Baseado no Livro Investigando Pensamentos, de Baleskjian, Priscila Anush.
PROBLEMA: LIMITES PREJUDICADOS Ocorre quando a necessidade de limites realistas não está sendo bem trabalhada pela família.
QUAIS COMPORTAMENTOS MEU FILHO PODE APRESENTAR?
Desobedecem às instruções que são dadas; Questionam sobre as regras que usam com eles; Acreditam que possuem privilégios e que são especiais; Realizam birras frequentes; Constantemente não finalizam suas tarefas; Abandonam atividades de que gostam por acharem difíceis; Os comportamentos citados se tornam problemáticos de acordo com a intensidade e a frequência. Além disso, exemplos citados são os mais comuns, mas cada criança tem sua individualidade e dinâmica familiar, podendo expressar de outras formas.
POR QUE MEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO ESSE PROBLEMA?
As contribuições dos cuidadores para o surgimento do problema de limites prejudicados podem ser: Rotinas desorganizadas e baixa disciplina estabelecida; Não estipular limites e regras adequadas; Não orientar sobre bons comportamentos; Fazer pedidos com ofensas ou gritos; Ter um estilo parental passivo e/ou agressivo.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
Tornar o ambiente com mais disciplina e desenvolver responsabilidade na criança; É essencial que os cuidadores deem comandos com frases simples e curtas aos seus filhos, além de uti- lizarem tom de voz firme, porém sem ser ameaçador, e que mantenham um contato visual ao verbalizarem as instruções; Aplicar reforços positivos, como elogios ou frases motivadoras quando os filhos realizarem comportamentos adequados; Utilizar reforços negativos quando houver comportamentos que necessitam de mudanças.
PROBLEMA: ORIENTAÇÃO PARA O OUTRO
Ocorre quando a necessidade de validação das necessidades e emoções não está sendo bem trabalhada com a família. QUAIS COMPORTAMENTOS MEU FILHO PODE APRESENTAR? Buscar constantemente a aprovação dos outros; Preocupação excessiva em agradar; Sempre ceder à vontade dos colegas, ainda que esta seja diferente da sua; Mostrar-se extremamente submisso (a); Preocupação excessiva com o bem-estar das pessoas. Os comportamentos citados se tornam problemáticos de acordo com a intensidade e a frequência. Além disso, os exemplos citados são os mais comuns, mas cada criança tem sua individualidade e dinâmica familiar, podendo expressar de outras formas.
POR QUE MEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO ESSE PROBLEMA?
As contribuições dos cuidadores para o surgimento do problema de orientação para o outro podem ser: Desvalorizar a vontade da criança; Valorizar a criança apenas quando ela faz o que os outros querem; Chantagem emocional, como alegar que, se a criança tiver um determinado comportamento (ou deixar de ter), o responsável ficará muito triste/ magoado/ doente; Mostrar-se frágil e dependente da criança, fazendo com que ela coloque seu próprio bem-estar em segundo lugar.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
Incentivar a individualidade da criança; Valorizar as vontades e necessidades da criança, de forma que ela perceba que não precisa se sacrificar ou agradar os outros o tempo inteiro para ser amada; Ajudar a criança a descobrir seus próprios gostos e vontades; Dar espaço e valorizar suas escolhas, aumentando assim sua autoestima.
PROBLEMA: SUPERVIGILANCIA E INIBIÇÃO
Ocorre quando a necessidade de expressão assertiva dos sentimentos e escolhas espontâneas não está sendo bem trabalhada pela família. QUAIS COMPORTAMENTOS MEU FILHO PODE APRESENTAR? Tenta suprimir exageradamente os seus sentimentos; A criança está constantemente se vigiando para não cometer erros nas tarefas domésticas, escolares e nas atividades relacionais; Fica excessivamente atenta ao cumprir de regras e expectativas rígidas, normalmente dos seus cuidadores; Fala pouco sobre seus sentimentos e necessidades, estando sempre voltada para o que exigem dela, prejudicando assim o próprio prazer, felicidade e relaxamento. Os comportamentos citados se tornam problemáticos de acordo com a intensidade e a frequência. Além disso, os exemplos citados são os mais comuns, mas cada criança tem sua individualidade e dinâmica familiar, podendo expressar de outras formas.
POR QUE MEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO ESSE PROBLEMA?
As contribuições dos cuidadores para o surgimento do problema de supervigilância e inibição podem ser: Famílias severas, reprimidas e rígidas nas quais o autocontrole predomina sobre a espontaneidade e o prazer; Ambiente que não supre adequadamente a necessidade de liberdade de expressões autênticas das emoções e dos sentimentos da criança, (falar, expressões faciais, brincar, cantar, desenhar, ouvir música, dançar, tocar instrumentos, teatro, praticar esportes); Solicitar que a criança faça mais do que seria razoável, fazendo-a acreditar que jamais conseguirá fazer o suficiente; Fazer comparações com irmãos ou primos; Quando se prioriza mais a realização do que a felicidade.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
Ter momentos familiares felizes e de lazer, mostrando à criança que não é errado se divertir e ser espontâneo: Brincar com o filho, servindo como modelo de diversão e espontaneidade; Demonstrar sentimentos, emoções e nomeá-las, o que contribuirá para o desenvolvimento de recursos apropriados para conhecimento e manejo das emoções.
PROBLEMA: DESCONEXÃO E REJEIÇÃO
Ocorre quando a necessidade de vinculo seguro não está sendo bem trabalhada pela família. QUAIS COMPORTAMENTOS MEU FILHO PODE APRESENTAR? Chorar sozinho e evitar conversar sobre o que causou o choro; Fazer o dever de casa e estudar sem pedir orientação aos pais; Dormir junto com os pais, pedir desculpas muitas vezes quando os pais chamam sua atenção; Evitar brincar com crianças que não conhece ou brincadeiras em que tenha pouca habilidade; Não acreditar facilmente no que o outro diz; Não se enturmar com os grupos, preferir brincar sozinho; Não gostar de apresentar trabalhos na escola; Ficar muito constrangido quando recebe elogios; Os comportamentos citados se tornam problemáticos de acordo com a intensidade e a frequência. Além disso, os exemplos apontados são os mais comuns, mas cada criança tem sua individualidade e dinâmica familiar, podendo expressar de outras formas.
POR QUE MEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO ESSE PROBLEMA?
As contribuições dos cuidadores para o surgimento do problema de desconexão e rejeição podem ser: Pais que não validam os sentimentos das crianças e dos familiares; Baixa expressão de emoções desagradáveis; Não estabelecimento de cuidados e interesse adequados; Falta de afeto e contato físico entre os familiares.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
Tornar o ambiente harmonioso, aumentando a sensação de amor e carinho pela criança; É importante demonstrar interesse sincero pelos seus sentimentos e problemas; Organizar momentos em família, e que nesses momentos sejam realizadas aprovações, elogios, frases motivadoras e toques, como beijo e abraços; É extremamente valiosa a expressão de emoções agradáveis e desagradáveis, para que a criança se sinta segura e aceita quando demonstrar as suas emoções.
PROBLEMA: AUTONOMIA E DESEMPENHO PREJUDICADOS
QUAIS COMPORTAMENTOS MEU FILHO PODE APRESENTAR?
A criança acredita não ser capaz de cumprir suas tarefas sozinha; Apresenta medo exagerado de que algo muito terrível irá acontecer a qualquer momento; Envolvimento emocional excessivo com alguns indivíduos (normalmente pais e/ou cuidadores); Sentimento de inadequação em relação aos outros. Crença de que é um fracasso e será em todas as áreas de sua vida. Os comportamentos citados se tornam problemáticos de acordo com a intensidade e a frequência. Além disto como os exemplos citados são os mais comuns, mas cada criança tem sua individualidade e dinâmica familiar, podendo expressar de outras formas.
POR QUE MEU FILHO ESTÁ DESENVOLVENDO ESSE PROBLEMA?
As contribuições dos cuidadores para o surgimento do problema de autonomia e desempenho prejudicados podem ser: Funcionamento familiar emaranhado; Superproteção e/ou não estimulação da autonomia da criança; Não estabelecimento de cuidados e interesse adequados; Pais que não cuidar de forma adequada nem se responsabilizam pela criança.
O QUE PODEMOS FAZER PARA AJUDAR?
Estimular a autonomia da criança:
A criança precisa ter experiências sem pré-direcionamento e com independência; Após cumprir uma tarefa, a criança pode ser reforçada positivamente com elogios e incentivos para estar sempre tentando, independentemente dos resultados, (O reforço positivo não precisa ser aplicado apenas quando a criança faz uma coisa incrível, pode estar nas pequenas ações do dia a dia).
O QUE SÃO AS NECESSIDADES EMOCIONAIS BÁSICAS?
São necessidades emocionais que devem ser supridas pelos cuidadores e familiares na infância e na adolescência, pois elas são fundamentais para o desenvolvimento saudável do ser humano: 1. Vínculo seguro: Ambiente que expresse afeto, cuidado, estabilidade, segurança e paciência; que os validem emocionalmente, que demonstrem interesse sincero em seus problemas, que os abracem. Organizar na rotina momentos em família de qualidade; 2. Autonomia e competência: Pais/cuidadores que reforçam as competências dos filhos, aumentando assim sua autoconfiança, estimulando suas atitudes e autonomia, de acordo com a idade da criança, havendo um equilíbrio entre cuidar e superproteger; 3. Limites realistas: Ambiente que tenha uma rotina equilibrada e com disciplinas; que estipulam limites, procurando sempre olhar nos olhos e indicar comportamentos adequados à idade, com frases curtas e simples; ao realizar um comando, não usar xingamentos e gritos, mas sim tom de voz firme. Elogiar quando cumprir as regras e tentar explicar os motivos das regras aplicadas: sempre relacionar os castigos aos comportamentos inadequados e usar castigos e regras adequados para a idade; 4. Validação das necessidades e emoções: País/cuidadores que estimulam a liberdade de seus desejos, porém ensinando a criança o equilíbrio das suas necessidades e dos outros; e que preservam as crianças dos familiares de lazer, em que demonstram que não é errado se divertir e ser espontâneo, e que expressem emoções e sentimentos na frente das crianças problemas e brigas de família; e que ensinam seus filhos a serem assertivos; 5. Expressão assertiva dos sentimentos e escolhas espontâneas: Pais/cuidadores que organizam momentos. O QUE ACONTECE SE AS NECESSIDADES NÃO FOREM SUPRIDAS? Quando, por algum motivo, as necessidades básicas não são atendidas, as crianças criam diversos comportamentos para se adaptarem ao ambiente que não satisfazem suas exigências. Tais comportamentos podem não ser saudáveis e se tornam problemáticos;
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