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20/04/2023

Aula
Aula 3 2
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AULA 4

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Conteúdo
• MÓDULO 01: - INTRODUÇÃO A TRIBUTAÇÃO E CTN (CONTRIBUENTE E • MÓDULO 12: - INVENTÁRIO DE MERCADORIAS E CUSTO INTEGRADO
OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS)
• MÓDULO 13: - GASTOS DEDUTÍVEIS, COST SHARING/ RATEIO DE
• MÓDULO 02: - IRPJ E CSL (OPERAÇÃO E RETIDO) DESPESAS

• MÓDULO 03: - RELATÓRIOS CONTÁBEIS / BALANÇO / PORTES DE • MÓDULO 14: - AJUSTES A VALOR JUSTO E VALOR A PRESENTE
EMPRESAS
• MÓDULO 15: - DEPRECIAÇÃO, IMPAIRMENT, ARRENDAMENTO:
• MÓDULO 04: - A RELAÇÃO FISCO X CONTABILIDADE: IFRS VERSUS NBC CONTÁBIL X IRPJ

• MÓDULO 05: - LEI N. 11.638/2007, LEI N. 12.973/2014 E IN RFB N. • MÓDULO 16: - JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO E REMUNERAÇÃO
1.700/2017 INDIRETA

• MÓDULO 06: - ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO CONTÁBIL • MÓDULO 17: - DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS / DIVIDENDOS

• MÓDULO 07: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO REAL TRIMESTRAL • MÓDULO 18: - TRIBUTOS SOBRE O LUCRO / DIFERENÇAS
TEMPORÁRIAS ENTRE A BASE FISCAL E BASE CONTÁBIL- IR
• MÓDULO 08: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO REAL ANUAL E DIFERIDO
ESTIMATIVA
• MÓDULO 19: - BASES DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: TRIBUTOS
• MÓDULO 09: - LALUR – ADICÕES E EXCLUSÕES DIRETOS

• MÓDULO 10: - COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS • MÓDULO 20: - IMPORTÂNCIA DO COMPLIANCE / CRUZAMENTOS
FISCAIS E SPED
• MÓDULO 11: - APURAÇÃO E CÁLCULO DO LUCRO PRESUMIDO E
3 ARBITRADO

• Lei nº 6.404/1976

• Reservas de Lucros
• Qual é o limite da constituição de reservas e retenção de lucros nas Sociedades Anônimas?
• A destinação dos lucros para constituição das reservas estatutárias e a retenção de lucros prevista em
orçamento de capital não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do
dividendo obrigatório.
• ( arts. 194 , 196 , 198 e 202 )

• Reserva Legal
• Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra
destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
• § 1º. A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva,
acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.
• § 2º. A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada
para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
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• DIVIDENDOS

• Origem

• Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros
acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de
que trata o § 5º do artigo 17.

• § 1º. A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica responsabilidade
solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem
prejuízo da ação penal que no caso couber.

• § 2º. Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido.
Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em
desacordo com os resultados deste.
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• Dividendo Obrigatório
• Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a
parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de
acordo com as seguintes normas:

• I - metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores:

• a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e

• b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma
reserva formada em exercícios anteriores;

• II - o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do
lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva
de lucros a realizar (art. 197);
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• III - os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por
prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização.
(Redação dada ao caput pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001, DOU 01.11.2001 , com efeitos a partir de 120 dias de
sua publicação).

• § 1º. O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros
critérios para determiná-lo, desde que sejam regulados com precisão e minúcia e não sujeitem os acionistas
minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria.

• § 2º Quando o estatuto for omisso e a assembléia-geral deliberar alterá-lo para introduzir norma sobre a
matéria, o dividendo obrigatório não poderá ser inferior a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido
ajustado nos termos do inciso I deste artigo. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001, DOU
01.11.2001 , com efeitos a partir de 120 dias de sua publicação)

• § 3º A assembléia-geral pode, desde que não haja oposição de qualquer acionista presente, deliberar a
distribuição de dividendo inferior ao obrigatório, nos termos deste artigo, ou a retenção de todo o lucro líquido,
nas seguintes sociedades:

• I - companhias abertas exclusivamente para a captação de recursos por debêntures não conversíveis
em ações;

• II - companhias fechadas, exceto nas controladas por companhias abertas que não se enquadrem na
condição prevista no inciso I. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001, DOU
01.11.2001 , com efeitos a partir de 120 dias de sua publicação).

• Dividendos de Ações Preferenciais


• Art. 203. O disposto nos artigos 194 a 197, e 202, não prejudicará o direito dos acionistas preferenciais
de receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade, inclusive os atrasados, se
cumulativos.

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• Dividendos Intermediários
• Art. 204. A companhia que, por força de lei ou de disposição estatutária, levantar balanço semestral,
poderá declarar, por deliberação dos órgãos de administração se autorizados pelo estatuto, dividendo
à conta do lucro apurado nesse balanço.

• § 1º. A companhia poderá, nos termos de disposição estatutária, levantar balanço e distribuir
dividendos em períodos menores, desde que o total dos dividendos pagos em cada semestre do
exercício social não exceda o montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182.

