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Módulo 7: Parentalidade Consciente e Autoestima na Família

Inteligência Emocional na Família: A Importância do Ambiente e Clima Familiar

Inteligência Emocional é “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la


ao pensamento, compreender e raciocinar, saber regulá-la em si próprio e nos outros”.
Famílias com IE são famílias com vínculos, com maior capacidade de autorregulação e
habilidade de resolução de problemas, o que ajuda a diminuir a presença de conflitos e de
outros tipos de problemas relacionais.

A IE familiar ajuda na diminuição de conflitos. Portanto, pensa-se nos AMORES:

A. Autoconhecimento

M. Manter-se em equilíbrio

O. Olhar para si e para os outros

R. Resolução de problemas

E. Expressão e comunicação

S. Sociabilidade

Ambiente e clima familiar: Além do espaço físico adequado oferece suporte às


necessidades dos filhos, favorece o desenvolvimento das habilidades socioemocionais,
cognitivas, aceitação de si, empatia, adaptação a novos contextos.

Entendendo o ambiente e clima familiar podemos também compreender quais são os


fatores de risco: São condições ou variáveis que expõem a criança a situações adversas,
corroborando para aparecimento de desordens comportamentais ou emocionais e interferindo
em qualquer área do seu desenvolvimento de forma negativa. Inclui-se inclusive a hipótese de
abuso.

São exemplos de fatores de risco: o clima familiar hostil e rígido, negligente


conflitivo, violência física, violência psicológica, comunicação violenta e violência sexual.
Famílias em disfunção vivenciam eventos de vida estressante, falta de rede de apoio,
problemas financeiros, problemas psiquiátricos, uso de substâncias, conflitos familiares,
conflitos conjugais e exaustão, estresse.

Algumas das práticas educativas negativas que podem estar presentes nas famílias
são: monitoria negativa; punição inconsistente; disciplina relaxada; altas exigências;
cobranças excessivas frente ao rendimento escolar; reações punitivas; manipulação;
comparações; xingamentos; humilhação; desvalorização; falta de diálogo

E onde fica a criança frente ao conflito? Ela está no meio de disputas e chantagens? A
divergência conjugal gera consequências para o desenvolvimento das crianças e adolescentes.
Por isso tão importante entender a dinâmica e a comunicação familiar.

Comportamentos dos pais como disputas pelo amor do filho, chantagens emocionais,
colocar a criança como o adulto da relação, infantilizar, ou até mesmo desabafar sobre suas
angústias para o filho são frequentes em lares com conflitos conjugais. Influenciam os estilos
parentais e práticas educativas.

“Georgiou e Stavrinides (2013), mostraram em seus estudos a relação elevada entre


conflito familiar e experiências de bullying e de vitimização entre estudantes. Marturano e
Elias (2016) mostraram a relação entre adversidade familiar e os problemas internalizantes e
externalizantes nas crianças. Além disso, as relações e clima negativo associado à falta de
afeto e vínculos resultam em baixo rendimento escolar, dificuldades de concentração,
problemas de memória e comportamentos hiperativos (Matos et al., 2014). Sendo assim
também interferem no desenvolvimento cognitivo e no processo de aprendizagem escolar.”

Para tanto, desenvolver a habilidade de resolução de problemas na família é tão


importante: Entender e compreender qual é a situação desafiadora; ter habilidade de
negociação; flexibilidade cognitiva; resolução conjunta e ter atitudes. Cura-se uma ferida
familiar através das habilidades.

As habilidades de autorregulação dos pais contribuem para o processo de


aprendizagem da criança através da internalização de modelos, princípios, regras e valores.
As crianças que não desenvolvem estratégias seguras para lidar com suas emoções não são
capazes de tolerar os sentimentos negativos e administrar as situações estressantes.
O primeiro passo então é compreender quais são os pontos de conflitos de uma
família. Começamos por distinguir a natureza dos conflitos, seja ele conjugal; conflito entre
irmãos; divergências em relação à educação; problemas psiquiátricos; condição física e
emocional; administração do tempo ou outros. Esses conflitos geram o distanciamento
através da crítica e julgamento, por exemplo.

Para trazer o bem estar para esta família procuramos desenvolver a compreensão;
educação voltada para a autonomia e a capacidade de resolver conflitos. Ter bem-estar
familiar é ter auto-regulação e a capacidade de resolver conflitos. Pais que não tem
autorregulação vão ter filhos que não tem autorregulação.

