal.

Figura 17: Procedimento final para encontrar as distância focal.


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Figura 18: Representação da distância focal.

Lado Esquerdo:
Figura 19: Procedimento para encontrar as distância focal.
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Figura 20: Procedimento final para encontrar a distância focal.

Figura 21: Representação da distância focal.

Tabela 3: dados obtidos na formação das lentes e nos Itens III.1.1 e III.1.2

R1 ( cm ) R2 ( cm ) F1 ( cm ) F2 ( cm )

Lente
15,40 ± 0,05 infinito 22,30 ± 0,05 infinito
Plano-Côncava
Lente
12,20 ± 0,05 12,20 ± 0,05 9,20 ± 0,05 9,20 ± 0,05
Bicôncava
Índice de refração experimental: 1,76
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III.1.3. Utilizando a equação do fabricante de lentes, calcule no Quadro 3 a distância focal da


lente e compare com os valores obtidos nos itens III.1.1 e III.1.2.
Determine a vergência para cada uma das lentes.
Determine experimentalmente o índice de refração da lente.
OBS: sempre explicando o desenvolvimento dos cálculos.

Quadro 10: determinação da distância focal e vergência das lentes dos itens III.1.1. e III.1.2 e análise.
Utilizando as expressões matemática (33) e (34) para a determinação da distância focal e
vergência das lentes respectivamente.

1
𝑓
= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
𝑅2 ) (33)

𝑉= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
𝑅2 ) (34)

Em seguida utilizaremos a expressão a seguir para calcular o erro percentual experimental:

Lente Plano-Côncava:
● Para determinar a distância focal da lente e por se tratar de uma lente plano-côncava, o
R2 tende ao infinito, portanto a expressão (33) ficará:

1
𝑓
= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
∞ )
1
𝑓
= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+0 )
1
𝑓
= ( 1,76
1
− 1 )( 1
15,40 )
1 1,76−1
𝑓
= 15,40

15, 40 = 1, 76𝑓 − 𝑓

15, 40 = 0, 76𝑓
15,40
𝑓= 0,76
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∴ 𝑓 = 20, 26

Aplicando a expressão do erro percentual, o valor expresso foi de 10,07%.

● Calculando a vergência experimental através da expressão (34) temos:

𝑉= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
∞ )
𝑉= ( 1,76
1
− 1 )( 1
15,40
+ 0 )
𝑉 = (1, 76 − 1) ( 1
15,40 )
0,76
𝑉= 15,40

∴ 𝑉 = 0, 049
● Calculando a vergência teórica a partir da relação das expressões (33) e (34)
entendemos que:
1
𝑉= 𝑓

1
𝑉= 22,30

∴ 𝑉 = 0, 045
Aplicando a expressão do erro percentual, o valor expresso foi de 8,88%.

Lente Bicôncava:
● Para determinar o índice de refração, utilizamos a expressão (33), tal que:

1
𝑓
= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
𝑅2 )
1
𝑓
= ( 1,76
1
− 1 )( 1
12,20
+
1
12,20 )
1
𝑓
= (1, 76 − 1) ( 2
12,20 )
1 1,52
𝑓
= 12,20

1, 52𝑓 = 12, 20
12,20
𝑓= 1,52
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∴ 𝑓 = 8, 03

Aplicando a expressão do erro percentual, o valor expresso foi de 14,57%.

● Calculando a vergência através da expressão (34) temos:

𝑉= ( 𝑛2
𝑛1
− 1 )( 1
𝑅1
+
1
𝑅2 )
𝑉= ( 1,76
1
− 1)( 1
12,20
+
1
12,20 )
𝑉 = (1, 76 − 1) ( 2
12,20 )
1,52
𝑉= 12,20

∴ 𝑉 = 0, 124
● Calculando a vergência teórica a partir da relação das expressões (33) e (34)
entendemos que:
1
𝑉= 𝑓

1
𝑉= 9,20

∴ 𝑉 = 0, 109
Aplicando a expressão do erro percentual, o valor expresso foi de 13,76%.

A taxa de erro percentual mostrou-se baixa na lente plano-côncava, enquanto apresentou um


ligeiro aumento na lente bicôncava. É possível que a origem deste aumento na taxa de erro
esteja associada a falhas operacionais durante o procedimento.

IV.2. Determinação da posição da imagem em três diferentes posições do


objeto
IV.2.1. Distância do objeto S maior que a distância do raio de curvatura ou foco
antiprincipal objeto – C. Coloque um objeto extenso, que pode ser representado por uma flecha.
Coloque este objeto de tamanho y em uma posição S maior que a distância C. Determine a
posição e o tamanho da imagem S´ e y´. No papel das medidas, coloque as informações, tais
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como: distância S, S´, y e y´, tire uma foto e insira a imagem com todas as informações, no
Quadro 11 e explique as características da imagem.
Quadro 11: formação da imagem de um objeto a uma distância S maior que o foco antiprincipal objeto.
Análise de suas características.
Para obter a formação da imagem de um objeto a uma distância S maior que o foco
antiprincipal, foram posicionados dois lasers de modo a atravessar a lente, resultando na
formação da Figura 23 a uma distância S´ e em uma posição y´. Este arranjo permitiu a
análise da propagação dos feixes de luz através da lente, observando as características da
imagem formada em relação à posição y´ e à distância focal, contribuindo para a compreensão
do comportamento óptico do sistema. Na Figura 22, é apresentada a incidência dos raios
através da lente. Posteriormente, na Figura 23, são detalhados o processo de determinação da
imagem (1, 10 ± 0, 05 𝑐𝑚), do objeto (0, 10 ± 0, 05 𝑐𝑚) e de suas respectivas distâncias (
9, 80 ± 0, 05 𝑐𝑚) e (22, 80 ± 0, 05 𝑐𝑚).