• § 2º. O estatuto poderá autorizar os órgãos de administração a declarar dividendos intermediários, à


conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral.

• Pagamento de Dividendos
• Art. 205. A companhia pagará o dividendo de ações nominativas à pessoa que na data do ato de
declaração do dividendo, estiver inscrita como proprietária ou usufrutuária da ação.

• § 1º. Os dividendos poderão ser pagos por cheque nominativo remetido por via postal para o
endereço comunicado pelo acionista à companhia, ou mediante crédito em conta corrente
bancária aberta em nome do acionista.

• § 2º. Os dividendos das ações em custódia bancária ou em depósito nos termos dos artigos 41 e
43 serão pagos pela companhia à instituição financeira depositária, que será responsável pela sua
entrega aos titulares das ações depositadas.

• § 3º. O dividendo deverá ser pago, salvo deliberação em contrário da assembléia geral, no prazo
de 60 (sessenta) dias da data em que for declarado e, em qualquer caso, dentro do exercício
social.
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Lucro Arbitrado

• O arbitramento do lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do


Imposto de Renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo próprio
contribuinte, se conhecida a receita bruta, quando este deixa de cumprir
obrigações acessórias relativas à apuração do lucro real ou presumido.

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• DAS HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

• Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do
lucro arbitrado, quando:

• I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis
comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;

• II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios,
erros ou deficiências que a tornem imprestável para:
• a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou b) determinar o lucro real;

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• III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e
fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 225;

• IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido;

• V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 201;

• VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou
fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

• VII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as informações necessárias para
gerar o FCONT por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o FCONT de que trata a
Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, no caso de pessoas jurídicas sujeitas ao RTT e
tributadas com base no lucro real; ou

• VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF.

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A distribuição de lucros pode ser contabilizada da


seguinte forma:
• D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (PL)
• C - Lucros a Pagar (PC)

• D - Lucros a Pagar (PC)


• C - Caixa/Bancos (AC)

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Como deve ser contabilizada a distribuição de lucros apurados por Sociedade em
Conta de Participação?

• No sócio ostensivo:
• D - Lucros SCP (Patrimônio Líquido)
• C - Caixa ou Bancos SCP (Ativo Circulante)

• Nos sócios ocultos:


• D- Caixa / Bancos (Ativo Circulante)
• C- Lucros Recebidos (Conta de Resultado)
• ou
• C - Investimentos (Ativo Não Circulante) quando sujeito a equivalência patrimonial.

• (NBC TG 18 R3 - Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento


Controlado em Conjunto, item 10)
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PRO LABORE E LUCRO DISTRIBUÍDO


• Qual é a diferença entre pro labore e lucro distribuído? Como são
tributados?

• O pro labore refere-se à remuneração paga aos sócios pela prestação


de serviços à empresa e sujeita-se à incidência do imposto sobre a
renda na fonte e na Declaração de Ajuste Anual.

• O lucro distribuído refere-se à remuneração do capital integralizado


pelo sócio. Quanto à forma de tributação, depende da legislação
vigente no período de formação do lucro que está sendo distribuído.
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Tributação do IRPF
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1500, DE 29 DE OUTUBRO DE 2014

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• Dos Rendimentos de Participações Societárias

• Art. 8º São isentos ou não se sujeitam ao imposto sobre a renda, os seguintes rendimentos de
participações societárias:

• I - lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados em 1993 e os apurados a partir do
mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real,
presumido ou arbitrado;

• II - valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de


pequeno porte optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), salvo os que
corresponderem a pró-labore, aluguéis ou serviços prestados;

• III - valores decorrentes de aumento de capital mediante a incorporação de reservas ou lucros apurados
a partir de 1º de janeiro de 1996, por pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou
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• § 1º A isenção de que trata o inciso I do caput não abrange os valores pagos a outro título, tais como
pró-labore, aluguéis e serviços prestados, bem como os lucros e dividendos distribuídos que não
tenham sido apurados em balanço.

• § 2º A isenção prevista no inciso I do caput abrange inclusive os lucros e dividendos correspondentes


a resultados apurados a partir de 1º de janeiro de 1996, atribuídos a sócios ou acionistas não
residentes no Brasil.

• § 3º A isenção de que trata o inciso II do caput fica limitada ao valor resultante da aplicação dos
percentuais de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta
mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração
de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no período, relativo ao Imposto
sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ).

• § 4º O disposto no § 3º não se aplica na hipótese de a pessoa jurídica manter escrituração contábil e


evidenciar lucro superior ao limite previsto no referido parágrafo.
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Da Participação nos Lucros ou Resultados das Empresas

• Art. 17. São tributadas exclusivamente na fonte as importâncias recebidas pelos trabalhadores a título de
Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) das empresas.

• § 1º A participação de que trata o caput será tributada pelo imposto sobre a renda exclusivamente na
fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos, no ano do recebimento ou crédito, com base na
tabela progressiva anual constante do Anexo III a esta Instrução Normativa e não integrará a base de
cálculo do imposto devido pelo beneficiário na DAA.

