Óia eu aqui de novo Óia eu aqui de novo xaxando Assum preto Óia eu aqui de novo pra xaxar (Baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) Vou mostrar pr’esses cabras Tudo em vorta é só beleza Que eu ainda dou no couro Sol de abril e a mata em frô Isso é um desaforo Mas assum preto, cego dos óio Que eu não posso levar Num vendo a luz, ai, canta de dor Que eu aqui de novo cantando Furaro os óio do assum preto Que eu aqui de novo xaxando Pra ele assim, ai, cantá mió Óia eu aqui de novo mostrando Assum preto veve sorto Como se deve xaxar Mas num pode avuá Vem cá morena linda Mil veiz a sina de uma gaiola Vestida de Chita Desde que o céu, ai, pudesse oiá. Você é a mais bonita Desse lugar As marcas da variedade regional registradas pelos Vai, chama Maria, chama Luzia compositores de Assum preto resultam da aplicação de um Vai, chama Zabé, chama Raquel conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a Diz que eu tou aqui com alegria pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www. resultado de uma mesma regra, a: luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento). a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”. A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”. do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”. singulariza uma forma característica do falar popular d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em regional é: frô.” e) pronúncia das palavras “ignorança e “avuá” a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá morena linda, vestida de Chita”
3-Variante social – (Enem 2013) 4-Variante social – (Fuvest 2012)
“A correção da língua é um artificialismo, continuei Até quando? episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que a Não adianta olhar pro céu gramática só se atreve a meter o bico quando Com muita fé e pouca luta escrevemos. Quando falamos, afasta-se para longe, Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer de orelhas murchas.” E muita greve, você pode, você deve, pode crer LOBATO, Monteiro, Prefácios e entrevistas. Não adianta olhar pro chão a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, Virar a cara pra não ver pode-se concluir corretamente que a língua Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque falada é desprovida de regras? Explique Jesus sucintamente. Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). b) Entre a palavra “ episcopalmente” e as As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem expressões “meter o bico” e “ de orelhas ao texto murchas”, dá- se um contraste de a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da variedades linguísticas. Substitua as internet. expressões coloquiais, que aí aparecem, b) cunho apelativo, pela predominância de imagens por outras equivalentes, que pertençam à metafóricas. variedade padrão. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem. .
3-Variante social – (Enem 2013)
Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto
a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem.