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CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
L979d
Luza Karine.
Do não de um bom pai, ao sucesso de um bom filho! Educação positiva e limites:
conduzindo seu filho ao sucesso - 1. ed. - Rio de Janeiro: Autografia, 2020. 58 p. ; 21 cm
ISBN: 978-65-5943-454-1 (recurso eletrônico)
1. Educação positiva. 2. Pais e filhos. 3. Psicologia. I. Título.
CDD 306.874
Maurício Amormino Júnior - Bibliotecário - CRB6/2422
Do não de um bom pai, ao sucesso de um bom filho! Educação positiva e limites: conduzindo seu filho ao
sucesso
luza, Karine
ISBN: 978-65-5943-454-1
1ª edição, dezembro de 2020.
Editora Autografia Edição e Comunicação Ltda.
Rua Mayrink Veiga, 6 – 10° andar, Centro RIO DE JANEIRO, RJ – CEP: 20090-050
www.autografia.com.br
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É proibida a reprodução deste livro com fins comerciais sem prévia autorização do autor e da
Editora Autografia.
Olá, seja bem-vindo!
CONSELHOS AO LEITOR
1.1 Descaso
Todo ser humano é sedento do olhar atencioso e agraciado da família em
cada fase do desenvolvimento e conduzirá sua vida e relacionamentos
com projeções das vivências familiares. É importante atentar para não
exercer o DESCASOuma vez que, diante das atribuições do cotidiano, é
comum situações passarem despercebidas e o adulto considerar o apego
infantil um exagero desnecessário. Para a criança, pequenos gestos e
atitudes se tornam um grande caminho para o sucesso do
desenvolvimento ou desestimulação e desinteresse.
VOCÊ não precisa aplaudir cada feito do seu filho, mas é
indispensável dar valor às conquistas. Se imagine no trabalho
desempenhando uma nova atividade, gostaria de ser reconhecido, não é?
O estímulo para próximos trabalhos será maior, já o contrário lhe fará
sentir desvalorizado e acreditar que sua conquista não foi significativa,
diminuindo as probabilidades de novos esforços.
Não instruo que trate a criança como um poderoso ser inteligente e
imbatível, o excesso ou a ausência da frustração ocasionará intolerância à
rejeição e/ou necessidade de perfeição para ser aceito. Seja prudente e
valorize o que deve ser valorizado, aponte melhorias naquilo que pode
ser melhorado, COERÊNCIA é a palavra-chave.
SEJA CONTINENTE1
“Você chegou e não quis comer, se quiser falar sobre o motivo, posso te
ouvir.”
1.5 Terceirização
QUANDO OS PAIS TRANSFEREM PARA OUTRA PESSOA A
TAREFA DE CUIDAR, SE PREOCUPAR E SE RESPONSABILIZAR
PELA CRIANÇA, ESTÃO TERCEIRIZANDO.
FALTA DE LIMITES
BAIXA AUTOESTIMA
Essa é a grande dor do filho terceirizado! Não ter família presente nas
reuniões, apresentações e eventos de escola, ir ao médico com a babá, ser
acolhido por terceiros quando chora ou se machuca, são atitudes que
desencadeiam sensação de desconforto, insegurança e desconfiança, já
que esses eventos/ambientes/situações são naturalmente estressores,
ansiógenos.
PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS
Aquele filho que birra, desobedece e quebra tudo, pode ser um filho
pedindo SOCORRO.
O mau comportamento surge como mecanismo de defesa para
expressão da negligência exposta. Em maioria, esses filhos se tornam
tiranos com os pais como forma inconsciente de punição.
TÓPICO 1
Em relação à determinação de regras:
) Já determinei as regras e devem ser seguidas sempre, e, se não
cumprir, é castigo, punição.
) Já tentei ser firme, impor regras, restringir atividades, mas o caos se
instala e eu cedo, também por pena ou evitação de conflito.
) Possuo um quadro com as regras e consequências para meu filho
saber previamente o que deve fazer e qual será a consequência se
descumprir.