• § 2º Para efeitos da apuração do imposto sobre a renda, a participação dos trabalhadores nos lucros ou
resultados da empresa será integralmente tributada, com base na tabela progressiva de que trata o § 1º.

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Da Participação nos Lucros ou Resultados das Empresas

• § 3º Na hipótese de pagamento de mais de uma parcela referente a um mesmo ano calendário, o


imposto deve ser recalculado, com base no total da participação nos lucros recebida no ano-calendário,
mediante a utilização da tabela de que trata o § 1º, deduzindo-se do imposto assim apurado o valor
retido anteriormente.

• § 4º Os rendimentos pagos acumuladamente a título de participação dos trabalhadores nos lucros ou


resultados da empresa serão tributados exclusivamente na fonte, em separado dos demais rendimentos
recebidos, sujeitando-se, também de forma acumulada, ao imposto sobre a renda com base na tabela
progressiva de que trata o § 1º.

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• Da Tributação por Antecipação

• Art. 22. Estão sujeitos à incidência do IRRF, calculado mediante a utilização das tabelas progressivas
constantes do Anexo II a esta Instrução Normativa, observado o disposto no art. 65, a título de
antecipação do devido na DAA, os rendimentos do trabalho assalariado pagos por pessoa física ou
jurídica e os demais rendimentos pagos por pessoa jurídica a pessoa física, tais como:

• XVII - lucros efetivamente pagos a sócios, acionistas ou titular de empresa individual, tributados pelo
regime do lucro presumido, e escriturados no livro Caixa ou nos livros de escrituração contábil, que
ultrapassarem o valor do lucro presumido deduzido dos impostos e contribuições correspondentes
ou o valor do lucro contábil e dos lucros acumulados ou reservas de lucros de períodos-base
anteriores; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1869, de 25 de janeiro de 2019) XVIII -
os juros pagos pelas cooperativas a seus associados como remuneração do capital social.
• (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1869, de 25 de janeiro de 2019)

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• DO RECOLHIMENTO MENSAL OBRIGATÓRIO (“CARNÊ-LEÃO”)
(REDAÇÃO DADA PELO(A) INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1756, DE
31 DE OUTUBRO DE 2017)

• Art. 53. Está sujeita ao pagamento mensal do imposto a pessoa física residente
no País que recebe:

• II - rendimentos ou quaisquer outros valores de fontes do exterior, tais como


trabalho assalariado ou não assalariado, uso, exploração ou ocupação de bens
móveis ou imóveis, transferidos ou não para o Brasil, lucros e dividendos;

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Como contabilizar a distribuição de lucros não sujeita à incidência do IRRF?


• De acordo com a legislação do Imposto de Renda (Lei nº 9.249/1995 , art. 10 ), os lucros apurados a contar
de 1º.01.1996, pagos ou creditados por pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (assim como
pelas empresas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado), não estão sujeitos à incidência do
Imposto de Renda na Fonte e nem integram a base de cálculo do Imposto de Renda do beneficiário, pessoa
física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior.

• Dessa forma, quanto à contabilização da distribuição de lucros, temos, a título de exemplo, que uma
sociedade limitada distribuísse a seus sócios R$ 120.000,00, relativos ao lucro apurado no balanço de
31.12.20X1.

• Assim, considerando-se a não incidência do Imposto de Renda na Fonte, tal operação poderia ser assim
contabilizada:
• D - Lucros Acumulados (PL)
• C - Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante)
• (Resolução CFC nº 1.398/2012 , item 10)
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Distribuição de lucro por pessoa jurídica
tributada pelo lucro presumido
• No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido, podem ser distribuídos, a título de
lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF):

• a) o valor da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), diminuída de todos os
impostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica (IRPJ, CSL, Cofins e PIS-Pasep); e

• b) a parcela dos lucros ou dividendos excedente ao valor determinado na letra "a", desde que a
empresa demonstre, por meio de escrituração contábil elaborada com observância da lei comercial,
que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo o cálculo supramencionado).

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Distribuição de lucro por pessoa jurídica


tributada pelo lucro presumido
• Entretanto, qualquer distribuição de valor a título de lucros, superior àquele apurado
contabilmente, deverá ser imputada à conta de lucros acumulados ou de reservas de lucros de
exercícios anteriores, ficando sujeita à incidência do Imposto de Renda calculado segundo o
disposto na legislação específica, com acréscimos legais.

• Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, a parcela excedente


será submetida à tributação, que, no caso de beneficiário pessoa física, dar-se-á com base na
tabela progressiva mensal.

• (Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 238 ; Instrução Normativa SRF nº 11/1996 , art. 51 ;
Perguntas e Respostas IRPJ 2020, Capítulo XIII, Questão nº 29)

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• EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL - SÓCIO OU TITULAR


Como são tributados os rendimentos de sócios ou titular de empresa
optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte - Simples Nacional?

• São considerados isentos do imposto sobre a renda, na fonte e na declaração de ajuste do beneficiário,
os valores efetivamente pagos ou distribuídos ao titular ou sócio da microempresa ou empresa de
pequeno porte optante pelo Simples Nacional, salvo os que corresponderem a pro labore, aluguéis ou
serviços prestados.

