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CIP-BRASIL.

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

L979d

Luza Karine.
Do não de um bom pai, ao sucesso de um bom filho! Educação positiva e limites:
conduzindo seu filho ao sucesso - 1. ed. - Rio de Janeiro: Autografia, 2020. 58 p. ; 21 cm
ISBN: 978-65-5943-454-1 (recurso eletrônico)
1. Educação positiva. 2. Pais e filhos. 3. Psicologia. I. Título.
 
CDD 306.874

 
Maurício Amormino Júnior - Bibliotecário - CRB6/2422

 
Do não de um bom pai, ao sucesso de um bom filho! Educação positiva e limites: conduzindo seu filho ao
sucesso
luza, Karine
ISBN: 978-65-5943-454-1
1ª edição, dezembro de 2020.

 
Editora Autografia Edição e Comunicação Ltda.
Rua Mayrink Veiga, 6 – 10° andar, Centro RIO DE JANEIRO, RJ – CEP: 20090-050
www.autografia.com.br

 
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia autorização do autor e da
Editora Autografia.
Olá, seja bem-vindo!

Sou Karine Luza, Psicóloga


Especialista em Comportamento Organizacional
Terapeuta de Traumas EMDR Ibero-América
Terapeuta Sistêmica de Casal e Família.

Desenvolvi o para auxiliar famílias que possuem dificuldades de


manejo com os comportamentos dos filhos. Neste método, são
avaliadas, via imagem, as atitudes das crianças e dos pais, oferecendo
feedback e psicoeducação EXCLUSIVA à realidade familiar. Você
pode adquirir informações sobre o Método K pelo e-mail
karineluzapsico@gmail.com ou pelo WhatsApp (49) 99917-7087.
A partir deste método, surge este LIVRO com o desejo de auxiliar
a sua família na nobre jornada de educar filhos. Convido VOCÊ para
esse processo de psicoeducação na busca por uma educação de
qualidade e amor!
Vamos falar sobre limites? Está pronto para conhecer o universo
desafiador da condução da infância?
Para te ajudar, sempre que me referir a PAIS estou englobando
todos os cuidadores responsáveis pelas crianças, e sempre que a
palavra FILHO surgir, ela faz referência a ambos os sexos e envolve
todas as crianças e adolescentes.
Se liga em todas as PSICO KA DICAS no decorrer da leitura.
Vem comigo e vamos aprender juntos!
Sumário

CONSELHOS AO LEITOR

1. ATITUDES QUE PREJUDICAM A EDUCAÇÃO DOS FILHOS


1.1 Descaso
1.2 Falta de Elogio
1.3 Agressão Física e Verbal
1.4 Falta de Controle Emocional dos Pais
1.5 Terceirização
1.4.5 Problemas decorrentes da Terceirização

2. VAMOS APRENDER SOBRE LIMITES?


2.1 OS TIPOS de Pais
2.1.2 AUTOAVALIAÇÃO DOS TIPOS DE PAIS
2.1.3 RESULTADOS DA AUTOAVALIAÇÃO DO TIPO DE PAIS
2.1.3 Descrição de cada TIPO de Pais
2.2 O que são Atitudes de Autoridade Positiva?
2.3 Por que meu Filho não Obedece?
2.4 Estabelecendo Limites para a criança que apresenta Dificuldades
2.5 Vamos aprender a Estabelecer Limites com um Passo a Passo
fácil?

3. BIRRA – VOCÊ TEME A FAMOSA BIRRA?


3.1 O que fazer diante da Birra?
3.2 Como prevenir a Birra?

4. APLICANDO TÉCNICA DE HIERARQUIA FAMILIAR


4.1 HIERARQUIA FAMILIAR
4.2 PSICO KA DICA
4.3 A HISTÓRIA DO REINO ASKABRAM
4.4 CONFECÇÃO DAS COROAS
4.5 MODELOS DAS COROAS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS – Psico Ka Dicas


CONSELHOS AO LEITOR

Seja sábio e desfrute de cada página com atenção e sabedoria. Se


permita aprender, se desprenda dos conceitos da sua infância, confie
que a educação pode ser leve e um ouro na vida do seu filho.
Compreenda que todos da família devem falar a mesma
linguagem, a criança precisa ser conduzida ao mundo com
coerência, firmeza, amor e paciência.
1. ATITUDES QUE PREJUDICAM A EDUCAÇÃO DOS
FILHOS

As crianças são conduzidas ao crescimento, à ética e aos valores a


partir das atitudes de seus cuidadores. É com eles que aprendem
maneiras de educação e concepção de mundo, o que torna crucial
que a educação seja pensada, elaborada e exercitada pela família.
Comece a identificar as mudanças que precisa fazer:

1.1 Descaso
Todo ser humano é sedento do olhar atencioso e agraciado da família em
cada fase do desenvolvimento e conduzirá sua vida e relacionamentos
com projeções das vivências familiares. É importante atentar para não
exercer o DESCASOuma vez que, diante das atribuições do cotidiano, é
comum situações passarem despercebidas e o adulto considerar o apego
infantil um exagero desnecessário. Para a criança, pequenos gestos e
atitudes se tornam um grande caminho para o sucesso do
desenvolvimento ou desestimulação e desinteresse.
VOCÊ não precisa aplaudir cada feito do seu filho, mas é
indispensável dar valor às conquistas. Se imagine no trabalho
desempenhando uma nova atividade, gostaria de ser reconhecido, não é?
O estímulo para próximos trabalhos será maior, já o contrário lhe fará
sentir desvalorizado e acreditar que sua conquista não foi significativa,
diminuindo as probabilidades de novos esforços.
Não instruo que trate a criança como um poderoso ser inteligente e
imbatível, o excesso ou a ausência da frustração ocasionará intolerância à
rejeição e/ou necessidade de perfeição para ser aceito. Seja prudente e
valorize o que deve ser valorizado, aponte melhorias naquilo que pode
ser melhorado, COERÊNCIA é a palavra-chave.

1.2 Falta de Elogio

Vamos Aprender a Elogiar?


Estudos comprovam que quando alguém é elogiado, o corpo estriado do
cérebro (parte do núcleo de base, formado pelo putâmem e caudado) é
ativado encorajando a pessoa a se esforçar muito mais em uma tarefa.

ELOGIE O QUE FOR VERDADEIRO


“Você fez um lindo desenho, continue se esforçando.”
“Você fez um lindo desenho, cuide para pintar dentro da margem,
continue se esforçando.”

MOSTRE QUE VOCÊ SE IMPORTA


“Qual foi a parte do filme que você mais gostou?”
“Aquele dia você disse que iria ler o livro, me conte sobre o que esse livro
fala!”

SEJA CONTINENTE1
“Você chegou e não quis comer, se quiser falar sobre o motivo, posso te
ouvir.”

Se liga na PSICO KA DICA: A CRIANÇA PRECISA


COMPREENDER QUE POSSUI DENTRO DO LAR TODO
O EXEMPLO, APRENDIZADO E APOIO DE QUE POSSA
PRECISAR.

1.3 Agressão Física e Verbal


Trazemos o legado de aprendizagem das gerações passadas, que
corroboram a necessidade de punições corporais para a excelência na
educação. Por muito tempo, a criança foi educada através da punição
física e moral, sendo privada de afeto e carinho, considerados,
atualmente, como indispensáveis no desenvolvimento saudável.
Muitos dos pais que nos leem foram educados por concepções
punitivas, hoje, mesmo considerando equivocado, há uma tendência à
repetição. Quando nos tornamos pais, imediatamente trazemos à tona os
modelos de educação que nos foram impostos, agindo consciente ou
inconsciente da mesma maneira com nossos filhos.
Compreender que agressão não é um recurso tem sido uma batalha,
uma vez que bater no filho surge psicologicamente como direito
adquirido. Apresento, no decorrer deste livro, caminhos que deixarão
de justificar o uso da agressividade.
Quando alguém apanha, de imediato cria métodos inconscientes de
defesa, se torna resiliente. Muitos filhos apanham e não se importam,
criaram escudos defensivos. Quem apanha aprende a ter medo do mais
forte, cresce entendendo que a única diferença de poder com seus pais é
a força, a agressão é uma forma de resolução de conflitos, que será
interiorizada e repetida ao longo da vida.
O que VOCÊ espera de seu filho aos 18 anos quando ele puder
responder por si? Se ele aprendeu que obediência está vinculada a
apanhar, aos 18 anos VOCÊ não terá poder algum, estarão em grau de
igualdade, e quem sabe seu filho será fisicamente mais forte, sem
capacidade física, VOCÊ não terá autoridade. Compreenda que os filhos
precisam obedecer à hierarquia e respeitar as instruções e determinações
dos pais, não pelo temor de apanhar, mas pela essencialidade dos pais em
sua vida, pelo amor, pelo respeito e pela percepção de que todas as
atitudes levam a consequências.

Se liga na PSICO KA DICA: NÃO QUEIRA SER AMADO,


QUEIRA SER RESPEITADO, QUEM É RESPEITADO É
AMADO!

Algumas famílias não utilizam agressão física, abominam tais


atitudes, mas ferem seus filhos verbalmente. Tudo que uma criança
escuta de seus pais se torna verdade absoluta. Xingamentos que rebaixam
a criança são humilhantes e destroem a autoestima. Agredir verbalmente
produz os mesmos impactos que os físicos, desencadeando
desaprovação do EU, e seu filho cresce acreditando que não é
suficientemente bom ou digno de ser valoroso.
Veremos mais adiante que sempre deverá ser rejeitado o
comportamento inadequado e jamais a criança enquanto indivíduo.
Frases: “Seu burro!”
“Você não presta!”
“Não devia ter nascido!”
“Você faz tudo errado!”

“Você nunca aprende!”


“Já desisti de você!”
“Destrói tudo por onde passa!”
“Ninguém vai te querer quando crescer!”
“Vai viver na sarjeta mesmo!”
São frases destrutivas de alto impacto, que desencorajam
comportamentos bons e iniciativas positivas.

1.4 Falta de Controle Emocional dos Pais


Quando falamos sobre comportamento assertivo, comportamento
positivo, é importante lembrar que quem deseja ter filhos educados e
controlados precisa trabalhar primeiro seu próprio controle emocional.
Imagine a seguinte situação: Uma mãe aos berros pede para o filho
ficar quieto, incoerente, não é mesmo? Faça essa experiência na sua casa:
Quando seu filho estiver gritando, fale baixinho, fale em um tom
normal, desperte a curiosidade da criança em te ouvir, pois quem grita
não é escutado, quem se desespera cria desespero.
Pais precisam treinar suas habilidades emocionais, precisam estar
estáveis emocionalmente para dar conta do desequilíbrio emocional que
se apresenta na criança. Lembrando que, se os adultos possuem visão de
mundo, aprendizados e experiências e mesmo assim apresentam
desequilíbrios, imagine a criança/adolescente que está desbravando a
cada dia novas portas desse universo? Para eles, o mundo é um labirinto a
ser descoberto, por tentativas de acertos e erros, conduzidos por suas
famílias. É a condução do responsável que fará com que ela aprenda a
lidar com as emoções.
E como manter o equilíbrio diante de comportamentos do meu
filho?
Respire, analise, pense, se conecte com sua razão, acesse todo o
conhecimento disponível em sua mente, você não precisa agir de
imediato, em fração de segundos. Não é fácil, é um exercício diário que,
após algumas vezes, irá te condicionar a agir sempre assim.
1º Respire
2º Analise a situação
3º Pense sobre a maneira mais assertiva
4º Lembre que o comportamento não é intencional, é um manifesto
de um desejo, de um sentimento que seu filho não está dando conta
5º Aplique atitudes assertivas e positivas (veremos mais adiante)

1.5 Terceirização
QUANDO OS PAIS TRANSFEREM PARA OUTRA PESSOA A
TAREFA DE CUIDAR, SE PREOCUPAR E SE RESPONSABILIZAR
PELA CRIANÇA, ESTÃO TERCEIRIZANDO.