Figura 22: Procedimento para determinar S maior que C.

Figura 23: Determinação de S maior que C.


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IV.2.2. Distância do objeto S entre o foco antiprincipal C e a distância focal F. Seguindo o


mesmo procedimento do Item IV.2.1, determine a posição e o tamanho da imagem da imagem
para um objeto de tamanho y a uma distância S entre o foco antiprincipal e a distância focal F.
Tire uma foto e insira a imagem no Quadro 12, com todas as informações. Faça uma análise das
características da imagem.
Quadro 12: formação da imagem a uma distância S igual a uma distância entre o foco antiprincipal C e a
distância focal F. Análise de suas características
Para determinarmos a formação da imagem a uma distância S igual a uma distância entre o
foco antiprincipal C e a distância focal F, foram posicionados dois lasers que coincidem na
lente de modo que a imagem seja formada a uma distância S’ e posição y. O procedimento
está ilustrado na Figura 24, com os valores correspondentes da imagem (1, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚),
objeto (0, 50 ± 0, 05 𝑐𝑚) e distâncias (18, 40 ± 0, 05 𝑐𝑚) e (10, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚)
apresentados na Figura 25.

Figura 24: Procedimento para encontrar S entre C e F.


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Figura 25: Determinação do S entre C e F.

VI.2.3. Distância do objeto S entre a distância focal e o centro óptico e F. Seguindo o mesmo
procedimento do Item IV.2.1, determine a posição e o tamanho da imagem da imagem para um
objeto de tamanho y a uma distância S entre a distância focal F e o centro óptico. Tire uma foto e
insira a imagem no Quadro 13, com todas as informações. Faça uma análise das características da
imagem.
Quadro 13: formação da imagem a uma distância S entre a distância focal F e o centro óptico.
Análise de suas características
Para obter a formação da imagem a uma distância igual a uma distância entre o foco
antiprincipal C e a distância focal F foram posicionados dois lasers que estão na mesma
direção da lente de modo que a imagem seja formada a uma distância S’ e posição y’. Desta
forma, o procedimento seguido está apresentado na figura X1 e assim foram determinados os
valores da imagem (2, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚), objeto (1, 30 ± 0, 05 𝑐𝑚) e suas respectivas
distâncias (4, 00 ± 0, 05 𝑐𝑚) e (2, 30 ± 0, 5 𝑐𝑚) entre a lente.
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Figura 26: Procedimento para encontrar S entre F e C.O.

Figura 27: Determinação do S entre F e C.O.

IVI.2.4. Insira os dados: y, y´, S e S´ na Tabela 2 e utilizando esses dados, calcule a Magnificação
m para cada um dos casos. Faça uma análise dos resultados

Tabela 4: dados dos itens III.2.1, III.2.2., III.2.3, III.2.4 e III.2.5 e os valores da magnificação

S (cm) S´ (cm) y (cm) y´ (cm) m

S maior que C 22,80 ± 0,05 -9,80 ± 0,05 1,10 ± 0,05 0,40 ± 0,05 0,40
S entre C e F 18,40 ± 0,05 -10,00 ± 0,05 1,00 ± 0,05 0,50 ± 0,05 0,52
S entre F e C.O. 4,00 ± 0,05 -2,30 ± 0,05 2,00 ± 0,05 1,30 ± 0,05 0,61

Quadro 14: cálculo de m e análise dos resultados


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Para calcular a Magnificação m para cada um dos casos, utilizaremos a expressão matemática
(34):

(34)

Em seguida utilizaremos a expressão a seguir para calcular o erro percentual experimental:

S maior que C:
0,40
𝑚= 1,10
= 0, 363

(−9,80)
𝑚 =− 22,80
= 0, 429

erro percentual: 15,38%


S entre C e F:
0,50
𝑚= 1,00
= 0, 50

(−10,00)
𝑚 =− 18,40
= 0, 54

erro percentual: 7,40%

S entre F e C.O.:
1,30
𝑚= 2,00
= 0, 65

(−2,30)
𝑚 =− 4,00
= 0, 57

erro percentual: 14,03%

Os erros percentuais oscilaram entre 7% e 15%. Um dos principais motivos para a variação
significativa foi a dificuldade em lidar com a luz fraca emitida pelo raio laser, combinada com
as limitações da câmera do celular ao operar em ambientes com pouca luminosidade. Vale
ressaltar que, apesar desses desafios, os erros permaneceram relativamente baixos,
considerando a dificuldade enfrentada durante o experimento.
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V – REFERÊNCIAS
HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. “Fundamentos de Física”. Vols. 3 e 4. 10ª
ed., Editora Livros Técnicos e Científicos Ltda. 2016.

HUGH, D.Y.; FREEDMAN, R.A., Física IV – Ótica e Física Moderna, Vol. 4, 14a ed.,
Editora Pearson Universidades, 552p., 2016.

PIONÓRIO, N.; RODRIGUES, J.J.; BERTUOLA, A.C., Correlação da aberração


cromática no context da óptica geométrica, Revista Brasileira Ensino Fís., vol.30, no 3,
São Paulo, Julho/Setembro 2008.

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