TÓPICO 2
Em relação à ROTINA
) Não acredito em rotina, cada um deve saber seus limites e fazer tudo
de forma correta.
) Penso muito em fazer a rotina, mas sei que não será fácil, o período
de adaptação será estressante para os pais e o filho.
) Temos rotina (horário de acordar, comer, estudar, brincar e dormir)
estabelecida e que funciona, salvo em dias atípicos.
TÓPICO 3
Em relação às CONSEQUÊNCIAS
) As regras são determinadas na minha casa e são firmes. Não tem essa
de aliviar, se tem que ficar sem celular, que fique um mês, se não
obedecer na boa, obedece na ruim.
) Quando meu filho descumpre regras, eu falo sobre as regras,
determino a consequência, mas muitas vezes acabo cedendo.
) Quando meu filho descumpre regras, mostro pra ele a regra e a
consequência. Por mais difícil que seja, me mantenho firme e
cumpro.
TÓPICO 4
Em relação à coerência das REGRAS
) Confesso que muitas vezes digo para meu filho cumprir alguma
regra que eu mesmo descumpro. Ex: Não comer no sofá. As
consequências de comportamentos inadequados não seguem uma
coerência, para uma mesma situação podem existir diferentes
consequências, dependendo do dia e do meu estado de humor.
) Tenho receio de agir de forma firme e traumatizar meu filho como
fizeram comigo, então alivio regras já determinadas. Ele tem a vida
toda para seguir regras.
) Meu filho sabe claramente quais são as regras da casa. É comum
conversarmos sobre elas e os pais dão exemplo, conectando o
discurso com a ação.
TÓPICO 5
Sobre a maneira que você explica as regras:
) Não costumo dar muita explicação, comigo é daqui até ali, uso as
frases: “Faça porque eu mandei”, “Não interessa”, “Porque sim”.
) Eu sempre explico, digo que ele precisa obedecer pra que eu não
fique triste. Não tenho as regras por escrito, até porque acredito que
seria muito rígido.
) Sempre reviso o quadro de regras e converso sobre as escolhas que
levam às consequências.
TÓPICO 6
Como você reage quando seu filho tem um comportamento
inadequado?
) Sou do tempo que não tinha essa psicologia, era na vara mesmo. As
crianças de hoje precisam de mais vara e menos blá-blá-blá. Sou
firme, grito com ele quando erra e coloco de castigo, sim, às vezes,
ameaço bater.
) Trabalho o dia todo, por isso, acho que quando estou em casa devo
ser menos rígido e cobrar menos do meu filho, mas, se ele tem um
comportamento ruim, eu converso, explico. Só o restrinjo de alguma
coisa se for uma situação realmente grave.
) Eu observo a situação, vou até ele, dou o aviso de que o que ele está
fazendo não é legal. Se ele continuar, falo sobre a consequência e, se
ele manter o comportamento inadequado, eu restrinjo com a
consequência que temos no quadro.
TÓPICO 7
Como você controla suas emoções quando seu filho o tira do sério?
) Perco a paciência e, mesmo sem querer, falo palavras de que me
arrependo depois, autocontrole não é meu forte.
) Eu sofri tanto na infância que ouvir pessoas brigando me deixa mal.
É comum eu chorar ou me isolar quando percebo que não tenho
controle sobre meu filho.
) Não é fácil, mas respiro, tento lembrar que aquela atitude não é para
me afrontar, faz parte do desenvolvimento da criança. Exijo atitudes
positivas, tento ser firme, amoroso e jamais desqualifico a criança
(não sabe nada, burro, surdo, parece que não aprende...).
TÓPICO 8
Como você lida com a tomada de decisões na sua casa?
) As decisões são tomadas pelos adultos, a criança é informada depois.
) Quando estamos em casa, costumo pedir a opinião do filho sobre as
atividades que iremos fazer, acredito que deve haver consenso de
todos sempre.
) Quando são decisões sobre lazer, meu filho pode opinar e participar,
mas a palavra final será sempre dos pais.
