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Introdução a Clínica

Infantil
Terapia do Esquema e
Necessidades Emocionais
Infantis
ALINE MOURA GAMELEIRA
Psicóloga CRP 15/2284
O que são esquemas?

• Estruturas cognitivas que servem como base para


classificarmos e interpretarmos nossas experiências, ou
seja, são os filtros que usamos para enxergar e interpretar
o mundo.

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Com os esquemas
desadaptativos são formados?

• Quando nossas necessidades emocionais não são


supridas.

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As necessidades emocionais
das crianças

• Autoestima;
• Autonomia;
• Afeto;
• Limites;
• Lazer e prazer.

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1º Desconexão e rejeição Esquemas Iniciais
Desadaptativos -EIDs

(0 – 2 anos de idade) 1. Abandono / Instabilidade;


• Cuidado; 2. Desconfiança / Abuso;
• Aceitação; 3. Privação emocional;
• Proteção; 4. Defectividade / Vergonha;
• Amor; 5. Isolamento social / Alienação.
• Validação.

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2º Autonomia e Esquemas Iniciais
desempenho Prejudicados Desadaptativos -EIDs

(2 - 4 ou 5 anos) 6. Dependência / Incompetência;


• Competência 7. Vulnerabilidade ao dano/à
• Senso de identidade doença;
• Auto eficácia 8. Emaranhamento / Self
subdesenvolvido;
• Orientação
9. Fracasso.

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3º Limites prejudicados Esquemas Iniciais
Desadaptativos -EIDs

(4 / 5 – 7 anos) 10. Arrogo / Grandiosidade;


• Autocontrole; 11. Autocontrole / Autodisciplina
• Tolerância ao desconforto; insuficientes.
• Regras.

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4º Orientação para o outro Esquemas Iniciais
Desadaptativos -EIDs

(7 – 9 anos) 12. Subjugação.


• Expressão de suas 13. Auto sacrifício;
necessidades e emoções de 14. Busca de
forma livre. aprovação/reconhecimento.

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5º Supervigilância e Esquemas Iniciais
inibição Desadaptativos -EIDs

(9 – 12 anos) 15. Negativismo / Pessimismo.


• Espontaneidade e diversão; 16. Inibição emocional;
• Saber a hora de não se 17. Padrões inflexíveis / postura
preocupar. crítica exagerada;
18. Postura punitiva.

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Para suprir essa necessidade
os pais precisam:

• Criar vínculo seguro;


• Cuidar da higiene e da alimentação;
• Promover autonomia;
• Deixar as crianças expressarem suas emoções;
• Promova um ambiente harmonioso e tranquilo.

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1. Autoestima
• Um sentimento sadio de valor pessoal é básico;

• A criança que julga não ser ninguém irá contribuir pouco


para a vida;

• As crianças necessitam ser notadas, apreciadas e amadas


como são;

• Fazer comparações entre as crianças é uma enorme força


de destruição, pois fere o auto-respeito da criança e isso é
pior do que espancá-la.
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Como AJUDAR construir uma
BOA AUTOESTIMA?
1. Sua relação com você mesma é básica e irá afetar a
auto-estima de seu filho;

2. Deixe a criança ajudar;

3. Apresente a criança aos outros pelo nome;

4. Deixe que a criança fale por si mesma;

5. Encoraje o sentimento de dignidade e importância,


confiando ocasionalmente a seu filho coisas que lhe
causem surpresa;
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2. Autonomia

• Os pais excessivamente protetores ou permissivos não


transmitem um sentido de segurança aos filhos. Se a
necessidade de autonomia não for suprida, a criança se
tornará um adulto inseguro e medroso. Podendo
desenvolver esquemas de dependência e incompetência,
vulnerabilidade ao dano/à doença, emaranhamento e
fracasso.

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Para ajudar a criar autonomia
nos nossos filhos é preciso...
• Manutenção da rotina, horário habitual para as refeições
e sono;
• Disciplina e responsabilidades administradas de forma
amorosa;
• Sensação de pertencimento para sentir-se aceita,
valorizada e digna de valor;
• Atribuir responsabilidades a ele e confiar que darão
conta...

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As crianças precisam de
autonomia:
Para as crianças se aceitarem não devemos:

• Criticar constantemente, pois gera sentimentos de


fracasso, rejeição e desajustes;
• Comparar a criança com outros, em nível de desempenho
e competências;
• Querer que as crianças atendam às expectativas da
juventude dos pais;
• Superproteger a criança, pois a superproteção faz com
que se sinta incapaz de realizar tarefas;
• Esperar demais do filho.
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3. Afeto
• “A suprema felicidade da vida está na convicção de que
somos amados.” (Victor Hugo)
• A forma como demostramos amor a nossos filhos afetará
profundamente a nossa forma de nos relacionarmos com
os outros.
• Amar e ser amado produz a sensação de pertencimento
que produz a segurança necessária para enfrentar a vida.
• A inanição emocional é tão perigosa quanto a física, diz o
Dr. Spitz. Ela é mais lenta, mas tem a mesma eficácia. Se
não houver satisfação emocional as crianças morrem.

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As crianças precisam amar e
ser amadas:
Demonstramos o amor quando:

• Comunicamos através de palavras e de gestos;


• Quando revelamos o prazer que sentimos na companhia
do outro.
• Ouvindo e confiando, beijamos e abraçamos;
• Presenteamos, independente do valor material;
• Cuidamos do outro.
• As pessoas amadas sabem que são mais importantes que
as coisas.
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• Não há nada mais importante para a felicidade da criança,
do que o amor dos pais um pelo outro.

• Se os pais estão felizes, esta felicidade é transmitida à


criança. Isto não resulta só em bom comportamento, mas
num sentido de valor pessoal;

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4. Limites
• Disciplinar a criança exige sabedoria, paciência e
persistência.

• Se a criança tiver liberdade ilimitada, certamente se


assustará e se tornará insegura.

• A disciplina envolve a modelagem total do caráter da


criança, encorajando o bom comportamento e corrigindo
aquele que é inaceitável.

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As crianças precisam de
limites:
• Qual o objetivo final que desejo alcançar no treinamento
de meus filhos?

• Métodos de disciplina. A reação da criança à disciplina


dos pais tem muito mais significado do que o método
usado.

• A disciplina e o controle só vão funcionar quando há


estrutura de bons sentimentos, afeição e alegria.

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5. Lazer e prazer

• As exigências, os compromissos, as condutas éticas e os


ideais precisam ser respeitados. Contudo os momentos de
lazer e descontração, o cuidado com a saúde e com os
relacionamentos interpessoais, assim como os momentos
de felicidade e de autoexpressão, devem ser
primordialmente respeitados.

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5. Lazer e prazer

• Da mesma maneira que os pais se sentem realizados


porque o filho foi bem na escola e faz inúmeras atividades
extracurriculares, a nossa agenda precisa ter espaço e
tempo para curtir as sensações agradáveis e aproveitar os
momentos leves da vida.

• Uma infância sem espontaneidade e lazer, faz com que a


mesma se torne um adulto com pensamentos e ideias
pessimistas e negativas, sempre indeciso, preocupado e
apreensivo.

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