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Psicologia
RESUMO
Este texto apresenta debates no campo da Psicologia comunitária, com recorte para
a Psicologia Favelada, campo recente no desenvolvimento de práticas e estudos te-
óricos. Diante disso, propõe-se realizar uma revisão da literatura sobre a construção
social da realidade nas favelas brasileiras, da mesma forma, discutir a inserção de
políticas públicas e os desafios enfrentados, tanto por profissionais, como por mo-
radores desses locais, e refletir acerca da deselitização da Psicologia. Como proce-
dimento metodológico, os dados foram levantados por meio de artigos indexados
nas bases de dados: SciELO, Pepsic e Google Acadêmico. Por fim, diante do que
foi discorrido e discutido, compreende-se que o desenvolvimento da subjetividade
nas favelas sofre influências diretas das ideias implementadas pelo individualismo,
impulsionado na era capitalista, o que propaga ainda mais as desigualdades e a in-
visibilidade de tais indivíduos.
PALAVRAS-CHAVE
ABSTRACT
This text presents debates in the field of community psychology, with a focus on
Favelada Psychology, a recent field in the development of practices and theoretical
studies. Therefore, it is proposed to carry out a literature review on the social cons-
truction of reality in Brazilian favelas, in the same way, discuss the insertion of public
policies and the challenges faced by both professionals and local residents, and reflect
on the de-lithization of Psychology. As a methodological procedure, the data were
collected through articles indexed in the databases: SciELO, Pepsic and Academic
Google. Finally, given what has been discussed and discussed, it is understood that
the development of subjectivity in the favelas is directly influenced by the ideas im-
plemented by individualism, driven by the capitalist era, which spreads even more as
inequalities and the invisibility of such subjects.
KEYWORDS
1 INTRODUÇÃO
A Psicologia, pouco a pouco, abrange os seus estudos e ocupa lugares nas so-
ciedades contemporâneas, subdividindo-se para chegar aos microespaços e diferen-
tes povos. Com o surgimento da Psicologia Comunitária, subárea da Psicologia Social,
foi possível se levantar demandas e pensar estrategicamente em Políticas Públicas. A
favela, desde a sua criação, perpassa pela ideia de exclusão, não sendo, por muitos
anos, objeto de estudo ou, quando foi, as suas reais demandas não eram levadas em
conta, já que não se ouvia os indivíduos que nela habitavam. Dessa forma, as ideias
aplicadas eram advindas de teorias estrangeiras, que, quando colocadas em prática,
não alcançavam o real objetivo, frustrando-se.
Um país com tanta ênfase na elitização das profissões e na manutenção des-
se pensamento nutre a escassez de estudos sobre a Psicologia Favelada, em que se
torna necessária a reflexão e a ressignificação de tais práticas para além dos muros e
consultórios, chegando ao máximo de lugares possíveis, como as favelas. Objetiva-
-se, por meio deste estudo, discutir acerca da deselitização da profissão e entornos
que devem ser pensados e alcançados, tal como o processo de desenvolvimento da
realidade socialmente construída.
2 MÉTODO
quisas datam de agosto e novembro de 2020, com busca nas bases de dados Scientific
Electronic Library Online (SciELO), Pepsic e Google Acadêmico. Utilizou-se os descri-
tores “psicologia favelada”, “comunidade”, “favelas” e “psicologia comunitária”. Dentre os
materiais encontrados, foi estabelecido como critério de inclusão artigos publicados
nos últimos 6 anos e/ou materiais considerados clássicos que respondessem aos obje-
tivos da pesquisa. 10 estudos foram selecionados por atenderem a esses critérios.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.2 COMUNIDADE
3.3 FAVELA
Por volta da década de 1970 a Psicologia Social surge, elaborando novas pro-
postas para si mesma e para a própria Psicologia, pelo menos em território brasileiro.
A criação da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO), na década de 1980
configura-se como importante, por seguir um caminho diferente dos traçados pelos
estudos cognitivos e experimentais (GONÇALVES; PORTUGAL, 2016).
Novos temas começaram a se fazer importantes e a se destacar nas discus-
sões, envolvendo a Psicologia Social, com o intuito de desvincular-se de pensa-
mentos individualistas e passar a focar em temas de maior expressão social não
só no Brasil, mas em toda a América-Latina. Agora, o interesse estava focado em
-se popular significa deixar seu status político teórico e ético. Esse ajuste significa que
a busca por espaços sociais marginalizados deve significar uma mudança na psico-
logia, ao invés de estender seus serviços às maiorias populares (GONÇALVES, 2020).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BELLO, L. Dia nacional da habitação: Brasil tem 11,4 milhões de pessoas vivendo em
favelas. Agência IBGE Notícias. 2017, 2019. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.
gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/notic ias/15700-dados-do-censo-2010-
mostram-11-4-milhoes-de-pessoas-vivendo-em-fav elas. Acesso em: 5 out. 2020.
CAMPOS, A. C. IBGE: Quase dois terços das favelas no país estão a menos de 2km de
hospitais. Rio de Janeiro: Agência Brasil, 2020. Disponível em:https://agenciabrasil.
ebc.com.br/economia/noticia/2020-05/duas-em-cada-tres-favelas-estao-a-menos-
de-dois-quilometros. Acesso em: 5 out. 2020.