O PRIMEIRO ano de vida é voltado para a construção da


personalidade, a criança desenvolve vínculos mais próximos com a
pessoa responsável por seus cuidados (alimentação, dormir, higiene,
brincar), por isso, a presença dos pais se torna indispensável. Diferente
do que se costuma pensar, nessa fase, a criança está absorvendo tudo o
que acontece ao seu redor, passa a compreender o mundo, e a ausência
das figuras parentais ocasiona ansiedades, medos e inseguranças que
refletirão em seu desenvolvimento até a vida adulta.
Estamos em uma época onde o trabalho proporciona realização
pessoal, as famílias não suspendem seus projetos com a chegada dos
filhos, e nem devem, não se espera que a carreira fique em segundo
plano, mas se instrui que os pais não coloquem os filhos em segundo
plano em detrimento da carreira.
Nenhuma família é capaz de proteger os filhos do mundo e das
adversidades, mas possui a missão de conceder condições para um bom
desenvolvimento. É decepcionante escutar:

“Eu trabalho, não tenho tempo.”


“Eu pago para cuidar, ela cuida melhor do que eu.”
“Vou fazer o quê?”
“Deixo na escola o dia todo porque não o aguento em casa.”

Parto da premissa de que a criança não escolheu nascer, é


responsabilidade de seus pais zelarem por sua vida e pela qualidade
psicológica das experiências. Priorizar a qualidade do tempo, organizar a
própria rotina para o filho caber nela. Viver momentos com a criança,
pode ser o almoço, o jantar, o lanche da tarde, a hora do banho, seja qual
for, o saudável é o filho perceber que é importante, poder sentir que se
importam e fazem o melhor que podem e não apenas o que podem.
A escola ensina conhecimentos, filosofias, e não cabe à instituição
educar, em especial, porque a ética se constrói a partir da moral que é
aprendida na cultura de inserção, a escola não pode dar conta daquilo
que não lhe compete.

1.4.5 Problemas decorrentes da Terceirização

FALTA DE LIMITES

A falta de limites em decorrência da terceirização ocorre por duas


situações:
A) Os pais não conhecem a criança, não possuem técnicas de manejo
e, para dar conta, se tornam excessivamente rígidos.
B) Os pais atuam de modo compensatório, não estabelecendo regras
e deixando de cobrar atitudes positivas, por se culparem pela falta afetiva
e física na vida da criança.

CRIANÇA SEM EMPATIA

Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo


que todos possuem necessidades e desejos. A criança terceirizada não
desenvolve a capacidade empática por reagir à ausência de afetividade.
Mesmo os pais considerando que tenham provido “tudo”, se esse “tudo”
for material, ou afeto terceirizado, infelizmente o que VOCÊ proveu
não preencheu, não criou laços importantes, não fez seu filho entender
que o outro é alguém que merece ser amado.

PROBLEMAS COM FIGURAS DE AUTORIDADE


Crianças terceirizadas possuem vínculos enfraquecidos com seus
pais, provavelmente terão dificuldades com figuras de
autoridade na vida adulta. Ao longo da criação, foram
conduzidos por pessoas com quem não possuíam vínculos
afetivos consistentes, insuficientes para adquirir respeito, uma
vez que aprenderam a ser desrespeitadas em seus direitos por
seus genitores e/ou cuidadores.

BAIXA AUTOESTIMA

Essa é a grande dor do filho terceirizado! Não ter família presente nas
reuniões, apresentações e eventos de escola, ir ao médico com a babá, ser
acolhido por terceiros quando chora ou se machuca, são atitudes que
desencadeiam sensação de desconforto, insegurança e desconfiança, já
que esses eventos/ambientes/situações são naturalmente estressores,
ansiógenos.

PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS

Aquele filho que birra, desobedece e quebra tudo, pode ser um filho
pedindo SOCORRO.
O mau comportamento surge como mecanismo de defesa para
expressão da negligência exposta. Em maioria, esses filhos se tornam
tiranos com os pais como forma inconsciente de punição.

SENSAÇÃO DE FALTA DE AFETO

Filhos terceirizados estão sempre em busca de afeto e na vida adulta


podem fazer escolhas amorosas abusivas, carentes e desesperadas,
repetindo com o cônjuge o padrão familiar ou projetando as faltas.
Presença física não significa estar próximo. Crianças precisam se
sentir amadas, e o amor é sentido além dos abraços e beijos, pelas
atitudes e principalmente pela educação do certo e errado. Em uma
sessão no consultório, no atendimento a uma adolescente com histórico
de depressão e tentativas suicidas, escutei a seguinte frase: “Meus pais,
quando eu era criança, não me davam atenção, agora que cresci dão
atenção demais, mas parece que agora não adianta, eu não consigo
sentir amor por eles”. Essa frase sintetiza a importância de um apego
seguro em cada fase de vida, deixando claro que exercer a parentalidade é
árduo, é um desafio, porém gratificante e com frutos de amor.
1. O holding ou continente psíquico inclui a preocupação materna primária da
mãe, que lhe possibilita fornecer ao bebé o necessário suporte egóico. Tanto o
holding psicológico como o físico são essenciais ao bebé ao longo do seu
desenvolvimento e por toda a sua vida (continente psíquico in Infopédia [em
linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2020. [consult. 2020-11-07 17:37:59]. Disponível
na Internet: https://www.infopedia.pt/$continente-psiquico).
2. VAMOS APRENDER SOBRE LIMITES?

Se liga na PSICO KA DICA: A CRIANÇA É COMO


ALGUÉM EM UM LABIRINTO, A FAMÍLIA CONDUZ O
CAMINHO!
VOCÊ É O COMANDANTE DESSE BARCO, SEU FILHO
É O PASSAGEIRO!

Para iniciar, compreenda o que a criança é capaz de compreender de


acordo com a idade:
0 anos: Ela pode não entender a frase, mas compreenderá o tom do
“NÃO”, é possível, com gentileza, conduzir para outro comportamento.

1 ano a 2 anos: Dizer não e ir até o local ou representar a situação


para a criança compreender que não pode. Os pais precisarão de muita
paciência, nessa fase, o mundo é um labirinto a ser descoberto, lembre
que as atitudes são de descoberta, por isso, seja sempre amoroso!

2 aos 3 anos: A criança expressa seus desejos e as birras são mais


frequentes, atuando como meio para conquista destes desejos. Momento
do adulto se manter firme e não ceder quando algo for determinado.
3 anos em diante: A criança inicia a compreensão de que seus atos
possuem consequências. Deve ser explicado, repetido e incentivado o
bom comportamento.

4 a 5 anos: Fase de desobediência: As normas precisam se tornar


hábitos, para isso os pais precisam explicar as ações, exigir, auxiliar,
serem firmes e coerentes com as regras.

A partir dos 6 anos: Daqui em diante a criança já é capaz de


compreender que atitudes possuem consequências e as normas já passam
a ser hábitos. Se nos anos anteriores a família conduziu de modo a
aplicar regras, rotina e coerência, nessa idade ainda acontecerão
episódios de birra e desobediência, mas não serão constantes. Se seu
filho compreende as regras, agora pode receber regalias, exceções e
participar de negociações.

Se seu filho possui 6 anos ou mais, mesmo que seja um


ADOLESCENTE e ainda não segue regras como hábitos, parta do
princípio: explique, oriente, determine, seja firme e coerente!

2.1 OS TIPOS de Pais


Na hora de educar, cada família assume uma postura que segue sempre
um mesmo padrão, por isso, é importante compreender e identificar o
SEU padrão e ajustar dentro de atitudes positivas e saudáveis.
Faça a AUTOAVALIAÇÃO e identifique se VOCÊ é PERMISSIVO,
AUTORITÁRIO OU ASSERTIVO. Responda com sinceridade, pense
em cada resposta, somente você verá seu resultado, então evite a
autossabotagem e evolua no exercício da parentalidade.
Vamos lá!
2.1.2 AUTOAVALIAÇÃO DOS TIPOS DE PAIS
Instruções: Não se trata de um teste psicológico.
Faça a autoavaliação individualmente / Assinale apenas uma opção
em cada tópico.

TÓPICO 1
Em relação à determinação de regras:
) Já determinei as regras e devem ser seguidas sempre, e, se não
cumprir, é castigo, punição.
) Já tentei ser firme, impor regras, restringir atividades, mas o caos se
instala e eu cedo, também por pena ou evitação de conflito.
) Possuo um quadro com as regras e consequências para meu filho
saber previamente o que deve fazer e qual será a consequência se
descumprir.

TÓPICO 2
Em relação à ROTINA
) Não acredito em rotina, cada um deve saber seus limites e fazer tudo
de forma correta.
) Penso muito em fazer a rotina, mas sei que não será fácil, o período
de adaptação será estressante para os pais e o filho.
) Temos rotina (horário de acordar, comer, estudar, brincar e dormir)
estabelecida e que funciona, salvo em dias atípicos.

TÓPICO 3
Em relação às CONSEQUÊNCIAS
) As regras são determinadas na minha casa e são firmes. Não tem essa
de aliviar, se tem que ficar sem celular, que fique um mês, se não
obedecer na boa, obedece na ruim.
) Quando meu filho descumpre regras, eu falo sobre as regras,
determino a consequência, mas muitas vezes acabo cedendo.
) Quando meu filho descumpre regras, mostro pra ele a regra e a
consequência. Por mais difícil que seja, me mantenho firme e
cumpro.

TÓPICO 4
Em relação à coerência das REGRAS
) Confesso que muitas vezes digo para meu filho cumprir alguma
regra que eu mesmo descumpro. Ex: Não comer no sofá. As
consequências de comportamentos inadequados não seguem uma
coerência, para uma mesma situação podem existir diferentes
consequências, dependendo do dia e do meu estado de humor.
) Tenho receio de agir de forma firme e traumatizar meu filho como
fizeram comigo, então alivio regras já determinadas. Ele tem a vida
toda para seguir regras.
) Meu filho sabe claramente quais são as regras da casa. É comum
conversarmos sobre elas e os pais dão exemplo, conectando o
discurso com a ação.

TÓPICO 5
Sobre a maneira que você explica as regras:
) Não costumo dar muita explicação, comigo é daqui até ali, uso as
frases: “Faça porque eu mandei”, “Não interessa”, “Porque sim”.
) Eu sempre explico, digo que ele precisa obedecer pra que eu não
fique triste. Não tenho as regras por escrito, até porque acredito que
seria muito rígido.
) Sempre reviso o quadro de regras e converso sobre as escolhas que
levam às consequências.

TÓPICO 6
Como você reage quando seu filho tem um comportamento
inadequado?
) Sou do tempo que não tinha essa psicologia, era na vara mesmo. As
crianças de hoje precisam de mais vara e menos blá-blá-blá. Sou
firme, grito com ele quando erra e coloco de castigo, sim, às vezes,
ameaço bater.
) Trabalho o dia todo, por isso, acho que quando estou em casa devo
ser menos rígido e cobrar menos do meu filho, mas, se ele tem um
comportamento ruim, eu converso, explico. Só o restrinjo de alguma
coisa se for uma situação realmente grave.
) Eu observo a situação, vou até ele, dou o aviso de que o que ele está
fazendo não é legal. Se ele continuar, falo sobre a consequência e, se
ele manter o comportamento inadequado, eu restrinjo com a
consequência que temos no quadro.

TÓPICO 7
Como você controla suas emoções quando seu filho o tira do sério?
) Perco a paciência e, mesmo sem querer, falo palavras de que me
arrependo depois, autocontrole não é meu forte.
) Eu sofri tanto na infância que ouvir pessoas brigando me deixa mal.
É comum eu chorar ou me isolar quando percebo que não tenho
controle sobre meu filho.
) Não é fácil, mas respiro, tento lembrar que aquela atitude não é para
me afrontar, faz parte do desenvolvimento da criança. Exijo atitudes
positivas, tento ser firme, amoroso e jamais desqualifico a criança
(não sabe nada, burro, surdo, parece que não aprende...).

TÓPICO 8
Como você lida com a tomada de decisões na sua casa?
) As decisões são tomadas pelos adultos, a criança é informada depois.
) Quando estamos em casa, costumo pedir a opinião do filho sobre as
atividades que iremos fazer, acredito que deve haver consenso de
todos sempre.
) Quando são decisões sobre lazer, meu filho pode opinar e participar,
mas a palavra final será sempre dos pais.

TÓPICO 9
Sobre o tempo que você passa com seu filho:
) Não sento para brincar ou para fazer algo exclusivo com a criança,
mas sempre estou por perto.
) Muitas vezes me sinto culpado por não participar da vida do meu
filho como eu gostaria, acabo sempre agradando com guloseimas e
presentes. Quando posso, passo horas brincando, tento compensar o
tempo perdido.
) Todos os dias tiro uns minutos para mim e meu filho fazermos algo
juntos (brincar, conversar).

2.1.3 RESULTADOS DA AUTOAVALIAÇÃO DO TIPO DE PAIS


VEJA O RESULTADO E, A SEGUIR, LEIA A DESCRIÇÃO DE
CADA TIPO.

MAIORIA DAS RESPOSTAS LETRA “A”

Fique atento, suas respostas se assemelham ao TIPO DE PAIS AUTORITÁRIOS.


Pais autoritários educam pelo medo e não pelo respeito.

MAIORIA DAS RESPOSTAS LETRA “B”

Aprenda a se posicionar. Suas respostas se assemelham ao TIPO DE PAIS


PERMISSIVOS. Pais permissivos educam pela emoção e têm dificuldades em se impor,
exigir regras e serem assertivos.

MAIORIA DAS RESPOSTAS LETRA “C”

Uhuuulll! Você está no caminho! Suas respostas se assemelham aos pais


ASSERTIVOS. Pais assertivos educam pelo exemplo, coesão, determinação, conduzindo
os filhos a atitudes positivas.

EMPATE ENTRE LETRAS “B” e “C”

Relaxa! Suas respostas indicam que você ainda não possui um TIPO
determinado, possivelmente você está migrando do PERMISSIVO para o
ASSERTIVO. Leia este livro com todo o seu coração, pratique os ensinamentos e,
depois de 30 dias, refaça a autoavaliação.

EMPATE ENTRE LETRAS “A” e “B” e “A” e “C”

Refaça! Retome sua autoavaliação, analise e repense cada resposta. Se novamente


empatar, significa que você precisa tomar maior consciência de suas maneiras de
educação. Fica tranquilo! Leia este livro com todo o seu coração, pratique os
ensinamentos e, depois de 30 dias, refaça a autoavaliação.

2.1.3 Descrição de cada TIPO de Pais


COMO IDENTIFICAR PAIS PERMISSIVOS
O filho decide quando e como as atividades acontecerão.
Cedem por medo de traumatizar.
Cedem por não querer que seu filho sofra como os pais sofreram no
passado.
Compensam a falta da presença dos pais deixando a criança fazer o que
quiser ou dando presentes.
Evitam o choro e a frustração, não suportam ver o filho triste.
Não exigem rotina

COMO IDENTIFICAR PAIS AUTORITÁRIOS

Frases do tipo: “Faça porque eu mandei”, “Não interessa”, “Porque sim”;


Ameaças, obediência por medo;
Discurso desconectado do exemplo;
Regras rígidas demais;
Incoerência na aplicação de regras;
Incoerência na aplicação de consequências.

COMO IDENTIFICAR PAIS ASSERTIVOS

Amam seus filhos e compreendem que amar não significa punir ou


permitir demais.
Estabelecem hierarquia.
Cumprem rotina.
Dispõem de tempo de qualidade com os filhos.
Estabelecem regras claras.
Educam com ATITUDES DE AUTORIDADE POSITIVA.

2.2 O que são Atitudes de Autoridade Positiva?


Ensinar pelo exemplo;
Comunicação eficiente — de acordo com a idade da criança;
Cumprir o prometido, tanto para restrições quanto benefícios, em
tempo real e possível; Entender que a criança precisa expressar seus
sentimentos de tristeza, decepção e raiva, o que é diferente de permitir
birras e ataques de raiva;
Reconhecem os esforços do filho;
São firmes no tom de voz;
Punem o comportamento e não a criança.

Não estabelecer limites, ter limites demais ou ser muito rígido


com regras são os grandes erros que cometemos quando somos
severos ou brandos demais.

2.3 Por que meu Filho não Obedece?


Seu filho pode não estar obedecendo por uma ambiguidade na
educação. Em momentos, existe muita rigidez, em outros, nenhuma
regra. Em algumas famílias, uma mesma regra possui formas diferentes
de ser cobrada, dependendo do humor ou da disposição dos pais. O
grande segredo da obediência está na coerência, no amor e na
capacitação. Pais precisam estudar sobre educar filhos, precisam de
orientação, precisam de apoio.
Todas as pessoas que participam da educação da criança precisam
falar a mesma linguagem, é indispensável que sejam cúmplices, evitando
desautorizações. A família precisa estar em sintonia para efetivar as
mudanças atitudinais, ambos precisam se convencer que essa
aprendizagem é necessária.
Quando os pais ou familiares discordam sobre a regra ou se
desautorizam, a criança aprende como se comportar diante de cada um
dos membros, sendo exemplar com alguns, tirano ou rebelde com
outros.

Se liga na PSICO KA DICA: CONVERSEM ENTRE SI


CHEGANDO EM CONSENSOS SOBRE A CONDUÇÃO
DAS REGRAS, VALORES, CONSEQUÊNCIAS E
GRATIFICAÇÕES A SEREM APLICADAS.

2.4 Estabelecendo Limites para a criança que apresenta


Dificuldades
Estabelecer limites requer estimular o pensamento e exercer a paciência.
É necessária a existência de regras e limites, que devem ser estabelecidos
para permitir um relacionamento adequado entre os membros da
família, respeitoso em relação aos valores e hábitos daqueles que
convivem em um determinado local.
É importante buscar pelo estabelecimento de regras que realmente
possam ser realizadas pelas crianças, se são rígidas, difíceis de serem
cumpridas, as chances de desrespeitar aumentam e as possibilidades dos
educadores permitirem seu descumprimento são grandes. Este tipo de
prática possui efeitos desastrosos, resultando em consequências nas
atitudes futuras das crianças.

2.5 Vamos aprender a Estabelecer Limites com um Passo a Passo


fácil?
Siga os passos, VOCÊ pode aplicar as etapas gradativamente. A aceitação
será melhor se a criança perceber que está aprendendo algo em vez de
abruptamente ser apresentada a novas maneiras de se comportar,
ocasionando caos e sofrimento nessa nova metodologia.

Passo a Passo para estabelecer limites:


1º Defina:
Chame seu filho e em conjunto defina quais comportamentos não serão
aceitos ou quais comportamentos positivos espera dele. Inicie com 2 ou
3 comportamentos para a criança se adaptar com o novo modelo.
Lembrando que queremos aumentar as chances da criança conseguir
executar atitudes positivas, servindo de incentivo para os próximos
comportamentos.

2º Esclareça:
De forma clara e objetiva, deverá ser comunicado que os
comportamentos inadequados acordados anteriormente não serão
aceitos. A fala deve ser carinhosa, continente e convicta.
3º Determine a Consequência:
Não mencione a palavra castigo, NÃO EXISTE MAIS CASTIGO,
castigo define mocinho e vilão, bom e mau, punição. Utilize a expressão
restrição ou consequência, para que a criança compreenda que todos os
seus atos levam a alguma atribuição boa ou ruim a ela. Assim, crescerá
sabendo que suas escolhas geram resultados dependendo de si para
obtenção de sucesso. Em conjunto com a criança, defina quais as
consequências para cada comportamento.

4º Previna o comportamento:
Quando identificar que o comportamento inadequado poderá acontecer,
faça o combinado com a criança, relatando o comportamento e
lembrando qual será a consequência se ela o fizer. Não estamos em um
jogo de erros, esperando a falha, estamos em uma psicoeducação, que
conduzirá seu filho para a vida, sendo assim, conduza sempre para o
positivo.

5º Não desista:
Se a criança pedir desculpas, a desculpe, diga que acredita que ela saberá
se comportar na próxima vez, mas agora ela errou e precisa cumprir a
consequência. Não ceda aos choros e às chantagens.

6º Incentive o comportamento positivo:


Seu filho se sentirá amado e valorizado, aumentando as chances de agir
de forma positiva, deixando para trás o negativo. Não faça comparativos,
cada um é único e possui recursos diferentes. Seu filho precisa mudar o
foco e perceber que seus comportamentos positivos recebem mais
atenção do que os negativos. Quando fizer algo assertivo, a família deve
mencionar, mostrar que se agrada e que está orgulhosa, e, ao contrário,
diante de comportamento inadequado, deve ser repreendido com a
determinação e execução da consequência.

7º Persistência:
Todos os passos descritos deverão ser realizados quantas vezes forem
necessárias. A criança só excluirá o comportamento inadequado quando
o comportamento assertivo se tornar hábito, rotina e parte de sua forma
de agir. Assim, é indispensável que a família, os pais, persistam.

Se liga na PSICO KA DICA: NÃO DESISTA, SIGA


CONVICTO E FIRME, POR MAIS ÁRDUO QUE POSSA
PARECER, SE VOCÊ PERSISTIR, ALCANÇARÁ BONS
RESULTADOS.
MUDANÇA EXIGE ADAPTAÇÃO E ADAPTAÇÃO
REQUER TEMPO.
3. BIRRA – VOCÊ TEME A FAMOSA BIRRA?

A birra é um comportamento natural da criança para alcançar o que


deseja, como ainda não desenvolveu outras habilidades de persuasão, faz
uso dos recursos que possui e que tem obtido sucesso. Ou seja, toda vez
que a criança fez birra e foi atendida, interpretou que o recurso de
birra foi efetivo.
A birra só permanece e se torna comportamento frequente em
crianças educadas por adultos que permitem essa forma de comunicação.
Toda vez que seu filho executa uma birra e obtém o que deseja, VOCÊ
está ensinando uma maneira de conquistar os objetivos, a criança
utilizará sempre a birra.

Se liga na PSICO KA DICA: O DESAFIO É NÃO CEDER


AO SHOW, CADA VEZ QUE O SHOW É UM SUCESSO,
SE TORNA MAIS COMPLEXO.
A CRIANÇA PRECISA APRENDER QUE BIRRA
SIGNIFICA NÃO CONQUISTAR SEUS DESEJOS.

3.1 O que fazer diante da Birra?


Ah! Quando aquela birra acontece, é comum sentir um calor que sobe
pelo corpo e desestabiliza o emocional, deixando os pais desesperados.
Vamos ao Passo a Passo para cessar a birra:
1º A frase de ouro é:
MANTENHA A CALMA: Exercite seu controle emocional.
2º Olhe nos olhos da criança e diga:
“Não estou compreendendo, fazendo assim eu não posso te ajudar, eu vou
esperar você se acalmar e depois a gente conversa.”
3º Não tente convencer:
Enquanto ela estiver nervosa e agitada, não tente convencer, fique por
perto e atento para que não se coloque em perigo, mas ignore o
comportamento olhando outro cenário/objeto como se não estivesse
percebendo que a birra continua, assim, o comportamento deixará de ser
valoroso.
4º Após uns minutos:
Se VOCÊ perceber que é possível diálogo, se aproxime e apresente outra
opção: “Vamos continuar nosso passeio/compra/festa? Te ajudo! Vem comigo!”
Dê a mão para a criança.

Se liga na PSICO KA DICA: NÃO FAÇA NEGOCIAÇÃO,


APRESENTE NOVA OPÇÃO.
NEGOCIAÇÃO = TROCAR A BIRRA POR ALGO,
COMPRAR O BOM COMPORTAMENTO.
NOVA OPÇÃO = APRESENTAR NOVA AÇÃO, MUDAR
O CENÁRIO PARA DISTRAIR A BIRRA.

5º Se a criança NÃO interromper a birra:


Informe que o passeio/brincadeira/compra/festa acabou e será
interrompido. Pegue a criança e se retire (se ela estiver agitada, pegue-a
no colo). Se estiver em casa ou em local familiar, interrompa a atividade
que ela estiver fazendo.
6º Se a criança interromper a birra:
Não conceda aquilo que ela estava desejando durante o episódio, nem
mesmo recompense com outra gratificação. Ao se acalmar, deverá ser
elogiada e abraçada pela capacidade de controle emocional.
7º Quando a criança estiver calma:
Na sequência, em ambiente propício, aplique a consequência,
explicando que sempre que ela agir desta forma não conseguirá o que
deseja e terá que responder por suas atitudes.
Com o tempo, ela perceberá que essa forma de comunicação não traz
benefícios e as birras serão cada vez mais esparsas.

Se liga na PSICO KA DICA: QUANDO SEU FILHO


ESTIVER DESESPERADO, A SUA CAPACIDADE DE SE
MANTER CALMO SERÁ ABSORVIDA PELA CRIANÇA,
AUXILIANDO NO CESSAR DA BIRRA.
VOCÊ PODE USAR A TÉCNICA DO ABRAÇO: ABRACE
A CRIANÇA SEM FALAR NADA E PERMANEÇA ASSIM
ATÉ ELA SE ACALMAR.

3.2 Como prevenir a Birra?


Certamente você já se deparou com episódios de birra que ocorrem
sempre em situações e/ou ambientes semelhantes. Quando identificar a
possibilidade da birra acontecer, VOCÊ deve antecipar à criança como
ela deve se comportar: Ex: “Vamos ao mercado, hoje você pode pegar X
coisa” ou “hoje você não poderá ganhar nada.” “Você pode olhar os
brinquedos, mas não iremos comprar.”
Transforme a criança em participante da ação: “Vamos ao
mercado, você será responsável por escolher frutas bem saborosas”. “Você
pode olhar brinquedos para sugestão de aniversário e Natal, depois
veremos se será possível comprar nestas datas.”
Se liga na PSICO KA DICA: PRECISAMOS ORGANIZAR
A ROTINA E FACILITAR A COMPREENSÃO DA
CRIANÇA, FALAR MAIS UMA VEZ NUNCA É DEMAIS.
SEMPRE RELEMBRE AS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS
COM A CRIANÇA.
A REPETIÇÃO DEVERÁ SER CONSTANTE, A
PACIÊNCIA DEVERÁ SER UM HÁBITO.
4. APLICANDO TÉCNICA DE HIERARQUIA
FAMILIAR

4.1 HIERARQUIA FAMILIAR


Hierarquia é um termo utilizado para definir a ordem de poderes, temos
a hierarquia religiosa, empresarial, das leis e a hierarquia familiar. O
processo de compreensão da HIERARQUIA FAMILIAR se inicia nos
primeiros anos de vida. Na infância, a criança aprende que existe uma
hierarquia que deve ser RESPEITADA e o lugar do filho será sempre o
mesmo, ele nunca mudará de posição hierárquica.
Se VOCÊ educar conduzindo ao respeito, evitará que seu filho cresça
um adulto narcisista, apático, tirano e dependente emocional e/ou
financeiro.
Aprenda a técnica lúdica, parte do MÉTODO K, de ensino da
HIERARQUIA para crianças de 0 a 12 anos. Uma história de reis e
príncipes com a confecção de coroas. EDUCAR BRINCANDO É BEM
MAIS FÁCIL.
Vamos iniciar fazendo reflexões.
Você que tem filhos de 0 a 12 anos, o que você espera do futuro?
Certamente você deseja que o seu filho seja:

Bem-sucedido
Independente
Amoroso
Grato
Agora, analise o Checklist da HIERARQUIA FAMILIAR e preencha
tudo o que for correspondente àquilo que acontece no seu lar:

Querida família, se vocês fazem pelo menos um desses itens do


CHECKLIST, seu filho aprenderá a ser:

Egoísta
Apático
Intolerante à frustração
Tirano com os pais
E, certamente, dependente emocional e/ou financeiro, mesmo
após os 40 anos
É pra isso que você passou noites sem dormir? É pra isso que você
trabalhou até mais tarde? É pra isso que você amou
incondicionalmente?
Não, você amou para que ele seja alguém com essência positiva, um
ser humano de luz, capaz de traçar o próprio destino.
E sabe de quem é culpa por os filhos se tornarem adultos
dependentes, tiranos, narcisistas, adultos que nunca saíram da
adolescência?
A culpa é da família que conduz o filho como se o reinado absoluto
do lar fosse dele, que o poupa das frustrações, dos enfrentamentos.
O processo de compreensão da hierarquia inicia quando a criança
ainda nem caminhou. É no início da vida que se ensina que na família
existe uma hierarquia e o lugar do filho será sempre o mesmo, ele nunca
mudará de posição hierárquica.
E você pode estar confuso e entendendo que instruo os pais a serem
ruins e sem afetividade. Muito pelo contrário, prego uma educação
positiva, sem agressão, afetiva, explicativa, com bons exemplos, mas, para
tudo isso acontecer, é indispensável que os pais sejam firmes e coerentes.
Ser firme não é ser grosso, ser firme é ser convicto de que existe certo e
errado e que você não irá admitir nada além disso.
Você deve abraçar, agradar, participar, mas deve exigir respeito, exigir
cumprimento de regras, exigir rotina e compreender que você sempre irá
reprender o comportamento inadequado da criança e não ela enquanto
indivíduo.
Se houver esse entendimento da separação do comportamento e do
indivíduo, a família irá perceber que exigir atitudes assertivas é o maior
ato de amor.

“Não queira ser amado pelo seu filho, queira ser respeitado, quem é
respeitado é amado, sem respeito, não há amor.”
4.2 PSICO KA DICA

Se liga na PSICO KA DICA


Para crianças de 0 a 12 anos: Fácil, lúdico e útil.