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• EMPRESA OPTANTE PELO SIMPLES NACIONAL - SÓCIO OU TITULAR


Como são tributados os rendimentos de sócios ou titular de empresa
optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos
Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte - Simples Nacional?

• A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção, de que trata
o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, do Imposto sobre a Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ) sobre a receita bruta mensal, no caso de antecipação de fonte, ou da receita bruta
total anual, tratando-se de declaração de ajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples
Nacional no período, relativo ao IRPJ.

• O limite não se aplica na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte manter


escrituração contábil e evidenciar lucro superior àquele limite.

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Exemplo:
• A empresa Sapataria Santiago Ltda, exerce a atividade de comércio de calçados e possui como
sócios Silas Santiago e Sônia Santiago (cada um possui 50% das cotas).

• Esteve em todo o ano-calendário de 2021 submetida ao regime do Simples Nacional na


condição de microempresa. Enquanto empresa comercial, fica sujeita ao Anexo I da Resolução
CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018, abrangendo os seguintes tributos: IRPJ, CSLL Cofins,
PIS/Pasep, CPP e ICMS.
• A microempresa obteve receita bruta anual de R$ 80.000,00. Ficou sujeita, portanto, à alíquota
de 4%.

• Sendo que desses 4%, conforme Anexo I da Resolução citada anteriormente, 5,5%
correspondem ao IRPJ.

• Considere que teve R$ 20.000,00 de despesas, aí incluído o valor anual do pro labore no valor
de R$ 12.000,00 para Sônia (Silas não retirou pro labore).
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• Seu lucro, portanto, foi de R$ 60.000,00. Considerando que não possui escrituração
contábil, será necessário calcular qual o seu lucro que pode ser distribuído de forma
isenta do imposto sobre a renda:

• Lucro passível de distribuição isenta = [(Receita Bruta Anual da atividade x


Percentual de presunção do Lucro Presumido) – (IRPJ no Simples Nacional) = [(R$
80.000,00 x 8%) – (4% x 5,5% x R$ 80.000,00)] = [R$ 6.400,00 – R$ 176,00] = R$
6.224,00.

• Assim sendo, caso Sônia apresente Declaração de Ajuste Anual (só por esses
rendimentos não está obrigada), deverá informar o valor de R$ 6.224,00 x 50% (das
cotas) = R$ 3.112,00 no campo “Tipo de Rendimento” da Ficha “Rendimentos
Isentos e Não Tributáveis”, no código “09 – Lucros e dividendos recebidos”. Silas
deve proceder da mesma maneira.
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• Os valores distribuídos relativos à parcela não isenta são tributáveis, devendo ser
informado na Ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular” (50%
para cada um dos sócios).

• Em relação aos pro labores de Sônia cuja soma no ano totalizou o valor de R$
12.000,00, também deve ser informado na Ficha “Rendimentos Tributáveis
Recebidos de PJ pelo Titular”.

• (Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 14, caput e §§ 1º e 2º; e


Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018, art. 145, caput e §§ 1º e 2º)

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• MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) — Como são tributados os


rendimentos de titular de empresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, na
condição de Microempreendedor Individual (MEI)?

• Considera-se isento do imposto sobre a renda, na fonte e na Declaração de Ajuste Anual do


beneficiário, o lucro do titular de empresa optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação
de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples
Nacional), na condição de Microempreendedor Individual (MEI).

• A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação, sobre a receita bruta mensal, no caso de
antecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de Declaração de Ajuste Anual,
dos percentuais de apuração do Lucro Presumido, mencionados no artigo 15, da Lei nº 9.249, de 26
de dezembro de 1995.
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• MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) — Como são tributados os


rendimentos de titular de empresa optante pelo Regime Especial
Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional, na
condição de Microempreendedor Individual (MEI)?

• O limite acima não se aplica na hipótese de o microempreendedor individual manter escrituração


contábil que evidencie lucro superior àquele limite.

• Não são considerados isentos os valores pagos ao MEI correspondentes a pro labore, aluguéis ou
serviços prestados.

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• Exemplo:

• O contribuinte João Pedro esteve em todo o ano-calendário de 2021 submetido


ao regime do Simples Nacional na condição de MEI.

• Exerceu atividade comercial, ficando, portanto, sujeito somente ao


recolhimento mensal de ICMS e de contribuição para a Seguridade Social
relativa à pessoa do empresário, na qualidade de contribuinte individual.

• Suponha que tenha obtido R$ 80.000,00 de receita de suas atividades.

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• Exemplo:

• Considere que teve R$ 20.000,00 de despesas, aí incluído o valor anual de seus pro
labores no valor de R$ 12.000,00.

• Seu lucro, portanto, foi de R$ 60.000,00. Considerando que não possui escrituração
contábil, será necessário calcular qual o seu lucro que pode ser distribuído de forma
isenta do imposto sobre a renda:

• Lucro passível de distribuição isenta = Receita Bruta Anual da atividade x Percentual


de presunção do Lucro Presumido (Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, art. 15,
caput) = R$ 80.000,00 x 8% = R$ 6.400,00.

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• Assim sendo, caso apresente Declaração de Ajuste Anual (só por esses rendimentos
não está obrigado), deverá informar o valor de R$ 6.400,00 no campo “Tipo de
Rendimento” da Ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, no código “09 –
Lucros e dividendos recebidos”.

• Os valores distribuídos relativos à parcela não isenta são tributáveis, devendo ser
informado na Ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelo Titular”.

• Em relação ao pro labore cuja soma no ano totalizou o valor de R$ 12.000,00,


também deve ser informado na Ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ
pelo Titular”.

• (Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, art. 14, caput e §§ 1º e 2º;


e Resolução CGSN nº 140, de 22 de maio de 2018, art. 145, caput e §§ 1º e 2º)
37

37

Lucros distribuídos por conta de


período-base não encerrado
• O lucro é um instituto societário, apurado de acordo com a Lei nº 6.404/1976 , o qual também,
para fins fiscais, a legislação do imposto de renda em seu art. 258 do Decreto nº 9.580/2018
utiliza como ponto de partida o lucro líquido do período de apuração.

• Dessa forma a origem das informações é a mesma, com a utilização da técnica contábil para
apuração.

• As regras para distribuição de lucros sofreram diversas alterações ao longo dos anos.

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Lucros distribuídos por conta de


período-base não encerrado
• Houve épocas em que esses valores eram tributados pelo Imposto de Renda e outras em que não o
eram.

• A última alteração significativa foi promovida pelo art. 10 da Lei nº 9.249/1995 (incorporado ao art.
725 do RIR/2018 ), que, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.01.1996,
desonerou os lucros ou dividendos distribuídos da incidência do Imposto de Renda.

39

39

O QUE ESTABELECE A LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

• Os lucros ou dividendos pagos ou creditados ao sócio, ou acionista, ou ao titular da


pessoa jurídica por conta de resultado de período-base não encerrado, apurado em
balanço intermediário, são isentos do Imposto de Renda.

• Contudo, a parcela paga ou creditada a esse título que exceder o valor do lucro
apurado ao final do período-base deverá ser imputada aos lucros acumulados ou às
reservas de lucros de exercícios anteriores.

• Consequentemente, a referida parcela estará sujeita à incidência do Imposto de


Renda calculado de acordo com a legislação específica, relativa ao período de
formação dos lucros, com acréscimos legais - isso porque o fato gerador do imposto
40 terá ocorrido no dia em que os lucros ou dividendos tiverem sido distribuídos.

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Observação
• Cabe lembrar que a conta Lucros Acumulados tem natureza meramente transitória. Isso significa
dizer que ela deverá ser utilizada para a transferência do lucro apurado no período, na
contrapartida das reversões das reservas de lucros e também para as destinações do lucro.

• Desse modo, em princípio, a sua utilização para recepcionar a parcela paga ou creditada que
exceder o valor do lucro apurado ao final do período-base não mais se aplicará.

• Contudo, a obrigação de essa conta não conter saldo positivo aplica-se unicamente às sociedades
por ações, e não às demais, e aos balanços do exercício social terminado a partir de 31.12.2008
(Comunicado Técnico CTG 02, item 115, aprovado pela Resolução CFC nº 1.157/2009 ).

• (Instrução Normativa SRF nº 11/1996 , art. 51 ; Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 238
, caput e § 3º)

41

41

Consequências da distribuição de lucros em montante


superior efetivamente apurado
• Não há vedação à retirada de lucros por conta de exercício não encerrado.

• Naturalmente, para que não haja tributação, é fundamental que, no encerramento do período-base, o
lucro apurado seja suficiente para absorver a retirada ou que haja lucros acumulados ou reservas de
lucros para tanto.

• Ausentes essas premissas, a parcela dos rendimentos pagos ou creditados a sócio ou acionista ou ao
titular da pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, a título de lucros ou dividendos distribuídos, ainda que por conta de período-base não
encerrado, que exceder ao valor apurado com base na escrituração, será imputada aos lucros
acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores, ficando sujeita à incidência do Imposto de
Renda calculado segundo o disposto na legislação específica, com acréscimos legais.
42

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Consequências da distribuição de lucros em montante


superior efetivamente apurado
• Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, a parcela excedente estará
sujeita à incidência do Imposto de Renda exclusivamente na fonte, à alíquota de 35%, cabendo o
reajustamento da base.

• Nesse caso, o lucro distribuído será considerado líquido, cabendo o reajustamento do respectivo
rendimento bruto sobre o qual recairá o imposto.

• Do mesmo modo, a empresa que fez a distribuição dos lucros não poderá considerar essa despesa como
dedutível para fins de apuração do lucro real, porquanto se configura como mera liberalidade e não
atende ao conceito de despesas necessárias previsto no art. 47 da Lei nº 4.506/1964 (incorporado ao
art. 311 do RIR/2018 ).

43• (Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 238 , §§ 3º, 4º e 10)

43

Distribuição antecipada de lucros por pessoa jurídica


tributada com base no lucro presumido ou arbitrado
• No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumido ou arbitrado, podem ser
distribuídos a título de lucros, sem incidência do IRRF, ao titular, sócio ou acionista da pessoa
jurídica:

• a) o valor da base de cálculo do imposto, diminuído do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ),
inclusive adicional, quando devido, à Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), à Cofins e à
contribuição para o PIS-Pasep?

• b) a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado com base na letra "a", desde
que a empresa demonstre, por meio de escrituração contábil feita com observância da lei comercial,
que o lucro efetivo é maior que o determinado segundo as normas para apuração da base de cálculo
do imposto pela qual houver optado.
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Distribuição antecipada de lucros por pessoa jurídica tributada com base no lucro
presumido ou arbitrado

• No regime tributário do lucro presumido, o Imposto de Renda é apurado em períodos de apuração


trimestrais, encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 dezembro.

• Logo, para fins da distribuição dos lucros aos sócios, é necessário aguardar o encerramento do
trimestre e apurar o resultado a ser distribuído mediante o cálculo mencionado na letra "a" supra ou
então, mediante a elaboração de balanço.

• Contudo, caso a pessoa jurídica queira distribuir lucros aos sócios antes do encerramento do
trimestre, será necessário elaborar um balanço intermediário e distribuir o lucro efetivamente
apurado, abandonando-se o critério referido na letra "a" supra.

• (Lei nº 9.430/1996 , art. 1º ; Lei nº 9.249/1995 , art. 10 ; RIR/2018 , art. 725 ; Instrução Normativa RFB
nº 1.700/2017 , art. 238 , § 2º; Ato Declaratório Normativo Cosit nº 4/1996 )
45

45

Tratamento fiscal aplicável aos lucros ou dividendos distribuídos por


pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.

• A partir de 1º.01.1996

• Não há tributação na fonte nem na declaração dos beneficiários,


pessoas físicas ou jurídicas.

• Lei nº 9.249/1995 , art. 10 ; RIR/2018 , art. 725 , caput.

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• Tratamento aplicável, para os efeitos da legislação do Imposto de Renda, aos lucros ou
dividendos pagos antecipadamente durante o ano-calendário, que excederem o lucro apurado
por ocasião do encerramento do balanço anual.

• A parcela paga ou creditada a sócio ou acionista ou ao titular da pessoa jurídica, a título de lucros ou
dividendos distribuídos, no decorrer do ano-calendário, que exceder ao valor apurado no balanço patrimonial
levantado em 31 de dezembro, será imputada aos lucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios
anteriores.

• Neste caso, deverá ser observado de que período se trata o lucro no qual se está imputando para a
verificação quanto a incidência ou não de tributação sobre os mesmos, vez que a legislação tributária
isentou os lucros apurados a partir do ano-calendário 1996 e dá tratamento diferente para anos anteriores.

• Na falta de lucros acumulados ou reservas de lucros em montante suficiente, a parcela excedente será
submetida à tributação com base na tabela progressiva, com os devidos acréscimos legais.

• (Instrução Normativa RFB nº 1.700/2017 , art. 238 , § 3º e 4º)


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48

• Em caso distribuição antecipada de lucros e posterior apuração de prejuízo os sócios são


obrigados a devolver os lucros recebidos antecipadamente?

• Sim. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título,
ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo
do capital.

• Dessa forma, mesmo que previsto no contrato social a distribuição antecipada de lucros, caso
ocorra a não concretização integral do lucro antecipadamente distribuído, este deverá ser
devolvido à sociedade, sob pena de incorrer em responsabilidade solidária dos administradores
que a realizarem e dos sócios que os receberem, conhecendo ou devendo conhecer-lhes a
ilegitimidade da distribuição de lucros, porquanto ilícitos ou fictícios.

• (Lei nº. 10.406/2002, arts. 1.009 e 1.059)

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Contabilidade - Lucros ou dividendos - Antecipação

• A distribuição antecipada de lucros poderá seguir os seguintes lançamentos:

• 1) Pelo pagamento dos lucros:

• D - Lucros Distribuídos Antecipadamente (Redutora do Patrimônio Líquido) C - Bancos c/


Movimento (Ativo Circulante) Ou

• 1) Pelo valor da antecipação:

• D - Distribuição Antecipada de Lucros (Redutora do Patrimônio Líquido)


• C - Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
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Contabilidade - Lucros ou dividendos - Antecipação


• 1.1) Pelo pagamento:
• D- Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
• C- Caixa ou Bancos conta Movimento (Ativo Circulante)

• 2) Pelo encerramento do balanço:


• D - Apuração do Resultado do Exercício (Conta de Resultado)
• C - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)

• 3) Pela compensação do lucro distribuído antecipadamente:


• D - Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)
• C - Lucros Distribuídos Antecipadamente (Redutora do Patrimônio Líquido)
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Exemplo nº 1 - Distribuição antecipada de lucros por empresa tributada com base no lucro real

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Registro contábil da distribuição do lucro apurado em 31.05.2021

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Apuração do resultado definitivo em 31.12.2021 e suas consequências

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• Diante dessas informações, o excesso de R$ 15.000,00 não pode ser considerado lucro. Assim, esse excesso
deveria ser atribuído proporcionalmente a cada um dos sócios como rendimento tributável. Ao sócio "A" seria
atribuído o rendimento de R$ 7.500,00, o qual se sujeitaria à tributação com base na tabela progressiva. Já ao
sócio "B" seria atribuída a quantia de R$ 7.500,00, que não ficaria sujeita à tributação pela tabela progressiva,
porquanto o beneficiário não é pessoa física. Esse rendimento seria classificado na contabilidade do
beneficiário como outras receitas, ficando sujeito à tributação pelo Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).

• É importante ressaltar que, para a fonte pagadora, o excesso não pago a título de lucros deve ser adicionado
no Lalur para fins de apuração do lucro real, porquanto se trata de mera liberalidade.

• No tocante à parcela do lucro distribuído antecipadamente e atribuído aos lucros acumulados e à reserva de
lucros, teríamos que:

• a) a parcela de R$ 5.000,00, atribuída aos lucros acumulados apurados no período de 1º.01.1994 a


31.12.1995, seria tributada à alíquota de 15%;

• b) a parcela de R$ 80.000,00, atribuída às reservas de lucros constituídas com lucros apurados desde
1º.01.1996, não sofreria tributação.
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20/04/2023

Assunção do ônus do IRRF pela fonte pagadora

• Como vimos anteriormente, o rendimento pago a maior, a título de lucros, distribuído


antecipadamente retroage à época da distribuição e, portanto, ficará sujeito a juros e multa a partir da
data do vencimento do tributo, que se dá até o último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente
àquele de ocorrência dos fatos geradores (Lei nº 11.196/2005 , art. 70 , I, "e").

• É importante lembrar, no entanto, que a responsabilidade pela retenção cabe à fonte pagadora. Como
a retenção não foi efetuada na época apropriada, presume-se mera inadimplência da fonte pagadora.
A esse respeito, aDecisão nº 145/2000 da 7ª Região Fiscal (Espírito Santo e Rio de Janeiro) assim
estabelece:

• Casos em que se aplica o reajustamento - O reajustamento da base de cálculo do imposto de renda


devido na fonte, na hipótese de esta ter assumido o ônus da exação, aplica-se tanto aos casos em que
a assunção tenha sido contratualmente ajustada como também às situações de mera inadimplência da
fonte, sendo desta exigível o tributo com a base reajustada, considerando-se o valor recebido pela
pessoa beneficiária como já líquido do imposto.
55

55

• Desse modo, em observância ao art. 786 do RIR/2018 , quando a fonte pagadora assumir o ônus do
imposto devido pelo beneficiário, a importância paga, creditada, empregada, remetida ou entregue
será considerada líquida, cabendo o reajustamento do respectivo rendimento bruto, sobre o qual
recairá o imposto.

• Portanto, em relação à parcela excedente dos lucros atribuída aos lucros acumulados, referente ao
período de 1º.01.1994 a 31.12.1995, deverá ser aplicada a seguinte fórmula para o cálculo do
rendimento reajustado e, em seguida, o cálculo do IRRF:

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Registros contábeis em 31.12.2021 (na apuração efetiva dos lucros)

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Contabilidade - Lucros ou dividendos -
Antecipação

• No encerramento do exercício social, a conta "Lucros ou Prejuízos


Acumulados" não deve apresentar saldo positivo. Eventual saldo positivo
remanescente nesta conta deve ser destinado para "Reserva de Lucros",
nos termos da Lei nº 6.404/1976 , arts. 194 a 197, ou distribuído como
dividendo (Instrução CVM nº 469/2008 , art. 5º )

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Lucros - Distribuição aos sócios

• O lucro distribuído ao segurado empresário não é considerado


remuneração para fins previdenciários.

• Assim, as importâncias distribuídas aos sócios a título de lucro não


integram a base de cálculo para a contribuição previdenciária
patronal, geralmente de 20%, desde que a distribuição de lucros
seja efetivamente comprovada como tal pelos elementos
contábeis da empresa.

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Lucros - Proibição de distribuição - Hipóteses
• A empresa em débito com a Previdência Social não pode:

• a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas;


• b) dar ou atribuir participação nos lucros a seus sócios ou quotistas, diretores ou demais membros
de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos.

• A inobservância ao disposto neste subtópico importa em multa que será imposta:

• a) às pessoas jurídicas que distribuírem ou pagarem bonificações ou remunerações - em montante


igual a 50% das quantias distribuídas ou pagas indevidamente; e
• b) aos diretores e demais membros da administração superior que receberem as importâncias
indevidas - em montante igual a 50% dessas importâncias. Referidas multas ficam limitadas a 50%
do valor total do débito não garantido da pessoa jurídica.
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Lucros - Proibição de distribuição - Hipóteses


• O empregador em mora para com o FGTS não poderá, sem prejuízo de outras disposições legais:

• a) pagar honorário, gratificação, pro labore, ou qualquer tipo de retribuição ou retirada a seus
diretores, sócios, gerentes ou titulares de firma individual; e
• b) distribuir quaisquer lucros, bonificações, dividendos ou interesses a seus sócios, titulares,
acionistas, ou membros de órgãos dirigentes, fiscais ou consultivos.