TÓPICO 9
Sobre o tempo que você passa com seu filho:
) Não sento para brincar ou para fazer algo exclusivo com a criança,
mas sempre estou por perto.
) Muitas vezes me sinto culpado por não participar da vida do meu
filho como eu gostaria, acabo sempre agradando com guloseimas e
presentes. Quando posso, passo horas brincando, tento compensar o
tempo perdido.
) Todos os dias tiro uns minutos para mim e meu filho fazermos algo
juntos (brincar, conversar).
Relaxa! Suas respostas indicam que você ainda não possui um TIPO
determinado, possivelmente você está migrando do PERMISSIVO para o
ASSERTIVO. Leia este livro com todo o seu coração, pratique os ensinamentos e,
depois de 30 dias, refaça a autoavaliação.
2º Esclareça:
De forma clara e objetiva, deverá ser comunicado que os
comportamentos inadequados acordados anteriormente não serão
aceitos. A fala deve ser carinhosa, continente e convicta.
3º Determine a Consequência:
Não mencione a palavra castigo, NÃO EXISTE MAIS CASTIGO,
castigo define mocinho e vilão, bom e mau, punição. Utilize a expressão
restrição ou consequência, para que a criança compreenda que todos os
seus atos levam a alguma atribuição boa ou ruim a ela. Assim, crescerá
sabendo que suas escolhas geram resultados dependendo de si para
obtenção de sucesso. Em conjunto com a criança, defina quais as
consequências para cada comportamento.
4º Previna o comportamento:
Quando identificar que o comportamento inadequado poderá acontecer,
faça o combinado com a criança, relatando o comportamento e
lembrando qual será a consequência se ela o fizer. Não estamos em um
jogo de erros, esperando a falha, estamos em uma psicoeducação, que
conduzirá seu filho para a vida, sendo assim, conduza sempre para o
positivo.
5º Não desista:
Se a criança pedir desculpas, a desculpe, diga que acredita que ela saberá
se comportar na próxima vez, mas agora ela errou e precisa cumprir a
consequência. Não ceda aos choros e às chantagens.
7º Persistência:
Todos os passos descritos deverão ser realizados quantas vezes forem
necessárias. A criança só excluirá o comportamento inadequado quando
o comportamento assertivo se tornar hábito, rotina e parte de sua forma
de agir. Assim, é indispensável que a família, os pais, persistam.
Bem-sucedido
Independente
Amoroso
Grato
Agora, analise o Checklist da HIERARQUIA FAMILIAR e preencha
tudo o que for correspondente àquilo que acontece no seu lar:
Egoísta
Apático
Intolerante à frustração
Tirano com os pais
E, certamente, dependente emocional e/ou financeiro, mesmo
após os 40 anos
É pra isso que você passou noites sem dormir? É pra isso que você
trabalhou até mais tarde? É pra isso que você amou
incondicionalmente?
Não, você amou para que ele seja alguém com essência positiva, um
ser humano de luz, capaz de traçar o próprio destino.
E sabe de quem é culpa por os filhos se tornarem adultos
dependentes, tiranos, narcisistas, adultos que nunca saíram da
adolescência?
A culpa é da família que conduz o filho como se o reinado absoluto
do lar fosse dele, que o poupa das frustrações, dos enfrentamentos.
O processo de compreensão da hierarquia inicia quando a criança
ainda nem caminhou. É no início da vida que se ensina que na família
existe uma hierarquia e o lugar do filho será sempre o mesmo, ele nunca
mudará de posição hierárquica.
E você pode estar confuso e entendendo que instruo os pais a serem
ruins e sem afetividade. Muito pelo contrário, prego uma educação
positiva, sem agressão, afetiva, explicativa, com bons exemplos, mas, para
tudo isso acontecer, é indispensável que os pais sejam firmes e coerentes.
Ser firme não é ser grosso, ser firme é ser convicto de que existe certo e
errado e que você não irá admitir nada além disso.
Você deve abraçar, agradar, participar, mas deve exigir respeito, exigir
cumprimento de regras, exigir rotina e compreender que você sempre irá
reprender o comportamento inadequado da criança e não ela enquanto
indivíduo.
Se houver esse entendimento da separação do comportamento e do
indivíduo, a família irá perceber que exigir atitudes assertivas é o maior
ato de amor.
“Não queira ser amado pelo seu filho, queira ser respeitado, quem é
respeitado é amado, sem respeito, não há amor.”
4.2 PSICO KA DICA
O REINO ASKABRAM
Era uma vez um reino chamado Askabram. Nesse reino, todas as pessoas
eram simpáticas e ajudavam uns aos outros. Moravam nele o rei, a
rainha, o príncipe e a princesa. Todos os dias, o rei e a rainha iam até o
topo do castelo e falavam com toda a população dando orientações e
ajudando os mais necessitados.
O príncipe e a princesa eram irmãos, brincavam sempre juntos na
floresta. Certo dia, em uma de suas brincadeiras, decidiram mentir para
o povo dizendo que eles eram o rei e a rainha, assumindo o lugar dos
pais.
Foram até o quarto de seus pais, colocaram as roupas deles, a
princesa escolheu um vestido longo e brilhoso e o príncipe, uma
vestimenta brilhante de tecido nobre. Se dirigiram até o topo do castelo
e fizeram o pronunciamento:
O príncipe, fingindo ser o rei, disse:
— Querido povo, nos atributos de minha função, declaro que todos
os dias será feriado, nenhuma criança precisará ir para a escola.
A princesa, fingindo ser a rainha, disse:
— Querido povo, nos atributos de minha função, declaro que todo
dia é dia de sorvete.
Nossa! As crianças do reino ficaram maravilhadas, adoraram esse
decreto e, a partir de então, todos os dias tomavam sorvete e nunca mais
foram para a escola.
Passado uns meses, o rei e a rainha perceberam que havia algo de
estranho, as crianças pareciam não saber mais ler, não sabiam mais
desenhar e pintar e os dentinhos estavam todos careados, apodrecendo.
Preocupados com a situação do reino, o rei e a rainha convocaram
uma reunião com os pais das crianças para saber o que estava
acontecendo.
Nessa reunião, o povo disse que estava seguindo as ordens dadas por
eles. Que grave! Crianças estavam desaprendendo e ficando sem os
dentinhos porque o rei e a rainha haviam ordenado isso.
O rei e a rainha se olharam, apavorados, sem entender o que estava
acontecendo.
A rainha disse:
— Povo, eu não entendo, jamais demos esta ordem, algo está errado.
Lá no meio da multidão uma pessoa gritou:
— Eu tenho a filmagem, estava com meu celular e, com medo de
esquecer o que ordenaram, eu gravei.
O rei e a rainha foram olhar a filmagem e, para sua surpresa, viram
que seus filhos, o príncipe e a princesa, haviam se passado por eles com
suas roupas.
Tristes e furiosos, o rei e a rainha foram para o castelo e chamaram os
filhos para uma conversa:
O rei disse:
— Neste reino, as ordens sempre serão do rei e da rainha, vocês, na
condição de príncipe e princesa, jamais podem tomar nosso lugar.
A rainha complementou:
— Em consequência do ato errado, não poderão brincar na floresta
por dois dias.
Decepcionados com a situação, o rei e a rainha tiveram um ideia:
Criaram as coroas do rei e rainha e as coroas do príncipe e da princesa.
Chamaram todo o povo e disseram:
— A partir de hoje, queremos anunciar que em todo lugar será
possível identificar quem são os reis e quem são os príncipes.
A rainha pegou as coroas e colocou na cabeça de cada um, deixando
claro ao povo a posição de cada membro do reino.
Daquele dia em diante, nunca mais houve confusões no reino, todos
obedecem a sua posição e a família do reino Askabram vive feliz e em
harmonia.
Fim...
COROA PRÍNCIPE/PRINCESA
COROA DE REI/RAINHA
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS – Psico Ka Dicas