Para entendimento lúdico da hierarquia familiar, vamos confeccionar


coroas de rei, rainha, príncipe e/ou princesa.
As coroas dos adultos dever serão ser iguais, não pode haver distinção
entre a coroa dos pais, evitando a interpretação de que existe diferença
hierárquica entre eles. É importante que as coroas dos pais sejam
maiores, mais encorpadas, com mais adereços, feitas antes de chamar a
criança para a conversa e dar a coroa dela.
Pronta a coroa dos pais, deverão chamar a criança e entregar o molde
da coroa infantil. Deverá disponibilizar apenas lápis de cor, giz de cera e
canetinha, justamente para a coroa ficar menos ornamentada do que a
dos pais. Essa diferença vai mostrar ludicamente que ela ocupa posição
hierárquica inferior.
Com as coroas prontas, você irá contar a HISTÓRIA – O REINO
ASKABRAM.
No final da história, questione a criança sobre quem é o rei, quem é a
princesa, o príncipe, mostre a configuração do reinado apresentado na
história.
As coroas deverão ficar em local visível, não devem se tornar
brinquedo da criança. Toda vez que surgir algum problema sobre
respeito ou inversão de hierarquia, os pais pegam as coroas, colocam na
cabeça e lembram a criança disso, perguntando: Você lembra quem
comanda o reino?
Lembre que a hierarquia é indispensável para seu filho se tornar
um adulto de sucesso.

4.3 A HISTÓRIA DO REINO ASKABRAM

O REINO ASKABRAM
Era uma vez um reino chamado Askabram. Nesse reino, todas as pessoas
eram simpáticas e ajudavam uns aos outros. Moravam nele o rei, a
rainha, o príncipe e a princesa. Todos os dias, o rei e a rainha iam até o
topo do castelo e falavam com toda a população dando orientações e
ajudando os mais necessitados.
O príncipe e a princesa eram irmãos, brincavam sempre juntos na
floresta. Certo dia, em uma de suas brincadeiras, decidiram mentir para
o povo dizendo que eles eram o rei e a rainha, assumindo o lugar dos
pais.
Foram até o quarto de seus pais, colocaram as roupas deles, a
princesa escolheu um vestido longo e brilhoso e o príncipe, uma
vestimenta brilhante de tecido nobre. Se dirigiram até o topo do castelo
e fizeram o pronunciamento:
O príncipe, fingindo ser o rei, disse:
— Querido povo, nos atributos de minha função, declaro que todos
os dias será feriado, nenhuma criança precisará ir para a escola.
A princesa, fingindo ser a rainha, disse:
— Querido povo, nos atributos de minha função, declaro que todo
dia é dia de sorvete.
Nossa! As crianças do reino ficaram maravilhadas, adoraram esse
decreto e, a partir de então, todos os dias tomavam sorvete e nunca mais
foram para a escola.
Passado uns meses, o rei e a rainha perceberam que havia algo de
estranho, as crianças pareciam não saber mais ler, não sabiam mais
desenhar e pintar e os dentinhos estavam todos careados, apodrecendo.
Preocupados com a situação do reino, o rei e a rainha convocaram
uma reunião com os pais das crianças para saber o que estava
acontecendo.
Nessa reunião, o povo disse que estava seguindo as ordens dadas por
eles. Que grave! Crianças estavam desaprendendo e ficando sem os
dentinhos porque o rei e a rainha haviam ordenado isso.
O rei e a rainha se olharam, apavorados, sem entender o que estava
acontecendo.
A rainha disse:
— Povo, eu não entendo, jamais demos esta ordem, algo está errado.
Lá no meio da multidão uma pessoa gritou:
— Eu tenho a filmagem, estava com meu celular e, com medo de
esquecer o que ordenaram, eu gravei.
O rei e a rainha foram olhar a filmagem e, para sua surpresa, viram
que seus filhos, o príncipe e a princesa, haviam se passado por eles com
suas roupas.
Tristes e furiosos, o rei e a rainha foram para o castelo e chamaram os
filhos para uma conversa:
O rei disse:
— Neste reino, as ordens sempre serão do rei e da rainha, vocês, na
condição de príncipe e princesa, jamais podem tomar nosso lugar.
A rainha complementou:
— Em consequência do ato errado, não poderão brincar na floresta
por dois dias.
Decepcionados com a situação, o rei e a rainha tiveram um ideia:
Criaram as coroas do rei e rainha e as coroas do príncipe e da princesa.
Chamaram todo o povo e disseram:
— A partir de hoje, queremos anunciar que em todo lugar será
possível identificar quem são os reis e quem são os príncipes.
A rainha pegou as coroas e colocou na cabeça de cada um, deixando
claro ao povo a posição de cada membro do reino.
Daquele dia em diante, nunca mais houve confusões no reino, todos
obedecem a sua posição e a família do reino Askabram vive feliz e em
harmonia.
Fim...

4.4 CONFECÇÃO DAS COROAS


1 - Coloque o molde da coroa colado em uma folha 60k.
2 - Pinte e ornamente conforme sua preferência.
3 - Recorte o molde e cole um pedaço retangular de folha 60k em
cada lateral da coroa, fazendo o arco conforme o tamanho da cabeça.

4.5 MODELOS DAS COROAS

COROA PRÍNCIPE/PRINCESA
COROA DE REI/RAINHA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS – Psico Ka Dicas

Chegamos ao FINAL desse INÍCIO de aprendizado, em breve VOCÊ


receberá sugestões de novos conteúdos e métodos, é só ficar bem
juntinho lá no Instagram: @psicologakarineluza e @karineluzaparapais
Se liga nas PSICO KA DICAS para ter SUCESSO e aplicar
assertivamente tudo o que VOCÊ aprendeu até aqui:

PSICO KA DICA 1 – As consequências devem ser sempre restrições de


algo que a criança aprecia: brinquedos, lazer e/ou interações.

PSICO KA DICA 2 – As consequências nunca devem privar as


necessidades afetivas, físicas e básicas da criança.

PSICO KA DICA 3 – As consequências nunca devem rebaixam a criança


enquanto ser.

PSICO KA DICA 4 – Deverá ser reprendido sempre o comportamento e


jamais a criança.

PSICO KA DICA 5 – Recompensas devem envolver momentos


prazerosos com a família ou amigos, jamais bens materiais.
Agora, após esses novos conceitos práticos e sintetizados do
MÉTODO K, VOCÊ já está capacitado para ser um PAI, MÃE, VÓ,
VÔ, CUIDADOR, EDUCADOR que atua com a EDUCAÇÃO
POSITIVA.
Convido-o a se juntar aos seguidores em @psicologakarineluza
@karineluzaparapais e conhecer mais a respeito do meu trabalho e
outras maneiras digitais de aprender sobre educação.
Conto com VOCÊ! Educação se faz com AMOR!

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