• A infração a esse dispositivo sujeitará os diretores, sócios, gerentes, membros de órgãos fiscais ou
consultivos, titulares de firma individual ou quaisquer outros dirigentes de empresa à detenção de 1
mês a 1 ano.

• (Lei nº 8.212/1991 , art. 52 , c/c a Lei nº 4.357/1964 , art. 32 ; RFGTS , aprovado pelo Decreto nº
99.684/1990 , arts. 50 e 52
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Lucros e dividendos recebidos de investimentos
avaliados pela equivalência patrimonial

• Aspectos contábeis relacionados ao recebimento de lucros ou dividendos


provenientes de participações societárias avaliadas pelo Método de Equivalência
Patrimonial (MEP), fato que pode gerar dúvidas quanto ao procedimento mais
adequado para sua contabilização, no que se refere a considerar os valores recebidos
como redução do investimento ou como receita.

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INVESTIDOR-ANJO
A Lei Complementar nº 155/2016 , entre outras providências, alterou a Lei Complementar nº
123/2006 , que dispõe sobre o Simples Nacional, para reorganizar e simplificar a metodologia
de apuração dos impostos e contribuições devidos pelas pessoas jurídicas optantes por esse
regime.

Além disso, foi instituída a figura do investidor-anjo, que passou a receber maior segurança
jurídica ao investir em startups, possibilitando a essas empresas, geralmente embrionárias,
substancial aumento do seu capital para viabilizar a criação de novos modelos de negócio.

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• Contrato
• Com relação ao aporte de capital do investidor-anjo, deve-se observar o seguinte: a) não integrará o capital
social da empresa; b) a atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente por sócios regulares, em
seu nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade.
• O aporte de capital efetuado por investidor-anjo não lhe assegura quaisquer prerrogativas típicas de sócio,
somente as remunerações decorrentes do aporte ao final de cada período e a possibilidade de ganho na
alienação dos direitos, na forma definida no contrato de participação.

• As finalidades de fomento à inovação e a investimentos produtivos deverão constar do contrato de participação,


com vigência não superior a 7 anos. O investidor-anjo somente poderá exercer o direito de resgate depois de
decorridos, no mínimo, 2 anos do aporte de capital, ou prazo superior estabelecido no contrato de participação

• O investidor-anjo (responsabilidade): a) não será considerado sócio nem terá qualquer direito à gerência ou
voto na administração da empresa; b) não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em
recuperação judicial, não se aplicando a ele a desconsideração da personalidade jurídica, de que trata o art. 50
da Lei nº 10.406/2002
(Código Civil ).

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20/04/2023

Remuneração pelo aporte, ganho de capital e resgate


• O investidor-anjo fará jus (Remuneração):

• a) ao final de cada período, à remuneração correspondente aos resultados distribuídos, conforme


contrato de participação, não superior a 50% dos lucros da sociedade enquadrada como ME ou
EPP. A remuneração por seus aportes, nos termos do contrato de participação, será pelo prazo
máximo de 5 anos;
• b) ao ganho na alienação dos direitos do contrato de participação;
• c) aos haveres decorrentes do resgate do aporte, que serão pagos pelo montante efetivamente
realizado, liquidando-se, salvo disposição contratual em contrário, com base na situação
patrimonial da sociedade, à data da resolução, verificada em balanço especialmente levantado, na
forma do art. 1.031 da Lei nº 10.406/2002 ( Código Civil ), não podendo ultrapassar o valor
investido devidamente corrigido.

• (Lei Complementar nº 123/2006 , art. 61-A, §§ 4º, III, 6º e 7º; Lei Complementar nº 155/2016 ;
71 Instrução Normativa RFB nº 1.719/2017 , art. 6º )
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TRIBUTAÇÃO
• Os rendimentos decorrentes dos contratos de participação com aportes de capital, pelos denominados investidores-anjo, para
incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos em sociedade enquadrada como ME ou EPP, serão tributados
pelo Imposto de Renda de acordo com sua natureza, conforme segue:

• a) remuneração pelo aporte: ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos resultados
distribuídos, conforme definido no contrato de participação, não superior a 50% dos lucros da sociedade que receber o aporte
de capital. Os rendimentos decorrentes de aportes de capital sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF), por ocasião de seu pagamento, calculado o prazo a partir da data do aporte - Veja a Nota a seguir;

• b) ganho de capital: o investidor-anjo poderá alienar a titularidade dos direitos do contrato de participação para sócios da
sociedade que receber o aporte de capital ou para terceiros alheios à sociedade, com consentimento daqueles, salvo
estipulação em contrário expressa no contrato de participação;

• c) resgate: o investidor-anjo poderá exercer o direito de resgate do valor do aporte depois de decorridos, no mínimo, 2 anos do
aporte de capital ou em prazo superior estabelecido no contrato de participação, e seus haveres serão pagos na forma do art.
1.031 da Lei nº 10.406/2002 ( Código Civil ), cujo valor será limitado ao valor do aporte corrigido por índice de inflação definido
no contrato de investimento.
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