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NOME: Maria Edna Santos Martins e Rafaela Rodrigues

TURMA: 3 A

Discutindo a História 2 - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL As razões (ou origens) da Primeira


Guerra Mundial geraram debates entre historiadores. Para a historiografia marxista, bem
representada à época por teóricos como Lênin e Rosa Luxemburgo, a guerra foi provocada
pelos conflitos interimperialistas. O historiador norte-americano Arno J. Mayer, questionando
a abordagem da historiografia marxista, defende a ideia de que a guerra teria sido "uma
derradeira e catastrófica demonstração de força das retaguardas da antimodernidade, antes
de serem afinal desalojadas do teatro europeu." A seguir, são apresentados dois textos que
melhor analisam essas duas tendências.

Texto 1 A Primeira Guerra Mundial na perspectiva da concepção marxista-leninista da


História Para Lênin, a Primeira Guerra Mundial foi, indubitavelmente, uma guerra
imperialista. No prólogo da edição francesa e alemã de sua obra O imperialismo: fase
superior do capitalismo, ele resumiu: "uma guerra de conquistas, uma guerra de latrocínios
e espoliações" e uma "guerra pela divisão do mundo, pela distribuição e redistribuição das
colônias e das áreas de influência do capitalismo financeiro". Lênin descartou com isso a
ideia de que a Primeira Guerra Mundial ocorreu por objetivos nacionais. Para ele, a guerra
foi, desde o princípio, uma contenda entre um punhado de grandes potências que
pretendiam explorar e oprimir outros povos. Entre essas grandes potências incluía somente
a Inglaterra, Alemanha e Rússia. As intenções dos demais Estados beligerantes ficavam
eclipsadas pelas destes três "poderosos bandoleiros". SCHIEDER, W. La Primera Guerra
Mundial. Jn: KERNIG, C. D. (Org.). Enddopedia de conceptos básicos: marxismo y
democracia. Madri: Ediciones Rioduero, 1975. t. 4. p. 4 7.

Texto 2 A Primeira Guerra Mundial e a força da tradição A intenção deste livro é contribuir
para a discussão sobre a causa e a natureza interna do recente "mar de problemas" da
Europa. Ele parte da premissa de que a Guerra Mundial de 1939- 1945 estava
umbilicalmente ligada à Grande Guerra de 1914- 1918. A segunda premissa é a de que a
Grande Guerra de 1914 foi uma consequência da remobilização contemporânea dos
antigos regimes da Europa. Embora perdendo terreno para as forças do capitalismo
industrial, as forças da antiga ordem ainda estavam suficientemente dispostas e poderosas
para resistir e retardar o curso da história, se necessário recorrendo à violência. A Grande
Guerra foi antes a expressão da decadência e queda da antiga ordem, lutando para
prolongar sua vida, do que o explosivo crescimento do capitalismo industrial, resolvido a
impor sua primazia. MAYER, A. J. A/ orça da tradição: a persistência do Antigo Regime,
1848-1914. São Paulo: Companhia das Letras, 1987. p. 13.

1 - A partir da leitura do primeiro texto, explique como as origens da Primeira Guerra


Mundial são explicadas por meio de uma concepção marxista-leninista da História.
Foi uma guerra de conquistas , uma guerra de latrocínios e espoliações e uma guerra pela
divisão do mundo, pela distribuição e redistribuição das colonias e das áreas de influencia
do capitalismo financeiro , ele destaca também que a primeira guerra ocorreu por objetivos
nacionais , que pretendia explorar e oprimir outros povos.
2 - Para Arno Mayer, a Primeira Guerra Mundial não pode ser compreendida como um
conflito burguês-imperialista. Explique essa afirmação.
Para Mayer a Primeira Guerra Mundial não pode ser reduzida a um simples conflito
burguês-imperialista, pois para ele foi um conflito envolvendo uma variedades de fatores
econômicos , políticos, sociais culturais, com outros fatores como : rivalidades nacionais,
alianças políticas e questões territorias, ou seja, um comflito muito complexo.

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