Assim, vamos em conjunto com a família identificar o estilo comportamental de cada


membro da família, isto é, vamos compreender como cada um se comporta frente a um
conflito. Como você cada um deles lida com os problemas? É competitivo? É colaborativo? É
passivo?
PRÁTICA CLÍNICA

1. Pensar nos conflitos e problemas e classificá-los enquanto sua natureza:

Conflito 01 = Natureza X
Conflito 02 = Natureza Y
Conflito 03 = Natureza Z

2. Identificar a situação desafiante e conflitiva

- Com qual frequência ocorre?


- Qual a intensidade? (de 0 a 10)
- Quanto interfere no seu dia a dia?
- Quais são as consequências nas relações familiares?

3. Inserir os comportamentos de cada membro envolvido no conflito em cada círculo (1


círculo para cada membro); em seguida repetir inserindo as habilidades de resolução
de problemas.
4. Resolução conjunta:

A resolução é voltada para os comportamentos, habilidades e estratégias que podem


ser implementadas pela família. Por exemplo, se você tem a habilidade da paciência, qual
estratégia pode ser implementada?

Questões a se pensar sobre o ambiente familiar:

1. Para você, o que faz um ambiente ser seguro?


2. Qual é seu lugar seguro?
3. Quem te faz se sentir bem ou seguro?
4. Como está o clima emocional de sua família?
5. Quando você pensa nessas questões quais são seus sentimentos principais?

Reflexões: Pensando em você, para melhorar seu autoconhecimento e habilidade de


autorregulação, responda de acordo com a situação desafiadora escolhida.

1. Frente a essa situação, qual é sua emoção mais frequente?


2. Qual ou quais são seus comportamentos?
3. Você consegue se auto escutar durante essa situação?
4. O que pensa quando estas acontecem? Acredita em seus pensamentos?
5. Consegue mudar atitudes ou mantém as mesmas?
6. O que você pode fazer no seu dia a dia para se sentir melhor?

Observações:

- Quando o problema move a família pergunta-se: “Se tirarmos esse problema da


família, o que sobra dela?”
- Quando observamos a folha dos comportamentos frente ao conflito pergunta-se:
“Qual a interferência do seu comportamento diante do seu conflito?”; “Seu
comportamento ajuda a aumentar ou a diminuir o conflito?”.
- Quando não encontramos competências na família para a resolução dos problemas
precisamos desenvolver as habilidades necessárias! Mostramos para a família que
precisamos achar atitudes que atendam às suas necessidades.
PRÁTICA CLÍNICA

Pensar nos conflitos e problemas e classificá-los enquanto sua natureza:

Conflito 01 = Natureza X

Conflito 02 = Natureza Y

Conflito 03 = Natureza Z

Identificar a situação desafiante e conflitiva

Com qual frequência ocorre?

Qual a intensidade? (de 0 a 10)

Quanto interfere no seu dia a dia?

Quais são as consequências nas relações familiares?

Inserir os comportamentos de cada membro envolvido no conflito em cada círculo (1 círculo


para cada membro); em seguida repetir inserindo as habilidades de resolução de problemas.

Resolução conjunta:

A resolução é voltada para os comportamentos, habilidades e estratégias que podem ser


implementadas pela família. Por exemplo, se você tem a habilidade da paciência, qual
estratégia pode ser implementada?
Questões a se pensar sobre o ambiente familiar:

Para você, o que faz um ambiente ser seguro?

Qual é seu lugar seguro?

Quem te faz se sentir bem ou seguro?

Como está o clima emocional de sua família?

Quando você pensa nessas questões quais são seus sentimentos principais?

Reflexões: Pensando em você, para melhorar seu autoconhecimento e habilidade de


autorregulação, responda de acordo com a situação desafiadora escolhida.

Frente a essa situação, qual é sua emoção mais frequente?

Qual ou quais são seus comportamentos?

Você consegue se auto escutar durante essa situação?

O que pensa quando estas acontecem? Acredita em seus pensamentos?

Consegue mudar atitudes ou mantém as mesmas?

O que você pode fazer no seu dia a dia para se sentir melhor?

Observações:

Quando o problema move a família pergunta-se: “Se tirarmos esse problema da família, o que
sobra dela?”

Quando observamos a folha dos comportamentos frente ao conflito pergunta-se: “Qual a


interferência do seu comportamento diante do seu conflito?”; “Seu comportamento ajuda a
aumentar ou a diminuir o conflito?”.

Quando não encontramos competências na família para a resolução dos problemas


precisamos desenvolver as habilidades necessárias! Mostramos para a família que precisamos
achar atitudes que atendam às suas necessidades.

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