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Resumo: Este ensaio se propõe a refletir sobre a presença das linguagens artísticas
artes visuais, dança, música e teatro do Componente Curricular Arte no contexto do
Regime Especial de Atividades Não-Presenciais (REANP) da Secretaria de Estado da
Educação de Minas Gerais (SEE-MG), implementado devido à Pandemia do COVID-
19. Analisado sob a perspectiva da atuação artístico-docente, pretende-se
dimensionar a presença e as abordagens das linguagens artísticas em 2020 no
desenvolvimento de habilidades do componente curricular por meio da análise do
documento Planos de Estudos Tutorado (PET) do REANP SEE-MG. Lançando mão de
metodologias quali-quantitativas vale-se da Análise de Conteúdo Temático Categorial
(BANDIN, 2011) para examinar de quais maneiras as linguagens artísticas têm tido
condições de figurar no ensino de Arte para além da primazia histórica das artes
visuais.
Palavras-chave: Arte; Ensino Remoto; Linguagens Artísticas; Ensino-aprendizagem.
Abstract: This essay aims to reflect on the presence of artistic languages: visual arts,
dance, music and theater in Art as a Curriculum Component in the context of REANP
(Special Regime of Remote Activities) in Minas Gerais State Department of Education
(SEE-MG) implemented due to the COVID-19 pandemic. From the perspective of
artistic-teaching performance, it is intended to scale the presence and approaches of
artistic languages in 2020 in the development of skills in the curricular component
through the analysis of SEE-MG REANP document PET (Tutored Study Plans).
Through quali-quantitative methodologies, Categorical Thematic Content Analysis
(BANDIN, 2011) is used to examine in which ways artistic languages are present in art
education beyond the historical primacy of the visual arts.
Keywords: Art; Remote Teaching; Artistic Languages; Teaching-learning.
Introdução
1 O ensino de Arte no Brasil, de forma obrigatória, foi inserido pela LDB Lei de Diretrizes e
como disciplina.
2Inicialmente denominada Proposta Triangular, a denominação foi revista pela autora, Ana
Mae Barbosa, passando a ser denominada, como Abordagem Triangular, por não considerá-la
uma prescrição, mas antes uma disposição livre e investigativa. Cf. BARBOSA, Ana Mae.
BARBOSA. Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos 1980 e novos tempos. 8. ed. São
Paulo: Perspectiva, 2010.
3 A Resolução SEE Nº 4.310/2020 foi revogada em 2021, sendo substituída pela Resolução
SEE Nº4.506/2021, institui o ensino híbrido como modelo educacional para o ciclo dos anos
letivos de 2020-2021.
4 O Currículo Referência de Minas Gerais para o Ensino Médio, elaborado de acordo com a
Base Nacional Comum Curricular, foi aprovado e homologado em abril de 2021, por isso até a
instituição do novo currículo de acordo com a BNCC recorria-se à estrutura curricular do CBC.
5 O documento está hospedado no site https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/ na aba
ga n
avaliativa. Para os fins deste artigo, iremos analisar os sete PETs de conteúdos
regulares do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio, ambos na
modalidade Regular Diurno. As demais modalidades de ensino têm
diversificações e especificações em suas matrizes curriculares e, portanto,
apresentam modulações a respeito da Arte em sua oferta. Apenas no Regular
Diurno este componente curricular está presente em todos os volumes
analisados.
No Ensino Fundamental Anos Finais, segundo o Currículo Referência e
o Plano de Ensino, o Componente Curricular Arte está organizado em
Unidades Temáticas: Artes Visuais, Dança, Música, Teatro e Artes Integradas.
Após apreciar os materiais disponíveis no site Estude em Casa, foi possível,
identificar em cada ano de escolaridade a quantidade de vezes que cada
Unidade Temática foi trabalhada no ano escolar de 2020:
Grafico 1
6º ANO - E. FUNDAMENTAL ANOS
FINAIS
14
2 2 2 4
318
4
1 1 1
GRÁFICO 3
8º ANO - E. FUNDAMENTAL ANOS
FINAIS
10
3 3 6
2
GRÁFICO 4
9º ANO - E. FUNDAMENTAL ANOS
FINAIS
11
5 4
3
1
GRÁFICO 5
1º ANO - ENSINO MÉDIO
17
3 3
0 1
320
4
3 3
2
GRÁFICO 7
3º ANO - ENSINO MÉDIO
10
5 5
4
contexto institucional. Contudo, isso não pode nos acomodar e deixar à mercê
da boa vontade dos governantes, superintendentes de ensino e gestores
escolares, pois há a necessidade/urgência de superação dos paradigmas do
ensino de Arte na escola aqui explanados. Afinal, já é mais que o momento dos
estudantes terem acesso, efetivo, ao que regula a legislação educacional no
Brasil que, muitas vezes, é flexibilizada ou negligenciada, devido diversos tipos
interferências que não somente prejudicam uma perspectiva ampliada de Arte
na escola, mas parecem insistir em retroceder sempre, gerando atraso no
contato com os conhecimentos artísticos produzidos pela humanidade em suas
multiplicidades e diversidades de expressão, criação e fruição.
Considerações Finais
Referências:
Sobre os autores: